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Dermatoviroses: Herpes e Varicela

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1 
HELOÁ SANTOS – MED99 
DERMATOLOGIA – P1. 
Dermatoviroses 
São viroses que repercutem na pele. 
 Herpes simples 
 Varicela 
 Herpes Zoster 
 Verrugas; 
 Molusco contagioso. 
 
A maioria das dermatoviroses são de DNA. 
Herpes vírus 
 Grupo dos DNA vírus; 
 Família Herpesviridae; 
 Mais de 100 tipos diferentes; 
 Oito vírus nos seres humanos. 
 
HHV 6 e 7 causam o exantema súbito que é muito 
comum em crianças. Já o HHV 8 causa o Sarcoma de 
Kaposi, principalmente, em imunodeficientes (HIV 
+). 
 
Herpes simples: 
 Causado elo Herpes simplex vírus tipo 1 e 2; 
 Ocorre a partir do contato com o indivíduo 
infectado; 
 Cerca de 70% das pessoas já entraram em 
contato com esse vírus, mas não 
necessariamente elas desenvolveram 
sintomas e nem mesmo irão desenvolver a 
doença; 
 HSV 1: maioria das lesões extragenitais, sendo 
mais comum nas mucosas labiais; 
 HSV 2: infecções de transmissão sexual. 
 Arranjo herpetiforme: vesículas agrupadas 
sobre placa eritematosa. 
→ Tem-se um eritema juntamente com 
vesículas; 
→ Algumas vesículas estão agrupadas, se 
coalesceram formando bolhas. 
 
 Primo-infecção: 
o Necessita de contato prévio para 
desenvolver o herpes; 
o Quase sempre assintomática (90%); 
o Cerca de 1-10% das pessoas podem 
desenvolver manifestações locais severas, 
que podem ocorrer em crianças e 
indivíduos imunodeprimidos; 
o Sintomas: edema, múltiplas vesículas, 
erosões dolorosas, adenomegalias 
regional, febre e dores no corpo. 
o Geralmente os quadros mais comuns de 
primo-infecção herpética são: 
gengivoestomatite herpética e 
vulvovaginite herpética. Elas dão quadros 
mais agudos que o normal. 
 
2 
HELOÁ SANTOS – MED99 
DERMATOLOGIA – P1. 
 
No herpes orolabial observa-se: 
→ Arranjo herpetiforme (vesículas agrupadas 
sobre placas eritematosas); 
→ Algumas vesículas já estão pustulizando 
(vesicopústulas); 
→ Edema, adenomegalia cervical e também 
sintomatologia geral. 
No herpes genital observa-se as mesmas 
características: 
→ Vesicopústulas; 
→ Edema; 
→ Halo eritameatoso ao redor de cada 
pústula; 
→ Doloroso; 
→ Adenomegalia inguinal; 
→ Sintomas gerais; 
→ Na genital feminina há presença de áreas 
erosadas; 
→ Essa mulher pode ter sintomatologia 
urinária – disúria, retenção urinária. 
Após a primo-infecção, o vírus se esconde nos 
gânglios nervosos regionais, entrando em latência. 
Ou seja, esse vírus fica “adormecido” na espera de 
estímulos para que ele se ative novamente, porém 
de uma forma mais branda e com sucessivos 
episódios – Herpes recidivante (recorrente). 
Obs: é esperado a ocorrência de cerca de 3 
episódios por ano. 
OBS: a primo-infecção herpética pode complicar 
com meningoencefalite herpética e pneumonia 
herpética. 
 Herpes recidivante/recorrente: 
o Erupção autolimitada; 
o Vesículas agrupadas sobre placa 
eritematosa; 
o Em geral, próxima ou nas mucosas; 
o Precedida por prurido, dor ou ardor; 
o Vesículas > seropústulas > crostas 
melicéricas; 
o Resolução em até 15 dias sem cicatriz; 
o Pode ocorrer adenomegalia regional. 
Exemplo: vamos supor que seja um herpes simples 
extragenital. A pessoa começa a sentir um prurido 
na mucosa labial, dor e ardor. Inicia um quadro de 
eritema, um pouco de edema e, posteriormente, 
formam-se as vesículas agrupadas sobre base 
eritematosa (arranjo herpetiforme). Essas 
vesículas se transformam em seropústulas, que se 
rompem e formam as crostas melicéricas. 
O herpes já é contagiante desde a fase do prurido 
por contato direto ou por fômites. 
 Fatores desencadeantes: 
o Exposição ao sol – imunodepressor da 
pele; 
o Exposição ao frio; 
o Febre; 
o Infecções; 
o Estresse físico ou mental; 
o Ingesta excessiva de chocolate. 
 Topografia: 
Em geral, nos lábios, genitais e em áreas próximas, 
mas todo o tegumento pode exibir lesões. 
 
