Buscar

TCC MARIANA BELLO FINALIZADO ajustado


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 
THE ROLE OF NURSES IN PREVENTING TEENAGE PREGNANCY
 Mariana Bello¹
Gisele Iopp Massafera²
RESUMO: A adolescência é uma fase de amadurecimento físico e psicológico em que o humano deixa de ser criança para se tornar adulto. A maioria dos casos notificados de gestação em adolescentes são feitas pelos enfermeiros nas unidades básicas de saúde. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo descritivo, utilizando-se o método de revisão sistemática de literatura, tendo objetivo identificar a atuação do enfermeiro na prevenção da gravidez na adolescência. A análise foi feita a partir de cinco artigos selecionados através de uma pesquisa pelas bases de dados BVS e SCIELO, sendo: todos os artigos evidenciaram o enfermeiro como o protagonista na educação em saúde. Três artigos mostram a necessidade da educação no processo sexual bem como instruir ao uso correto de contraceptivos e ao planejamento familiar. Dois artigos evidenciaram a necessidade de uma relação de confiança entre enfermeiro e adolescente; três artigos apresentaram a falta de capacitação do enfermeiro na abordagem com os jovens bem como na sobrecarga do mesmo e três artigos apresentaram a necessidade de se debater sobre a sexualidade juntamente com os pais, visando expor os fatores problemáticos que envolvem a gravidez precoce. Considerações finais: Ressalta-se a importância do debate sobre a sexualidade com os pais afim de romper tabus, e o enfermeiro como o protagonista na educação em saúde, bem como a inserção do mesmo nas escolas visando contribuir com a educação sexual do adolescente respeitando sua liberdade e escolhas.
Descritores: Gravidez na adolescência; Papel do profissional de enfermagem e Cuidados de enfermagem.
____________________ 
¹Academica de enfermagem 9 Período no Centro Universitário de Pato Branco/ UNIDEP, email: cfcdv2016@gmail.com
²Mestre de Enfermagem no Centro Universitário de Pato Branco/UNIDEP, email: gisele.massafera@unidep.edu.br
ABSTRACT: Adolescence is a stage of physical and psychological maturation in which the human is no longer a child to become an adult. Most reported cases of adolescent pregnancy are carried out by nurses in basic health units. This is a qualitative descriptive research, using the method of systematic literature review, aiming to identify the role of nurses in the prevention of teenage pregnancy. The analysis was made from five articles selected through a search by the BVS and SCIELO databases, as follows: all articles showed the nurse as the protagonist in health education. Three articles show the need for education in the sexual process as well as instructing on the correct use of contraceptives and family planning. Two articles highlighted the need for a relationship of trust between nurses and adolescents; three articles showed the lack of nurses' training in approaching young people as well as their overload, and three articles presented the need to discuss sexuality together with parents, aiming to expose the problematic factors that involve early pregnancy. Final considerations: We emphasize the importance of the debate on sexuality with parents in order to break taboos, and the nurse as the protagonist in health education, as well as its insertion in schools, aiming to contribute to the sexual education of adolescents, respecting their freedom and choices.
Descriptors: Teenage pregnancy; Role of the nursing professional and Nursing care.
INTRODUÇÃO
	A adolescência, segundo a Organização Mundial da Saúde (2017), é uma fase de amadurecimento físico e psicológico em que o humano deixa de ser criança para se tornar adulto. No âmbito biológico, a adolescência se dá pelo início da puberdade com alterações corporais claramente evidentes em que se destaca nesse período da vida o amadurecimento dos órgãos reprodutores sexuais e, portanto, se considera adolescente o indivíduo entre doze e dezoito anos de idade (BRASIL, 1990).
	Diante dessas transformações, também ocorre o amadurecimento, porém, não total no âmbito social, do psicológico, o que se justifica as mudanças repentinas de comportamento e o estilo de vida mais liberal e inconsequente para certas experiências vivenciadas, inclusive nas primeiras experiências sexuais (MORGADO et al. 2014).
