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Revisão para prova de Microbiologia

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Tipos de Microrganismos 
Bactérias→ são organismos relativamente simples e de uma única célula (unicelulares). 
Devido ao fato de seu material genético não ser envolto por uma membrana nuclear especial, 
as células bacterianas são chamadas de procariotos, de palavras gregas que significam pré-
núcleo. Os procariotos incluem as bactérias e as arqueias.As células bacterianas apresentam 
uma entre várias formas possíveis. Bacilos (semelhantes a bastões), , cocos (esféricos ou 
ovoides) e espirais (espiralados ou curvados) estão entre as formas mais comuns, porém 
algumas bactérias possuem forma de estrela ou quadrado. As bactérias individuais podem 
formar pares, cadeias, grupos ou outros agrupamentos; essas formações geralmente são 
características de um gênero particular ou de uma espécie de bactéria. As bactérias são 
envoltas por uma parede celular que é praticamente composta por um complexo de 
carboidrato e proteína, chamado de peptideoglicano. (Em comparação, a celulose é a principal 
substância das paredes celulares de plantas e algas.) As bactérias geralmente se reproduzem 
por divisão em duas células iguais; esse processo é chamado de fissão binária. Para a sua 
nutrição, a maioria das bactérias usa compostos orgânicos encontrados na natureza, derivados 
de organismos vivos ou mortos. Algumas bactérias podem fabricar o seu próprio alimento por 
fotossíntese, e algumas obtêm seu alimento a partir de compostos inorgânicos. Muitas 
bactérias podem “nadar” usando apêndices de movimento, chamados de flagelos. 
Fungos → Os fungos são eucariotos, organismos cujas células possuem um núcleo distinto 
contendo o material genético celular (DNA), circundado por um envelope especial, 
denominado membrana nuclear. Os organismos do Reino Fungi podem ser unicelulares ou 
multicelulares . Grandes fungos multicelulares , como os cogumelos, podem assemelhar-se a 
plantas, mas diferentemente da maioria destas últimas, os fungos não conseguem realizar 
fotossíntese. Fungos verdadeiros têm paredes celulares compostas principalmente de uma 
substância denominada quitina. A forma unicelular dos fungos, as leveduras, são 
microrganismos ovais maiores do que as bactérias. Os fungos mais comuns são os bolores.Os 
bolores formam massas visíveis, denominadas micélios, compostas de longos filamentos (hifas) 
que se ramificam e se entrelaçam. Os crescimentos cotonosos (semelhantes ao algodão), que 
algumas vezes são vistos sobre o pão e as frutas, são micélios de fungos. Os fungos podem se 
reproduzir sexuada e assexuadamente. Eles obtêm nutrientes através da absorção de soluções 
de materiais orgânicos do ambiente – seja do solo, da água do mar, da água doce ou de um 
hospedeiro animal ou vegetal. 
Arqueias → as arqueias consistem em células procarióticas, porém, quando apresentam 
paredes celulares, elas carecem de peptideoglicano. As arqueias são encontradas, muitas 
vezes, em ambientes extremos e se dividem em três grupos principais. As metanogênicas 
produzem metano como produto residual da respiração. As halófilas extremas (halo, sal; fila, 
gosta) vivem em ambientes extremamente salgados, como o Grande Lago Salgado e o Mar 
Morto. As termófilas extremas (term, calor) vivem em águas quentes sulfurosas 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DIFERENCIAIS ENTRE PROCARIOTOS E EUCARIOTOS 
Características Procarióticas Eucariótica 
Tamanho da célula Tipicamente 0,2-2,0 
micrômeros de diâmetro 
Tipicamente 10-100 micrômeros de 
diâmetro 
Núcleo Sem membrana nuclear 
ou nucléolos. 
Núcleo verdadeiro,constituído de 
membrana nuclear e nucléolos 
 
 
Organelas revestidas por 
membranas 
 Ausentes Presentes, exemplo lisosomos,golgi,RE 
Ribossomos Tamanho menor (70s) Tamanho maior (80s) 
Glicocálice Presente como cápsula 
ou camada viscosa 
Presente em algumas células que não 
tem parede celular 
Flagelos Consistem em dois 
blocos construtivos de 
proteína 
Complexos ,consistem de múltiplos 
microtúbulos 
Parede Celular Usualmente presente, 
quimicamente complexa 
(peptidioglicana) 
Quando presente é quimicamente 
simples 
Membrana Plasmática Sem carboidratos e 
geralmente não tem 
esterois 
Esterói e carboidratos que servem como 
receptores 
Citoplasma Sem citoesqueleto ou 
corrente citoplasmatica 
Com citoesqueleto 
Distribuição dos 
cromossomos (DNA) 
Cromossomo circular 
único, não possui 
histonas 
Múltiplos cromossomos lineares e com 
histonas 
Divisão Celular Fissão binária Mitose 
Reprodução Sexuada Sem meiose, somente 
transferência de 
fragmentos de DNA 
Envolve meiose 
 
