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Anemia falciforme Hematologia – Prof. Marinho Marques Aula 5 – 15/03/2021 Hemoglobinopatia caracterizada pela substituição do aminoácido ácido glutâmico pela valina na sexta posição da cadeia β do DNA do gene da hemoglobina [GAG → GTG]. • É a doença hereditária mais prevalente no Brasil É uma doença autossômica recessiva (HbSS) • Estado heterozigoto → traço falciforme (HbAS) Outras anormalidades da hemoglobina podem se associar com o gene S: • HbSβ – Talassemia • HbSC • HbSD • HbSE Doença falciforme é diferente de anemia falciforme. A anemia falciforme é um tipo de doença falciforme, porque a doença falciforme são todas as doenças que possuem anormalidade na hemoglobina (hemoglobinopatia) associada a hemoglobina S, quando duas hemoglobinas S se combinam geram a anemia falciforme, mas quando a hemoglobina S se combina com outros tipos de hemoglobina (C, D, E ou β) gera- se a DOENÇA FALCIFORME. Formação normal da hemoglobina Em relação ao gene da cadeia beta, têm-se 2 alelos e na sexta posição, tem ácido glutâmico que é o aminoácido normal, formando a hemoglobina A, que é composta por duas cadeias alfa e duas beta. Traço falcêmico: é uma condição que não provoca sintoma, e tem a substituição do ácido glutâmico pela valina em apenas um alelo. Anemia falciforme: Quando há a substituição do ácido glutâmico pela valina nos dois alelos da cadeia beta, forma-se apenas a hemoglobina S (hemoglobina anormal/variante). Essa hemoglobina S forma polímeros, que em condições de desoxigenação confere ao eritrócito formato de foice. HbSC: substituição do ácido glutâmico pela valina (hemoglobina S) em um alelo e a substituição do ácido glutâmico pela lisina no segundo alelo (hemoglobina C), formando a HbSC. HbSβ-talassemia: substituição do ácido glutâmico pela valina (hemoglobina S) e exclusão de um dos alelos da cadeia beta. DOENÇA FALCIFORME Medicina UniFTC – 8º semestre Mª Manuela Ribeiro Epidemiologia O gene da doença surgiu na África, e o gráfico se sobrepõe a localização da Malária. A depender da região da África que ela surgiu, ela pode ter haplótipos diferentes. Doença que acomete múltiplas populações atualmente, distribuída mundialmente, não apenas aos negros/africanos. Na Bahia é muito prevalente, segundo a triagem neonatal, cerca 1:650 nascidos vivos são portadores da doença falciforme, enquanto 1:17 nascidos vivos é portador do traço. Fisiopatologia A substituição do ácido glutâmico pela valina: • Modifica a solubilidade da molécula de hemoglobina, quando esta se encontra na forma reduzida. • Acontece a polimerização da molécula na carência de oxigênio, o que confere forma de foice aos glóbulos vermelhos. Os eventos de falcização vão acontecendo até que sejam irreversivelmente falcizadas, gerando a oclusão dos pequenos capilares. • Aumento da adesividade do endotélio: Expressão mais moléculas de adesão e ficam mais tempo retidas nas hemácias, podendo ser mais facilmente fagocitadas pelo sistema fagocitário mononuclear. Eritrócitos deformados evoluem mal a circulação capilar: • Obstrução de fluxo sanguíneo (vasoclusão): lesão tecidual casada pela hipóxia e, por conta da deformação e da maior expressão de moléculas de adesão, são destruídas prematuramente. • Destruídos prematuramente (hemólise) Acontece uma redução da bioatividade do oxido nítrico, que é vasodilatador, provocando uma vasoconstricção tecidual e piora a vasoclusão e a circulação periférica. Essas células evoluem mal nos vasos, formando coágulos, que se juntam com plaquetas e células inflamatórias, gerando uma ativação da cascata de coagulação, liberação de trombina e fibrina, além de trombose na microcirculação. Como essas células possuem mais moléculas de adesão, mais tempo elas ficam presas ao endotélio vascular, ficando retidas no vaso e favorecendo a hemólise. Manifestações clínicas As manifestações clínicas se devem