Vale ressaltar que, segundo o Código Penal Brasileiro (2009), ter relações sexuais com menores de 14 anos é considerado crime, como violência sexual de vulnerável, mesmo a vítima dando consentimento e confirmação de conhecimento em relação ao ato. 
No dia 3 de janeiro de 2019 foi sancionada a Lei Nº 13.797/19 que institui a Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência, a ser realizada anualmente na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com a finalidade de disseminar informações acerca de medidas preventivas e educativas que colaborem para a diminuição da incidência da gravidez na adolescência (BRASIL, 2019).
	Já que a gravidez precoce implica na vida da adolescente, o abandono escolar, início de uma jornada de trabalho e na maioria dos casos ocorre o abandono paterno justamente pela imaturidade paternal, dificultando o enfrentamento da gravidez indesejada da adolescente. A maioria dos casos atendidos de gestação em adolescentes são feitas pelos enfermeiros nas unidades básicas de saúde, sendo assim, a questão norteadora para esta pesquisa é: como é o enfrentamento e a atuação do enfermeiro para a diminuição eficaz dos casos de gestações na adolescência? 
A relação entre saúde e a gestação na adolescência, segundo Araújo, et al. (2016), pode-se afirmar que: 
“A gravidez na adolescência é considerada um sério problema de saúde pública e com isto exige programas de orientação, preparação e acompanhamento durante a gravidez e o parto, por ser um problema que oferece riscos ao desenvolvimento da criança, bem como riscos para a própria gestante, sendo então na maioria das vezes, não planejada. ” (ARAÚJO, et al, 2016, p. 568).
Para Dias e Teixeira (2010), a gravidez na adolescência ocorre por dois comportamentos óbvios, de que o jovem está mais ativo sexualmente e pela falta de contraceptivo efetivo, ou seja, a razão clara do aumento da gestação na adolescência é de que os adolescentes estão mantendo relações sexuais sem os cuidados adequados e necessários. 
Se supõe que a resistência em adquirir os métodos contraceptivos gratuitos pelos adolescentes em postos de saúde, se dá pelo fato de se sentirem envergonhados, receio de serem reconhecidos por alguém que os familiares conhecem, temendo serem repreendidos pelos pais por já terem iniciado a vida sexual (SILVA et al, 2015).
Se faz necessário a prevenção das gestações na adolescência pois, uma gestação na adolescência é classificada como alto risco, ocorrendo complicações tanto para a mãe quanto para o bebê. Segundo uma pesquisa feito pelo Azevedo et. al (2015), na busca em identificar quais são as complicações relacionadas à gravidez na adolescência, concluiu-se que:
“As principais complicações neonatais encontradas foram a prematuridade, o baixo ou muito baixo peso ao nascer e a mortalidade perinatal. Sugerem-se como principais complicações maternas a doença hipertensiva específica da gestação, o abortamento, a infecção urinária e a ruptura prematura das membranas ovulares. ” (AZEVEDO et. al, 2015, p. 625) 
	Diante isso, o presente estudo tem como objetivo identificar a atuação dos enfermeiros na prevenção da gravidez na adolescência por meio de uma pesquisa de revisão sistemática de literatura. Este estudo visa contribuir nas ações de prevenções da gravidez na adolescência bem como conhecer e ressaltar a importância do enfermeiro neste assunto.
METODOLOGIA
	Este trabalho trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo descritivo, feito através do método de revisão sistemática de literatura, com a finalidade de obter o objetivo do estudo proposto sobre a atuação do enfermeiro na prevenção da gravidez na adolescência. 
“Esta modalidade de pesquisa tem, como foco, confirmar a efetividade de uma intervenção,frequentemente através de estudos experimentais, como os estudos randomizados controlados. Embora tenham grande importância para a saúde, em geral, e para a enfermagem, em particular, tais estudos tendem a não incluir, em suas amostras bibliográficas, métodos interpretativos, observacionais ou descritivos, característica de grande parte da produção científica em enfermagem. No entanto, a experiência clínica, baseada na reflexão e no julgamento pessoal, é também necessária para a tradução de evidências científicas na intervenção e tratamento dos pacientes. ” (LOPES, 2008, p. 772).
