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Paper Lúdico Educação Inclusivaapresentação

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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA - O PROCESSO DE APRENDIZAGEM APARTIR DOS JOGOS E BRINCADEIRAS
Autoras: Alessandra da Cunha Melo, Elizangela Ritta dos Santos, Franciele Fazollo e Priscylla Daiane Felsky de Brum
Tutor externo: Maria das Neves Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Licenciatura em Pedagogia (FLX3901) – Prática Interdisciplinar -
- Lúdico Na Educação Inclusiva-
18/06/2021
RESUMO 
O presente trabalho tem como objetivo a reflexão sobre a importância dos jogos e brincadeiras na educação inclusiva e no desenvolvimento do aluno com dificuldades de aprendizagem, adaptando a metodologia de ensino para ajudar e estimular essa criança. O objetivo é incentivar o aluno, de uma forma modesta a desafiar sua concepção sobre as suas próprias limitações. Os alunos com dificuldades de aprendizagem vão aos poucos transformando a imagem negativa do ato de conhecer, tendo uma experiência em que aprender é uma atividade interessante e desafiadora. Abordando também a importância da ludicidade como método no processo de aprendizagem e desenvolvimento. Nesse sentido, o presente estudo pretende demonstrar de que forma o lúdico pode ser usado como metodologia na prática docente e contribuir para a promoção de ações inclusivas e para a melhoria dos métodos aplicados. Este trabalho buscará comprovar, por meio de pesquisa bibliográfica, que a metodologia do lúdico pode, sim, melhorar o aprendizado, com proposta de mudança de paradigmas, de maneira que a prática docente promova a inclusão. 
Palavras-chave: Educação Inclusiva. Ludicidade. Aprendizagem.
 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho aborda a importância da ludicidade no processo inclusivo de alunos portadores de necessidades especiais no ambiente de atividades escolares, mostrando sua relevância no processo de ensino-aprendizagem.
 Fala-se muito sobre a inclusão dos alunos com necessidades especiais em classes regulares de ensino, mas o poder público não tem oferecido condições para as escolas atuarem apropriadamente com esse público; muitos dos professores não tiveram formação específica na sua graduação ou não fizeram curso de formação continuada para que o processo de inclusão seja o mais assertivo possível, de maneira que o educando sinta-se realmente integrado ao ambiente escolar e que esse trabalho seja efetivo e eficaz. O professor tem que ser preparado para adaptar o currículo para esse aluno, e tal formação não é contemplada em muitas licenciaturas.
No entanto, é necessário pensar em formas de inclusão que contribuição para a formação desse aluno, para que ele e o aluno identificado como “normal” interajam. A questão não é só garantir e cumprir o direito dos alunos deficientes de serem incluídos, mas proporcionar condições para que esse processo inclusivo dê realmente certo e que não seja apenas mais uma lei que será cumprida. A legislação é um importante instrumento para garantir o direito dos deficientes, e consequentemente, acabar com a discriminação na medida em que esses educandos sejam incluídos na escola de forma natural, sendo respeitados e aceitos pelos demais alunos. 
Assim sendo, acreditamos que a atividade lúdica pode contribuir, e muito, para que ocorra esse processo. Logo, esse estudo pauta-se na ideia de que a atividade lúdica usada pela professora no intuito de integrar os alunos deficientes junto com os demais é um bom instrumento que favorecerá a inclusão dos alunos com deficiência. E, para melhor entendermos como o lúdico pode ser inserido na metodologia docente, principalmente em turmas com alunos com necessidades educacionais específicas, é preciso que entendamos primeiro o seu significado. Para alguns, o lúdico se resume a jogos, e para outros, a brincadeiras. No entanto, seu significado é muito mais abrangente.
O lúdico tem sua origem na palavra latina ‘ludus’ que quer dizer‘jogo’. Se se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo (ALMEIDA, 2009, p.01).