a dois fenômenos principais: • Oclusão vascular pelos glóbulos vermelhos seguida de infarto nos diversos tecidos e órgãos; • Hemólise crônica e seus mecanismos compensadores; Eventos associados tendem a lesar progressivamente os diversos tecidos e órgãos (principais órgão acometidos: retina, cérebro, pulmão, coração e rins); Por volta dos 5 anos de idade, o baço é destruído precocemente, os fenômenos de vasoclusão levam à fibrose e consequente destruição do baço. Após a sua destruição, acontece a asplenia anatômica. Manifestações nas mãos e nos pés, com um evento chamado dactilite. Eventos ósseos, levando a dor e deformidades. Polimerização HbS Desidratação da linhagem vermelha Aumento da rigidez Aumento da expressão de moléculas de adesão Vasoclusão Inflamação Hipercoagulabilidade Hemólise Vasculopatia Fadiga Problemas cognitivos Complicações iatrogênicas Anemia Deficiência de óxido nítrico Zona de infarto Injúria de reperfusão Úlceras de perna, principalmente na região maleolar. As manifestações clínicas desenvolvem-se paralelamente ao declínio pós-natal da HbF. Evidentes em torno do 6º mês de vida, juntamente com as primeiras manifestações clínicas: • Frequentemente com edema e dor no dorso das mãos e pés (vasoclusão); • Infarto e necrose dos ossos metacarpianos e metatarsianos → Síndrome mão-pé A triagem neonatal (teste do pezinho) é MUITO importante porque consegue detectar a doença antes dos 6 meses e antes das manifestações clínicas. Sendo referenciado para um serviço de referência para fazer o acompanhamento. Evolução da doença caracterizada por crises precipitadas por inúmeros fatores: • Febre • Infecção • Exercícios físicos • Desidratação • Exposição ao frio • Tensão emocional Crises podem ser: • Vasoclusiva (Lesão tecidual → Hipóxia → Dor) • Anêmica (aplásticas- ParvovírusB19, sequestro esplênico, hiper-hemolítica) Essas manifestações podem variar de acordo com a idade do paciente: • Existem manifestações que ocorrem mais na infância, como a dactilite e crise de sequestro esplênico (a criança só tem baço até os 5 anos). • Risco de infecção por germes encapsulados durante toda a vida, justificando o uso de penicilina oral profilática durante os primeiros 5 anos de vida. • No individuo adulto há um predomínio das lesões crônicas, relacionadas com lesão da retina, necrose asséptica de cabeça de fêmur, litíase biliar, úlceras de perna, entre outras. As manifestações podem ser agudas ou crônicas. Existem algumas situações que são consideradas como modificadores genéticos do curso clínico da anemia falciforme, ou seja, podem conferir aos pacientes um fenótipo clínico mais brando ou mais severo. Os modificadores do curso clínico da doença são chamados de haplotipos, que são variações que acontecem no gene. A doença surgiu na África, em três momentos diferentes, que a depender da região pode apresentar variações genéticas, conferindo o nome da respectiva região ao seu haplotipo. Haplotipos: • Árabe-indiano • Senegalês • Camarões • Benin • Bantu (CAR) Se o indivíduo persistir com níveis elevados de hemoglobina fetal, ele acaba tendo um fenótipo menos severo. Esse é um alvo terapêutico utilizado quando os pacientes usam hidroxiuréia, que provoca um aumento nos níveis de HbF, reduzindo os de HbS e melhora o curso clínico desses pacientes. A associação com alfa talassemia parece ter um efeito protetor, isso porque as hemácias são menores e tem seu trânsito facilitado dentro dos pequenos capilares, além de diminuir a concentração de hemoglobina por célula, favorecendo a diminuição dos fenômenos de falcização. Modificadores não genéticos: condições de temperatura e do meio ambiente que podem estar associados com risco maior de ter crise vasoclusiva, como frio intenso, altas altitudes, pobreza, risco de infeções e estão associados a uma alta taxa de hospitalização desse pacientes. Manifestações vasoclusivasMais frequente Pode atingir