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Funções reprodutoras masculinas: • Espermatogênese • Desempenho do ato sexual masculino • Regulação das funções reprodutoras masculinas por vários hormônios Os dois componentes mais básicos do sistema reprodutor são as gônadas e o trato reprodutor. As gônadas (testículos e ovários) desempenham uma função endócrina, a qual é regulada pelo eixo hipotalâmico-hipofisário- gonadal. As gônadas são diferentes de outras glândulas endócrinas, pois também desempenham uma função exócrina (gametogênese). Espermatogênese Célula germinativa → espermatogônia → espermatócito primário → espermatócito secundário → espermátide → espermatozóide Efeitos da temperatura: temperaturas muito altas podem impedir a espermatogênese. Uma espermatogênese anormal pode significar uma infertilidade masculina. Fatores hormonais que estimulam a espermatogênese • Testosterona – secretada pelas células de Leydig. • LH – secretado pela hipófise anterior. estimula a secreção de testosterona. • FSH – secretado pela hipófise anterior. estimula as células de Sertoli (essencial para espermiogênese). • Estrogênios – formados a partir da testosterona pelas células de Sertoli quando estimuladas pelo FSH. • GH – controla as funções metabólicas basais dos testículos. Essencial na espermatogênese. Vesículas seminais Cada vesícula seminal é um tubo tortuoso, revestido de epitélio secretor que secreta material mucoso contendo frutose, ácido cítrico e outras substâncias nutritivas em abundância, bem como grande quantidade de prostaglandinas e fibrinogênio. • Prostaglandinas reagem com o muco cervical feminino para torná-lo mais receptivo e, possivelmente, induzem contrações peristálticas reversas para trás, para transportar os espermatozoides em direção aos ovários. Durante o processo de emissão e ejaculação, cada vesícula seminal esvazia seu conteúdo no ducto ejaculatório, imediatamente após o canal deferente ter despejado os espermatozoides. Isso aumenta muito o volume de sêmen ejaculado, e a frutose e outras substâncias no líquido seminal têm valor nutritivo considerável para os espermatozoides ejaculados, até o momento em que um espermatozoide fertilize o óvulo. Função da próstata A próstata secreta líquido fino, leitoso, que contém cálcio, íon citrato, íon fosfato, uma enzima de coagulação e uma pró-fibrinolisina. A alcalinidade do líquido prostático é importante para neutralizar a acidez das secreções vaginais. Sêmen O sêmen, que é ejaculado durante o ato sexual masculino, é composto por líquido e espermatozoides do canal deferente (cerca de 10% do total), líquido das vesículas seminais (quase 60%), líquido da próstata (aproximadamente 30%) e pequenas quantidades de líquido das glândulas mucosas, em especial das glândulas bulbouretrais. pH médio = 7,5. Capacitação dos espermatozoides Embora os espermatozoides sejam considerados “maduros” quando deixam o epidídimo, sua atividade é mantida sob controle por múltiplos fatores inibitórios secretados pelo epitélio do ducto genital. Ao entrar em contato com os líquidos do trato genital feminino, ocorrem múltiplas mudanças que ativam o espermatozoide para os processos finais de fertilização. Essas alterações conjuntas são chamadas capacitação do espermatozoide, que, normalmente, requerem de 1 a 10 horas. 1) Os líquidos das trompas de falópio e do útero eliminam os fatores inibitórios dos espermatozoides. 2) Membrana dos espermatozoides fica mais permeável pela perda de colesterol. Dessa forma, íons cálcio entram nos espermatozoides e mudam a atividade dos flagelos, dando um potente movimento de chicote. Reação do acrossomo As enzimas proteolíticas e a hialuronidase estão armazenadas no acrossomo do espermatozoide e são importantes para dissolver a zona pelúcida do óvulo. Espermatozoide atinge a zona pelúcida com a região anterior e se liga a proteínas receptoras. Após isso, todo o acrossomo se dissolve rapidamente e uma via de passagem para o espermatozoide é criada para dentro do óvulo. Androgênios Androgênio significa qualquer hormônio esteroide com efeito masculinizante (de promover e manter as características secundárias masculinas). São produzidos pelas suprarrenais e pelos testículos. Em ambos os locais de síntese, a