Nesse sentido, o lúdico abrange as brincadeiras e os jogos, mas é acima de tudo uma necessidade humana, ou seja, faz parte do desenvolvimento humano. Para PIAGET (1971), o lúdico é inerente à vida da criança: “o desenvolvimento da criança ocorre a partir do lúdico; ela precisa brincar para crescer e precisa do jogo como forma de se equilibrar com o mundo”. Percebemos, então, que o lúdico pode estar presente em sala de aula, como uma importante metodologia na prática docente, favorecendo o processo de ensino e de aprendizagem. No entanto, em algumas escolas o lúdico se restringe somente às aulas de Recreação e de Educação Física, sendo tratado como forma de entretenimento, divertimento e lazer. O lúdico não é explorado de forma adequada e nem utilizado quando se observam necessidades educacionais específicas. 
Contudo, todo professor interessado em promover mudanças na sua prática em sala de aula deveria encontrar na proposta do uso do lúdico uma importante metodologia, a qual tem condições de contribuir para a melhoria das ações realizadas no ambiente escolar no que se refere à promoção de ações inclusivas. A realidade vivida pela criança difere efetivamente daquela vivida pelo adulto. Para a criança, há, ainda, a presença da fantasia, o faz-de-conta, o sonhar e o descobrir. Nessa fase, toda criança utiliza as brincadeiras para se conhecer e reconhecer, utilizando-as, também, para se construir dentro do meio em que vive. E isso não acontece diferentemente para a criança com necessidades educacionais específicas. Para ela também a brincadeira é importante na formação do autoconhecimento. (MAFRA, 2008).
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 
O foco desta pesquisa recaiu no fato de como é desenvolvido o processo de inclusão dos educandos com deficiência em escola pública, também para verificar se o trabalho lúdico é utilizado pelo professor (a) como um recurso para incluir esse educando, favorecendo assim a sua integração junto com os demais alunos na escola.
Dessa forma, esse foi o objetivo principal desta pesquisa que pretende deixar como contribuição a perspectiva da ludicidade no processo da educação inclusiva. A atividade lúdica, o jogo, é muito importante para a formação da criança e, na escola, este é o espaço no qual a inclusão ocorrerá de forma mais natural, segundo Staimback (1999, XII- apud GIL) a escola “é um lugar do qual todos fazem parte, em que todos são aceitos, onde todos ajudam e são ajudados por seus colegas”, por isso vejo que não será apenas lei que fará com que o processo inclusivo realmente ocorra em uma classe regular de ensino, é preciso mais, então a ludicidade seria um meio de contribuir para que o processo de inclusão aconteça. Sem dúvida ao brincar as crianças se ajudam e veem o outro como sujeito e não sua limitação seja ela de qualquer natureza.
O ato do brincar, o jogo em si, sem dúvida, ajuda nesse processo, pois ao brincar as crianças não visam à diferença, estão se divertindo, socializando-se umas com as outras. A intensidade do jogo e seu poder de fascinação não podem ser explicados por análises biológicas.
Assim, sendo o lúdico uma atividade tão importante ao ser humano, é fundamental seu uso como instrumento educativo colocado a serviço da educação escolar, como um subsídio, auxiliando todo o processo ensino aprendizagem.
Portanto, a utilização dos jogos no processo de ensino e aprendizagem nos mostra que seu uso é de extrema importância e sua utilização com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais pode ser um recurso que contribuirá para trazer respostas surpreendentes ao desenvolvimento destes alunos. 
E, contudo, é nessa intensidade, nessa fascinação, nessa capacidade de excitar que reside a própria essência e a característica primordialdo jogo. [...] o divertimento do jogo, resiste a toda análise e interpretações lógicas. (HUIZINGA, 1971, p.4) O trabalho de incluir o educando com deficiência em uma classe regular de ensino tem como função proporcionar à integração, a socialização dos educandos independente das limitações que apresentem, logo, a ludicidade pode ser uma atividade facilitadora pelos valores e fruições que ela proporciona.
