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UECE - PROVAS 2015.1 a 2019.1

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Prévia do material em texto

CADERNO DE PROVAS
SumárioSumário
UECE
Prof. Lásaro Henrique2015.1 a 2019.1
2015.1 ................................................................................................................................................. 3
2015.2 ............................................................................................................................................... 14
2016.1 ............................................................................................................................................... 26
2016.2 ............................................................................................................................................... 38
2017.1 ............................................................................................................................................... 50
2017.2 ............................................................................................................................................... 64
2018.1 ............................................................................................................................................... 77
2018.2 ............................................................................................................................................... 92
2019.1 ...............................................................................................................................................xx
 
5
UECE
PORTUGUÊS
Caro candidato, o texto que você lerá a seguir foi extraído do 
primeiro volume de uma série de cinco livros que reconstitui 
um período da história brasileira, o da ditadura militar. O 
primeiro volume cobre o período, que vai de março de 1964 
(deposição do Presidente João Goulart) a março de 1979 (ano 
em que o Presidente General Ernesto Geisel entrega o poder 
ao General João Batista Figueiredo, último Presidente da era 
militar no Brasil). 
Texto 1
A dor
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(GASPARI, Hélio. A ditadura escancarada. São Paulo:
Companhia das Letras, 2002. p. 37-41. Texto adaptado.)
1. Conservou-se no extrato transcrito o título do texto de onde 
ele foi extraído, “A dor”, mas, em nenhum momento, o 
vocábulo dor é empregado. Parece até que a ideia-núcleo 
do texto é a tortura de tanto que essa palavra aparece. O 
leitor, porém, deve estabelecer as relações que o levarão a 
justificar o título. Leia o que se diz sobre a questão.
I. Há entre dor e tortura uma relação de semelhança que 
leva o leitor a associar as duas.
II. Existe, no texto, uma retomada do título por meio de 
palavras ou expressões que remetem, indiretamente, 
à palavra “dor”, que, por sua vez, tem uma relação de 
contiguidade com o vocábulo “tortura”.
III. Há, no texto, um jogo com o vocábulo “suplício” e as 
suas variadas acepções. “Suplício” (linha 21) tanto pode 
nomear a própria tortura como o que a tortura provoca.
Está correto o que se diz em
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III apenas.
d) II e III apenas.
2. O primeiro parágrafo contém elementos que dão ao leitor 
condição de, partindo da perspectiva do torturador, tirar 
conclusões acerca da lógica do sistema que tortura e, 
consequentemente, dos torturadores. Marque V para o que 
for verdadeiro e F para o que for falso. 
( ) Se o preso fala e diz o que o torturador quer saber, não 
há por que condenar a tortura.
( ) Na relação torturador/torturado, só interessa ao primeiro 
a confissão do segundo.
( ) A lógica da teoria da funcionalidade da tortura está 
resumida em uma frase atribuída a Maquiavel: Os fins 
justificam os meios.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) V, V, V.
b) V, F, V.
c) F, F, V.
d) V, V, F.
2015.1
 O que torna a tortura atraente é o fato de
que ela funciona. O preso não quer falar,
apanha e fala. É sobre essa simples constatação
que se edifica a complexa justificativa da tortura
pela funcionalidade. O que há de terrível nela é
sua verdade. O que há de perverso nessa
verdade é o sistema lógico que nela se apoia
valendo-se da compressão, num juízo
aparentemente neutro do conflito entre dois
mundos: o do torturador e o de sua vítima.
Tudo se reduz à problemática da confissão.
 Assim, a tortura pressiona a confissão e
triunfa em toda a sua funcionalidade quando
submete a vítima. Essa é a hipérbole virtuosa do
torturador. Assemelha-se ao ato cirúrgico,
extraindo da vítima algo maligno que ela não
expeliria sem agressão.
 A teoria da funcionalidade da tortura
baseia-se numa confusão entre interrogatório e
suplício. Num interrogatório há perguntas e
respostas. No suplício, o que se busca é a
submissão. O “supremo opróbrio” é cometido
pelo torturador, não pelo preso. Quando a
vítima fala, suas respostas são produto de sua
dolorosa submissão à vontade do torturador, e
não das perguntas que ele lhe fez. Prova disso
está no fato de que nos cárceres soviéticos
milhares de presos confessaram coisas que
jamais lhes haviam passado pela cabeça,
permitindo ao stalinismo construir suas
catedrais conspiratórias.
 O poder absoluto que o torturador tem de
infligir sofrimento à sua vítima transforma-se
em elemento de controle sobre seu corpo. No
meio da selva amazônica, espancando um
caboclo analfabeto que pedia ajuda divina para
sustar os padecimentos, um torturador
resumiria sua onipotência embutida: “Que Deus
que nada, porque Deus aqui é nós mesmo”. A
mente insubmissa torna-se vítima de sua
carcaça, que é, a um só tempo, repasto do
sofrimento e presa do inimigo. “O preso só
lastima uma coisa: o ‘diabo’ do corpo continua
aguentando”, lembraria o dirigente comunista
Marco Antônio Coelho. Ainda que a certa altura
a mente prefira a morte à confissão, aquele
corpo dolorido se mantém vivo, permitindo o
suplício.
6
UECE
3. Assinale a opção que NÃO expressa com clareza a 
funcionalidade da tortura.
a) “O preso não quer falar, apanha e fala.” (linhas 2-3)
b) “Quando a vítima fala, suas respostas são produto de 
sua dolorosa submissão à vontade do torturador, e não 
das perguntas que ele lhe fez.” (linhas 23-26)
c) “A mente insubmissa torna-se vítima de sua carcaça, 
que é, a um só tempo, repasto do sofrimento e presa do 
inimigo.” (linhas 39-42)
d) “nos cárceres soviéticos milhares de presos confessaram 
coisas que jamais lhes haviam passado pela cabeça.” 
(linhas 27-29)
4. Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se 
afirma sobre os seguintes enunciados: “Essa é a hipérbole 
virtuosa do torturador. Assemelha-se ao ato cirúrgico, 
extraindo da vítima algo maligno que ela não expeliria sem 
agressão”. (linhas 14-17)
( ) O enunciado hiperbólico é aquele cuja ênfase expressiva 
resulta da suavização e da minimização da significação 
linguística. Registra-se, no excerto transcrito, um 
exemplo desse processo.
( ) O símile do enunciado em questão, como todos os outros 
símiles, traz explícitos os dois termos da comparação. 
Quando ele torna o texto mais expressivo, mais rico em 
significações, diz-se que ele é um elemento estilístico, 
tem funcionalidade textual.
( ) Com as comparações desse excerto, o enunciador 
consegue dar uma impressão viva da intensidade da dor.
( ) Assim como um médico extirpa um tumor maligno, em 
um processo extremamente doloroso, mas que salva a 
vida de uma pessoa, um torturador inflige ao preso uma 
enorme dor para lhe arrancar informações. Essa dor, no 
entanto, vai salvar-lhe a vida, porque porá fim à tortura. 
É essa a lógica da tortura.
( ) No excerto há duas comparações que trazem um dos 
termos fora desses enunciados: a primeira, entre o 
“ato cirúrgico” e a “tortura”; a segunda, entre o “algo 
maligno” e o que o torturado guarda para si e não quer 
revelar ao torturador.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) F, V, V, V, V.
b) F, F, F, V, V.
c) V, V, V, F, F.
d) V, V, V, F, F.
 
5. Ao longo do texto, a palavra “tortura” é substituída por 
outras,em um processo que se conhece como anáfora. Nesta 
questão, lidamos com duas anáforas de tortura: “suplício” 
(linha 21); “supremo opróbrio” (linha 22). Atente ao que se 
diz a respeito dessas anáforas.
I. O vocábulo “tortura” e suas anáforas – “suplício” e 
“opróbrio” – estão em uma ordem aleatória, casual. 
Poder-se-ia mudar a ordem em que foram distribuídos 
e o texto não seria prejudicado em nenhum nível.
II. A ordem em que os três vocábulos – “tortura”, “suplício” 
e “opróbrio” – estão dispostos no texto indica uma 
intenção argumentativa do enunciador, isto é, uma 
intenção de convencer o leitor sobre as ideias que 
expressa. Esse cunho argumentativo intensifica-se com 
o adjetivo “supremo”.
III. O vocábulo supremo significa “que está acima de 
qualquer coisa; que se encontra no limite máximo”. 
Assim, esse adjetivo modaliza o discurso do enunciador. 
Mostra a relação dele com o que está dizendo. No caso do 
texto, essa relação é de conteúdo assumido: o enunciador 
assume totalmente o conteúdo do que diz.
 Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) II e III apenas.
c) I e III apenas.
d) I e II apenas.
6. O dicionário Houaiss eletrônico dá para o vocábulo 
“suplício” acepções variadas quase todas relacionadas 
ao sofrimento físico. Já para o substantivo “opróbrio”, as 
acepções são ligadas ao sofrimento moral e psicológico. 
Diante do exposto sobre a significação desses dois 
vocábulos, assinale a assertiva verdadeira. 
a) A tortura pode ser somente física. O psicológicoe o moral 
não podem sofrer o efeito da tortura física, uma vez que 
estão no patamar não material, libertos das amarras dos 
sentidos.
b) O texto mostra que, na realidade, não há confusão entre 
interrogatório e suplício.
c) Existe mais de um tipo de tortura, os quais não se 
associam.
d) No texto, “supremo opróbrio” é o ponto máximo a que 
se pode chegar em tortura. Isso se dá quando a tortura 
física atinge os níveis psicológico e moral.
7. No final do texto, há a sugestão de que
I. no torturado arma-se um embate entre o corpo e a mente.
II. o torturado, no início da tortura, luta para não morrer 
fisicamente e, no final, anseia por essa morte, que lhe 
dará alívio.
III. só há duas maneiras de o torturado ver-se livre do 
sofrimento: morrer fisicamente ou prestar as informações 
que o torturador deseja.
 Estão corretas as complementações contidas em
a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) I e III apenas.
d) I, II e III.
