Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA EMPRESA CREDENCIAL ENGENHARIA LTDA – ME MANAUS 2018 CARLOS JOSÉ RODRIGUES VIEIRA MAX PEREIRA PINTO RODRIGO ALBUQUERQUE BATISTA DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA EMPRESA CREDENCIAL ENGENHARIA LTDA – ME MANAUS 2017 Diagnóstico organizacional apresentado pelos discentes do 7° período – turma ADM142N02 como um dos pré-requisitos para a obtenção do grau de bacharel em Administração. Orientador: Prof. Anderson Muniz de Oliveira, MSc. CARLOS JOSÉ RODRIGUES VIEIRA MAX PEREIRA PINTO RODRIGO ALBUQUERQUE BATISTA PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DA FERRAMENTA DE GESTÃO DE RISCO PARA PROTEÇÃO FINANCEIRA DA ORGANIZAÇÃO – ESTUDO DE CASO DA CREDENCIAL ENGENHARIA LTDA – ME Resultados do estágio supervisionado I e estágio supervisionado II apresentado ao Centro Universitário Fametro como um dos pré-requisitos para a obtenção do grau de bacharel em Administração. Aprovada em ___/___/___ PROFESSORES ORIENTADORES Orientador (a): do Projeto Centro Universitário Fametro Prof. (o), Anderson Oliveira, Msc. Orientador (a) do Diagnostico Centro Universitário Fametro Prof. (o). Anderson Oliveira, Msc. RESUMO Este artigo propõe a implantação das ferramentas de gestão de risco como prevenção quanto à situação financeira da organização, assim como também, encarar o risco sempre como uma oportunidade para criar vantagens competitivas para a organização. O estudo de caso na organização foi realizado através de pesquisa descritiva e aplicada, e tendo uma a compreensão dos aspectos conceituais do presente trabalho, apresenta-se alguns procedimentos metodológicos, tais como entrevistas e aplicação de questionários, além da observação direta dos procedimentos. Assim, o resultado esperado com a execução da proposta de solução trará uma melhor capacidade de gerenciamento financeiro tendo assim uma percepção do seu crescimento e mantendo-se competitiva no seu segmento de mercado, destacando assim, a importância de uma preparação e execução estratégica de planejamento tanto gerencial como também orçamentário. Palavras-chave: Gestão de risco; planejamento; estratégia e implantação ABSTRACT This article proposes the implementation of risk management tools as a prevention of the financial situation of the organization, as well as, always consider risk as an opportunity to create competitive advantages for the organization. The case study in the organization was carried out through descriptive and applied research, and having an understanding of the conceptual aspects of the present work, some methodological procedures are presented, such as interviews and questionnaires application, besides the direct observation of the procedures. Thus, the expected result with the execution of the proposed solution will bring a better financial management capacity thus having a perception of its growth and remaining competitive in its market segment, thus highlighting the importance of strategic planning and execution both managerial and budgetary Keyword: Risk management; planning; strategy and deployment SUMÁRIO CAPÍTULO I APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 8 1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA................................................................. 9 1.1 MISSÃO ................................................................................................... 9 1.2 VISÃO .................................................................................................... 10 1.3 PRINCÍPIOS E VALORES ..................................................................... 10 1.4 OBJETIVOS ........................................................................................... 11 1.5 METAS ................................................................................................... 11 1.6 HISTÓRICO DA EMPRESA ................................................................... 11 2. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO ...................................................................... 12 2.1 PRODUTOS E SERVIÇOS .................................................................... 12 2.2 PORTE DA EMPRESA E CARACTERÍSTICAS DAS INTALAÇÕES..... 13 2.3 TECNOLOGIAS ..................................................................................... 13 2.4 QUADRO ORGANIZACIONAL .............................................................. 14 2.5 ORGANOGRAMA .................................................................................. 15 3. ASPECTOS ORGANIZACIONAIS ............................................................... 16 3.1 ANÁLISE INTERNA ............................................................................. 16 3.1.1 PONTOS FORTES, FRACOS E PONTOS A MELHORAR .............. 17 3.1.2 GRÁFICO DE ÁREAS CRÍTICAS (GRÁFICO RADAR GERAL E ANÁLISES) ................................................................................................ 26 3.2 ANÁLISE EXTERNA ............................................................................ 27 3.2.1 OPORTUNIDADES ........................................................................... 27 3.2.2 AMEAÇAS ........................................................................................ 27 3.2.3 STAKEHOLDERS ............................................................................. 28 3.2.4 PRINCIPAIS CLIENTES ................................................................... 28 3.2.5 DIFERENCIAL COMPETITIVO ......................................................... 29 3.2.6 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA....................................................... 29 3.2.7 PRINCIPAIS FONECEDORES ......................................................... 30 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 33 CAPÍTULO II 1. JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 38 2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................ 38 3. OBJETIVOS DO PROJETO ........................................................................ 39 3.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................. 39 3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ..................................................................... 39 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 40 4.1 GESTÃO DE RISCO ............................................................................ 40 4.2 INCERTEZAS À GESTÃO DE RISCO ................................................. 41 4.3 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS .......................................................... 42 4.4 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS ......................................................... 43 4.5 TIPOS DE RISCOS .............................................................................. 44 4.5.1 RISCO INTERNO .............................................................................. 44 4.5.2 RISCO EXTERNO ............................................................................ 45 4.6 RISCO FINANCEIRO ........................................................................... 46 4.7 RISCO E RETORNO ........................................................................... 48 4.8 MENSURAÇÃO DO RISCO ................................................................. 49 4.9 RISCO E ESTRATÉGIA .......................................................................49 5. METODOLOGIA DO PROJETO .................................................................. 51 5.1 QUANTOS AOS FINS .......................................................................... 51 5.2 QUANTOS AOS MEIOS ...................................................................... 51 5.3 UNIVERSO E AMOSTRA .................................................................... 52 5.4 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO ...................................................... 52 6. PROPOSTA DE SOLUÇÃO E PLANEJAMENTO DA PROPOSTA ........... 53 6.1 AÇÃO 1 ................................................................................................ 53 6.2 AÇÃO 2 ................................................................................................ 54 6.3 PLANO DE AÇÃO 5W2H ..................................................................... 55 CAPÍTULO III RESUMO .............................................................................................................. ABSTRACT .......................................................................................................... INTRODUÇÃO ................................................................................................. 60 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 61 1.1 GESTÃO DE RISCO ............................................................................ 61 1.2 INCERTEZAS À GESTÃO DE RISCO ................................................. 62 1.3 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS .......................................................... 63 1.4 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS ......................................................... 64 1.5 TIPOS DE RISCOS .............................................................................. 65 1.5.1 RISCO INTERNO .............................................................................. 66 1.5.2 RISCO EXTERNO ............................................................................ 66 1.6 RISCO FINANCEIRO ........................................................................... 