APRESENTACAO TCC

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Bom dia a todos os presentes!
 Meu nome é Victor Junio, Sou aluno do Curso de direito na Faculdade Unifan. 
Apresentarei agora meu Trabalho de conclusão de curso que é um critério para obter o titulo de bacharel em direito.
O tema do meu artigo é o O PARTO HUMANIZADO E A RESPONSABILIDADE CIVIL DO MEDICO.
O motivo da escolha desse tema é simples : No começo do curso, sempre me imaginei atuando na Seara penal, por ser mais prazeroso.... Pra mim era a matéria que eu tinha mais afiniade, porem no quarto período tive aulas sobre a Responsabilidade civil com a professora Ilma, desde esse momento me apaixonei de por essa matéria. Comecei a estudar tudo sobre: Responsabilidade civil medica, responsabilidade civil do estado. Tudo que envolvia responsabilidade civil eu queria saber.
Meu trabalho é referencial teórico e jurisprudencial.
Em um primeiro momento abordarei sobre o tema responsabilidade civil : 
Que nada mais é que a forma de penalização de um ato praticado por uma pessoa, A grande maioria da doutrina entende que a responsabilidade civil é dividida em 4 elementos: que são :
 Conduta, Culpa, Dano e Nexo causal,
 A Conduta é a ação que gera a obrigação de reparação. Trata-se de um comportamento voluntário que, através de uma ação ou omissão, se exterioriza, produzindo resultado danoso e consequências jurídicas.
 No livro Curso direito civil brasileiro a autora Maria Helena diniz. Conceita a conduta da seguinte forma :
O ato humano, comissivo ou omissivo, ilícito ou lícito, voluntário e objetivamente imputável, do próprio agente ou de terceiros, ou o fato de animal ou coisa inanimada, que cause danos a outrem, gerando o dever de satisfazer os direitos do lesado. (...) A responsabilidade decorrente do ato ilícito baseia-se na ideia de culpa, e a responsabilidade sem culpa funda-se no risco (p.55).
O Dano é o segundo elemento .ele é uma lesão ao bem jurídico pratrimonial
O autor Marco aurelio bezerra diz que:
O dano não é apenas lesão a um direito, mas sim um interesse que diante do caso concreto justifique a reparação civil, seja ela patrimonial ou por ofensa a valores existenciais, causando o chamado dano moral. Isso porque às vezes as pessoas veem-se na contingência de suportar incômodos, restrições, perdas de tempo e até de patrimônio em razão de um interesse superior de natureza coletiva, como proteção à vida, aos direitos difusos do consumidor ou ao meio ambiente.(p59
 O próximo pressuposto a ser discutido e´ o Nexo de Causalidade que é a relação de causa e efeito entre a conduta e o dano sofrido pela vítima. Constitui um elemento abstrato da responsabilidade civil. É o caminho que levara a conduta para a produção do resultado.´
 Marco Aurélio Bezerra de Melo, Direito Civil: Responsabilidade Civil. 2. Ed. Rio de Janeiro: Forense. 2018. P. 59. Pontua:
O nexo causal é um elemento vital para o bom entendimento da responsabilidade civil subjetiva e objetiva, pois, para se responsabilizar alguém, importa que se estabeleça um elo, uma ponte, uma ligação lógica entre este e o fato jurídico que o ensejou. (p59)
 
 O ultimo elemento é a Culpa que se refere à vontade do agente, que é dirigida ao fato causador da lesão. ...
Finalizado a primeira parte iniciaremos agora o estudo do segundo objeto da minha pesquisa, que é o parto humanizado!
Que nada mais é que um conjunto de procedimentos que buscam adequar o processo de parto de uma forma menos hospitalar, entendendo tanto a mulher quanto o bebê numa visão mais humana e acolhedora, por oposição ao modelo tradicional 
 O Parto humanizado tem a ver com deixar a natureza fazer o seu trabalho, realizando o mínimo de intervenções médicas e deixando que a mulher assuma o seu protagonismo. 
parto humanizado É assumir uma postura respeitosa quanto aos desejos e necessidades da mãe e do bebê, levando em conta sempre sua saúde e bem-estar. 
O objetivo da assistência humanizada é deixar que o processo fisiológico aconteça. E que a mae o bebe sejam os protagonistas...e que Tanto o Médico quanto a sua equipe só fiquem ali como expectadores, interferindo apenas se ocorrer algum problema.
 A maior necessidade de difundir o parto natural humanizado é a redução da indicação cesárea, tentando diminuir as intervenções no parto.
Concluindo então a explicação sobre o parto humanizado, 
Agora unindo os dois temas ( Responsabilidade civil medica e o Parto humanizado Irei discorrer sobre a A RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICA QUANTO A INDICAÇÃO DO TIPO DE PARTO ADEQUADO
Nós operadores do direito Sabemos que a atividade profissional médica via de regra é uma obrigação de meio, sendo assim, o médico pode desenvolver sua atividade, sem precisar dar a garantia do resultado esperado. Porem mesmo assim esse profissional deve ser prudente e realizar todas as diligências. Usando técnicas para obter o melhor resultado possível. O erro médico pode ser entendido como um dano causado pela falha do profissional. O médico pode ser responsabilizado na esfera civil e penal, além de ser ainda possível sofrer punições do Conselho Federal de medicina.
 Essa é a responsabilidade subjetiva que é definida no código do consumidor e inclui profissionais liberais como advogados e médicos além de outras profissoes.
