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GESTÃO DE PESSOAS: Modelos de Gestão de Pessoas – Evolução dos modelos de gestão de pessoas. Fatores condicionantes de cada modelo. Gestão Estratégica de Pessoas. Possibilidades e limites da gestão de pessoas como diferencial competitivo para o negócio. Possibilidades e limites da gestão de pessoas no setor público. Gestão do desempenho. Gestão de clima e cultura organizacional. Planejamento de RH. Gestão de processos de mudança organizacional: Conceito de mudança. Mudança e inovação organizacional. Dimensões da mudança: estratégia, cultura organizacional, estilos de gestão, processos, estrutura e sistemas de informação. Diagnóstico organizacional. Análise dos ambientes interno e externo. Estratégias para obter sustentação ao processo de mudança. Negócio, missão, visão de futuro, valores. Indicadores de desempenho. Tipos de indicadores. Variáveis componentes dos indicadores. Avaliação da Gestão Pública – Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização. Critérios de avaliação da gestão pública. MODELOS DE GESTÃO DE PESSOAS – EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO DE PESSOAS. FATORES CONDICIONANTES DE CADA MODELO. RH: departamento que tem a função de criar, manter e desenvolver os recursos humanos das organizações e as condições para que os mesmos atinjam seus objetivos individuais ao contribuir para que a empresa alce suas metas organizacionais. Fischer e Fleury (1990): “um conjunto de políticas e práticas definidas de uma organização, para orientar o comportamento humano e as relações interpessoais no ambiente de trabalho”. Características e Dificuldades de ARH ✓ É um Órgão de linha, com função de staff (assessoria) ✓ Lida com atividade meio ✓ Lida com recursos vivos ✓ Não administra os departamentos que influencia ✓ Difícil medir sua efetividade em valores financeiros ✓ Não gera fontes de receita ✓ Donos de empresas não compreendem exatamente seu papel ✓ Funcionários não compreendem exatamente seu papel ✓ Falta de preparo dos profissionais da área ✓ Indefinição do perfil adequado dos profissionais Funções de ARH Agregar (juntar) Aplicar (colocar pessoa certa no lugar certo) Desenvolver Recompensar Manter Monitorar Modelos 1) Departamento de Pessoal (até anos 30) Papel burocrático (controle) 2) Gestão do comportamento humano (Departamento de recursos humanos) (1930 – 1960) Papel burocrático (controle) + Motivação 3) Gestão estratégica de pessoas (Gestão de pessoas) (1960 – 1990) Papel burocrático (controle) + Motivação + Treinamento/Desenvolvimento/Qualidade de vida - Abordagem sistêmica - Planejamento estratégico da organização estratégica - Ambiente interno/externo 4) Gestão de competências (atual) Papel burocrático (controle) + Motivação + Treinamento/Desenvolvimento/Qualidade de vida + Capital intelectual FATORES CONDICIONANTES DO MODELO O desempenho que se espera das pessoas no trabalho e o modelo de gestão correspondente são determinados por fatores condicionantes internos e externos ao contexto organizacional, a saber: Fatores internos: tecnologia adotada, produtos ou serviços oferecidos, estratégia de organização do trabalho, cultura organizacional e estrutura organizacional. Fatores externos: cultura de trabalho de certa sociedade, legislação trabalhista e o papel conferido ao Estado e demais agentes que atuam nas relações de trabalho. GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS “Onde não há necessidade de mudanças, não há necessidade de gerência”. Para que o RH estratégico funcione com êxito, é necessário que os processos de RH estejam alinhados à estratégia organizacional. Dutra (2002) menciona que a Gestão Estratégica de Pessoas está relacionada à clareza por parte da empresa sobre o que ela espera das pessoas. A gestão estratégica é o conjunto de decisões e ações estratégicas que determinam o desempenho de uma corporação em longo prazo. Hoje, a gestão estratégica tem como fundamento ajudar a organização a operar de maneira bem sucedida em um ambiente dinâmico e complexo. Para serem competitivas em ambientes dinâmicos, as corporações estão tendo que se tornar menos burocráticas e mais flexíveis. Este novo enfoque refere-se ao que se chama atualmente de Administração Estratégica de Recursos Humanos (AERH), à qual MARRAS (2000, p. 253) define como “a gestão que privilegia como objetivo fundamental, através de suas interações, a otimização dos resultados finais da empresa e da qualidade dos talentos que a compõem”. “A AERH tem como objetivo participar e assessorar na formação das macrodiretrizes da empresa, de modo a alterar o perfil dos resultados e, portanto, dos lucros da empresa, agregando valor através do capital humano existente na organização”. A abordagem estratégica de Recursos Humanos se delineou a partir da década de 1980 diante da necessidade de aferição e gestão do impacto do capital humano na consecução de estratégias organizacionais, tornando-o uma vantagem competitiva (FISCHER, 2001). WRIGT e MCMAHAN (1992), em um estudo realizado para delinear a teoria da gestão estratégica de pessoas, identificaram as diferenças básicas destas com relação a gestão tradicional de pessoas. Segundo os autores, o que diferencia a gestão estratégica de pessoas são dois integradores que a torna macro-organizacional e consistente do ponto de vista de uma política: a integração vertical e a integração horizontal. ✓ A INTEGRAÇÃO VERTICAL busca o alinhamento das práticas de gestão de pessoas com os objetivos e estratégias organizacionais. ✓ A INTEGRAÇÃO HORIZONTAL refere-se à atuação coordenada das diversas atividades de gestão de pessoas tais como: Recrutamento e Seleção, capacitação, remuneração, avaliação de desempenho, entre outras. Assim, o ponto chave na transformação da gestão de RH tradicional para a estratégica está na transformação da área de centro de custos para centro de oportunidades e resultados. Seu papel atual é ajudar a organização a desenvolver as competências necessárias para responder com sucesso ao mercado, focando-se nos resultados e não mais nas atividades tradicionais. Para atingir o patamar de excelência, ULRICH (2000, p. 39) propõe às organizações quatro maneiras através das quais a gestão de pessoas pode colaborar com o sucesso organizacional: a) Tornar-se um parceiro na execução da estratégia. b) Tornar-se um especialista administrativo. c) Tornar-se um defensor dos funcionários d) Tornar-se um agente de mudança De toda sorte, a gestão estratégica não diz respeito às decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes. É um processo sistemático e constante de tomada de decisões, cujos efeitos e consequências deverão ocorrer em futuros períodos de tempo. 1 GESTÃO DE PESSOAS: CONCEITOS, IMPORTÂNCIA, RELAÇÃO COM OS OUTROS SISTEMAS DA ORGANIZAÇÃO. ✓ As instituições não funcionam sozinhas e os cargos que fazem parte do plano de carreira não tem vida própria. Equipes, empresas, corporações ou governos são resultado do trabalho de um grupo de pessoas. Empresas não têm sucesso, pessoas sim. Pessoas são importantes nas corporações, nas empresas, no governo ou em qualquer outra instituição, Robert W. Woodruff, ex-diretor executivo da Coca-Cola diz, “são as pessoas e suas reações que fazem as empresas serem bem-sucedidas ou quebrar”. ✓ Quando uma organização passa por dificuldade não se troca o nome da empresa ou as suas instalações. Trocam-se as pessoas, procura-se um novo gerente, ou seja, uma nova liderança. ✓ Quando as pessoas são motivadas a usar o melhor de si, as qualidades individuais aparecem. Conceito: Joel Dutra nos ensina que gestão é “um conjunto de políticas e práticas que permitem a conciliação de expectativas entre a organização e as pessoas, para que ambas possam realizá- las ao longo do tempo”. Antonio Gil conceitua gestão de pessoas como “a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos, tantoorganizacionais como individuais”. Fischer afirma que modelo de gestão de pessoas é a “maneira pela qual uma empresa se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho”. Relação com os outros sistemas da organização: É importante entender que a área de gestão de pessoas não pode trabalhar dentro das suas fronteiras, de maneira isolada. A interação com outras áreas da organização é fundamental para o sucesso das ações de gestão de pessoas. 2 FUNÇÃO DA ÁREA DE GESTÃO DE PESSOAS: ATRIBUIÇÕES E OBJETIVOS. Toda empresa precisa se organizar de alguma maneira, seja de forma rudimentar, seja seguindo as práticas mais modernas, para gerenciar a vida funcional de seus colaboradores. As funções exercidas na área de gestão de pessoas envolvem processos que vão desde a atração de pessoas para a empresa até o seu desligamento. Para Maximiano, a área de gestão de pessoas tem como objetivos encontrar, atrair e manter as pessoas de que a organização necessita. Em uma visão mais moderna, podemos dizer que o grande objetivo da área é alinhar as práticas de gestão de pessoas às estratégias organizacionais, buscando conciliar os interesses individuais e organizacionais. Podemos identificar ainda os seguintes objetivos da área de gestão de pessoas: ✓ Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão; ✓ Proporcionar competitividade à organização; ✓ Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas; ✓ Aumentar o autodesenvolvimento e a satisfação das pessoas no trabalho; ✓ Desenvolver e manter a qualidade de vida no trabalho; ✓ Administrar e impulsionar a mudança; ✓ Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável. Para atingir tais objetivos, a área deve desempenhar com efetividade as seguintes atribuições básicas: ▪ Planejamento de mão-de-obra: definição da quantidade necessária de pessoas para trabalharem na organização e das competências que elas devem ter. ▪ Recrutamento e seleção: localização e aquisição de pessoas com as habilidades apropriadas para a