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SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA

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Semiologia psiquátrica 
RAYANE AGUIAR – P5/P9 
1ºs passos 
*Verificar quem ou o que levou o paciente a procurar 
ajuda? 
*Escolher melhor local para atendimento. 
*Confidencialidade pode ser rompida em certas 
situações dentro da psiquiatria: risco de vida para si 
mesmo ou outra pessoa; autorização judicial. 
 
2º passo 
*Estabelecimento de uma relação de confiança. Uso 
de expressões que confortem o paciente e o faça abrir 
espaço para fala. O paciente deve se sentir acolhido e 
receber compreensão. 
 
Relação médico paciente 
*Respeitar o paciente e se manter neutro. Procurar 
saber da religiosidade do paciente e os mais variados 
tipos de religião. 
*Comunicação clara, uso de termos simples. 
*Empatia: demonstrar uma postura empática. 
*Postura consciente e contorno de situações 
limítrofes. 
*Transferência e contratransferência entre o médico e 
o paciente. 
 
Sala de atendimento 
*2 portas (uma atrás do médico para sua segurança) 
*Ambiente amplo, com telas nas janelas, sem objetos 
perfurocortantes, sem decoração chamativa ou que 
estimule o paciente. 
 
Anamnese Psiquiátrica 
Elementos básicos: verificar Fonte e Confiabilidade. 
 
Dados de Identificação 
Queixa principal 
História evolutiva e social (Infância, Puberdade, Vida 
adulta) 
História da Doença atual 
História Psiquiátrica Pregressa 
História Familiar 
Sono 
Uso/Abuso de substância (início, tempo, padrão de 
uso, último uso) 
Comorbidades clínicas (verificar para evitar interação 
medicamentosa ou o medicamento estar causando 
efeito colateral que dê sintoma psiquiátrico; algum 
medicamento pode causar, exacerbar ou minimizar o 
quadro psiquiátrico.) 
Saúde da Mulher (Planejamento Familiar) 
Revisão geral de Sistemas 
Exame do Estado Mental 
Exame Físico 
Formulação Diagnóstica (DSM-5 e/ou CID11) 
Plano Terapêutico (não é apenas prescrição de 
medicação. Há uma combinação de várias 
estratégias.) 
 
Pacientes Difíceis: Médico deve estar preparado 
*Psicóticos 
*Potencialmente Suicidas 
*Hostis e potencialmente violentos: 
-Comportamento provocativo 
-Manifestações frequentes de raiva. 
-Falar alto com discurso agressivo 
-Postura tensa (p. ex., punhos cerrados, braços 
apertados contra o corpo) 
-Mudanças frequentes de posição corporal, caminhar 
de um lado para outro. 
-Atos agressivos (bater-se, esmurrar paredes). 
*Pacientes que mentem 
 
Paciente psicótico: tem que ter pelo menos 2 dos 3 
critérios abaixo: 
- Alteração dos níveis de realidade; 
- Alucinações; 
- Desorganização do pensamento e ou do 
comportamento. 
Esse tipo de paciente o médico tem que ter a postura 
mais neutra possível. Nunca levantar a voz ou fazer 
gestos que o induzam a se sentir ameaçado. O 
paciente tem que sentir que o médico está disponível 
e preparado para ajudá-lo. 
 
Risco de suicídio: o paciente que potencialmente tem 
o risco de cometer o suicídio deve-se ter medidas 
básicas e ser protegida, seja no ambiente doméstico 
ou hospitalar. 
Deve-se saber o método, a quantidade de vezes, se 
houve tentativa anteriores, se a cada tentativa as 
medidas são mais agressivas, saber se sempre teve 
ideia suicida ou não, saber a letalidade do método, 
caracterizar a intencionalidade suicida, contactar a 
família, realizar a estratificação do risco do paciente 
em cometer o risco (alto, médio ou baixo) a 
estratificação serve apenas para guiar a conduta a ser 
feita no paciente. 
 
Manejo: 
Manter postura honesta e franca, com atitude 
receptiva; 
Evitar movimentos bruscos; 
Assegurar ao paciente que você pretende ajudá-lo a 
controlar seus impulsos; 
Manter alguma distância física; 
Evitar fazer anotações; 
Apresentar-se e apresentar outros membros da 
equipe; 
Semiologia psiquátrica 
RAYANE AGUIAR – P5/P9 
Falar pausadamente, mas firme e fazer perguntas 
claras e diretas; 
Mostrar alguma flexibilidade na condução da 
entrevista, mas sem barganhas; 
Colocar limites de maneira objetiva, mas acolhedora; 
Não fazer ameaças e não confrontar; 
Estimular o paciente a expressar seus sentimentos em 
palavras. 
 
