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2° RELATÓRIO REFERENTE À DISCIPLINA DE FÍSICA EXPERIMENTAL – I Relatório montado pelos alunos dos cursos de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos: Isabel Hilda – 201721011-9 Thacilla Carolinne – 201702537-0 Vítor Patrício – 201721027-5 Professor orientador: Karol Amon Marx de Oliveira Departamento de Física Rio de Janeiro Abril, 2018 MASSA, FORÇA E ANÁLISE GRÁFICA: - Objetivo: Neste experimento tínhamos como objetivo verificar a relação linear entre a força e a alongação da mola (verificação da Lei de Hooke) e a construção de um dinamômetro de mola mediante a medida da constante K. Ou seja, tínhamos como objetivo o estudo do movimento dos corpos, sua causa e forma, e, além disso, tínhamos também o objetivo de aprender para que serve o dinamômetro, instrumento que mede forças diretamente da deformação causada por elas num sistema elástico. - Fundamentos teóricos: A parte da Física responsável pelo estudo do movimento dos corpos, sua causa e forma é denominada Mecânica. O comprimento e o tempo são grandezas relacionadas na mecânica, no entanto, outra grandeza de extrema importância nesse ramo da Física é a massa. Apesar da massa, do comprimento e do tempo serem fundamentais, outras grandezas podem ser criadas para que possamos compreender melhor o saber, e uma dessas grandezas é a força. Isaac Newton Sr. nasceu em Londres, no ano de 1643, e viveu até o ano de 1727. Foi um astrônomo, alquimista, filósofo natural, teólogo e cientista inglês, mas, Newton foi mais reconhecido como físico e matemático. As três Leis de Newton são a base para o estudo da mecânica clássica, que é o tema que permite entender como se comportam objetos parados e em movimento, ou seja, corpos em equilíbrio estático ou dinâmico. A definição de força está contida nas três Leis de Newton. A primeira Lei de Newton é a Lei da Inércia, a segunda é Lei fundamental da mecânica e a terceira é a Lei da Ação e Reação. Veremos a definição das três leis de Newton a seguir: 1ª Lei de Newton: A Lei da Inércia Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças impressas nele. Inércia é a tendência que os corpos apresentam de permanecer no seu estado de equilíbrio, em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme. A lei da inércia trata a respeito das condições de equilíbrio das partículas. Uma partícula pode ou não receber a ação de várias forças. Se a soma vetorial desses vetores-força for nula, dizemos que a partícula está em equilíbrio. Podemos perceber essa tendência quando observamos uma pessoa que está em pé dentro de um ônibus. Caso o motorista pise no acelerador, fazendo com que o ônibus arranque, o passageiro que está em pé, por inércia, tende a continuar parado em relação ao solo terrestre. Agora, como o ônibus está em movimento, se o motorista frear, a tendência do passageiro é continuar em movimento em relação ao solo terrestre, fato este que não acontece por estar se segurando na barra de apoio do ônibus. 2ª Lei de Newton: A Lei fundamental da Mecânica A mudança do movimento é proporcional à força motriz impressa e se faz segundo a reta pela qual se imprime essa força. Na segunda lei, Newton analisou a relação que existe entre a força aplicada em um corpo e a mudança na velocidade que ele sofre. Após realizar várias experiências, Newton constatou que algo sempre ocorria. A variação da velocidade sofrida por um corpo é diretamente proporcional à resultante das forças nele aplicadas. Então, quando há variação de velocidade, em um determinado intervalo de tempo, encontramos a aceleração desse corpo. Fr = m.a – força resultante é igual ao produto da massa pela aceleração. As unidades, no SI, são: Força (Fr): N (newton); Massa (m): kg; Aceleração (a): m/s2 3ª Lei de Newton: A Lei da Ação e Reação A uma ação sempre se opõe uma reação igual, ou seja, as ações de dois corpos um sobre o outro sempre são iguais e se dirigem a partes contrárias. De acordo com Newton, não existe força que seja capaz de agir sozinha, pois, para cada força considerada ação, existe outra chamada de reação. Temos que lembrar que as forças de ação e reação ocorrem sempre em corpos distintos e por isso não se anulam mutuamente. Um exemplo que podemos dar é o das naves espaciais. As naves têm um sistema de impulsão com motores que expulsam gases em diferentes direções. Ao expulsar esses gases em um sentido, a nave, devido à terceira lei de Newton, experimenta uma força no sentido oposto. Tal força faz com que a nave se afaste da superfície terrestre. Outros conceitos importantes são os de: • Massa: A massa de um corpo é uma quantidade escalar que representa a capacidade de um corpo resistir ao movimento. • Peso: O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra. A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia. • Dinamômetro: É o instrumento que mede forças diretamente da deformação causada por elas num sistema elástico • Força: É uma grandeza vetorial, ou "orientada", pois apresenta: módulo, direção e sentido. Módulo é um valor que expressa à intensidade de sua ação, sendo