7
UECE
8. Quando um torturador diz “Que Deus que nada, porque 
Deus aqui é nós mesmo” (linhas 38- 39), só NÃO se deve 
entender ou concluir que
a) o “nós mesmo” compreende ele próprio, os outros 
torturadores e os próprios torturados
b) o vocábulo Deus, no enunciado do torturador, tem 
conotações diversas: na primeira ocorrência, o vocábulo 
indica a entidade abstrata que grande parte das religiões 
considera como o criador; na segunda ocorrência, sugere 
o poder de vida e de morte que tem o torturador sobre 
o torturado.
c) em “Deus aqui é nós mesmo”, há uma construção que 
foge aos ditames da gramática normativa, mas que é 
importante para a coerência do texto.
d) o sentido do enunciado seria preservado mesmo se fosse 
omitido o termo “porque”.
Texto 2
 O Verbo For
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Vestibular de verdade era no meu tempo.
Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da
vida em que tudo de bom era no meu tempo;
meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e
mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa
não ser reacionário. Somos uma força histórica
de grande valor. Se não agíssemos com o vigor
necessário — evidentemente o condizente com
a nossa condição provecta —, tudo sairia fora
de controle, mais do que já está. O vestibular,
é claro, jamais voltará ao que era outrora e
talvez até desapareça, mas julgo necessário
falar do antigo às novas gerações e lembrá-lo
às minhas coevas (ao dicionário outra vez;
domingo, dia de exercício).
O vestibular de Direito a que me submeti,
na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha
só quatro matérias: português, latim, francês
ou inglês e sociologia. Nada de cruzinhas,
múltipla escolha ou matérias que não
interessassem diretamente à carreira. Tudo
escrito tão ruybarbosianamente quanto
possível, com citações decoradas,
preferivelmente.
Havia provas escritas e orais. A escrita já
dava nervosismo, da oral muitos nunca se
recuperaram inteiramente, pela vida afora.
Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto) e
partia-se para o martírio, insuperável por
qualquer esporte radical desta juventude de
hoje.
O maior público das provas orais era o
que já tinha ouvido falar alguma coisa do
candidato e vinha vê-lo “dar um show”. Eu dei
show de português e inglês. O de português
até que foi moleza, em certo sentido. O
professor José Lima, de pé e tomando um
cafezinho, me dirigiu as seguintes palavras
aladas:
— Dou-lhe dez, se o senhor me disser
qual é o sujeito da primeira oração do Hino
Nacional!
— As margens plácidas — respondi
instantaneamente e o mestre quase deixa cair
a xícara.
— Por que não é indeterminado,
“ouviram, etc.”?
— Porque o “as” de “as margens plácidas”
não é craseado. Quem ouviu foram as margens
plácidas. É uma anástrofe, entre as muitas que
existem no hino. “Nem teme quem te adora a
própria morte”: sujeito: “quem te adora.” Se
pusermos na ordem direta...
— Chega! — berrou ele. — Dez! Vá para a
glória! A Bahia será sempre a Bahia!
Quis o irônico destino, uns anos mais
tarde, que eu fosse professor da Escola de
Administração da Universidade Federal da
Bahia e me designassem para a banca de
português, com prova oral e tudo. Eu tinha
fama de professor carrasco, que até hoje
considero injustíssima, e ficava muito
incomodado com aqueles rapazes e moças
pálidos e trêmulos diante de mim. Uma bela
vez, chegou um sem o menor sinal de
nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e
abotoaduras vistosas. A prova oral era
bestíssima. Mandava-se o candidato(a) ler
umas dez linhas em voz alta (sim, porque
alguns não sabiam ler) e depois se perguntava
o que queria dizer uma palavra trivial ou outra,
qual era o plural de outra e assim por diante.
Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não
acertou a responder nada. Então, eu, carrasco
fictício, peguei no texto uma frase em que a
palavra “for” tanto podia ser do verbo “ser”
quanto do verbo “ir”. Pronto, pensei. Se ele
distinguir qual é o verbo, considero-o um
gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus
quiser.
— Esse “for” aí, que verbo é esse?
Ele considerou a frase longamente, como
se eu estivesse pedindo que resolvesse a
quadratura do círculo, depois ajeitou as
abotoaduras e me encarou sorridente.
— Verbo for.
— Verbo o quê?
— Verbo for.
— Conjugue aí o presente do indicativo
desse verbo.
— Eu fonho, tu fões, ele fõe — recitou
ele, impávido. — Nós fomos, vós fondes, eles
fõem.
Não, dessa vez ele não passou. Mas, se
perseverou, deve ter acabado passando e hoje
há de estar num posto qualquer do Ministério
da Administração ou na equipe econômica, ou
ainda aposentado como marajá, ou as três
coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito
mais divertido do que hoje e, nos dias que
correm, devidamente diplomado, ele deve
estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase
toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas
ele fõe.
8
UECE
9. A crônica de João Ubaldo tem uma estrutura curiosa. Escreva 
V para o que for verdadeiro e F, para o que for falso sobre 
essa estrutura.
( ) O primeiro enunciado da crônica, que é também o 
primeiro da introdução (linha 49), expressa a ideia 
central do texto.
( ) A introdução é interrompida já na linha 49.
( ) Da linha 50 até a linha 58, quando retoma o enunciado 
introdutório, o enunciador faz uma digressão ou 
divagação, afastando-sedo tema principal do texto.
( ) A introdução de pequenos fatos narrados levanos a 
entender que o texto, na realidade, não é uma crônica. 
Ele configura um novo tipo de texto que poderíamos 
denominar de gênero misto.
( ) A conclusão da crônica começa na linha 147, com o 
vocábulo “vestibular”. A partir dessa linha, poderíamos 
ter um novo parágrafo.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) F, F, V, V, V.
b) V, V, F, F, V.
c) V, V, V, F, V.
d) F, F, V, V, F.
10. No texto há um tom de ironia que se revela em muitos 
trechos. Abaixo, você verá alguns excertos. Assinale a opção 
que traz uma expressão NÃO IRÔNICA.
a) “Somos uma força histórica de grande valor. Se não 
agíssemos com o vigor necessário — evidentemente o 
condizente com a nossa condição provecta —, tudo sairia 
fora de controle, mais do que já está.” (linhas 54-58)
b) “O vestibular de Direito a que me submeti, na velha 
Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: 
português, latim, francês ou inglês e sociologia.” (linhas 
64-67).
c) “Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse 
pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois 
ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.” (linhas 
130-133)
d) “Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, 
deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto 
qualquer do Ministério da Administração ou na equipe 
econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as 
três coisas.” (linhas 142-147)
11. Atente ao trecho abaixo e ao que é dito sobre ele.
 “Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que 
tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. 
Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) 
um coroa não ser reacionário. Somos uma força histórica de 
grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário — 
evidentemente o condizente com a nossa condição provecta 
—, tudo sairia fora de controle, mais do que já está.” (linhas 
50-58)
I. O trecho todo é um grande parêntese sem a marcação 
gráfica chamada parêntese.
II. Os longos parênteses dificultam a compreensão dos 
textos. A leitura de textos com essa estrutura exige muita 
atenção.
III. Uma possível omissão dos parênteses enfraqueceria o 
texto em termos argumentativos.
 Está correto o que se diz em
a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) I e III apenas.
d) I, II e III.
12. Uma das marcas da escrita de João Ubaldo Ribeiro é a 
estrutura parentética. Assim denominamos um estilo que usa 
muitas intercalações. Essas intercalações vêm, geralmente 
com a marcação gráfica (parênteses ou travessões). Dos 
exemplos a seguir, assinale aquele que, embora tenha uma 
marcação gráfica de parágrafo, NÃO é exemplo de estilo 
parentético.
a) “— recitou ele, impávido —” (linhas 139-140)
b) “— Eu fonho, tu fões, ele fõe” (linha 139)
c) “(sorteava-se o assunto)” (linha 76)
d) “— berrou ele. —” (linha 102)
13. No texto, a expressão “ruybarbosianamente” (linha 70) 
significa
a) a critério de Ruy Barbosa.
b) ao contrário de Ruy Barbosa.
c) à maneira de Ruy Barbosa.
d) às expensas de Ruy Barbosa.
14. Guiando-se pelas pistas textuais, chega-se à conclusão de 
que o adjetivo “provecta(o)” no texto (linha 57) tem a mesma 
acepção que tem no seguinte enunciado:
a) Há pessoas que não se conformam, quando entram na 
idade provecta.
b) Márcia é uma aluna provecta. Progrediu, em seis meses, 
muito mais do que os colegas em dois anos.
c) Tenho um amigo que é professor da Unicamp. Ele é 
provecto em Física.
d) Gosto de pessoas experientes. Tenho muitos amigos 
provectos. 
MATEMÁTICA
15. José quer comprar chocolates e pipocas com os R$ 11,00 
de sua mesada. Tem dinheiro certo para comprar dois 
chocolates e três pacotes de pipocas, mas faltam-lhe dois 
reais para comprar três chocolates e dois pacotes de pipocas. 
Nestas condições, podemos afirmar corretamente que um 
pacote de pipocas custa
a) R$ 2,00. c) R$ 1,40.
b) R$ 1,60. d) R$ 1,20.
9
UECE
16. Se a soma e o produto de dois números são, respectivamente, 
dois e cinco, podemos afirmar corretamente que
a) os dois números são racionais
b) os dois números são irracionais.
c) um dos números é racional e o outro é irracional.
d) os dois números são complexos não reais. 
17. Em um empreendimento imobiliário, o centro comercial e o 
parque de estacionamento ocupam, respectivamente, 42% e 
53% da área do terreno. A área restante, que corresponde a 
3.000 m2 , é destinada a jardins e vias de circulação. Nestas 
condições, a medida da área do terreno ocupada pelo centro 
comercial, em m2, é
a) 24.800.
b) 25.000.
c) 25.200.
d) 25.400.
18. Se a função real de variável real, definida por f(x) = ax2 + 
+ bx + c, é tal que f(1) = 2, f(2) = 5 e f(3) = 4, então o valor 
de f(4) é
a) 2.
b) -1.
c) 1.
d) -2.
19. Se os conjuntos X e Y possuem, respectivamente, cinco 
e oito elementos, quantas funções, f : X → Y, injetivas e 
distintas, podem ser construídas? 
a) 6680.
b) 6700.
c) 6720.
d) 6740.
20. O menor número natural que pode ser escrito como produto 
de fatores primos positivos e distintos e que tem 32 divisores 
é
a) 2280.
b) 2310.
c) 2350.
d) 2380.
