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JUCILEIA RELATORIO FAVENI PDF

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELÁTORIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
PROJETO PRÁTICO 
PERÍODO PANDEMIA COVID - 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUARULHOS 
2021
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI 
 
 
 
 
 
 
JUCILEIA GONDIM DE FREITAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
(PROJETO PRÁTICO A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO COMO 
FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA A ALFABETIZAÇÃO E 
LETRAMENTO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guajará - AM 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI 
 
 
 
 
 
 
JUCILEIA GONDIM DE FREITAS 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
(PROJETO PRÁTICO A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO COMO 
FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA A ALFABETIZAÇÃO E 
LETRAMENTO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guajará – AM 
2021 
Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio 
Supervisionado, do Centro Universitário FAVENI, no 
Curso de Pedagogia, como pré-requisito para 
aprovação. 
 
 
 
 
PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO (A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO 
COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA A ALFABETIZAÇÃO E 
LETRAMENTO). 
 
RESUMO 
 O presente projeto tem como objetivo coletar dados que 
demonstrassem a importância das atividades lúdicas na alfabetização, visto que 
jogos e brincadeiras são, essencial na construção de uma aprendizagem 
significativa e isso em qualquer fase escolar. Pretende-se comprovar que a 
utilização de jogos e brincadeiras em sala de aula contribui para formação de 
atitudes sociais como respeito mútuo, cooperação, relação social e interação, 
auxiliando na construção do conhecimento. Sabe-se que a criança caracteriza-se 
principalmente pela sua criatividade, pelo fascínio das descobertas, das atividades e 
situações diferentes, enfim, possui extremo interesse pelo novo, pelo palpável e por 
tudo o que é no concreto. Assim o processo de aprendizagem na alfabetização e 
letramento torna-se prazeroso, fácil e dinâmico. 
Palavras chaves: Alfabetização. Letramento. Lúdico. Aprendizagem. Prazerosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 7 
2. DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................................... 8 
Ilustrações ........................................................................................... Error! Bookmark not defined. 
1.1 Sigla ......................................................................................... Error! Bookmark not defined. 
1.2 Tabelas .................................................................................... Error! Bookmark not defined. 
1.3 Paginação................................................................................ Error! Bookmark not defined. 
1.4 Citações ................................................................................... Error! Bookmark not defined. 
3. RELATO DE ESTUDO ...................................................................................................................12 
4. CONCLUSÃO .................................................................................................................................15 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O objetivo dessa pesquisa é verificar a importância do lúdico dentro do 
processo de alfabetização e letramento. Os jogos, que por muito tempo fizeram 
parte da didática de grandes educadores do passado, hoje, surgem como 
necessidade absoluta e indispensável no processo educativo. Não será abordado o 
brincar por brincar e sim o brincar sob uma perspectiva pedagógica. Almeida (1978) 
afirma que os jogos não devem ser fins, mas meios para atingir objetivos. Estes 
devem ser aplicados para o benefício educativo. 
 Também, será analisado de que forma o professor deve planejar uma 
prática pedagógica que otimize e facilite a inclusão do jogo e a brincadeira na 
escola, levando em consideração o duplo aspecto de servir ao desenvolvimento da 
criança, enquanto indivíduo, e à construção do conhecimento, os quais estão 
fortemente interligados. 
 Tais processos oportunizam, através da mediação, as mais variadas 
situações para que a aprendizagem do educando seja significativa, entendendo sua 
realidade, bem como a possibilidade de alcançar sucessos no processo de 
alfabetização e letramento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 Em virtudes dos fatos mencionados alfabetização e Letramento são 
conceitos que têm feito parte de inúmeros estudos e discursos sobre Educação na 
atualidade. Cada vez mais se percebe a necessidade de inseri-los nas práticas 
pedagógicas dos docentes de um modo geral, com foco na Educação de qualidade 
para todos. 
 Diante disso á vida da criança é uma sucessão de experiências de 
aprendizagem adquirida por ela mesma, quando tem a oportunidade de interação. 
Ao chegar à escola, ela traz consigo infinitas experiências e conhecimentos 
acumulados, conquistados por meio de exploração visual, auditiva, jogos, 
brincadeiras, conversas, passeios, contatos, brinquedos, que influenciarão no 
processo de aprendizagem. 
 Com isso no processo de aprendizagem da leitura e da escrita, a criança 
defronta-se com um mundo cheio de atrações (letras, palavras, frases, textos) e se 
engajará neste mundo muito mais facilmente se puder participar integralmente dele 
e se o processo for transformado num grande ato lúdico (participativo, inteligente, 
prazeroso), em oposição ao ato técnico (estático, repetitivo, mecânico) muito próprio 
das escolas. Portanto, percebe-se a necessidade de se relacionar o processo de 
alfabetização com o lúdico, na forma de jogos e brincadeiras, que despertam o 
interesse e arrebatam a atenção das crianças, tornando este processo cheio de 
significado. 
 Como visto á alfabetização não se encontra mais sozinha. Hoje a 
proposta é alfabetizar letrando. Sobre isso, o caderno pedagógico do pró-letramento 
diz: 
“ao mesmo tempo em que a criança se familiariza com o Sistema de Escrita 
alfabética, para que ela venha a compreendê-lo e a usá-lo com desenvoltura, ela já 
participa na escola, de práticas de leitura e escrita, sou seja, ainda começando a ser 
alfabetizada, ela já pode e deve ler e escrever, mesmo que não domine as 
particularidades de funcionamento da escrita.” 
 