A construção da pesquisa se deu da seguinte maneira: escolha do tema e desenvolvimento da questão norteadora do estudo; determinação dos critérios de inclusão e exclusão dos artigos; divisão dos estudos selecionados; análise e interpretação dos resultados de cada estudo; e finalmente a apresentação dos resultados e conclusões.
Para a coleta de dados, foram realizadas pesquisas por meio de artigos científicos encontrados através das bases de dados como Scientific Electronic Library Online (SciELO) e a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os Descritores em Ciências da Saúde (DECs) usados em ambas as bases de dados, para a pesquisa foram: Enfermagem, Gravidez na Adolescência e Adolescência. 
Para a pesquisa dos dados foram usados como critérios de inclusão os artigos que estiveram de acordo com os descritores apresentados anteriormente, a data de emissão com o intervalo de 5 anos, ou seja, sendo de 2016 a 2021, idioma em português, texto completo e tema do texto relacionado ao estudo. Os critérios de exclusão foram teses de doutorado, dissertações de mestrado, artigos em inglês e estudos que não estavam relacionados ao tema proposto.
	A pesquisa para a coleta de dados foi realizada em março do ano de 2021. Na base de dados BVS foram encontrados 1.346 artigos com a junção dos descritores “enfermagem”, “gravidez na adolescência” e “adolescência”, em seguida se fez os critérios de exclusão e acabou restando 14 artigos, foram lidos os títulos e resumos e destes apenas dois foram selecionados conforme assunto proposto. 
A pesquisa na base de dados SciELO, foram utilizados com a junção dos descritores “enfermagem”, “gravidez na adolescência” e “adolescência” resultando em 59 artigos. Aplicando os critérios de exclusão foram selecionados quatro artigos e de acordo com título e resumo, resultaram em três artigos conforme o assunto proposto. Sendo assim, na base de dados SciELO, foram coletados apenas três artigos. Portanto, no total das duas bases de dados, foram selecionados cinco artigos para a pesquisa como mostra o fluxograma a seguir: 
Fluxograma 1
Fonte: elaborado pela autora (2021)
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
	A análise foi executada a partir dos cinco artigos selecionados que atenderam a questão da pesquisa, para a revisão de literatura. Após a leitura dos estudos, criou-se uma tabela descritiva contendo a identificação dos artigos representados pela letra A de “Artigo” com um número cardinal, título, referência e ano de publicação, conforme Figura 1.
Figura 01 – Descrição dos artigos selecionados para a revisão sistemática.
	Identificação
	Título
	Referência
	Ano 
	A1
	O enfermeiro promotor da saúde sexual e reprodutiva na adolescência: o caso do planeamento familiar
	GODINHO, A. et al. O enfermeiro promotor da saúde sexual e reprodutiva na adolescência: o caso do planeamento familiar. Revista UIIPS; vol. 8 n.º 1 (2020): Edição Temática: Ciências da Vida e da Saúde, [s. l.], 2020. Disponível em:< https://revistas.rcaap.pt/uiips/article/view/19906>. Acesso em: 06 Março 2021.
	2020
	A2
	Sexualidade na adolescência: uma revisão crítica da literatura 
	KERNTOPF M. R, LACERDA J.F.E, FONSECA N.H, NASCIMENTO E.P, LEMOS I.C.S, FERNANDES G.P, et al. Sexualidade na adolescência: uma revisão crítica da literatura. Adolescência e Saúde. 2016;13(Supl. 2):106-113. Disponível em: < http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=590> Acesso em 15 Mar 2021.
	2016
	A3
	A prevenção da gravidez na adolescência: uma revisão integrativa
	VIEIRA, Bianca Dargam Gomes et al. A prevenção da gravidez na adolescência: uma revisão integrativa. Revista de Enfermagem UFPE online, [S.l.], v. 11, n. 3, p. 1504-1512, fev. 2017. ISSN 1981-8963. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/13994>. Acesso em: 15 março 2021.