organização. ▪ Treinamento e Desenvolvimento: transformação do potencial das pessoas em competências. ▪ Avaliação de desempenho: informação sobre o desempenho das pessoas e definição de ações que permitam o aprimoramento do desempenho. ▪ Remuneração ou compensação: definição e aplicação de mecanismos de recompensas para as pessoas por seu trabalho. ▪ Higiene, saúde e segurança: proteção das pessoas que trabalham para a organização e, em certos casos, de seus familiares. ▪ Administração de pessoal: realização de atividades de natureza burocrática, como registro de pessoal, manutenção de arquivos e prontuários, contagem de tempo de serviço, preparação de folhas de pagamento e acompanhamento de carreiras. ▪ Funções pós-emprego: recolocação, aposentadoria e outros tipos de benefícios para ex- funcionários. Apesar do papel fundamental da área de gestão de pessoas, temos que ter em mente que se trata de uma área-meio, uma área de apoio para que a missão da organização possa se consolidar. Ou seja, é uma área que, por meio da atração, desenvolvimento e manutenção de bons funcionários, deve dar suporte ao alcance dos objetivos organizacionais. No nosso estudo para concursos, sempre que possível, devemos estudar a visão de mais de um autor sobre o mesmo ponto, para complementarmos nosso entendimento sobre o assunto. Dessa forma, apresentamos agora as atribuições básicas da área de gestão de pessoas na concepção de Oliveira: ✓ Função planejamento: programação de necessidades de pessoal, análise do mercado de trabalho, orçamento de pessoal e pesquisas de recursos humanos. ✓ Função suprimento do quadro de pessoal: cadastramento de candidatos a emprego, recrutamento, seleção, registro e cadastro dos funcionários e contratação de mão de obra de terceiros. ✓ Função gestão de recursos humanos: movimentação de pessoal (transferências, promoções, transformação de vagas, admissões, demissões), cargos e salários, controle de pessoal (ponto, controle de produtividade), acompanhamento de orçamento de pessoal e relações com sindicatos. ✓ Função desenvolvimento de recursos humanos: avaliação de desempenho, acompanhamento de pessoal (produtividade, trabalhos em equipes multidisciplinares, motivação) e treinamento e capacitação. ✓ Função pagamentos e recolhimentos: folha de pagamento, encargos sociais e rescisão de contratos de trabalho. ✓ Função benefícios: assistência médica, empréstimos e financiamentos, lazer e assistência social. ✓ Função obrigações sociais: medicina do trabalho, segurança do trabalho, ações trabalhistas. 3 POLÍTICAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS. “Políticas são orientações que dão diretrizes fundamentais para a gestão de pessoas na organização, ou seja, todos os processos e decisões a serem tomadas no âmbito da gestão de pessoas, devem se pautar pelos direcionamentos explicitados nas políticas de gestão de pessoas na organização”. As políticas de gestão de pessoas normalmente cobrem os processos básicos da área. Portanto, em uma organização, em geral, temos uma política de recrutamento e seleção, uma política de avaliação de desempenho, por exemplo. Em termos formais, muitas vezes, essas diretrizes estão consolidadas em uma política mais ampla, que é a política de gestão de pessoas. A gestão de pessoas busca uma conciliação/alinhamento entre as necessidades individuais e as demandas organizacionais. Esse é o desafio constante da área de gestão de pessoas e as políticas ajudam a concretizá-lo, deixando claras as diretrizes da organização no que tange à gestão de pessoas e aos papéis a serem desempenhados por cada um na sua concretização. Sistemas de informações gerenciais Atualmente, com a abundância de meios de comunicação, a velocidade com que as informações se propagam e a pressão pela tomada de decisões corretas, cada vez mais os gestores necessitam das informações certas, na hora certa. Para isso, é necessário o desenvolvimento de sistemas de informações que auxiliem no processo de tomada de decisão, inclusive na área de gestão de pessoas. Sistema de informações é o processo de transformação de dados em informações. E, quando esse processo está voltado para a geração de informações que são necessárias e utilizadas no processo decisório da empresa, diz-se que esse é um SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS (SIG). A parte tecnológica do SIG é importante, mas é apenas o suporte. Mais importante que a tecnologia é a capacidade de identificar quais são as informações relevantes, onde elas poderão ser encontradas e a capacidade de interpretação e decisão dos usuários do SIG. Sua finalidade primordial é subsidiar a tomada de decisão, que é eminentemente humana. A habilidade dos gestores em tomar decisões a partir de informações é primordial para o fortalecimento do SIG. 4 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL: RELAÇÕES INDIVÍDUO/ORGANIZAÇÃO, MOTIVAÇÃO, LIDERANÇA, DESEMPENHO; COMPETÊNCIA INTERPESSOAL; GERENCIAMENTO DE CONFLITOS; CLIMA E CULTURA ORGANIZACIONAL; FORMAÇÃO DE GRUPOS OPERATIVOS, FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS, CONCEITO DE EQUIPE E TIME. RELAÇÕES INDIVÍDUOS/ORGANIZAÇÃO Rousseau (1998) define a identificação como o ESTADO PSICOLÓGICO pelo qual o indivíduo se percebe parte de um todo maior (grupo de trabalho, empresa, igreja, etc). A identificação organizacional ocorre, portanto, quando o indivíduo se sente PARTE DE UMA ORGANIZAÇÃO e “a base das ações corporativas seriam processos cognitivos onde os indivíduos expandem o modo como se sentem sobre si mesmos para incluir mais e maiores conjuntos de objetos sociais” (Rousseau, 1998, p. 217). Dessa maneira, a identificação é um estado cognitivo, a percepção do indivíduo em relação à organização e DIFERE DO COMPROMETIMENTO, uma resposta afetiva, emocional à organização. No entanto, os dois processos podem ocorrer simultaneamente e se influenciam, afetando diretamentea ação do indivíduo. Quanto maior o grau de identificação, maior será a sensação de perda quando o indivíduo deixa a organização. Rousseau (1998) propõe dois tipos de identificação com a organização: a situacional e a de estrutura profunda. A IDENTIFICAÇÃO SITUACIONAL ocorre quando indivíduos e organização têm interesses comuns que conseguem se sobrepor às suas diferenças. São exemplos desses arranjos as campanhas políticas, times de consultoria e auditoria, equipes de filmagens, entre outros. O compartilhamento do objetivo, das restrições e dos resultados requer relações e confiança e promove a identificação, que se extingue quando a tarefa for concluída. A IDENTIFICAÇÃO PROFUNDA resulta de um processo onde as interpretações das experiências vividas pelo indivíduo em relação à organização são sistematizadas e ordenadas, formando percepções ou modelos mentais relativamente estáveis sobre essa relação. A identificação profunda ocorre, portanto, em situações de duração indeterminada e, se tornam cada vez menos prováveis no momento atual, dadas as frequentes mudanças nas organizações, aos inúmeros processos de reestruturação, às fusões e aquisições, e assim por diante. Meu caso :o( Conforme ressalta Kuller (1996), há uma proposta educativa inerente ao trabalho, demonstrado pelo interesse e pelo orgulho com que o educador, o mestre, acompanha o destino profissional de seus aprendizes, pois o artesão formado, é considerado como uma extensão da obra de seu mestre. E esses são os elementos que caracterizam um ofício, uma profissão; quando ausentes, fica difícil dizer que o indivíduo tem uma profissão com a qual possa se identificar – ele apenas trabalha. Pagès e outros autores (1993) mencionam que o indivíduo liga-se à organização tanto por vantagens econômicas, ideológicas, laços materiais e morais quanto por laços psicológicos, pois ocorre uma estreita relação entre a organização e o inconsciente do sujeito. 1) Economicamente, há as políticas de ofertas de altos salários, bonificações, gratificações e a perspectiva de ascensão na carreira ou ainda à estabilidade profissional e econômica. 2) Com relação à ideologia de gestão, propaga-se a ideia de cooperação entre os trabalhadores, e de que os benefícios são em prol dos “colaboradores”. Na maioria das vezes essa cooperação ocasiona uma competição por salários, disputa por cargos e tais benesses favorecem a produção e lucratividade. Também, existe uma estreita relação com o Estado, com o intuito de integrar as escolas e universidades, tornando um ambiente de produção de conceitos e valores. 3) As mediações de ordem psicológica atuam no nível inconsciente do sujeito. Para isso, o referido Pagès e os demais autores (1993) apresentam três momentos em que o sistema psicológico inconsciente do indivíduo perpassa. Segue abaixo uma descrição detalhada acerca destes momentos: a) O primeiro momento diz respeito ao período em que o sujeito se encontra em isolamento frente às políticas da organização, pois estas se baseiam na individuação dos problemas, ou seja, o indivíduo possui um sentimento de fraqueza, angústia de destruição e impulsos agressivos. Portanto, percebe a organização como uma ameaça frente suas expectativas de satisfações. b) Já o segundo momento, o indivíduo protege-se dessa ameaça e angústia, criando uma organização no seu imaginário, isto é, há uma projeção em relação ao agressor e o resultado dessa projeção é a angústia reprimida: “o indivíduo constrói uma imagem de Ego grandioso, seu ideal de Ego, que encobre a imagem de Ego pequeno e fraco e que se identifica com a organização [...] Constrói-se, assim, uma organização imaginária que engloba as características da organização real com as quais o indivíduo se identificou” (PAGÈS et al., 1987, p. 151). Segundo Freud (1921), a identificação é a mais remota expressão de um laço social com outra pessoa, desempenhando importante papel na elaboração do Complexo de Édipo. “A identificação, na verdade, é ambivalente desde seu início; pode tornar-se a expressão de ternura com tanta facilidade quanto um desejo de afastamento de alguém” (FREUD, 1921, p. 115 ). c) Por último, a organização imaginária invade parte do indivíduo, de modo que este se torna a própria organização, evidenciando o processo de introjeção. Gaulejac também retrata sobre os mecanismos de projeção e introjeção (Gaulejac, 2007, p. 217): O empregado projeta sobre a empresa seu próprio ideal de onipotência e de excelência e, ao mesmo tempo, introjeta o ideal de expansão e de conquista, proposto pela empresa. Ele acredita que esta irá poder satisfazer seus próprios fantasmas, particularmente a megalomania de ser o mais forte, o maior, o mais poderoso. Mas, o exercício de poder tem seu reverso: a angústia pela perda do objeto. Pontos importantes: 1) As competências sociais do trabalhador estabelecem seu nível de capacidade e eficiência. 