Declaração de Salamanca (1994), essa declaração é o resultado da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, que ocorreu na Espanha e teve como foco a questão da educação para crianças com necessidades especiais. A declaração diz:
Todas as crianças têm direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de obter e manter um nível adequado de conhecimento. Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhes são próprias. Os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que tenham em vista toda a gama dessas diferentes características e necessidades. As pessoas com necessidades educativas especiais devem ter acesso à escola regular que deverão integrá-las numa pedagogia centrada na criança, capaz de atender a essas necessidades. As escolas regulares, com essa orientação integradora, representam os meios mais eficazes de combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade integradora e alcançando educação para todos, além de proporcionar uma educação efetiva à maioria das crianças e melhorar tanto a eficiência como a relação custo-benefício de todo o sistema educativo. (UNESCO, 1994).
Essa Declaração nos diz que a criança tem o direito à educação, de desenvolver suas habilidades sejam elas cognitivas, motoras, emocionais; que é necessário que haja uma integração da criança que tem alguma deficiência com as ditas “normais”, que ela seja realmente incluída no ambiente escolar. Sendo que suas limitações devem ser respeitadas por todos, pois cada criança tem sua particularidade, seu ritmo de aprendizagem diferenciado uns dos outros, então é necessário se pensar formas que poderiam ajudar nesse processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais.
Convém destacar que o ambiente escolar é um ambiente onde acontece o conhecimento sistematizado, tornando-se necessário que o professor seja dotado de disposição e esteja envolvido com uma prática pedagógica pautada em conhecimentos, sendo dinâmico e um mediador eficaz, fazendo as intervenções necessárias para garantir o desenvolvimento humano. Para Vygotsk, o professor é figura essencial do saber por representar um elo intermediário entre o aluno e o conhecimento disponível no ambiente.
Tratar da ludicidade em nosso contexto educacional parece para muitos, um tema menor no contexto educacional, mas este tema tem sido tratado em congressos, seminários e encontros no mundo e em especial no Brasil. De fato, as atividades lúdicas são ferramentas para o desenvolvimento psíquico. De acordo com Santos (2011), “brincar é viver” é uma afirmativa bem aceita e usada, pois, o brincar faz parte da história da humanidade, todas as crianças gostam de brincar e quando brincam sentem prazer e alegria, embora algumas crianças brincam para controlar as tristezas e angústias. O autor citado também aborda um enfoque teórico sobre o brincar: no ponto de vista filosófico, o brincar é opor a razão, emoção e razão ambas se unem; do ponto de vista, psicológico o brincar está presente em todas as situações as quais a criança apropria-se de costumes, leis, regras e hábitos mediante a interação com meio, o brincar está presente nas diferentes relações, o que permite a criança entender melhor o mundo.
 Do pedagógico, o brincar é uma excelente ferramenta pedagógica para o aprendizado na formação da personalidade, e funções superiores. Do ponto de vista criativo, o ato de brincar está focado na busca do “eu”, revelando a criatividade, a imaginação e o desenvolvimento do potencial do sujeito. 
Segundo Vygostky (1991), ocorre uma relação recíproca, na qual, a criança desenvolve-se em um contexto de interação social, quando as informações ou experiências são internalizadas; assim reestrutura as ações sobre os objetos, reorganizando o plano interno e resultando em transformações mentais. Diante desta colocação, observamos que a convivência social e sua interpretação, são questões fundamentais para desenvolvimento do ser humano.
Santos (1997, p.12), é um autor atuante na ideia de que o lúdico contribui para aprendizagem e para a construção do conhecimento e socialização, para ele “o desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para a saúde mental, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento”. Assim, constatamos a necessidade de trabalhar a ludicidade com os educandos com necessidades educativas especiais, pois além de proporcionar um ambiente agradável, interessante, prazeroso para o aprendizado, estabelece situações de interesse para a aquisição do conhecimento dos próprios alunos. Neste contexto o lúdico estabelece um elo entre a sensibilidade e criatividade, possibilitando um ambiente de interação e socialização prazerosa, resgatando também autoestima. 