68 1.7 RISCO E RETORNO ........................................................................... 70 1.8 MENSURAÇÃO DO RISCO ................................................................. 70 1.9 RISCO E ESTRATÉGIA ....................................................................... 71 2. METODOLOGIA DO PROJETO .................................................................. 72 2.1 QUANTOS AOS FINS .......................................................................... 72 2.2 QUANTOS AOS MEIOS ...................................................................... 73 2.3 UNIVERSO E AMOSTRA .................................................................... 73 2.4 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO ...................................................... 74 3. PROPOSTA DE SOLUÇÃO E PLANEJAMENTO DA PROPOSTA ........... 75 3.1 AÇÃO 1 ................................................................................................ 75 3.2 AÇÃO 2 ................................................................................................ 76 3.3 PLANO DE AÇÃO 5W2H ..................................................................... 77 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 80 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 81 ANEXOS .......................................................................................................... 83 CAPÍTULO I DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL 8 APRESENTAÇÃO O presente diagnóstico foi elaborado para avaliar a real situação dos diversos setores da Credencial Engenharia. O objetivo dessa análise é diagnosticar de maneira ampla os setores para que se possa ter uma noção clara de quais são os pontos fortes e pontos fracos, de modo que seja proposta uma melhor exploração de potencialidades e de melhorias nas áreas problemáticas. A metodologia utilizada para elaboração deste diagnóstico baseou-se em questionários, entrevistas, observação direta e pesquisas diversas. As entrevistas e questionários foram direcionados ao diretor executivo da organização. Foram verificados pontos como: missão, visão, princípios e valores, objetivos e metas de acordo com o histórico da empresa, perfil organizacional, produtos e serviços, porte da empresa, características das instalações, características do quadro funcional e a apresentação do organograma da empresa, dentre outros. De acordo com os aspectos organizacionais referentes aos ambientes interno e externo, apurou-se a análise SWOT, destacando as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Ainda sobre a análise interna, aplicou-se a técnica dos 10-M’s do Autodiagnostico, cujo objetivo seria identificar e avaliar as áreas de: Money, Marketing, Mão-de-obra, Máquinas, Meio ambiente, Management, Meio físico, Métodos, Materiais e Mensagens. Após esta técnica, elaborou-se o gráfico das áreas críticas, com a apresentação do Gráfico Radar, compreendendo os atributos dos 10-M’s. Destacam- se na análise externa as oportunidades e ameaças, catalisadores e ofensores, stakeholders, principais clientes, principal diferencial competitivo, concorrência e principais fornecedores. Em vista disso, através da realização de uma análise e desenvolvimento de um parecer, foram sugeridas recomendações que poderão promover a melhoria das relações da credencial, principalmente na área de finanças da organização, para que dessa forma, possa-se atingir novos clientes e ser potencial no mercado. 9 1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA A Credencial Engenharia LTDA – ME, CNPJ: 05.358.598/0001-09, encontra-se localizada na Rua Artur Virgílio Filho n°42, Bairro: Dom Pedro II, CEP: 69042-650, em Manaus-AM. A Credencial Engenharia cuida da elaboração dos projetos até a entrega final, coordenam todas as atividades, desde a aprovação de projetos, execução civil, rede elétrica, telefonia e lógica, hidro-sanitária, combate e prevenção a incêndios, ar condicionado, estruturas metálicas, estruturas pré-fabricadas e mistas. CONTATOS Fone: (92) 3213-9220 Email: credencial.eng@hotmail.com LOGOMARCA Figura 1: Logomarca Credencial Engenharia LTDA – ME Fonte: Fornecido pelo próprio proprietário da empresa. 1.1 Missão Segundo Costa (2007, pg. 36) missão é a “razão de existência da organização” que deve ser voltada diretamente aos objetivos institucionais e aos motivos pelos quais foi criada. A missão da Credencial Engenharia é prestar serviços completos e de alta qualidade através de representação, assessoria e serviços especializados, buscando excelência em engenharia e construção para todas as empresas interessadas em seus serviços, realizando soluções que agreguem valor aos 10 projetos, empregando tecnologias modernas com profissionais de reconhecida capacitação técnica. Segundo Chiavenato (1999, p. 49), a missão funciona como orientador para as atividades da organização. Ela tem por finalidade clarificar e comunicar os objetivos, os valores e a estratégia adotada pela organização. Ainda segundo Chiavenato, é fundamental que todos na organização conheçam a missão e os principais objetivos institucionais, pois se as pessoas que fazem parte da empresa não sabem o motivo de sua existência e os rumos que pretende adotar, dificilmente elas saberão o melhor caminho a ser seguido. 1.2 Visão Conforme Ibidem (2007, p. 36) “visão é um modelo mental de um estado ou citação altamente desejável, de uma realidade futura possível para a organização”. A visão da Credencial Engenharia é ser referência pela excelência na indústria da construção civil, tendo crescimentos altamente sustentável, comprometida com a melhoria em soluções para o setor público e privado.Segundo Chiavenato (1999, p. 253) “a visão é atingida quanto todos dentro da organização – e não apenas alguns membros dela – trabalham em conjunto e em consonância para que isso ocorra efetivamente”. 1.3 Princípios e Valores Quanto aos princípios, Costa (2007, p. 38) afirma que “são respeitados plenamente, e violados, onde este não pode ser de maneira algum contrariado, mesmo que ocorram em perdas para a organização, declarando apenas que é aceitável dentro da política estabelecida na empresa”. A Credencial Engenharia tem princípios e valores pautados na ética, na competência, honestidade, respeito ao colaborador, compromisso e satisfação com o cliente e a sociedade, priorizando a capacitação de nossos colaboradores internos, visando à melhoria do nosso sistema de qualidade. É salientado também, o respeito ao meio ambiente e à sua preservação, controlando os resíduos gerados no canteiro de obra. 11 De acordo com Costa (2010, p. 43), “Valor representa o conjunto dos princípios, crenças e questões éticas fundamentais de uma empresa, bem como fornecem sustentação a todas as suas principais decisões”. 1.4 Objetivos De acordo com Oliveira (2014, p. 149), “Objetivo é o alvo ou ponto quantificado, com prazo de realização e responsável estabelecidos, que se pretende alcançar através de esforço extra”. O objetivo da Credencial Engenharia é executar as obras, atendendo as especificações técnicas de cada cliente, fornecendo materiais e serviços de alta qualidade com tecnologia moderna e segura, aliados a preços competitivos de mercado, com profissionalismo e competência para uma rápida resposta aos anseios de seus clientes, com o melhor custo/benefício, sem perder qualidade e eficiência. 1.5 Metas Costa (2007, p. 209) aponta que “Metas são valores quantitativos ou qualitativos a serem atingidos em certo momento futuro preestabelecido. Quando período para a implantação de uma estratégia é muito longo e as mudanças planejadas são substanciais, devem-se determinar uma ou mais metas intermediárias, para permitir melhor acompanhamento ao longo do tempo. As metas podem ter, também, um caráter qualitativo, desde que verificável”. A Credencial Engenharia define suas metas na condição de prestadora de serviço nos ramos de construção, montagem e manutenção industrial, e, em consonância com sua política de gestão integrada, se propõe a: sempre ter lucro em nossos empreendimentos; manter nossos clientes satisfeitos; evitar acidentes, com ou sem afastamentos de funcionários; evitar acidentes ambientais; executar os serviços de qualidade; buscar o esclarecimento na gestão da empresa. 1.6 Histórico da Empresa A Credencial Engenharia é uma empresa de pequeno porte no ramo da construção civil, tendo por atividade, a construção de edifícios, obras de urbanização, ruas, praças e calçadas. 12 Foi criada em 10 de Outubro de 2002 pelo desejo empreendedor e libertário de Luciano de Araújo Correa que na época era técnico de telecomunicações, prestando serviços a empresa na qual estava empregado. Com a mudança no ramo da telefonia, na migração da telefonia móvel, percebeu-se que ia perdendo espaço e resolveu abrir sua própria empresa, levando sua experiência para o mercado, já que o mesmo já fazia pequenos serviços no ramo da engenharia civil, como por exemplo: manutenção de redes de distribuição de energia elétrica, instalação e manutenção elétrica, instalações hidráulicas, sanitárias e de gás, serviços de pintura de edifícios em geral, etc. No decorrer de dois anos em atividade já como Credencial Engenharia, ele começou a trabalhar com licitação para o Estado e para a Prefeitura da cidade, foi quando a sua empresa começou a crescer, e pouco a pouco, foi pegando grandes empreendimentos de altos valores. Hoje, a Credencial Engenharia é um empreendimento devidamente credenciado pelos órgãos públicos e entidades de classe que está se reestruturando devido à crise financeira do Brasil que o atingiu em meados de 2015, e a intenção do Sr. Luciano é buscar novas parcerias com maior credibilidade para que volte a ser uma empresa de respeito que há muito foi conceituada com grandes obras. Conta com apenas dois profissionais (pai e filho), bastante treinados para atender as necessidades de seus clientes, de segunda a sexta. Atualmente, a Credencial Engenharia ainda é gerenciada pelo presidente Luciano de Araújo Correa, que está à frente da Diretoria Executiva. 2. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO 2.1 Produtos e Serviços Para Casas (2006, p. 164) “Produtos podem ser definidos como o objeto principal das relações de troca que podem ser oferecidos num mercado para pessoas físicas ou jurídicas, visando proporcionar satisfação a quem os adquire ou consome”. Sendo assim, Lima (2007) comenta que a definição de serviços é um emblema, uma vez que constituem uma amplitude e complexidade, pois abrange desde os serviços de caráter pessoal até os serviços relacionados a produtos, como entrega em domicílio e os serviços de suporte. 13 A Credencial Engenharia oferece para as empresas, entidades públicas, elaborações dos projetos até a entrega final coordenam todas as atividades, desde a aprovação dos mesmos, execução civil, rede elétrica, telefonia e lógica, hidro- sanitária, combate e prevenção a incêndios, ar condicionado, estruturas metálicas, estruturas pré-fabricadas e mistas. Seus serviços são feitos através de licitações entre a engenharia com a empresa que está contratando seus serviços, no caso da Credencial, sendo maior parte os órgãos públicos (Prefeitura de Manaus, Governodo Estados do Amazonas). Licitação é o procedimento administrativo formal para contratação de serviços ou aquisição de produtos pelos entes da Administração Pública direta ou indireta. No país, é regulado pelas leis 8.666/93 e 10.520/02. 2.2 Porte da Empresa e Características das Instalações A Credencial Engenharia é uma empresa de pequeno porte, conforme informação obtida através de entrevista. Conforme dados divulgados pelo SEBRAE (2006), tal segmentação segue os critérios da Lei Complementar 123/2006, também chamada de Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Segundo ela, uma empresa de pequeno porte possui faturamento anual entre R$ 360.000,00 e R$ 3,6 milhões. Com relação às instalações há um prédio onde funciona somente a parte administrativa, construída em um espaço de 120m², onde há três salas para ambiente de trabalho, uma sala de reunião, um almoxarifado, uma recepção e também uma copa. Há também um galpão localizado no bairro Campos Sales em uma área total de 1200m² onde era guardado máquinas e equipamentos de trabalho, e também há outro galpão localizado no Belvedere em um espaço de 300m² onde eram alocados os materiais de obras. 2.3 Tecnologias “Os softwares de gestão integrada têm trazido significativas melhorias na qualidade e presteza dos serviços, eliminando retrabalhos e melhorando o atendimento ao cliente com respostas em tempo real”, conforme salienta Martins (2005, p. 437). 14 Baseado neste conceito, a Credencial Engenharia utiliza um software para gerenciar seu sistema administrativo, ligado também ao sistema operacional que funciona como um facilitador de informações que contribuam para uma melhor forma de trabalho. É o sistema SAP Business One que possibilita às empresas gerenciar suas atividades críticas em todas as áreas, trabalhando com fluxos de produção, entrada e saída de materiais, distribuição e finanças. Com este software a empresa pode ter uma visão completa e atualizada através de um sistema único e integrada. 2.4 Quadro Organizacional Para Oliveira (2000, pg. 85) a estrutura organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa. O quadro funcional da Credencial Engenharia é composto por doze funcionários e cinqüentae seis operários. Os funcionários são contratados pelo diretor, mediante o regime CLT, divididos apenas no horário comercial. Contudo, o operacional trabalhava de segunda a sábado também no horário de 7h até as 15hr. Em pesquisa realizada através de entrevista, em seu quadro de funcionários, entre os doze contratados, havia apenas quatro mulheres atuantes, e o restante eram todos do sexo masculino, todos em setores administrativos da organização, com média de idade sendo entre 30 a 50 anos de idade. De acordo com as entrevistas realizadas dentro da empresa, podemos definir a média de idade dos funcionários que trabalhavam em obras eram entre 20 a 40 anos, no total de vinte e dois. Todos os funcionários trabalham de carteira assinada e recebiam seus salários de acordo com sua função, onde 100% de sua demanda de pessoas eram do sexo masculino. Em relação aos cargos hierárquicos existentes na cooperativa, a estrutura está composta da seguinte maneira: diretor geral, engenheiro-sócio, arquiteta- administrativa, operários. O diretor geral da organização é responsável pelo gerenciamento dos setores financeiro, administrativo e operacional, controlando a execução de planos, metas e 15 estratégias para garantir a adequada e eficaz consecução dos objetivos estatutários da organização. O engenheiro-sócio também tinha a função de fazer seu gerenciamento em setores, contudo, era mais responsável aos operários que trabalhavam em obras. A arquiteta-administrativa era responsável pelas partes administrativas, cuidava dos Recursos Humanos em ação aos funcionários e todo o seu aparato e até mesmo das partes financeiras da organização que também era responsável pelos funcionários que trabalhavam no setor, como recepcionista, auxiliar administrativo. Operários eram as pessoas que trabalhavam no canteiro de obras sob a responsabilidade do engenheiro-sócio que passava informações sobre o andamento das construções e seus resultados. Na Credencial Engenharia, em seu nível de escolaridade, a organização possui um número significativo de seus funcionários que obtém ensino superior e técnico enquanto a maior parte dos trabalhadores em canteiros de obras possui ensino médio completo. O pagamento dos funcionários era realizado de quinze em quinze dias, sendo sempre entre o dia 15 e dia 30 de cada mês e como benefícios a empresa oferece vale transporte e alimentação para todos. 2.5 Organograma Chiavenato (2001, pg. 251) afirma que “organograma é o gráfico que representa estrutura formal da empresa”. A finalidade de um organograma é definir com perfeita ordem a função que desempenha cada um na organização perfeita definidas por postos em forma de pirâmide de acordo com o grau de competência. Segundo Vasconcellos (1989, pg. 7) a estrutura formal é aquela explicitada em manuais de organização que descrevem os níveis de autoridade e responsabilidade dos vários departamentos e seções. A representação gráfica da estrutura formal é feita através de um organograma. A Credencial Engenharia possui um organograma clássico e vertical, indicando o nível de hierarquia de cima para baixo. 16 ORGANOGRAMA CREDENCIAL ENGENHARIA Fonte: Credencial Engenharia LTDA – ME 3. ASPECTOS ORGANIZACIONAIS 3.1 Análise Interna Oliveira (2014, p. 83) afirma que a análise interna tem por finalidade colocar em evidência as qualidades e deficiências da empresa em que está sendo analisada, ou seja, os pontos fortes e fracos da empresa devem ser determinados, principalmente, diante da atual posição de seus produtos ou serviços versus segmentos de mercados. “Para estruturar e organizar os pontos fortes, fracos e a melhorar, foi criado os 10-Ms do autodiagnostico, com dez áreas internas, todas designadas por palavras começadas com a letra M” . (COSTA, 2007, p. 114) O método 10M's traz um parâmetro com dados importantes dos pontos considerados críticos. Por meio de observação direta, entrevistas e questionários, realizou-se o a análise interna da Credencial Engenharia, identificando os pontos fortes, pontos 17 fracos e pontos a melhorar, para uma melhor utilização das ferramentas da qualidade aplicando com eficácia ações corretivas. ANÁLISE INTERNA - TABULAÇÃO Localização Pontos Fortes Pontos a Melhorar Pontos Fracos Zonas Management 1 2 2 4 - Vermelha Mão-de-obra 2 1 2 2 - Verde Máquinas 5 0 0 1 - Azul Marketing 4 0 1 1 - Azul Materiais 1 1 2 4 - Vermelha Meio Ambiente 1 1 3 4 - Vermelha Meio Físico 4 0 1 1 - Azul Mensagens 4 0 1 1 - Azul Método 0 5 0 3 - Amarelo Money 1 1 3 4 - Vermelha Segundo Costa (2005, p.113): “Essas dez áreas de concentração e foco da organização cobrem, praticamente, quase todos os pontos internos relevantes de qualquer instituição.” 