2) Os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas sim como membro dos grupos em que atuam. 3) As pessoas são avaliadas pelos próprios grupos de que participam. 4) Os grupos informais equivalem à organização humana da empresa, muitas vezes em contraposição à organização formal, planejada, normatizada e estabelecida pela direção. 5) É exatamente a compreensão da natureza das relações humanas que permite ao administrador melhores resultados de seus subordinados. 6) A maior especialização do trabalho não cria, necessariamente, a organização mais eficiente. MOTIVAÇÃO, LIDERANÇA E DESEMPENHO A motivação se refere ao comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos que podem satisfazer essas necessidades. Os três níveis ou estágios de motivação correspondem às necessidades 1) fisiológicas, 2) psicológicas e 3) de auto-realização. Quando se estuda a motivação, os gestores estão preocupados com os motivos que fazem com que as pessoas se comportem de determinada maneira. Podemos dizer que a motivação é uma força motriz incorporada pelos indivíduos, por meio da qual eles tentam alcançar um objetivo específico, com o intuito de satisfazer uma necessidade ou expectativa. Motivação é “motivar a ação”. Podemos classificar as motivações da seguinte forma: • Motivação extrínseca: diz respeito às recompensas que são “tangíveis”, tais como o pagamento e benefícios adicionais, acomodação ou refeição subsidiada, segurança no trabalho, promoção, contratação de serviços, ambiente e condições de trabalho. • Motivação intrínseca: relativa às recompensas, que são “psicológicas”, e aos sentimentos, tais como a satisfação pessoal no trabalho, a oportunidade de ter de enfrentar desafios e de se realizar, críticas favoráveis, reconhecimento e tratamento com consideração e atenção. Maslow e a Pirâmide das Necessidades Modelo do Continuum de Necessidades de Alderfer (teoria ERG) – Trata-se de uma variação de Maslow, a partir da condensação dos níveis em um continuum, baseado em três conjuntos básicos de necessidades: • Existenciais: dizem respeito à preservação da existência humana (sobrevivência). Incluem necessidades fisiológicas e de segurança, de natureza material. • Semelhança: relações com o ambiente social. Incluem o afeto ou o fato de pertencer a um grupo, com natureza de segurança ou de estima. • Crescimento: referem-se ao desenvolvimento do potencial. Incluem-se o nível autoestima e autorrealização. Teoria da Motivação para Realização de McClelland Essa teoria baseia-se no conceito de três grupos de necessidades e de motivos que se desenvolvem socialmente: afiliação, realização e poder. Todas as pessoas possuem essas necessidades, mas a intensidade de cada grupo varia a cada indivíduo. Vejamos cada necessidade: Realização: cada indivíduo tem que pôr à prova seus limites, deve fazer um bom trabalho que mensure as realizações pessoais. As pessoas quepossuem muito essa necessidade costumam procurar mudanças na vida, são competitivas, cumprem metas estipuladas. Afiliação: nessa necessidade, há a preocupação de se estabelecer, manter ou restabelecer relações emocionais positivas com as pessoas. Poder: essa necessidade é caracterizada pelo forte impulso em exercer autoridade sobre os demais e executar ações poderosas. Teoria dos dois fatores de Herzberg Estilos de Administração – Mc Gregor Teoria da Expectativa As pessoas são influenciadas pelos resultados que esperam de suas ações. A motivação que poderá gerar um bom desempenho é uma função da relação entre os seguintes fatores: • Esforço aplicado e os resultados prováveis esperados; • As expectativas de que a remuneração estará relacionada ao desempenho; e • Expectativa de que as gratificações (resultados desejados) estejam disponíveis. Vamos a um exemplo: um analista deseja ser promovido a gerente. Esse desejo faz com que seu desempenho aumente apenas se houver a crença de que a oportunidade de promoção de fato existe e se houver a expectativa de que um melhor desempenho levará à promoção. Teoria da Expectativa de Vroom O modelo de Vroom baseia-se em três variáveis: • Valência: trata-se das opiniões que as pessoas têm sobre resultados específicos. A valência é uma atração/preferência por determinado resultado. Importante diferenciar valência de valor. Enquanto este é a verdadeira satisfação oriunda de um resultado, aquela é antevisão da satisfação oferecida por um resultado; • Instrumentalidade: trata-se do ponto até qual os resultados relacionados ao desempenho (1º nível) levam à satisfação de resultados referentes às necessidades (2º nível). • Expectativa: grau de percepção de que uma alternativa escolhida levará aos resultados esperados. Trata-se da relação entre um determinado curso de ação e um resultado previsto. Explicando de outra maneira, podemos fazer a seguinte relação entre as variáveis: ▪ Falaremos de expectativa quando tratarmos da alta probabilidade de a ação levar a um resultado; ▪ Caso esse resultado gere outros resultados, estamos tratando da instrumentalidade; ▪ Se esses resultados gerarem satisfação, essa é a valência. Teoria da Equidade Equidade relaciona-se com uma comparação social, com o tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais, na medida das suas desigualdades. No campo organizacional, ela funciona da seguinte forma: quando as pessoas avaliam o resultado do próprio trabalho, qualquer diferença percebida em relação ao trabalho dos outros é um estado de consciência motivador. Isso é muito comum na comparação salarial entre pessoas. Quando há uma percepção de injustiça, as pessoas estarão motivadas a agir para que seja restaurada a equidade. A comparação é feita do seguinte modo: Liderança O administrador precisa conhecer a motivação humana e saber conduzir as pessoas. Isso é LIDERAR. Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio de processo de comunicação humana para consecução de um ou diversos objetivos específicos. Teoria dos traços de personalidade Características ou traços que identificam um líder, mas que ignora fatores situacionais. Teorias dos estilos de liderança Liderança Autocrática Liderança Democrática Liderança Liberal - Laissez-faire “Deixe fazer” Liderança transacional (trocas entre líder e liderado, baseado na recompensa) Liderança transformacional (o líder transforma os liderados através do exemplo) Teorias situacionais de liderança Modelo de Tannebaum (Universidade de Michigan) Teoria do Grid Gerencial Liderança situacional (Hersey e Blanchard) O estilo “determinar” (E1) é adequado a subordinados com baixa maturidade (M1), isto é, pessoas que não têm capacidade e vontade para assumir determinada tarefa (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). Muitas vezes, sua falta de disposição é consequência da insegurança em relação à tarefa exigida (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). Neste caso, um estilo diretivo, que orienta e supervisiona de forma clara e específica, tem a maior probabilidade de ser eficaz (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). Nesse estilo, o líder define a tarefa e especifica o que, como, quando e onde os liderados devem fazer (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). Um comportamento de muito apoio para pessoas de baixa maturidade pode ser encarado como permissivo, complacente ou como recompensa de mau desempenho (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). Por isso, o estilo adequado implica um comportamento de tarefa alta e relacionamento baixo (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). O estilo “persuadir” (E2) é indicado para pessoas com maturidade entre baixa e moderada (M2), isto é, pessoas que não têm a capacidade necessária mas mostram disposição para assumir responsabilidades (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). Neste caso, o líder deverá adotar um comportamento diretivo devido à falta de capacidade, mas também deverá oferecer apoio para reforçar a disposição e o entusiasmo dos liderados (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). O líder se utiliza de explicações e comunicações bilaterais para que os liderados se sintam convencidos psicologicamente a adotarem os comportamentos desejados (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). Os liderados que têm esse nível de maturidade normalmente aceitam as decisões e o líder lhes oferece alguma ajuda e direção (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). Este estilo implica comportamento de alta tarefa e alto relacionamento (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). O estilo “compartilhar” (E3) é adequado para liderados com maturidade entre moderada e alta (M3), isto é, pessoas que têm capacidade, mas não estão dispostas a fazer o que o líder deseja (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). Em geral, a falta de disposição é relacionada à insegurança ou à falta de confiança em si mesmas (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). Mas sendo