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Escola Superior Batista do Amazonas – ESBAM Medicina Veterinária/ disciplina: Semiologia Veterinária Aluna: Gabrielly Rocha 1 EXAME FÍSICO ´´A exploração física tem como base, em grande parte, a utilização dos sentidos do explorador, ou seja, a visão, o tato, a audição e o olfato; e tem por finalidade examinar metodicamente todo o animal, a fim de estabelecer o diagnóstico e, consequentemente, a cura do animal. ´´ PRINCIPAIS MÉTODOS DE EXPLORAÇÃO FÍSICA: • inspeção; • palpação; • auscultação; • percussão; • olfação. OBJETIVO: • O objetivo do exame físico é obter informações válidas sobre a saúde do paciente. O examinador deve ser capaz de identificar, analisar e sintetizar o conhecimento acumulado em uma avaliação, antes de tudo, abrangente. INSPEÇÃO • Utilizando o sentido da visão; • Observa-se o corpo do animal de forma sistemática • se inicia antes mesmo da anamnese; • Investiga-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior; • Para obter um ótimo parâmetro, compare o animal doente com os sadios; • Evitar estressar o paciente, deixando ele a vontade antes da contenção para observa-lo; • Deve observar o estado mental, postura e marcha, condição física ou corporal, estado dos pelos e pele, formato abdominal, dentre outras, DIVIDIDA EM: • Panorâmica: quando o animal é visualizado como um todo (condição corporal); • Localizada: atentando-se para alterações em uma determinada região do corpo (glândula mamária, face, membros); • Direta: observam-se principalmente os pelos, a pele, as mucosas, os movimentos respiratórios, as secreções, o aumento de volume, as cicatrizes, as claudicações, dentre outros. PALPAÇÃO • O sentido do tato é responsável por informações sobre estruturas superficiais ou profundas; • Pela palpação, é possível notar modificações de textura, espessura, consistência, sensibilidade, temperatura, volume, dureza, além da percepção de frêmitos, flutuação, elasticidade, edema e outros fenômenos; • Quando se utilizam somente as mãos ou os dedos para avaliar determinada área, realiza-se a palpação direta; no entanto, se for utilizado algum aparelho ou instrumento com esse objetivo, a palpação torna-se indireta. AUSCULTAÇÃO • O método de auscultação é usado principalmente no exame dos pulmões, em que é possível evidenciar os ruídos respiratórios normais e os patológicos; • No exame do coração, para auscultação das bulhas cardíacas normais e suas alterações e para reconhecer sopros e outros ruídos; • No exame da cavidade abdominal, para detectar os ruídos característicos inerentes ao sistema digestório de cada espécie animal; • A auscultação pode ser: Direta ou imediata: • quando se aplica o ouvido, protegido por um pano, diretamente na área examinada, evitando, Escola Superior Batista do Amazonas – ESBAM Medicina Veterinária/ disciplina: Semiologia Veterinária Aluna: Gabrielly Rocha 2 assim, o contato com a pele do animal; • Indireta ou mediata: quando se utilizam aparelhos de auscultação (estetoscópio, fonendoscópio, Doppler). TIPOS DE RUÍDOS: • Aéreos: quando ocorrem pela movimentação de massas gasosas (movimentos inspiratórios: passagem de ar pelas vias respiratórias); • Hidroaéreos: causados pela movimentação de massas gasosas em um meio líquido (borborigmo intestinal); • Líquidos: produzidos pela movimentação de massas líquidas em uma estrutura (sopro anêmico); • Sólidos: devem-se ao atrito de duas superfícies sólidas rugosas, como o esfregar de duas folhas de papel (roce pericárdico nas pericardites). PERCURSSÃO • É o ato ou efeito de percutir. Trata-se de um método físico de exame, em que, por meio de pequenos golpes ou batidas, aplicados em determinada parte do corpo; • torna-se possível obter informações sobre a condição dos tecidos adjacentes e, mais particularmente, das porções mais profundas; • consiste na percepção das vibrações no ponto de impacto, produzindo sons audíveis, com intensidade ou tons variáveis, quando refletidos de volta, devido às diferenças na densidade dos tecidos. OLFAÇÃO • Se baseia na avaliação pelo olfato do clínico, empregado no exame das transpirações cutâneas, do ar expirado e das excreções. • A técnica de olfação é simples, sendo necessária apenas a aproximação razoável da área do animal a ser examinada. • Para analisar o odor do ar expirado, aproxima-se a mão, em formato de concha, das fossas nasais do animal e desvia-se o ar expirado para o nariz do examinador, individualizando-o. • Alguns exemplos em que a olfação pode auxiliar no diagnóstico: as vacas com acetonemia eliminam um odor que lembra o de acetona; • hálito com odor urêmico aparece em doentes em uremia; • halitose é um odor desagradável que pode ser determinado por diferentes causas (cáries dentárias, tártaro, afecções periodontais, corpos estranhos na cavidade oral e esôfago, infecções de vias respiratórias, alterações metabólicas e algumas afecções do sistema digestório).
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