	2017
	A4
	A gravidez na adolescência e os métodos contraceptivos: a gestação e o impacto do conhecimento
	Ribeiro, Wanderson Alves et. al. A gravidez na adolescência e os métodos contraceptivos: a gestação e o impacto do conhecimento. Revista Nursing (São Paulo), 22(253): 2990-2994, jun. 2019. Disponível em: < http://www.revistanursing.com.br/revistas/253/pg98.pdf>. Acesso em: 06 março 2021.
	2019
	A5
	Papel do enfermeiro da estratégia de saúde da família na prevenção da gravidez na adolescência
	RIBEIRO, V. C. da S. et al. Papel do enfermeiro da estratégia de saúde da família na prevenção da gravidez na adolescência. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro; R. Enferm. Cent. O. Min. VOL.6, NO 1, 2016 ; 2236-6091, [s. l.], 2016. DOI 10.19175/recom.v0i0.881. Disponível em: http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=edsbas&AN=edsbas.D9946D33&lang=pt-br&site=eds-live. Acesso em: 08 março. 2021.
	2016
Fonte: elaborada pela autora (2021)
	
	Com relação ao assunto proposto, os cinco artigos trouxeram o enfermeiro como o intervencionista para com a prevenção da gravidez na adolescência. Em relação as datas de publicação, dois artigos são do ano de 2016, um do ano de 2017, um do ano de 2019, e, o mais recente sendo publicado no ano de 2020.
A1: Teve como objetivo de pesquisa identificar os cuidados de enfermagem no atendimento de planeamento familiar que promovem a saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes, junto com a questão norteadora do estudo sendo: “Quais os cuidados de enfermagem, no âmbito do planeamento familiar, que promovem a saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes? ”, utilizou-se o método scoping review, no qual, apresentou uma importante construção de confiança entre adolescente e enfermeiro, fortalecendo a relação com sessões periódicas de consultas com os mesmos, considerando a possibilidade de data e horário disponível e assegurando a total privacidade no atendimento. 
Destacou também, a educação sexual precoce dos adolescentes, ou seja, abordar as questões sexuais e de contracepção, oferecendo a informação e o método contraceptivo adequado de acordo com o que o adolescente necessita, promovendo pontos de vistas, experiências vividas positivas sobre a sexualidade, já no início da adolescência, a fim de sanar todas suas dúvidas, levando em consideração sua maturidade e capacidade de compreensão do assunto, visto que a educação precoce manifestou ser algo realmente eficiente nas medidas de prevenção. Sugeriu a abstinência sexual como possível prevenção de gravidez e IST e o fornecimento de métodos contraceptivos de barreira, sempre ressaltando a liberdade de escolha do adolescente.
A2: Teve como objetivo de pesquisa contribuir com o tema da sexualidade na adolescência bem como abordá-lo no contexto biopsicossocial, econômico, religioso e cultural por meio da metodologia de revisão crítica de literatura. Ressaltasse a educação em saúde juntamente com o envolvimento e apoio dos pais, escola e profissionais de saúde, visando o incentivo de troca de experiências, dúvidas em relação a contracepção, como a principal estratégia para o desenvolvimento eficaz da prevenção da gravidez na adolescência (A1). Porém, apresenta questões sobre o tabu e o desconforto em falar sobre o assunto, e o despreparo do profissional de saúde criando um distanciamento desfavorável e, comenta sobre alguns profissionais que infelizmente esbarram nos assuntos envolvendo temas religiosos, valores morais e nos mitos dificultando a troca de experiências e informações pertinentes para o adolescente, apresentando ainda, a incapacidade do profissional em lidar sobre o tema com ojovem.
Também ressaltasse sobre a importância da fala aberta sobre a sexualidade em si, quebrando tabus sobre o tema facilitando o compreendimento e dando espaço para o adolescente em falar sobre suas dúvidas e ações livremente sem ser julgado pela sociedade. Conclui responsabilizando os pais, os profissionais de saúde como os principais orientadores sobre a sexualidade e o sexo, e a necessidade do investimento em educação em saúde, orientação sexual por parte do governo, bem como a capacitação eficiente do profissional de saúde, para o mesmo conseguir a incentivar o adolescente a tomar decisões corretas nas práticas de sexo seguro, preparando-os os mesmos a lidarem com os julgamentos da sociedade em que ainda não aceita a sexualidade do adolescente como algo natural. 