competentes e pouco dispostas, a resistência em fazer o que o líder espera está mais ligada a problema de motivação do que de segurança (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). Em ambos os casos, o líder deverá se utilizar de comunicação bilateral e escuta ativa, apoiando os liderados para que utilizem a capacidade que possuem (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190). O estilo “compartilhar” é participativo, já que o líder e o liderado participam juntos das decisões. É um estilo de apoio e não-diretivo, em que o líder facilita a tarefa e a comunicação (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 190-191). Esse estilo implica comportamento de alto relacionamento e baixa tarefa (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 191). O estilo “delegar” (E4) é adequado para liderados com alta maturidade (M4), isto é, que têm capacidade e disposição para assumir responsabilidades (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 191). O líder deverá apresentar um estilo discreto, com pouca direção e pouco apoio (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 191). Cabe ao líder identificar os problemas, entretanto, cabe aos liderados a execução dos planos, o desenvolvimento do projeto e a decisão de como, quando e onde executam as tarefas (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 191). Esse estilo envolve um comportamento de relacionamento baixo e tarefa baixa (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 191). Como foi descrito acima, maturidade baixa (M1) requer o estilo “determinar” (E1), maturidade entre baixa e moderada (M2) requer o estilo “persuadir” (E2), maturidade entre moderada e alta (M3) requer o estilo “compartilhar” (E3) e maturidade alta (M4) requer o estilo “delegar” (E4) (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 191). Os estilos de liderança adequados aos níveis de maturidade são apresentados na figura 6 (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 192). Teorias contingenciais Modelo Contingencial de Fiedler O desempenho depende da combinação entre estilo de interação do líder com os subordinados e o grau de controle da situação. Critérios: 1) Relação membro-líder, 2) Estrutura da tarefa e 3) Poder de posição. O modelo de Fiedler também exige que o líder determine sua posição. De acordo com Fiedler, o "favorecimento situacional" depende de três fatores, as relações líder-membros, a estrutura da tarefa e do posicionamento e poder de um líder. As relações líder-membros se referem ao nível de confiança que os membros da equipe dão ao seu líder. A estrutura de tarefas descreve o quanto o líder e seus seguidores entendem sobre a tarefa em mãos. A posição e poder do líder têm a ver com o quanto de influência, tais como a capacidade de distribuir recompensas positivas ou negativas, o líder traz para a situação. Empowerment significa dar ao pessoal a autoridade para fazer mudanças no trabalho em si, assim como na forma que ele é desempenhado (SLACK et al., 1997, p. 311); empowerment é o reconhecimento e liberação dentro da organização do poder que as pessoas já possuem na riqueza de seus conhecimentos úteis e na motivação interna (RANDOLPH, 1995, p. 20); empowerment é um conjunto de procedimentos que buscam a interação e o envolvimento das pessoas com o trabalho e que as impulsionam a tomar iniciativas e a interferir com ações no processo produtivo (HERRENKOHL, JUDSON e HEFFNER, 1999, p. 375); empowerment significa conseguir o comprometimento dos empregados em contribuir para as decisões estratégicas com o objetivo de melhorar o desempenho da organização (CUNNINGHAM e HYMAN, 1999, p. 193); empowerment é uma referência muito comum na década de 80 baseada na mudança de atitude voltada para o envolvimento dos colaboradores nos processos de inovação (WILKINSON, 1997, p. 40); empowerment consiste da capacitação e da valorização do funcionário para contribuir em inovação e resolução de problemas em seu local de trabalho (PFEIFFER e DUNLOP, 1990, p. 11–12). SISTEMAS DE RECOMPENSAS Chiavenato (1999) destaca que os sistemas de recompensa além de incentivar os funcionários a colaborar com o crescimento da organização, proporcionam um maior grau de comprometimento com a empresa, pois se sabe que as recompensas representam custos para a organização e se não forem obtidos retorno, torna-se muito difícil manter a continuidade do negócio. Miles (1975 apud Chiavenato, 2006, p. 292), classifica os sistemas de recompensa como: o pacote total de benefícios, que a organização coloca à disposição de seus membros, e os mecanismos e procedimentos pelos quais estes benefícios são distribuídos. Não apenas salários, férias, promoções para posições mais elevadas (com maiores salários e benefícios) são considerados, mas também recompensas com garantia de segurança no cargo, transferências laterais para posições mais desafiantes ou para posições que levem a um crescimento e a várias formas de reconhecimento por serviços notáveis. Chiavenato (1994) enfatiza, entretanto, que as organizações devem desenhar bem esses sistemas de avaliação e recompensas, pois se sabe que estes podem tanto motivar o comportamento voltado para a integração eficaz quanto formar pessoas que ignoram comportamentos importantes, exceto quando estas ações produzam recompensas. “O comportamento humano é determinado por causas que, às vezes escapam ao próprio entendimento e controle da pessoa” (CHIAVENATO, 2003). Chiavenato (2006) explica que não existe um conceito definido de motivação, uma vez que as organizações aplicam o entendimento do termo em diferentes sentidos. Diz ainda que a motivação está diretamente relacionada à percepção da pessoa quanto a seus valores pessoais e é influenciada por seu ambiente físico e social, suas necessidades, experiências e expectativas de crescimento. Para Robbins (2003), motivação está diretamente relacionada ao esforço do indivíduo em atingir qualquer objetivo, a fim de alcançar as metas da organização, contanto que obtenha como retorno reconhecimento e oportunidades de crescimento profissional e a satisfação de suas necessidades individuais. Chiavenato (2006) enfatiza que a motivação está diretamente relacionada com as necessidades humanas e afirma ainda que a motivação para agir e se comportar parte do próprio indivíduo, de forças que existem dentro dele. Tipos de Recompensas Recompensas Intrínsecas: Segundo Atkinson et al. (2000) recompensas intrínsecas referem-se ao trabalho em si, às responsabilidades e tarefas desempenhadas. Partem do indivíduo e representam a satisfação dos funcionários ao realizar uma tarefa e da oportunidade de crescimento pessoal e profissional que ela propicia. Recompensas Extrínsecas: Atkinson et al. (2000, p. 719) afirmam também que “uma recompensa extrínseca é qualquer recompensa que uma pessoa fornece a outra pessoa por reconhecimento de uma tarefa bem-feita”. Onde a empresa reconhece a importância do funcionário e valoriza seu esforço na contribuição do crescimento da empresa. É concebida sob a forma de dinheiro, privilégios ou promoções, ou pelos supervisores e colegas sob a forma de reconhecimento. Para Câmara (2000, p.162) apud Silva (2008, p. 9) quanto às recompensas extrínsecas: “Para serem eficazes tem que se assentar num contrato psicológico de desempenho, estabelecido entre a empresa e o trabalhador, podendo tornar-se ineficazes e atingir os resultados contrários”. Recompensas Financeiras e Não – Financeiras: Chiavenato (1999) classifica as recompensas como financeiras (diretas e indiretas) e não-financeiras. As recompensas financeiras diretas são determinadas pelo desempenho individual, consistem no pagamento do funcionário na forma de salários, comissões, prêmios e bônus pagos pelas empresas em contrapartida a um serviço prestado, podendo ser convencionado por período determinado pela empresa. As recompensas financeiras indiretas, por sua vez, são os benefícios oferecidos pela organização definidos em convenções coletivas do trabalho. E as recompensas não-financeiras referem-se aos fatores que afetam a satisfação das pessoas com o sistema de remuneração, tais como: oportunidades de crescimento profissional, reconhecimento e auto-estima, segurança no emprego, qualidade de vida no trabalho, promoções, entre outras (CHIAVENATO, 1999). Remuneração por Competências ou Habilidades: Chiavenato (1999) explica que as remunerações são concedidas aos funcionários de acordo com suas qualificações ao desempenhar suas tarefas. Esses sistemas de remuneração surgiram da necessidade de diferenciar cargos e habilidades e tem como foco principal o funcionário, pois busca valorizar a contribuição do indivíduo, em seu esforço, responsabilidade, e colaboração para a conquista dos objetivos da empresa. “Competências significam características das pessoas que são necessárias para a obtenção e sustentação de uma vantagem competitiva”. Referem-se principalmente ao trabalho gerencial e profissional, estas constituem os atributos básicos das pessoas que agregam valor à organização e são ligados diretamente às pessoas e não ao trabalho em si (CHIAVENATO, 2006, p. 328). De maneira geral a remuneração por competência busca remunerar de maneira justa o funcionário de acordo com sua contribuição pessoal no crescimento da organização (CHIAVENATO, 1999). Chiavenato (2006) afirma que a remuneração por habilidades tem por foco o conhecimento do colaborador - onde sua remuneração depende de sua graduação acadêmica ou de treinamento adicional, em vez do conteúdo do trabalho - e não do cargo ocupado, tendo este multi- habilidades, onde o colaborador tem uma amplitude de conhecimento, pois neste possui um sistema de avaliação e treinamento para atingir a excelência no desempenho pelo qual é remunerado. Uma melhor definição de competências por habilidades é citada por Robbins (2005) onde destaca que o nível