Nomenclatura dos organismos: 
• Em um sistema de nomenclatura descrito por Carolus Linnaeus(1735), cada organismo vivo é 
identificado por dois nomes. 
• Os dois nomes consistem em um gênero e um epíteto específico, sendo ambos escritos em 
itálico ou sublinhados. Ex: A bactéria Escherichia (nome do gênero) Coli ( restritivo, epíteto) 
Coloração de Gram → Ela é um dos procedimentos de coloração mais úteis, pois classifica as 
bactérias em dois grandes grupos: gram-positivas e gram-negativas. Neste procedento: 
1) Um esfregaço fixado em calor é coberto com um corante básico púrpura, geralmente cristal 
violeta. Uma vez que a coloração púrpura colore todas as células, ela é denominada coloração 
primária. 
2 )Após um curto período de tempo, o corante púrpura é lavado, e o esfregaço é recoberto 
com iodo, um mordente. Quando o iodo é lavado, ambas as bactérias gram-positivas e gram-
negativas aparecem em cor violeta-escura ou púrpura. 
3 )A seguir, a lâmina é lavada com álcool ou com uma solução de álcool-acetona. Essa solução 
é um agente descorante, que remove a coloração púrpura das células de algumas espécies, 
mas não de outras. 
4) O álcool é lavado, e a lâmina é então corada com safranina, um corante básico vermelho. O 
esfregaço é lavado novamente, seco com papel e examinado microscopicamente. 
 
 
O corante púrpura e o iodo se combinam no citoplasma de cada bactéria, corando-a de 
violeta-escuro ou púrpura. As bactérias que retêm esta cor após a tentativa de descoloração 
com o álcool são classificadas como gram-positivas; as bactérias que perdem a coloração 
púrpura ou violeta-escura após a descoloração são classificadas como gram-negativas . Como 
as bactérias gram-negativas se tornam incolores após a lavagem com álcool, elas não são mais 
visíveis. É por isso que o corante básico safranina é aplicado; ele cora a bactérias gram-
negativas de cor-de-rosa. Os corantes como a safranina, que possuem uma cor contrastante 
com a coloração primária, são denominados contra-corantes. Como as bactérias gram-
positivas retêm a cor púrpura original, elas não são afetadas pelo contracorante safranina. 
 
O TAMANHO A FORMA E O ARRANJO DAS CÉLULAS BACTERIANAS 
• A maioria das bactérias varia de 0,2 a 2m de diâmetro e de 2 a 8m de comprimento. Elas 
podem ter formato de esfera (cocos,que significa frutificação), de bastão (bacilos, que significa 
bastonete ou bengala) e de espiral. 
Arranjos em Cocos→ Os cocos geralmente são redondos, mas podem ser ovais, alongados ou 
achatados em uma das extremidades. Quando os cocos se dividem para se reproduzir, as 
células podem permanecer ligadas umas às outras. Os principais arranjos são: 
Cocos isolados: onde um coco se dividiu, uma célula mãe foi para um lado e a célula filha para 
outro lado. Ex: Micrococcus luteus 
Diplococos: mesmo após a fissão binária os cocos permanecem juntos, em dupla,isto é, os 
cocos que permanecem em pares após a divisão. Ex: Neisseria gonorrhoeae. 
Estreptococos: aqueles que se dividem e permanecem ligados uns aos outros em forma de 
cadeia. Ex: Streptococcus pyogenes 
Tétrade: Aqueles que se dividem em dois planos e permanecem em grupos de quatro; duplas 
de diplocicos. Ex: Gaffxya tetrogena 
Sarcinas: Os que se dividem em três planos e permanecem ligados uns aos outros em grupos 
de oito, em forma de cubo. Ex: Sarcina sp. 
Estafilococos: Aqueles que se dividemem múltiplos planos e formam agrupamentos em 
formato de cacho de uva ou lâminas amplas. Ex: Straphylococcus aureus 
 
 
 
Arranjos em bacilos→ Os bacilos se dividem somente ao longo de seu eixo curto; portanto, 
existe um menor número de agrupamentos de bacilos que de cocos. Os principais arranjos são: 
Bacilos isolado: são aqueles onde as células bacilar se divide por fissão binária e cada um vai 
para um lado . Ex: Escheria coli 
Diplobacilos: se apresentam em pares após a divisão.Ex: Lisceria monocytogenes 
Estreptobacilos: quando as células bacilar se dividem e continuam juntas,arranjo em cadeia. 
Ex: Bacillus cereus 
Cocobacilos: quando os bacilos sofrem imaginações, reentrâncias na sua parede celular que 
pode remeter a cocos; forma bacilos pequenos,curtos, semelhantes a cocos. Ex: Gardnerella 
vaginalis. 
Paliçada: é quando a divisão binária vai acontecendo, os bacilos se arranjam em forma de 
letras como X, V ou Y. Ex: bacilo da tuberculose. 
 
 
 
Formas espiraladas → As bactérias espirais têm uma ou mais curvaturas; elas nunca são retas. 
Principais arranjos: 
Vibrões: forma de bastonetes recurvados e com mobilidade dada por flagelos. Ex: Vibrio 
cholerase 
Espirilos: possuem um corpo rígido e se locomovem às custas de flagelos. Ex: Spirulum sp. 
Espiroquetas: possuem o corpo com vários curvaturas, sua parede celular é deformavel, se 
movem a custas de filamentoslos axial. Ex: Treponema pallidum . 
 