21. Se x é um ângulo tal que 1cos
4
x = , então o valor do 
determinante 
22 2cos
cos senx
sen x x
x
 
 
− 
 é
a) 1
b) 0
c) 1
2
d) 1
2
−
22. Os pontos médios dos lados de um triângulo equilátero cuja 
medida da área é 9 3 m2 são ligados dividindo o triângulo 
em quatro outros triângulos equiláteros congruentes. A 
medida da altura de cada um destes triângulos menores é
a) 6,75 m
b) 6,25 m
c) 6,95 m
d) 6,45 m
23. Os números reais positivos x, y e z são tais que log x, 
log y, log z formam, nesta ordem, uma progressão aritmética. 
Nestas condições, podemos concluir acertadamente que 
entre os números x, y e z existe a relação
a) 2y = x + z.
b) y = x + z.
c) z2 = xy.
d) y2 = xz.
24. No referencial cartesiano ortogonal usual com origem no 
ponto O, a reta r, paralela à reta y = -2x + 1 intercepta os 
semieixos positivos OX e OY, respectivamente, nos pontos 
P e Q formando o triângulo POQ. Se a medida da área deste 
triângulo é igual a 9m2, então a distância entre os pontos P 
e Q é igual a 
a) 5 m
b) 3 5 m
c) 4 5 m
d) 2 5 m
HISTÓRIA
25. A descoberta do ouro no interior de Minas deslocou parte 
da população colonial do litoral para o interior. A região das 
minas foi ocupada por centenas de novos habitantes que 
careciam de tudo: alimentos, roupas, gado, cavalos, produtos 
europeus e muitos escravos para trabalhar nas minas. Atente 
para o que se diz acerca dessa que ficou conhecida como a 
“sociedade do ouro”.
I. A base da sociedade mineira eram os africanos 
escravizados, que constituíam boa parcela dessa 
sociedade. E, embora não representasse a maioria da 
população, seu trabalho era fundamental.
II. A atividade mineradora também deu origem a uma 
camada da sociedade que era extremamente pobre e que 
tinha sido atraída pela ilusão do ouro; era formada por 
escravos libertos e brancos pobres.
III. Havia uma camada média, composta principalmente de 
brancos, que incluía pequenos comerciantes, tropeiros e 
pequenos produtores de gêneros agrícolas
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I e II apenas.
c) II e III apenas.
d) I e III apenas.
10
UECE
26. Dentre as afirmações a seguir, assinale aquela que está 
INCORRETA no que diz respeito à Confederação do 
Equador (1824).
a) A Confederação do Equador estava afinada comos ideais 
de federação que serviram de basepara a implantação da 
República dos Estados Unidos da América.
b) A revolta começou com a exigência de que o Presidente 
da Província de Pernambuco, indicado por D. Pedro I, 
renunciasse ao cargo em favor do liberal Manuel de 
Carvalho Pais de Andrade.
c) A Confederação do Equador uniu Pernambuco e as 
Províncias da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
d) Cedendo às forças de repressão comandadas pelo 
Brigadeiro Francisco Lima e Silva, após cinco meses de 
resistência, os rebeldes se entregaram, sendo, por este 
motivo, anistiados.
27. Assinale a opção que apresenta corretamenteações 
atribuídas ao Marquês de Pombal na Colônia Brasileira.
a) Extinção do sistema de capitanias hereditárias e 
transferência da sede do governo colonial de Salvador 
para o Rio de Janeiro.
b) Criação das Companhias Comerciais do Grão Pará e do 
Maranhão, e a organização da Universidade de Coimbra.
c) Extinção da Mesa de Inspeção dos Portos e da cobrança 
do quinto na região das minas.
d) Expulsão dos Jesuítas do Brasil e incentivo à criação 
das indústrias de manufaturas.
28. No Congresso da Basileia, organizado por T. Herzl, em 
1897, foram traçadas as primeiras linhas de ação de um 
movimento que reivindicou terras de território palestino 
para a criação de colônias agrícolas para os hebreus. 
Para que fosse possível, naquele território, consolidar-se 
um espírito nacional, de valores culturais e religiosos, 
em última instância, reivindicou-se a concessão de uma 
“carta” internacional que autorizasse e tutelasse a imigração 
hebraica para a Palestina. Este movimento nacionalista 
que surgiu na passagem do século XIX para o século XX 
denomina-se
a) Organização para a libertação da Palestina (OLP).
b) Sionismo, que tem como referência o monte Sión em 
Jerusalém.
c) Kibutz (agrupamento em hebraico).
d) Intifada (revolta ou agitação).
29. Há muito tempo o continente africano tem sido palco de 
conflitos violentos. Em Angola, o confronto envolveu 
organizações armadas que disputavam o poder desde a 
independência daquele país. Na República Democrática 
do Congo, as disputas envolveram o Estado e grupos 
armados; na Serra Leoa, a guerra civil durou de 1991 a 2002. 
Intermediários interessados na guerra, em alguns casos, a 
estimulam fornecendo armas e soldados; em outros casos, 
apoiam governos ou a guerrilha de oposição. Os produtos 
disputados pelo Estado e por grupos armados nesses três 
países Africanos são
a) diamante e petróleo.
b) defensivos agrícolas e gás natural.
c) metais e produtos farmacêuticos.
d) alimentos industrializados e tecidos.
30. Atente para o seguinte excerto: “Contudo, dois fatores ainda 
mais importantes solapavam agora a alta cultura clássica. 
O primeiro era o triunfo universal da sociedade de consumo 
de massa. Da década de 1960 em diante, as imagens que 
acompanhavam do nascimento até a morte os seres humanos 
no mundo ocidental – e cada vez mais no urbanizado 
Terceiro Mundo – eram as que anunciavam ou encarnavam 
o consumo ou as dedicadas ao entretenimento comercial de 
massa. Os sons que acompanhavam a vida urbana, dentro e 
fora de casa, eram os da música pop comercial. Comparado 
com isso, o impacto das “grandes artes” mesmo sobre os 
“cultos” era na melhor das hipóteses ocasional, sobretudo 
desde que o triunfo do som e da imagem com base na 
tecnologia impunha forte pressão sobre o que fora o grande 
veículo para a experiência da alta cultura, a palavra escrita”.
HOBSBAWM, E. Era dos Extremos. O breve século XX 1914 1991). 
Trad. Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras. p. 495.
 Segundo Hobsbawm, a alta cultura clássica decaiu devido
a) à urbanização do Terceiro Mundo.
b) às traumáticas imagens de nascimento e morte.
c) à ascensão da cultura escrita.
d) ao consumo massificado alcançado por intermédio dos 
meios de comunicação social.
GEOGRAFIA
31. Adotando o positivismo lógico como método de 
conhecimento da realidade, esse novo paradigma da 
geografia buscava leis ou regularidades representadas sob 
a forma de ordenamentos espaciais. Empregava-se o uso de 
técnicas estatísticas e modelos matemáticos como método 
de apreensão do real, assumindo uma pretensa neutralidade 
científica para o ordenamento espacial. A corrente do 
pensamento geográfico que se relaciona com o enunciado 
acima é denominada
a) Possibilismo.
b) Geografia Crítica.
c) Nova Geografia.
d) Determinismo Ambiental.
32. Atente para o seguinte texto:
 Serra da Boa Esperança, esperança que encerra / No coração 
do Brasil um punhado de terra / No coração de quem vai, 
no coração de quem vem / Serra da Boa Esperança meu 
último bem / Parto levando saudades, saudades deixando / 
Murchas caídas na serra lá perto de Deus / Oh minha serra 
eis a hora do adeus vou-me embora / Deixo a luz do olhar 
no teu olhar / Adeus.
(Lamartine Babo)
11
UECE
 O conceito de lugar foi utilizado durante muito tempo na 
geografia para expressar o sentido de localização de um 
determinado sítio. Atualmente, este conceito vai além da 
simples localização de fenômenos geográficos, expressando 
uma contextualização simbólica que compreende um 
conjunto de significados. Portanto, com base no texto acima 
e na perspectiva atual de lugar, pode-se afirmar corretamente 
que
a) para o autor do texto, a serra representa uma dimensão da 
paisagem na qual o sentimento de posse está relacionado 
a sua perspectiva econômica.
b) a simbologia representada pela serra é motivada por 
laços emocionais que foram construídos na dimensão 
do espaço vivido.
c) a relação sujeito-lugar é percebida na perspectiva de 
uma relação simplesmente natural envolvendo apenas 
os elementos da natureza.
d) a serra constitui-se enquanto aspecto morfológico 
como um espaço vazio de conteúdo, sem história, 
refletindo apenas uma porção da natureza desprovida 
de afetividade.
33. Leia os textos abaixo.
 TEXTO 1
 Uma das principais características das regiõesmetropolitanas 
é o crescimento dos tecidos urbanos.Com o crescimento das 
cidades limítrofes, antigasáreas pertencentes às diversas 
municipalidades quenão eram ocupadas anteriormente 
passam a comporuma unicidade no tecido metropolitano 
produzindo assim uma unidade espacial de escala e 
complexidade distinta da inicial.
 TEXTO 2
 Um sistema integrado de cidades que passa a estabelecer 
fluxos sociais, econômicos, políticos e culturais. Forma-
se, portanto, um sistema de múltiplas espacialidades nas 
quais as cidades são conectadas por fluxos populacionais, 
serviços, informações e capitais, constituindo “nós” que 
entrelaçam as ligações entre esses lugares. Aqueles fluxos 
seguem uma hierarquização que é sempre comandada por 
cidades maiores e que disponibilizam, sobretudo, serviços 
para as outras cidades.
 Os textos 1 e 2 indicam respectivamente fenômenos 
relacionados à
a) metropolização e à gentrificação.
b) desconcentração urbana e à periferização.
c) metropolização e à endourbanização.
d) conurbação e à rede urbana.
34. “É evidente que o Conservacionismo numa área 
subdesenvolvida e dotada de elevadas taxas demográficas 
encontra obstáculos, às vezes, intransponíveis. O próprio 
grau de dependência funcional, de que são possuidores os 
constituintes da biosfera, representa empecilho imediato.”
 SOUZA, Marcos José Nogueira de. Subsídios para uma Política 
Conservacionista dos Recursos Naturais Renováveis do Ceará. p. 81. 
Terra Livre 5. O Espaço em questão. AGB - Associação dos Geógrafos 
Brasileiros. Ed. Marco Zero. 1988.