3.1 Pontos Fortes, Fracos e Pontos a Melhorar 3.1.1.1 Management Quadro 1 – Management 1 Sequência Atributos Ponto Forte Ponto a Melhorar Ponto Fraco M A N A G E M E N T 1.1 Administração Gerale processos decisórios x 1.2 Gestão de tecnologias e de sistemas de informação x 1.3 Gestão estratégica X 1.4 Gestão setorial (setores em geral) X 1.5 Relacionamento com os stakeholders x TOTAL 1 2 2 18 Segundo Chiavenato (2007 p.3) "A Administração é o veículo pelo qual as organizações são alinhadas e conduzidas para alcançar excelência em suas ações e operações para chegar ao êxito no alcance de resultados." A Administração significa então um processo para a tomada de decisões que devem resultar em ações que promovam a melhoria nas empresas. Conforme respostas obtidas através do questionário aplicado, é possível perceber no quadro 01, que a empresa não possui muitos pontos fortes, apenas detém de um onde apenas a sua relação com stakeholdersé eficiente e eficaz, e os outros se dividem em pontos melhorar em administração geral e suas decisões que é centralizada, de forma que as decisões acabam sendo repassadas apenas para o líder da organização como forma de consulta para saber se o que sugerem podem incentivar e dar mais crescimento à organização. Outro ponto a melhorar é a gestão de tecnologias. A organização ainda não se tem de um sistema que faça um controle adequado para que possa ajudar e facilitar também a forma de como eles monitorem seus materiais, o que entra e o que sai diante das requisições, além de que tendo este controle e uma gestão mais descentralizada, ajuda a criar mais estratégias e mais benefícios no desempenho dos funcionários e da organização. Caracterizando como pontos fracos, é a ausência da gestão estratégica e também da gestão setorial. Estas ausências podem prejudicar a evolução da empresa, pois, não há um acompanhamento das atividades e processos realizados por seus funcionários em todos os setores, na busca de obter o melhor resultado.O segundo ponto é a gestão estratégica que envolve definição de objetivos, análise do ambiente competitivo e da organização, avaliação de estratégias, implantação e acompanhamento. Com a ausência dela, a organização não tem como identificar seu posicionamento em comparação com os seus concorrentes, e também em saber reconhecer seus pontos fracos e fortes, oportunidades e ameaças. 3.1.1.2 Mão-de-obra Quadro 2 – Mão-de-obra 2 Sequência Atributos Ponto Forte Ponto a Melhorar Ponto Fraco 19 M Ã O D E O B R A 2.1 Recrutamento e seleção X 2.2 Capacitação, treinamento e desenvolvimento de RH X 2.3 Gerentes e supervisores preparados para gestão de pessoas x 2.4 Motivação e comprometimento x 2.5 Remuneração x TOTAL 2 1 2 De acordo com Toledo (1986), “Recursos Humanos seriam o ramo de especialização da ciência da Administração que desenvolve todas as ações que têm como objetivo a integração do trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produtividade". Verificou-seque em relação aos Recursos Humanos, há duas incidências de pontos fracos e um ponto a melhorar, onde motivação e remuneração se destacam como pontos fortes neste quesito sendo muito bem trabalhado e tendo êxito em suas atividades. O ponto a melhorar vem a ser o treinamento dos gerentes e supervisores para que eles se voltem em participar, capacitar e se envolver um pouco mais no desenvolvimento dos funcionários para que se sintam cada vez mais valorizados dentro do seu âmbito profissional. A Credencial Engenharia não dispõe de um setor próprio de RH.Sabe-se que o RH é o setor responsável pelo acompanhamento desde o processo de recrutamento e seleção até o desenvolvimento das atividades dos funcionários. A ausência deste acarreta em sua evolução, pois os profissionais desta área incentivam os funcionários a colaborarem de forma correta para o cumprimento dos objetivos, além de representar a organização diante dos mesmos. Conforme análise do atributo referente à capacitação, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos onde é mais um ponto fraco, nota-se que na organização não obtém de programas que venham qualificar os funcionários e cooperados, tendo apenas projetos a serem implantados futuramente. 20 3.1.1.3 Máquinas Quadro 3 – Máquinas 3 Sequência Atributos Ponto Forte Ponto a Melhorar Ponto Fraco M Á Q U IN A S 3.1 Equipamentos de manuseio x 3.2 Veículos x 3.3 Instalações de Segurança x 3.4 Máquinas, equipamentos e sistemas de produção x 3.5 Redes, intranet, extranet e Internet x TOTAL 5 0 0 Segundo Ferreira (2004, p. 22) “A produção enxuta usa times de trabalhadores com várias habilidades em todos os níveis de organização, e usa máquinas altamente flexíveis e cada vez mais automatizadas para produzir grandes volumes de produtos em enorme variedade, com melhor aproveitamento dos recursos existente em quantidade suficiente.” A Credencial dispõe de um excelente maquinário, no que se refere à área operacional e aos equipamentos da organização, onde todos os setores são bem estruturados e os sistemas de informação possuem manutenção em dia, contribuindo para o bom funcionamento do fluxo operacional. Os atributos relativos à Máquina têm maior incidência de pontos fortes, o que mostra que a organização está sempre se aperfeiçoando, adotando medidas inovadoras e se mostrando eficiente e eficaz em suas atividades, destacando-se em seu ramo. 3.1.1.4 Marketing Quadro 4 – Marketing 4 Sequência Atributos Ponto Forte Ponto a Melhorar Ponto Fraco M A R K E T I N G 4.1 Conhecimento do mercado e dos concorrentes x 4.2 Flexibilidade e negociações x 21 4.3 Lançamento de produtos e campanhas X 4.4 Pós-venda garantia e assist. técnica x 4.5 Tratamento de satisfação dos clientes x TOTAL 4 0 1 Conforme Kotler (1986, p.31) “Marketing é a atividade humana dirigida para a satisfação das necessidades e desejos, através dos processos de troca.” Conforme respostas obtidas mediante ao questionário aplicado, é possível perceber que no quadro 04, há maior incidência de pontos fortes, com apenas um ponto fraco em seu lançamento de produtos e campanhas por meio de divulgações em redes sociais, mídia televisivas e por jornais impressos com o que faz que a empresa não seja altamente conhecida por todos que um dia almejam ter o seu serviço contratado. A Credencial detém conhecimento do mercado e concorrentes, possuem flexibilidade nas negociações, sempre buscando apresentar o melhor serviço com um baixo custo benefício para o cliente e realizar o acompanhamento da satisfação dos clientes através de visitas contínuas em locais onde seus serviços foram realizados mostrando uma garantida em sua pós-venda e sempre se prontificando em dar assistência para ajudá-los se houver alguma falha em suas obras ou algo que o cliente queira mudar, causando assim um tratamento e satisfação dos mesmos de maneira que possa ocorrer uma maior fidelização entre empresa-cliente mostrando competência em seus trabalhos realizados, além da busca de uma estratégia para melhor atendê-los. 3.1.1.5 Materiais Quadro 5 – Materiais 5 Sequência Atributos Ponto Forte Ponto a Melhorar Ponto Fraco M A T E R IA I S 5.1 Desenv. de parcerias com fornecedores x 5.2 Cadeia do suprimento, logística x 22 5.3 Estoques: quantitativos, qualitativos e preservação x 5.4 Especificações para aquisição e padronização e codificação de materiais X 5.5 Qualidade assegurada na aquisição X TOTAL 1 2 2 Conforme menção de Barros Neto (1999, p. 67) produção é “A responsável pela transformação de matérias-primas, energia e informações em bens e/ou serviços.” Conforme respostas obtidas mediante ao quadro 04, percebe-se que apenas há um ponto forte ligado em seu bom desenvolvimento com seus parceiros e fornecedores, apesar de que há um ponto fraco quanto ao último quesito, pois não asseguram muita qualidade na aquisição de materiais e equipamento para seus serviços assim como também padronização de materiais para fácil acesso e manuseio. Não possui uma boa cadeia de suprimento, assim como também os seus estoques que são pontos a melhorar, mas que podem acarretar prejuízo se não forem bem trabalhos para visar como uma melhoria no seu sistema produtivo. 3.1.1.6 Meio Ambiente Quadro 6 – Meio Ambiente 6 Sequência Atributos Ponto Forte Ponto a Melhorar Ponto Fraco M E IO A M B IE N T E 6.1 Gestão de proteção ambiental X 6.2 Programas de economia de energia elétrica X 6.3 Programas de economia de água X 6.4 Programas de economia de insumos x 6.5 Coleta de lixo seletiva x TOTAL 1 1 3 23 Por meio do questionário, pode-se observar que no quadro 06, há muito indícios de pontos fracos ligados ao Meio Ambiente, onde a organização não possui gestão de proteção ambiental, tampouco programas de prática para reduzir a quantidade do uso da água assim como também a economia de energia elétrica. O mau uso pode gerar intervenções uma vez que é necessário ter conscientização da preservação dos recursos naturais, pois a mesma gera resultados mais favoráveis não somente para a sociedade e para as gerações futuras, mas para as próprias organizações, com redução nos custos. O controle de economia de insumos é algo a ser melhorado e bastante trabalhado para que possa tornar-se um ponto forte dentro da organização, assim como é a coleta seletiva – único ponto forte listado – onde todos os funcionários sabem da sua importância e contribuem para uma organização mais limpa e continuando a contribuir com o meio ambiente de forma correta. 3.1.1.7 Meio Físico Quadro 7 – Meio Físico 7 Sequência Atributos Ponto Forte Ponto a Melhorar Ponto Fraco M E IO F ÍS IC O 7.1 Estacionamentos X 7.2 Iluminação x 7.3 Limpeza e arrumação x 7.4 Infraestrutura x 7.5 Sinalização visual x TOTAL 4 0 1 Dos cincos atributos listados, apenas o primeiro é ponto fraco por não ter um estacionamento adequado para os funcionários já que o prédio administrativo da Credencial se encontra em local onde há inúmeras residências e por isso não há um espaço disponível para a construção de um estacionamento próprio, sendo listado como um ponto fraco. No restante, todos os quatro atributos apresentam condições estruturais excelentes e em perfeito estado. 24 3.1.1.8 Mensagens Quadro 8 – Mensagens 8 Sequência Atributos Ponto Forte Ponto a Melhorar Ponto Fraco M E N S A G E N S 8.1 Comunicação entre gerentes, supervisores, funcionários x 8.2 Comunicação escrita, circulares e quadros de avisos x 8.3 Comunicação verbal x 8.4 Comunicações da direção com transparência integridade x 8.5 Providências e respostas às reclamaçõese sugestões de clientes e funcionários X TOTAL 4 0 1 A comunicação com clientes, fornecedores, além da comunicação da direção com transparência e integridade, são considerados pontos fortes da Engenharia, onde se procura estabelecer uma relação de interação entre os principais envolvidos.Contudo, a tomada às reclamações e sugestões de clientes e funcionário se caracteriza como um ponto fraco da organização, onde mostra que pode ter uma complicação para chegar a um processo decisório se a sugestão dos funcionários e clientes não for pautada e estudada, podendo uma causa de ajuda em que possa ajudar mais na evolução da organização. 