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Via das Pentoses Fosfato

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11 Bioquímica Metabólica | Bárbara C. Rovaris | Prof. Luiz Claudio Miletti 
A via das Pentoses-Fosfato é uma via alternativa da 
glicose, uma vez que quando houver um acúmulo de 
glicose no organismo, parte dela fará glicólise, parte 
dela fará glicogênese e parte dela fará via das 
Pentoses-Fosfato. 
Dessa forma, a via das Pentoses-Fosfato acontece 
no período absortivo, e essa via metabólica acontece 
no citosol das células. Ela é dividida em duas partes: 
a parte oxidativa e a parte não-oxidativa. 
A via das Pentoses-Fosfato é importante para os 
organismos porque são produzidos, através dela, 
moléculas de NADPH+H+ e algumas outras moléculas 
essenciais para o corpo dos animais, como ribose, 
gliceraldeído e frutose. 
Na primeira parte da via das Pentoses-Fosfato 
ocorrem reações de oxidorredução, catalisadas por 
enzimas desidrogenases. 
Então, a via das Pentoses-Fosfato começa com a 
glicose 6 fosfato, que é a glicose fosforilada pelas 
enzimas hexoquinase ou glicoquinase. A glicose 6 
fosfato é transformada em glicono-lactona 6 fosfato 
pela enzima glicose 6 fosfato desidrogenase. Além 
disso, há a entrada de um NADP+ na reação, que ao 
oxidar a molécula de glicose 6 fosfato, sai na forma 
de NADPH+H+. 
Depois disso, a glicono-lactona 6 fosfato é 
hidrolisada em 6 fosfogliconato, pela enzima 
irreversível lactonase. Como é uma hidrólise, há a 
participação de uma molécula de H20. O 6 
fosfogliconato, por sua vez, é transformado em 
ribulose 5 fosfato, pela enzima 6 fosfogliconato 
desidrogenase, a qual oxida o 6 fosfogliconato, e 
transfere seus hidrogênios para uma molécula de 
NADP+, que fica na forma de NADPH+H+. Além disso, 
há a saída de uma molécula de CO2, uma vez que o 6 
fosfogliconato é uma hexose e a ribulose 5 fosfato é 
uma pentose. 
E essa é a última reação da parte oxidativa da via 
das Pentoses-Fosfato. Dessa forma, ao final dela o 
corpo já produziu: 2 moléculas de NADPH+H+, que 
serão utilizados pelo organismo para outras funções. 
Na segunda parte da via das Pentoses-Fosfato, a 
parte não-oxidativa são produzidas outras 
moléculas para o organismo, como a ribose 5 fosfato. 
Sendo assim, a ribulose 5 fosfato é quebrada em 
duas novas moléculas: na reação catalisada pela 
enzima isomerase forma-se uma molécula de ribose 
5 fosfato; e na reação catalisada pela enzima 
epimerase é formada uma molécula de xilulose 5 
fosfato. A ribose 5 fosfato é uma importante 
molécula para o organismo, uma vez que constitui o 
RNA. Por esse motivo, a via das Pentoses-Fosfato 
pode terminar nessa reação ou ela ainda pode 
continuar. Ou seja, caso o organismo precise de 
ribose 5 fosfato, a via metabólica vai acabar nessa 
etapa, caso contrário, a via das Pentoses-Fosfato 
continuará para produzir outras moléculas. Sendo 
assim, é o organismo que “avisa” até onde a via das 
Pentoses-Fosfato deve acontecer. 
Dessa forma, caso ela continue, a ribose 5 fosfato e 
a xilulose 5 fosfato formam duas novas moléculas: o 
gliceraldeído 3 fosfato e a septulose 3 fosfato, pela 
ação da enzima transcetolase. Nessa reação, então, 
forma-se mais uma molécula importante o 
gliceraldeído 3 fosfato, uma vez que ele é um 
substrato para a glicólise. 
Depois disso, o gliceraldeído 3 fosfato e a septulose 
7 fosfato formam: frutose 6 fosfato e eritrose 4 
fosfato, pela enzima transaldolase. A frutose 6 
Via das Pentoses-Fosfato Via das Pentoses -Fosfato 
 
12 Bioquímica Metabólica | Bárbara C. Rovaris | Prof. Luiz Claudio Miletti 
 
 NADPH atuando com a glutationa no combate aos radicais livres.
fosfato vai para a via glicolítica, e a eritrose 6 fosfato 
continua na via das Pentoses-Fosfato. 
Então, ela se junta a uma molécula de xilulose 5 
fosfato, e elas formam: gliceraldeído 3 fosfato e 
frutose 6 fosfato, pela ação da transcetolase. Dessa 
forma, no final da parte não-oxidativa da via das 
Pentoses-Fosfato, são formados dois substratos 
para a glicólise: o gliceraldeído 3 fosfato e a frutose 
5 fosfato. 
 
Os NADPH+H+ produzidos na via das Pentoses-
Fosfato podem exercer duas funções no organismo: 
 Atuar com a glutationa para combater 
radicais livres. 
 Participar da síntese de ácidos graxos e 
colesterol. 
 
A glutationa é uma proteína presente nas células que 
atua no combate aos radicais livres. Os radicais 
livres são moléculas que possuem um elétron 
desemparelhado e por isso, elas roubam elétrons de 
outras moléculas, como o DNA, proteínas e lipídios, 
para ficarem estáveis. 
O NADPH+H+ produzido na via da Pentoses-Fosfato 
doa seus hidrogênios para a glutationa, para que ela 
reative moléculas desativadas por radicais livres. 
 
O NADPH+H+ produzido na via das Pentoses-Fosfato 
ajuda na síntese de ácidos graxos e de colesterol, 
uma vez que transforma parte dos carbonos 
acumulados na célula em ácidos graxos, que por sua 
vez formam triacilgliceróis e constituem um estoque 
de energia do organismo. Isso ocorre apenas quando 
o organismo está em hiperglicemia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NADPH+H+, ribose 5 fosfato, gliceraldeído 3 
fosfato e frutose 6 fosfato. 
 
 
 
13 Bioquímica Metabólica | Bárbara C. Rovaris | Prof. Luiz Claudio Miletti 
 
 
 
 
14 Bioquímica Metabólica | 2020.1

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