 
 
 É impossível não perceber a importância que se vem concedendo, em 
escala cada vez mais crescente, ao mundo dos símbolos. Em todos os lugares, a 
todo instante, estamos rodeados por informações expressas por meio de letras, 
números, sinais, desenhos, mapas. Assim sendo, para desempenhar desde as mais 
simples atividades cotidianas às mais complexas, é necessário ler, interpretar, 
compreender, escrever com autonomia. 
 Portanto, não nos resta dúvida de que na escola, importante agência 
de letramento, primeiramente “[...] é necessário reconhecer que alfabetização – 
entendida como a aquisição do sistema convencional de escrita – distingue-se de 
letramento – entendido como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades 
de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais […]” (SOARES, 2004, 
p.20). Além disso, é relevante compreender que é importante ir muito além do 
domínio do código escrito. Nosso desafio se constitui em “alfabetizar letrando, ou 
letrar alfabetizando, pela integração e articulação das várias facetas do processode 
aprendizagem inicial da língua escrita [...].” (SOARES, 2004, p.22). 
 Contudo a alfabetização e o lúdico são inseparáveis. O ambiente 
lúdico é o mais propício para a aprendizagem e produz verdadeira internalização da 
alfabetização e do letramento. O brincar pedagogicamente deve estar incluído no 
dia-a-dia das crianças. Dessa forma será proporcionado o desenvolvimento das 
capacidades cognitivas, motora, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e de 
inserção social e a aprendizagem específica da alfabetização. Ao brincar, a criança 
tem a possibilidade de conhecer seu próprio corpo, o espaço físico e social. 
Brincando, a criança tem oportunidade de aprender conceitos, regras, normas, 
valores e também conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentos nas mais 
diversas formas de conhecimento. 
 Por tanto o lúdico favorece a auto-estimar da criança e a interação de 
seus pares, propiciando situações de aprendizagem e desenvolvimento de suas 
capacidades cognitivas. É um caminho que leva as crianças para novas 
descobertas, revelando segredos escondidos explorando, assim, um mundo 
desconhecido. A criança brincando o tempo todo e em todo o tempo. Por isso que a 
comida, o lápis, os sapatos, tudo se torna brinquedo. Quando está sem nenhum 
objeto seu corpo torna-se um brinquedo. O brincar é uma atividade própria da 
 