A3: Teve-se como objetivo analisar o conhecimento cientifico brasileiro produzido sobre a prevenção da gravidez das adolescentes, sendo a questão norteadora da pesquisa: qual é o conhecimento científico brasileiro produzido sobre a prevenção da gravidez das adolescentes puérperas? ”, utilizando a metodologia de pesquisa de revisão integrativa de literatura. Se faz necessário a educação sexual diretamente para os adolescentes, visando instruir de forma correta em relação ao processo sexual e reprodutivo, como usar os métodos contraceptivos adequadamente, quais usar de acordo com a necessidade e orientações sobre a importância do planejamento familiar (A1 e A2). Concluiu sugerindo implementação de um serviço de saúde com competência, organização e de excelente qualidade e a capacitação do enfermeiro em educação em saúde, com o objetivo de estarem realmente capacitados para lidarem com a população jovem e criar novas estratégias que cativem o adolescente a participar das campanhas educativas propostas e que facilitem o acesso do mesmo nos serviços de saúde (A2).
A4: Objetivou-se em compreender porque adolescentes ainda engravidam apesar de toda a informação e métodos contraceptivos recebidos através da Atenção Básica a Saúde, trazendo questões como: “Quais conhecimentos as adolescentes possuem sobre a gravidez? ”, “Qual o impacto que a gestação tem causado na vida dessas adolescentes? ”, e, para obter tal respostas, utilizou-se do método de caráter exploratório descritivo em pesquisa em campo com abordagem quanti-qualitativa. Portanto, também destacou a educação em saúde e sexual de acordo com a necessidade do jovem, e o enfermeiro como o principal intervencionista no tema (A1, A2 e A3), entretanto, com um diferencial de expor a realidade do assunto, sendo: as experiências emocionais, sociais e culturais em consequência de uma gravidez na adolescência, trazendo o problema da entrada precoce do mercado de trabalho, ocasionando o abandono escolar, abordando não só o adolescente, mas seus pais também. 
O não reconhecimento da opinião das adolescentes em relação a sua gravidez, justificaria o fracasso dos projetos em educação sexual, já que os principais alvos destes projetos não são realmente ouvidos. Concluiu-se também que o assunto sexualidade na adolescência deve ser debatido para que o adolescente possa se sentir à vontade de expor sua opinião, desejos e anseios bem como ter total liberdade de sanar suas dúvidas sem nenhum tabu sobre o assunto, ressaltando a participação da escola e dos pais para melhor apoio e compreensão sobre o tema (A2)
 A5: Objetivou-se em identificar as ações utilizadas pelos enfermeiros das Estratégias de Saúde da Família do município de Divinópolis – MG para a prevenção da gravidez na adolescência, o mesmo mostra o motivo que levou a realização do estudo, foi a observação do grande fluxo de adolescentes nas consultas de pré-natal, tratando-se de uma pesquisa de caráter quantitativo de abordagem exploratória. Mostrou a educação sexual e as ações educativas de extrema importância no papel do enfermeiro (A1, A2, A3 e A4), e apontou a necessidade da criação de uma relação de confiança entre o adolescente e o enfermeiro e nas consultas assegurando total privacidade ao usuário (A1), entretanto, expos as dificuldades do profissional em promover estas ações, com a falta de estrutura e de recursos, além do sobrecarregamento e a falta de capacitação do mesmo nestas intervenções. Ressaltou também a necessidade de se discutir sobre a sexualidade na adolescência, juntamente com escola e pais, para se romper o tabu do assunto, dando total liberdade para o adolescente de expor sua opinião e dúvidas sobre o tema com mais naturalidade (A2 e A4). Concluiu-se que o enfermeiro deve atuar em conjunto com uma equipe multiprofissional, bem como receber auxílio da Secretaria Municipal de Saúde com o objetivo de melhorar a logística e a estrutura para o desenvolvimento das ações preventivas e a sua inserção na comunidade e as escolas para observar mais de perto as necessidades de cada adolescente, desenvolvendo novas estratégias e ações que possibilitam uma prevenção eficaz da gravidez na adolescência.