3.1.1.9 Métodos Quadro 9 – Métodos 9 Sequência Atributos Ponto Forte Ponto a Melhorar Ponto Fraco M É T O D O S 9.1 Fluxogramas x 9.2 Metodologias para desenvolvimento de produtos x 9.4 Normas, padrões e procedimentos de produção x 9.5 Normas, padrões e procedimentos administrativos x 9.6 Sistemas de garantia da qualidade x 25 TOTAL 0 5 0 De acordo com Costa (2005), Métodos (Processos, organização): Fluxograma de processos produtivos e administrativos. Metodologia de gestão por projetos. Metodologias para desenvolvimento de produtos. Normas, padrões e procedimentos produtivos e administrativos. Sistemas de garantia da qualidade. Em meio à pesquisa conforme questionário aplicado observa-se que no quadro 09, todos os atributos foram classificados como pontos a melhorar uma vez que ainda não há total eficiência dos mesmos, embora a organização já esteja trabalhando para conseguir deixar este ponto fortalecido e deixar o âmbito de trabalho mais coeso, tendo conhecimento de suas normas e garantias de qualidade seguindo de acordo com eles para um melhor funcionamento. 3.1.1.10 Money Quadro 10 – Money 10 Sequência Atributos Ponto Forte Ponto a Melhorar Ponto Fraco M O N E Y 10.1 Acompanhamento gerencial por centros de resultados X 10.2 Fluxo de caixa, contas a pagar e contas a receber x 10.3 Investimentos em tecnologia X 10.4 Investimentos em recursos humanos X 10.5 Orçamento e acompanhamento orçamentário x TOTAL 1 1 3 De acordo com Costa (2005), Money (Finanças): Acompanhamento gerencial por centros de resultados. Fluxo de caixa, contas a pagar e contas a receber. Faturamento e recebimento. Investimentos estratégicos. Orçamentos e acompanhamento orçamentário. Diante dos atributos listados, nota-se que há mais indícios de pontos francos do que pontos fortes e pontos a melhorar, destacando-se que não há um 26 monitoramento do processo gerencial para obtenção de resultados, assim como também novos investimentos em tecnologia que ainda são poucos, e podem deixar a empresa atrás de demais concorrentes do mesmo porte que sempre buscam inovar cada vez mais para se mostrar à frente em seus serviços. Outro ponto a ser destacado é investimento em Recursos Humanos, onde há uma falta muito grande – datado no quadro 02 – onde pode acarretar problemas na evolução da organização. Como ponto a melhorar, a organização está estudando e vendo meios de conseguir ter um acompanhamento mais específico dos seus orçamentos já que ainda deixa a desejar em alguns momentos e no único ponto forte, está no seu fluxo de caixa, contas a pagar e contas a receber que é muito bem trabalhado e eficiente, tendo consciência do que entra e do que vai saindo diante dos serviços oferecidos. 3.1.2 Gráfico das Áreas Críticas O resultado apresentado pelo Gráfico Radar mostra que as áreas mais bem desenvolvidas são: Máquinas, Marketing, Meio Físico e Mensagens, pois os atributos listados nestes setores apresentam-se consistentes em suas atividades desempenhadas, com uma maior incidência de pontos fortes, destacando Máquina onde todos os atributos foram pontuados como fortes. Nas áreas de Mão-de-obra e Métodos, a Credencial precisa melhorar seus processos e suas metodologias, pois conforme dados em questionários, nota-se que há vários pontos a serem aperfeiçoados, de forma a alcançar a melhoria contínua. 27 As áreas de Management, Materiais, Meio Ambiente e Money da organização são aquelas que apresentam maior grau de deficiências. Neste aspecto, é notório de que a organização precisa se reestruturar diante desses setores, como por exemplo, melhorar sua gestão até então centralizada em Management, ser mais atento quanto ao controle de qualidade na aquisição de novos equipamentos, uma melhor sinalização do seu estoque, tendo conhecimento quantitativo e qualitativo dos mesmos em Materiais, assim como também um acompanhamento e também de investimentos por parte de Money que ainda é um ponto muito fraco e conscientizar diante dos programas de economia de água e energia elétrica em Meio Ambiente que é um dos fatores que pode ser melhorado caso sigam de acordo com o que é repassado. 3.2 Análise Externa Stoner e Freeman (1999, pg. 46) definem como ambiente externo, todos os elementos que, atuando fora da organização, são relevantes para as suas operações; incluem elementos de ação direta e de ação indireta. A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças. Oambiente externo passa por mudanças continuas e rápidas, com efeitos de longo alcance sobre as organizações e suas estratégias. Em um contexto geral, as empresas devem procurar aproveitar as oportunidades, bem como procurar amortecer ou absorver as ameaças ou, simplesmente, adaptar-se a elas. Para Bethlem (2009) o ambiente externo exerce muita influência no desempenho da empresa. Desta forma, a empresa precisa realizar uma análise das ameaças e oportunidades, que só é possível a partir de um conhecimento prévio do ambiente em que ela atua ou deseja atuar. 3.2.1 Oportunidades Segundo Ferrel (2000, pg. 34) oportunidades referem-se às condições favoráveis no ambiente que podem produzir recompensas para a organização, se ela for adequadamente afetada. Isto é, oportunidades são situações que existem, mas que devem ser aceitas em benefício da empresa. 28 Dessa forma, a Credencial Engenharia, busca explorar e diversificar seus serviços para iniciativas privadas, por meio de contratos, buscando o mercado nas indústrias de maneira que consiga se promover e ter mais reconhecimento do que apenas em órgãos públicos. Oliveira (1991, pg. 64) fala que:Oportunidades são forças ambientais incontroláveis pela empresa, que podem favorecer a sua ação estratégica, desde que conhecidas e aproveitadas satisfatoriamente enquanto durarem. 3.2.2 Ameaças Segundo Oliveira (1991, pg. 64) ameaças são forças ambientais incontroláveis pela empresa, que criam obstáculos à sua ação estratégica, mas poderão ou não ser evitadas, desde que conhecidas em tempo hábil. Com relação às ameaças que possam afetar a Credencial, pode-se destacar a inadimplências das iniciativas públicas (governo municipal, estadual e federal) em não repassar os valores orçados e contratados por meio de licitações para a organização de forma que não consiga se manter no mercado para atender novas serviços assim também como não conseguir honrar com seus compromissos internos, além de novos entrantes no mercado de construções. 3.2.3 Stakeholders Stakeholders é definido como “qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou é afetado pela realização dos objetivos da empresa”. (FREEMAN, 1984, p. 46). Na Credencial Engenharia pode-se observar que os funcionários, fornecedores, parceiros e clientes fazem parte do grupo dos stakeholders, onde está sempre mostrando respeito aos seus clientes, atendendo suas necessidades e buscando sempre sua satisfação, mostrando serviços de boa qualidade e com o melhor custo- benefício, assim como também a atenção aos seus funcionários. De acordo com Harrison (2005,p. 31): O termo stakeholdertem origem no termo stockholder (acionista), e amplia o foco da organização, que antes era satisfazer o acionista e passa a satisfazer seus públicos de interesse estratégicos, como clientes, funcionários, imprensa, parceiros, fornecedores, concorrentes, sindicatos e a comunidade local. 29 3.2.4 Principais Clientes Segundo Chiavenato (2007, p. 216): “o cliente é imprescindível para a empresa se manter no mercado e o atendimento ao cliente é um dos aspectos de maior importância do negócio”. Em relação aos seus principais clientes, pode-se informar que a Credencial Engenharia presta serviços para empresas públicas dos mais variados ramos de atividades (municipais e estaduais), tais como: Prefeitura de Manaus Comando Militar da Amazônia - CMA Instituto de Proteção Ambiental - IPAAM Secretaria de Estado do Trabalho – SETRAB Instituto Federal do Amazonas – IFAM Secretaria de Produção Rural do Amazonas – SEPROR Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis do Amazonas Comissão Regional de Obras – 12ª Região 1° Batalhão da Infantaria de Selva (Aeromovel) 4° Batalhão de Aviação do Exército Conforme explica Kotler (1993): “clientes são organizações ou pessoas, internas ou externas à empresa que são impactadas pelos produtos”. De forma geral, a Credencial Engenharia sempre busca oferecer qualidade, segurança e eficiência em seus serviços, a fim de satisfazê-los da melhor maneira possível, tendo excelência nas operações, aliando-se sempre em educação, compromisso e atenção. 3.2.5 Diferencial Competitivo Segundo Cobra (2001, p. 133), o grande diferencial estratégico que uma empresa de produto e serviço pode obter é investir na administração do conhecimento. É com ele e a experiência, que a empresa pode ter uma janela aberta para saber o que funciona na ciência e na arte de atender a um cliente. A Credencial trabalha por meio de licitações sempre ofertando um preço mais em conta em comparação aos seus demais concorrentes, mas não deixando de 30 atender com a mesma qualidade e satisfação que seus concorrentes, tendo um diferencial na entrega de seus serviços assim como também em sua pós-venda. Para Porter (1986) a estratégia competitiva visa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a competição industrial. O desafio enfrentado pela gerência consiste em escolher ou criar um contexto ambiental em que as competências e recursos da empresa possam produzir vantagens competitivas. 