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CADERNO DE PROVAS SumárioSumário UECE Prof. Lásaro Henrique2015.1 a 2019.1 2015.1 ................................................................................................................................................. 3 2015.2 ............................................................................................................................................... 14 2016.1 ............................................................................................................................................... 26 2016.2 ............................................................................................................................................... 38 2017.1 ............................................................................................................................................... 50 2017.2 ............................................................................................................................................... 64 2018.1 ............................................................................................................................................... 77 2018.2 ............................................................................................................................................... 92 2019.1 ...............................................................................................................................................xx 5 UECE PORTUGUÊS Caro candidato, o texto que você lerá a seguir foi extraído do primeiro volume de uma série de cinco livros que reconstitui um período da história brasileira, o da ditadura militar. O primeiro volume cobre o período, que vai de março de 1964 (deposição do Presidente João Goulart) a março de 1979 (ano em que o Presidente General Ernesto Geisel entrega o poder ao General João Batista Figueiredo, último Presidente da era militar no Brasil). Texto 1 A dor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 (GASPARI, Hélio. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 37-41. Texto adaptado.) 1. Conservou-se no extrato transcrito o título do texto de onde ele foi extraído, “A dor”, mas, em nenhum momento, o vocábulo dor é empregado. Parece até que a ideia-núcleo do texto é a tortura de tanto que essa palavra aparece. O leitor, porém, deve estabelecer as relações que o levarão a justificar o título. Leia o que se diz sobre a questão. I. Há entre dor e tortura uma relação de semelhança que leva o leitor a associar as duas. II. Existe, no texto, uma retomada do título por meio de palavras ou expressões que remetem, indiretamente, à palavra “dor”, que, por sua vez, tem uma relação de contiguidade com o vocábulo “tortura”. III. Há, no texto, um jogo com o vocábulo “suplício” e as suas variadas acepções. “Suplício” (linha 21) tanto pode nomear a própria tortura como o que a tortura provoca. Está correto o que se diz em a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) I e III apenas. d) II e III apenas. 2. O primeiro parágrafo contém elementos que dão ao leitor condição de, partindo da perspectiva do torturador, tirar conclusões acerca da lógica do sistema que tortura e, consequentemente, dos torturadores. Marque V para o que for verdadeiro e F para o que for falso. ( ) Se o preso fala e diz o que o torturador quer saber, não há por que condenar a tortura. ( ) Na relação torturador/torturado, só interessa ao primeiro a confissão do segundo. ( ) A lógica da teoria da funcionalidade da tortura está resumida em uma frase atribuída a Maquiavel: Os fins justificam os meios. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a) V, V, V. b) V, F, V. c) F, F, V. d) V, V, F. 2015.1 O que torna a tortura atraente é o fato de que ela funciona. O preso não quer falar, apanha e fala. É sobre essa simples constatação que se edifica a complexa justificativa da tortura pela funcionalidade. O que há de terrível nela é sua verdade. O que há de perverso nessa verdade é o sistema lógico que nela se apoia valendo-se da compressão, num juízo aparentemente neutro do conflito entre dois mundos: o do torturador e o de sua vítima. Tudo se reduz à problemática da confissão. Assim, a tortura pressiona a confissão e triunfa em toda a