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NOVA PROVA PRÁTICA 2 APRESENTAÇÃO Olá, seja muito bem vindo ao nosso novo curso Prova Prática 2020, nele você será 100% preparado para qualquer cenário de prova prática que possa vir à ocorrer em 2020/2021. Preparamos 6 conteúdos DISTINTOS para você conhecer melhor a prova prática, e ser exposto de maneiras DIFERENTES aos principais temas cobrados pelas instituições. 1. Nova prova prática: nesse módulo, você será apresentado ao CONTEXTO da prova prática, aprendendo por dentro como que ela funciona, quais são as modalida- des existentes, o que pode acontecer devido ao COVID-19, o que fazer quando acontece o inesperado e tudo sobre o currículo e a entrevista. 2. Multimídia: prepare-se para as novas provas práticas de exposição de casos clí- nicos, manobras semiológicas e itens de imagem! Esse é o provável modelo da prova da USP-SP e das grandes de São Paulo. Esse conteúdo será feito de maneira AO VIVO, onde você poderá acessar e tirar suas dúvidas com nossos professores. E para aqueles que não conseguirem participar, ficará salvo na plataforma para assistirem depois. 3. Expositiva: veja o professor resolvendo passo-a-passo o checklist. 4. Inserção: se sinta observando uma prova real sob a visão do examinador. Veja a prova e os procedimentos sendo feitos pelos próprios professores e instrutores. É o padrão ouro da prova prática presencial. 5. Gameficado: experimente o modelo do futuro das provas práticas. Você acha que as provas práticas são impossíveis de serem realizadas 100% de casa para evitar a aglomeração? Saiba que muitas instituições já pensam nisso e nós ante- cipamos isso pra você: é game, é vida real, é teste prático. 6. Checklists na INTEGRA: nesse ebook, você terá acesso à cerca de 200 checklists, tanto dos últimos anos das principais instituições, quanto à checklists extras e do revalida. Lembre-se, é MUITO importante você treinar os casos, e os itens cobrados em cada um dos temas, pois independente de COMO a prova será, esse conteúdo irá te auxliar no raciocínio clínico necessário para as provas teó- ricas e práticas. Conte com a Sanar, estaremos ao seu lado até a sua APROVAÇÃO. 3 NOVA PROVA PRÁTICA – Mentoria 5 Capítulo 1. Como é a prova prática e quais as modalidades? . . . . . . . . . . . . . . . 6 Capítulo 2. Como poderá ser a nova prova prática após o Covid-19? . . . . . . . . . . 10 Capítulo 3. Superando o inesperado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Capítulo 4. Como montar o currículo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Capítulo 5. Pontuações atribuídas a entrevista e currículo em cada instituição . . . 22 Capítulo 6. A entrevista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 CHECKLISTS USP São Paulo (USP-SP) 31 USP – SP 2017 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 USP – SP 2019 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 UNIFESP 53 UNIFESP 2018 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 UNIFESP 2019 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 UNIFESP 2020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 ÍNDICE ÍNDICE 4 Voltar para o índice UNICAMP 74 UNICAMP 2018 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 UNICAMP 2019 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 UNICAMP 2020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (SCMSP) 104 Santa Casa de São Paulo 2018. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 Santa Casa de São Paulo 2019. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 Santa Casa de São Paulo 2020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) 135 Hospital Albert Einstein 2019 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 Hospital Albert Einstein 2020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 USP Ribeirão Preto (USP-RP) 153 USP – RP 2018. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154 USP – RP 2019. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 USP – RP 2020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170 UNESP 179 UNESP 2018 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180 UNESP 2019 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188 UNESP 2020. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196 CHECKLISTS EXTRAS 205 Cirurgia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206 Clínica Médica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237 Ginecologia e Obstetrícia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 299 Pediatria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329 Preventiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360 55 NOVA PROVA PRÁTICA Mentoria 6 Voltar para o índice NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 1 Capítulo 1 Como é a prova prática e quais as modalidades? A prova prática faz parte do processo seletivo das maiores provas de residência do Brasil. Essa é uma etapa que causa bastante ansiedade em muitos candidatos, principalmente pelo seu caráter dinâmico, interativo e aparentemente imprevisível. Nosso objetivo aqui é mostrar que com a preparação adequada é possível desmis- tificar essa prova e torná-la apenas mais uma modalidade de teste pela qual você precisará passar para entrar no tão sonhado programa de residência médica. A prova prática é multifacetada, ou seja, envolve muitas habilidades diferentes e, nesse programa, ajudaremos você a treinar cada uma delas. NOVA PROVA PRÁTICA NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 1 7 Voltar para o índice Grande parte da ansiedade com a prova vem da dificuldade de preparação direcio- nada a essa modalidade. Assim chegamos na hora do “vamos ver” com a sensação de que “não sabemos nada”. Isso somado à percepção de estar sendo julgado(a) o tempo todo, faz com que muitas pessoas paralisem e percam pontos valiosos, mesmo tendo domínio do conteúdo teórico. É ou não é assim? Em primeiro lugar, as provas podem ter duas versões principais: as provas estilo OSCE (Objective Structured Clinical Examination) e aquelas de multimídia. OSCE (Objective Structured Clinical Examination) O OSCE consiste em estações com casos clínicos a serem resolvidos pelo candidato. Você terá, portanto, uma sala que na maior parte das vezes simula um consultório médico. Na porta dessa sala, ou imediatamente ao entrar, você terá um caso clínico breve e uma (ou duas, ou três) tarefas a serem executadas. Na maior parte das provas, você precisará resolver 4 ou 5 estações, sendo uma de cada grande área: clínica médica, cirurgia, ginecologiae obstetrícia, pediatria e medicina preventiva. As tarefas solicitadas podem ser: terminar a anamnese ou o exame clínico, pedir um exame para elucidar o diagnóstico, prescrever um tratamento. Os temas dos casos clínicos, na maior parte das vezes, consistem em temas comuns do dia a dia do estudante de medicina, sendo muito incomum a presença de doenças raríssi- mas ou de diagnósticos mirabolantes. Também é rara a presença de questões que exigem detalhes de especialidades médicas, pois ali os examinadores sabem que estão lidando com estudantes do final do curso de medicina e em geral adequam bem a prova para pessoas nesse estágio de treinamento. A princípio nada demais, certo? Basicamente é o que você está acostumado no dia a dia da sua faculdade. Vou descrever a cena típica de uma prova prática para quem nunca fez na facul- dade entender do que se trata de fato. A cena é a seguinte: Você está de frente para uma porta de consultório fechada. Precisa aguardar todos os outros candidatos se posicionarem em frente às respectivas portas e o silêncio é geral. De repente, um sinal ou uma campainha muito estridente toca e esse é o sinal para você entrar na sala. Entrou. Você dá de cara com um examinador de cara fechada e prancheta na mão, e uma mesa de exame físico com objetos cobertos ali em cima e/ou uma caixa cheia de materiais e/ ou um manequim e/ou um ator. Você deve ler o caso clínico que estará em cima da mesa e iniciar a execução das tarefas. Então, se está pedindo: “termine a anamnese”, você termina, fazendo perguntas objetivas que podem ajudar a elucidar o caso. Se pede “realize o exame do abdome”, você examina (com método!) e por aí vai. Às vezes, essas tarefas serão executadas com um ator, que te dará as repostas para suas perguntas. Até que a campainha estridente toca novamente e sinaliza o final da estação. NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 1 8 Voltar para o índice A prancheta na mão do avaliador contem um “check-list”, para que ele tenha um método de avaliar uniformemente todos os candidatos. Esse “check-list” inclui as tarefas que você deve executar e três tipos de pontuação: adequado (total no item), parcialmente adequado (nota intermédiária) e inadequado. Essa pontuação também pode ser em nota (1,0 ponto por item, 0,5 de parcialmente correto e 0,0 se errado). Veja abaixo um exemplo de check-list de uma prova real de uma grande instituição: Caso Clínico Paciente com sangramento intra-abdominal importante, com sinais de choque hipovolêmico Tarefas 1. Dê a conduta principal para o caso nesse momento 2. Puncione o acesso venoso periférico. Sim Não 1 Calçou luvas de procedimento? 0,5 0 2 Escolheu o cateter venoso periférico de maior calibre (número 16) 1,5 0 3 Fez antissepsia do local da punção? (com gaze e álcool) 0,5 0 4 Colocou o garrote adequadamente? 0,5 0 5 Escolheu veia periférica calibrosa? 0,5 0 6 Realizou punção venosa periférica com técnica correta? (tangencial à pele com introdução do cateter simultaneamente com retirada da agulha). 2,0 0 7 Realizou a fixação do acesso venoso? (com micropore) 1,0 0 8 Conectou o cateter ao soro fisiológico? 