3.2.6 Análise da Concorrência Costa (2012 p. 75) afirma que, “os concorrentes são outras organizações que disputam o atendimento das mesmas necessidades do mercado ou do público-alvo”. Em relação aos principais concorrentes potenciais da Credencial Engenharia, identifica-se quatro organizações da mesma faixa de serviço, sendo: FGL Construções, Construtora Matrix, Antonelli Construtora, Maroa Construtora. Em um contexto geral, Kotler (2000, p. 241 e 242) afirma que “a faixa de concorrente real e potencial de uma empresa é na verdade bem mais ampla. Uma empresa está mais propensa a ser atingida por novos concorrentes e novas tecnologias do que por concorrentes já existentes”. 3.2.7 Principais Fornecedores De acordo com Kotler & Armstrong (2007, p.57): “Fornecedores constituem um elo importante no sistema geral de entrega de valor para o cliente da empresa. Eles oferecerem recursos necessários para a empresa produzir seus bens e serviços”. Conforme entrevistas realizadas com Sr. Luciano, os principais fornecedores da Credencial Engenharia são: Cocil Home Center, BA Elétrica, Cerâmica Santander. Certo de que para ter bons fornecedores, os mesmos devem ser avaliados por preço, qualidade, confiabilidade e prazo de entrega que são características fundamentais na hora de adquirir uma compra ou serviço. Segundo Bertaglia (2006) o processo de seleção de fornecedor não é simples. A complexidade aumenta em função das características do item ou serviço a ser 31 comprado, pois as exigências podem ser maiores ou menores. O ato de comprar deixou de ser simplesmente o de efetuar uma cotação de preços. Há três características básicas que devem ser consideradas em um processo de decisão para se selecionar um fornecedor: preço, qualidade e serviço. 32 CONSIDERAÇÕES FINAIS No desenvolvimento do presente estudo compreende-se que a Credencial Engenharia é uma organização de pequeno porte e que atua no ramo de construção civil, exercendo seus serviços há 15 anos no mercado. Foi criada no desejo empreendedor e libertário do Sr. Luciano que na época era técnico de telecomunicações, mas com a migração da telefonia fixa para o móvel, foi perdendo espaço e a partir desse momento foi que decidiu abrir sua própria empresa, somando com sua experiência de serviços no ramo da engenharia civil que já realizava. Sua missão é pautada em prestar serviços completos e de alta qualidade, buscando excelência em suas operações, empregando tecnologias modernas com profissionais de reconhecida capacitação técnica. Compartilha da visão de ser referência na indústria da construção civil, tendo crescimentos e melhorias em soluções no setor público e privado. Possuem princípios e valores regulados na ética, na competência, honestidade, respeito ao colaborador, compromisso com o cliente e a sociedade. Com relação aos aspectos organizacionais, observou-se que os resultados e análises referentes aos pontos fortes, fracos e a melhorar. O Gráfico Radar apontou como áreas críticas: Management, Materiais, Meio Ambiente e o Money, sendo o último a ser escolhido, na qual a Credencial necessita de soluções, devendo ser revisto os processos administrativos relacionados à: Planejamento, Organização, Direção e Controle, atributos pertinentes a Gestão e Administração. O projeto de intervenção terá como foco o Money (Dinheiro), onde abordará o seguinte tema: Proposta de implantação da ferramenta da gestão de risco para proteção financeira da organização – Estudo de caso da Credencial Engenharia LTDA – ME. O objetivo proposto será investigar a seguinte problemática: Como o uso das ferramentas de gestão de risco pode contribuir para a saúde financeira da organização? 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS NETO, J. Proposta de um modelo de formulação de estratégias de produção para pequenas empresas de construção habitacional. 1999. BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2006. BETHLEM, A. Estratégia empresarial: conceitos, processo e administração estratégica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2009. CASAS, A. L. L., Marketing, Conceitos exercícios casos. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2006. CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2007. CHIAVENATO, Idalberto, Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro: Campus, 1999. CHIAVENATO, Idalberto – Teoria geral da administração. 6º edi. revisada e atualizada. Rio de janeiro: Elisever, 2001. CHIAVENATO, Idalberto. Administração teoria, processo e prática. 4 ed. São Paulo. Elsevier. 2007. COBRA, Marcos Henrique Nogueira. Estratégias de Marketing de Serviços. 2ª ed. São Paulo: Cobra Editora & Marketing, 2001. COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão Estratégica: da empresa que temos para a empresa que queremos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. COSTA, Eliezer Arantes Da. Gestão Estratégica. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2005. COSTA, E. A., Gestão estratégica, 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. DUTRA, Joel Souza. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendência e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2006. FERREIRA, F. Análise da implantação de sistema de manufatura enxuta em uma empresa de Autopeças. 2004. 34 FERREL, O. C., et. al. Estratégia de Marketing. 1 ed. 3ª Tiragem.São Paulo: Atlas, 2000. FREEMAN, R. E. Strategic management: A stakeholder approach. Boston: Pitman, 1984, p. 46. HARRISON, Jeffrey S. Administração Estratégica de Recursos e Relacionamentos. Tradução Luciana de Oliveira da Rocha, Porto Alegre: Bookman, 2005. KOTLER, Philip. Princípios de marketing. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 1993. KOTLER, Philip. Marketing. Tradutor: H. de Barros. Ed. Compactada. São Paulo: Atlas, 1996. KOTLER, Philip – Administração de Marketing – 10ª Edição, 7ª reimpressão – Tradução Bazán Tecnologia e Lingüística; revisão técnica Arão Sapiro. São Paulo: Prentice Hall, 2000. KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 10. ed. São Paulo: Campus, 2000. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G.; Princípios de Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. LIMA, M., SAPIRO, A., VILHENA. J. B., GANGANA., Gestão de marketing. 8. Ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007. MARTINS, Petronio Garcia; LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. OLIVEIRA, Djalma P. R.. Estratégia empresarial: Uma abordagem empreendedora. 2° ed. São Paulo: SP. Atlas. 1991. OLIVEIRA, Djalma de Pinto Rebouças de. Planejamento Estratégico – Conceito, Metodologia e Práticas. 27. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. OLIVEIRA, Djalma P. R.. Sistemas, Organizações e Métodos: Uma Abordagem Gerencial. 11° ed. São Paulo: SP. Atlas. 2000. 35 OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologias e práticas. 32. ed. São Paulo: Atlas, 2014. PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva – Técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 18ª Edição. São Paulo-SP: Campus, 1986. STONER, James A F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. Trad. Alves Calado. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. TOLEDO, Flávio de. Recursos humanos: crises e mudanças. São Paulo: Atlas, 1986. VASCONCELLOS, Eduardo. Estrutura das Organizações. 2° ed. São Paulo: SP. Pioneira 1989. CAPÍTULO II PROJETO DE INTERVENÇÃO CARLOS JOSÉ RODRIGUES VIEIRA MAX PEREIRA PINTO RODRIGO ALBUQUERQUE BATISTA PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DA FERRAMENTA DE GESTÃO DE RISCO PARA PROTEÇÃO FINANCEIRA DA ORGANIZAÇÃO – ESTUDO DE CASO DA CREDENCIAL ENGENHARIA LTDA – ME MANAUS 2018 Projeto de intervenção apresentado pelos discentes do 8° período – turma ADM142N02 como um dos pré- requisitos para a obtenção do grau de bacharel em Administração. Orientador: Prof. Anderson Muniz de Oliveira, MSc. 38 1. JUSTIFICATIVA Diante das frequentes mudanças no mundo dos negócios, as decisões para manter a desejada eficácia empresarial, tornam-se cada vez mais difíceis. Para isso é necessário um modelo de gestão bem estruturado e um conjunto de estratégias muito bem formulado de acordo com os objetivos, missão, crenças e valores da empresa. Para se manterem competitivas, fidelizar e manter os seus clientes, as empresas precisam de uma busca constante de inovações, com isso tornam-se necessários investimentos em tecnologia, e busca por profissionais qualificados. Além disso, as empresas precisam cada vez mais de um setor especializado para ajudar os gestores na tomada de decisões e prevenir os riscos empresariais, que vão desde os mais convencionais como um desastre natural ou de interrupção de fornecimento de um insumo, como outros de dimensões maiores que podem acabar com a existência de uma empresa. Nos últimos anos a gestão de riscos ganhou força no mundo dos negócios, especialmente depois de alguns escândalos contábeis no início dos anos 2000, porém os avanços ainda são lentos, especialmente porque o leque de riscos está cada vez mais amplo. O presente trabalho aborda a oportunidade gerada pelo risco como fator de decisão empresarial. O risco em projetos pode e deve ser encarada sempre como uma oportunidade de criarmos uma vantagem competitiva para a empresa. 