 
 
criança, dessa forma, ela se movimenta e se posiciona diante do mundo em que 
vive. Na alfabetização e no letramento ela não brinca por brincar, ela brinca com 
propósitos e com um olhar pedagógico. 
 Com os desafios lúdicos, as professoras estimulam o pensamento, 
desenvolvem a inteligência, fazendo com que a criança alcance níveis de 
desenvolvimento que só o interesse pode provocar. A alfabetização e o letramento 
acontecem de forma contínua na vida criança e, quando o lúdico está presente nas 
práticas educativas, nas atividades de aprendizagem, nos momentos de atividades 
mais livres, desperta a criança para o prazer de estar na escola e de aprender. 
Assim, elas criam um espaço de experimentação e descoberta de novos caminhos 
de forma alegre, dinâmica e criativa. 
 Essa forma de aprender ajuda na preparação para a vida adulta, pois 
desenvolve as funções intelectuais e desenvolve suas potencialidades. Vygotsky 
(1987) afirma que na brincadeira “a criança se comporta além do comportamento 
habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se 
ela fosse maior do que ela é na realidade” (p. 117). Enquanto a criança brinca, 
amplia sua capacidade corporal, explora as percepções e, sobretudo, desenvolve e 
estimulam o raciocínio e a concentração, fatores fundamentais para o aprendizado. 
Rir, aceitar limites, organizar uma tarefa, concentrar, disputar, estar atento, sentir frio 
na barriga, raciocinar, pensar, gargalhar, competir com os outros e consigo próprio, 
ser curioso, ter prazer, cooperar, descobrir-se na relação com os outros, ser ágil, 
surpreender-se com a atitude do outro, emocionar-se. É difícil esgotar a riqueza de 
contribuições que os jogos e brincadeiras podem trazer para o desenvolvimento 
humano de seres pequenos, jovens ou adultos. 
 O lúdico enriquece o vocabulário, aumenta o raciocínio lógico e 
leva a criança a avançar em suas hipóteses. Dessa forma, ela desenvolve o 
processo de ensino aprendizagem, se alfabetiza e de forma divertida e dinâmica. As 
atividades lúdicas são fundamentais para uma aprendizagem divertida e de sucesso. 
O caderno pedagógico do pró-letramento diz que “os jogos promovem habilidades 
no exercício fonológico, na exploração e domínio das relações som-grafia, levando a 
terem avanços na leitura e escrita”. Nas situações de jogar, brincar, os alunos 
 
 
 
partilham suas descobertas com os colegas e assim vão aprendendo a ler e a 
escrever. 
 O papel do professor diante do desafio da ludicidade na alfabetização e 
no letramento. 
 O professor em sala de aula, a cada dia que passa é preciso buscar 
novas formas de tornar o ensino estimulante e eficaz. No caderno do Pró-letramento, 
(p. 6) fala que “o ensino estimulante junta o prazer e o divertimento à 
aprendizagem”. Diante disso, é necessário criar situações de ensino-aprendizagem 
possibilitando um trabalho com dimensões lúdicas dentro e fora da sala de aula. 
 Quando a criança é motivada pelo prazer, ela se envolve mais facilmente 
nas atividades e, conseqüentemente, fica à disposição para aprender. O caderno de 
pró-letramento (p. 6) aponta que “que os jogos e as brincadeiras promovem tanto a 
apropriação do sistema de escrita alfabética quanto das práticas de leitura, escrita e 
oralidades significativas”. É preciso aplicar estratégicas de forma lúdica, seja através 
das brincadeiras, do ritmo de uma música, das poesias, das rimas ou do 
envolvimento da turma nas elaborações de atividades. 
 Os jogos precisam estar no planejamento do professor e ele deve 
motivar seus alunos na criação de novos jogos. As atividades lúdicas auxiliam na 
alfabetização e no letramento, mas precisam chegar aos alunos com planejamento e 
estratégias. Não é simplesmente dar o jogo e deixa os alunos jogarem do “jeito” 
deles. O caderno pedagógico do pró-letramento, (p. 35) afirma: “Os objetivos 
pedagógicos devem nortear o uso de atividades lúdicas no processo de 
alfabetização: brincar por brincar pode ser divertido, mas não necessariamente 
contribui para o processo de ensino-aprendizagem.” 
 O professor precisa estar atento às perguntas e soluções que os alunos 
propõem e o momento da atividade lúdica é um espaço de grande aproveitamento 
para isso. Dessa forma, o professor visualiza melhor as estratégias e os progressos 
que cada aluno está fazendo. É necessário interagir com os alunos, direcionando-os 
para a aprendizagem. Negociando com eles as regras e a familiarização do jogo. 
 
