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PORTFÓLIO DE BASES FARMACOLÓGICAS Lidocaína Mecanismo de ação: Serve como um anestésico local, é um bloqueio reversível da condução nervosa, determinando perda das sensações, em nível local, sem alteração do nível de consciência. A lidocaína é o anestésico mais utilizado na odontologia, é um anestésico do grupo amida, são raros seus efeitos tóxicos. Indicações: Anestesia local tópica em membranas mucosas acessíveis, como a boca, para tratamento de distúrbios da cavidade oral, dor por irritação, inflamação em lesões de boca e gengiva, dor por prótese dental. Por via parenteral, é indicada para produzir anestesia local antes de intervenções cirúrgicas dentais. Adrenalina (epinefrina) Mecanismo de ação: A epinefrina é uma substância vasoconstritora que pode ser combinada a anestésicos locais, prolongando a ação dessas substâncias, pois se contrapõe à vasodilatação por eles induzida, impedindo a rápida distribuição a sítios diferentes da intenção anestésica. Além disso, também serve como agentes hemostáticos, reduzindo o sangramento transoperatório e tornando fácil o procedimento. Indicações: É utilizada associada a anestésicos a fim de prolongar a sua ação, reduzir efeitos colaterais e impedir a rápida distribuição a sítios diferentes da intenção anestésica. Dipirona Mecanismo de ação: Age bloqueando os processos orgânicos que causam dor e febre (Enzima COX2), a dipirona é rapidamente absorvida e distribuída pelos tecidos, até que chega ao seu alvo, efetua sua ação, se transforma em um produto excretável e finaliza sua tarefa, saindo do corpo pela via renal. Indicações: É indicado como analgésico, antipirético e espamolítico. Paracetamol Mecanismo de ação: Produz analgesia e antipirese por mecanismos semelhantes aos salicilatos, inibindo a cicloxigenase no sistema nervoso central. Ele pode atuar predominantemente inibindo a síntese de prostaglandinas ao nível do SNC e em menor grau bloqueando a geração do impulso nervoso ao nível periférico. Indicações: É indicado para cefaléia, odontalgia (dor de dente) e para febre. Ibuprofeno Mecanismo de ação: É um inibidor não-seletivo da enzima COX, que é exigido para a síntese dos prostaglandinas através do caminho do ácido araquidônico. COX é necessário converter o ácido araquidônico H2 (PGH2) no corpo. Este PGH2 é convertido então aos prostagladinas. A inibição do COX pelo ibuprofeno abaixa conseqüentemente o nível de prostaglandina feitos pelo corpo. Indicações: É indicado para processos inflamatórios e dolorosos, agudos e crônicos, de tecidos moles. Osteoartrite. Artrite reumatóide. Dismenorreia. Diclofenaco Mecanismo de ação: Atua inibindo a síntese de prostaglandinas; estas desempenham importante ação no que se refere à aparição de inflamação, dor e febre, à hialuronidase produzida por microrganismos e à agregação plaquetária. É absorvido rapidamente e, após a ingestão de 50 mg, as concentrações plasmáticas alcançam o valor máximo de 3,9 mmol/l dentro de 20 a 60 minutos. A metade da dose administrada é metabolizada no fígado; liga-se em cerca de 99% às proteínas séricas (albumina). Indicações: Indicado para tratamento de curto prazo para processos inflamatórios pós-traumáticos, infecções dolorosas e inflamatórias de garganta, nariz e ouvido. Processos dolorosos ou inflamatórios em ginecologia e estados dolorosos pós-operatórios. Nimesulida Mecanismo de ação: A nimesulida possui um modo de ação único e sua atividade anti-inflamatória envolve vários mecanismos. A nimesulida é um inibidor seletivo da enzima da síntese de prostaglandina, a cicloxigenase. In vitro e in vivo a nimesulida preferencialmente inibe a enzima COX-2, a qual é liberada durante a inflamação, com mínima atividade sobre a COX-1, a qual atua na manutenção da mucosa gástrica. Indicações: Patologias dolorosas ou inflamatórias do aparelho osteomioarticular. Sacroileítes. Outras patologias inflamatórias: anexites, pulpites, flebites, mastites, alveolites. Morfina Mecanismo de ação: A morfina age como antagonista interagindo com sítios receptores estereoespecíficos e ligações saturadas no cérebro, medula espinhal e outros tecidos alterando processos que afetam tanto a percepção da