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Metabolismo do Glicogênio, Sacarose e Lactose

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7 Bioquímica Metabólica | Bárbara C. Rovaris | Prof. Luiz Claudio Miletti 
 
O glicogênio pode ser encontrado de duas formas 
nos organismos: na forma hepática e na forma 
muscular. Sendo assim, o glicogênio hepático é o 
glicogênio que fica armazenado no fígado dos 
organismos e o glicogênio muscular é aquele que 
fica armazenado nos músculos dos animais. 
Além disso, o glicogênio é formado por várias 
moléculas de glicose que, por sua vez, ligam-se 
entre si através de ligações α-1,4 e α -1,6, formando, 
dessa maneira, uma estrutura composta por uma 
parte linear e outra parte ramificada. 
A lactose é um dissacarídeo, ou seja, é um açúcar 
formado pela ligação de dois outros açúcares que 
são: uma molécula de glicose e uma molécula de 
galactose. 
A sacarose, assim como a lactose, é um dissacarídeo 
formado pela ligação de uma molécula de glicose 
com uma molécula de frutose. 
Dessa forma, a primeira quebra dessas moléculas no 
sangue libera glicose, frutose e galactose no lúmen 
intestinal. Sendo assim, esses carboidratos precisam 
entrar nas células para serem degradados ou 
armazenados. 
Porém, como são moléculas polares, elas não 
conseguem atravessar a membrana plasmática 
sozinhas, e por isso, existem os transportadores. 
Esses transportadores pegam a glicose, a frutose e 
a galactose presente no lúmen intestinal e as 
colocam no interior das células. 
 
O transportador de sódio e glicose é responsável por 
permitir a entrada da glicose nos enterócitos. Para 
realizar esse transporte de glicose para o interior 
das células, esses transportador pega moléculas de 
sódio, e realiza um transporte simporte. 
Como o transportador sódio/glicose, o transportador 
de sódio e galactose realiza a entrada de moléculas 
de galactose para o interior das células, juntamente 
como moléculas de sódio. 
O transportador GLUT-5 é responsável pela entrada 
das moléculas de frutose nos enterócitos. 
O transportador GLUT-2 é responsável por realizar a 
saída da glicose, da galactose e da frutose dos 
enterócitos para a corrente sanguínea. 
 
a síntese do glicogênio acontece 
no período absortivo, no qual há a ação do hormônio 
insulina. Dessa forma, a glicogênese é um processo 
anabólico. Tanto a síntese do glicogênio muscular 
como o do hepático acontecem da mesma forma. 
Sendo assim, a primeira reação que acontece é a 
fosforilação de uma molécula de glicose, pela 
Metabolismo do Glicogênio, Sacarose e Lactose 
 
8 Bioquímica Metabólica | Bárbara C. Rovaris | Prof. Luiz Claudio Miletti 
 
Síntese do Glicogênio.
enzima hexoquinase caso esteja ocorrendo no 
músculo, ou pela enzima glicoquinase caso esteja 
ocorrendo no fígado. Então, a molécula de glicose 
passa a ser uma glicose 6 fosfato, já que ela recebe 
um fosfato de uma molécula de ATP. 
Depois disso, essa glicose 6 fosfato é transformada, 
pela enzima fosfoglicomutase, em glicose 1 fosfato. 
Por fim, essa glicose 1 fosfato é transformada em 
UDP-glicose pela enzima UDP-glicose 
pirofosforilase. Nessa reação, há a entrada de um 
UTP, que se liga a glicose 1 fosfato na forma de UDP. 
Além disso, são liberados dois Pi, provenientes da 
quebra do PPi pela enzima. Na forma de UDP-glicose, 
ela está ativada, e por isso, uma outra enzima, 
chamada de glicogênio sintase, pega essas 
moléculas e as junta as moléculas de glicogênio já 
formadas no organismo. 
Porém, algumas vezes não há moléculas de 
glicogênio já formadas nos organismos. Por esse 
motivo, uma proteína chamada de glicogenina tem a 
função de juntar moléculas de glicose para dar início 
a formação de glicogênio. 
Sendo assim, quando sete moléculas de glicose se 
ligam a essa proteína, elas se soltam dela e dão 
continuação a formação do glicogênio sozinhas. 
a degradação do glicogênio 
acontece no período pós-absortivo, sendo assim, ela 
é um catabolismo. A glicogenólise é regulada por 
dois hormônios: no fígado pelo glucagon e nos 
músculos pela adrenalina. 
 