 
 
Cada criança possui um grande potencial para aprender, o que as levam a 
internalizar o a aprendizagem aproveitando assim as oportunidades que lhes são 
oferecidas. Dessa forma elas constroem sua aprendizagem, criando e recriando. 
Faz-se necessário que os professores, além de ter o conhecimento, 
comprometimento, experiência e identificação com a tarefa de alfabetizar, alarguem, 
continuamente, seus conhecimentos sobre lingüística, psicolingüística, 
sociolingüística, psicologia e para, além disso: que se proponham a repensar 
freqüentemente sua prática, de modo a perseguir o objetivo de atingir a todos os 
alunos, nem que para isso tenham que lançar mão de métodos e estratégias 
variados, porém, com segurança e intencionalidades bem definidas. 
 Leitor, escritor, mediador, observador, afetivo, pesquisador, flexível, 
estudioso, são sem sombra de dúvida, algumas das características de um bom 
alfabetizador. Para que um professor introduza jogos no dia-a-dia de sua classe ou 
planeje atividades lúdicas, é preciso que ele acredite que brincar é essencial na 
aquisição de conhecimentos, no desenvolvimento da sociabilidade e na construção 
da identidade. 
. 
RELATO DE ESTUDO 
 
 A ludicidade, atualmente, é vista como uma poderosa ferramenta para 
o processo ensino-aprendizagem e para o desenvolvimento infantil, graças, 
principalmente, às teorias como a de Piaget e Vygotsky, que provaram que o lúdico 
contribui para o desenvolvimento integral da criança. Analisando os dados da 
pesquisa, verificamos que as professoras já possuem certo conhecimento sobre o 
lúdico, e a maioria compreende a importância para a construção do conhecimento. 
Neste sentido, a maioria dos dados da pesquisa vem ao encontro da teoria de 
Yygotsky (1991), que ajudam a compreender as contribuições do lúdico na vida da 
criança.Deixando de ser apenas consideradas como atividades que dão 
prazer, que servem apenas divertir e passam a ter um papel fundamental no 
desenvolvimento e na aprendizagem infantil, ou seja, elas auxiliam na 
 
 
 
aprendizagem. De acordo com essa afirmação, Kishimoto (2000) diz que o lúdico 
não pode ser visto apenas como divertimento ou uma forma para desgastar energia, 
mas que ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, social e moral. Desta 
forma, podemos perceber os benefícios que o lúdico pode trazer no processo de 
ensino aprendizagem, como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, a 
imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de 
hipóteses. Sobre atividades lúdicas, um professor comentou: “é uma atividade lúdica 
que pode ser desenvolvida em todas as disciplinas do currículo, tornando, com 
certeza, as aulas mais atraentes, facilitando a aprendizagem e o desenvolvimento do 
educando”. Nota-se pela fala do educador, que o brincar além da recreação, pode 
ser utilizado para facilitar e ajudar na apropriação do conhecimento, bem como, 
contribuir para o desenvolvimento da criança. 
 De acordo com Piaget (1978), quando a criança brinca, imagina e 
assimila o mundo da sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois, sua 
interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a 
criança lhe atribui. Por meio dos jogos e brincadeiras, os professores podem 
trabalhar qualquer conteúdo, possibilitando, assim, que a criança desenvolva suas 
capacidades 25 psicológicas e se aproprie do conhecimento escolar, de forma 
dinâmica e significativa. Porém, a maioria dos professores citou sentir dificuldades 
em usar o lúdico como uma ferramenta pedagógica. Acredito que isso possa vir a 
ocorrer, por falta de qualificação continuada e também pelo comodismo, pois uma 
professora citou na entrevista que fazer uso do lúdico necessita dedicação e tempo 
do professor. Para Vygotsky (1991), o brincar é uma atividade humana criadora, na 
qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas 
possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como 
de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e 
adultos. Sabe-se da importância da ludicidade para a aprendizagem e 
desenvolvimento das crianças em idade escolar. 
 No entanto, através das entrevistas percebe-se que na maioria das 
escolas, o lúdico ainda é pouco utilizado como uma ferramenta pedagógica, embora 
a maioria das professoras entrevistadas reconheça o grande beneficio que o lúdico 
pode proporcionar para a aprendizagem. 
 A utilização do lúdico, em sala de aula, depende e envolve um 
planejamento e uma seqüência didática, os jogos e brincadeiras sejam considerados 
 