2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Com um cenário composto por constantes mudanças e com a economia interligada, onde um fato ocorrido em determinada parte do mundo pode impactar na empresa, a gestão de risco aparece com uma alternativa ao gestor para auxiliar na tomada de decisão. As informações fornecidas e utilizadas em uma gestão de risco permitem ao gestor tomar uma decisão fundamentada em dados extraídos do ambiente interno e externo o que possibilita uma tomada de decisão mais correta. A Credencial Engenharia hoje enfrenta sérios problemas, muitos interligados em sua forma de administrar, onde há uma ausência da gestão estratégica que impede o conhecimento na posição da organização fazendo a comparação de seus concorrentes e além de ter ciência dos seus pontos fracos e fortes, contudo, há 39 também uma ausência no seu monitoramento para obter resultados, assim como também acompanhamentos mais específicos de seu orçamento, em uma forma que não há um trabalho mais rigoroso para saber lidar com possíveis problemas que surgem diante do que é idealizado. Desse modo tem-se como pergunta de pesquisa: “Como o uso das ferramentas de gestão de risco pode contribuir para a saúde financeira da organização?”. 3. OBJETIVOS DO PROJETO 3.1 Objetivo Geral Conforme Cervo, Bervian e Da Silva (2007, p. 75) “Objetivos gerais procura-se determinar, com clareza e objetividade, o propósito do estudante com a realização da pesquisa. Deve estar atento ao fato de que, em pesquisa bibliográfica em nível de graduação, os propósitos são essencialmente acadêmicos, como mapear, identificar, levantar, diagnosticar determinado assunto especifico dentro de um tema.” Com isso, o objetivo geral do projeto é propor um novo modelo de gerenciamento de riscos, que minimize eventos futuros incertos que podem influenciar o alcance dos objetivos estratégicos, operacionais e financeiros. 3.2 Objetivo Específico Segundo Oliveira (2010, p. 37) “os objetivos específicos fazem detalhamento do objetivo geral e devem ser iniciados com o verbo no infinitivo”. Desse modo, pode-se destacar como objetivos específicos, além do geral já mencionado acima, os seguintes: Explicitar os principais modelos de gestão de risco com o intuito de reduzir a probabilidade de eventos negativos sem incorrer em custos excessivos e paralisação da organização. Propor decisões de como abordar, planejar e executar as atividades de gerenciamento de riscos de um projeto. 40 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.1 Gestão de Riscos O risco está em tudo o que fazemos. Desde uma compra na internet, até pegar um ônibus na esquina próxima, sabendo que apesar de serem atividades constantes do dia-a-dia e que passam despercebidas, pra quase tudo que fazemos, há um fator de risco relacionado. A questão da gestão de riscos vem apresentando crescente importância no contexto empresarial. Com o aumento da interdependência dos mercados, as empresas tornam-se mais vulneráveis aos diversos fatores de risco. Para que possa definir um modelo adequado para o gerenciamento dos riscos, Bernstein (1997, p. 8) aponta que “a palavra risco deriva do italiano antigo risicare, que significa ousar. Neste sentido, o risco é uma opção, e não um destino”. Já Mossiman e Fisch (1999) conceituam de uma forma mais corporativa apontando que os riscos são eventos futuros incertos que podem influenciar o atendimento dos objetivos estratégicos, operacionais e financeiros da organização. As dimensões do risco incluem o impacto sobre reputações de uma organização, incluindo a “perda de legitimidade” devida a atividades consideradas inaceitáveis para a comunidade. Segundo Kimura e Pereira (2003, p. 1) apontam que “flutuações inesperadas de fatores de risco podem levar a níveis de endividamento e liquidez que influenciem no valor da empresa”. Os autores explicam que o ambiente em que se insere uma organizaçãopassa por mudanças cada vez mais freqüentes e profundas, expondo os gestores a continua necessidade de tomar decisões imediatas e acertadas. Em tal inconstância se torna cada vez mais relevante a prática do gerenciamento dos riscos que busca maximizar a utilização das oportunidades, sem elevar em demasia o grau de exposição da organização aos fatores de risco. Deste modo, a gestão do risco significa instalar técnicas administrativas para reduzir a probabilidade de eventos negativos sem incorrer em custos excessivos nem paralisar a organização. 41 4.2 Incertezas à Gestão de Risco Um fator que pode complicar bastante a solução de um problema de pesquisa operacional é a incerteza. Grande parte das decisões é tomada baseando-se em algum tipo de previsão. Mesmo em casos nos quais não sejam necessárias previsões, outro fator complicador é a insuficiência de informações. Desta forma, torna-se importante uma análise do grau de incerteza existente no processo. Em geral, a incerteza segundo Cleland e Ireland (2002) responde pelas premissas do projeto. Quando não há informações suficientes para a tomada de decisões no planejamento do projeto, as premissas preenchem este vazio. Premissas são razoáveis, porém existe a probabilidade de fracasso caso não se tornem verdadeiras. Contudo, podemos dizer que premissas são condições de contorno pré- estabelecidas para reduzir o número de variáveis de análise, a fim de que possamos substituir as informações não disponíveis para a tomada de decisão. Para a Ferma (2003) o risco pode ser definido “como a combinação da probabilidade de um acontecimento de suas conseqüências.” A incerteza quanto ao projeto é identificada em várias áreas dentro de uma organização, Cleland e Ireland (2002) citam algumas delas: Nível de desenvolvimento alcançado como resultado da tecnologia moderna utilizada Capacitação organizacional para realizar repetidos processos de gerência de projetos Disponibilidade de habilidades técnicas e gerência de projetos Impasse Técnico Resultado de testes para produtos do projeto Disponibilidade de equipamentos para o projeto A incerteza contribui bastante para o risco do projeto. Total incerteza indica falta total de informações, enquanto a certeza significa a totalidade de informações. De modo geral, os projetos não contam com todas as informações para planejar e executar o trabalho. Um líder de projeto pode ter apenas 40% das 42 informações necessárias, mas deve prosseguir devido aos compromissos assumidos com o cliente ou as condições de mercado. 4.3 Identificação dos Riscos A identificação dos riscos nas empresas passa sempre por um processo de análise do ambiente interno e externo e pela consideração das variáveis e entidades que afetam o sistema empresa. É considerada uma das etapas cruciais no processo de gerenciamento do risco. Cada risco deve ser explorado para identificar como potencialmente ele evoluiu na organização. Para uma boa identificação e caracterização dos riscos, é importante detalhar um pouco mais o conceito de risco. Todo risco tem uma ou mais causas, que tem probabilidade de ocorrer associada. Essas causas podem gerar uma ou mais conseqüências nos objetivos do projeto, o que chamamos de impacto. Nesse sentido, ameaças e oportunidades não são qualitativamente diferentes quanto a sua natureza, dado que ambas envolvem incertezas quanto aos seus potenciais impactos nos objetivos de um projeto (HILLSON, 2001). Padoveze e Bertolucci (2008) salientam que os procedimentos complementares para identificação e análises de riscos não identificados primariamente podem ser: a) Brainstorming; b) Questionários; c) Mapeamento dos processos, que envolve identificação e mapeamento da cadeia de processos e valor dos principais negócios da empresa, e a identificação das dependências dos fatores externos (órgãos reguladores, legislação, clientes, fornecedores de serviços etc.) e dos recursos internos (como pessoal, tecnologia, ativos físicos etc.) que interferem nos processos; d) Comparações com outras organizações; e) Discussão com coligadas; Do ponto de vista de Padoveze e Bertolucci (2008), para cada risco identificado deve haver uma avaliação do possível impacto e correspondente probabilidade de ocorrência, usando parâmetros consistentes que deverão possibilitar o 43 desenvolvimento de um mapa de risco priorizado. A avaliação do impacto e da probabilidade de cada risco normalmente é apresentada da seguinte forma: a) Impacto: - Alto; - Moderado; - Baixo. b) Probabilidade de ocorrência: - Alta – provável; - Moderada – possível; - Baixa – remota. 4.4 Classificação dos Riscos Os riscos podem ser também classificados como: conhecidos, previsíveis e imprevisíveis. Os riscos conhecidos podem ser descobertos após uma avaliação cuidadosa do plano do projeto, ambiente técnico e do negócio, como por exemplo: prazos irreais, escopo mal definido, ambiente de desenvolvimento ruim. Os previsíveis são percebidos a partir de experiências em 6 projetos anteriores (rotatividade de pessoal, comunicação ruim com o cliente, canalização de esforços para manutenção) e os imprevisíveis são aqueles difíceis de serem identificados, mas que podem ocorrer. Dentro desta classificação, nós os dividimos como: Internos Não Técnicos Externos Previsíveis Externos Imprevisíveis Legais Técnicos Figura 1: Risco Total – WBS Riscos Wideman 44 Fonte: VARGAS (2003) 4.5 Tipos de riscos Segundo Cleland & Ireland (2002): Risco interno é inerente ao projeto, controlado pelo líder podendo reduzi-lo mediante ações diretas, com o desenvolvimento de planos de contingências. Já o risco externo encontra-se fora do controle dos líderes de projetos, como, por exemplo, as interfaces do projeto desconhecidas e cujas definições são feitas por terceiros. Figura 2: Risco Interno e Externo Fonte: HIRSCHMANN, D.M. Gerência de Riscos. 