 
9 Bioquímica Metabólica | Bárbara C. Rovaris | Prof. Luiz Claudio Miletti 
Como o glicogênio é formado por ligações α-1,4 e α -
1,6, a degradação dele acontece de formas diferentes 
em cada tipo de ligação. 
Sendo assim, nas ligações lineares, uma enzima 
chamada de glicogênio fosforilase, fosforila as 
glicoses do glicogênio, e quebra as ligações delas 
com as outras glicoses, as soltando na forma de 
glicose 1 fosfato. 
Quando essa enzima encontra uma ramificação, ela 
para e outras enzimas passam a atuar na 
degradação do glicogênio. Então, primeiramente, a 
glicogênio fosforilase tira glicoses até que sobrem 
apenas 4 glicoses na ramificação. Depois disso, uma 
enzima transferase transfere 3 dessas 4 glicoses da 
ramificação para a sequência linear de glicoses. E, 
por fim, a última glicose restante da ramificação é 
retirada pela ação da enzima α-1,6 glicosidase. 
Depois disso, a enzima glicogênio fosforilase retorna 
e continua à degradação até que outra ramificação 
apareça. 
Então, as glicoses 1 fosfatos precisam ser 
degradadas a produtos que a célula possa utilizar. 
Sendo assim, ocorrem diferentes reações no fígado 
e no músculo. 
No fígado, a glicose 1 fosfato é transformada à 
glicose 6 fosfato, pela enzima fosfoglicomutase. 
Depois disso, essa é transformada em glicose pela 
enzima glicose 6 fosfatase, que está presente apenas 
no fígado e nos rins dos animais. 
Dessa maneira, nos músculos a glicose 1 fosfato é 
transformada à glicose 6 fosfato, e essa por sua vez 
 
10 Bioquímica Metabólica | 2020.1 
é usada como substrato para a glicólise, já que os 
músculos não possuem a enzima glicose 6 fosfatase. 
Primeiramente, a sacarose é quebrada em glicose e 
frutose. Os dois glicídios são absorvidos, a glicose vai 
para a glicólise e a frutose segue para sua própria 
degradação. 
 
Dessa forma, a frutose entra na célula e é 
fosforilada, pela enzima frutoquinase. Sendo assim, 
ela passa a ser uma frutose 1 fosfato. Depois disso, 
ela é quebrada em diidroxicetona fosfato e em 
gliceraldeído, pela enzima aldolase B. E, então, essas 
duas moléculas são transformadas em gliceraldeído 
3 fosfato, que por sua vez vai para a via glicolítica 
para ser transformado a piruvato. 
 
Primeiramente, a lactose é quebrada em glicose e 
galactose, as duas são absorvidas e a glicose vai 
para glicólise e a galactose segue para seu próprio 
metabolismo. 
 
Sendo assim, a galactose entra na célula e é 
fosforilada pela enzima galactoquinase. Então, ela 
passa a ser uma galactose 1 fosfato. Ela passa por 
uma outra reação, catalisada por uma enzima 
transferase, e é transformada em uma UDP-
Galactose. Nessa reação, há a entrada de uma UDP-
Glicose, e, então, ocorre uma troca: o UDP da glicose 
se liga a galactose, e o fosfato da galactose se liga a 
glicose. Sendo assim, no fim há uma molécula de 
UDP-Galactose e uma molécula de glicose 1 fosfato. 
A UDP-Galactose é usada na síntese de 
galactolipídios e de glicoproteínas. E a glicose 1 
fosfato segue para a glicólise.

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