 
 
 
 
3 
HELOÁ SANTOS – MED99 
DERMATOLOGIA – P1. 
 
Quando ocorre na região próxima aos olhos, deve se 
ter muita atenção, pois se essas lesões atingirem os 
olhos, podem causar uma ceratite herpética. 
 
Quando ocorre nos dedos, chama-se panarício 
herpético. 
 
 
O halo eritematoso em área genital de mucosa fala 
muito a favor de infecção viral. 
Por ser mucosa, a vesícula se transforma em 
erosão. Então, o herpes genital de mucosa tem 
esse caráter mais erosivo. 
 Diagnóstico: 
o Clínico – história e exame físico; 
o Citologia de Tzanck: colher o material do 
fundo da vesícula e observar a presença de 
células gigantes multinucleadas. Também 
são observadas na varicela e herpes zoster. 
O diagnóstico de rotina é CLÍNICO!! 
 
 Diagnóstico diferencial: 
o Herpes zoster – respeita o dimidio 
cutâneo; 
o Impetigo – lesão própria da pele. Às vezes 
o herpes pode sofrer uma infecção 
secundária e ser confundido com impetigo; 
o Foliculite – às vezes, o herpes simples pode 
ser folicular e simular uma foliculite; 
o Farmacodermia – pode simular um herpes 
simples disseminado; 
o Sífilis primária – cancro duro: pode 
confundir com herpes simples genital; 
o Cancro mole. 
 Tratamento: 
o Basicamente por via oral. 
o As pomadas/cremes possuem pouca 
eficácia; 
o Aciclovir e seus derivados; 
o Vacina não tem eficácia confirmada. 
 Posologia: 
o Aciclovir: 200mg 4/4h, 5x/dia por 5 dias OU 
400mg 8/8h por 7 dias. 
o Terapia supressora com aciclovir: 200mg 
4/4h OU 400mg 12/12h por 6 meses. Pode 
ser feito IV quando o quadro é mais grave: 
5-10mg/Kg de 5-7 dias em ambiente 
hospitalar. 
 
4 
HELOÁ SANTOS – MED99 
DERMATOLOGIA – P1. 
→ É realizada essa terapia supressora 
quando o indivíduo tem mais de 3 
episódios por ano. 
o Valaciclovir: 1g de 12/12h de 7-10 dias na 
primo-infecção E 1g/dia de 3-5 dias no 
herpes recidivante. 
o Fanciclovir na primo-infecção: 250mg de 
8/8h de 7-10 dias. Nas recidivas: 125mg de 
12/12h por 5 dias. 
Obs: quanto ao herpes genital na paciente grávida: 
se na hora do parto ela estiver com a presença do 
herpes simples genital, estará indicada a 
cesariana. 
Varicela-Zoster vírus 
Varicela: 
 Causada pelo varicela-zoster vírus; 
 Doença autolimitada; 
 Soroprevalência de 95% na população adulta; 
 Transmissão por aerossol e por contato direto 
com a pele; 
 Incubação de 15 dias; 
 Pródromos: enantema de orofaringe, febre 
alta, astenia e tosse seca. 
 Lesão: “gota de orvalho sobre pétala de rosa” 
→ São vesículas salpicadas sobre base 
eritematosa. 
 
 São máculas eritematosas de distribuição 
craniocaudal, poupando as extremidades. 
 Em 8-12h evoluem para vesículas, pústulas 
estéreis e crostas que surgem em surtos. 
 Observam-se lesões em todas as fases: 
polimorfismo lesional. 
 
Lesões em fase de mácula, vesícula e crosta em 
uma mesma região; há muito prurido e deixa uma 
cicatriz atrófica. 
 Evolução benigna na maioria dos casos; 
 Prurido é de moderado a muito intenso; 
 Afeta as mucosas – sinal de alerta; 
 Infecção secundária é comum; 
 Cicatrizes formadas pela remoção das crostas; 
 Resolução em até 15 dias; 
 Complicações mais frequentes são pneumonia 
e encefalite. 
 