 
 
como parte de um processo, e não um fim em si mesmo, pois mais que brincar, é 
preciso que a criança aprenda e se envolva. Nota-se essa preocupação quanto à 
contribuição que o uso do lúdico traz para o processo de ensino-aprendizagem, na 
fala dos professores, que dizem: “[...] quando o aprender se torna prazeroso, ele é 
mais duradouro e a participação da criança é mais efetiva, melhorando o seu grau 
de conhecimento e relacionamento humano”. Nesse sentido, pode-se dizer que há 
uma preocupação e um esforço dos professores pesquisados em colocar 
instrumentos lúdicos no cotidiano escolar, mas segundo eles existem algumas 
barreiras que atrapalham, como a falta de tempo, medo da atividade não dar certo, 
insegurança do professor, dificuldade em inserir as atividades lúdicas no 
planejamento das aulas relacionado aos conteúdos. Segundo Volpato (2002), as 
intervenções pedagógicas podem e deve dar-se a todo o momento, inclusive nos 
momentos que a criança está brincando ou jogando, porque apoiados no 
conhecimento do professor, o aluno constrói seu conhecimento de maneira reflexiva 
e significativa. 
 Kishimoto considera: Os jogos educativos ou didáticos estão orientados 
para estimular o desenvolvimento cognitivo e são importantes para o 
desenvolvimento do conhecimento escolar mais elaborado – calcular, ler e escrever. 
(2000, p. 100) Nesse sentido, o autor em questão (1997, p. 37) também afirma que, 
além da função lúdica, o brinquedo tem uma função educativa. Segundo ele, “o 
brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus 
conhecimentos e sua apreensão de mundo”. O lúdico só contribuirá para o 
aproveitamento escolar dos alunos, se os professores compreenderem-no como 
uma atividade humana significativa, por meio da qual os sujeitos se compreendem 
como sujeitos culturais e humanos. 
 De acordo com isso, um dos professores expressa que: “O lúdico contribui 
para o rendimento escolar, porque estimula a atenção, a capacidade intelectual, a 
espontaneidade, a imaginação, a observação, a percepção e o relacionamento 
social”. Wallon (1981) enfatiza que a interação com o meio e com o objeto é 
fundamental para o desenvolvimento da criança, pois é nas relações que a gente se 
faz, ninguém se faz sozinho. Assim podemos perceber a necessidade das atividades 
lúdicas onde os alunos poderão criar situações e a maneira como elas podem ser 
resolvidas. Tornar a escola um lugar atraente e prazeroso requer a reflexão sobre os 
métodos utilizados pelos professores ao ensinar e os resultados obtidos pelos 
 
 
 