sua funcionalidade quando submete a vítima. Essa é a hipérbole virtuosa do torturador. Assemelha-se ao ato cirúrgico, extraindo da vítima algo maligno que ela não expeliria sem agressão. A teoria da funcionalidade da tortura baseia-se numa confusão entre interrogatório e suplício. Num interrogatório há perguntas e respostas. No suplício, o que se busca é a submissão. O “supremo opróbrio” é cometido pelo torturador, não pelo preso. Quando a vítima fala, suas respostas são produto de sua dolorosa submissão à vontade do torturador, e não das perguntas que ele lhe fez. Prova disso está no fato de que nos cárceres soviéticos milhares de presos confessaram coisas que jamais lhes haviam passado pela cabeça, permitindo ao stalinismo construir suas catedrais conspiratórias. O poder absoluto que o torturador tem de infligir sofrimento à sua vítima transforma-se em elemento de controle sobre seu corpo. No meio da selva amazônica, espancando um caboclo analfabeto que pedia ajuda divina para sustar os padecimentos, um torturador resumiria sua onipotência embutida: “Que Deus que nada, porque Deus aqui é nós mesmo”. A mente insubmissa torna-se vítima de sua carcaça, que é, a um só tempo, repasto do sofrimento e presa do inimigo. “O preso só lastima uma coisa: o ‘diabo’ do corpo continua aguentando”, lembraria o dirigente comunista Marco Antônio Coelho. Ainda que a certa altura a mente prefira a morte à confissão, aquele corpo dolorido se mantém vivo, permitindo o suplício. 6 UECE 3. Assinale a opção que NÃO expressa com clareza a funcionalidade da tortura. a) “O preso não quer falar, apanha e fala.” (linhas 2-3) b) “Quando a vítima fala, suas respostas são produto de sua dolorosa submissão à vontade do torturador, e não das perguntas que ele lhe fez.” (linhas 23-26) c) “A mente insubmissa torna-se vítima de sua carcaça, que é, a um só tempo, repasto do sofrimento e presa do inimigo.” (linhas 39-42) d) “nos cárceres soviéticos milhares de presos confessaram coisas que jamais lhes haviam passado pela cabeça.” (linhas 27-29) 4. Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma sobre os seguintes enunciados: “Essa é a hipérbole virtuosa do torturador. Assemelha-se ao ato cirúrgico, extraindo da vítima algo maligno que ela não expeliria sem agressão”. (linhas 14-17) ( ) O enunciado hiperbólico é aquele cuja ênfase expressiva resulta da suavização e da minimização da significação linguística. Registra-se, no excerto transcrito, um exemplo desse processo. ( ) O símile do enunciado em questão, como todos os outros símiles, traz explícitos os dois termos da comparação. Quando ele torna o texto mais expressivo, mais rico em significações, diz-se que ele é um elemento estilístico, tem funcionalidade textual. ( ) Com as comparações desse excerto, o enunciador consegue dar uma impressão viva da intensidade da dor. ( ) Assim como um médico extirpa um tumor maligno, em um processo extremamente doloroso, mas que salva a vida de uma pessoa, um torturador inflige ao preso uma enorme dor para lhe arrancar informações. Essa dor, no entanto, vai salvar-lhe a vida, porque porá fim à tortura. É essa a lógica da tortura. ( ) No excerto há duas comparações que trazem um dos termos fora desses enunciados: a primeira, entre o “ato cirúrgico” e a “tortura”; a segunda, entre o “algo maligno” e o que o torturado guarda para si e não quer revelar ao torturador. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a) F, V, V, V, V. b) F, F, F, V, V. c) V, V, V, F, F. d) V, V, V, F, F. 5. Ao longo do texto, a palavra “tortura” é substituída por outras,em um processo que se conhece como anáfora. Nesta questão, lidamos com duas anáforas de tortura: “suplício” (linha 21); “supremo opróbrio” (linha 22). Atente ao que se diz a respeito dessas anáforas. I. O vocábulo “tortura” e suas anáforas – “suplício” e “opróbrio” – estão em uma ordem aleatória, casual. Poder-se-ia mudar a ordem em que foram distribuídos e o texto não seria prejudicado em nenhum nível. II. A ordem em que os três vocábulos – “tortura”, “suplício” e “opróbrio” – estão dispostos no texto indica uma intenção argumentativa do enunciador, isto é, uma intenção de convencer o leitor sobre as ideias que expressa. Esse cunho argumentativo intensifica-se com o adjetivo “supremo”. III. O vocábulo supremo significa “que está acima de qualquer coisa; que se encontra no limite máximo”. Assim, esse adjetivo modaliza o discurso do enunciador. Mostra a relação dele com o que está dizendo. No caso do texto, essa relação é de conteúdo assumido: o enunciador assume totalmente o conteúdo do que diz. Está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) II e III apenas. c) I e III apenas. d) I e II apenas. 