 
Ultraestruturas das bactérias→ as estruturas como citoplasma, ribossomos, membrana 
plasmática, nucleoíde contendo DNA são comuns em todos os tipos de bactérias verdadeira 
(eubacterias). Algumas bactérias possuem flagelo, algumas produzem pílus outras não, 
algumas tem parede celular especial outras não. Esta célula procariótica apresenta as 
estruturas típicas que podem ser encontradas nas bactérias. As células procarióticas 
geralmente não possuem organelas envoltas por membranas. Todas as bactérias possuem 
citoplasma, ribossomos, uma membrana plasmática e um nucleoide. Quase todas as bactérias 
possuem parede celular. 
• Algumas estruturas desempenham papéis específicos, por exemplo: na virulência bacteriana 
(cápsula), na identificação bacteriana (parede celular ou flagelos), e como alvos de alguns 
agentes antimicrobianos (parede celular). 
• Os plasmídeos codificam informações como genes de resistência a antibióticos ou para a 
produção de toxinas. Pode haver troca de plasmídeos entre as bactérias. 
 
Flagelos: Algumas células procarióticas possuem flagelos, que são longos apêndices 
filamentosos que realizam a propulsão da bactéria. As bactérias que não possuem flagelos são 
chamadas de atríquias (sem projeções). Os flagelos podem ser peritríquios (distribuídos ao 
longo de toda a célula. No caso de flagelos polares, eles podem ser monotríquios (um único 
flagelo em um polo da célula;), lofotríquios (um tufo de flagelos saindo de um polo da célula; ) 
ou anfitríquios (flagelos em ambos os polos da célula;). Um flagelo é constituído de três 
porções básicas.A longa região mais externa, o filamento, tem diâmetro constante e contém a 
proteína globular flagelina (grosseiramente esférica), distribuída em várias cadeias, as quais 
 
 
que se entrelaçam e formam uma hélice em torno de um centro oco. Na maioria das bactérias, 
os filamentos não são cobertos por uma membrana ou bainha, como nas células eucarióticas. 
O filamento está aderido a um gancho ligeiramente mais largo, consistindo em uma proteína 
diferente. A terceira porção do flagelo é o corpo basal, que ancora o flagelo à parede celular e 
à membrana plasmática.O corpo basal é composto de uma pequena haste central inserida em 
uma série de anéis. As bactérias gram-negativas contêm dois pares de anéis; o par externo 
está ancorado a várias porções da parede celular, e o par interno está ancorado à membrana 
plasmática. Nas bactérias gram-positivas, somente o par interno está presente. Como você 
verá posteriormente, os flagelos (e cílios) das células eucarióticas são mais complexos que os 
das células procarióticas. Cada flagelo procariótico é uma estrutura helicoidal semirrígida que 
move a célula pela rotação do corpo basal. A rotação de um flagelo pode ter sentido horário 
ou anti-horário em torno de seu eixo longo. (Os flagelos eucarióticos, ao contrário, realizam 
um movimento ondulante.) O movimento de um flagelo procariótico resulta da rotação de seu 
corpo basal e é similar ao movimento da haste de um motor elétrico. À medida que os flagelos 
giram, formam um feixe que empurra o líquido circundante e propele a bactéria. A rotação 
flagelar depende da geração contínua de energia pela célula.As células bacterianas podem 
alterar a velocidade e a direção de rotação dos flagelos; portanto, são capazes de vários 
padrões de motilidade, a capacidade de um organismo de se mover por si próprio. Quando 
uma bactéria se move em uma direção por um período de tempo, o movimento é denominado 
“corrida”, ou “nado”. As corridas são interrompidas por alterações periódicas, abruptas e 
aleatórias na direção, denominadas “desvios”. Então, a corrida recomeça. Os “desvios” são 
causados por uma inversão da rotação flagelar. Uma vantagem da motilidade é que ela 
permite a uma bactéria se mover em direção a um ambiente favorável ou para longe de um 
ambiente adverso. O movimento de uma bactéria para perto ou para longe de um estímulo é 
chamado de taxia. Esses estímulos incluem os químicos (quimiotaxia) e os luminosos 
(fototaxia). As bactérias móveis contêm receptores em várias localizações, como dentro ou 
logo abaixo da parede celular. Esses receptores captam os estímulos químicos, como o 
oxigênio, a ribose e a galactose. Em resposta aos estímulos, a informação é passada para os 
flagelos. Se um sinal quimiotático é positivo, denominado atraente, as bactérias movem-se em 
direção ao estímulo com muitas corridas e poucos desvios. Se um sinal quimiotático é 
negativo, denominado repelente, a frequência de desvios aumenta, à medida que a bactéria 
move-se para longe do estímulo. 
Filamentos axiais→ As espiroquetas se movem através de filamentos axiais, ou endoflagelos, 
feixes de fibrilas que se originam nas extremidades das células, sob uma bainha externa, e 
fazem uma espiral em torno da célula. Os filamentos axiais, que estão ancorados em uma 
extremidade da espiroqueta, possuem uma estrutura similar à dos flagelos. A rotação dos 
filamentos produz um movimento da bainha externa, que impulsiona as espiroquetas em um 
movimento espiral. Esse tipo de movimento é semelhante ao modo como um saca-rolhas se 
move através da rolha. 
• Muitas bactérias gram-negativas contêm apêndices semelhantes a pêlos, que são mais 
curtos, retos e finos que os flagelos. Essas estruturas, que consistem em uma proteína, 
denominada pilina, distribuída de modo helicoidal em torno de um eixo central, são divididas 
em dois tipos, fímbrias e pili, possuindo funções muito diferentes. 
FÍMBRIAS → podem ocorrer nos polos da célula bacteriana ou podem estar homogeneamente 
distribuídas em toda a superfície da célula. Elas podem variar em número, de algumas 
unidades a muitas centenas por célula. As fímbrias têm uma tendência a se aderirem umas às 
 