Descrição do exame de estado mental: 
 
Aparência: geral, postura do paciente, vestes e 
adereços. 
 
Cognição: é uma função mental complexa 
decomposta em outras funções mentais, como a 
consciência. 
 
Consciência: Consciente – Sonolento – Torporoso - 
Comatoso - Confuso - Dissociado 
 
Orientação: Autopsíquica (eu) Alopsíquica (ambiente 
– Tempo e Espaço) 
Saber quem é, o que faz, o nome. Saber o dia, mês, 
ano, local de moradia. 
 
Atenção 
Normoprosexia (global) 
Tenacidade (capacidade de manter o foco sobre 
determinado objeto) (Normo/Hipo/Hiper) 
Vigilância (capacidade de mudar de foco) 
(Normo/Hipo/Hiper) 
 
Memória 
Trabalho: funciona junto com a orientação. Consegue 
dar orientação 
Episódica: narração do dia e passado, contação 
Semântica: capacidade de dar significado dos objetos 
Procedural: automaticamente. É inconsciente. Ex: 
andar de bicicleta. 
Preservada ou Comprometida 
 
Atividade motora: 
Normal (típica) 
Lentificada (Bradicinesia) 
Agitada (Hipercinesia) 
Estereotipias 
Tremores 
Tiques 
Marcha 
 
Fala: 
Quantidade (Normal - Aumentada – Diminuída) 
Fluência (Fluida - Entrecortada - Desarticulada- 
Tartamudez (gagueira) 
Ritmo (Normal - Acelerado - Lentificado) 
Tom Irritadiço (Exaltado - Ansioso – Infantil - Tímido) 
Volume (Normal - Alto - Baixo) 
 
Afetividade: 
Humor: tônus afetivo mais crônico – duradouro. É o 
plano de fundo. 
-Eutímico 
-Elado (Expansão do Eu) 
-Exaltado 
-Deprimido 
 
Afeto: é mais variável e muda conforme os estímulos 
recebidos. 
-Modulação (Plano) 
-Normomodulado 
-Hipomodulado (Aplainado) 
-Hipermodulado (Lábil) 
 
-Ressonância (capacidade de transmitir a afetividade 
para outra pessoa) 
-Normoressonante 
-Hiporessonante 
-Embotamento (nenhuma expressividade afetiva) 
 
Qualitativamente: Irritado, Disfórico, Alegre, Triste, 
Adequado, Inadequado 
 
Pensamento: 
Forma 
-Organizado/Coerente 
-Desorganizado (frases soltas sem conexão) 
-Desagregado (perde completamente a lógica.) 
-Associações Frouxas 
-Fuga de Ideias 
 
Curso 
-Normal 
-Acelerado (taquipsiquismo) 
-Lentificado 
 
Conteúdo 
- Prevalente 
- Sem prevalência 
 
Delírios (não é contestável) – é alteração do conteúdo 
do pensamento. 
Deve preencher 3 critérios: 
- convicção irremovível e crença inabalável 
- deve ser impenetrável e incompreensível para o 
indivíduo normal 
- impossibilidade de conteúdo plausível 
 
Tipos: 
-místico, -paranoico, - de influência. 
Semiologia psiquátrica 
RAYANE AGUIAR – P5/P9 
Sensopercepção: 
-Alucinações (estímulo que não existe): é uma 
percepção sem objeto e pode envolver os 5 sentidos. 
Sentido afetado (visão, audição, tato, paladar, olfato) 
Características (forma, frequência) 
-Ilusão (destorce o sentido de determinado objeto) 
-Pseudoalucinações (alucinação mal caracterizada) 
-Alucinose (acontece nos casos de embriaguez –
psicorgânico – a crítica é preservada. Sabe que o que 
está acontecendo é alucinação) 
 
Juízo de Realidade: 
Ideias sobrevaloradas: ainda passíveis de contestação. 
 
 
* Delírio de Cotard, também conhecida como 
síndrome do cadáver ambulante, é uma condição 
médica na qual o indivíduo acredita estar morto ou 
que seus órgãos não estejam mais funcionando ou 
necrosados, ou ainda, de que seus familiares, amigos 
ou o mundo que o rodeia não existem mais. 
 
* Delírio de ruína: acontece na depressão. Indivíduo 
acredita que tudo vai dar errado, é pessimista. Acha 
que já morreu.

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