molécula precursora dos androgênios é o colesterol. • Esteroidogênese: refere-se ao processo de produção de hormônios esteroides, tais como o estrogênio, a progesterona e a testosterona. Enzimas como as aromatases são necessárias para converter os precursores hormonais em hormônios esteroides ativos. • Conversão intratesticular: CYP19 (aromatase) nas células de Sertoli converte testosterona em 17b-estradiol (estrógeno) quando estimuladas por FSH. • Conversão periférica: a enzima aromatase converte testosterona em estradiol. O estrógeno periférico desempenha um importante papel na maturação e biologia dos ossos do homem. Também foram demonstraram o efeito do estrógeno promovendo a sensibilidade à insulina, melhorando os perfis de lipoproteínas. • Conversão nos tecidos-alvo: a enzima 5alfa-redutase converte a testosterona em di-hidrotestosterona (DHT). Um evento que precede a puberdade é o aumento da secreção de androstenediona e desidroepiandrosterona (DHEA) pela suprarrenal (adrenal), que recebe o nome de adrenarca e ocorre, em meninos, por volta dos 6 a 8 anos. Durante o período da adrenarca, a concentração plasmática de testosterona ainda é baixa e sofre apenas ligeiro aumento, em grande parte pela conversão de androstenediona e DHEA de origem suprarrenal. No entanto, neste período, a testosterona circulante já é suficiente para exercer retroalimentação negativa sobre o LH, como sugere a observação de que a retirada dos testículos, nesta fase da vida, resulta em aumento do LH plasmático. Testosterona Pode ser considerada o hormônio testicular mais importante, embora a maior parte seja convertida em di-hidrotestosterona (DHT) nos tecidos-alvo para bioativação. A testosterona é um hormônio esteroide sintetizado e secretado pelas células de Leydig quando são estimuladas pelo LH. • Metabolismo: testosterona é transportada pela albumina e globulina ligadora de hormônios sexuais. Possui meia-vida de 30 minutos. A fração livre desse hormônio que tem importância biológica, pois entra na célula e interage com o receptor. À medida que isso ocorre, novas moléculas de testosterona se desprendem das proteínas ligadoras e recompõem o estoque de fração livre. A maior parte da testosterona que se fixa nos tecidos é convertida em di- hidrotestosterona. • Degradação: metabolizada e conjugada pelo fígado. Depois, excretada pelas fezes ou urinas. • Funções: caracterização masculina (pelos, voz, descida dos testículos, espessura da pele, músculos, matriz óssea, taxa metabólica basal, hematopoiese), mesmo na vida fetal. o A testosterona diminui os efeitos do cortisol e facilita a ação de catecolaminas, que mobilizam o tecido adiposo. Logo, em casos de hipogonadismo, há uma tendência de engordar. o A testosterona secretada inicialmente pelas cristas genitais e, posteriormente, pelos testículos fetais é responsável pelo desenvolvimento das características o corpo masculino, incluindo a formação do pênis e do saco escrotal, em vez do clitóris e da vagina. Ainda, a testosterona induz a formação da próstata, das vesículas seminais e dos ductos genitais masculinos, enquanto, ao mesmo tempo, suprime a formação dos órgãos genitais femininos • Mecanismo de ação intracelular: a maioria dos efeitos da testosterona resulta basicamente do aumento da formação de proteínas nas células-alvo. o Enzima 5alfa-redutase converte testosterona em di- hidrotestosterona. Testosterona e DHT atuampelo mesmo receptor androgênico (AR). Na ausência de ligante, o AR encontra-se no citoplasma, acoplado a proteínas chaperonas. A ligação testosterona- AR ou DHT-AR causa dissociação das proteínas chaperonas, seguida de translocação nuclear do complexo andrógeno-AR, dimerização, ligação a um elemento de resposta ao andrógeno (ARE), e recrutamento de proteínas co- ativadoras e fatores gerais de transcrição para a vizinhança de um promotor gênico específico. • Regulação: eixo hipotálamo-hipófise- testicular o GnRH → LH e FSH → testosterona o O hormônio gonadotropina coriônica humana (hCG) tem quase o mesmo efeito que o LH nos órgãos sexuais durante a vida fetal. • Síndrome adiposogenital: distúrbios hipotalâmicos que alteram a quantidade de GnRH (hipogonadismo) e o centro da fome.
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