E sua fundamentação se encontra no Artigo 14 paragrafo 4ª que diz: A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
Porém, os locais onde ocorrem os procedimentos médicos são responsabilizados objetivamente, conforme o estabelecido no art. 923, III, do Código Civil:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III- o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele (BRASIL, 2002)
 O Código de Ética medica, disserta sobre a responsabilidade civil do médico, de acordo com seu texto legal é vedado ao médico:
Art. 1º Causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência.
Parágrafo único. A responsabilidade médica é sempre pessoal e não pode ser presumida.
Art. 2º Delegar a outros profissionais atos ou atribuições exclusivos da profissão médica.
Art. 3º Deixar de assumir responsabilidade sobre procedimento médico que indicou ou do qual participou, mesmo quando vários médicos tenham assistido o paciente.
Art. 4º Deixar de assumir a responsabilidade de qualquer ato profissional que tenha praticado ou indicado, ainda que solicitado ou consentido pelo paciente ou por seu representante legal (CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA, 2019, p.21).
 O médico é responsabilizado por erro, mesmo que outro profissional tenha realizado o procedimento, com o consentimento do paciente. É claro que o médico tem influência na escolha da modalidade do parto na gestante, e por isso também recai sobre ele a responsabilidade do procedimento, dessa forma, o profissional assume os riscos em realizar o procedimento cirúrgico. O médico deverá ser responsabilizado, de forma proporcional à extensão do dano ou lesão.
 O médico tem a conduta como a principal causa definidora da sua responsabilidade, porém ainda existem fatores para atribuir melhor essa responsabilidade ao médico. Fatores esses que poderá ser por dano ao agente, elementos subjetivos (dolo, culpa), objetivos, o risco e equidade. Esses fatores estão previstos em lei.
 Segundo o art. 951 do Código Civil, o dispositivo nos arts. 948, 949 e 951 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.
 A negligência pode ser definida quando o profissional não realiza um ato, mesmo sabendo que é necessário e fundamental para a saúde do paciente, a imperícia, é a falta específica de uma habilidade, para o desenvolvimento de um procedimentocientífico. Imprudência é expressa pela precipitação de uma ação, mesmo sabendo que não está hábil para realizar tal procedimento.
 Pode ser determinado o dano, através do erro médico decorrente de um falso diagnóstico, essa responsabilidade se torna um pouco complexa de ser aplicada, porque requer um conhecimento técnico da área da medicina. O que pode ocorrer também é que a condição do paciente poderá favorecer para a ocorrência do erro médico.
 Ao que está fixado no art. 949 do Código Civil:
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido
das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além
de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido (BRASIL, 2002).
 Sobre o que está relacionado, no Art. 944, nas indenizações a lei dispõe que:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. 
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização (BRASIL, 2002).
 A indenização será estabelecida, de acordo com o dano, é a extensão do dano ao qual o juiz irá se basear para aplicar a indenização.	
 Podemos definir o dano médico sob o entendimento de Kfouri (2019), o dano médico, pode ser compreendido como físicos materiais ou morais. Sobre os danos físicos, têm uma relevância significativa, somando prejuízos corporais que se integram com elementos variáveis, podendo ser indenizado de forma separada e também conforme a invalidez, que poderá ser parcial ou total. O dano é o elemento nuclear da responsabilidade civil, sem esse, por mais grave que seja a conduta não existe um prejuízo ressarcível. É necessária uma identificação do dano sofrido pelo paciente, para pleitear a reparação equivalente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O presente trabalho foi pensado com foco em abordar um tema recorrente e muito presente na vida da mulher, que é o parto. Tratar sobre algo importante, que as mulheres enfrentam, e tratar os riscos a que são expostas, ou quando sua vontade e escolha não são levadas em consideração. Esse artigo visa desmitificar sobre o parto, e questionar toda essa instrumentalização e a responsabilidade do médico. A temática trouxe a discussão sobre o protagonismo da mulher em todo o processo de parto, e vem analisando como a cesariana sob influência do capitalismo tem sido o parto mais realizado no Brasil.
 O objetivo desse trabalho foi discutir sobre a humanização do parto, seguindo sobre o olhar jurídico, discutindo sobre questões que fazem parte da vida da mulher. Entendendo como a mulher foi perdendo o seu protagonismo no parto. Explanando também como o parto humanizado resgata esse papel da mulher.
 Propõe-se um diálogo sobre as recomendações da Organização Mundial de Saúde, para um parto com o mínimo de intervenções, a lógica da humanização é respeitar e defender as escolhas da mulher, esse trabalho tratou sobre as consequências e riscos que a mulher e o bebê podem ser expostos diante uma cesárea. Observando os riscos e sequelas oriundas da cesariana, poderá ser responsabilizado o profissional que realize esse procedimento. Assim, compreendo que esse trabalho vem discutir e discorrer sobre a mulher, e o modo como estão sendo respeitadas as suas escolhas, dentro de uma medicina tão instrumentalizada. 
 Esse trabalho vem discutir também sobre a violência obstétrica, que ocorre dentro do sistema de saúde privado e público, e muitas mulheres nem sabem identificar como violência, porque é algo corriqueiro e às vezes classificado como normal. Esse artigo buscou discutir os aspectos relacionados ao parto, o qual deverá ser uma escolha da mulher, e dialogando dentro da doutrina e ordenamento jurídico a responsabilidade subjetiva do profissional médico.
Dito isso, finalizo meu trabalho! agradeço a todos presentes! E fico a disposição da banca para eventuais perguntas. Obrigado!