 Considerando o excerto, assinale a única alternativa que 
apresenta elementos para uma política de conservação da 
natureza.
a) Construção de açudes e adutoras como suporte às 
atividades industriais e agroindustriais.
b) Monitoramento de efluentes, exploração dos solos 
argilosos e abertura de novas áreas de pastagem.
c) Retirada da vegetação ciliar no bioma da caatinga e 
construção de barragens subterrâneas.
d) Manejo dos solos, proteção das áreas de nascentes e 
controle do desmatamento.
35. Analise as afirmações que versam sobre a geomorfologia 
fluvial e demais processos associados. Assinale com V as 
afirmações verdadeiras e com F, as falsas
( ) Os rios são poderosos agentes de transformação da 
paisagem em virtude da sua capacidade de erodir, 
transportar e depositar.
( ) Diversos rios que drenam litologias cristalinas podem 
ser classificados como rios antecedentes.
( ) As bacias de drenagem apresentam áreas muito pequenas 
que juntas compõem a bacia hidrográfica de um rio.
( ) Os processos aluviais podem compreender erosão, 
transporte e sedimentação, também em leques aluviais.
A sequência correta, de cimapara baixo, é:
a) V, V, F, V.
b) V, F, V, V.
c) F, F, V, V.
d) F, V, F, F.
36. “A delimitação dos domínios climáticos é um dos principais 
desafios para a classificação climática. Seria cômoda a 
adoção de valores numéricos com espaçamentos constantes, 
como nos mapas de isotermas e de isoietas [...].”
 MENDONÇA, Francisco. Climatologia: noções básicas e climas do 
Brasil. São Paulo. Oficina de Textos. 2007. p. 127.
 
 Considerando o excerto, analise as afirmações que tratam 
sobre os grandes domínios climáticos do planeta.
I. O mecanismo de variação espacial da temperatura faz 
com que a distribuição dos tipos de clima no planeta não 
obedeça rigorosamente à posição latitudinal.
II. As mudanças mais profundas da paisagem não ocorrem 
em virtude da variação dos valores médios, mas sim 
na definição do comportamento dos grandes controles 
climáticos.
III. O domínio climático equatorial úmido corresponde à 
área de atuação da ZCIT e encontra-se compreendido 
entre os climas das altitudes médias
Está correto o que se afirma somente em
a) III. c) II e III.
b) I e II. d) II.
12
UECE
FÍSICA
37. Um bloco de gelo a -30 °C repousa sobre uma superfície 
de plástico com temperatura inicial de 21 °C. Considere 
que esses dois objetos estejam isolados termicamente do 
ambiente, mas que haja troca de energia térmica entre eles. 
Durante um intervalo de tempo muito pequeno comparado 
ao tempo necessário para que haja equilíbrio térmico entre 
as duas partes, pode-se afirmar corretamente que
a) a superfície de plástico tem mais calor que o bloco de 
gelo e há transferência de temperatura entre as partes.
b) a superfície de plástico tem menos calor que o bloco de 
gelo e há transferência de temperatura entre as partes.
c) a superfície de plástico tem mais calor que o bloco de 
gelo e há transferência de energia entre as partes.
d) a superfície de plástico transfere calor para o bloco de 
gelo e há diferença de temperatura entre as partes.
38. Uma corrente elétrica constante passa por um fio de 
cobre muito longo e fino, de modo que não se possa 
desprezar sua resistência elétrica. Considere que o fio está 
isolado eletricamente do ambiente, mas que possa haver 
transferência de calor para a vizinhança. Inicialmente o fio 
está à mesma temperatura de sua vizinhança. Depois de 
certo tempo, é correto afirmar que
a) há transferência de calor do ambiente para o fio.
b) há transferência de calor do fio para o ambiente.
c) há aumento da energia mecânica do fio em consequência 
somente da passagem da corrente elétrica.
d) há diminuição da energia mecânica do fio em 
consequência somente da passagem da corrente elétrica.
39. Um objeto de 1 kg, preso ao teto por um fio muito leve e 
inextensível, balança como um pêndulo. No que diz respeito 
à oscilação, é correto afirmar que
a) a força de tração no fio é responsável pelo torque que 
faz o objeto oscilar.
b) a componente da força peso na direção da tração no fio 
é responsável pelo torque que faz o objeto oscilar.
c) a força peso é responsável pelo torque que faz o objeto 
oscilar.
d) a soma da tração no fio com a componente da força peso 
na direção do fio é a força resultante responsável pelo 
torque que faz o objeto oscilar.
40. Um fio de Nylon é inicialmente tensionado e fixado por 
suas extremidades a dois pontos fixos. Posteriormente, no 
ponto médio do fio, é feita uma força perpendicular à direção 
inicial do fio. Durante a aplicação dessa força, é correto 
afirmar que a força feita sobre o fio nos pontos de fixação
a) tem direção diferente e é menor que a tensão inicial.
b) tem direção diferente e é maior que a tensão inicial.
c) tem a mesma direção e é maior que a tensão inicial.
d) tem a mesma direção e é menor que a tensão inicial.
41. Sobre as ondas sonoras, é correto afirmar que NÃO se 
propagam
a) na atmosfera.
b) na água.
c) no vácuo.
d) nos meios metálicos.
42. As opções abaixo apresentam algumas grandezas físicas. 
Assinale aquela que apresenta apenas grandezas vetoriais.
a) Força peso, campo elétrico e velocidade.
b) Temperatura, aceleração e massa.
c) Corrente elétrica, força e calor.
d) Empuxo, torque e energia.
QUÍMICA
ELEMENTO
QUÍMICO
NÚMERO
ATÔMICO
MASSA
ATÔMICA
H 1 1,00
C 6 12,00
O 8 16,00
Na 11 23,00
Al 13 27,00
P 15 31,00
S 16 32,00
Cl 17 35,50
Fe 26 56,00
Sb 51 121,70
Pb 82 207,00
43. Segundo Sam Kean, no livro A Colher que Desaparece, 
Nabucodonosor II da Babilônia (632 a.C. - 562 a.C.) usou 
uma mistura de chumbo e antimônio para pintar as paredes 
de seu palácio de amarelo e, pouco depois, enlouqueceu 
em consequência da inalação do material utilizado. Sobreo 
chumbo e o antimônio, marque a única afirmação FALSA
a) O antimônio e o chumbo formam uma liga, denominada 
latão, muito utilizada como eletrodos de baterias e na 
indústria de semicondutores
b) O chumbo tetraetila, ainda usado como antidetonante de 
combustíveis na aviação, foi banido da gasolina por ser 
tóxico e por liberar partículas de chumbo na atmosfera.
c) Vasilhas de chumbo apassivado podem ser utilizadas 
para transportar ácido sulfúrico concentrado e a quente.
d) O antimônio foi classificado como metaloide por ter a 
aparência e algumas propriedades físicas dos metais e 
comportar-se quimicamente como não metal em algumas 
condições.
13
UECE
44. A purificação da água através do processo de osmose 
é citada, em 1624, na obra Nova Atlântida, de Francis 
Bacon (1561-1626). A dessalinização de uma solução de 
sulfato de alumínio pelo processo citado acima ocorre 
utilizando-se uma membrana semipermeável. Considerando 
a concentração em quantidade de matéria da solução 
0,4 mol/L, admitindo-se o sal totalmente dissociado e a 
temperatura de 27 ºC, a diferença da pressão osmótica que 
se estabelece entre os lados da membrana no equilíbrio, 
medida em atmosferas, é
a) 39,36.
b) 49,20.
c) 19,68.
d) 29,52.
45. Com relação às funções orgânicas, assinale a afirmação 
verdadeira.
a) Os álcoois são compostos que apresentam grupos 
oxidrila (OH) ligados a átomos de carbono saturados 
com hibridização sp2, enquanto os fenóis são compostos 
que apresentam grupos oxidrila (OH) ligados ao anel 
aromático.
b) O éter é uma substância que tem dois grupos orgânicos 
ligados ao mesmo átomo de oxigênio, R-O-R1. Os 
grupos orgânicos podem ser alquila ou arila, e o átomo 
de oxigênio só pode fazer parte de uma cadeia fechada
c) Os tióis (R-S-H) e os sulfetos (R-S-R1) são análogos 
sulfurados de álcoois e ésteres.
d) Os ésteres são compostos formados pela troca do 
hidrogênio presente na carboxila dos ácidos carboxílicos 
por um grupo alquila ou arila.
46. No nosso cotidiano, há muitas reações químicas envolvidas, 
como por exemplo, no preparo de alimentos, na própria 
digestão destes alimentos por nosso organismo, na 
combustão nos automóveis, no aparecimento da ferrugem, 
na fabricação de remédios, etc. Com relação às reações 
químicas, assinale a afirmação correta.
a) Nas reações químicas que ocorrem nas células, várias 
delas usam o fosfato, que é o ânion do ácido fosforoso
b) Quando uma folha de árvore é exposta à luz do sol, na 
presença de água e monóxido de carbono, é iniciado o 
processo da fotossíntese.
c) Através de processos químicos, a água é transformada em 
água pura. O dióxido de cloro, por exemplo, é utilizado 
para oxidar detritos e destruir micro-organismos.
d) Para combater a sensação de azia, geralmente toma-se 
um antiácido que produz uma reação química chamada 
de reação de oxidação.
47. A sensação refrescante dos refrigerantes é devida à 
solubilidade do gás carbônico que é introduzido na etapa 
de envasamento. A afirmação “a solubilidade de um gás em 
um líquido é proporcional à pressão do gás sobre a solução”, 
que pode ser qualitativamente compreendida dentro da teoria 
cinético-molecular, é atribuída a
a) William Henry.
b) John Dalton.
c) Gay-Lussac.
d) Jacques Charles.
48. O 1,4-dimetoxi-benzeno é um sólido branco com um odor 
floral doce intenso. É usado principalmente em perfumes 
e sabonetes.O número de isômeros de posição deste 
composto, contando com ele, é
a) 2.
b) 3.
c) 5.
d) 4.
BIOLOGIA
49. Os antígenos são usualmente moléculas grandes e 
complexas, embora algumas moléculas pequenas 
(< 10.000 p.m.) possam também ser imunogênicas. Tais 
moléculas são dotadas de propriedades como: capacidade 
de induzir resposta imune, ou seja, serem reconhecidas pelos 
linfócitos B e T; serem antigênicas, isto é, serem capazes de 
reagir com os anticorpos ou linfócitos T específicos (BIER, 
2005). A partir dessa informação, marque a única opção 
que apresenta moléculas que NÃO possuem as citadas 
propriedades.
a) proteínas e polissacarídeos.
b) lipoproteínas e nucleoproteínas.
c) polissacarídeos e lipoproteínas
d) poliestireno e poliacrilamida.