1,0 0 NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 1 9 Voltar para o índice Sim Não 9 Orientou o paciente sobre a necessidade de transfusão de sangue? 1,0 0 10 Orientou o paciente sobre a necessidade do controle cirúrgico do sangramento? 1,5 0 O PULO DO GATO... Os complicadores do OSCE, portanto, não estão na parte teórica, mas sim nos outros aspectos da prova, sendo os principais: o manejo do tempo – serão 5 a 10 minutos por questão – e o manejo da ansiedade. Esses sim, tendem a ser os principais pro- blemas dos candidatos. Desses dois, o maior é sem dúvida a ansiedade. Ansiedade é a resposta fisiológica do medo. Lembrem que sentimos isso por uma adaptação evolutiva a situações ameaçadoras, e que a ansiedade, portanto, em certa medida nos ajuda a lidar com essas situações. Reduzindo o medo da prova prática e desenvolvendo técnicas de controle das nossas respostas fisiológicas, é possível sim evitar que a ansiedade nos paralise completamente. PROVAS DE MULTIMÍDIA Às vezes, algumas bancas fazem a prova prática como prova multimídia. Nesse caso, eles colocam os candidatos em uma sala com computador e solicitam tarefas. Por exemplo, colocam um traçado de eletrocardiograma no monitor e solicitam que você dê o diagnóstico daquele ritmo cardíaco. Essas questões tendem a ser mais semelhantes às questões das provas teóricas, no sentido de que as habilidades exigidas são mais restritas: não exigem interação com atores, o raciocínio clínico é mais simples, não existe uma sensação tão grande de estar sendo julgado pelo examinador a todo momento. 10 Voltar para o índice NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 2 Como poderá ser a nova prova prática após o Covid-19? Vivemos um momento de grandes incertezas. O ano de 2020 já entrou para a história da medicina como aquele em que passamos por uma das maiores pan- demias da humanidade. Nesse contexto, diversos programas de residência vêm sofrendo profundas modificações desde março. Grande parte dos residentes das grandes instituições do Brasil foram deslocados para o atendimento a vítimas do COVID-19 e assim tiveram o curso de sua formação alterado. Capítulo 2 NOVA PROVA PRÁTICA NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 2 11 Voltar para o índice Em São Paulo, tivemos residentes de pediatria, endocrinologia, especialidades cirúr- gicas, ortopedia e tantas outras ajudando a cuidar de pacientes adultos com COVID em enfermarias e na terapia intensiva. Como médicos, muitos foram chamados a ajudar e a contribuir para a condução dessa grande crise sanitária. No entanto, pela duração da crise, vem existindo certa discussão sobre se a formação dessas residentes em suas especialidades de origem será suficiente para se formarem no tempo preconizado. Existe muita discussão sobre como vão ficar os processos seletivos esse ano, tanto pela presença do vírus que pede redução de aglomerações quanto pelas incertezas dos programas de residência atualmente. Até esse momento, não existem respostas. Não acredite em quem vier te dar solu- ções simples. Nesse momento, os chefes de programas de residência de todo o Brasil estão levantando alternativas, que não serão de fácil execução. Não nos cabe responder e nem resolver essas questões. Existem pessoas muito competentes e experientes pensando e trabalhando nisso. Devemos confiar que o melhor será feito e enquanto isso, peço a você: concentre-se no estudo para as suas provas de residência de 2020/2021. Independentemente de os processos seletivos ocorrerem na data esperada ou de serem adiados, independentemente de as entradas nos programas serem ou não postergadas, sugiro: não se ocupe demais com essas questões. Isso vai prejudicar você porque está totalmente fora do seu controle e vai te ocupar o tempo em que você poderia estar se preparando para prestar as provas. Formule um plano de estudos que vá até novembro/dezembro e, caso as provas sejam mesmo adiadas, use o tempo extra para revisar, para fazer mais provas anti- gas, para colocar a cereja do bolo na preparação. É claro que diante do desconhe- cido (de não saber quando serão as provas), pode vir uma ansiedade grande. Mas resolva isso não especulando demais. Faça a sua parte, se programe para novembro saindo uma nova data você se adapta. E AS PROVAS PRÁTICAS? Mais uma vez, não sabemos. Caso a pandemia persista até dezembro ou janeiro, datas das provas práticas tradicionais, é possível que elas sejam alteradas. Até 2019 as bancas deixavam os candidatos confinados em auditórios e galpões, as vezes por horas, chamando pequenos grupos de cada vez para fazer o exame. Isso teria que ser modificado. Na hora do exame em si, é possível manter distanciamento de 1 a 2 metros do exa- minador e do ator e os candidatos poderiam fazer a prova de máscara. NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 2 12 Voltar para o índice Uma outrapossibilidade é que aumente o enfoque em provas multimídia. A USP- -SP, por exemplo, é uma instituição que tradicionalmente não trabalha com prova de multimídia (se você não sabe o que é prova multimídia, temos uma aula em que falamos sobre o assunto). Esse ano isso vai mudar e não teremos provas estilo OSCE, apenas multimídia. Nesse momento, os ativos mais importantes que você pode ter são calma e con- centração. Não tem mistério: monte seu plano e o siga. Apenas tenha em mente que ao longo dos próximos meses algumas coisas podem mudar, mas com a cer- teza de que não será o que é central! E qual o central? É estudar, dominar o conteúdo teórico, fazer as provas antigas, montar um bom material de revisão e relê-lo várias vezes. É entender estratégias para manejo de tempo nas provas teóricas e especialmente nas práticas, é treinar bastante e estudar técnicas para tentar dominar a ansiedade e não deixar que ela te paralise. É ver bastante imagem e entender as doenças com as quais elas se relacionam. Isso é o básico! Foque nisso. Quando já estiver bom nisso você pensa na cereja do bolo: ah, esse ano vai ter mais prova de multimídia, ah esse ano a prova prática será em fevereiro/março/abril e não em dezembro ou janeiro. Quando você tiver essas informações, você reformula seu plano. Não deixe o desespero do mundo entrar em você. Se você quer passar em um bom programa de residência, se concentre e tente reduzir o consumo de informações que aumentarão as incertezas. Combinado? 13 Voltar para o índice NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 3 Superando o inesperado PREPARAÇÃO Quase todo mundo já sentiu aquele frio na barriga, aquele suor nas mãos, aquela taquicardia antes de uma prova. Mais ainda antes de uma prova importante e de uma prova prática. O nervosismo antes da prova prática é normal, fisiológico e pode aguçar a sua mente e aumentar o seu foco. Não é por outro motivo que apresentamos fisiologicamente uma resposta adrenérgica diante de desafios. No entanto, a exacerbação dessa res- posta pode prejudicar seu desempenho em provas e aumentar muito o desgaste que ela naturalmente traz. Um ponto central para melhorar esse desconforto é uma boa preparação: não a ideia de que você sabe tudo, mas a de que você fez o que podia para se preparar. Capítulo 3 NOVA PROVA PRÁTICA NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 3 14 Voltar para o índice Treinar antes com amigos e/ ou familiares para se condicionar para o que vai acon- tecer e criar protocolos mentais também ajuda: você já vai chegar condicionado a se apresentar, a não esquecer tópicos importantes da anamnese, com o exame físico sistematizado e com detalhes como notificar, indicar vacina e rastear conta- tos em mente. NO DIA DA PROVA Diante da prova prática é importante aceitar que será mesmo difícil. Não adianta simplificar o desafio do qual você está diante. Não se coloque em uma posição de ter que passar por aquilo como se fosse algo fácil porque objetivamente é mesmo um desafio. No entanto, tenha as coisas sob perspectiva: sua vida não depende daquela prova. Sequer o seu futuro profissional depende totalmente da prova. Na pior das hipóteses você não vai passar naquela instituição e pode tentar novamente no ano seguinte. 1. Chegue cedo Programe-se para estar no local de prova com antecedência, mas evite conversar sobre a prova com outros candidatos pois a ansiedade deles pode ter impacto na sua. 2. Aprenda e use técnicas de relaxamento Pensar positivo, mentalizar coisas boas, respirar profundamente e devagar e manter uma postura ereta, com o peito aberto pode te ajudar muito a controlar o nervo- sismo. Abuse dessas técnicas antes e durante a prova, especialmente logo antes de começar. Esse tende a ser o momento de maior estresse. 3. Leia os comandos com calma Pense conscientemente no que você está lendo ou fazendo. Em momentos de muita tensão pensamos mais rápido e podemos ter menos atenção aos detalhes. Tente voluntariamente se ater a eles. 4. Manequim atípico Certa vez em uma prova prática de uma grande instituição foi solicitado ao can- didato a realização de um exame de mamas. Nessa ocasião, o manequim que o candidato deveria usar consistia em uma almofada fixada no corpo de um ator do sexo masculino. NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 3 15 Voltar para o índice Ao palpar a almofada com a técnica correta, o candidato encontrava um nódulo e deveria descrevê-lo. Ou seja, às vezes o manequim não será nos moldes que você espera. É preciso imaginação e flexibilidade para se adaptar conforme o examina- dor for te orientando. Em outra ocasião, os candidatos deveriam suturar uma “ferida” em uma esponja. Quando exploravam a ferida achavam um palito de dente dentro dela. Muitos acharam que aquele palito era parte da esponja, ou que alguém havia esquecido o palito ali. Na verdade, no entanto, o ele estava representando um corpo estranho na ferida e deveria ser retirado antes da sutura. É preciso ter criatividade e flexibilidade. 