salarial de um colaborador é definido com base na quantidade de habilidades ou na variedade de funções que este é capaz de desempenhar. COMPETÊNCIA INTERPESSOAL Habilidade de lidar eficazmente com relações interpessoais,de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada um e à exigência da situação. Desenvolvida, favorece aos integrantes de um grupo e ao relacionamento interpessoal satisfatório, sendo de fundamental importância o relacionamento consigo mesmo e com os outros. Componentes: percepção, habilidade e relacionamento. Inter (externo) Intra (interno) Passos para desenvolvimento de competência interpessoal: 1) Autoconhecimento 2) Virtudes 3) Equilíbrio entre valores, habilidades e conhecimentos 4) Mudança nos paradigmas GERENCIAMENTO DE CONFLITOS É a existência de ideias, sentimentos, atitudes ou interesses antagônicos e colidentes. Visão tradicional: todo conflito é danoso e deve ser evitado. Visão das relações humanas: conflitos são naturais e inevitáveis nos grupos. Visão interacionista: o conflito não é apenas uma força positiva em um grupo, como também absolutamente necessário para um desempenho eficaz. Níveis de gravidade do conflito: Conflito percebido: latente, as partes percebem um conflito. Conflito experienciado: velado, dissimulado, provocando sentimentos. Conflito manifesto: aberto, expresso. Tipos de conflito: Conflito de tarefa: conteúdos e objetivos do trabalho. Conflito de relacionamento: relações interpessoais. Conflito de processo: maneira como o trabalho é realizado. Estilos de gestão de conflitos: Estilo competitivo: “imposição do próprio interesse” (assertivo e não cooperativo) Estilo de evitação: “o negócio é manter-se em copas” (não assertivo e não cooperativo) Estilo de compromisso (ganha/perde): jogo de cintura (assertivo e cooperativo) Estilo de acomodação: vai levando (não assertivo e cooperativo) Estilo de colaboração (ganha/ganha): resolução para todos (assertivo e cooperativo) Vejam: Abordagens quanto à gestão de conflitos Abordagem estrutural: conflitos surgem das percepções criadas pelas condições de diferenciação de recursos limitados e escassos de interdependência. A abordagem consiste justamente na correção desses fatores, objetivando minimizar as diferenças, utilização de recompensas formais da organização e adoção de um sistema de rodízio, para que os grupos conflitantes se tornem parte de um todo maior. Abordagem de processo: reduz os conflitos por meio da modificação do processo, ou seja, de uma intervenção no episódio do conflito. A abordagem de processo pode ser realizada de três diferentes maneiras: A primeira é a desativação ou desescalonização do conflito (conflito percebido), a segunda é a reunião de confrontação entre as partes (conflito experienciado), e a terceira é a colaboração (conflito manifesto), onde as partes trabalham juntas para solucionar problemas, identificar soluções do tipo ganha/ganha ou soluções interativas capazes de conjugar os objetivos de ambas as partes. Abordagem mista: é a abordagem que procura administrar o conflito tanto como aspectos estruturais como processuais. CLIMA E CULTURA ORGANIZACIONAL Cultura organizacional: é algo que conscientemente ou não, é incorporada pelos colaboradores de uma empresa e seguida por tempos, sem que ninguém questione, como no agir, nos costumes e nas instruções da empresa. ✓ A cultura é algo que pode ser aprendido, transmitido e mudado. ✓ A cultura passa a existir quando não é mais necessário pensar sobre um problema racionalmente. Camadas da Cultura Organizacional 1) Artefatos (estruturas e processos organizacionais visíveis, difíceis de decifrar) 2) Padrões de comportamento (valores compartilhados) (pretendem socializar as pessoas, em termos do desempenho dos papéis individuais e das relações interpessoais) 3) Valores e crenças (situa-se num plano consciente e tem a função normativa do comportamento dos membros em situações decisivas.) 4) Pressupostos básicos (constituem soluções encontradas pelos grupos para resolver determinados problemas, tornando-se indiscutíveis e passadas (de forma inconsciente) para os novos membros da organização) Clima organizacional: é a qualidade ou propriedade do ambiente institucional que é percebida ou experimentada pelos membros da organização e que influencia o comportamento dos mesmos. Tamayo (1999, p. 243) observa que, embora as pessoas não percebam o ambiente de trabalho de uma mesma forma, “existem sempre elementos comuns na percepção e na interpretação do ambiente organizacional”. E são justamente as percepções compartilhadas entre as pessoas no trabalho que constituem o clima organizacional que é passível de medição. FORMAÇÃO DE GRUPOS OPERATIVOS Grupos operativos: "um conjunto de pessoas com um objetivo em comum" Os grupos operativos trabalham na dialética do ensinar-aprender; o trabalho em grupo proporciona uma interação entre as pessoas, onde elas tanto aprendem como também são sujeitos do saber, mesmo que seja apenas pelo fato da sua experiência de vida; dessa forma, ao mesmo tempo que aprendem, ensinam também. Os grupos operativos abrangem quatro campos: ✓ Ensino-aprendizagem: cuja tarefa essencial é o espaço para refletir sobre temas e discutir questões ✓ Institucionais: grupos formados em escolas, igrejas, sindicatos, promovendo reuniões com vistas ao debate sobre questões de seus interesses. ✓ Comunitários: utilizados em programas voltados para a Promoção da Saúde, onde profissionais não-médicos são treinados para a tarefa de integração e incentivo a capacidades positivas. ✓ Terapêuticos: objetiva a melhoria da situação patológica dos indivíduos, tanto a nível físico quanto psicológico, são os grupos de autoajuda, Alcoólicos Anônimos, etc. (Zimerman, 1997:76) Estrutura e dinâmica grupal Estruturalmente, um grupo operativo é composto pelos seus integrantes e os facilitadores. Os integrantes entram em tarefa por meio de um disparador temático, a partir do qual, o grupo passa a operar ativamente como protagonista. O grupo deve saber, as normas básicas do funcionamento do grupo (objetivos, local, horários). Esses limites funcionais, constituem-se no enquadre grupal. Compete aos facilitadores de grupos operativos, dinamizar o processo, na medida em que cria condições para comunicação e diálogo e auxilia o grupo a elaborar os obstáculos que emergem na realização da tarefa. Cada integrante do grupo comparece com sua história pessoal consciente e inconsciente, isto é, com sua verticalidade. Na medida que se constituem em grupo, passam a compartilhar necessidades em função de objetivos comuns e criam uma nova história, a horizontalidade do grupo, que não é simplesmente a somatória de suas verticalidades, pois há uma construção coletiva, resultante da interação de aspectos de sua verticalidade, gerando uma história própria, inovadora que dá ao grupo sua especificidade e identidade grupal. A resistência à mudança, aliada às diferenças interpessoais e o compartilhar necessidades, faz surgir um processo contraditório e confusional em determinados momentos do grupo, tornando-se obstáculo na comunicação, dificultando para sua operatividade no sentido de suas metas. Esses obstáculos precisam ser conhecidos, para poder ser superados, senão, cria-se um ruído na comunicação, levando muitas vezes o grupo a sua dissolução. Essa dinâmica grupal não é linear ou cumulativa, ela ocorre num movimento dialético, onde cada alvo alcançado transforma-se imediatamente, em um novo ponto de partida. É permeado de perdas e ganhos, os quais devem ter uma resultante positiva e, portanto, operativa. São nessas idas e vindas do movimento dialético, que vão ocorrendo os ajustes e correções de conceitos, preconceitos, tabus, fantasias inconscientes, ideias preconcebidas e estereotipadas, desenvolvendo uma atitude plástica e criativa. Aprender em grupo, não significa obter um conhecimento formal, mas uma atitude mental aberta, investigatória e científica. Aprender, vem a ser uma nova leitura da realidade e apropriação ativa da mesma, no aqui, agora e comigo.Não estando somente no discurso, mas nas ações do dia a dia. Essa aprendizagem mobiliza mudanças, onde o integrante deixa de ser espectador e passa a ser o protagonista de sua história e da história de seu grupo. Parte da informação, apropria-se dela e transforma - a em gestos. Deixa de ser aluno que recebe passivamente informações e passa a ser aprendiz que, ao fazer, vai aprendendo. Os grupos operativos são ferramentas de incorporação do saber caracterizados pela didática horizontal que torna o indivíduo um agente ativo e responsável da mudança de hábitos. Além de serem instrumentos de acolhimento, vínculo, integralidade, corresponsabilidade e trabalho em equipe. Os níveis articulares no grupo relacionados à inserção da pessoa são: verticalidade referente à vida pessoal de cada membro e horizontalidade que é a história grupal, compartilhada entre os integrantes, que surge com base na existência do grupo até o momento presente. Estes níveis representam as histórias do indivíduo e do grupo que se fundem, conjugando o papel a ser desempenhado. Características peculiares da técnica: a) o grupo centrado na tarefa. A mobilização dos elementos do grupo em direção ao' objetivo contratado, mediante a clareza do porquê, para que se reúnem e interagem. b) porta-voz, bode expiatório, líder e sabotador: papéis a serem aclarados. O grupo operativo estrutura-se no interjogo de assunção e adjudicação desses papéis que são funcionais e rotativos. c) coordenador e observador: uma visão pichoniana. Estes papéis têm função assimétrica em relação aos elementos que compõem o grupo, e interliga-se na análise do trabalho grupal. d) os vetores que constituem a escala de avaliação do processo grupal: seus indicadores. Permite analisar a relação entre conteúdos explícitos e implícitos do grupo, no decorrer de seu desenvolvimento, representados