qualquer órgão e tecido Episódios dolorosos de intensidade variável; M ai s se ve ro • Dependem do grau de lesão isquêmica e do órgão ou tecido afetado; Lesão tissular isquêmica secundária à obstrução dos vasos sanguíneos pelas células falcizadas. Dor persistente mesmo após o processo de falcização ter cessado • Em média 3 a 6 dias • Dores podem ocorrer nas extremidades, abdome, tórax e manifestações musculoesqueléticas História natural da dor Fase prodrômica: primeiros sinais e sintomas da dor, deve-se estimular o paciente a agir, se hidratar e usar analgesia. Fase inicial: aumento importante da intensidade da dor Fase estável: platô que dura 3-4 dias Fase resolução Manifestações no sistema nervoso central 17% dos portadores de doença falciforme 5% dos portadores de HbSC Idade média < 7anos de idade Mortalidade: 15% Manifestações neurológicas, geralmente focal: • Hemiparesia • Hemianestesia • Deficiência no campo visual • Afasia • Paralisia de nervo craniano Sinais generalizados podem ocorrer: • Convulsão • Coma Recorrência de novos infartos • 70% em até 5 anos do primeiro evento Os acidentes cerebrovasculares ocorrem principalmente nos portadores de hemoglobina (HbSC e HbSS). Síndrome torácica aguda Isoladamente, principal causa de mortalidade após 2 anos de idade; Principal causa de morbidade e mortalidade na doença falciforme em qualquer idade. Ocorre fenômenos oclusivos nos vasos pulmonares, que cursam com febre, tosse, dispneia, dor pleural, infiltrados pulmonares e declínio do nível basal da hemoglobina. É um evento grave a ameaçador à vida. Priapismo É uma ereção persistente dolorosa não desejada, que pode ser aguda ou crônica. Manifestação vasoclusiva: congestão dos corpos cavernosos e/ou esponjosos do pênis por hemácias falciformes. Pode acontecer em qualquer idade. A grande maioria é auto-limitada, com resolução espontânea inferior a 24hrs. Casos persistentes podem resultar em impotência. Crise aplástica Precedida em 1 a 3 semanas por infecção viral (Parvovírus B19, que parasita seletivamente a linhagem eritróide). Aplasia transitória do setor eritrocitário. Apresenta sintomas de anemia aguda sem aumento esplênico; Reticulocitopenia, níveis de BI normais e ausência de icterícia Sequestro esplênico Retenção de sangue que provoca um aumento abrupto do baço. Queda acentuada dos níveis de hemoglobina/hematócrito. Pode ocorrer choque hipovolêmico e óbito. Alterações na imunidade Mais suscetíveis às infecções por germes encapsulados: • Streptococcus pneumoniae • Haemophillus influenzae tipo B • Neisseria meningitidis • Salmonella sp. Deve-se realizar a vacinação para todos esses micro-organismos. Diagnóstico História clínica Crises dolorosas de repetição Infecções Anemia Icterícia Esfregaço periférico Células em forma de foice Eritroblastos circulantes Algumas vezes células em alvo, principalmente se tiver associação com talassemia Teste de falcização é positivo – em desuso Diagnóstico laboratorial: Detecção de HbS e de suas associações com outras frações. Técnica: Eletroforese de hemoglobina Em acetato de celulose com pH alcalino: separação dos tipos de Hb de acordo com as diferentes taxas de migração das moléculas de hemoglobinas eletronicamente carregadas, quando submetidas a um campo elétrico. Individuo normal: • Hemoglobina A1: +/- 95% • Hemoglobina A2: +/- 3% • Hemoglobina F: no máximo 2% em adultos. • Outras hemoglobinas não possuem VR porque não são normais de serem encontradas, se presentes significa que o indivíduo tem alguma condição. Diagnóstico laboratorial Hemograma: • Anemia normocrômica e normocítica com reticulocitose (5-20%) • Hb em pacientes estáveis varia entre 5-10 g/dl → conhecer o nível basal de cada paciente nos períodos inter-crise, para ter uma ideia de quanto caiu e da necessidade de transfusão. • Valores reduzidos de VCM → atenção para associação com alfa-talassemia ou Sβ-talassemia (pacientes com