50. Em 1908, G.H. Hardy, um matemático britânico e 
um médico alemão, W.Weinberg, independentemente 
desenvolveram um conceito matemático relativamente 
simples, hoje denominado de princípio de Hardy-Weinberg, 
para descrever um tipo de equilíbrio genético (BURNS; 
BOTTINO, 1991). O princípio citado é fundamento da 
genética de
a) redução alélica.
b) determinantes heterozigóticos.
c) populações.
d) determinantes homozigóticos.
51. O fenômeno da Totipotência permite que plantas transgênicas 
sejam obtidas de células originalmente transformadas com 
o DNA exógeno (EMBRAPA, 1998). Totipotência significa
a) potencialidade que as células vegetais apresentam de 
desenvolver-se em novas plantas.
b) um processo sintético de transformação de plantas em 
sua totalidade.
c) uma técnica para desenvolver novas plantas exógenas.
d) técnica de cultura de tecido vegetal in vitro por meio 
de tecidos exógenos.
52. Árvores filogenéticas são diagramas representativos da 
classificação biológica, organizados com base em dados 
anatômicos, embriológicos e de informações derivadas 
do estudo de fósseis. Considerando as características dos 
organismos pertencentes aos cinco Reinos, é correto afirmar 
que
a) o Reino Animália engloba seres vivos vertebrados, 
invertebrados, unicelulares, pluricelulares e 
preferencialmente heterótrofos.
b) seres pluricelulares, clorofilados e eucariontes pertencem 
ao Reino Plantae.
14
UECE
c) organismos autótrofos responsáveis pela decomposição 
da matéria orgânica animal ou vegetal pertencem ao 
Reino Fungi.
d) os Reinos Protista e Monera englobam, respectivamente, 
protozoários e algas.
53. Leia atentamente as afirmações abaixo.
I. O fitoplâncton é formado exclusivamente por macroalgas 
de diversas espécies, que flutuam livremente ao sabor 
das ondas e funcionam como importantes produtoras de 
matéria orgânica e de oxigênio.
II. As algas pardas possuem os seguintes tipos de talo: 
filamentoso, pseudoparenquimatoso e parenquimatoso, 
sendo representadas somente por espécies pluricelulares.
III. As algas verdes possuem clorofila a e b além de outros 
pigmentos tais como carotenos e xantofilas.
 Está correto o que se afirma somente em
a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II e III.
54. Em levantamento faunístico realizado na serapilheira de uma 
propriedade localizada na Serra de Guaramiranga, Ceará, 
foi encontrada grande variedade de animais nessa camada 
superficial do solo. Considerando-se o ambiente em que foi 
feito o levantamento, espera-se encontrar representantes de
a) Arthropoda, Cnidaria, Anellida.
b) Echinodermata, Anellida, Mollusca.
c) Chordata, Arthropoda, Mollusca.
d) Porífera, Anellida, Cnidaria.
ESPANHOL
TEXTO
La Dama de Elche podría no pertenecer al
Templo Ibérico de la Alcudia
1
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3
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35
36
37
Patricia Ariño
Periódico ABC - Madrid 13/09/2014
(Texto adaptado)
55. Según el texto, “El yacimiento de la Alcudia” (línea 1) se 
refiere más precisamente a
a) un depósito de fósiles.
b) una cueva prehistórica.
c) una cantera de carbón.
d) un sitio arqueológico.
56. El primer párrafo nos dice todavía que la escultura “La Dama 
de Elche” fue hallada
a) a más de dos siglos.
b) al azar.
c) por un experto arqueólogo.
d) durante excavaciones.
57. De acuerdo con los estudios del arqueólogo Don Pedro Peña 
Domínguez,
a) “La Dama de Elche” nunca existió.
b) “El Templo Ibérico de Alcudia” es un montón de ruinas.
c) La actual planimetría del Templo carece de exactitud.
d) “La Dama de Elche” siempre ha estado en el Templo de 
Alcudia.
58. Para explicar sus actuales estudios sobre “El Templo Ibérico 
de Alcudia”, el profesor Peña Domínguez
a) culpó a Rafael Ramos por las mediciones equivocadas.
b) justificó las nuevas dimensiones con el uso de modernas 
tecnologías.
c) construyó un nuevo Templo real en el mismo sitio del 
anterior.
d) no hizo caso de las publicaciones sobre el asunto.
59. El término “ello” (línea 20) tiene función de pronombre
a) personal neutro.
b) demostrativo, masculino.
c) personal tercera persona, singular.
d) demostrativo neutro.
El yacimiento de la Alcudia ha sido uno de
los lugares donde más vestigios arqueológicos
de la cultura ibérica se han encontrado, entre
ellos la Dama de Elche. La escultura, encontrada
en 1897 por un muchacho que realizaba en un
campo agrícola cercano al yacimiento, se cree
que, pese a haber sido hallada un poco más
lejos, podría haber pertenecido al Templo
Ibérico de la Alcudia de Elche.
Sin embargo, un estudio realizado por el
profesor y arqueólogo Pedro Peña Domínguez
podría romper con todo lo que se conoce hasta
el momento sobre este templo y la Dama de
Elche. Gracias a las nuevas tecnologías, Pedro
Peña (también técnico superior de 3D Studio
Max y Virtualizador de Patrimonio) ha
descubierto errores en la planimetría del templo
y descartado la presencia de la Dama de Elche
dentro de la estructura cultural, ya que no hay
evidencias de ello.
“Mi objetivo era hacer una recreación para
comprobar lo que se había reflejado hasta el
momento, para que no se difundiera un único
modelo erróneo”, explica Peña Domínguez para
justificar su investigación. Para ello, reconstruyó
virtualmente el templo ibérico de la Alcudia
mediante material de los años 90 del parque
arqueológico, procedente en su mayoría de las
excavaciones de Rafael Ramos. “Me llamó la
atención que sólo hay algunos párrafos en su
estudio que hacen referencia al proceso del
registro de excavación, pero es normal teniendo
en cuenta la metodología de la época, y no
desmerece en nada la labor profesional de
Rafael Ramos, que descubrió uno de los restos
más extraordinarios del mundo ibérico”, explica
el profesor y arqueólogo.
15
UECE
60. En las palabras “Gracias” y “tecnologías” (línea 14) hay, 
respectivamente
a) dos diptongos.
b) un hiato y un diptongo.
c) dos hiatos.
d) un diptongo y un hiato.
INGLÊS
TEXT
The global mortality rate for children
younger than 5 has dropped by nearly half since
1990, the United Nations said Tuesday in an annual
report on progress aimed at ensuring child survival,
but the decline still falls short of meeting the
organization’s goal of a two-thirds reduction by next
year. Without accelerated improvements in reducing
health risks to young children, the report said, that
goal will not be reached until 2026, 11 years behind
schedule.
Nearly all of the countries with the highest
mortality rates are in Africa, the report said, and two
countries that are among the world’s most populous
— India and Nigeria — account for nearly a third of
all deaths among children younger than 5.
A collaboration of Unicef, other United
Nations agencies and the World Bank, the report
provides a barometer of health care and nutrition in
every country. A child mortality rate can be a potent
indicator of other elements in a country’s basic
quality of life.
The report showed that the mortality rate
for children younger than 5, the most vulnerable
period, fell to 46 deaths per 1,000 live births last
year, from 90 per 1,000 births in 1990. It also
showed that the gap in mortality rates between the
richest and poorest households had fallen in all
regions over most of the past two decades, except
for sub-Saharan Africa.
The reportattributed much of the progress
to broad interventions over the years against leading
infectious diseases in some of the most impoverished
regions, including immunizations and the use of
insecticide-treated mosquito nets, as well
improvements in health care to expectant mothers
and in battling the effects of diarrhea and other
dehydrating maladies that pose acute risks to the
young.
“There has been dramatic and accelerating
progress in reducing mortality among children, and
the data prove that success is possible even for
poorly resourced countries,” Dr. Mickey Chopra, the
head of global health programs for Unicef, said in a
statement about the report’s conclusions.
Geeta Rao Gupta, Unicef’s deputy executive
director, said, “The data clearly demonstrate that an
infant’s chances of survival increase dramatically
when their mother has sustained access to quality
health care during pregnancy and delivery.”
Despite the advances, from 1990 and 2013,
223 million children worldwide died before their fifth
birthday, a number that the report called
“staggering.” In 2013, the report said, 6.3 million
children younger than 5 died, 200,000 fewer than the
year before. Nonetheless, that is still the equivalent
of about 17,000 child deaths a day, largely
attributable to preventable causes that include
insufficient nutrition; complications during
pregnancy, labor and delivery; pneumonia; diarrhea;
and malaria.
While sub-Saharan Africa has reduced the
under-5 mortality rate by 48 percent since 1990, the
report said, the region still has the world’s highest
rate: 92 deaths per 1,000 live births, nearly 15 times
the average in the most affluent countries. Put
another way, the report said, children born in Angola,
which has the world’s highest rate — 167 deaths per
1,000 live births — are 84 times as likely to die
before they turn 5 as children born in Luxembourg,
with the lowest rate — two per 1,000.
The report noted that “a child’s risk of dying
increases if she or he is born in a remote rural area,
into a poor household or to a mother with no
education.”
From: www.nytimes.com Sept. 16, 2014
55. Although the United Nations annual report shows mortality 
rate for children under 5 has dropped considerably 
worldwide, it is crucial to note that
a) the World Bank has to invest more money in the next 
two years.
b) malaria and pneumonia still pose a serious problem for 
African children.
c) the UN’s goal will only be achieved within twelve years.
d) insufficient nutrition is the biggest challenge for 
impoverished regions.
56. One positive aspect Dr. Chopra cites is that the report shows
a) mortality rates in poor houses have decreased mainly in 
South America.
b) success can be achieved even in poor countries.
c) pneumonia, diarrhea, and malaria have finally been 
beaten.
d) immunizations are powerful tools in the fight against 
sicknesses.
16
UECE
57. The world’s highest under-five mortality rate is in
a) Asian countries.
b) Brazil.
c) China.
d) sub-Saharan Africa.
58. Some of the broad interventions that brought progress 
against the mortality rate for children include
a) fighting dehydrating maladies in India.
b) building better schools in poorly resourced regions.
c) using mosquito nets treated with insecticide.
d) giving birth control pills to teenage girls.