 Tratamento: 
o Prurido: anti-histamínicos; 
o Vesiculopústulas: banhos de 
permanganato de potássio; 
o Cremes cicatrizantes e para o alívio do 
prurido; 
o Aciclovir/Valaciclovir: redução do quadro. 
Posologia é a mesma do Herpes-zoster. 
→ Aciclovir: 800mg 4/4 h 5x/dia 7-10 dias; 
→ Valaciclovir: 1g 8/8h 7 dias. 
o A vacina tem eficácia comprovada. 
 Síndrome de Reye: ocorre pelo tratamento 
com salicilatos, levando ao dano hepático e 
cerebral. É uma complicação da associação de 
uma infecção viral com os salicilatos. 
 Não se utiliza antiviral em criança abaixo de 12 
anos, porém se for grave, usa-se Aciclovir 
 
5 
HELOÁ SANTOS – MED99 
DERMATOLOGIA – P1. 
20mg/Kg por VO, 4x ao dia, não excedendo 
3200 mg/dia. 
Herpes zoster: 
 Após o quadro de varicela, o vírus ficalatente 
em um gânglio nervoso por anos; 
 O mais comum é que essas lesões apareçam 
em idosos, pois essa população já tem 
naturalmente a imunidade baixa. Com isso, o 
vírus varicela-zoster se reascende, culminando 
com o herpes zoster. 
 Indivíduos com herpes zoster podem 
transmitir o vírus a pessoas susceptíveis, que 
após o período de incubação manifestam 
varicela. 
→ Exemplo: um vovô que tem zoster pode 
transmitir o vírus ao netinho que irá 
desenvolver varicela. 
 
 Arranjo zosteriforme: vesículas agrupadas 
sobre placas eritematosas no trajeto de 
nervos, no interior de um dermátomo. 
 
 Desencadeantes: 
o Estresse físico ou mental; 
o Doenças subjacentes (IAM); 
o Neoplasias (linfomas); 
o Imunodepressão (AIDS, transplantes). 
 Topografia: 
Frequência decrescente: dermátomos torácicos, 
cranianos, lombares e sacro, respectivamente. 
 Quadro clínico: 
o Vesículas agrupadas sobre placas 
eritematosas no trajeto de nervos 
sensitivos (dermátomos) 
o Raramente ultrapassa a linha mediana. Se 
ultrapassar, é sinal de alerta; 
o Pode ser precedido de dor e febre; 
o Dor é de moderada a muito intensa; 
o Resolução em cerca de 15 dias; 
o Recorrência é rara em imunodeprimidos. 
Indivíduo começa a ter uma dor dentro do nervo 
devido à uma inflamação (neurite). Desse nervo, o 
vírus se encaminha para a pele e faz as lesões 
cutâneas – vesículas agrupadas sobre placas 
eritematosas no trajeto do nervo afetado, 
respeitando o dimidio cutâneo. 
o A neuralgia pós-herpética pode 
permanecer muito tempo depois da 
resolução das lesões cutâneas. 
o O zoster só ocorre uma vez, tem imunidade 
definitiva. Com isso, se essa lesão 
ultrapassar o dimidio cutâneo, começar a 
ser recidivante ou assumir um caráter 
necrótico gangrenoso, fique atento. É UM 
SINAL DE ALERTA! 
→ Requer investigação de 
imunossupressão subjacente. 
 
 
6 
HELOÁ SANTOS – MED99 
DERMATOLOGIA – P1. 
 
 Diagnóstico: 
o Clínico – história e exame físico; 
o Citologia de Tzanck. 
 Complicações: 
o Neuralgia pós-herpética: mais comum 
acima de 50 anos (10 a 25%). Difícil 
tratamento. 
o Ceratite herpética: lesões faciais com 
acometimento do nervo oftálmico. Pode 
evoluir com cegueira. 
o Síndrome de Ransay Hunt: nervo facial e 
auditivo episilateral, causando paralisia 
facial, lesões do conduto auditivo externo 
e tímpano, culminando com surdez, 
tinindo e vertigem. 
 
Quando o paciente sente uma dor prévia na ponta 
do nariz, isso já indica que vai haver 
comprometimento oftalmológico. 
 
 Diagnóstico diferencial: 
o Herpes simples 
o Impetigo 
o Foliculite 
o O quadro doloroso que antecede as lesões 
cutâneas pode simular apendicite, úlcera 
duodenal, cólica renal e infarto agudo do 
miocárdio. 
 