5. Variação entre os atores Na maioria das provas estilo OSCE, vários candidatos resolvem a prova ao mesmo tempo, ou seja, existem mais de um ator e mais de um examinador para cada estação. Isso pode dar origem a pequenas variações nas estações de acordo com o examinador ou ator com os quais você fizer a prova. Alguns examinadores podem dar algumas “dicas” para te guiar na estação e outros podem se manter totalmente incólumes, sem falar absolutamente nada e nem sequer expressar mímica facial. Ou às vezes alguns atores são mais objetivos nas respostas enquanto outros são mais evasivos. Pode acontecer. Isso é uma arbitrariedade diante da qual se revoltar não vai te ajudar. Trabalhe com a estação que cair pra você da melhor forma possível. Parta do pressuposto de que não haverá nenhuma ajuda do ator e nem do examinador (e não deve haver mesmo). Esse é um dos aspectos de “sorte” que permeiam as provas práticas e como sempre, o importante é estar bem preparado se a sorte bater na sua porta. 6. Não saber nada sobre o tema Em 2019, em uma grande prova prática, foi cobrada a abordagem de uma bradicar- dia instável em um bebê. Muitos candidatos haviam estudado o algoritmo do PALS para parada cardiorrespiratória em bebês, mas não para bradicardia. Diante de uma situação como essa, você deve fazer o básico conforme treinou: se apresentar, avaliar o paciente com anamnese e exame clínico, monitorizar e pegar acesso venoso se o paciente estiver grave, etc. Essas condutas são pontuadas em check-list e podem te trazer pontos importantes em estações em que você não tem ideia do tema. Nesse caso, mais uma vez, vale a flexibilidade: conduza a estação com base no que você sabe. Estações em que você não terá ideia do tema são raras e quando acon- tecem pegam todos os candidatos igualmente de surpresa. NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 3 16 Voltar para o índice 7. Se não for bem em uma estação, respire fundo e passe para a próxima É extremamente comum ir mal em uma estação e ainda sim ser aprovado. Tente esquecer a estação em que você foi mal, use aquelas técnicas de relaxamento que você aprendeu e passe para a próxima. 8. Tente interromper pensamentos catastróficos com bons pensamentos As vezes podemos entrar em um círculo vicioso de pensamentos negativos que podem nos levar a uma paralisia diante da prova. Se você sentir que isso está come- çando a acontecer, tente interromper esse ciclo pensando em coisas boas, em você alcançando seu objetivo, na alegria que você sentirá ao passar, etc. Ajuda muito. 9. Procure ajuda profissional se necessário Se você sente que seu nervosismo te prejudica muito e se essas técnicas expostas aqui não te ajudarem, vale a pena considerar suporte profissional. 17 Voltar para o índice NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 4 Como montar o currículo? A última fase dos processos seletivos para residência médica em geral não vale tantos pontos, mas ela pode ser decisiva para candidatos classificados entre as últimas vagas ou para os que estão prestando provapara especialidades extrema- mente concorridas. A etapa de entrevista e análise curricular também permite ao candidato se apresentar diante da banca de uma forma mais completa. Assim ele consegue demonstrar habilidades que podem não ter ficado evidentes nas outras fases do concurso. Pois bem. Na maioria das instituições, essa etapa é dividida entre análise curricular e a entrevista propriamente dita, cada uma valendo cerca de 50% do valor total. O primeiro passo, portanto, é montar um currículo adequado. E em que consiste um currículo adequado? Para definir isso, é essencial conferir no edital do concurso qual o tipo de currículo está sendo solicitado. O Curriculum vitae tradicional é a modalidade mais pedida, mas algumas instituições e/ou especialidades pedem que os candidatos apresentem o currículo no modelo lattes. Nesse momento, o edital é seu melhor amigo. Capítulo 4 NOVA PROVA PRÁTICA NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 4 18 Voltar para o índice IMPRESSO X ONLINE Algumas bancas possuem um modelo próprio de currículo que você deve apenas preencher online. Esse tem sido o caso da USP-SP nos últimos anos. Eles solicitam que os candidatos preencham as informações pertinentes em uma plataforma online que posteriormente permite a leitura no formato de um currículo. No dia da entrevista, eles reúnem essas informações e podem ir te pedindo os documentos comprobatórios necessários ou não. A maioria das bancas, no entanto, pede que o candidato leve seu currículo no dia da entrevista mesmo, no formato impresso. COMO MONTAR UM CURRÍCULO LATTES? O currículo lattes é montado diretamente na plataforma lattes do CNPq (http://lattes. cnpq.br/). Depois de montar é só imprimir. A própria plataforma tem os campos de que devem ser preenchidos (formação acadêmica, publicações, iniciação científica, atividades de extensão, etc). Apenas um cuidado: quem escolhe as sessões que vão aparecer no seu lattes é você mesmo. Não esqueça de incluir todas as sessões que constam em edital! O QUE PRECISA ESTAR NO CURRÍCULUL VITAE? O Curriculum vitae é uma versão concisa da sua trajetória profissional e acadêmica. Muitas vezes ele vai conter apenas entre uma e três páginas e é assim mesmo. Pode dar bastante trabalho para montar, mas o esforço vale a pena. Em cada edital sempre consta o que será avaliado e pontuado no currículo. Como existem pequenas variações entre instituições, é importante fazer pequenas adap- tações no documento que você construir antes de enviá-lo a cada hospital. Questões universalmente pontuadas são: histórico escolar e aproveitamento aca- dêmico, estágios extracurriculares, iniciação científica e publicações, línguas estrangeiras. Esses pontos serão sempre essenciais e precisam estar em destaque no seu currículo. Além desses, lembre-se de pontuar tudo o que constar no edital e, especialmente, aquilo que você tem de diferente, que te destaca. Não se esqueça de que existe uma avaliação objetiva e outra subjetiva do currículo, em que a banca vai consi- derar a sua “coerência”, sua “postura”, etc. Use o currículo para passar uma boa impressão sobre você! Suas conquistas devem estar nítidas, mesmo que não estejam estritamente entre os aspectos solicitados pelo edital no concurso. Se o edital não inclui diretamente a avaliação de prêmios acadêmicos, mas você apresentou algum trabalho premiado na faculdade, não esqueça de promovê-lo no papel! Seu currículo deve criar um impacto na banca, e cada aspecto dele desse ser pensado dessa forma. NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 4 19 Voltar para o índice DICAS 1. Sempre comece com sua identificação pessoal seguida de formação acadêmica e experiência profissional. 2. Se não tiver experiência profissional não coloque esse tópico. Inclusive, se você não tiver nada para colocar em algum tópico, exclua-o! Cada tópico do currículo serve para impressionar a banca, jogue a favor de si mesmo. 3. Depois da formação acadêmica/experiência profissional, organize os tópicos de maneira a dar mais destaque para aquilo que você considera seu ponto forte. São prêmios? Estágios extracurriculares? Estágios no exterior? Voluntariados? Iniciação científica? Publicações? Participação em atividades esportivas? ERROS COMUNS 1. Não colocar os itens do currículo em ordem cronológica: As coisas mais recen- tes devem vir primeiro em cada tópico. O trabalho que você apresentou em 2020 deve vir antes do apresentado em 2018. Perder essa ordem pode deixar seu currículo confuso e passar uma imagem de desorganização sobre você. 2. Levar currículos longos demais: Mesmo pessoas extremamente produtivas durante a vida acadêmica conseguem produzir um currículo de 1-3 páginas. Seja conciso e use seu currículo a seu favor. Reflita sobre suas maiores conquis- tas acadêmicas e coloque-as ali com destaque. Cuidado com informações não pertinentes que estão ali apenas para “fazer volume”. Elas podem ofuscar o que é relevante. 3. Formatação inadequada: Quando terminar seu currículo, revise-o analisando também sua estética: fontes, margens, espaçamento, ortografia, letras em negrito ou itálico que conferem destaque a alguma informação, clareza e objetividade. 