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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – CAMPUS CABO FRIO ALUNA: MAISA BRASIL MATRÍCULA: 20191109248 Tendo em vista seus conhecimentos sobre Direito Constitucional, redija um texto dissertativo e argumentativo, com fundamentação jurídica adequada, analisando a constitucionalidade de lei estadual ou municipal que proíba ou limite cobrança de estacionamento em área particular. É de fundamental importância considerar: A constitucionalidade ou não de lei estadual ou municipal sobre o tema. A espécie de competência constitucional aplicada ao caso. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal a respeito do tema. Como o Estado brasileiro pode atender ao pedido de certas Unidades da Federação. Tendo como ciência a competência privativa da união em legislar sobre relações de consumo que consista em direito civil, estabelecida no art. 22 -I e VII da Constituição Federal (CF)... 22 -I-VII da Constituição Federal ). O estado nem os municípios tem competência para legislar sobre tais assuntos, o que consiste na inconstitucionalização, ficando clara a intervenção no que tange ao campo contratual entre comerciante e prestador de serviço. Do mesmo modo, nem sequer a União poderia aprovar legislação semelhante, porque, embora possa estabelecer normas sobre direito privado, não pode, porém, atentar contra o princípio da propriedade privada e contra o princípio da livre iniciativa, tal como posto na exposição supra. Pois o proprietário do estabelecimento comercial tem o direito de exercer suas atividades de forma livre, sem que sofra interferência, sendo respeitada a função social da propriedade, podendo regular sobre seus preços. Contudo a própria observação e entendimento da relação contratual e do serviço prestado tem suas fragilidades pois conforme a doutrina também opina, fica estabelecido na relação contratual de depósito de bens moveis aos moldes do art 627, o dever do depositário resguarda o bem até que seja estabelecido o requerimento de tal bem pelo depositante, de acordo com as lições de Orlando Gomes, pode-se aduzir que “pelo contrato de depósito, recebe alguém objeto móvel para guardá-lo e restituí- lo, por certo prazo”, porém é necessário que estabeleça de forma individualizada e detalhada a identificação do bem em questão. Pois Segundo o disposto no artigo 646 do Código Civil, “o depósito voluntário provar-se-á por escrito”, Contudo um simples documento como bem elucida Agostinho Alvim, “aliás, os cartões entregues ao depositante, como é de uso, constituem prova bastante, desde que permitam a perfeita identificação do objeto depositado”. Logo no que comumente se prática não e adotado semelhante modo de identificação, outra falha se dá na falta de orientação e divulgação. Contudo o próprio STF, em sua jurisprudência versa na ADI 4862/PR, onde Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 18/8/2016 (Info 835). Diz: O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, com pedido liminar, proposta pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/772396280/acao-direta-de-inconstitucionalidade-adi-4862-pr-parana-9966703-2020121000000 com vistas à declaração de inconstitucionalidade da Lei 16.785/2011, do Estado do Paraná. Sustenta-se que o diploma normativo impugnado, ao determinar a cobrança proporcional ao tempo utilizado pelos serviços de guarda de veículos em estacionamentos particulares, ofende a competência privativa da União de legislar sobre matéria de Direito Civil (art. 22, I, da CF/88), o princípio da livre iniciativa (art. 1º, inciso IV, CF/88), a garantia do direito de propriedade (art. 5º, inciso XXII, da CF/88), bem como o princípio da propriedade privada (art. 170, inciso II, da CF/88). Contudo vale ressaltar que, o Estado brasileiro, nos seus moldes, organiza-se internamente por meio de uma estrutura federativa sui generis, contendo três entes dotados de autonomia política e administrativa: a União, os Estados e os Municípios. Ocorre que, como é próprio da natureza de tais instituições políticas, nem sempre a harmonia prevalece, havendo situações excepcionais que podem afetar toda soberania estatal, enfraquecendo a sua própria estrutura. Pensando nessas eventuais crises políticas e estruturais a atingir o sistema federativo, desequilibrando-o, o legislador constituinte admitiu a utilização de um “remédio” constitucional, apenas quando necessário, com o escopo de solver problemas dessa espécie; trata-se da intervenção. Francisco Bilac Pinto Filho, conceituando o instituto da intervenção federal, aduz: A intervenção é um mecanismo constitucional de intromissão do governo central em assuntos dos Estados-membros para que se evite, principalmente, conturbações à ordem instaurada. Ela é a supressão, ainda que temporária, da autonomia estadual, para se alcançar um “bem superior” que é a indissolubilidade da Federação. Referências ALVIM, Agostinho. Direito das obrigações: exposição de motivos. Revista do Instituto dos Advogados Brasileiros. n. 24, 1972. BILAC, Francisco. A Intervenção Federal e o Federalismo Brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2002. GOMES, Orlando. Contratos. Rio de Janeiro: Forense, 2007.
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