Segundo Cória Sabini (1997, p. 92) “o jovem que não está satisfeito com sua aparência física, com suas habilidades e realizações sente-se enfraquecido, incapaz de lutar pelas coisas que deseja e sente menosprezo por si mesmo”. É comum o educando demonstrarem-se de maneira defensiva, isolado, irritado e depressivo quando não está contente consigo mesmo. A autora salienta também, que a autoconfiança adquirida nesta etapa contribui para as relações sociais e auxilia quanto autoestima, o que permite a construção de uma identidade positiva.
 - As atividades lúdicas correspondem a um impulso natural da criança, e neste sentido, satisfazem uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica;
- O lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo. Ele é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo. É este aspecto de envolvimento emocional que o torna uma atividade com forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em virtude desta atmosfera de prazer dentro da qual se desenrola, ludicidade é portadora de um interesse intrínseco, canalizando as energias no sentido de um esforço total para consecução de seu objetivo. Portanto, as atividades lúdicas são excitantes, mas também requerem um esforço voluntário; - As situações lúdicas mobilizam esquemas mentais. Sendo uma atividade física e mental, a ludicidade aciona e ativa as funções psico-neurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento (TEIXEIRA,1995, p.23).
Como vemos, é opinião dos autores estudados que os jogos e brincadeiras realmente contribuem para a construção da inteligência, desde que sejam usados em atividade lúdica prazerosa, respeitando as etapas de desenvolvimento intelectual da criança. São também da opinião que os benefícios de uma infância bem vivida em termos lúdicos fazem-se sentir ao longo da existência do indivíduo. 
Analisando os estudos dos autores, percebe-se que a escola deve favorecer e promover o ensino e a aprendizagem, incentivando seus profissionais a adotarem atividades lúdicas em sua prática, criando um ambiente alfabetizador para favorecer o processo de aquisição de autonomia de aprendizagem. Para tanto, professores e supervisão pedagógica devem implementar projetos que viabilizem um processo dinâmico a partir de jogos, brincadeiras, danças, dramatizações, etc. 
Os professores podem utilizar-se do lúdico na sua prática docente na Educação Infantil, pois, ao separar a realidade do adulto da infantil, e ao diferenciar o trabalho da brincadeira, os pesquisadores perceberam a importância de a criança brincar e como isso favorece oseu desenvolvimento. Com a introdução em sua prática docente da metodologia do lúdico na educação inclusiva, o professor poderá utilizar-se, por exemplo, de jogos, dramatizações e brincadeiras em atividades de leitura ou em produção textual, sendo que, no ensino da leitura e da escrita, deve-se levar em conta o relacionamento da estrutura da língua e a estrutura do lúdico. Os brinquedos educativos, para a criança com necessidades educacionais específicas, podem ser utilizados como recursos ou ferramentas, a fim de se desenvolverem, por meio de atividades prazerosas, aspectos cognitivos e emocionais.
3 METODOLOGIA
Este papper foi desenvolvido e elaborado obedecendo às normas técnicas da ABNT, como fonte de pesquisa foram utilizados sites disponíveis na web, livros, artigos científicos e revistas relacionadas ao tema pesquisado. O método utilizado se deteve em fazer uma relação intrínseca entre o conteúdo dos materiais pesquisados, estudados e utilizados como referência, envolvendo citações, opiniões, anexos, teorias e conclusões para que pudéssemos ter a teoria para a sua escrita.
4 RESULTADOS E DISCUÇÕES
Quando falamos em educação inclusiva estamos nos referindo aos excluídos de alguma maneira do ambiente escolar, já que se estivessem inseridos na escola não haveria a necessidade de incluí-los nesse ambiente. A educação inclusiva não é simplesmente matricular o educando na escola, como determina a lei, na qual prescreve que as crianças e adolescentes devem ser matriculados preferencialmente em uma rede regular de ensino. Muitas vezes o educando está em um ambiente escolar e sente-se excluído de alguma forma, seja pelos coleguinhas que não brincam com ele, ou por qualquer outro motivo, não havendo então a interação, a socialização desses alunos. A visão da inclusão não é moldar o educando para ser inserido na escola, dele ter que se adaptar ao ambiente da sala de aula, da escola como um todo, pelo contrário, é conseguir meios para que esse educando seja incluído nesse espaço educacional, e social que é a escola.