mesmos neste processo. Nesse sentido, é necessário, portanto, ressignificar a 
prática educativa. Conforme Almeida (1981) é fundamental que os professores se 
aperfeiçoem, que busquem conhecimentos capazes de lhe darem coragem para 
enfrentar o novo com segurança. Nesse contexto, Assmann enfatiza que: [...] é 
preciso substituir a pedagogia das certezas e dos saberes pré-fixados por uma 
pedagogia da pergunta [...] por uma pedagogia da complexidade, que saiba 
trabalhar com conceitos transversais, abertos para a surpresa e o imprevisto. (2001, 
p. 33) Então, pode-se dizer que se deve utilizar a ludicidade na aprendizagem, no 
cotidiano escolar, mas mediante jogos e situações lúdicas que proporcionem não 
apenas a reflexão sobre conceitos matemáticos, lingüísticos ou científicos, mas 
também a formação integral do indivíduo. Para isso, é preciso colocar o lúdico no 
real espaço que ocupa no mundo infantil. Ao se incorporarem atividades lúdicas na 
prática educativa estarão proporcionando novas e interessantes relações e 
interações entre as crianças e destas com os conhecimentos. 
CONCLUSÃO 
 Em virtudes dos fatos mencionados no nosso projeto podemos perceber 
que a ludicidade se apresenta como requisito fundamental tanto ao desenvolvimento 
cognitivo e motor da criança, quanto à socialização e a aprendizagem. A 
alfabetização torna-se divertida quando a criança brinca e, dessa maneira, vai 
construindo seu aprendizado. Porém, é de suma importância que haja, da parte do 
professor, um planejamento diversificado almejando, principalmente, o amplo 
desenvolvimento da criança levando-a ao aperfeiçoamento e avanço na sua 
aprendizagem. Cabe ao professor, em seu papel de mediador, proporcionar 
atividades que desafiem seus alunos e os desenvolvam em sua totalidade. 
 Portanto o lúdico, junto com o imaginário, oferece caminhos amplos para o 
desenvolvimento das crianças tornando-as mais críticas, autônomas, criativas, 
felizes e, com isso, realiza um aprendizado com significação. Dessa forma, 
possibilita-se uma observação mais ampla do mundo, promovendo o 
desenvolvimento em todas as dimensões humanas e levando ao sucesso na 
alfabetização e o letramento. Toda educação, verdadeiramente comprometida com o 
exercício da cidadania, precisa criar condições para o desenvolvimento da 
 
 
 
capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça necessidades pessoais. O 
lúdico vem ligar deforma divertida a criança a aprendizagem significativa. 
 Já está comprovado por inúmeros autores que o lúdico contribui não só 
para o desenvolvimento cognitivo, como também para o desenvolvimento afetivo e 
social da criança. E, pelo fato de ela passar boa parte de seu tempo dentro da 
escola, deve-se ressaltar ainda mais a importância das atividades lúdicas dentro do 
cotidiano escolar. 
 Para que estas sejam vivenciadas pelos educadores, procurando 
mostrar-lhes que, ao se utilizarem do lúdico para ensinar, tornarão suas aulas mais 
atrativas, alegres. E, acima de tudo, permitirão aos seus educandos ter um bom 
rendimento escolar, além, é claro, de respeitar o direito da criança de brincar e 
contribuirão, de maneira significativa, para seu total desenvolvimento. 
 Desta forma, então, acredita-se que o lúdico é um ingrediente 
indispensável no cotidiano escolar, pois ele favorece o relacionamento entre as 
pessoas, a afetividade, o prazer, o autoconhecimento, a cooperação, a autonomia, a 
imaginação, a criatividade. Permite que a criança construa, por meio da alegria e do 
prazer, seus conhecimentos, abrindo caminhos para que elas possam reconhecer-se 
como sujeitos e autores sociais plenos, fazedores da própria história e da história do 
mundo que as cercam. Nesse sentido, espera-se que este trabalho sirva aos 
educadores e a todas as demais pessoas que dele se utilizarem, para que busquem 
uma educação mais emancipadora e humanizadora, tornando a aprendizagem um 
processo prazeroso, visando à compreensão e a construção do educando como um 
agente transformador de seu meio. A partir deste estudo, acredita-se que a 
verdadeira educação libertadora é aquela que permite às pessoas deixarem de 
serem “objetos” para se tornarem “sujeitos” de sua própria história e da história da 
sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, Paulo Nunes. Dinâmica lúdica jogos pedagógicos. São Paulo: 
Loyola. 1978. 
_______________________- Ana me indicou. 
FARIA, Valéria. Currículo na Educação Infantil. SP: Scipione, 2007. 
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. SP: Edit. Perspectiva, 1999. 
KISHIMOTO, Tizuka. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. SP: Cortez, 
2006. 
Pró-letramento: Programa de Formação Continuada de Professores dos 
anos/séries Iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem. – 
Ed.rev. e ampl. Incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de referência/ Secretaria 
de Educação Básica – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de 
Educação Básica, 2008. 
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos. 
Pátio: revista pedagógica, Porto Alegra: RS, n. 29, p. 18-22, fev./abr. 2004.

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