neste cone invertido: Pertença: dizem respeito ao grau de identificação dos membros do grupo entre si e com a tarefa. Cooperação: pressupõe ajuda mútua e se dá mediante o desempenho de diferentes papéis e funções. Pertinência: refere-se à produtividade do grupo, à sua capacidade de centrar-se em seus objetivos, de forma coerente com seus outros processos. Comunicação: é um processo que leva em conta as redes de comunicação no grupo, contendo possibilidades e entraves. Envolve também o conflito e a necessidade de trabalhar sobre ele. É preciso elaborar o que se chama de "mal-entendido", que está associado a conflitos diversos, tanto aqueles relacionados à organização do grupo quanto os concernentes a conflitos psíquicos Aprendizagem: vai além da mera incorporação de informações e pressupõe o desenvolvimento da capacidade de criar alternativas por meio dela percebe-se o grau de plasticidade grupal diante dos obstáculos e da criatividade para superar as contradições e mesmo integrá-las. Tele: caracteriza a disposição positiva ou negativa dos membros do grupo entre si. Refere-se às relações no grupo tais como são percebidas e vividas. É uma disposição para atuar em conjunto e, assim, pode ser positiva ou negativa. FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS O DO (Desenvolvimento organizacional) é uma estratégia educacional que visa mudar crenças, atitudes, valores e estrutura da empresa, de modo que elas possam adaptar-se a novos mercados, tecnologias e desafios e o próprio ritmo da mudança (BENNIS, 1969). Na visão de Kegan (1971), o DO tem como fundamento ajudar os membros de uma organização a remover as barreiras que impedem a liberação do seu potencial humano. De forma geral, os pontos de convergência das diversas definições de DO fluem para seis aspectos centrais: (1) mudança planejada; (2) processos de solução de problemas advindos das ameaças e oportunidades conferidas pelo ambiente; (3) necessidade de melhoria dos processos internos e de autorrenovação; (4) perspectiva de administração participativa por meio do compartilhamento da gestão com os colaboradores; (5) desenvolvimento e fortalecimento (empowerment) de equipes no sentido de dotá-las de liberdade de atuação, de participação nas decisões, plena autonomia no desempenho das tarefas e responsabilidade total pelos resultados (equipe autogerenciada); (6) a perspectiva de pesquisa-ação, ou seja, utilizar a pesquisa para o diagnóstico e a ação para a mudança. CONCEITO DE EQUIPE E TIME TRABALHO (aplicação de atividade; serviço; esforço; ação ou resultado da ação de esforço individual ou de grupo). EQUIPE (conjunto ou grupo de pessoas que se aplicam a uma tarefa ou trabalho) TIME (conjunto de indivíduos associados numa ação comum, com vista a determinado fim). Se Trabalho é a apresentação do resultado da ação de esforço na aplicação de uma atividade então será necessário constituir uma Equipe ou Time de Trabalho. Uma Equipe de Trabalho é fundamentada na existência de um conjunto ou grupo de pessoas que se aplica no desenvolvimento de uma tarefa ou trabalho. Os membros de uma equipe possuem algum envolvimento e compromisso com a filosofia e resultado final da tarefa desenvolvida. São indivíduos, liderados por um responsável que retém e transmite informações das etapas do trabalho, envolvidos com o desenvolvimento de determinadas tarefas, que somando completam o todo do trabalho. Um Time de Trabalho é fundamentado em um conjunto de indivíduos, que associados buscam uma ação comum, com determinado fim. Os membros de um time têm conhecimento de todas as informações, etapas e filosofia do trabalho a ser realizado. São indivíduos liderados por um responsável, que procura integrar o grupo às tarefas a serem desenvolvidas, buscando motivar, empreender e envolver o senso de responsabilidade e o emocional de cada indivíduo no trabalho. As Diferenças entre uma Equipe e um Time de Trabalho talvez estejam na apresentação dos conceitos e forma filosófica de empreender um trabalho ou atividade profissional. Equipe Time Atividade Busca por um resultado Busca do resultado globalizado, com comprometimento e visualização da atividade total por todos os membros Grupo É setorial, buscando realizar a atividade designada e formalizada onde há preocupação pela atividade do setor e insuficiente conhecimento e envolvimento com a atividade total. São indivíduos ensimesmados ou empenhados em realizar sua fatia na atividade. A participação do indivíduo é global, buscando compreender qual é o papel de sua atividade no conjunto do todo no resultado final, há o empenho, satisfação e participação de cada membro do grupo. Liderança É designada pelo conhecimento e empenho no desenvolvimento da atividade. No time há o papel de responsável pela atividade, podendo ser a liderança exercida por todos os membros do grupo demonstrando grau de interação, motivação e envolvimento com a atividade. Gerando uma liderança motivada, informada e equilibrada, tem e mantém ações que interagem indivíduos e resultados. Todo e qualquer investimento na formação de um Time de Trabalho poderá levar tempo, significando dedicação de tempo e esforço na avaliação e análise do grupo de trabalho e o desenvolvimento das etapas da atividade. Um investimento em que os resultados são aprimorados a cada dia tendo um grupo mais sincronizado, preparado e apto para desenvolver tarefas com maior e melhor qualidade com uma visão micro e macro organizacional, onde haverá satisfação na relação profissional/empresa e vice-versa, e, talvez o mais importante: UM GRANDE E FIEL TIME DE TRABALHO 5 RECRUTAMENTO E SELEÇÃO: TÉCNICAS E PROCESSO DECISÓRIO Recrutamento: é uma atividade de divulgação, de chamada, de atenção, de incremento da entrada, portanto, uma atividade positiva e convidativa. A tarefa do recrutamento é a de atrair com seletividade, mediante várias técnicas de divulgação, candidatos que possuam os requisitos mínimos do cargo a ser preenchido. Seleção: é uma atividade obstativa, de escolha, de opção e decisão, defiltragem da entrada, de classificação e, portanto, restritiva. A tarefa da seleção é a de escolher, entre os candidatos recrutados aqueles que tenham maiores probabilidades de ajustar-se ao cargo vago. Meios de recrutamento: Interno (promoção, transferência e transferência com promoção) Externo Seleção Técnicas de seleção: prova, entrevistas, testes de personalidade etc. Processo decisório • Processo de comparação: requisitos do cargo versus perfil dos candidatos. • Processo de decisão: • Modelo de colocação: 1 candidato para 1 vaga • Modelo de seleção: X candidatos para 1 vaga • Modelo de classificação: X candidatos para X vagas 6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: OBJETIVOS, MÉTODOS, VANTAGENS E DESVANTAGENS Desempenho: Resultado final, palpável, concreto do esforço de cada um. Dá-se através do comportamento, ou seja, através daquilo QUE SE FAZ e COMO SE FAZ. Avaliação de desempenho: Tem como principal objetivo diagnosticar e analisar o desempenho individual e grupal dos funcionários, promovendo o crescimento pessoal e profissional, bem como um melhor desempenho. A avaliação deve criar um quadro exato do desempenho de cargo de um indivíduo. Analisar o comportamento profissional e não o comportamento da pessoa. “A responsabilidade da avaliação se distribui por toda uma equipe, que abrange desde o próprio avaliado até aqueles que têm poder de decisão dentro da organização empresarial” (Bergamini) Métodos mais empregados 1) Relatórios verbais 2) Relatórios escritos 3) Escalas Gráficas * Mais utilizado e divulgado. Cada fator descrito de forma sucinta para ser avaliado em uma escala (Ótimo, Bom, Ruim, Péssimo). * Utiliza um formulário de dupla entrada, no qual as linhas representam os fatores de avaliação de desempenho e as colunas representam os graus de avaliação dos fatores. Os fatores são selecionados para definir as qualidades a serem avaliadas. Cada fator é definido com uma descrição simples e objetiva para não haver distorções. Vantagens do método das escalas gráficas: 1. Permite aos avaliadores um instrumento de avaliação de fácil entendimento e avaliação simples. 2. Permite uma visão integrada e resumida dos fatores de avaliação, ou seja, das características do desempenho mais realçadas pela empresa e a situação de cada empregado diante delas; e 3. Proporciona pouco trabalho ao avaliador no registro de avaliação. Desvantagens do método das escalas gráficas: 1. Não permite muita flexibilidade ao avaliador que deve ajustar-se ao instrumento e não as características do avaliado; 2. É sujeito a distorções e interferências pessoais dos avaliadores, que tendem a generalizar sua apreciação sob os subordinados para todos os fatores de avaliação. Cada pessoa percebe e interpreta as situações segundo seu “campo psicológico”. Esta interferência subjetiva e pessoal de ordem emocional e psicológica relevam alguns avaliados ao efeito halo ou afeto da esterotipação e o erro da tendência central; 3. Tende a rotinizar e bitolar os resultados das avaliações; 4) Método da Escolha Forçada * Avaliação por meio de frases descritivas de alternativas de tipos de desempenho individual. O avaliador escolhe forçosamente apenas uma ou duas que mais se aplicam de um bloco de frases. * Ele consiste em avaliar o desempenho dos indivíduos por intermédio das frases descritivas de determinadas alternativas de tipos de desempenho individual. Em cada bloco, ou conjunto composto de duas, quatro ou mais frases, o avaliador deve escolher obrigatoriamente apenas uma ou duas que mais se aplicam ao desempenho do avaliado. a) Dentro de cada bloco há duas frases de significado positivo e duas de significado negativo. O avaliador escolhe a frase que mais se aplica e a que menos se aplica ao desempenho do avaliado. b) Em cada bloco há quatro frases de significado apenas positivo. São escolhidas as frases que mais se aplicam ao desempenho do avaliado. Vantagem do método da escolha forçada: 1. Propicia resultados mais confiáveis e isentos de influencias subjetivas e pessoais, pois elimina o efeito da estereotipação (hallo effect); 2. Sua aplicação e simples e não exige preparo intenso ou sofisticado dos avaliadores. Desvantagens do método de escolha forçada: 1. Sua elaboração e montagem são complexas, exigindo um planejamento muito cuidadoso e demorado; 2. É um método fundamentalmente comparativo e discriminativo e apresenta resultados globais; Discrimina apenas empregados bons, médios e fracos, sem informações maiores; 3. Quando utilizado para fins de desenvolvimento de RH necessita de uma complementação de informações de necessidade de treinamento, potencial de desenvolvimento etc. 4. Deixa o avaliador sem noção alguma do resultado da avaliacao que faz a respeito de seus subordinados. 