6. O dicionário Houaiss eletrônico dá para o vocábulo “suplício” acepções variadas quase todas relacionadas ao sofrimento físico. Já para o substantivo “opróbrio”, as acepções são ligadas ao sofrimento moral e psicológico. Diante do exposto sobre a significação desses dois vocábulos, assinale a assertiva verdadeira. a) A tortura pode ser somente física. O psicológicoe o moral não podem sofrer o efeito da tortura física, uma vez que estão no patamar não material, libertos das amarras dos sentidos. b) O texto mostra que, na realidade, não há confusão entre interrogatório e suplício. c) Existe mais de um tipo de tortura, os quais não se associam. d) No texto, “supremo opróbrio” é o ponto máximo a que se pode chegar em tortura. Isso se dá quando a tortura física atinge os níveis psicológico e moral. 7. No final do texto, há a sugestão de que I. no torturado arma-se um embate entre o corpo e a mente. II. o torturado, no início da tortura, luta para não morrer fisicamente e, no final, anseia por essa morte, que lhe dará alívio. III. só há duas maneiras de o torturado ver-se livre do sofrimento: morrer fisicamente ou prestar as informações que o torturador deseja. Estão corretas as complementações contidas em a) I e II apenas. b) II e III apenas. c) I e III apenas. d) I, II e III. 7 UECE 8. Quando um torturador diz “Que Deus que nada, porque Deus aqui é nós mesmo” (linhas 38- 39), só NÃO se deve entender ou concluir que a) o “nós mesmo” compreende ele próprio, os outros torturadores e os próprios torturados b) o vocábulo Deus, no enunciado do torturador, tem conotações diversas: na primeira ocorrência, o vocábulo indica a entidade abstrata que grande parte das religiões considera como o criador; na segunda ocorrência, sugere o poder de vida e de morte que tem o torturador sobre o torturado. c) em “Deus aqui é nós mesmo”, há uma construção que foge aos ditames da gramática normativa, mas que é importante para a coerência do texto. d) o sentido do enunciado seria preservado mesmo se fosse omitido o termo “porque”. Texto 2 O Verbo For 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa não ser reacionário. Somos uma força histórica de grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário — evidentemente o condizente com a nossa condição provecta —, tudo sairia fora de controle, mais do que já está. O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora e talvez até desapareça, mas julgo necessário falar do antigo às novas gerações e lembrá-lo às minhas coevas (ao dicionário outra vez; domingo, dia de exercício). O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito tão ruybarbosianamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente. Havia provas escritas e orais. A escrita já dava nervosismo, da oral muitos nunca se recuperaram inteiramente, pela vida afora. Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto) e partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje. O maior público das provas orais era o que já tinha ouvido falar alguma coisa do candidato e vinha vê-lo “dar um show”. Eu dei show de português e inglês. O de português até que foi moleza, em certo sentido. O professor José Lima, de pé e tomando um cafezinho, me dirigiu as seguintes palavras aladas: — Dou-lhe dez, se o senhor me disser qual é o sujeito da primeira oração do Hino Nacional! — As margens plácidas — respondi instantaneamente e o mestre quase deixa cair a xícara. — Por que não é indeterminado, “ouviram, etc.”? — Porque o “as” de “as margens plácidas” não é craseado. Quem ouviu foram as margens plácidas. É uma anástrofe, entre as muitas que existem no hino. “Nem teme quem te adora a própria morte”: sujeito: “quem te adora.” Se pusermos na ordem direta... — Chega! — berrou ele. — Dez! Vá para a glória! A Bahia será sempre a Bahia! Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim. Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato(a) ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra “for” tanto podia ser do verbo “ser” quanto do verbo “ir”. Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser. — Esse “for” aí, que verbo é esse? Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente. — Verbo for. — Verbo o quê? — Verbo for. — Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo. — Eu fonho, tu fões, ele fõe — recitou ele, impávido. — Nós fomos, vós fondes, eles fõem. Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe. 8 UECE 9. A crônica de João Ubaldo tem uma estrutura curiosa. Escreva V para o que for verdadeiro e F, para o que for falso sobre essa estrutura. ( ) O primeiro enunciado da crônica, que é também o primeiro da introdução (linha 49), expressa a ideia central do texto. ( ) A introdução é interrompida já na linha 49. ( ) Da linha 50 até a linha 58, quando retoma o enunciado introdutório, o enunciador faz uma digressão ou divagação, afastando-sedo tema principal do texto. ( ) A introdução de pequenos fatos narrados levanos a entender que o texto, na realidade, não é uma crônica. Ele configura um novo tipo de texto que poderíamos denominar de gênero misto. ( ) A conclusão da crônica começa na linha 147, com o vocábulo “vestibular”. A partir dessa linha, poderíamos ter um novo parágrafo. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a) F, F, V, V, V. b) V, V, F, F, V. c) V, V, V, F, V. d) F, F, V, V, F. 10. No texto há um tom de ironia que se revela em muitos trechos. Abaixo, você verá alguns excertos. Assinale a opção que traz uma expressão NÃO IRÔNICA. a) “Somos uma força histórica de grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário — evidentemente o condizente com a nossa condição provecta —, tudo sairia fora de controle, mais do que já está.” (linhas 54-58) b) “O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia.” (linhas 64-67). c) “Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.” (linhas 130-133) d) “Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas.” (linhas 142-147) 11. Atente ao trecho abaixo e ao que é dito sobre ele. “Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa não ser reacionário. Somos uma força histórica de grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário — evidentemente o condizente com a nossa condição provecta —, tudo sairia fora de controle, mais do que já está.” (linhas 50-58) I. O trecho todo é um grande parêntese sem a marcação gráfica chamada parêntese. II. Os longos parênteses dificultam a compreensão dos textos. A leitura de textos com essa estrutura exige muita atenção. III. Uma possível omissão dos parênteses enfraqueceria o texto em termos argumentativos. Está correto o que se diz em a) I e II apenas. b) II e III apenas. c) I e III apenas. d) I, II e III. 12. Uma das marcas da escrita de João Ubaldo Ribeiro é a estrutura parentética. Assim denominamos um estilo que usa muitas intercalações. Essas intercalações vêm, geralmente com a marcação gráfica (parênteses ou travessões). Dos exemplos a seguir, assinale aquele que, embora tenha uma marcação gráfica de parágrafo, NÃO é exemplo de estilo parentético. a) “— recitou ele, impávido —” (linhas 139-140) b) “— Eu fonho, tu fões, ele fõe” (linha 139) c) “(sorteava-se o assunto)” (linha 76) d) “— berrou ele. —” (linha 102) 13. No texto, a expressão “ruybarbosianamente” (linha 70) significa a) a critério de Ruy Barbosa. b) ao contrário de Ruy Barbosa. c) à maneira de Ruy Barbosa. d) às expensas de Ruy Barbosa. 14. Guiando-se pelas pistas textuais, chega-se à conclusão de que o adjetivo “provecta(o)” no texto (linha 57) tem a mesma acepção que tem no seguinte enunciado: a) Há pessoas que não se conformam, quando entram na idade provecta. b) Márcia é uma aluna provecta. Progrediu, em seis meses, muito mais do que os colegas em dois anos. c) Tenho um amigo que é professor da Unicamp. Ele é provecto em Física. d) Gosto de pessoas experientes. Tenho muitos amigos provectos. MATEMÁTICA 15. José quer comprar chocolates e pipocas com os R$ 11,00 de sua mesada. Tem dinheiro certo para comprar dois chocolates e três pacotes de pipocas, mas faltam-lhe dois reais para comprar três chocolates e dois pacotes de pipocas. Nestas condições, podemos afirmar corretamente que um pacote de pipocas custa a) R$ 2,00. c) R$ 1,40. b) R$ 1,60. d) R$ 1,20. 