sobrecarga de ferro, NÃO FAZER REPOSIÇÃO DE FERRO); • Concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) é normal; Leucocitose: • É um achado frequente, podendo apresentar desvio para esquerda. Plaquetose: • Contagem de plaquetas em geral elevada, pode atingir níveis de até 1.000.000/mm³; • Plaquetose e leucocitose são decorrentes da hiperplasia da medula óssea, hipofunção esplênica. • Plaquetopenia presente nos casos de sequestro esplênico ou hepático. Paciente com anemia falciforme Alta taxa de hemoglobina S e não tem hemoglobina A1. Achados: 1. Sangue periférico com hemácias em formato de foice. 2. Presença de eritroblastos (não é comum encontrar no sangue periférico). 3. Células que persistem com resquícios de DNA e fragmentos do núcleo, por causa da hipofunção esplênica, chamado de corpúsculo de Howell-Jolly. 2 3 Acompanhamento ambulatorial Orientação do paciente e familiares sobre a doença; • Realizar o aconselhamento genético para portadores do traço falcêmico. Penicilina oral profilática na infância; Vacinação; Quelantes de fero; Reposição contínua de Ácido fólico: VO, 1-5mg/dia; Avaliação periódica dos diversos órgãos e sistemas: • Alterações cardíacas, renais, pulmonares, presença de cálculos biliares, lesões na retina. Crise vasoclusiva dolorosa É a complicação mais frequente; Tratamento consiste em: • Corrigir fatores desencadeantes: o Desidratação o Infecção o Hipóxia • Repouso • Hidratação o Dor leve: terapia de reidratação oral quando há colaboração o Dor moderada à grave: via endovenosa → cuidado com a sobrecarga de fluídos. • Alívio da dor Acidente vascular cerebral (AVC) Redução dos níveis de HbS • Ajuda a prevenir progressão do AVC; • Nesta fase aguda os níveis de Hb devem ser <10g/dl • Recomenda-se exsanguineotransfusão (retira o sangue do paciente e transfunde uma bolsa de sangue normal) parcial ou eritrocitaferese (retira o sangue do paciente, que passa por uma máquina e retira as hemácias) para reduzir nível de HbS (< 30%); • Caso não seja possível, realizar transfusão simples de glóbulos vermelhos; Após regressão do episódio agudo Pouca dor Analgésicos não opióides: acetominofeno, dipirona, paracetamol) Dor moderada Analgésicos opióides: Codeína, Tramadol... Dor intensa Analgésicos opióides: Morfina, Fentanil... • Terapia de transfusão regular crônica a cada 4 semanas; o Quando os episódios acontecem na infância, faz a terapia de transfusão regular até os 18 anos; o Quando ocorre em adultos, deve-se fazer para o resto da vida. • Finalidade de manter nível de HbS <30% Doppler transcraniano: avalia-se a velocidade de fluxo sanguíneo cerebral. Se houver o aumento dessa velocidade entende-se que está havendo cefalização de trama, necessitando de mais O2 no cérebro, o que demonstra o risco de ter um AVC. Mesmo os indivíduos que não tiveram o AVC e apresentaram o aumento do fluxo, eles são considerados como portadores de doença cerebrovasculares e inicia-se a terapia transfusional crônica. Tratamento para priapismo Hidratação e analgesia Transfusão • Indicado quando medidas de crise vasoclusiva não reverterem o processo. • Não deixar Hb final >10g/dl, porque piora a viscosidade. Resolução na maioria dos casos em 24h • Se não houver melhora, deve-se realizar punção aspirativa do corpo cavernoso Intervenção cirúrgica • Sem resposta as medicações e transfusão • Evitar impotência Síndrome torácica aguda (STA) Exige hospitalização • Causa frequente de óbito no adulto Avaliação • Rx de tórax • Hemograma/hemocultura • Gasometria (satO2 < 96%, PaO2 <75mmHg ou decréscimo de 25% do valor basal. • Cintilografia pulmonar V/Q ➔ Diagnóstico é clínico! Tratamento STA: • Monitorização • Hidratação (evitar hiper-hidratação) • Analgesia• Manutenção apropriada de oxigenação (manter O2 > 95% e/ou PaO2 >75mg) • Antibioticoterapia de amplo espectro (cefalosporina de 3ª geração associada ou não com macrolideo) para cobrir: o