4. Não ter a documentação comprobatória em mãos no dia da entrevista. Se você não tem um documento que comprove qualquer coisa no seu currículo, não hesite em deixar essa informação de fora. Você estará nervoso(a) no dia da entrevista e se a banca te pedir um documento que você não tem, isso será um fator a mais de grande estresse e poderá se converter em uma falta ética grave, de se promover em cima de algo que você não é/não tem. NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 4 20 Voltar para o índice Anexo 1 Modelo de Curriculum Vitae: Anexo 1: Modelo de Curriculum Vitae: MARIA DAS GRAÇAS Rua do Café, nº 23. Bairro, Cidade, Estado CEP mariadasgraças@gmail.com _____________________________________________________________________________ FORMAÇÃO ACADÊMICA Mestrado em xxxx – Universidade Y Projeto: ABDC Graduação em Medicina – Universidade Y Honras? Classificação na turma? Internatos: 2 anos Locais dos internatos e notas? EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Médica plantonista do Hospital W Professora de matemática do cursinho pré-vestibular Z FORMAÇÃO COMPLEMENTAR Estágio prático em Clínica Médica Mayo Clinic, Rochester, MN, EUA (Carga Horária 200h) Estágio extracurricular prático em ginecologia e obstetrícia Maternidade V, cidade, estado (Carga horária 300 h). PRÊMIOS 1olugar: Melhor Tema Livre Oral Jovem Pesquisador no 71o Congresso Brasileiro de Cardiologia. Relevância Acadêmica pelo pôster apresentado no XVII Encontro de Extensão da UFMG MONITORIAS Monitora da disciplina de Anatomia (carga horária 20h) Monitoria da disciplina de Semiologia (carga horária 20h) INICIAÇÃO CIENTÍFICA Prevalência da Cardiopatia Reumática no Estado de Minas Gerais (Programa de Rastreamento de Cardiopatia Reumática – PROVAR) Em andamento 2019-2021 2017 2018 2015 2017 2017 2016 2015 Jan-dez 2014 Jan-dez 2016 2015-2017 NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 4 21 Voltar para o índice CERTIFICAÇÕES Prova do Cremesp - 82% de acerto Fluência em inglês - TOEFL – nota 113 Advanced Cardiovascular Life Suport (ACLS) PUBLICAÇÕES Artigos Completos Publicados em Periódicos Silva, Fulano; Santos, Cicrano; Graças, Maria das; Oliveira, Beltrano; Prevalence of rheumatic heart disease in Brazil. Journal of the American Heart Association , v. 7, p. e008039-11, 2018. Graças, Maria das; Silva, Fulano; Santos, Cicrano; Prevalence of electrocardiographic abnormalities in primary care patients. Sao Paulo Med J. 2018 Jan-Feb;136(1):20-28 RESUMOS E APRESENTAÇÕES EM CONGRESSOS Internacionais Graças, Maria das; Silva, Fulano; Santos, Cicrano. Prevalence of electrocardiographic abnormalities by gender in large database of primary care patients. In: InternationalCongress of Electrocardiology, 2015, Comandatuba, Bahia, Brazil. Book of Abstracts ICE 2015, 2015. v.1.p. 1 Nacionais Silva, Fulano; Santos, Cicrano; Graças, Maria das; Oliveira, Beltrano; Comparação entre estratégias de rastreamento ecocardiográfico da cardiopatia reumática no Brasil: dados do estudo PROVAR. In: 72o Congresso Brasileiro de Cardiologia, 2017, São Paulo - SP, Brasil. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2017. v. 109. p. 124 -124. CAPÍTULOS DE LIVROS PUBLICADOS Silva, Fulano; Santos, Cicrano; Graças, Maria das; Endocardite infecciosa. In: José Carlos Serufo; Milena Soriano Marcolino. (Org.). Emergências clínicas: teoria e prática. 3ed.Belo Horizonte: Coopmed, 2018, v. 1, p. 543-556. ISBN 978-85-7825-083- 6. 2018 2017 2017 22 Voltar para o índice NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 5 Pontuações atribuídas a entrevista e currículo em cada instituição Na maior parte das instituições (USP-SP, Unifesp, Hospital Sírio Libanês, Unesp, USP-RP, Santa Casa de SP, UNICAMP), a pontuação das etapas do concurso de residência médica se dá da seguinte forma: 1ª fase ▶ Prova teórica – peso 5 2ª fase ▶ Prova prática – peso 4 ▶ Entrevista – peso 1 Capítulo 5 NOVA PROVA PRÁTICA NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 5 23 Voltar para o índice Ou seja, a pontuação da entrevista e do currículo somadas constituem apenas 10% da nota total da prova. Desses 10%, em geral metade é atribuída à avaliação objetiva do currículo e outra metade ao desemprenho do candidato da arguição. Resumindo, portanto, nas maiores provas de residência de São Paulo apenas 5% de toda a nota do processo seletivo vem da “entrevista” em si. Já podemos concluir com isso que a ideia de que grandes instituições usam as entrevistas para selecionar os candidatos “da casa” é muito mais uma lenda urbana do que uma realidade. Se os candidatos “de fora” tiverem boas notas nas provas teórica e prática e um bom currículo, muito dificilmente a entrevista será respon- sável por eliminá-los. É claro que quanto mais concorrida for a especialidade maior pode ser o impacto dessa etapa. Além disso, quanto mais perto do final da lista o candidato estiver, maior a chance de a entrevista fazer alguma diferença entre ele ser aprovado ou não. No geral, entretanto, quem vai bem nas primeiras etapas e tem um currículo que objetivamente inclui os critérios de análise que as instituições buscam tem tudo para ir muito bem nessa fase. A pontuação detalhada que cada instituição atribui a cada parte do currículo na avaliação objetiva deve ser buscada em cada edital porque ela pode mudar de um ano para o outro. Muitos lugares mudam os critérios de acordo com a especialidade pretendida. Segue abaixo o que constava nos editais de 2020 sobre a pontuação de cada item do currículo: USP – São Paulo Para cada especialidade a pontuação e os critérios de análise variam. Para clínica médica a pontuação é extremamente detalhada, para dermatologia nem tanto. Contudo, em geral todas as especialidades pontuam: 1. Aspectos relacionados à instituição de ensino de origem do candidato ▶ ser reconhecida como centro formador, assistencial e de pesquisa científica; ▶ duração do internato; ▶ possuir hospital universitário próprio; ▶ oferecer ensino de graduação nos três níveis de atenção à saúde. 2. Aspectos relacionados ao curriculum vitae: ▶ aproveitamento na graduação; ▶ iniciação científica; ▶ cursos realizados especialmente na área; ▶ monitorias; NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 5 24 Voltar para o índice ▶ estágios voluntários; ▶ participação em reuniões científicas; ▶ língua estrangeira; ▶ trabalhos apresentados e/ou publicados. 3. Na arguição ▶ coerência, clareza e objetividade. Unifesp Assim como a USP-SP, a Unifesp também detalha a avaliação curricular por espe- cialidade. Segue o exemplo da avaliação usada para os candidatos a uma vaga de clínica médica. 1. Análise do curriculum vitae – Peso 0,5 ▶ Quanto à instituição de origem: ▷ ser reconhecida como centro formador, assistencial e de pesquisa científica; ▷ possuir Hospital Universitário próprio; ▷ oferecer ensino de graduação nos três níveis de atenção à saúde. ▶ Desempenho durante a graduação (histórico escolar) ▶ Duração do internato ▶ Atividades de representação estudantil ▶ Iniciação e produção científicas ▶ Monitorias ▶ Atividades extracurriculares relacionadas ao ensino, assistência médica, está- gios supervisionados e extensão ▶ Congressos e cursos de extensão ▶ Desempenho em concursos públicos ▶ Prêmios e distinções acadêmicas ▶ Atividades comunitárias, culturais e esportivas ▶ Língua estrangeira ▶ As infrações éticas ocorridas durante a arguição poderão significar reprovação do candidato à Residência Médica. 2. Arguição do candidato – Peso 0,5 ▶ Avaliação do interesse na instituição, no programa e científico NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 5 25 Voltar para o índice ▶ Avaliação da apresentação, fluência verbal, atitude, postura, objetividade e maturidade ▶ Defesa coerente dos dados apresentados no curriculum vitae. Hospital Sírio Libanês Análise do curriculum: Cada tópico tem o valor de 10 pontos com o valor máximo de 60 pontos. ▶ Performance no Curso Médico ▶ Estágios Acadêmicos extracurriculares ▶ Produção e iniciação Científica ▶ Língua Estrangeira ▶ Participação em Congressos e eventos ▶ Certificações ACLS/ATLS e outros Arguição do curriculum: Cada tópico tem o valor de 10 pontos com o valor máximo de 40 pontos. ▶ Capacidade de comunicação e argumentação ▶ Clareza de raciocínio ▶ Coerência ▶ Apresentação e postura Hospital Albert Einstein No processo seletivo para entrada em 2020 a instituição não realizou análise curri- cular ou entrevista para os candidatos a vagas de acesso direto. UNESP O edital da UNESP não apresenta a pontuação exata de cada tópico avaliado, mas apresenta o que a banca valoriza no currículo. São considerados: duração do internato, aproveitamento durante o curso de gradua- ção, participação em atividades extra-curriculares relacionadas ao ensino, assistência médica e estágios supervisionados, pesquisa científica e envolvimento institucional, participação de atividades de âmbito não relacionadas diretamente à profissão, línguas estrangeiras, monitorias, trabalhos publicados, trabalhos apresentados em congressos, bolsa oficial de iniciação científica (especificar fonte: PIBIC, etc). NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 5 26 Voltar para o índice Na arguição é considerado: postura, objetividade, capacidade de auto-avaliação (pessoal e profissional), expectativas profissionais para os próximos anos, fluência verbal e desenvoltura, coerência com os dados apresentados no curriculum vitae. USP – Ribeirão Preto São avaliados os seguintes itens: Tópicos Nota máxima Histórico escolar 2 Atividades assistenciais extracurriculares 1 Atividades científicas 1 Atividades de ensino extracurriculares 1 Atividades estudantis 1 Coerência com o curriculum vitae apresentado 1 Postura, clareza, objetividade 1 Apresentação e comunicabilidade 1 Capacidade de auto-avaliação 1 O edital discrimina exatamente o que é aceito em cada um desses tópicos. Santa Casa de São Paulo São analisados os seguintes itens: duração do internato; internato realizado em Hos- pitais Universitários próprios; carga horária da graduação; atividades extracurricu- lares; iniciação científica, com ou sem bolsa de instituição de fomento à pesquisa, com publicação em editais nos anais de congresso ou publicação em periódicos; prêmio acadêmico recebido; cursos, congressos e palestras frequentadas; trabalhos completos publicados em periódicos ou em anais; trabalhos voluntários extracurri- culares realizados, com duração mínima de um ano; línguas estrangeiras. UNICAMP 1. Análise do curriculum (peso 3): ▶ Aproveitamento durante o curso de graduação; iniciação científica; publicação de trabalhos completos em periódicos; participaçãoem teste de progresso; apresentação de trabalho em congresso. Todas as informações curriculares deverão estar comprovadas com documentação específica, ressaltando que, no caso de trabalhos publicados, os respectivos originais deverão estar anexados. NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 5 27 Voltar para o índice 2. Avaliação da arguição (peso 7): ▶ Avaliar a desenvoltura, objetividade, postura, capacidade de auto-avaliação, fluência verbal, expectativas profissionais e coerência do candidato com os dados apresentados no currículo. 