 
outras e às superfícies. Por isso, elas estão envolvidas na formação de biofilmes e outros 
agregados na superfície de líquidos, vidros e pedras. As fímbrias também auxiliam na adesão 
da bactéria às superfícies epiteliais do corpo. Por exemplo, as fímbrias da bactéria Neisseria 
gonorrhoeae, o agente causador da gonorreia, auxiliam o micróbio na colonização das 
membranas mucosas. 
 
 
PÍLUS→ normalmente são mais longos que as fímbrias, e há apenas um ou dois por célula. Os 
pili estão envolvidos na motilidade celular e na transferência de DNA. Em um tipo 
demotilidade, chamada de motilidade pulsante,* um pilus é estendido pela adição de 
subunidades de pilina, faz contato com uma superfícieou com outra célula e, então, se retrai 
(força de deslocamento) à medida que as subunidades de pilina vão sendo desmontadas. 
outro tipo de motilidade associada aos pili é a motilidade por deslizamento, o movimento 
suave de deslizamento das mixobactérias. Embora o mecanismo exato seja desconhecido para 
a maioria das mixobactérias, algumas utilizam a retração do pilus. A motilidade por 
deslizamento fornece uma maneira para os micróbios viajarem nos ambientes com baixo 
conteúdo de água, como os biofilmes e o solo. 
Pili sexual: Alguns pili são utilizados para agregar as bactérias e facilitar a transferência de DNA 
entre elas, um processo chamado de conjugação. Esses pili são chamados de pili de 
conjugação(sexuais) Nesse processo, o pilus de conjugação de uma bactéria, chamada de 
célula F+,conecta-se ao receptor na superfície de outra bactéria de sua própria espécie ou de 
espécies diferentes. As duas células estabelecem contato físico, e o DNA da célula F+ é 
transferido para a outra célula. 
O DNA compartilhado pode adicionar uma nova função à célular receptora, como a resistência 
a um antibiótico ou a habilidade de degradar o seu meio com mais eficiência. 
 
 
GLICOCÁLICE→ Glicocálice (que significa revestimento de açúcar) é o termo geral usado para 
as substâncias que envolvem as células. O glicocálice bacteriano é um polímero viscoso e 
gelatinoso que está situado externamente à parede celular e é composto por polissacarídeo, 
polipeptídeo ou ambos. Sua composição química varia amplamente entre as espécies. Em 
grande parte, ele é produzido dentro da célula e secretado para a superfície celular. Se a 
substância é organizada e está firmemente aderida à parede celular, o glicocálice é descrito 
como cápsula. 
PAREDE CELULAR→ é uma estrutura complexa e semirrígida responsável pela forma da célula. 
Quase todos os procariotos possuem uma parede celular que circunda a frágil membrana 
plasmática (citoplasmática) e a protege, bem como ao interior da célula, de alterações 
adversas no meio externo.A principal função da parede celular é prevenir a ruptura das células 
bacterianas quando a pressão da água dentro da célula é maior que fora dela . Ela também 
ajuda a manter a forma de uma bactéria e serve como ponto de ancoragem para os flagelos. À 
medida que o volume de uma célula bacteriana aumenta, sua membrana plasmática e parede 
celular se estendem, conforme necessário. Clinicamente, a parede celular é importante, pois 
contribui para a capacidade de algumas espécies causarem doenças e também por ser o local 
de ação de alguns antibióticos. Além disso, a composição química da parede celular é usada 
para diferenciar os principais tipos de bactérias. 
Peptideoglicano: A parede celular bacteriana é composta de uma rede macromolecular, 
denominada peptideoglicano (também conhecida como mureína), que está presente 
isoladamente ou em combinação com outras substâncias. O peptideoglicano consiste em um 
dissacarídeo repetitivo ligado por polipeptídeos para formar uma rede que circunda e protege 
toda a célula. A porção dissacarídica é composta por monossacarídeos, denominados N-
acetilglicosamina (NAG), e ácido N-acetilmurâmico (NAM) , que estão relacionados à glicose. 
Os vários componentes do peptideoglicano se organizam, formando a parede celular. 
Moléculas alternadas de NAM e NAG são ligadas em filas de 10 a 65 açúcares para formar um 
“esqueleto” de carboidratos (a porção glicano do peptideoglicano). As filas adjacentes são 
ligadas por polipeptídeos. 
Parede celular das gram-positivas: Na maioria das bactérias gram-positivas, a parede celular 
consiste em muitas camadas de peptideoglicano, formando uma estrutura rígida e espessa. O 
espaço entre a parede celular e a membrana plasmática de uma bactéria gram-positiva é o 
espaço periplasmático. Ele contém a camada granular, a qual é composta de ácido lipoteicoico. 
Além disso, as paredes celulares das bactérias gram-positivas contêm ácidos teicoicos, que 
consistem principalmente em um álcool (como o glicerol ou ribitol) e fosfato. Existem duas 
classes de ácidos teicoicos: o ácido lipoteicoico, que atravessa a camada de peptideoglicano e 
está ligado à membrana plasmática, e o ácido teicoico da parede, o qual está ligado à camada 
de peptideoglicano. Devido à sua carga negativa (proveniente dos grupos fosfato), os ácidos 
teicoicos podem se ligar e regular o movimento de cátions (íons positivos) para dentro e para 
fora da célula. Eles também podem assumir um papel no crescimento celular, impedindo a 
ruptura extensa da parede e a possível lise celular. 
Parede celular das gram-negativas: As paredes celulares das bactérias gram-negativas 
consistem em uma ou poucas camadas de peptideoglicano e uma membrana externa. 
Possuem somente uma camada fina de peptideoglicano. O peptideoglicano está ligado a 
lipoproteínas na membrana externa e está localizado no periplasma(fluido semelhante a um 
gel no espaço periplasmático de bactérias gram-negativas), a região entre a membrana 
externa e a membrana plasmática. O periplasma contém uma alta concentração de enzimas 
 