dor como a resposta emocional à mesma. Indicações: Tratamento moderado a grave em pacientes que requeiram analgesia potente durante um tempo prolongado. Dexametasona Mecanismo de ação: É um agonista de glucocorticóides, não ligada, atravessa as membranas celulares liga-se com elevada afinidade aos receptores glicocorticóides citoplasmáticos específicos. Este complexo liga-se a elementos de ADN, o que resulta numa alteração de transcrição e, portanto, na síntese de proteínas, a fim de conseguir a inibição da infiltração de leucócitos no local da inflamação, a interferência na função de mediadores de resposta inflamatória, a supressão de respostas imunes e redução do edema ou tecido cicatricial. Indicações: É indicada no tratamento de várias patologias devido a seus efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores; proporciona um alívio sintomático, porém não tem efeito sobre o desenvolvimento da doença subjacente. É selecionável quando se requer um corticóide de ação prolongada. Midazolam Mecanismo de ação: As ações centrais dos benzodiazepínicos são mediadas através de um aumento da neurotransmissão GABAérgica em sinapses inibitórias. Na presença de benzodiazepínicos, a afinidade do receptor GABA pelo neutotransmissor é reforçada através de modulação alostérica positiva, resultando em uma ação aumentada do GABA liberado no fluxo pós-sináptico do receptor transmembranar do íon cloreto. Indicações: O midazolam injetável é uma droga indutora de sono de ação curta e indicada a pacientes adultos, pediátricos e neonatos para: · sedação da consciência antes e durante procedimentos diagnósticos ou terapêuticos com ou sem anestesia local (administração I.V.); · pré-medicação antes de indução anestésica (incluindo administração I.M. ou retal em crianças); · indução anestésica, como um componente sedativo em combinação com anestesia em adultos (não deve ser utilizado para indução anestésica em crianças); · sedação em unidades de terapia intensiva. Dimenidrinato Mecanismo de ação: É um derivado da etanolamina, diminui a estimulação vestibular e deprime a função labiríntica. Ele também tem efeito emético, para evitar vômito, é bem absorvido por via oral e tem metabolismo hepático e uma pequena porção é excretada pelo rim. Apresenta atividade muscarínica. Indicações: Indicado para profilaxia e tratamento de cinetose, de náuseas e vômitos e para tratamento de vertigem. Amoxicilina Mecanismo de ação: Sua ação depende de sua capacidade em atingir e unir-se às proteínas que ligam penicilinas localizadas nas membranas citoplasmáticas bacterianas. Inibe a divisão celular e o crescimento, produz lise e elongação de bactérias sensíveis, em particular as que se dividem rapidamente, que são, em maior grau, a ação das penicilinas. Tem ação bactericida e perfil de segurança de uma penicilina. Indicações: É um antibiótico de amplo espectro indicado para tratamento de infecções bacterianas causadas por germes sensíveis à ação da amoxicilina. Clavulanato de potássio Mecanismo de ação: O clavulanato de potássio é o ácido clavulânico, ele é utilizado farmaceutiamente em forma de sal de potássio, ele age inibindo a ação das beta-lactamases que são enzimas responsáveis pela perda de ação de algumas classes de antibióticos. Tem atividade antimicrobiana intrínseca negligenciável, apesar de compartilhar o anel β-lactama, que é característica dos antibióticos β-lactâmicos. No entanto, a similaridade na estrutura química permite que a molécula interaja com a enzima β- lactamase secretada por certas bactérias para conferir resistência a antibióticos de P-lactama. Indicações: Em conjunto com a amoxicilina é adequado para o tratamento de infecções por S. aureuse Bacteroides fragilis, ou com beta-lactamase produção de H. influenzae e E. coli. Clindamicina Mecanismo de ação: Seu mecanismo de ação é exercido mediante a inibição da síntese protéica em bactérias sensíveis, une-se às subunidades 50 S dos ribossomos bacterianos e evita a formação das uniões peptídicas. Geralmente considerada bacteriostática, podendo, porem, ser bactericida quando usada em concentrações elevadas ou diante de microrganismos altamente sensíveis. É absorvida com rapidez no T.G.I. e não é inativada