59. Infant mortality rate is among the factors that account for 
the measurement of a nation’s
a) level of education.
b) economic growth.
c) democratic policies.
d) quality of life.
60. According to the UN annual report, one of the factors that 
increase the risk of a child’s death is
a) being born in an isolated countryside region.
b) having many brothers and sisters.
c) not having relatives to help.
d) being raised by one parent only.
PORTUGUÊS
Texto 1
O amigo da casa
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43
(Moreira Campos. In Obra Completa – contos
II. 1969. p. 120-122. Originalmente publicado na obra
O puxador de terço. Texto adaptado.)
1. Além de caracterizar-se pela unidade dramática, o conto 
caracteriza-se pela unidade de tom, isto é, pela impressão 
única que ele deve deixar no leitor, impressão que pode ser 
de pavor, piedade, ódio, simpatia, antipatia, acordo, ternura, 
indiferença, dentre muitas outras.
 Assinale a impressão que o conto “O amigo da casa”, em 
função da própria relação entre as personagens, NÃO deve 
deixar no leitor. 
2015.2
ANOTAÇÕES
A própria menina se prende muito a ele, que
ainda lhe trouxe a última boneca, embora agora
ela se ponha mocinha: encolhe-se na poltrona da
sala sob a luz do abajur e lê a revista de
quadrinhos. Ele é alemão como o dono da casa.
Tem apartamento no hotel da praia e joga tênis
no clube, saltando com energia para dentro do
campo, a raquete na mão. Assiste às partidas
girando no copo de uísque os cubos de gelo. É o
amigo da casa. Depois do jantar, passeia com a
mãe da menina pelo caminho de pedra do
jardim: as duas cabeças – a loira e a preta de
cabelos aparados – vão e vêm, a dele já com
entradas da calva. Ele chupa o cachimbo de
fumo cheiroso, que o moço de bordo vai deixar
no escritório.
 O dono da casa é Seu Feldmann. Dirige o seu
pequeno automóvel e é muito delicado.
Cumprimenta sempre todos os vizinhos, até
mesmo os mais canalhas como Seu Deca, fiscal
da Alfândega.
 Seu Feldmann cumprimenta. Bate com a
cabeça. Compra marcos a bordo e no banco para
a sua viagem regular à Alemanha. Viaja em
companhia do comandante do cargueiro, em
camarote especial. Então respira o ar marítimo
no alto do convés, os braços muito brancos e
descarnados, na camisa leve de mangas curtas.
 A fortuna de origem é da mulher: as velhas
casas no centro da cidade, os antigos armazéns,
o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos
em companhia do outro, que é o amigo da casa,
e da menina.
 Saem os dois à noite e ele para o seu próprio
automóvel sob os coqueiros na praia. Decerto
brigaram mais uma vez, porque ela volta para
casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o
lencinho bordado. Recolhe-se a seu quarto (ela e
seu Feldmann dormem em quartos separados).
Trila o apito do guarda. Os faróis do automóvel
na rua pincelam de luz as paredes, tiram reflexo
do espelho. Ela permanece insone: o vidro de
sua janela é um retângulo de luz na noite.
17
UECE
a) Desconsideração.
b) Indiferença.
c) Terror.
d) Hipocrisia.
2. O início e o final de um conto são importantíssimos: o 
início porque conquista e seduz, ou afasta o leitor; o final, 
porque, via de regra, corresponde ao clímax da história. O 
desfecho de um conto pode ser de duas ordens: enigmático, 
imprevisível, surpreendente (maior incidência no conto 
tradicional); destituído de enigma, surpresa ou imprevisto 
(maior incidência no conto moderno).
 Escreva V ou F, conforme seja verdadeiro ou falso o que se 
diz sobre o começo e o fim do texto 1. 
( ) O início do conto (texto 1) peca literariamente por ser 
impreciso ao introduzir as personagens, pois não as 
nomeia; refere-se a elas usando pronome – “ele”, “ela” 
– e sintagmas nominais – “o amigo da casa”, “a menina”, 
o que as despersonaliza.
( ) A despersonalização dos actantes não é, em tese, a 
melhor técnica narrativa, uma vez que pode dificultar o 
entendimento do leitor.
( ) O epílogo do conto (texto 1) é destituído de enigma, 
surpresa ou mistério. A falta desse elemento de surpresa 
aproxima o conto em pauta do conto moderno.
( ) O emprego do vocábulo “própria” no início do texto 
sugere continuidade. Esse vocábulo, na posição em 
que se encontra parece exigir um pressuposto, no caso 
em foco, o pressuposto de que a menina teria muitas 
razões para não se prender a ele, no entanto... É como 
se o narrador estivesse retomando uma narrativa 
interrompida.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte
sequência:
a) V, F, V, F.
b) V, V, F, F.
c) F, V, F, V.
d) F, F, V, V.
3. O título de um texto é um ingrediente importante para o 
processo da leitura. Um bom título deve ter a força de atrair 
o leitor,de causar-lhe algum estranhamento. Pode dar pistas 
sobre o conteúdo do texto, mas não deve ser muito explícito. 
A ambiguidade também é um ingrediente que pode ter efeito 
positivo num título.
 Atente à análise do título do texto 1.
I. O título do conto (Texto 1) deve surpreender o leitor, 
que tem arquivada na memória linguística a expressão 
“o amigo” sempre relacionada ao homem e, raramente, 
a um animal irracional (como o cachorro), portanto a 
um ser vivo. O estranhamento causado pelo título pode 
ser um incentivo à leitura.
II. Ao intitular o conto de “O amigo da casa”, o enunciador 
empregou uma estrutura metonímica. A metonímia é 
uma “figura de retórica que consiste no uso de uma 
palavra fora de seu contexto semântico normal por ter 
uma significação de relação objetiva, de contiguidade, 
material ou conceitual, com o conteúdo ou referente 
ocasionalmente pensado” (Houaiss).
III. A outra qualidade do título consiste em ser ambíguo: o 
vocábulo “amigo”, além de significar aquele “que ama, 
que demonstra afeto, amizade”, pode significar, no uso 
informal da língua, “amante, amásio”. Essa ambiguidade 
poderá despertar a curiosidade do leitor e levá-lo à 
leitura.
Está correto o que se diz em
a) I e II apenas.
b) I, II e III.
c) II e III apenas.
d) I e III apenas.
4. Assinale o que está correto em relação ao que se diz sobre 
o texto.
a) Ao fazer a caracterização do “amigo da casa”, o narrador 
serve-se das atitudes da própria personagem, deixando 
ao leitor o trabalho de tirar conclusões.
b) O narrador faz a caracterização do “amigo da casa”, 
empregando elementos linguísticos que minimizam a 
responsabilidade pelo que é dito.
c) O enunciador emprega metáforas ao descrever o dono 
da casa e seu comportamento social.
d) Ao longo da narrativa, o narrador cede a palavra às 
personagens, mas o faz sempre em discurso indireto 
livre, atitude que revela um temperamento centralizador 
do ser empírico que escreveu o conto, no caso, Moreira 
Campos.
5. Atente ao que se diz sobre a apresentação das duas 
personagens – “o amigo da casa” e “o dono da casa”. .
I. O enunciador faz um confronto tendencioso entre os dois, 
levando sutilmente o leitor a pensar na superioridade de 
um e, consequentemente, na inferioridade do outro.
II. Na caracterização dos dois, o enunciador trabalha 
basicamente com elementos concretos. Deixa ao leitor 
a tarefa de inferir, das ações e do comportamento dessas 
personagens, o que se lhes vai no interior.
III. O narrador, ao apresentar as personagens, o faz da 
perspectiva de uma dessas personagens, mostrando-se 
imparcial, como todos os narradores que narram em 
terceira pessoa.
 Está correto o que se diz apenas em
a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) III.
18
UECE
6. Para a maioria dos estudiosos da literatura, o texto literário 
é estruturado em pares de oposição: vida/morte; amor/
ódio, etc. Essas oposições constam no texto claramente 
ou implicitamente. E não é necessário que os dois termos 
da oposição estejam na superfície linguística do texto. Se 
o texto fala somente de morte, a vida está, por oposição, 
implícita nele.
 Abaixo você encontrará duas colunas. Na coluna I, haverá 
um termo que formará, com um termo presente na coluna II, 
uma oposição. Essas oposições constam no texto claramente 
ou implicitamente. Nessa perspectiva, numere a coluna II 
de acordo com a I.
 Coluna I Coluna II
 1. indulgência ( ) deslealdade
 2. vigor ( ) arrogância
 3. essência ( ) intolerância
 4. modéstia ( ) futilidade
 5. afabilidade ( ) aparência
 6. seriedade ( ) rigidez
 7. confiabilidade ( ) debilidade
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) 1, 4, 7, 2, 3, 5, 6.
b) 7, 4, 1, 6, 3, 5, 2.
c) 2, 7, 4, 5, 6, 1, 3.
d) 4, 2, 5, 1, 3, 6, 7.
7. O conto apresenta quatro personagens, das quais somente 
uma é nomeada: Seu Feldmann, o dono da casa. Assinale 
a opção que expressa uma justificativa plausível para essa 
ocorrência no conto.
a) As personagens não nomeadas são tipos que se 
distinguem não pelo nome, mas pela função que exercem 
na sociedade e que a literatura explora. Dois desses tipos 
são o homem conquistador e a mulher conquistada.
b) O Senhor Feldmann é, afinal, a personagem mais 
importante do conto, por ser ele o dono da casa onde as 
outras personagens atuam.
c) A menina, muito novinha, não tem importância no tipo 
de enredo que o conto apresenta.
d) As três personagens não nomeadas formam um grupo de 
oposição ao Senhor Feldmann, cuja existência atrapalha 
a felicidade deles. Eles querem uma vida em família na 
qual nenhuma pessoa interfira.
8. Reflita sobre a maneira como o “amigo da casa” é apresentado 
no conto. Leia o que se diz sobre essa apresentação.
I. O “amigo da casa” é introduzido no texto pelo pronome 
“ele” (linha 1), que se repete anaforicamente nas linhas 
5, 14 e 34.
II. Ao longo da leitura do conto, o referente, expresso 
primeiramente pelo pronome “ele”, vai-se delineando, 
ganhando contorno em nossa mente. Esses contornos 
fazem-se e refazem-se com o concurso de anáforas, mas 
também de expressões não anafóricas espalhadas pelo 
texto.