 
de degradação e proteínas de transporte. As paredes celulares gram-negativas não contêm 
ácidos teicoicos. Como as paredes celulares das bactérias gram-negativas contêm somente 
uma pequena quantidade de peptideoglicano, são mais suscetíveis ao rompimento mecânico.A 
membrana externa da célula gram-negativa consiste em lipopolissacarídeos (LPS), 
lipoproteínas e fosfolipídeos l.A membrana externa tem várias funções especializadas. Sua 
forte carga negativa é um fator importante na evasão da fagocitose e nas ações do 
complemento (causa lise de células e promove a fagocitose), dois componentes das defesas do 
hospedeiro. A membrana externa também fornece uma barreira contra a ação de detergentes, 
metais pesados, sais biliares, determinados corantes, antibióticos (p. ex., penicilina) e enzimas 
digestórias como a lisozima.No entanto, a membrana externa não fornece uma barreira para 
todas as substâncias do ambiente, pois os nutrientes devem atravessá-la para garantir o 
metabolismo celular. Parte da permeabilidade da membrana externa é devida a proteínas na 
membrana, denominadas porinas, que formam canais. As porinas permitem a passagem de 
moléculas, como nucleotídeos, dissacarídeos, peptídeos, aminoácidos, vitamina B12 e ferro.O 
lipopolissacarídeo (LPS) da membrana externa é uma molécula grande e complexa que contém 
lipídeos e carboidratos e que consiste em três componentes: (1) lipídeo A, (2) um cerne 
polissacarídeo e (3) um polissacarídeo. 
 
 
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA→ é uma estrutura fina, situada no interior da parede celular, 
revestindo o citoplasma da célula. A membrana plasmática dos procariotos consiste 
principalmente em fosfolipídios, que são as substâncias químicas mais abundantes na 
membrana, e proteínas. A função mais importante da membrana plasmática é servir como 
barreira seletiva para a entrada de materiais na célula e a saída de materiais da célula. Nessa 
função, as membranas plasmáticas possuem permeabilidade seletiva (muitas vezes chamada 
de semipermeabilidade). Essa expressão indica que determinadas moléculas e íons conseguem 
atravessar a membrana, mas outros são impedidos. A permeabilidade da membrana depende 
 