5) Método de Pesquisa de Campo É um método que se baseia em entrevistas de um especialista em avaliação com o superior imediato do avaliado. É possível traçar, junto com o superior, método de desenvolvimento no cargo e na organização, a partir do diagnóstico traçado. Possui custo mais alto pelo valor do especialista. Esse método é divido em 4 etapas: • Entrevista inicial: avalia o desempenho e os fatores que afetaram o resultado anterior; • Entrevista de análise complementar: com o intuito de obter novas informações que sejam pertinentes; • Planejamento das providências necessárias; • Acompanhamento a posteriori dos resultados oriundos da avaliação. 6) Métodos dos Incidentes Críticos * O supervisor imediato observa e registra os fatos excepcionalmente positivos e negativos do desempenho de seus subordinados. As exceções positivas devem ser realçadas e mais utilizadas, enquanto as exceções negativas devem ser corrigidas e eliminadas. Vantagem: excelente para o desenvolvimento e feedback (retroação, retorno do entendimento) do funcionário. Desvantagem: difícil de ser usado para tomada de decisões, já que o método se restringe em informações apenas qualitativas. 7) Comparação aos pares, Comparação binária ou Comparativo * Compara dois a dois empregados de cada vez e anota na coluna o que é melhor. Também pode-se utilizar fatores de avaliação. Vantagens: conseguem indicar pessoas que estão melhores que outras em determinado aspecto. Desvantagens: não determina o quanto pessoas são melhores que outras; não indica se essas pessoas melhores são de fato boas de forma absoluta. 8) Frases Descritivas * Semelhante à escolha forçada, a diferença é que não existe a obrigatoriedade na escolha de frases. 9) Avaliação participativa por objetivos * A visão é participação e não conotação de testagem. 10) Avaliação por resultados * Compara resultados desejáveis e atingíveis. * É sobre tudo um método prático, embora o seu funcionamento dependa sobre maneira das atitudes e dos pontos de vista do supervisor a respeito da avaliação do desempenho. 11) Listas de verificação (Checklists) * Checklist a respeito de cada funcionário, que recebe uma avaliação qualitativa. É uma simplificação das escalas gráficas. 12) Mistos As organizações recorrem a uma mistura de métodos na composição do modelo de avaliação de desempenho por ter uma grande complexidade em seus cargos. Os métodos de avaliação são extremamente variados, em todos os aspectos, pois cada organização ajusta os métodos às suas peculiaridades e necessidades. Cada organização tem seus próprios sistemas de avaliação do desempenho adequado às circunstâncias, à sua história e a seus objetivos. 13) Método de 360 graus (feedback de múltiplas fontes) * O avaliado é focado por todos os elementos que tenham contato com ele. Erros de avaliação 1) Efeito Halo ou efeito de estereotipação (Apesar das diferenças de desempenho, o avaliador dá a um indivíduo a mesma classificação em todas as dimensões). 2) Erros de distribuição (O avaliador tende a classificar todas as pessoas da mesma forma). 3) Atitudes inconscientes [Julgarsob a impressão de uma qualidade. É semelhante ao efeito halo, mas baseia-se em acontecimentos recentes. Leva em conta as características pessoais extracargo. Supervaloriza qualidades potenciais (confunde desempenho com potencial)]. 14) Escala de classificação com base no comportamento Método bastante utilizado. Trata-se de uma coleta de descrições do comportamento observável no trabalho. Cada comportamento é avaliado para que se determine até que ponto está sendo descrito o bom versus o mau desempenho. Por fim, desenvolve-se uma escala de classificação. Nessa classificação, a base representa comportamentos críticos específicos, em que cada um reflete um grau diferente de eficácia de desempenho. Vantagem: mostra comportamentos úteis para o aconselhamento e o feedback. As escalas quantitativas são úteis para a comparação de avaliações. Desvantagem: bastante detalhada e complexa, exigindo grande quantidade de tempo e esforço. 15) Administração (gestão) por objetivos (APO) É o método mais ligado com os meio-fins e a definição de objetivos. Na APO, os subordinados trabalham junto com o supervisor para determinar objetivos relativos a uma tarefa específica. Desvantagem: a comparação de avaliações pode ser inútil devido à diferença no grau de objetivos traçados. 7 DESENVOLVIMENTO E CAPACITAÇÃO DE PESSOAL: LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES, PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO Treinamento: é voltado para a melhoria do desempenho no trabalho. Desenvolvimento: se relaciona ao crescimento do indivíduo, desvinculado de um trabalho específico. Treinamento Desenvolvimento Presente Futuro Foco nas tarefas atuais Foco nas tarefas futuras Melhoria ou capacitação das atividades atuais do cargo Desenvolve competências futuras O treinamento compreende três fases principais: 1) Levantamento de necessidades; 2) Programação do treinamento 3) Execução do treinamento; e 3) Avaliação do treinamento Ciclo Avaliação Planejamento (desenho) Execução/implementação Diagnóstico de necessidades Etapas do processo de treinamento I. Levantamento de necessidades de treinamento 1) Análise organizacional 2) Análise de operações e tarefas 3) Análise individual e por equipes (recursos humanos) II. Programação e execução das ações de treinamento III. Avaliação do treinamento 1) Avaliação da reação 2) Avaliação da extensão da aprendizagem 3) Avaliação do comportamento 4) Avaliação da extensão dos resultados 5) Retorno do investimento financeiro (ROI – Return on Investment) Etapas do treinamento. Sabemos que isso é um ciclo e que cobre uma sequência programada de eventos e que se assemelha a um modelo de sistema aberto. Seus componentes são: 1. Entradas (inputs), como treinandos, recursos organizacionais, informação, conhecimento etc. 2. Processamento ou operação, como processos de ensino, aprendizagem individual, programa de treinamento etc. 3. Saídas (output), como pessoal habilitado, conhecimentos, competências, sucesso ou eficácia organizacional etc. 4. Retroação (feedback), como avaliação dos procedimentos e resultados do treinamento através de meios informais ou pesquisas sistemáticas. Ciclo do treinamento Métodos de Desenvolvimento de Pessoas Há muitos métodos para o desenvolvimento de pessoas. Existem técnicas de desenvolvimento de habilidades pessoais no cargo (como rotação de cargos, posições de assessoria e atribuições de comissões) e fora de cargo (como cursos e seminários, exercícios de simulação e treinamento fora da empresa). Os 10 principais métodos de desenvolvimento de pessoas são: 1. Rotação de cargos. Significa a movimentação das pessoas em várias posições na organização no esforço de expandir suas habilidades, conhecimentos e capacidades. A rotação de cargos pode ser vertical ou horizontal. A rotação vertical significa uma promoção provisória da pessoa para uma nova posição mais complexa. A rotação horizontal funciona como uma transferência lateral de curto prazo para absorção de conhecimentos e experiências da mesma complexidade. A rotação de cargos representa um excelente método para ampliar a exposição da pessoa às operações da organização. 2. Posições de assessoria. Significa dar a oportunidade para que a pessoa com elevado potencial trabalhe provisoriamente sob a supervisão de um gerente bem-sucedido em diferentes áreas da organização. Trabalhando como assistente de staff ou em equipes de assessorias direta, a pessoa pode desempenhar diferentes tarefas sob a condução apoiadora de um gerente. 3. Aprendizagem prática. É uma técnica de treinamento através da qual o treinando se dedica a um trabalho de tempo integral para analisar e resolver problemas em certos projetos ou em outros departamentos. Em geral, é aplicada em conjunto com outras técnicas. Muitos treinandos trabalham juntos para desenvolver projetos que requeiram cooperação. 4. Atribuição de comissões. Significa uma oportunidade para a pessoa participar de comissões de trabalho compartilhando da tomada de decisões, apreender pela observação dos outros e pesquisar problemas específicos da organização. Geralmente, essas comissões são de natureza temporária, atuando como forças-tarefas desenhadas para resolver um problema específico. Atribuições temporárias são interessantes e desafiadoras, pois aumentam a exposição da pessoa aos outros membros da organização, ampliam sua compreensão e proporcionam oportunidades de crescimento. 5. Participação em cursos e seminários externos. É uma forma tradicional de desenvolvimento através de cursos formais de leitura e seminários. Oferece a oportunidade de adquirir novos conhecimentos e desenvolver habilidades conceituais e analíticas. Pode ser feita através de cursos ou seminários, com a ajuda de consultores, fornecedores etc.. Modernamente, as organizações estão utilizando a tecnologia da informação para proporcionar a aprendizagem a distância, em que o facilitador pode estar em outro lugar, enquanto sua apresentação é transmitida simultaneamente para vários lugares, como é o caso da videoconferência. 