9 UECE 16. Se a soma e o produto de dois números são, respectivamente, dois e cinco, podemos afirmar corretamente que a) os dois números são racionais b) os dois números são irracionais. c) um dos números é racional e o outro é irracional. d) os dois números são complexos não reais. 17. Em um empreendimento imobiliário, o centro comercial e o parque de estacionamento ocupam, respectivamente, 42% e 53% da área do terreno. A área restante, que corresponde a 3.000 m2 , é destinada a jardins e vias de circulação. Nestas condições, a medida da área do terreno ocupada pelo centro comercial, em m2, é a) 24.800. b) 25.000. c) 25.200. d) 25.400. 18. Se a função real de variável real, definida por f(x) = ax2 + + bx + c, é tal que f(1) = 2, f(2) = 5 e f(3) = 4, então o valor de f(4) é a) 2. b) -1. c) 1. d) -2. 19. Se os conjuntos X e Y possuem, respectivamente, cinco e oito elementos, quantas funções, f : X → Y, injetivas e distintas, podem ser construídas? a) 6680. b) 6700. c) 6720. d) 6740. 20. O menor número natural que pode ser escrito como produto de fatores primos positivos e distintos e que tem 32 divisores é a) 2280. b) 2310. c) 2350. d) 2380. 21. Se x é um ângulo tal que 1cos 4 x = , então o valor do determinante 22 2cos cos senx sen x x x − é a) 1 b) 0 c) 1 2 d) 1 2 − 22. Os pontos médios dos lados de um triângulo equilátero cuja medida da área é 9 3 m2 são ligados dividindo o triângulo em quatro outros triângulos equiláteros congruentes. A medida da altura de cada um destes triângulos menores é a) 6,75 m b) 6,25 m c) 6,95 m d) 6,45 m 23. Os números reais positivos x, y e z são tais que log x, log y, log z formam, nesta ordem, uma progressão aritmética. Nestas condições, podemos concluir acertadamente que entre os números x, y e z existe a relação a) 2y = x + z. b) y = x + z. c) z2 = xy. d) y2 = xz. 24. No referencial cartesiano ortogonal usual com origem no ponto O, a reta r, paralela à reta y = -2x + 1 intercepta os semieixos positivos OX e OY, respectivamente, nos pontos P e Q formando o triângulo POQ. Se a medida da área deste triângulo é igual a 9m2, então a distância entre os pontos P e Q é igual a a) 5 m b) 3 5 m c) 4 5 m d) 2 5 m HISTÓRIA 25. A descoberta do ouro no interior de Minas deslocou parte da população colonial do litoral para o interior. A região das minas foi ocupada por centenas de novos habitantes que careciam de tudo: alimentos, roupas, gado, cavalos, produtos europeus e muitos escravos para trabalhar nas minas. Atente para o que se diz acerca dessa que ficou conhecida como a “sociedade do ouro”. I. A base da sociedade mineira eram os africanos escravizados, que constituíam boa parcela dessa sociedade. E, embora não representasse a maioria da população, seu trabalho era fundamental. II. A atividade mineradora também deu origem a uma camada da sociedade que era extremamente pobre e que tinha sido atraída pela ilusão do ouro; era formada por escravos libertos e brancos pobres. III. Havia uma camada média, composta principalmente de brancos, que incluía pequenos comerciantes, tropeiros e pequenos produtores de gêneros agrícolas Está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I e II apenas. c) II e III apenas. d) I e III apenas. 10 UECE 26. Dentre as afirmações a seguir, assinale aquela que está INCORRETA no que diz respeito à Confederação do Equador (1824). a) A Confederação do Equador estava afinada comos ideais de federação que serviram de basepara a implantação da República dos Estados Unidos da América. b) A revolta começou com a exigência de que o Presidente da Província de Pernambuco, indicado por D. Pedro I, renunciasse ao cargo em favor do liberal Manuel de Carvalho Pais de Andrade. c) A Confederação do Equador uniu Pernambuco e as Províncias da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. d) Cedendo às forças de repressão comandadas pelo Brigadeiro Francisco Lima e Silva, após cinco meses de resistência, os rebeldes se entregaram, sendo, por este motivo, anistiados. 