As atividades lúdicas tanto facilitam o progresso cognitivo da criança como contribuem para a formação de sua personalidade integral, conduzindo ao progresso de cada uma de suas funções psicológicas, intelectuais e morais. Afinal, ao ingressar na escola, a criança sente um significativo impacto físico e mental, pois, até então, sua vida era exclusivamente dedicada aos brinquedos e ao ambiente familiar.
Como ainda o lúdico é, muitas vezes, confundido como simples prazer e a satisfação livre e gratuita dos desejos e necessidades humanas, é preciso contestar esse senso comum, uma vez que a brincadeira é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. É preciso haver a percepção de que o lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.
Neste trabalho, procuramos promover reflexões sobrea importância do uso do lúdico pelos professores na educação infantil, tentando demonstrar que uma metodologia baseada nesse paradigma pode promover a inclusão de crianças com necessidades educacionais específicas em turmas do ensino regular. Para Teixeira (1995), vários são os motivos que devem levar os educadores a apelarem para as atividades lúdicas e utilizarem-nas como um recurso pedagógico no processo de ensino e de aprendizagem. Contudo, pela leitura dos autores indicados, percebemos que nem sempre a metodologia do lúdico encontra seu papel educativo no desenvolvimento da educação inclusiva, apesar de a brincadeira ser muito importante na formação de toda criança. Como o professor deve explorar novas práticas no ambiente escolar, se entender o lúdico como uma metodologia eficiente, poderia introduzi-lo na construção do ensino e da aprendizagem e para a promoção da inclusão. Percebe-se com isso que quanto mais os professores tiverem conhecimento sobre essa prática, mais probabilidade existirá de que se utilizem dessa metodologia na sala de aula e, ainda, que ela sirva para promover a inclusão dos alunos com necessidades educacionais específicas. Afinal, ao sentirem que as vivências lúdicas podem resgatar a sensibilidade e a criatividade, perceberão, também, a promoção da melhoria na aquisição de conhecimentos, o fortalecimento das habilidades e, principalmente, o favorecimento de ações mais inclusivas. Para Ferreira (2002), viver ludicamente significa uma forma de intervenção no mundo. Para ela, indica que não apenas estamos inseridos no mundo, mas, sobretudo, que somos parte desse conhecimento prático e que essas reflexões são as nossas ferramentas para exercermos um protagonismo lúdico e ativo (FERREIRA, 2002, p.01).
O lúdico enquanto função educativa propicia a aprendizagem do educando, o seu saber, a sua compreensão de mundo e o seu conhecimento. Além disso, o lúdico é uma importante ferramenta de progresso pessoal e de alcance de objetivos que promovam efetivamente a inclusão dos alunos com necessidades educacionais específicas. No entanto, a inserção da metodologia do lúdico na prática docente é um desafio no processo educacional, pois a falta de educadores preparados para usá-la em seus projetos cria a resistência para inseri-la no cotidiano escolar. Sabendo-se que o lúdico é um elemento complementar para a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem em qualquer disciplina, deveria, por esse motivo, ser mais uma metodologia adotada por todos os profissionais da educação que buscam, por meio da criatividade e do dinamismo, promover o efetivo desenvolvimento cognitivo, social e humano de todo seu alunado. Portanto, no ambiente escolar, as atividades lúdicas ajudam a construir uma prática docente inovadora e inclusiva que favorece a construção do conhecimento e o respeito à diversidade.
5. CONCLUSÃO
A brincadeira é uma atividade própria das crianças. É a forma de estarem diante do mundo social e físico e interagirem com ele, o caminho pelo qual entram em contato com outras pessoas e com as coisas, o instrumento para a construção coletiva do conhecimento. As crianças necessitam brincar para serem elas mesmas, para desenvolverem-se, para construírem conhecimentos, expressarem suas emoções e entenderem o mundo. Pode-se afirmar que elas têm o direito de brincar e que os adultos têm o dever e a obrigação de possibilitar o exercício desse direito, assegurando a sobrevivência dos sonhos e promovendo uma construção de saberes.