Após a leitura sistemática dos artigos selecionados na íntegra, evidenciou-se que todos os estudos apresentaram a relevância e o protagonismo do profissional enfermeiro em ações de prevenção de gravidez na adolescência, ressaltando assim, a sua extrema importância no assunto do estudo. Também, todos os artigos analisados, apresentaram a educação sexual como o principal método para a atuação do enfermeiro na prevenção da gravidez na adolescência. 
Apesar desta ser a sua principal maneira, mostrou-se muitas dificuldades em fazê-lo, quando o jovem não é cativado pela ideia, pelo medo de serem julgados, o tabu em cima do tema, falta de estrutura, cooperação multiprofissional e a falta de tempo dos enfermeiros em realizar a ação intervencionista. Foi evidenciado a ausência de capacitação do enfermeiro para promover tal intervenção educacional, o qual é um grande problema, já que o profissional enfermeiro tem o papel principal de educador em saúde, dificultando seriamente no êxito eficaz da prevenção. Sugeriu-se a opção da abstinência sexual para o adolescente como método contraceptivo e proteção contra IST, o que é algo improvável que se aconteça no momento atual no Brasil, já que o início da vida sexual do adolescente está cada vez mais precoce juntamente com comportamentos de risco a saúde que estimulam de alguma forma o sexo precocemente, como mostra a conclusão de Gonçalves et. al (2015).
“Os resultados encontrados neste estudo sugerem uma relação entre o início sexual até os 14 anos de idade e a ocorrência de comportamentos considerados de risco à saúde, como experimentação de álcool e fumo, episódio de embriaguez, envolvimento em brigas e uso de drogas ilícitas pelo adolescente ou pelos seus amigos. ” (GONÇALVES et. al, 2015, p.15)
Mostrou-se a necessidade de se chocar o adolescente nas intervenções educacionais sobre o assunto, mostrando a realidade, chocando o jovem com relatos reais de gravidez na adolescência que tiveram um fim trágico, mudanças radicais e problemas financeiros além de desentendimento entre as famílias, para um entendimento mais amplo sobre a gravidez, explicando que ainda há vários fatores envolvidos além do puerpério em si e ao mesmo tempo respeitar a opinião da adolescente em querer engravidar mesmo tendo ciência de tais fatores problemáticos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Este estudo possibilitou compreender as dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros na atuação da prevenção da gravidez na adolescência bem como ressaltar o seu protagonismo e importância no assunto. Ficou claro que a educação em saúde é o instrumento mais usado pelo profissional enfermeiro, mas que sem a cooperação multiprofissional e até mesmo do adolescente, dificulta no êxito da prevenção, portanto, para que esse êxito funcione, o enfermeiro pode se inserir nas escolas, construindo uma capacitação, através do Programa Saúde na Escola (PSE). 
Este programa que pode auxiliar o enfermeiro a desenvolver uma conexão com os enfermeiros de unidades básicas próximos a escola, e, com o apoio e participação de professores e pedagogos, bem como parceriacom instituições de ensino em graduação de enfermagem com o intuito de elaborar palestras e atividades dinâmicas com os alunos, semanalmente ou mensalmente, com a temática da educação sexual, com o linguajar que respeite a idade e a maturidade de cada aluno, abrindo espaço para que o jovem fale sobre suas dúvidas ou curiosidades sem ser julgado. 
 Evidenciou-se também que a sexualidade é um assunto que deve ser discutido bem como a gravidez precoce, junto com pais e adolescentes, expondo as consequências de uma atividade sexual sem a proteção adequada, visando melhor entendimento e menos tabu sobre o tema, evitando forçar o jovem à abstinência sexual, mas respeitando a sua escolha com mais instruções, auxiliando na criação de um vínculo de confiança entre os pais, enfermeiro e adolescente, durante as consultas na unidade básica de saúde, contribuindo para que o jovem tenha empoderamento e não tenha medo de querer sanar suas dúvidas e vergonha na obtenção de contraceptivos gratuitos oferecidos na UBS.