III. Da linha 6 à 10 aparecem informações que não 
podem entrar no processo de construção do perfil da 
personagem, por serem frases construídas com verbos 
nocionais.
Está correto o que se diz apenas em
a) II e III.
b) I.
c) I e II.
d) III.
9. Atente ao que se diz sobre algumas ocorrências do texto e 
assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) O pronome “outro”, como todo vocábulo da língua 
portuguesa, pode substantivar-se. Foi o que aconteceu 
com o pronome “outro” da linha 32.
( ) A expressão “(d)o outro” (linha 32) é ambígua. Ela 
significa “outra pessoa”. Em alguns estados brasileiros, 
entretanto, ela é usada também para fazer referência 
ao homem (o outro) e/ou à mulher (a outra) que 
protagonizam uma relação extraconjugal. Trabalhar essa 
ambiguidade no texto em estudo foi uma ideia feliz.
( ) Em “sua viagem regular à Alemanha” (linha 24), o 
adjetivo “regular” foi empregado no sentido de ”aquilo 
que se dá em conformidade com a lei, com as regras, 
com a praxe”..
( ) No enunciado: “Decerto brigaram mais uma vez, porque 
ela volta para casa de olhos vermelhos, enrolando nos 
dedos o lencinho bordado” (linhas 35-38), a conjunção 
“porque” empresta à oração que é iniciada por ela o valor 
semântico de explicação.
( ) A informação de que a mulher enrolava “nos dedos 
o lencinho bordado” (linhas 37-38) não é gratuita no 
conto. Ao contrário, tem uma função: mostrar o estado 
da mulher, seu nervosismo, sua angústia.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) V, V, F, V, V.
b) F, V, F, V, F.
c) F, F, V, F, V.
d) V, F, V, F, F.
10. Atente ao trecho recortado do conto e marque a opção 
correta: “A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas 
no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, 
de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, 
que é o amigo da casa, e da menina” (linhas 29-33).
a) As duas orações seguintes: “de onde ela desce aos 
domingos em companhia do outro” e “Que é o amigo 
da casa, e da menina” restringem o sentido de “o sítio 
da serra” e de “o outro”
b) O enunciado “A fortuna de origem é da mulher” tem o 
mesmo significado e as mesmas conotações deste outro 
enunciado: A origem da fortuna é a mulher.
19
UECE
c) Reescrito da seguinte maneira, isto é, eliminando-se a 
vírgula que vem depois do vocábulo “casa”, o trecho não 
teria o mesmo sentido: A fortuna de origem é da mulher: 
as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, 
o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em 
companhia do outro, que é o amigo da casa e da menina
d) Incorreria em erro (pelos parâmetros da Gramática 
Normativa) a pessoa que pusesse uma vírgula depois 
de “domingos”, em “o sítio da serra, de onde ela desce 
aos domingos, em companhia do outro”.
11. Por todaa narrativa, a condição do “ele” da linha 1 não é 
explicitada. Há somente indícios dessa condição. Assinale 
a alternativa em que os dois enunciados apresentam esses 
indícios.
a) 1. “Ele é alemão como o dono da casa” (linha 5); 2. “Ela 
permanece insone: o vidro de sua janela é um retângulo 
de luz na noite” (linhas 42-43).
b) 1. “Saem os dois à noite e ele para o seu próprio 
automóvel sob os coqueiros na praia” (linhas 34- 35); 
2. “Decerto brigaram mais uma vez, porque ela volta 
para casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o 
lencinho bordado” (linhas 35-38).
c) 1. “Ele chupa o cachimbo de fumo cheiroso, que o 
moço de bordo vai deixar no escritório” (linhas 14-16); 
2. “o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em 
companhia do outro, que é o “amigo da casa” (linhas 
31-32).
d) 1. “Dirige o seu pequeno automóvel e é muito delicado” 
(linhas 17-18); 2. “Os faróis do automóvel na rua 
pincelam de luz as paredes, tiram reflexo do espelho” 
(linhas 40-42).
Texto 2
O evento
 
(Millôr Fernandes. In: Novas fábulas fabulosas. p.68.)
12. Pode-se incluir o texto de Millôr Fernandes no rol do gênero 
piada. Abaixo você encontrará quatro das várias acepções 
dicionarizadas do vocábulo piada. Escolha a que dá conta 
da estrutura do texto “O evento”.
a) Dito ou alusão engraçada
b) Alguém ou algo que tem má qualidade ou é
ridículo
c) Conversa mole, lorota
d) História curta de final surpreendente, que faz rir
13. Abaixo você encontrará complementações para possíveis 
afirmações sobre o texto 2. Escreva V se a complementação 
for verdadeira e F, se for falsa. O que permite que um texto 
como o de Millôr Fernandes seja reconhecido como piada 
é
( ) uma estrutura suficientemente aberta para possibilitar 
mais de uma leitura.
( ) o emprego de palavras antônimas, que propiciem uma 
leitura e o contrário dessa leitura.
( ) a capacidade do enunciador de manter o leitor indeciso 
sobre o sentido do texto até o fim da leitura.
( ) a habilidade do enunciador em oferecer, aproximadamente, 
o mesmo número de pistas para cada leitura.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) V, F, V, V.
b) F, F, V, V.
c) V, F, F, F.
d) F, V, F, F.
14. Assinale o que permitiu, no texto de Millôr Fernandes, a 
criação da estrutura da piada:
a) O pai e a filha serem – o que é óbvio – de gerações 
diferentes, e ele, o pai, não aceitar as amizades da filha.
b) O pai só ouvir o final da conversa, por estar lendo jornal.
c) O pai não estar familiarizado com a linguagem dos 
jovens e desconhecer os seus valores.
d) O pai ser homofóbico. 
MATEMÁTICA
15. Se x e y são números reais tais que 2x + y = 16, então o 
maior valor que o produto xy pode assumir é
a) 48
b) 64.
c) 32.
d) 80.
16. No colégio municipal, em uma turma com 40 alunos, 14 
gostam de Matemática, 16 gostam de Física, 12 gostam de 
Química, 7 gostam de Matemática e Física, 8 gostam de 
Física e Química, 5 gostam de Matemática e Química e 4 
gostam das três matérias. Nessa turma, o número de alunos 
que não gostam de nenhuma das três disciplinas é
a) 9.
b) 14.
c) 6.
d) 12. 
17. As ações da Empresa BRASTEC, nos anos de 2011 e 2012, 
valorizaram 12% e 7%, respectivamente, e nos anos de 
2013 e 2014 desvalorizaram 2% e 8%, respectivamente. 
A valorização das ações correspondente ao período 
considerado (2011/2014) foi aproximadamente de
 O pai lia o jornal – notícias do mundo. O telefone tocou – 
tirrim-. A mocinha, filha dele, dezoito vinte vinte e dois anos, 
sei lá, veio lá de dentro, atendeu: “Alô. Dois quatro sete um 
dois sete quatro. Mauro!!! Puxa, onde é que você andou? Há 
quanto tempo! Que coisa! Pensei que tinha morrido! Sumiu! 
Diz! Não!?! É mesmo? Que maravilha! Meus parabéns!!! 
Homem ou mulher? Ah! Que bom... Vem logo. Não vou sair 
não”. Desligou o telefone. O pai perguntou: “Mauro teve um 
filho?” A mocinha respondeu: “Não. Casou”. 
 MORAL: JÁ NÃO SE ENTENDEM OS DIÁLOGOS 
COMO ANTIGAMENTE. 
20
UECE
a) 8%.
b) 9%.
c) 7,5%.
d) 8,5%.
18. Seja AEC um triângulo isósceles (as medidas dos lados AE 
e AC são iguais) e O um ponto do lado AC tal que a medida 
do ângulo EÔC é 120 graus. Se existe um ponto B, do lado 
AE, tal que o segmento OB é perpendicular ao lado AE e a 
medida do ângulo EÔB seja igual a 40 graus, então a medida 
do ângulo OÊC, em graus, é igual a
a) 5.
b) 9.
c) 3.
d) 7.
19. As soluções, em R, da equação cox4x – 4cox3x + 6cos2x – 
4cosx + 1 = 0 são
 Sugestão: use o desenvolvimento do binômio (p – q)4.
a) x = (2k + 1) π, onde k é um inteiro qualquer.
b) x = kπ, onde k é um inteiro qualquer.
c) x = 2kπ, onde k é um inteiro qualquer.
d) x = (4k + 1) π, onde k é um inteiro qualquer.
20. Se ab é um número formado por dois algarismos, seu reverso 
é o número ba (por exemplo, o reverso de 14 é 41). A soma 
de todos os números formados por dois algarismos cuja 
soma com os seus respectivos reversos resulta um quadrado 
perfeito é
a) 484.
b) 480.
c) 482.
d) 486.
21. Considerando o logaritmo na base 10 e analisando as 
possíveis soluções reais da equação log(cos4x – 26cos2x + 
125) = 2, pode-se afirmar corretamente que a equação 
a) não possui solução
b) possui infinitas soluções
c) possui exatamente duas soluções.
d) possui exatamente quatro soluções.
22. No referencial cartesiano ortogonal usual, a medida da área 
do quadrilátero convexo cujos vértices são as interseções 
de cada uma das retas x + y – 1 = 0 e x + y + 1 = 0 com a 
circunferência x2 + y2 = 25, calculada com base na unidade 
de comprimento (u.c) adotada no referencial cartesiano 
considerado, é
a) 18 (u.c)2.
b) 16 (u.c)2.
c) 20 (u.c)2.
d) 14 (u.c)2.
23. Considere um segmento de reta XY cuja medida do 
comprimento é 10 cm e P um ponto móvel no interior de 
XY dividindo-o em dois segmentos consecutivos XP e PY. 
Se M e N são respectivamente os pontos médios de XP e 
PY, então podemos afirmar corretamente que a medida do 
comprimento do segmento MN
a) varia entre 0 cm e 10 cm, dependendo da posição do 
ponto P.
b) é igual a 5 cm, sempre.
c) varia entre 5 cm e 10 cm, dependendo da posição do 
ponto P.
d) varia entre 2,5 cm e 10 cm, dependendo da posição do 
ponto P.
24. Considerando as matrizes M1 = 
0 1
1 1
 
 
 
, M2 = M1.M1, M3 = 
M2.M1, . . . . , Mn = Mn-1.M1, o número situado na segunda 
linha e segunda coluna da matriz M10 é
a) 67.
b) 89.
c) 78.
d) 56.