6. Exercícios de simulação. A simulação extrapolou a seleção de pessoal e tornou-se também uma técnica de treinamento e desenvolvimento. Os exercícios de simulação incluem estudos de casos, jogos de empresas, simulação de papeis etc. Nas análises de estudo de caso, utiliza-se a experiência de outras organizações para que a pessoa descreva os problemas reais, analise as causas, desenvolva soluções alternativas, selecione aquela que julgue a mais adequada e que possa ser implementada. 7. Treinamento. Uma recente tendência é a utilização de treinamento externo, muitas vezes relacionado com a busca de novos conhecimentos, atitudes e comportamentos que não existem dentro da organização e que precisam ser obtidos fora dela. O treinamento fora da empresa é geralmente oferecido por organizações especializadas em T&D e que oferecem esquemas integrados, cujo foco primário é ensinar aos treinandos a importância de trabalhar em conjunto, como uma equipe. 8. Estudo de casos. É um método de desenvolvimento no qual a pessoa se defronta com uma descrição escrita de um problema organizacional para ser analisado e resolvido. Trata-se de uma técnica que permite diagnosticar um problema real e apresentar alternativas de solução, desenvolvendo habilidades de análise, comunicação e persuasão. 9. Jogos de empresas. Também denominados Management games ou bussiness games, são técnicas de desenvolvimento nas quais equipes de funcionários ou de gerentes competem umas com as outras tomando decisões computadorizadas a respeito de situações reais ou simuladas de empresas. 10. Centros de desenvolvimento internos. São métodos baseados em centros localizados na empresa para expor os gerentes e as pessoas a exercícios realísticos para desenvolver e melhorar habilidades pessoais. É o caso das universidades corporativas.8 GESTÃO DE PESSOAS BASEADA EM COMPETÊNCIAS Modelo de gestão que visa orientar seus esforços para planejar, captar, desenvolver e avaliar, nos diferentes níveis da organização, as competências necessárias à consecução de seus objetivos. A definição de Competência está baseada no CHA, que são os conhecimentos (C) e as habilidades (H), competências técnicas, e as atitudes (A), competências comportamentais, que uma pessoa possui. O Conhecimento tem relação com a formação acadêmica, o conhecimento teórico. A Habilidade está ligada ao prático, a vivência e ao domínio do conhecimento. A Atitude representa as emoções, os valores e sentimentos das pessoas, isto é, o comportamento humano. O conjunto de ferramentas capaz de promover o contínuo aperfeiçoamento dos Conhecimentos, Habilidades e Atitudes de cada colaborador das empresas é chamado de Gestão por Competências. As ferramentas da Gestão por Competências são: Mapeamento do Perfil de Competências Organizacionais, Mapeamento e Mensuração por Competências de Cargos e Funções, Seleção por Competências, Avaliação por Competências, Plano de Desenvolvimento por Competências, Avaliação de Eficácia das Competências a serem desenvolvidas e Remuneração por Competências. Através da Avaliação por Competências é possível comparar o perfil de cada colaborador da empresa com o perfil do cargo, visando identificar as competências que são compatíveis e as que precisam ser potencializadas através do Plano de Desenvolvimento por Competências. Esse cruzamento entre o perfil do cargo com o do colaborador e o desenvolvimento do mesmo permite garantir funcionários motivados e aumento de produtividade. Mapeamento e Mensuração por Competências O Mapeamento e Mensuração por Competências é a base de toda a GESTÃO POR COMPETÊNCIAS. Através da Descrição de Cargo, isto é, das atividades que o cargo executa no dia-a-dia, é realizado o mapeamento das competências técnicas e comportamentais (CHA) para cada uma das atividades. Depois disso, é feita a mensuração do grau ideal para o cargo, isto é, o quanto o cargo precisa de cada uma das competências para atingir os objetivos da empresa. O resultado do Mapeamento e Mensuração é a identificação do perfil comportamental e técnico ideal para cada cargo ou função. Avaliação por Competências Através da Avaliação por Competências, também chamada de Avaliação de Desempenho, será identificado se o perfil comportamental e técnico dos colaboradores de uma corporação estão alinhados ao perfil ideal exigido pelos cargos. Plano de Desenvolvimento por Competências Baseado no resultado da Avaliação por Competências será criado um Plano de Desenvolvimento para os colaboradores, cujo objetivo será aperfeiçoar e potencializar o perfil individual de cada colaborador. Alguns benefícios da Gestão por Competências ▪ Melhora o desempenho dos colaboradores; ▪ Identifica as necessidades de treinamentos; ▪ Alinha os objetivos e metas da organização e da equipe; ▪ Reduz a subjetividade na Seleção e Avaliação de pessoas; ▪ Analisa o desenvolvimento dos colaboradores; ▪ Enriquece o perfil dos colaboradores, potencializando seus resultados; ▪ Melhora o relacionamento entre gestores e liderados; ▪ Mantém a motivação e o compromisso; ▪ Extrai o máximo de produtividade de cada colaborador GESTÃO DO CONHECIMENTO E APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAIS. O CONHECIMENTO COMO ATIVO ESTRATÉGICO. CONHECIMENTO PESSOAL E ORGANIZACIONAL. PRINCIPAIS PRÁTICAS DE GESTÃO DO CONHECIMENTO. O capital intelectual é a soma dos conhecimentos, informações, propriedade intelectual e experiência de todos em uma empresa, que podem ser utilizados para gerar riqueza e vantagem competitiva. Por trás da importância da gestão do conhecimento há um fato simples: uma quantidade enorme do conhecimento não pertence à organização, e sim aos indivíduos que a compõe. Muitas vezes, quando alguém deixa a empresa, sua experiência vai embora com essa pessoa. Mesmo que tenha permanecido muito tempo nessa empresa, poucos se beneficiam das suas ideias. Poderíamos definir gestão do conhecimento como o conjunto de esforços ordenados e sistematizados visando a criar novo conhecimento, difundi-lo na organização para os que dele precisam e incorporá-lo a produtos, serviços, e sistemas, bem como a protegê-lo contra o uso indevido. Conhecimento tácito e explícito Conhecimento explícito: pode ser expresso por números e palavras. Pode ser processado por um computador, transmitido eletronicamente ou armazenado em um banco de dados. Conhecimento tácito: é algo dificilmente visível e exprimível. É muito pessoal e difícil de formalizar, o que dificulta sua transmissão e compartilhamento. Está enraizado nas ações e experiências de uma pessoa, bem como em suas emoções e valores. Para que o conhecimento tácito possa ser comunicado dentro da organização, terá que ser convertido em palavras ou números que qualquer um possa compreender. É exatamente nessa conversão – de tácito em explícito e novamente em tácito – que o conhecimento organizacional é criado. Mas como ocorre o processo de criação do conhecimento organizacional? Para tentar elucidar esta questão Nonaka e Takeuchi (1997, apud Penteado et. al, 2008) desenvolveram a conhecida “espiral do conhecimento” que tenta explicar como funciona o processo de transformação do conhecimento dentro das organizações. Segundo os autores este processo se divide em quatro etapas conforme exposto a seguir: ▪ Socialização do conhecimento: que compreende o processo de compartilhamento das experiências (tácito para tácito); ▪ Externalização do conhecimento: que compreende a comunicação do conhecimento ao grupo através do uso de conceitos, analogias, metáforas ou modelos (tácito para explícito); ▪ Combinação do conhecimento: que é o uso de uma linguagem formal para registrar e difundir o conhecimento, como por exemplo, a criação de manuais (explícito para explícito). ▪ Internalização do conhecimento: compreende o processo de aprendizagem, quando novos conhecimentos começam a ser assimilados pelos indivíduos e são utilizados para agregar ou modificar o conhecimento já existente (explícito para tácito). Compreendido o conceito de gestão do conhecimento e as etapas que envolvem a criação do conhecimento organizacional, devemos agora nos voltar paras as técnicas usadas nesta árdua tarefa de gerir um bem intangível: o conhecimento. Conforme Uit Beijerse (1999 apud CRUZ; NAGANO 2008), a gestão do conhecimento tem por objetivo criar, disseminar, armazenar e incorporar o conhecimento organizacional às rotinas através da competência dos colaboradores em compreender dados e informações. EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO. ABORDAGENS CLÁSSICA, HUMANISTA, BUROCRÁTICA, SISTÊMICA E CONTINGENCIAL Fatores que influenciaram o surgimento das modernas organizações: Revolução industrial (surgimento das organizações), igreja católica (modelos de estrutura organizacional), organizações militares (estrutura organizacional e princípios de logística, pessoal e estratégica), os filósofos (papel do homem e do Estado na sociedade), as ciências (racionalidade dos estudos científicos), os economistas liberais (trouxe o gérmen da livre concorrência), os empreendedores pioneiros (primeiros negócios privados). Além de entender essas influências, é preciso ainda que você saiba que a administração surgiu com a revolução industrial e que evoluiu em três diferentes eras: ▪ A era da industrialização clássica A estrutura organizacional era composta por muitos níveis hierárquicos e ela era bastante centralizada. O desenho organizacional mecanicista era o típico para esta época. É uma época marcada pela estabilidade do ambiente. ▪ A era da industrialização neoclássica Prioridade ao enfoque sistêmico e à relativização das coisas na organização. Nesse período, o mundo começou a mudar e houve um forte desenvolvimento
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