28 Voltar para o índice NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 6 A entrevista A entrevista é uma parte do processo seletivo para entrada na residência que pode ter muitas variações. De acordo com a instituição e a especialidade pre- tendidas as entrevistas podem ser totalmente diferentes umas das outras. Algumas são muito objetivas e outras nem tanto. Em primeiro lugar, esteja preparado para falar sobre você. Entenda seu próprio currículo e saiba discorrer sobre cada tópico que está ali. Por que essa iniciação científica? Por que tantos trabalhos em neurologia se você está aqui prestando prova para cirurgia? O que te levou a fazer cada estágio extracurricular? O que você aprendeu em cada um? Além disso, não deixe de treinar respostas para as perguntas clássicas: Fale um pouco sobre você Quais os seus pontos fortes e fracos? Quais são os seus objetivos na medicina? Capítulo 6 NOVA PROVA PRÁTICA NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 6 29 Voltar para o índice Sua entrevista muito provavelmente não fugirá disso. Existem entrevistas que incluem passeios pelo hospital para que os candidatos conheçam as instalações. Algumas outras incluem situações modelo para avaliar a desenvoltura dos candidatos em diferentes cenários clínicos. Independente do formato, tenha a atenção de se comunicar de maneira ética e formal. Esteja atento ao que está ocorrendo a sua volta, evite opiniões políticas e entrar em temas polêmicos nesse momento. Nas dinâmicas de grupo, mantenha o equilíbrio entre ser proativo e permitir que outros colegas participem. Seja sempre empático se confrontado com situações que envolvam pacientes, na dúvida do que fazer, opte pela conduta que preserve a escuta ativa, a privacidade e a autonomia deles. Apresentação Pessoal Sua aparência invariavelmente fará parte da primeira impressão que a banca for- mará sobre você. O traje da entrevista é social. Essa é uma situação em que você não quer ser lem- brado negativamente pelo que está vestindo. Recomenda-se evitar roupas curtas e decotes e manter o cabelo penteado e limpo. Roupa amassada ou suja pode passar a impressão de desleixo. Para os homens, é indicado o uso de terno, sendo a gravata um item opcional. Para mulheres, saia, calça ou vestido sociais. Independente da roupa escolhida, certifi- que-se de que você estará confortável e de que não ficará muito incomodado(a) com uma calça apertada, uma camisa que amassa muito facilmente ou um sapato que aperte o pé. Isso pode interferir com a sua performance no dia. Atitudes da banca As pessoas que compõem a banca da entrevista participam de alguma maneira do programa de residência médica daquela instituição. Podem ser coordenadores, professores, preceptores ou médicos assistentes. O comportamento dos entrevistadores diante dos candidatos pode ser variável. Alguns são mais simpáticos e outros mais diretos e objetivos. Saiba suas melhores qualidades e prepare-se para conseguir demonstrá-las em cada cenário. Muitas pessoas saem das salas de entrevista com a impressão de que não foram bem porque os entrevistadores foram mais objetivos e diretos. Não é bem assim. Seja você sempre simpático com a banca e tente surpreende-los com um agrade- cimento por ter tido a oportunidade da entrevista ou com uma pergunta sobre o programa se houver espaço para isso. NOVA PROVA PRÁTICA Capítulo 6 30 Voltar para o índice Pergunte, por exemplo, o que eles consideram ser o ponto forte daquela resi- dência, qual a proximidade que os residentes têm com os internos e alunos da faculdade, como a carga horária é distribuída entre diferentes estágios. Apenas evite perguntas pessoais e evite criticar o programa logo na entrevista. Não existe residência perfeita. 3131 USP São Paulo (USP-SP) 32 USP – SP 2017 Voltar para o índice CLÍNICA MÉDICA Caso clínico Paciente feminina de 24 anos, chega a consulta com queixa de palpitações. Tarefa 1. Realize o atendimento. USP – SP 2017 PROVA PRÁTICA OBS: Os checklists são aproximados e baseados em relatos de candidatos, já que a instituição não liberou publicamente a correção oficial. CHECKLIST USP – SP 2017 33 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico(a). 2 Perguntou sobre a queixa principal. 3 Perguntou sobre comorbidades e medicações de uso contínuo. 4 Perguntou sobre história familiar. 5 Perguntou sobre tabagismo, uso de álcool e drogas (R: nega). 6 Perguntou sobre a relação das palpitações com algum momento do dia (R: sem relação, palpitações intermitentes). 7 Perguntou sintomas associados à queixa (sudorese, tremores, perda de peso) R: sim. 8 Mencionou o exame físico – dados vitais, ectoscopia). R: taquicardia. 9 Solicou exame mais detalhado do aparelho cardiovascular. 10 Solicitou palpação da tireóide. 11 Explicou para a paciente o que seria feito no exame físico. 12 Solicitou TSH, T4 livre (TSH baixo, T4L elevado). 13 Verbalizou o diagnóstico de hipertireoidismo primário. 14 Solicitou cintilografia quantitativa da tireóide. R: nódulo único hipercaptante. 15 Deu o diagnóstico de adenoma tóxico (ou Doença e Plummer). 16 Indicou radioiodoterapia ou cirurgia como tratamento. 17 Tranquilou a paciente sobre a benignidade do quadro. 18 Retirou as dúvidas da paciente de maneira clara. USP – SP 2017 34 Voltar para o índice GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Caso clínico Você está na UBS e recebe uma paciente de meia idade que chega para consulta de rotina. Tarefas 1. Realize a anamnese. Avise o examinador quando tiver terminado. 2. Realize o exame físico das mamas. 3. De a conduta adequada para o caso. Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico(a) 2 Perguntou sobre queixas atuais (R: nega). 3 Perguntou sobre comorbidades e uso de medicações (R: nega). 4 Perguntou sobre história ginecológica e obstétrica (menarca, DUM, paridade e história de amamentação, uso de métodos contraceptivos, doenças ginecológicas prévias). 5 Perguntou sobre história familiar. 6 Perguntou sobre hábitos de vida – tabagismo, uso de álcool e drogas. 7 Explicou o exame físico e pediu o consentimento 8 Mencionou a lavagem das mãos antes do exame. 9 Perguntou se a paciente gostaria de acompanhante na sala. USP – SP 2017 35 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 10 Realizou inspeção estática, inspeção dinâmica e palpação de linfonodos corretamente com a paciente sentada. 11 Finalizou o exame com a paciente em decúbito dorsal na posição correta, com as mãos da atrás da cabeça e realizou a palpação. 12 Verificou a presença de nódulo em mama E. 13 Verificou características da lesão: consistência, tamanho, mobilidade, sinais flogísticos associados. 14 Explicou o achado para a paciente. 15 Solicitou mamografia. USP – SP 2017 36 Voltar para o índice CIRURGIA Caso clínico Você está no ambulatório e realizará a retirada de um cisto sebáceo. Tarefas 1. Escreva os materiais que você utilizará para realizar o procedimento. 2. Realize o procedimento. Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Solicitou paramentação completa. 2 Solicitou campos estéreis. 3 Solicitou material para antissepsia – gaze, cuba, clorexidine ou povidine, pinça para aplicação. 4 Solicitou agulhas, seringas e anestésico 5 Solicitou bisturi e tesouras 6 Solicitou afastadores e pinças 7 Solicitou pinças hemostáticas 8 Solicitou fios de sutura de nylon e porta agulha. 9 Solicitou materialpara curativo e pote estéril para o envio do material retirado para análise anatomo-patológica. 10 Desenhou corretamente a incisão longitudinal. 11 Calçou a luva corretamente. 12 Realizou antissepsia da pele. 13 Colocou campos cirúrgicos. 14 Realizou anestesia local. USP – SP 2017 37 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 15 Realizou a incisão na esponja (linear ou em fuso). 16 Dissecou por planos até circundar completamente a lesão e retira-la. 17 Citou revisão da hemostasia. 18 Realizou sutura em dois planos (subcutâneo e pele). 19 Realizou curativo. 20 Encaminhou o material para análise anatomopatológica. 21 Explicou sobre a alta no final do procedimento. 22 Orientou cuidados com a ferida 23 Orientou analgesia. 24 Agendou retorno após 7-10 dias para a retirada dos pontos. USP – SP 2017 38 Voltar para o índice PEDIATRIA Caso clínico Você está no alojamento conjunto. O RN de Catiane tem 48 horas e aguarda apenas a realização do teste do coraçãozinho antes de rece- ber alta. Tarefas 1. Solicite os materiais necessários para a realização do teste do coraçãozinho. 2. Realize o teste do coraçãozinho 3. Assista ao vídeo indicado, indique quais são os parâmetros para cálculo do APGAR, suas respectivas pontuações e a soma deles para o cálculo do APGAR. Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico (a) 2 Solicitou oximetro de pulso. 3 Solicitou material para fixação do oxímetro no bebê. 4 Mencionou lavagem das mãos. 5 Explicou o procedimento para a mãe do paciente. 6 Inseriu oxímetro em MSD e em algum MI. 7 Verbalizou o resultado alterado (<95% em qualquer das medidas ou diferença > ou = a 3% entre as medidas de MSD e algum MI). 8 Orienta nova aferição após 1h. 9 Orienta após novo teste alterado e realização de ecocardiograma em 24h. 10 Verbaliza que não é possível dar alta até o resultado do novo exame. USP – SP 2017 39 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 11 Verbaliza os parâmetros para cálculo do APGAR: ▶ Cor (R: cianose de extremidades). ▶ FC (R: 150) ▶ Irritabilidade reflexa (R: chora à manipulação) ▶ Tônus (R: movimentos ativos e em flexão) ▶ Padrão Respiratório (Choro). 