Desde muito cedo, o jogo é de fundamental importância na vida da criança, por serem considerados meios de compreender e intervir diretamente nos processos cognitivos. Quando brinca, a criança explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, construindo, desse modo, a compreensão da realidade na qual está inserida e que se amplia à medida que estabelece processos de abstração. O jogo é reconhecido como meio de fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades.
Numa situação de brinquedo, a imaginação da criança é uma atividade especificamente humana e consciente, que surge da ação. Em suas ações, criança representa situações as quais já foram de alguma forma vivenciadas por ela em seu meio sócio-cultural, ou seja, a sua representação no brinquedo está muito mais próxima de uma lembrança de algo que já tenha acontecido do que da pura imaginação (VYGOTSKY, 1979, p.85).
É importante entender e incentivar a capacidade criadora da criança, pois isto constitui uma das formas de como ela se relaciona e recria o mundo, numa perspectiva da lógica infantil. Pode-se afirmar que as dificuldades existem, porém com força de vontade e persistência elas são superadas e a recompensa pelo trabalho está no olhar de cada criança que descobre um pouco mais da vida com a ajuda, o incentivo e o apoio do educador. O trabalho pedagógico é muito gratificante, mas acima de tudoé um compromisso no qual o educador vivencia experiências novas e únicas durante todo o processo ensino-aprendizagem. 
Para concluir, o brincar é instrumento de ilustração prática, complementando a teoria, porém, muito enriquecedor, desacomoda o sujeito desafiando a se movimentar e interagir com seu espaço, respeitar as regras, a clareza de comunicação, o fortalecimento do vínculo afetivo entre o grupo, a desinibição, a confiança de uns para com os outros, entre outras questões de valores, como solidariedade, amizade, compreensão e outros conhecimentos que se articulam entre si, ligados por uma teia ou uma grande rede incorporando-se um no outro.
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: apresentação de citações em documentos: procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1990.
ALMEIDA, Anne. Ludicidade como instrumento pedagógico. Cooperativa do Fitness, Belo Horizonte, jan. 2009. Seção Publicação de Trabalhos. Disponível em:<http://www.cdof.com.br/recrea22.htm>. Acesso em: 03 jun 2021.
FERREIRA, Lívia. A importância do lúdico na Educação Infantil. Artigonal, [S.I.], set. 2009 Disponível em: <http://www.artigonal.com/educação-infantil-artigos/a-importancia-do-ludico-na-educacao-infantil-1230873.html>. Acesso em: 4 jun. 2021.
GIL, J. P. A.; SCHEEREN, C.; LEMOS, H.D.D.; et al. O significado do jogo no processo inclusivo: conhecendo novas metodologias no cotidiano escolar. Disponível em: http://www.coralx.usfm.br/revce/artigos_cad.htm. Acesso em: 03 jun 2021.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens: O jogo como elemento da cultura. Tradução de Paulo Monteiro. São Paulo: Perspectiva, 1971.
MAFRA, Sônia Regina Corrêa. O lúdico e o desenvolvimento da criança deficiente intelectual. [Paraná]: Secretária de Estado da Educação, 2008. Disponível em:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/24446.pdf>.Acesso em: 04 jun. 2021.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança, imitação, jogo, sonho, imagem e representação de jogo. São Paulo: Zanhar, 1971.
SANTOS, S. M. P. dos (organizadora). O Lúdico na Formação do Educador. Petrópolis: Editora Vozes, 1997.
TEIXEIRA, Carlos E. J. A ludicidade na escola. São Paulo: Loyola, 1995.
UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, CORDE, 1994.
VYGOTSKY, L. Pensamento e Linguagem. Lisboa: Editora Antídoto, 1979.
 Alessandra da Cunha Melo, lekaalessandra41@gmail.com
Elizangela Ritta dos Santos, elizangelaritta@gmail.com
Franciele Fazollo, carpediemfra@hotmail.com
Priscylla Daiane Fesky de Brum, pdfc84@gmail.com

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