 Tratamento: 
o Aciclovir: 800mg 4/4 h 5x/dia 7-10 dias; 
o Fanciclovir: 250 –500mg 8/8h 7 dias; 
o Valaciclovir: 1g 8/8h 7 dias. Parece que tem 
uma resposta melhor na prevenção da 
nevralgia pós-herpética. 
o Para a sintomatologia dolorosa: 
 Corticoides orais – há controvérsia. Se 
ele for usado na fase inicial do Zoster, 
eles podem prevenir a nevralgia pós-
herpética. 
 Analgésicos – alívio da dor. 
o Vacinas: 
 Zostavax: mesma cepa do varicela 
Zoster atenuado da vacina Varivax, 
porém com concentração maior. Dose 
 
7 
HELOÁ SANTOS – MED99 
DERMATOLOGIA – P1. 
única de 0,65ml SC em indivíduos acima 
de 60 anos. 
Verrugas 
 Causadas pelo papiloma vírus humano (HPV), 
do grupo Papovavirus; 
 Proliferações benignas da pele e mucosas; 
 Contágio pelo contato interpessoal; 
 Evolução lenta e crescimento variável; 
 Diversas apresentações clinicas, pois existem 
mais de 70 tipos de HPV; 
 Raramente relacionadas e neoplasias 
cutâneas. 
 
São pápulas com superfície ceratótica e com 
pontos enegrecidos, que correspondem aos 
capilares trombosados pela inoculação viral 
dentro da camada de Malpighi. 
 Incubação: 2 a 9 meses; 
 Pápulas de superfície verrucosa na pele; lisas e 
brilhantes nas mucosas (vegetantes 
condilomatosas); 
 Crescimento progressivo; 
 Número variável; 
 Pode haver involução espontânea; 
 Recorrência eventual. 
 Formas clínicas: 
1. Verruga vulgar 
2. Verruga filiforme 
3. Verruga plana 
4. Verruga plantar 
5. Condiloma acuminado 
Verruga vulgar: 
 Pápulas de superfície verrucosa/ceratótica; 
 Qualquer idade (+ frequente em crianças); 
 Qualquer topografia (+ comum: mãos e 
dedos); 
 Número variável; 
 Área periungueal: dificuldade terapêutica. 
 
Verruga filiforme: 
 Elementos filiformes muito ceratósicos; 
 Em geral isolados e únicos ou pouco 
numerosos; 
 Mais comum em adultos; 
 Mais frequente no rosto. Nos homens, pode 
ocorrer na barba em grandes quantidades. 
 
Verruga plana: 
 Pápulas pouco salientes com superfície plana e 
lisa; 
 Com até 5 mm de diâmetro; 
 Apresentam um tom um pouco amarelado; 
 Com a lupa é possível enxergar uma fina rede 
desse aspecto verrucoso; 
 Podem ser numerosas; 
 Mais comuns em crianças e adolescentes; 
 Mais frequentes no rosto e dorso das mãos. 
 
8 
HELOÁ SANTOS – MED99 
DERMATOLOGIA – P1. 
 
Verruga plantar: 
 Devido a pressão são pouco salientes; 
 Crescem para o interior do tegumento – 
apresentam uma invaginação; 
 Superfície ceratósica ou escavada com pontos 
negros (capilares trombosados); 
 Dolorosas e dificultam a marcha; 
 Podem ser confundidas com calosidades. 
 
 
Condiloma acuminado ou verruga genital: 
 Lesões vegetantes condilomatosas, úmidas, 
isoladas e agrupadas; 
 Desde pequenas pápulas a lesões exuberantes 
(“aspecto de couve-flor”, “crista de galo”); 
 Área genital e perigenital, também na mucosa 
uretral, vaginal e retal; 
 Suspeita de abuso sexual em crianças e 
adolescentes. 
 
 
 Diagnóstico: 
o Clínico (exame físico); 
o Biópsia com histopatologia. 
Se houver uma suspeita de abuso sexual, é 
importante colher o material para a realização de 
biópsia. 
 Potencial oncogênico: 
o Alto risco: 16 e 18; 
o Médio risco: 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 54, 
56, 58; 
o Baixo risco: 6 e 11. 
 Diagnóstico diferencial: 
o Molusco contagioso; 
o Líquen plano – doença autoimune; 
o Pápulas peroladas do pênis – são benignas; 
o Ceratose seborreica; 
 
9 
HELOÁ SANTOS – MED99 
DERMATOLOGIA – P1. 
 
 
 
 
 Tratamento: 
o Eletrocoagulação; 
o Cauterização química; 
o Medicamentos cáusticos; 
o Crioterapia; 
o Imunomoduladores: imiquimode, 
interferon, etc. 
Molusco contagioso 
 Causado pelo Molluscum contagiosum vírus; 
 Contágio pelo contato interpessoal; 
 Mais frequente em crianças: áreas expostas; 
 Adultos: contato sexual – genitais e áreas 
próximas; 
 Na AIDS: lesões maiores, numerosas e de difícil 
tratamento. Pode haver lesões na face e na 
córnea. 
 