HISTÓRIA
25. Acerca da exploração e do crescimento da produção cafeeira 
no século XIX, no Brasil, é correto afirmar que
a) o café era produzido em larga escala, porém a preços 
baixos e com baixa rentabilidade.
b) desde o período colonial a produção cafeeira competia 
no mercado internacional com a produção açucareira 
brasileira.
c) essa fase coincide com uma fase de vitalidade e expansão 
dos mercados europeus e com o desenvolvimento dos 
Estados Unidos.
d) o norte do Brasil era a região produtora de café por 
excelência, pois podia contar com vasta mão de obra 
escrava.
26. No dia 14 de novembro de 1961, realizou-se a primeira 
reunião de um gabinete parlamentarista na história 
republicana brasileira. Atente ao que se diz acerca do período 
parlamentarista brasileiro.
 I. A experiência parlamentarista brasileira, que durou pouco 
mais de um ano, foi recusada pelo povo brasileiro através 
de um plebiscito.
 II. Tancredo Neves foi o Primeiro Ministro durante o breve 
período em que ocorreu o parlamentarismo brasileiro.
 III. Com a renúncia do Presidente Jânio Quadros, João 
Goulart, o vice-presidente, assumiu a Presidência; contudo, 
a emenda parlamentarista restringiu os seus poderes.
 
 É correto o que se afirma em
a) II e III apenas.
b) I, II e III.
c) I e II apenas.
d) I e III apenas.
27. Analise as afirmações abaixo sobre a evolução histórica da 
cidade de Fortaleza.
 I. Fortaleza atualmente ocupa a terceira posição no contexto 
econômico das metrópoles brasileiras.
 II. No passado, Fortaleza estabeleceu acirrada competição 
com Aracati e outras cidades cearenses até alcançar a 
posição de capital do Estado.
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UECE
 III. Paralelamente ao acentuadoprocesso de favelização 
que Fortaleza tem experimentado nas últimas décadas, os 
bairros nobres têm-se tornado visivelmente verticalizados.
 É correto o que se afirma apenas em
a) I e II.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
28. A Nigéria tem atualmente uma população com cerca de 
174 milhões de habitantes, sendo o país mais populoso 
do continente africano. Do ponto de vista econômico, o 
norte nigeriano conta com aproximadamente 70% da sua 
população vivendo com menos de 1 dólar por dia. O último 
censo no país, em 2010, indica que a região possui também 
maior índice de analfabetismo, como o estado de Yobe que 
apresenta apenas 61,9% de sua população alfabetizada. 
Recentemente o norte do país tem sido palco de violentos e 
sangrentos ataques terroristas por parte do grupo extremista
a) Isis, braço iraquiano da al-Qaeda, embora não esteja 
mais a ela associado.
b) Kibutz, que opera ilegítima e brutalmente dentro de 
países extremamente turbulentos.
c) Boko Haram, que exerce maior influência em jovens 
analfabetos que não têm perspectivas de futuro digno 
nesse país.
d) Sharia, que justifica a barbárie com o islamismo, na 
tentativa de estabelecer sua legitimidade como um 
Estado religioso.
29. “(...)Pelo caminho perdemos até o direito de nos chamarmos 
americanos, embora os haitianos e os cubanos já estivessem 
inscritos na História, como novos povos, um século antes 
que os peregrinos do Mayflower se estabelecessem nas 
costas de Plymouth. Agora, para o mundo, América é tão 
só os Estados Unidos, e nós quando muito habitamos uma 
subAmérica, uma América de segunda classe, de nebulosa 
identidade (...)”
(GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina.
Tradução de Sérgio Faraco. São Paulo: L&PM, 2010. p. 18).
 A partir do excerto acima, pode-se concluir acertadamente 
que
a) a identidade americana é negada para os habitantes da 
América Latina.
b) os haitianos e os cubanos não são americanos.
c) os peregrinos do Mayflower são historicamente 
americanos.
d) a cidadania americana pertence exclusivamente aos 
Estados Unidos.
30. O dia 24 de abril é feriado na Armênia quando evoca 
a memória das vítimas do genocídio do povo armênio 
nos territórios do Império Otomano no ano de 1915. 
Um massacre brutal cujas estimativas indicam que entre 
500 mil e 1,8 milhão de pessoas foram mortas pelo exército 
Otomano. Sobre o massacre armênio é correto afirmar que
a) contou com a participação da Alemanha, inimiga 
declarada dos russos, que viu no genocídio um modo 
de enfraquecer o controle da Rússia naquele território.
b) o governo turco reconhece que antecipou os horrores 
da Segunda Guerra Mundial ao considerar legítimo o 
extermínio desse povo de maioria cristã.
c) começou em Constantinopla, nas casas dos intelectuais, 
estudiosos e poetas, e estendeu-se para os demais locais 
da parte oriental do território ocupada por armênios.
d) este episódio foi um caso isolado sem relação com o 
enfraquecimento do Império Otomano no final do século 
XIX diante do avanço do Império Russo.
GEOGRAFIA
31. As placas litosféricas podem ser de natureza oceânica ou, de 
uma forma mais comum, compostas por porções da crosta 
continental e da crosta oceânica. Analise as afirmações 
abaixo sobre essas placas, e assinale com V as verdadeiras 
e com F as falsas.
 ( ) As características das crostas continental e oceânica 
são bastante distintas quanto a suas composições química, 
litológica, morfológica e dinâmica.
 ( ) Os limites divergentes dessas placas são marcados por 
processos de intenso magmatismo. Nesses limites podem 
ocorrer fossas e províncias vulcânicas, como ocorrem na 
placa Pacífica.
 ( ) A crosta oceânica tem composição litológica mais 
homogênea do que a continental, sendo formada por rochas 
ígneas básicas que podem estar cobertas por camadas 
sedimentares.
 ( ) Quando placas oceânicas colidem, a mais antiga, mais 
densa, mais fria e mais espessa mergulha sob a outra em 
direção ao manto, carregando os sedimentos acumulados 
sobre ela.
 A sequência correta, de cima para baixo, é
a) F, V, V, F.
b) F, V, F, F.
c) V, F, F, V.
d) V, F, V, V.
32. Um dos principais sistemas produtores de chuva que atuam 
no norte do Nordeste brasileiro é a Zona de Convergência 
Intertropical do Atlântico – ZCIT. Este sistema
a) provoca chuvas convectivas intensas entre os meses de 
setembro e outubro no litoral do Nordeste.
b) permanece quase todo o ano estacionado sobre as 
latitudes mais próximas ao Trópico de Capricórnio.
c) é o mais importante gerador de chuvas sobre a região 
equatorial dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.
d) não recebe a influência da umidade dos oceanos 
Atlântico e Pacífico, mas sim da Amazônia.
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33. O movimento da Praia do Icaraí, em Caucaia, é pura 
resistência. A praia, que enfrenta poderosa erosão do mar 
há alguns anos, ainda conta com os surfistas, as famílias 
que moram, aquelas que têm casa no local para os fins de 
semana e quem guarda um certo carinho pelo mar e areia 
do Icaraí.
 http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2014/01/27/ 
noticiasjornalcotidiano,3197102/praia-do-icarai-sofre-comerosao-e-
falta-de-estrutura.shtmIcaraí 27/01/2014
 A erosão no litoral cearense tem-se mostrado um processo 
cada vez mais intenso. Assinale a opção que NÃO 
corresponde a causa e/ou agente que atua no processo da 
erosão costeira.
a) clima de ondas.
b) pesca predatória.
c) suprimento de sedimentos.
d) construção de enrocamentos.
34. “Com a afirmação da Geografia moderna, a noção de 
território no seu sentido mais puro, isto é, assimilado ao 
Estado, torna-se uma categoria tão basilar quanto longeva. 
No seu sentido mais restrito, território é um nome político 
para a extensão de um país. Há mais de um século, Ratzel 
insistia em que aquele resultava da apropriação de uma 
porção da superfície da Terra para um grupo humano.”
 (SILVEIRA, M. L. Acta Geográfica. Cidades na Amazônia Brasileira 
(Ed. Especial, 2011, p.151-163)
 Com base nas informações do texto acima, assinale a opção 
que corresponde ao conceito de território, elaborado por 
Ratzel.
a) Espaço Vital.
b) Gêneros de Vida.
c) Rugosidade Espacial.
d) Espaço Absoluto.
35. Atente à seguinte letra de música:
“Por ser de lá do sertão, lá do cerrado
Lá do interior do mato
Da caatinga, do roçado
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigos
Eu quase não consigo
Ficar na cidade, sem viver contrariado”
 (Lamento Sertanejo, Dominguinhos)
 A letra da canção acima apresenta elementos que estão 
associados
a) ao aspecto visível das formas da natureza, considerando 
principalmente os domínios morfoclimáticos.
b) ao aspecto visível das formas da natureza, considerando 
principalmente os domínios morfoclimáticos.
c) à estrutura social e econômica de uma determinada 
sociedade.
d) aos movimentos migratórios que ensejam transformações 
socioespaciais.
36. Considere as seguintes descrições de subregiões nordestinas:
 I. Considerada a área de transição entre o sertão semiárido 
e a Amazônia úmida, possui sua economia baseada no 
extrativismo vegetal e na agricultura, destacando como área 
de modernização, o complexo que integra o porto de Itaqui 
à Serra de Carajás.
 II. Área em que predomina uma estrutura fundiária baseada 
em minifúndios. A policultura e a pecuária semi-intensiva 
contribuem para o abastecimento do mercado regional.
 III. É a sub-região mais povoada e a mais industrializada, foi 
considerada a principal região econômica do país durante o 
Brasil colonial.
 Pode-se afirmar corretamente que as descrições I, II e III 
acima correspondem respectivamente a
a) Cerrado, Sertão e Zona da Mata.
b) Meio Norte, Zona da Mata e Sertão.
c) Cerrado, Agreste e Meio Norte.
d) Meio Norte, Agreste e Zona da Mata.
FÍSICA
37. Um carro, partindo do repouso, desloca-se em um trecho 
A de modo que sua velocidade aumente linearmente com o 
tempo até atingir 60 km/h. Após algum tempo, em um trecho 
B, o motorista aciona o freio, de modo que a velocidade 
decresça também linearmente com o tempo. Considere

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