no suco gástrico. Distribui-se amplamente e com rapidez na maioria dos líquidos e tecidos, exceto no líquido cefalorraquidiano; alcança concentrações elevadas no osso, bile e urina. Atravessa com facilidade a placenta. Sua união às proteínas é muito elevada. Metaboliza-se no fígado e alguns metabólitos podem ter atividade antibacteriana. Em crianças, aumenta a velocidade do metabolismo. É eliminada por via renal, biliar e intestinal. Excreta-se no leite materno. Indicações: Indicada em tratamento de infecções ósseas por estafilococos, infecções geniturinárias, gastrintestinais e pneumonias por anaeróbios, septicemias por anaeróbios, estafilococos e estreptococos, infecções da pele e tecidos moles por germes suscetíveis. Azitromicina Mecanismo de ação: Tem como mecanismo de ação a inibição da síntese protéica bacteriana através de sua ligação á subunidade ribossomal 50S, impedindo assim a translocação dos peptídeos. A azitromicina demonstra atividade in vitro contra uma grande variedade de bactérias, incluindo: Aérobias gram- positivas. Demonstra resistência cruzada contra cepas gram-positivas resistentes a eritromicina incluindo S. faecalis e a maioria das cepas de estafilococos meticilina-resistentes. Indicações: É indicada para o tratamento de infecções causadas por bactérias sensíveis, tais como: bronquite, pneumonia, sinusite, infecções do ouvido e da pele e no tratamento de doenças sexualmente transmissíveis não complicadas, causadas por bactérias sensíveis a este antibiótica. Doxiciclina Mecanismo de ação: A doxiciclina (α-6-deoxi-5-oxitetraciclina) tem como mecanismo de ação sua ligação com as subunidades 30S dos ribossomos bacterianos, dificultando o acesso do aminoacil-t-RNA ao sítio A do ribossomo, a adição de aminoácidos e consequentemente a inibição da síntese proteica. Possui ampla faixa de atividade contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas e, além disto, é eficaz contra alguns microrganismos resistentes a agentes que exercem seus efeitos sobre a parede celular bacteriana. É também indicada no tratamento e prevenção seletiva da cólera (Vibrio cholerae), possuindo pouca atividade contra fungos. Indicações: Atualmente, a doxiciclina é uma das tetraciclinas que está sendo usada para tratar diversos tipos de infecções causadas por bactérias Gram-negativas sensíveis. Também se apresenta útil no tratamento de diversos tipos de rickettsias, doenças sexualmente transmissíveis, úlceras pépticas causadas pelo Helicobacter pylori e no tratamento e prevenção de bactérias usadas como armamento em terrorismo biológico. Este antibiótico têm uma série de propriedades não antibióticas como a anti-inflamatórias, imunossupressoras, de inibição da lipase e colagenase, apoptose, angiogênese, entre outras. Metronidazol Mecanismo de ação: O produto da redução do metronidazol tem propriedades citotóxicas (de vida curta), interage com o DNA, inibindo a síntese do ácido nucléico, causando a morte da célula Indicações: Indicado em casos de tricomoniase, amebíase, giardíase, infecções por anaeróbios, vaginose bacteriana, acne rosácea, colite pseudomembranosa e encefalopatia hepática. Ciprofloxacino Mecanismo de ação: Agente antibacteriano de efeito rápido que não apresenta resistência cruzada com as penicilinas, cefalosporinas, tetraciclinas e aminoglicosídeos. Atua por inibição do DNA-girase bacteriana, interferindo na replicação do DNA. Na forma oral, combina uma biodisponibilidade elevada com grande penetração tissular que permite seu emprego como monoterapia ou em combinação com outros antibióticos. Atua sobre germes Gram-positivos. Indicações: Infecções das vias respiratórias. Broncopneumonia e pneumonia lobar. Bronquite aguda, bronquiectasias, empiema. Infecções do trato geniturinário: uretrites complicadas, pielonefrite, prostatite, gonorreia. Infecções osteoarticulares: osteomielite, artrite séptica. Infecções gastrintestinais: diarreia infecciosa, febre entérica. Infecções sistêmicas graves: septicemias, bacteremias, infecção das vias biliares, pélvicas e otorrinolaringológicas. Gentamicina Mecanismo de ação: Consiste na inibição da síntese proteica. Cerca de 30% do fármaco liga-se a proteínas plasmáticas. É excretada pelos