Pneumococo o Haemophilus influenzae o Sthaphylococcus aureus o Mycoplasma pneumoniae (se clínica) • Transfusão sanguínea, se necessário. Crise aplástica Mantido sob vigilância hematológica até retorno da reticulocitose. Em geral, autolimitadas. Transfusão, se descompensação cardíaca ou queda importante acima de 2g da hemoglobina basal do indivíduo. • Transfusão: 10ml/Kg Sequestro esplênico Pronta intervenção → risco de choque hipovolêmico; Transfusão de hemácias pequenas alíquotas (quantidade) e monitorizar o baço. Avaliação das funções vitais e tamanho do baço: • Suspeita de repetir o quadro → possibilidade de esplenectomia nas crianças maiores de 2 anos. • < 2 anos: transfusão crônica para manter HbS< 30% Febre sem foco Maior suscetibilidade às infecções: • Principalmente pelo streptococcus pneumoniae e haemophylus influenzae • Risco elevado de sepse Exame físico cuidado: • Sinais de sepse: meningite, desconforto respiratório, dor óssea localizada, esplenomegalia. Exames laboratoriais: • Hemograma com reticulócitos/ Hemocultura • Raio X de tórax • EAS e Urocultura • Punção lombar, se tiver sinais de meningite. Se 72h afebril, culturas neagtivas, sem sepse e nível seguro de Hb → Alta com ATB oral Indicações de transfusão Objetivo: restaurar o transporte de O2 para diminuir a hipóxia tecidual. Nunca deixar a hemoglobina acima de 10g/dl para não aumentar a viscosidade do sangue. Manter os niveis de HbS abaixo de 30% nos casos de AVC. Necessário fazer a terapia quelante de ferro, já que com tantas transfusões há o acúmulo de ferro. Sangue fenotipado: identificar varios atigenos que essses pacientes apresentam, além do sinstema ABO e Rh, para dar uma bolsa de sangue o mais parecida com o fenotipo do paciente, o que evita que ele se sensibilize e tenha dificuldade de encontrar bolsas compatíveis com ele. Tratamento Hidroxiureia É um agente anti-falcizantes e quimioterapico, utilizado nos pacientes com leucemia. Promove aumento da HbF (4-20%) Indicações (protocolo do MS): • 3 ou mais admissões hospitalares por crises vasoclusivas nos ultimos 12 meses; • Mais de um episódio de síndrome torácica aguda nos ultimos 12 meses; • Pacientes com complicações vasoclusivas graves; Dose incial preconizada 20-30 mg/Kg/dia, 1x ao dia • Dose deve ser aumentada progressivamente a cada 3 a 4 meses, na ausencia de sinais de supressão medular, o paciente pode fazer leucopenia e plaquetopenia, então deve-se ficar atento aos sinais de supressão medular. Transplante de médula óssea/ terapia gênica Acontece, geralmente, em pacientes mais jovens, com poucas complicações. É um tratamento com finalidade curativa. Mortalidade alta relacionada ao procedimento. Drogas novas: crizalizumabe, contra o receptor de pselectina e para melhorar o numero de crises vasoclusivas. Complicações: Úlceras de MMII com transudato Necrose de cabeça de fêmur, provoca muida dor, o paciente fica mancando e podendo até fazer prótese de cabeça de fêmur. Interpretações de exames 1. Anemia microcítica hipocrômica. 2. Eritocitose 3. Coombs direto, ferritina, ferro sérico, capacidade saturação normais 4. Eletroforese de hemoglobina: Beta- talassemia ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1. Anemia macrocítica (as custas do aumento de reticulócitos) com reticulocitose 2. Coombs direto + (hemólise autoimune por anticorpo quente) Traço falcêmico: possui hemoglobina A e S. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Hemoglobinopatia SC (doença falciforme tipo SC) Traço da hemoglobina C (presença de Hemoglobina A e C) Anemia falciforme (hemoglobina SS) com um percentual alto de HbF, ou seja, ou o paciente está em uso de hidroxiureia ou tem a persistência hereditária da hemoglobina fetal (curso clínico mais brando) Anemia hipocrômica microcítica com discreta anisocitose. Reticulocitose Hemoglobinopatia CC Alfa -talassemia
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