 
de vários fatores. As moléculas grandes (como as proteínas) não podem passar através da 
membrana plasmática, possivelmente por serem maiores que os poros nas proteínas integrais, 
os quais funcionam como canais. Contudo, as moléculas menores (como a água, o oxigênio, o 
dióxido de carbono e alguns açúcares simples), em geral, conseguem atravessá-la com 
facilidade. Os íons penetram na membrana muito devagar. As substâncias que se dissolvem 
facilmente em lipídeos (como o oxigênio, o dióxido de carbono e as moléculas orgânicas 
apolares) entram e saem com mais facilidade do que outras substâncias, pois a membrana é 
composta principalmentede fosfolipídeos. O movimento de materiais através das membranas 
plasmáticas também depende de moléculas transportadoras, que serão descritas em breve.As 
membranas plasmáticas também são importantes na digestão de nutrientes e na produção de 
energia. As membranas plasmáticas das bactérias contêm enzimas capazes de catalisar as 
reações químicas que degradam os nutrientes e produzem ATP. 
Processos passivos: Os processos passivos incluem a difusão simples, a difusão facilitada e a 
osmose. 
A difusão simples é o movimento líquido (global) de moléculas ou íons de uma área de alta 
concentração para uma área de baixa concentração . O movimento continua até que as 
moléculas ou os íons sejam distribuídos uniformemente. O ponto de distribuição uniforme é 
denominado equilíbrio. As células utilizam a difusão simples para transportar certas moléculas 
pequenas, como o oxigênio e o dióxido de carbono, através de suas membranas celulares. 
Na difusão facilitada, as proteínas integrais de membrana funcionam como canais ou 
carreadores que facilitam o movimento de íons ou grandes moléculas através da membrana 
plasmática. Essas proteínas integrais são chamadas de transportadores ou permeases. A 
difusão facilitada é similar à difusão simples no sentido de que a célula não gasta energia, uma 
vez que a substância se move de uma concentração alta para uma concentração baixa. Esse 
processo se difere da difusão simples pela utilização de proteínas transportadoras. Alguns 
transportadores permitem a passagem da maioria dos pequenos íons inorgânicos que são 
muito hidrofílicos para penetrarem no interior apolar da bicamada lipídica. Esses 
transportadores, comuns em procariotos, são inespecíficos e permitem a passagem de uma 
variedade de íons ou moléculas pequenas através dos canais das proteínas integrais de 
membrana. 
Osmose é o movimento líquido de moléculas de água através de uma membrana 
seletivamente permeável, de uma área de alta concentração de moléculas de água (baixa 
concentração de moléculas de soluto) para uma área de baixa concentração de moléculas de 
água (alta concentração de moléculas de soluto). As moléculas de água podem passar pelas 
membranas plasmáticas, movendo-se através da bicamada lipídica por difusão simples ou 
através de proteínas integrais, chamadas de aquaporinas, que atuam como canais de água. 
Citoplasma→ Para uma célula procariótica, o termo citoplasma refere-se à substância celular 
localizada no interior da membrana plasmática (ver Figura 4.6). Cerca de 80% do citoplasma é 
composto de água, contendo principalmente proteínas (enzimas), carboidratos, lipídeos, íons 
inorgânicos e muitos compostos de baixo peso molecular. Os íons inorgânicos estão presentes 
em concentrações muito maiores no citoplasma do que na maioria dos meios. O citoplasma é 
espesso, aquoso, semitransparente e elástico. As principais estruturas do citoplasma dos 
procariotos são: um nucleoide (contendo DNA), as partículas, denominadas ribossomos, e os 
depósitos de reserva, denominados inclusões. 
 
 
Nucleóide→ nor,malmente contém uma única molécula longa e contínua de DNA de dupla-
fita, frequentemente arranjada em forma circular, denominada cromossomo bacteriano. Essa 
é a informação genética da célula, que carrega todas as informações necessárias para as 
estruturas e as funções celulares. Ao contrário dos cromossomos das células eucarióticas, os 
cromossomos bacterianos não são circundados por um envelope nuclear (membrana) e não 
incluem histonas. O nucleoide pode ser esférico, alongado ou em forma de halteres. Em 
bactérias em crescimento ativo, cerca de 20% do volume celular é preenchido pelo DNA, uma 
vez que essas células pré-sintetizam o DNA para as células futuras. O cromossomo está fixado 
à membrana plasmática. Acredita-se que proteínas na membrana plasmática sejam 
responsáveis pela replicação do DNA e pela segregação dos novos cromossomos para as 
células-filhas, na divisão celular. 
Plasmídeos: são pequenas moléculas de DNA de dupla-fita, essas moléculas são elementos 
genéticos extracromossômicos; isto é, elas não estão conectadas ao cromossomo bacteriano 
principal e se replicam independentemente do DNA cromossômico. As pesquisas indicam que 
os plasmídeos estão associados às proteínas da membrana plasmática. Eles normalmente 
contêm de 5 a 100 genes que, em geral, não são cruciais para a sobrevivência da bactéria em 
condições ambientais normais; os plasmídeos podem ser adquiridos ou perdidos sem causar 
dano à célula. Sob certas condições, entretanto, eles são uma vantagem para as células. Os 
plasmídeos podem transportar genes para atividades como resistência aos antibióticos, 
tolerância a metais tóxicos, produção de toxinas e síntese de enzimas. Eles podem ser 
transferidos de uma bactéria para outra. 
Ribossomos → fazem a síntese protéica, o citoplasma de uma célula procariótica contém 
dezenas de milhares de ribossomos, o que confere ao citoplasma uma aparência granular .Os 
ribossomos são compostos de duas subunidades, cada qual consistindo em proteína e de um 
tipo de RNA, denominado RNA ribossomal (rRNA). Os ribossomos procarióticos diferem dos 
ribossomos eucarióticos no número de proteínas e de moléculas de rRNA que eles contêm; 
eles também são um pouco menores e menos densos que os ribossomos das células 
eucarióticas. Por isso, os ribossomos procarióticos são denominados ribossomos 70. 
Endósporos → são formados quando os nutrientes essenciais se esgotam,nas determinadas 
bactérias gram-positivas. Exclusivos das bactérias, os endósporos são células desidratadas 
altamente duráveis, com paredes espessas e camadas adicionais. Eles são formados 
internamente à membrana celular bacteriana. Quando liberados no ambiente, podem 
sobreviver a temperaturas extremas, falta de água e exposição a muitas substâncias químicas 
tóxicas e radiação. 
Esporulação: O processo de formação do endósporo no interior de uma célula vegetativa leva 
várias horas. Células vegetativas de bactérias que formam endósporos iniciam a esporulação 
quando um nutriente essencial, como uma fonte de carbono ou nitrogênio, torna-se escassa 
ou indisponível. No primeiro estágio observável da esporulação, um cromossomo bacteriano 
recém-replicado e uma pequena porção de citoplasma são isolados por uma invaginação da 
membrana plasmática, denominada septo do esporo. O septo do esporo se torna uma 
membrana dupla que circunda o cromossomo e o citoplasma. Essa estrutura, inteiramente 
fechada dentro da célula original, é denominada pré-esporo. Camadas espessas de 
peptideoglicano são dispostas entre as duas lâminas da membrana. Então, uma espessa capa 
de proteína se forma em torno de toda a membrana externa. Esse revestimento é responsável 
pela resistência dos endósporos a muitas substâncias químicas agressivas. A célula original é 
degradada, e o endósporo é liberado.O diâmetro do endósporo pode ser o mesmo, menor ou 
 