12 Calculou o APGAR em 9 USP – SP 2017 40 Voltar para o índice PREVENTIVA Caso clínico Você está na UBS e vai atender um paciente com queixa de mancha indolor em MSD. Tarefas 1. Dê o diagnóstico operacional 2. Entre os testes disponíveis na mesa, escolha três e indique quais parâmetros são compatíveis com o resultado alterado. 3. Retire as dúvidas do paciente. a. Quais os espectros clínicos da hanseníase? b. Quais as medidas de saúde pública que precisam ser tomadas diante do diagnóstico da doença? Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico(a) da UBS. 2 Perguntou sobre comorbidades e uso de medicações. 3 Perguntou sobre a presença de outras pessoas na casa com os mesmos sintomas. 4 Verificou a quantidade de lesões que o paciente apresentava (R: apenas uma lesão). 5 Verificou se a baciloscopia da lesão era positiva (R: negativa). 6 Deu o diagnóstico de hanseníase paucibacilar. 7 Entre os testes expostos, escolheu: 1. Sensibilidade termina com algodão e álcool. 2. Teste da histamina 3. Teste da pilocarpina. USP – SP 2017 41 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 8 Testou a sensibilidade da lesão com algodão seco e algodão embebido em álcool. 9 Verbalizou que a alteração seria a presença de anestesia ou hipoestesia na lesão. 10 Verbalizou que em caso de alteração na sensibilidade térmica não é necessário prosseguir o exame com a sensibilidade tátil e dolorosa. 11 Indicou a realização do teste de histamina (aplicar uma gota de histamina sobre a lesão seguida de microperfuração da pele). 12 Mencionou a necessidade de avaliação da tríplice reação de Lewis positiva (ausência do eritema reflexo secundário). 13 Mencionou o teste da pilocarpina (Passar iodo sobre a lesão, injetar pilocarpina intradérmica e colocar pequena quantidade de amido por cima. A produção de suor induzida pela pilocarpina deve colorir o sistema de azul. A ausência da coloração azul indica disfunção das fibras autonômicas – teste positivo para hanseníase). 14 Mencionou corretamente os espectros clínicos da hanseníase: Virchowiana, dimorfa, indeterminada e tuberculoide. 15 Mencionou notificação dos casos suspeitos. 16 Mencionou rastreio dos contatos para exame neurodermatológico e profilaxia se necessário. 17 Indicou seguimento dos contatos com exame neurodermatológico anual por 5 anos. 42 USP – SP 2019 Voltar para o índice CLÍNICA MÉDICA Caso clínico Paciente jovem, sem comorbidades, apresenta há uma semana disp- neia, dor torácica com melhora a flexão do tronco para frente, pré- -síncope no dia da consulta. Refere contato prévio com uma criança com IVAS. Tarefas 1. Após assistir ao vídeo, escreva as alterações encontradas no exame clínico. Caso o exame esteja todo normal, escreva apenas “exame normal” 2. O paciente realizou os seguintes exames complementares: USP – SP 2019 PROVA PRÁTICA OBS: Os checklists são aproximados e baseados em relatos de candidatos, já que a instituição não liberou publicamente a correção oficial. CHECKLIST USP – SP 2019 43 Voltar para o índice De acordo com a história, exame físico e exames complementares fornecidos (ECG eRx tórax), escreva a principal hipótese diagnóstica para o caso 3 e cite 3 etiologias para a hipótese diagnóstica em questão. USP – SP 2019 44 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Verificou tempo de enchimento capilar aumentado. 2 Verificou pulso paradoxal. 3 Verificou lesões ulcerosas em palato. 4 Verificou bulhas hipofonéticas. 5 Verificou hipotensão 6 Verificou sibilos. 7 Levantou pericardite com tamponamento cardíaco como a principal hipótese diagnóstica. 8 Levantou pericardite viral, bacteriana, autoimune entre as etiologias possíveis. USP – SP 2019 45 Voltar para o índice GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Caso clínico Paciente gestante de quase 42 semanas, primigesta, jovem, realizou o pré-natal adequado e foi admitida para receber ocitocina para indu- ção do trabalho de parto. Tarefas 1. Preencha o partograma conforme orientações do examinador. 2. Realize a anamnese direcionada e o exame físico da gestante. 3. Após 2 horas, a paciente evoluiu com dor abdominal. Converse novamente com a paciente. Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Preenchei corretamente o partograma. 2 Se apresentou para a paciente. 3 Perguntou sobre comorbidades. 4 Perguntou sobre intercorrências no pré-natal. 5 Avaliou a paridade. 6 Solicitou exame físico geral. 7 Solicitou altura uterina. 8 Avaliou a contração uterina. 9 Avaliou BCF. 10 Fez menção ao toque vaginal. Tarefa 3 – A paciente queixa-se de intensa dor abdominal. 11 Solicitou reavaliação do tônus uterino e do BCF (R: 8 contrações em 10 minutos). USP – SP 2019 46 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 12 Solicitou cardiotocografia. 13 Identificou a cardiotocografia como categoria 2. 14 Não indicou cesariana no momento. 15 Desligou ocitocina. 16 Decúbito lateral. 17 Ofertou oxigênio. 18 Hidratação. 19 Tocolítco. 20 Repetiu a cardiotocografia. 21 Interpretou a nova cardiotocografia como categoria 1. 22 Indicou seguir o trabalho de parto USP – SP 2019 47 Voltar para o índice CIRURGIA Caso clínico Jovem de 22 anos sofreu ferimento por arma branca há 3 dias. Foi necessária a realização de uma drenagem de tórax no primeiro dia da internação. No momento, o dreno encontra-se conforme demons- trado no vídeo. (VÍDEO: Dreno de tórax borbulhando bastante ainda). Tarefas 1. Dê dois diagnósticos que justifiquem o quadro. 2. Escreva os materiais que serão necessários para a retirada do dreno. 3. Explique o procedimento ao paciente e descreva como será feita a retirada do dreno. Adequado ParcialmenteAdequado Inadequado 1 Levantou pneumotórax residual e lesão brônquica como justificativas para o dreno se manter borbulhando. 2 Solicitou paramentação. 3 Solicitou bisturi/tesoura. 4 Solicitou material para curativo oclusivo. 5 Explicou que o procedimento seria realizado no final de uma incursão respiratória (inspiração ou expiração). 6 Levantar o membro superior. 7 Fazer um teste demonstrativo com o paciente antes da manipulação. 8 Deixar preparado curativo oclusivo com esparadrapo e gaze. USP – SP 2019 48 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 9 Pedir ao paciente para segurar a respiração, retirar o dreno e ocluir a ferida (todas as etapas tem que ser realizadas). 10 Colocar o curativo. USP – SP 2019 49 Voltar para o índice PEDIATRIA Caso clínico Você está na sala de emergência do PS quando uma mulher aparece carregando um filho de 11 meses que, segundo ela, foi encontrado letárgico minutos após ter sido visto bem. Tarefa 1. Preste o atendimento ao paciente. Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico 2 Avaliou a responsividade. 3 Avaliou a presença de respiração. 4 Avaliou cor. 5 Avaliou pulso. 6 Avaliou pulso no local correto (braquial ou femoral). 7 Solicitou monitorização (Sat 85% FC 45 bpm). 8 Forneceu oxigênio a 100% (máscara não reinalante). 9 Indicou ventilações com bolsa-válvula-máscara. 10 Abriu adequadamente a via aérea. 11 Utilizou adequadamente a técnica C-E. 12 Fez ventilações na frequência correta (12-20 vezes por minutos – 1 vez a cada 3-5 segundos). 13 Solicitou reavaliação (R: mantida hipoperfusão, dessaturação e bradipneia). USP – SP 2019 50 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 14 Iniciou RCP 15 Realizou 30 compressões para cada 2 ventilações (1 socorrista). 16 Comprimiu o tórax com profundidade adequada permitindo o retorno do tórax entre as compressões. 17 Realizou 100-120 compressões por minuto. 18 Checou o ritmo após 2 minutos ou 5 ciclos. 19 Indicou retorno a RCP 20 Mudou o ciclo para 15 compressões para cada duas ventilações – 2 socorristas. 21 Indicou adrenalina. 22 Indicou adrenalina na dose correta (0.01 mg/kg). 23 Verificou retorno à circulação espontânea. USP – SP 2019 51 Voltar para o índice PREVENTIVA Caso clínico Você é o médico responsável pelo atendimento na UBS e deveria olhar o genograma de uma grande família. Tarefas 1. Identifique o genograma e descreva as alterações destacadas em vermelho (A, B, C e D). 2. Cite um recurso (equipamento) externo à UBS, mas potencialmente presente no território em que atua, que poderia ser adicionado para: a. Abuso de álcool de Carlos. b. A violência de Carlos contra Sara. 3. Além das estratégias de realização de anti-HIV e negociação do uso da camisi- nha, escreva duas outras estratégias que podem ser adotadas por Solange para a prevenção contra a contaminação por HIV nas relações sexuais com Daniel. USP – SP 2019 52 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 A: Pessoas que moram na mesma casa. 2 B: Abortamento. 3 C: Relação conflituosa. 4 D: Relação conflituosa. 5 Sugeriu CAPES AD (Álcool e Drogas) em 02a. 6 Sugeriu o grupo alcoólicos anônimos em 02a. 7 Sugeriu a delegacia da mulher em 02b. 8 Sugeriu o centro de acolhimento da mulher em 02b. 9 Em 03 indicou preservativo feminino. 10 Em 03 indicou profilaxia pré-exposição (tenofovir + entricitabina). 5353 UNIFESP 54 UNIFESP 2018 Voltar para o índice CLÍNICA MÉDICA Caso clínico Paciente jovem com dor e eritema em membro inferior há 4 dias Tarefas 1. Realize o atendimento 2. Indique o diagnóstico, um diagnóstico diferencial e a conduta para o paciente UNIFESP 2018 5 minutos por questão PROVA PRÁTICA OBS: Os checklists são aproximados e baseados em relatos de candidatos, já que a instituição não liberou publicamente a correção oficial. CHECKLIST UNIFESP 2018 55 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Perguntou sobre calor local e edema. Verificou a intensidade da dor. 2 Perguntou sobre a presença de fissura entre os dedos e outros fatores de risco para erisipela. 