2001 4.5.1 Risco Interno Risco interno constitui uma parte das limitações estabelecidas para o projeto por meio das criações de metas. A data de entrega do produto pode ser otimista, e o plano precisa refletir esta data. O planejamento terá por base a data de entrega e o 45 cronograma do trabalho visando assegurar a entrega. O custo constitui em geral, uma área de limitações. O planejamento irá direcionar o tipo e a quantidade de recursos a serem utilizados no projeto mesmo quando o orçamento for menor do que o desejado. Soluções técnicas estarão em perigo quando o tempo de entrega for otimista, mas os recursos financeiros limitados. Dentre os riscos internos, podemos citar: Custo Prazo Gerenciais Perda de potencial Fluxo de caixa 4.5.2 Risco Externo Risco externo pode ser influenciado pelo líder do projeto e, portanto, previstos. No entanto, não há controle direto sobre as ocorrências de riscos, que podem receber a influência de acordos e contratos com terceiros. O grau de influência exercido pelo líder do projeto é determinado pela identificação de riscos externos e pela colaboração ampliada, os quais poderiam ser outros líderes de projetos, gerentes funcionais, distribuidores e entidades contratantes. Dentro os riscos externos previsíveis, podemos citar: Taxa de Câmbio: é o risco associado a operações internacionais em um mundo no qual o valor relativo das moedas varia. Para um grande projeto, a gestão do risco de câmbio é complicada pelo fato de que pode haver uma grande variedade de moedas diferentes envolvidas em suas inúmeras atividades. É muito provável que uma variação de alguma taxa beneficie algumas áreas e prejudique outras. Inflação: é o risco macroeconômico da perda de renda disponível de pessoas físicas e jurídicas, acarretando prejuízos ao fluxo de caixa e recusa do projeto. Impactos Sociais: é o risco relacionadoaos possíveis efeitos sociais, econômicos, culturais, sobre pessoas, grupos de pessoas ou comunidades. 46 Impactos Ambientais: os riscos ambientais impactam diretamente nos aumentos dos custos do projeto, devido principalmente a: possíveis impactos ambientais, com a aplicação de multas, licenças e regulamentações, o uso de novos materiais desenvolvidos para não agredir o meio ambiente, risco de denegrir a imagem da empresa junto ao mercado devido a um possível dano ambiental, limpeza de locais poluídos, transporte e manuseio de materiais e o aumento do preço de recursos não renováveis ou ainda aumento de impostos sobre produtos poluentes. Riscos Operacionais: referem-se às perdas potenciais resultantes de sistemas inadequados, má administração, controles defeituosos ou falha humana. Também incluem as fraudes e os riscos de modelo, onde há o perigo de imperfeição nos modelos de controle. Riscos do Mercado: são aqueles que podem gerar resultados adversos em função de instabilidade em taxas de juros, taxas de câmbio, preços de ações, etc. Para analisarmos devemos considerar: a existência de um mercado local ou internacional, as projeções de preço para os produtos, tarifas e barreiras alfandegárias, o acompanhamento de projetos e de produtos concorrentes, o acesso aos mercados em termos logísticos, comunicativos e comerciais, a obsolescência, caso haja uso de tecnologia de grande inovação. Já para os riscos externos imprevisíveis, podemos citar: Medidas Reguladoras; Efeitos Colaterais; Desastres da Natureza. 4.6 Risco Financeiro O risco financeiro, que decorre da opção por uma determinada estrutura de passivos, que conduz a um nível de endividamento financeiro e à necessidade de absorção dos custos fixos financeiros. O profissional financeiro defronta-se continuadamente com dois grandes dilemas, decorrentes das incertezas dos fluxos de benefícios futuros. 47 De acordo com Brigham e Ehrhardt (2006) “Risco financeiro é aquele que resulta de transações financeiras, como o risco das taxas de juros, riscos de flutuações da taxa de câmbio, entre outros.” Considerado o risco mais relevante, o risco financeiro tem como foco o retorno financeiro diferente do esperado e a mensuração do risco financeiro do investimento feito em uma empresa em relação ao risco financeiro apresentado pelas demais empresas passíveis de receberem o mesmo investimento. Maluf Filho (1996) e Augusto (2008) afirmam que os riscos financeiros envolvem os riscos de mercado, crédito e liquidez. De certa forma, este tipo de risco consolida a realização dos resultados econômicos e financeiros da empresa nos determinados momentos em que se faz a sua avaliação econômica e financeira e, consequentemente, traduz em um único indicador o retorno do investimento e o efeito do gerenciamento geral de todos os riscos a que a empresa esteve submetida nos períodos analisados, conjunto esse de riscos que se denominam riscos corporativos. Em outras palavras, o resultado da eficácia da gestão dos riscos corporativos é que determinará a mensuração do risco financeiro da empresa, e assim, permitirá a avaliação do desempenho da controladoria da organização e do processo de gestão. Em outras palavras, o risco financeiro é o retorno do investimento diferente do esperado; mensuração do retorno do investimento da empresa em relação à mensuração de mais empresa A separação das fontes de capital em capital próprio e capital de terceiros decorre das características de que a empresa, por meio de seus acionistas, é responsável final pelo empreendimento, e que os financiadores externos (bancos e debêntures) devem receber os juros independentemente da existência ou não de lucros. Portanto, os financiadores externos têm um risco de não receber em devolução o capital emprestado e seus juros. Esse é o risco financeiro da empresa. Os financiadores externos adotam como referencia básica para medir o risco financeiro de cada empresa, além do potencial de geração operacional de lucros, o grau de endividamento atual e futuro. 48 Segundo Padoveze e Bertolucci (2008), o grau de endividamento 37 também mostra uma relação de garantia e evidência qual é a proporção em que os acionistas estão financiando o negócio em relação ao capital de terceiros. O grau de endividamento é a relação percentual entre o total das fontes de capital de terceiros e o total das fontes de capital próprio. Quanto maior o grau de endividamento, maior o risco financeiro da empresa, pois há maior utilização do capital de terceiros. Como o capital de terceiros exige uma remuneração fixa, quanto mais empréstimos e debêntures existirem dentro da empresa, maiores serão os comprometimentos financeiros no seu fluxo de caixa. Os financiadores externos sempre estarão atentos a empresas com elevado grau de endividamento, pois em caso de lucros futuros menores que os esperados, a possibilidade de inadimplência dos compromissos financeiros aumenta. Neste entendimento, Matias (2007) conclui que a gestão do risco financeiro tem papel importante na gestão das empresas. Segundo o autor, uma gestão de riscos financeiros adequada pode gerar valor para a empresa, reduzir as perdas e aumentar a lucratividade. Por tudo isto, empresas que possuem uma gestão diferenciada, como é o caso das cooperativas, precisam utilizar a gestão de riscos financeiros. 4.7 Risco e Retorno Tecnicamente, em finanças, o risco significa a variabilidade em relação ao retorno esperado. A variabilidade, portanto, pode ser para mais ou para menos. Contudo, como o resultado inferior ao planejado é que prejudica o processo de investimento, o risco pode ser definido como probabilidade de perda em relação a resultados esperados. Há geral aceitação de que empreendimentos com maior probabilidade de risco devem ser recompensados com retorno maior. Segundo Padoveze e Bertolucci (2008, p. 144) a avaliação do retorno de um investimento em relação a seu risco e a possibilidade de ter maior retorno ou rentabilidade sacrificando provisoriamente sua capacidade de liquidez ou pagamento. 49 Essa concepção parte de que há retornos livres de risco, como é o caso de títulos governamentais que podem ser considerados sem risco, ou livres de risco. Conseqüentemente, qualquer investimento tem um risco, que deve ser remunerado com um retorno maior que, segundo Padoveze e Bertolucci (2008), é possível fazer uma inversão do conceito. Se um risco maior exige um retorno maior, um retorno maior deve ter um risco maior. 4.8 Mensuração do Risco A área de finanças é rica em metodologia de medição do risco. A ênfase é sempre em métodos estatísticos, geralmente com base em dados históricos. Segundo Sá (1999, p.181), em geral, “os modelos para gerenciamento de riscos são desenvolvidos para gerenciar o risco de mercado e utilizam-se de diferentes indicadores, todos de origem estatística, para sua quantificação”. Assim, os conceitos de medição de riscos tratados nessa seção resumem-se a: a) métodos estatísticos; b) simulação; 4.9 Risco e Estratégia “O gerenciamento de risco é uma forma organizada de identificar e medir os riscos de desenvolver, selecionar e gerenciar as opções para o seu controle.” (KERZNER, 2006). O gerenciamento do risco é uma atividade de gestão aderente ao planejamento estratégico. Portanto, insere-se no conjunto de instrumentos gerenciais pertencentes ao âmbito da controladoria estratégica. A associação da gestão do risco ao planejamento estratégico é adequada, já que a análise da estratégica inicia-se com a análise da empresa como um sistema aberto em relação ao ambiente externo em que está inserida. A análise do ambiente busca identificar as oportunidades e ameaças que o ambiente externo apresenta para a empresa a fim de confrontar seus pontos fracos e fortes. Assim, a análise do ambiente
Compartilhar