Pápulas peroladas com umbilicação central. 
 Incubação: 14 dias a 6 meses; 
 Pápulas umbilicadas, peroladas de 3 a 5mm; 
 Crescimento progressivo; 
 Número variável; 
 Qualquer área, muito raro nas mucosas; 
 Lesões em adultos, em especial nos genitais: 
pesquisar DSTs, em particular AIDS; 
 Autoinoculação pós-trauma (fenômeno de 
Koebner): é a reprodução de uma lesão após 
um traumatismo prévio. 
 Recorrência: comum, independentemente da 
forma de tratamento; 
 Remissão espontânea: 6 meses a 4 anos. 
 
 
 
 Diagnóstico: 
o Clínico (exame físico); 
o Biópsia com histopatologia. 
 
10 
HELOÁ SANTOS – MED99 
DERMATOLOGIA – P1. 
 Tratamento: 
o Curetagem e aplicação de iodo; 
o Crioterapia; 
o Eletrocoagulação; 
o Cauterização química; 
o Medicamentos cáusticos; 
o Medicamentos ceratolíticos. 
A grande dificuldade se encontra em tratar a 
criança. 
 
Casos clínicos 
1. Criança apresenta há 2 meses pápulas 
amareladas na face, assintomáticas. Mãe 
refere que sua irmã adolescente (16 anos), 
apresenta as mesmas lesões em ambos braços 
e pernas, e foi tratada com Ácido retinóico 
0,05% em creme 1x/noitee fotoprotetor FPS = 
30 com boa resposta após 15 dias. Como trata-
se de criança abaixo de 12 anos, optamos por 
cuidadosamente aplicarmos gel de ácido 
salicílico 10% e associado ao ácido lático 10%, 
1x/noite pontualmente em cada pápula. 
Agendamos retorno para 15 dias. Orientamos 
os pais sobre ardor e descamação das lesões. 
 
Trata-se de uma verruga plana e seu tratamento 
em crianças acima de 12 anos é com Ácido 
Retinoico e em crianças abaixo de 12 anos, faz-se 
o uso de Ácido salicílico. 
 
2. Menino apresenta na face, pápulas 
translúcidas com orifício central, 
assintomáticas, seus pais relatam que quando 
"espremem" sai uma" massinha". Esteve em 
um Dermatologista que inicialmente tentou 
sustâncias ceratolíticas (ácido salicílico, ácido 
lático ãã (os dois a) 20% em colódio elástico), 
com relativo sucesso. Entretanto os pais 
optaram por tratamento mais rápido e foi 
instituido anestesia tópica (lidocaína+ 
prilocaína ãã (os dois a) 2,5% em emulsão 1h 
antes do procedimento com posterior 
curetagem e aplicação de iodo. 
 
3. Senhora, apresentava recidivas de condiloma 
acuminado e, apesar de haver fases de acalmia 
por anos, as lesões foram recidivando e 
assumindo progressivamente um aspecto 
muito vegetante condilomatoso, e 
profundamente infiltrativo. Foi feito biópsia e 
histopatologia, sendo diagnosticado 
Carcinoma verrucoso (condiloma acuminado 
gigante de Buschke Löwenstein) que é um 
carcinoma espinocelular de baixa malignidade, 
destrutivo, mas com baixo potencial 
metastático. Quanto ao exame de Papanicolau 
para diagnóstico de carcinoma de colo uterino 
estava sem malignidades, Foram programadas 
cirurgias. 
 
4. Mulher iniciou há 5 dias, disúria, retenção 
urinária, e na área genital prurido, dor. 
Progressivamente surgiram vesicopústulas 
 
11 
HELOÁ SANTOS – MED99 
DERMATOLOGIA – P1. 
foliculares sobre base eritematosa, crostas 
hemáticas, erosão, leucorréia e linfadenopatia 
inguinal, febre e mal estar. Optou-se por tratar 
com a medicação clássica Aciclovir 200mg 4/4h 
5x/dia 7-10 dias ou 400mg de 8/8h 7-10 dias, 
além da limpeza local com sabonetes neutros. 
 
 
5. Criança, 6 anos, com 30 Kg, apresenta há 1 
semana, vesicopústulas agrupadas sobre base 
eritematosa, edema e dor no 2º quirodáctilo 
direito. Seus pais relatam, que antes do 
surgimento das lesões cutâneas, apresentou 
prurido no local. Sua mãe é portadora de 
herpes simples labial, apresentando 3 
episódios por ano há mais de 20 anos. Foi 
tratado com Aciclovir 20mg/kg/dia 4/4h: 5 dias 
(150 mg de 4/4h 5xdia 5 dias) Existe como 
manipular a suspensão (200mg/5ml, sabor 
banana).

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