3 Verificou a presença de empastamento de panturrilha edema assimétrico de membros inferiores 4 Verificou a presença de sinais e sintomas de sepse. 5 Perguntou sobre fatores associados a pior evolução: presença de comorbidades, idade. 6 Realizou o diagnóstico diferencial entre erisipela e TVP. 7 Prescreveu o antibiótico corretamente, checando a ausência de alergias graves (penicilina procaína IM 400 – 800 UI ou amoxicilina 500 mg 8/8 horas por 14 dias) 8 Confirmou o local de tratamento: domiciliar 9 Prescreveu analgésico simples. 10 Agendou retorno para acompanhamento. UNIFESP 2018 56 Voltar para o índice CIRURGIA Caso clínico Você é o cirurgião de plantão na emergência e vai atender um paciente adulto de 33 anos, masculino, vítima de trauma automobilístico, tra- zido por familiares ao OS Tarefa 1. Realize o atendimento do paciente Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Citou paramentação adequada. 2 Solicitou proteção cervical 3 Solicitou avaliação das vias aéreas. 4 Avaliação do tórax: inspeção, palpação, percussão, ausculta. Sat O2 e FR 5 Avaliação da circulação (inspeção abdominal, percussão, palpação e ausculta). PA, FC e pulsos. Avaliação da Pelve. 6 Solicitou FAST 7 Indicou corretamente as janelas do FAST 8 Indicou laparotomia 9 Avaliou Glasgow e pupilas 10 Exposição e prevenção de hipotermia 11 Citou corretamente o conceito do e-FAST (janela estendida com pericárdio). 12 Citou corretamente as imagens positivas: ▶ 4 imagens: adequado ▶ 1-3 imagens: parcialmente adequado ▶ 0 imagens: inadequado UNIFESP 2018 57 Voltar para o índice GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Caso clínico Paciente de 35 anos refere nódulo mamário Tarefas 1. Realize o exame físico da mama 2. Descreva o achado do exame 3. Indique a conduta adequada ao caso Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se adequadamente 2 Explicou o procedimento e pediu o consentimento 3 Realizou inspeção estática, inspeção dinâmica e palpação de linfonodos corretamente com a paciente sentada. 4 Finalizou o exame com a paciente em decúbito dorsal na posição correta, com as mãos da atrás da cabeça e realizou a palpação e expressão papilar. 5 Descreveu o nódulo encontrado quanto a posição, tamanho, consistência, mobilidade. 6 Solicitou exame de imagem: mamografia. 7 Orientou a paciente sobre o resultado da mamografia explicando a classificação Bi-RADS UNIFESP 2018 58 Voltar para o índice PEDIATRIA Caso clínico Você é o pediatra de plantão e foi chamado para ir ao centro obsté- trico para prestar assistência ao RN de Joana, primigesta. O parto aca- bou de acontecer. ▶ RN IG 38 semanas ▶ Tônus em flexão ▶ Respiração irregular Tarefa 1. Preste assistência ao RN e dê a conduta passo a passo diante dos dados acima. Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Solicitou a paramentação (lavou as mãos, usou luvas, aventais, máscaras de proteção facial para evitar o contato do profissional de saúde com material biológico do paciente). 2 Indicou o clampeamento imediato do cordão. 3 Conduziu o RN à mesa de reanimação com campos aquecidos 4 Proveu calor (berço aquecido) 5 Posicionou o RN em decúbito dorsal e a cabeça em leve extensão (voltada para o profissional de saúde). 6 Aspiração boca/narinas se necessário 7 Secou o corpo e a região das fontanelas e desprezou os campos úmidos. 8 Verbaliza que os passos iniciais devem ser realizados em no máximo 30 segundos. 9 Avalia respiração (irregular) UNIFESP 2018 59 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 10 Avalia FC (100 bpm) 11 Inicia VPP nos primeiros 60 segundos de vida posicionando a máscara corretamente. 12 VPP (aperta-solta-solta) na frequência de 40-60 ventilações por minuto em ar ambiente 13 Solicita oximetria de pulso radialD 14 Solicita monitorização cardíaca 15 Reavalia após 30 segundos de VPP (FC >100 e respiração espontânea/regular) 16 Apresenta RN para a mãe. 60 UNIFESP 2019 Voltar para o índice CLÍNICA MÉDICA Caso clínico Você está caminhando pelo shopping e um senhor desfalece na sua frente. Tarefa 1. Conduza o atendimento. UNIFESP 2019 PROVA PRÁTICA OBS: Os checklists são aproximados e baseados em relatos de candidatos, já que a instituição não liberou publicamente a correção oficial. CHECKLIST UNIFESP 2019 61 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Checou a segurança da cena 2 Checou responsividade. 3 Chamou ajuda e solicitou serviço de emergência com DEA. 4 Checou pulso central e respiração simultaneamente. 5 Checou a presença de superfície rígida para realizar o atendimento. 6 Expôs o tórax do paciente (manequim). 7 Iniciou as compressões torácicas com a técnica correta (verbalizou o local, técnica, frequência e profundidade das compressões). 8 Solicitou dispositivo de via aérea. 9 Mencionou 30 compressões/2 ventilações. UNIFESP 2019 62 Voltar para o índice GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Caso clínico Paciente primigesta de 20 anos, está com 18 semanas de gestação. Vem para consulta de pré-natal sem queixas. Tem feito acompanhamento regular e realizou todos os exames conforme o cartão de pré-natal. Tarefas 1. Faça o exame obstétrico abdominal. Não há necessidade de fazer o toque vaginal. 2. Colete a colpocitologia oncótica. Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico. 2 Verificou a altura uterina. 3 Verificou a localização do dorso fetal e realizou a ausculta do BCF. 4 Ofereceu a presença de outro profissional de saúde na sala para a coleta da colpocitologia. 5 Solicitou a lâmina e a identificou com as iniciais da paciente. 6 Solicitou espéculo. 7 Solicitou citobrush. 8 Solicitou espátula de Ayres. 9 Solicitou foco de luz. 10 Solicitou fixador de lâmina. 11 Solicitou frasco coletor. UNIFESP 2019 63 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 12 Verbalizou a técnica da coleta: introduzir o espéculo a 45 graus, realizando a rotação para 0 graus lentamente. Abrir o espéculo e centralizar o colo uterino. 13 Verbalizou que primeiro é feita a coleta da ectocérvice e posteriormente da endocérvice. 14 Retirou o espéculo fechado. 15 Fixou o material na lâmina com spray fixador. 16 Orientou retorno para a entrega do resultado. UNIFESP 2019 64 Voltar para o índice CIRURGIA Caso clínico Paciente de 69 anos, diabético insulinodependente, hipertenso, com história de claudicação intermitente em ambas as pernas há 4 meses. Há 2 semanas apresentou úlcera plantar direita logo abaixo do hálux. Há 1 dia evoluiu com febre, astenia e sudorese. Ao exame, paciente apresenta-se hipotenso, taquicárdico, sonolento. Já realizado o diag- nóstico de sepse e iniciadas as medidas iniciais, com expansão volê- mica, antibioticoterapia e coleta dos exames iniciais. Tarefa 1. Realize a coleta da gasometria arterial. Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico 2 Separou o material corretamente (seringa de gasometria heparinizada com agulha, gaze ou algodão com álcool para antissepsia, luvas de procedimento). 3 Checou contraindicações (ao procedimento – presença de lesões em cima do local). 4 Explicou o procedimento ao paciente e pediu o consentimento. 5 Realizou o teste de Allen. 6 Explicou a técnica de punção: palpação da artéria radial e punção da artéria em um ângulo de 45 graus. 7 Mencionou a necessidade de compressão do local após a punção 8 Descarte adequado dos materiais perfuro-cortantes. 9 Identificou a seringa. UNIFESP 2019 65 Voltar para o índice PEDIATRIA Caso clínico Priscila tem 11 anos e deu entrada na sala de emergência com quadro de asma grave. Como apresentava sinais claros de esforço respirató- rio e sinais iminentes de um colapso respiratório, foi submetida a IOT. Após a IOT, a paciente apresentava FR=23 com SatO2 96%. Três horas depois, a paciente evoluiu com quadro de dessaturação súbita e hipo- tensão. No momento, a satO2 = 72% e PA = 68 x 43. Tarefas 1. Cite três hipóteses diagnósticas. 2. Você realizou novamente o exame físico do paciente e constatou: extremidades mal perfundidas, expansão torácica assimétrica reduzida à D, timpanismo no hemitórax direito e MV abolido à direita. Dê o diagnóstico. 3. Com base no seu diagnóstico, dê a conduta adequada para o caso. Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico. 2 Levantou as hipóteses de: deslocamento do tubo, obstrução do tubo – rolha ou torção, pneumotórax, problemas no equipamento (3 dessas). 3 Deu o diagnóstico subsequente de pneumotórax. 4 Indicou a punção no tórax de alívio. 5 Localizou a punção no segundo espaço intercostal e na linha hemiclavicular. 6 Solicitou paramentação completa. 7 Realizou a punção com jelco conectado a uma seringa com soro e verificou a presença de bolhas. UNIFESP 2019 66 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 8 Conectou o jelco ao equipo. 9 Chamou a equipe de cirurgia para realizar a drenagem de tórax. 10 Solicitou radiografia de tórax. 67 UNIFESP 2020 Voltar para o índice CIRURGIA Caso clínico Rosana Santos, 43 anos de idade, doméstica, apresenta corte no ante- braço provocado por objeto de vidro há 30 minutos. Exame físico Bom estado geral, PA = 130x80 mmHg, FC=82bpm, lesão incisa superficial, que envolve pele e tecido celular subcutâneo do membro superior direito com san- gramento de pequena monta, sem exposição de estruturas nobres e sem con- taminação grosseira. Todos os pulsos estão presentes, cheios e simétricos. UNIFESP 2020 PROVA PRÁTICA OBS: Os checklists são aproximados e baseados em relatos de candidatos, já que a instituição não liberou publicamente a correção oficial. CHECKLIST UNIFESP 2020 68 Voltar para o índice Tarefa 1. Realize a sutura da pele, prescrição e orientação relacionados ao procedimento. Certo Errado 1 Apresentou-se e identificou o paciente? 