rins, por meio de filtração glomerular, e encontra-se na urina em forma ativa. Indicações: Injetável: São determinadas pela atividade antibacteriana e pelas características farmacocinéticas da Gentamicina. Estão limitadas às infecções por bacilos gram-negativos, definidos como sensíveis, principalmente nas suas manifestações renais e urológicas. A associação da Gentamicina com um outro antibiótico poderá ser justificada em certas infecções por germes sensíveis, com base em dados bacteriológicos, particularmente nas suas manifestações: – renais, urológicos e genitais; septicemias e endocardites; meningites; respiratórias; cutâneas; articulares. Implante: O implante pode ser usado em infecções causadas por microrganismos sensíveis à Gentamicina, nomeadamente nas seguintes indicações, nos adultos: – Tratamento adjuvante de infecções ósseas residuais (suspeitas), i.e osteomielite e osteíte. – Prevenção de infecções locais após extirpação do reto e excisão do quisto pilonidal. O implante não deve ser utilizado em monoterapia em casos de infecção confirmada ou suspeita; nestes casos, é também recomendado administrar, por via sistêmica, os antibióticos apropriados. Nistatina Mecanismo de ação: Seu mecanismo de ação consiste na sua união aos esteróis na membrana celular fúngica, que ocasiona a incapacidade da membrana para funcionar como barreira seletiva, com a perda de componentes celulares essenciais. Não é absorvida no trato gastrintestinal e é excretada quase totalmente com as fezes como fármaco inalterado. Não é absorvida quando aplicada de forma tópica sobre a pele ou membranas mucosas intactas. Indicações: Via oral: tratamento da candidíase orofaríngea. Via tópica: tratamento da candidíase mucocutânea. Via vaginal: tratamento da candidíase vulvovaginal. Miconazol Mecanismo de ação: Trata-se de um fungistático, embora possa chegar a comportar-se como fungicida, na dependência da concentração. Age por inibição da biossíntese do ergosterol ou de outros esteróis, acarretando lesão da membrana celular do fungo e alteração de sua permeabilidade; como consequência, pode haver a perda de organelas intracelulares essenciais. Inibe também a biossíntese de triglicerídeos e fosfolipídeos dos fungos, e a atividade das oxidases e peroxidases, ações que culminam em aumento intracelular de concentrações tóxicas de peróxido de hidrogênio, o que pode contribuir para a consequente necrose celular. Quando administrado por via sistêmica, o miconazol distribui-se amplamente pelos corporais. Penetra nas articulações inflamadas, no humor vítreo do olho e na cavidade peritoneal. As concentrações urinárias são baixas. Atravessa a barreira hematoencefálica, apesar de em pequenas quantidades. Sua união às proteínas plasmáticas é muito elevada, é metabolizado no fígado e menos de 1% é eliminado pelo rim na forma inalterada. Indicações: Via parenteral: tratamento da candidíase disseminada e, como fármaco de segunda escolha, para o tratamento da candidíase mucocutânea crônica, da coccidioidomicose, da criptococose, da meningite fúngica e da paracoccidioidomicose. Via tópica: tratamento da candidíase cutâneae outras dermatomicoses. Via vaginal: tratamento da candidíase vulvovaginal. Aciclovir Mecanismo de ação: Atua contra os tipos I e II de herpes simples e vírus de varicela - zóster, com baixa toxicidade para as células infectadas do homem. Quando penetra na célula infectada pelo vírus herpes, o aciclovir se fosforiza, convertendo-se no composto ativo aciclovir trifosfato. Para este primeiro passo é necessária a presença da timidinacinase específica do vírus herpes simples. O aciclovir trifosfato atua como inibir específico da DNA-polimerase do vírus herpes, evitando a posterior síntese de DNA viral sem afetar os processos celulares normais. Indicações: É indicado para o tratamento de infecções por vírus herpes simples e profilaxia em pacientes imunodeprimidos, principalmente em infecções cutâneas progressivas ou disseminadas. Herpes genital inicial é recorrente em pacientes imunodeprimidos e não imunodeprimidos. Aluna: Anny Kerolayne Moreira Cavalcante dos santos Profº: Marcilio Peixoto Odontologia 3ºP – vespertino
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