 
maior que o diâmetro da célula vegetativa. Dependendo da espécie, o endósporo pode estar 
localizado de maneira terminal (em uma extremidade), subterminal (próximo a uma 
extremidade; ou central no interior da célula vegetativa. Quando o endósporo amadurece, a 
parede celular vegetativa se rompe (lise), matando a célula, e o endósporo é liberado.A maior 
parte da água presente no citoplasma do pré-esporo é eliminada no momento em que a 
esporulação está completa, e os endósporos não realizam reações metabólicas. O endósporo 
contém uma grande quantidade de um ácido orgânico, chamado de ácido dipicolínico (ADP), o 
qual é acompanhado por um grande número de íons cálcio. Evidências indicam que o ADP 
protege o DNA do endósporo contra danos. O cerne altamente desidratado do endósporo 
contém somente DNA, pequenas quantidades de RNA, ribossomos, enzimas e algumas 
moléculaspequenas importantes. Esses componentes celulares são essenciais para retomar 
posteriormente o metabolismo.Os endósporos podem permanecer dormentes por milhares de 
anos. Um endósporo retorna ao seu estado vegetativo por um processo chamado de 
germinação. A germinação é desencadeada pelo calor alto, como aquele utilizado na produção 
de conservas, ou por pequenas moléculas, chamadas de germinantes. Os germinantes 
identificados até o presente momento são a alanina e a inosina (nucleotídeos). Então, as 
enzimas do endósporo rompem as camadas extras que o circundam, a água entra e o 
metabolismo recomeça. 
CRESCIMENTO MICROBIANO → crescimento microbiano, refere-se ao número de células. Os 
fatores necessários para o crescimento microbiano podem ser divididos em duas categorias 
principais: físicos e químicos. Os fatores físicos incluem temperatura, pH e pressão osmótica. 
Os fatores químicos incluem fontes de carbono, nitrogênio, enxofre, fósforo, oxigênio, 
elementos-traço e fatores orgânicos de crescimento. 
Fases de crescimento: 1° fase→ é a fase lag, representa a fase em que há uma intensa 
atividade de preparação celular para o crescimento. Este é o momento que a célula está 
dividindo o seu DNA. 
2° fase→ é a fase log, é a aquela que definitivamente ocorre a divisão celular,isto é, de uma 
célula origina outra. Nesse momento, tem grande concentração de alimentos, oxigênio. 
3° fase → conhecida como fase estacionária, é a fase que existe um período de equilíbrio de 
crescimento,multiplicação da população, isto é, o mesmo n° de células que estão ativamente 
dividido se iguala ao n° das células que estão morrendo. 
 
 
4° fase → é quando tem deprivaçao,diminuição dos componentes de meio de cultura, o 
ambiente não está mais favorável, ocorre o declínio da população. Fase de morte celular, isto 
é, a população microbiana cai drasticamente devido não haver mais nutrientes para o 
crescimento. 
 