múltiplo ou submúltiplo de um padrão. A direção é a força que é aplicada segundo uma linha reta, e não segundo uma curva qualquer. E, o sentido dada a reta sob a qual se imprime a força, define-se uma orientação. • Lei de Hooke: F = - K ∆x [1], ou, definindo X = (x –x0) : F = - K X [2]. Esta relação apenas indica que a força que buscamos depende linearmente da elongação da mola. O parâmetro K é dito “constante de restauração elástica”. A Relação [2] é dita “Lei de Hooke”, sendo, de fato, uma “equação de estado” do sólido elástico. Logo, se medirmos o valor de K para uma mola, as relações [1] ou [2] podem ser usadas para medirmos forças. Neste experimento, nosso objetivo será verificar a relação linear entre força e elongação e a construção de um dinamômetro de mola, mediante a medida do “K” de uma mola. - Montagem experimental: Para a montagem do experimento foi necessário que tivéssemos na bancada: a base da estrutura, uma haste longa com régua milimetrada: para medir a distensão sofrida pela mola, uma mola: a experiência se fundamenta em estudar suas distensões, um parafuso: para fixar na vertical a haste com régua e sustentar a mola, uma base de suspensão: para sustentar as massas, pendurando-as na mola e peças de latão: cilindros com massa mensurável, para provocar a distensão da mola. - Dados: Tabela 1- Resultados das massas e respetivos comprimentos • Algumas considerações devem ser feitas (as massas e o comprimento descritos foram convertidos para o sistema internacional de unidades (S.I): • Os valores X1, X2 e X3 correspondem ao tamanho da mola (coletamos 3 medidas com cada massa). • O X0 da mola é 93mm. • A base de suspensão possui 18,2g. • A gravidade vale g= 9,879m/s². • A incerteza (δ) da gravidade é ± 0,001m/s². • A incerteza (δ) da massa é ± 0,05g. massa (Kg)±0,05.10 -̂3 Média m1 110,00 110,00 110,00 110,00 m2 114,00 115,00 115,00 115,00 m3 121,00 121,00 121,00 121,00 m4 132,00 133,00 131,00 132,00 m5 148,00 148,00 149,00 148,00 Comprimento (mm)±0,5.10 -̂3 • A incerteza (δ) do dinamômetro é ± 0,5mm. - Resultados: Como as massas foram medidas com o auxílio da base de suspensão, foi necessário somar o seu valor aos das peças de latão, conforme descrito abaixo: m1 : 10,0 + 18,2 = 28,2g m2: 20,0 + 18,2 = 38,2g m3 :30,0 + 18,2 = 48,2g m4 :50,0 + 18,2 = 68,2g m5 :80,0+ 18,2 = 98,2g Para calcular o peso correspondente a cada massa medida foram feitos os cálculos, utilizando a seguinte equação para medidas indiretas: F =P =m× g = (m ± δ m) × (g ± δ g) Substituindo os valores das massas (m1, m2, m3 , m4 e m5), tem-se os seguintes cálculos: Para m1: P = (28,2× 10 −3 ± 0,05 × 10−3) × (9,879 ± 0,001) Aplicando a propriedade distributiva, fica: P1 = (0,0282× 9,879) ± (0,0282× 0,001 + 9,879 × 0,00005 + 0,001 × 0,0005) P1 ± δ P1 =0,2786± 0,00052215N *0,001 × 0,0005 é aproximadamente zero, por se tratar de um valor muito pequeno. Para m2: P2 = (38,2× 10 −3 ± 0,05 × 10−3 ) × (9,879 ± 0,001) P2 = (0,0382× 9,879) ± (0,0382× 0,001 + 9,879 × 0,00005) P2 ± δ P2 =0,3774± 0,00053215N Para m3: P3 = (48,2× 10 −3 ± 0,05 × 10−3 ) × (9,879 ± 0,001) P3 = (0,0482× 9,879) ± (0,0482× 0,001 + 9,879 × 0,00005) P3 ± δ P3 =0,4762± 0,00054215N Para m4: P 4 = (68,2× 10 −3 ± 0,05 × 10−3 ) × (9,879 ± 0,001) P4 = (0,0682× 9,879) ± (0,0682× 0,001 + 9,879 × 0,00005) P4 ± δ P4 =0,6737± 0,00056215N Para m5: P 5 = (68,2× 10 −3 ± 0,05 × 10−3 ) × (9,879 ± 0,001) P5 = (0,0982× 9,879) ± (0,0982× 0,001 + 9,879 ×0,00005) P 5 ± δ P5 =0,9701± 0,00059215N Com o auxílio da Tabela 2 constando todas as medidas encontradas, foi possível realizar a análise gráfica demonstrado a seguir. Tabela 2 – Resultados do experimento. Gráfico com as medidas dos pesos e dos respectivos comprimentos. A partir da análise gráfica, pode-se encontrar o coeficiente angular obtido graficamente, obtendo a função y=0,0181x-0,0271, em que o valor do coeficiente angular é 0,0181. Para encontrar o valor da constante elástica da mola utilizou- se a equação abaixo: K = ΔF/ Δx = (Ff−Fi)/(Xf-Xi) = (0,9701-0,6737)/(0,148-0,132)= 12,57N/m². Onde f= final i= inicial Para o cálculo da incerteza da constante elástica utiliza-se a seguinte propriedade: δK=(Ff-Fi)/(Xf-Xi) x [(δFf- δF)/(Ff-Fi)+( δXf- δXi)/(δXf-δXi)] δK=12,57 x [(0,00059+0,00052)/0,6915+2x0,005x10-3)] δK = 12,57 x (3,42x10-3)= 0,043N/m2. massa m(g)±0,05.10 -̂3 x(mm)±0,5.10 -̂3 peso P(N) (X=x-x0) ±1,0 28,2 110,00 0,2786±0,00052 17,00 38,2 115,00 0,3774±0,00053 22,00 48,2 121,00 0,4762±0,00054 28,00 68,2 132,00 0,6737±0,00056 39,00 98,2 148,00 0,9701±0,00059 55,00 K= 12,57±0,043N/m2. Conclusão Conclui-se que foi possível determinar experimentalmente a constante elástica da mola, através da representação gráfica, conforme a exigência do procedimento na metodologia, utilizando as incertezas das medidas e dos instrumentos utilizados, e visualmente baseados numa margem de erro que é dado pela incerteza das medidas nos eixos do gráfico. Referências bibliográficas Cesar de Oliveira Lopes. Manual de Física Experimental I. 2ª edição. Imprensa Universitária. Itaguaí, RJ, 1994.
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