Sendo assim, é necessário agir em várias dimensões: familiar, educacional e governamental. O enfermeiro poderá agir em ambas: na dimensão familiar poderá conscientizar as famílias através do diálogo e dos meios de comunicação; na dimensão educacional poderá também agir promovendo palestras ou conteúdo para os jovens que visem a conscientização sobre o tema; na dimensão governamental poderá atuar em programas sociais do governo que visem uma inspeção direta nas escolas públicas e privadas, onde o terá o papel de intervir pela educação sexual dos jovens além de colaborar com a saúde do adolescente em geral.
Espera-se que com esse trabalho, o papel do enfermeiro seja mais valorizado neste assunto, já que o mesmo enfrenta várias dificuldades para com o êxito na prevenção da gravidez na adolescência.
REFERÊNCIAS:
ARAÚJO, de Dantas Lima Rayanne. Et al, Gravidez na adolescência: consequências centralizadas para a mulher. Temas em Saúde, v.16, n.2, João pessoa - PB, 2016.
AZEVEDO, Walter Fernandes de et al. Complicações da gravidez na adolescência: revisão sistemática da literatura. Einstein, São Paulo, v.13, n. 4, p.618-626, dez.  2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-45082015000400618&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 20 Nov.  2020.   
BRASIL. Lei nº 13.798, de 3 de janeiro de 2019. Acrescenta art. 8º-A à Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), para instituir a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. Diário Oficial da União 2019; 4 jan.
BRASIL. Lei nº 12.015, de 07 de agosto de 2009. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União 2009; 10 ago.
BRASIL. Lei nº 6.286, de 5 de Dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola – PSE e dá outras providencias. Brasília: Ministério da saúde, Ministério da Educação, 2007.
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de Julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Ministério da Justiça, 1990.
DIAS, Ana Cristina Garcia; TEIXEIRA, Marco Antônio Pereira. Gravidez na adolescência: um olhar sobre um fenômeno complexo. Paidéia - Ribeirão Preto v.20, n.45, p.123-131, abr. 2010.
GONÇALVES, Helen et al. Início da vida sexual entre adolescentes (10 a 14 anos) e comportamentos em saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2015, v. 18, n. 1. Acesso em: 10 de junho de 2021. pp. 25-41. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1980-5497201500010003>.
GURGEL, Maria Glêdes Ibiapina et al. Desenvolvimento de habilidades: estratégia de promoção da saúde e prevenção da gravidez na adolescência. Rev. Gaúcha Enferm. (Online), Porto Alegre, v. 31, n. 4, p. 640-646, dez. 2010.  
LEMOS, Adriana. Direitos sexuais e reprodutivos: percepção dos profissionais da atenção primária em saúde. Saúde debate, Rio de Janeiro, v.38, n.101. jun.  2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042014000200244&lng=en&nrm=iso>. Acesso em:19 Nov. 2020.  
LOPES ALM, Fracolli LA. Revisão sistemática de literatura e metassíntese qualitativa: considerações sobre sua aplicação na pesquisa em enfermagem. Texto & Contexto Enferm. 2008;17(4):771-8.
MORGADO, Alice Murteira; VALE-DIAS, Maria da Luz. Adolescência e delinquência: variáveis significativas para a construção de um modelo explicativo.  Psicologia, Saúde & Doenças, Lisboa, v.15, n.1, p.277-291, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862014000100022&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 19 Nov.  2020.
SILVA, Aniel de Sarom Negrão et al. Início da vida sexual em adolescentes escolares: um estudo transversal sobre comportamento sexual de risco em Abaetetuba, Estado do Pará, Brasil. Rev Pan-Amaz Saude, Ananindeua, v. 6, n.3, p.27-34, set. 2015. Disponível em: <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-62232015000300004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 19 nov.  2020.
WORLD HEATLH ORGANIZATION. Maternal, newborn, child and adolescent health: adolescent development. 2017. Dísponível em: < https://www.who.int/news-room/q-a-detail/adolescent-health-and-development>. Acesso em: 12. Nov. 2020