Temperatura→ A maioria dos microrganismos cresce bem nas temperaturas ideais para os 
seres humanos. Contudo, certas bactérias são capazes de crescer em extremos de temperatura 
que certamente impediriam a sobrevivência de quase todos os organismos eucarióticos.Os 
microrganismos são classificados em três grupos principais, com base na faixa de temperatura 
que eles preferem: psicrófilos (micróbios que gostam de frio), mesófilos (micróbios que 
gostam de temperaturas moderadas) e termófilos (micróbios que gostam de calor). Cada 
espécie bacteriana cresce a temperaturas mínima, ótima e máxima específicas. A temperatura 
mínima de crescimento é a menor temperatura na qual a espécie pode crescer. 
A temperatura ótima de crescimento é a temperatura na qual a espécie cresce melhor. 
A temperatura de máxima de crescimento é a maior temperatura na qual o crescimento é 
possível. Alguns microrganismos membros das arqueiastêm uma temperatura ótima de 
crescimento de 80°C ou mais. Esses organismos são chamados de hipertermófilos. 
 
 
 
PH→ A maioria das bactérias cresce melhor em uma faixa estreita de pH próxima da 
neutralidade, entre pH 6,5 e 7,5. Poucas bactérias crescem em pH ácido abaixo de 4. Por essa 
razão, muitos alimentos, como o chucrute, os picles e muitos queijos, são protegidos da 
deterioração pelos ácidos produzidos pela fermentação bacteriana. Todavia, algumas 
bactérias, chamadas de acidófilas, são extraordinariamente tolerantes à acidez. Um tipo de 
bactéria quimioautotrófica, encontrada na água de drenagem das minas de carvão e que oxida 
enxofre para formar ácido sulfúrico, pode sobreviver em pH 1. Os fungos e as leveduras 
crescem em uma faixa maior de pH que as bactérias, mas o pH ótimo dos fungos e das 
leveduras geralmente é menor que o bacteriano, entre pH 5 e 6. A alcalinidade também inibe o 
crescimento microbiano, mas raramente é utilizada para preservar os alimentos. 
Pressão osmótica→ Os microrganismos obtêm a maioria dos seus nutrientes em solução da 
água presente no seu meio ambiente. Portanto, eles requerem água para seu crescimento, 
sendo que sua composição é de 80 a 90% de água. Pressões osmóticas elevadas têm como 
efeito remover a água necessária para a célula. Quando uma célula microbiana está em uma 
solução cuja concentração de solutos é mais elevada que dentro da célula (ambiente 
hipertônico), a água atravessa a membrana celular para o meio com a concentração mais 
elevada de soluto. Essa perda osmótica de água causa plasmólise, ou o encolhimento do 
citoplasma da célula.O crescimento da célula é inibido à medida que a membrana plasmática 
se afasta da parede celular. Portanto, a adiçãode sais (ou outros solutos) em uma solução e o 
aumento resultante na pressão osmótica podem ser utilizados para preservar alimentos. Peixe 
salgado, mel e leite condensado são preservados por esse mecanismo; as concentrações 
elevadas de sal ou açúcar removem a água de qualquer célula microbiana presente e, 
consequentemente, impedem seu crescimento. Esses efeitos da pressão osmótica estão 
aproximadamente relacionados ao número de moléculas dissolvidas e íons em um volume de 
solução.Alguns organismos, chamados de halófilos extremos, se adaptaram tão bem às altas 
concentrações de sais, que eles, de fato, necessitam dos sais para o seu crescimento. Nesse 
caso, eles podem ser chamados de halófilos obrigatórios. Os organismos de águas salinas, 
como o Mar Morto, requerem frequentemente cerca de 30% de sal, e a alça de inoculação 
(equipamento usado no laboratório para manipulação de bactérias) utilizada para 
transferência deve primeiramente ser mergulhada em uma solução saturada de sal. Os 
halófilos facultativos são mais comuns e não requerem altas concentrações de sais, mas são 
capazes de crescerem em concentrações salinas de até 2%, uma concentração que inibe o 
crescimento de muitos outros organismos. Algumas espécies de halófilos facultativos podem 
tolerar até mesmo 15% de sal. 
 
 
 
Aeróbios obrigatórios→ são os microrganismos que utilizam o oxigênio molecular (aeróbios) 
produzem mais energia a partir dos nutrientes que os microrganismos que não utilizam o 
oxigênio (anaeróbios), isto é, organismos que precisam do oxigênio para viver. 
Anaeróbios facultativos → podem utilizar o oxigênio quando ele está presente, mas são 
capazes de continuar a crescer utilizando a fermentação ou a respiração anaeróbia quando o 
oxigênio não está disponível. Contudo, a sua eficácia em produzir energia é reduzida na 
ausência do oxigênio. Um exemplo de anaeróbio facultativo é a familiar Escherichia coli. 
Anaeróbios obrigatórios → são bactérias incapazes de utilizar o oxigênio molecular nas 
reações de produção de energia. Ex: gênero Clostridium. 
 
 
 
Anaeróbios aerotolerantes → não podem utilizar o oxigênio para o seu crescimento, porém 
toleram bem a sua presença. Na superfície de um meio sólido, eles crescerão sem a utilização 
das técnicas especiais (discutidas posteriormente) requeridas pelos anaeróbios obrigatórios. 
Muitas das bactérias aerotolerantes fermentam de modo característico os carboidratos em 
ácido láctico. À medida que o ácido láctico se acumula, ele inibe o crescimento dos 
competidores aeróbios e estabelece um nicho ecológico favorável aos produtores de ácido 
láctico.

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