2 Orientou sobre o procedimento e solicitou o consentimento verbal da paciente? 3 Fez menção a antissepsia e EPI? 4 Escolheu o fio monofilamentar de Nylon 4.0? 5 Escolheu material cirúrgico correto (porta-agulhas, pinça dente-de-rato e tesoura reta)? 6 Realizou anestesia local com Lidocaína 2% (com ou sem vasocontritor, seringa de 3 ml, agulha marrom (insulina, 26G ½)? 7 Fez menção à limpeza da ferida com soro fisiológico 0.9%? 8 Realizou sutura da pele no simulador de antebraço (ponto simples, separados)? 9 Realizou curativo com gaze estéril e micropore? 10 Não prescreveu antibiótico quando interrogado pela atriz? 11 Orientou cuidados locais? (o candidato deve descrever quais cuidados) 12 Orientou retorno em 7 dias? UNIFESP 2020 69 Voltar para o índice CLÍNICA MÉDICA Caso clínico Você atende um homem, 34 anos de idade, operador de telemarke- ting, com dor lombar há 7 dias. Na anamnese, ele refere piora da dor à movimentação e melhora ao repouso. Nega alterações urinárias ou sistêmicas. Nega episódios semelhantes anteriores. Tarefas 1. Faça e descreva o exame físico direcionado 2. Qual é o diagnóstico sindrômico? 3. Você pediria algum exame complementar no momento? Se sim, qual? Certo Errado 1 Tarefa 1 – Realizou exame físico no paciente sem a camiseta? 2 Tarefa 1 – Realizou a inspeção para procura de deformidades evidentes e curvaturas anormais? 3 Tarefa 1 – Realizou palpação da região da coluna (processos espinhosos)/ paravertebral procurando identificar o local da dor e/ou solicitando que o paciente localizasse a dor? 4 Tarefa 1 – Avaliou mobilidade da coluna lombar (amplitude de movimento: flexão, extensão, lateralização)? 5 Tarefa 1 – Avaliou comprometimento radicular (Lasegue bilateral?) 6 Tarefa 1 – Avaliou reflexo patelar bilateral? 7 Tarefa 1 – Avaliou reflexo aquileo bilateral? 8 Tarefa 1 – Avaliou força muscularproximal em MMII (manobras ou contra resistência, bilateral)? 9 Tarefa 1 – Avaliou força muscular distal em MMII (contra resistência, bilateral)? UNIFESP 2020 70 Voltar para o índice Certo Errado 10 Tarefa 1 – Avaliou articulação de quadril (FABER ou Patrick?) 11 Tarefa 2 – Diagnóstico: Dor lombar mecânica aguda ou dor lombar/lombalgia mecânica ou dor lombar/lombalgia inespecífica aguda ou dor musculoesquelética aguda inespecífica. 12 Tarefa 3 – Não solicitou exame complementar. UNIFESP 2020 71 Voltar para o índice GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Caso clínico Você vai atender uma puérpera pós parto vaginal há 45 dias, que refere secreção vaginal amarronzada com odor fétido há 15 dias. Encontra- -se em bom estado geral, corada, hidratada, afebril. Mamas puerperais com saída de leite. Abdome flácido, indolor e sem outras alterações. Tarefas 1. Faça o toque vaginal descrevendo as etapas e os achados do exame. 2. Realize a conduta necessária 3. Dê as orientações em relação ao diagnóstico. Certo Errado 1 Apresentou-se para a paciente? 2 Calçou as luvas? 3 Colocou gel na luva? 4 Afastou os lábios vulvares para realizar o toque? 5 Introduziu na vagina os 2º e 3º dedos? 6 Detectou o tampão vaginal dentro da vagina? 7 Retirou o tampão vaginal? 8 Avisou/explicou a paciente que retirou um tampão vaginal? 9 Fez o toque bimanual para palpar o útero? 10 Demonstrou que está palpando/tentando palpar os ovários? 11 Fez a orientação para tranquilizar a paciente (evento possível/procedimento resolvido/sem sequelas?) UNIFESP 2020 72 Voltar para o índice PEDIATRIA Caso clínico Menina, 4 anos de idade, vem trazida ao pronto atendimento por sua tia, com queixa de dor e inchaço na coxa direita há 1 dia. A mãe da menina disse à tia que a criança brigou com o irmão de 3 anos e foi atingida com um cabo de vassoura. A tia não presenciou o ocorrido, mas como a menina está chorosa e não quer sair da cama, decidiu trazê-la para ser examinada. Tarefas 1. Faça o exame físico direcionado à queixa e descreva os achados. 2. Elabore a hipótese diagnóstica e justifique 3. Solicite exames para investigação diagnóstica e interprete os resultados. 4. Cite as condutas indicadas para essa paciente e informe a acompanhante. Certo Errado 1 Tarefa 1 – Tirou as roupas da paciente? 2 Tarefa 1 – Examinou o dorso da paciente? 3 Tarefa 1 – Descreveu hematomas/equimoses em vários estágios de evolução? 4 Tarefa 1 – Descreveu equimoses/hematomas em locais atípicos? 5 Tarefa 1 – Descreveu lesões sugestivas de instrumento contundente? 6 Tarefa 2 – Suspeitou/Fez o diagnóstico de abuso físico/ violência física/maus tratos? 7 Tarefa 2 – Justificou a hipótese pela história? 8 Tarefa 2 – Justificou a hipótese pela característica das lesões? 9 Tarefa 3 – Solicitou radiografia? UNIFESP 2020 73 Voltar para o índice Certo Errado 10 Tarefa 3 – Solicitou hemograma? 11 Tarefa 3 – Solicitou coagulograma? 12 Tarefa 3 – Interpretou corretamente a radiografia? 13 Tarefa 4 – Indicou internação? 14 Tarefa 4 – Informou a tia sobre a necessidade de internação? 15 Tarefa 4 – Justificou para a tia o motivo da internação? 16 Tarefa 4 – Informou a tia que o caso será notificado ao conselho tutelar/vara da infância? 17 Tarefa 4 – Mencionou a necessidade de notificar o caso à vigilância epidemiológica? 7474 UNICAMP 75 UNICAMP 2018 Voltar para o índice CLÍNICA MÉDICA Caso clínico Você está na UBS e atenderá o Sr. José, paciente de 52 anos que apre- senta queixa de dor torácica. Tarefas 1. Conduza o atendimento 2. Solicite um exame complementar e, após o resultado, solicite um novo exame para esclarecer o resultado. UNICAMP 2018 PROVA PRÁTICA OBS: Os checklists são aproximados e baseados em relatos de candidatos, já que a instituição não liberou publicamente a correção oficial. CHECKLIST UNICAMP 2018 76 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico (a). 2 Perguntou ao paciente sobre a intensidade da dor. 3 Perguntou sobre início. 4 Perguntou sobre sintomas associados. 5 Perguntou sobre fatores de alívio e de piora. 6 Perguntou sobre irradiação. 7 Questionou sobre comorbidades e medicações de uso contínuo. 8 Perguntou sobre a história prévia da dor (se já teve antes, em quais situações, etc). 9 Classificou corretamente a dor do paciente como uma angina CCS 3 10 Solicitou ECG (R: Ondas Q em derivações inferiores). 11 Solicitou teste ergométrico. UNICAMP 2018 77 Voltar para o índice GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Caso clínico Você está no ambulatório de ginecologia e prestará atendimento a Marina, paciente com queixa de ciclo menstrual irregular. Tarefas 1. Termine a anamnese 2. Solicite três exames para esclarecer o diagnóstico Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico(a). 2 Perguntou sobre a presença de outras queixas (R: hirsutismo, acne) 3 Perguntou sobre comorbidades e uso de medicações (R: nega) 4 Perguntou sobre a data da última menstruação e uso de medicações contraceptivas. 5 Perguntou sobre história obstétrica. 6 Solicitou Beta-HCG e USTV. 7 Solicitou testosterona 8 Indicou o tratamento com dieta e exercício físico. 9 Indicou espirololactona para hirsutismo. 10 Avaliou se a paciente apresentava desejo gestacional breve antes de prescrever anticoncepcional hormonal (R: não). UNICAMP 2018 78 Voltar para o índice CIRURGIA Caso clínico Você está na sala de trauma e atenderá um paciente vítima de uma ferida por arma branca em região abdominal. O ACBDE já foi realizado e o paciente encontra-se estável. Na avaliação secundária, foram soli- citados os exames de imagem a seguir. Tarefa 1. Interprete os exames e informe a conduta para o caso. OBS: Exames fornecidos: radiografias de coluna cervical, tórax, abdome e pelve. Exame relevante: Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico. 2 Verificou que as radiografias de coluna cervical e pelve estavam normais. UNICAMP 2018 79 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 3 Verificou alteração na transição toracoabdominal. 4 Realizou o diagnóstico de hérnia diafragmática traumática. 5 Indicou laparotomia para correção. UNICAMP 2018 80 Voltar para o índice PEDIATRIA Caso clínico Você está no PS e atenderá uma criança de 9 anos que apresenta febre há alguns dias. Tarefa 1. Realize o atendimento. Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico(a) 2 Perguntou o tempo de febre 3 Perguntou sobre outros sintomas associados (R: sim, presença de manchas vermelhas no corpo). 4 Perguntou sobre as características do exantema – localização, prurido, descamação. 5 Perguntou sobre comorbidades e uso de medicações. 6 Solicitou o exame físico (R: foto – amígdalas aumentadas com petéquias no palato, palidez perioral, língua em morango). 7 Deu o diagnóstico de escarlatina 8 Explicou o diagnóstico para a mãe. 9 Prescreveu antibiótico (penicilina benzatina IM dose única). 10 Explicou que o tratamento pode prevenir complicações, inclusive cardíacas (febre reumática aguda). UNICAMP 2018 81 Voltar para o índice Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 11 Prescreveu analgesia e anti-histamínicos se necessário. 12 Conferiu o estado vacinal da criança. 13 Perguntou se a mãe tinha alguma dúvida. UNICAMP 2018 82 Voltar para o índice PREVENTIVA Caso clínico Você está no ambulatório e recebe um paciente com história de neo- plasia metastática avançada e fora de possibilidade terapêutica. Tarefa 1. Dê a notícia para o paciente. Adequado Parcialmente Adequado Inadequado 1 Apresentou-se como médico(a) 2 Verificou se o ambiente estava adequado (silencioso, com privacidade, sem interrupções). 3 Avaliou o que o paciente já entendia sobre o caso 4 Perguntou o que o paciente gostaria de saber sobre a doença e se gostaria de alguma outra pessoa presente. 5 Deu o diagnóstico usando termos simples e evitando termos técnicos.
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