27. Assinale a opção que apresenta corretamenteações atribuídas ao Marquês de Pombal na Colônia Brasileira. a) Extinção do sistema de capitanias hereditárias e transferência da sede do governo colonial de Salvador para o Rio de Janeiro. b) Criação das Companhias Comerciais do Grão Pará e do Maranhão, e a organização da Universidade de Coimbra. c) Extinção da Mesa de Inspeção dos Portos e da cobrança do quinto na região das minas. d) Expulsão dos Jesuítas do Brasil e incentivo à criação das indústrias de manufaturas. 28. No Congresso da Basileia, organizado por T. Herzl, em 1897, foram traçadas as primeiras linhas de ação de um movimento que reivindicou terras de território palestino para a criação de colônias agrícolas para os hebreus. Para que fosse possível, naquele território, consolidar-se um espírito nacional, de valores culturais e religiosos, em última instância, reivindicou-se a concessão de uma “carta” internacional que autorizasse e tutelasse a imigração hebraica para a Palestina. Este movimento nacionalista que surgiu na passagem do século XIX para o século XX denomina-se a) Organização para a libertação da Palestina (OLP). b) Sionismo, que tem como referência o monte Sión em Jerusalém. c) Kibutz (agrupamento em hebraico). d) Intifada (revolta ou agitação). 29. Há muito tempo o continente africano tem sido palco de conflitos violentos. Em Angola, o confronto envolveu organizações armadas que disputavam o poder desde a independência daquele país. Na República Democrática do Congo, as disputas envolveram o Estado e grupos armados; na Serra Leoa, a guerra civil durou de 1991 a 2002. Intermediários interessados na guerra, em alguns casos, a estimulam fornecendo armas e soldados; em outros casos, apoiam governos ou a guerrilha de oposição. Os produtos disputados pelo Estado e por grupos armados nesses três países Africanos são a) diamante e petróleo. b) defensivos agrícolas e gás natural. c) metais e produtos farmacêuticos. d) alimentos industrializados e tecidos. 30. Atente para o seguinte excerto: “Contudo, dois fatores ainda mais importantes solapavam agora a alta cultura clássica. O primeiro era o triunfo universal da sociedade de consumo de massa. Da década de 1960 em diante, as imagens que acompanhavam do nascimento até a morte os seres humanos no mundo ocidental – e cada vez mais no urbanizado Terceiro Mundo – eram as que anunciavam ou encarnavam o consumo ou as dedicadas ao entretenimento comercial de massa. Os sons que acompanhavam a vida urbana, dentro e fora de casa, eram os da música pop comercial. Comparado com isso, o impacto das “grandes artes” mesmo sobre os “cultos” era na melhor das hipóteses ocasional, sobretudo desde que o triunfo do som e da imagem com base na tecnologia impunha forte pressão sobre o que fora o grande veículo para a experiência da alta cultura, a palavra escrita”. HOBSBAWM, E. Era dos Extremos. O breve século XX 1914 1991). Trad. Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras. p. 495. Segundo Hobsbawm, a alta cultura clássica decaiu devido a) à urbanização do Terceiro Mundo. b) às traumáticas imagens de nascimento e morte. c) à ascensão da cultura escrita. d) ao consumo massificado alcançado por intermédio dos meios de comunicação social. GEOGRAFIA 31. Adotando o positivismo lógico como método de conhecimento da realidade, esse novo paradigma da geografia buscava leis ou regularidades representadas sob a forma de ordenamentos espaciais. Empregava-se o uso de técnicas estatísticas e modelos matemáticos como método de apreensão do real, assumindo uma pretensa neutralidade científica para o ordenamento espacial. A corrente do pensamento geográfico que se relaciona com o enunciado acima é denominada a) Possibilismo. b) Geografia Crítica. c) Nova Geografia. d) Determinismo Ambiental. 32. Atente para o seguinte texto: Serra da Boa Esperança, esperança que encerra / No coração do Brasil um punhado de terra / No coração de quem vai, no coração de quem vem / Serra da Boa Esperança meu último bem / Parto levando saudades, saudades deixando / Murchas caídas na serra lá perto de Deus / Oh minha serra eis a hora do adeus vou-me embora / Deixo a luz do olhar no teu olhar / Adeus. (Lamartine Babo) 11 UECE O conceito de lugar foi utilizado durante muito tempo na geografia para expressar o sentido de localização de um determinado sítio. Atualmente, este conceito vai além da simples localização de fenômenos geográficos, expressando uma contextualização simbólica que compreende um conjunto de significados. Portanto, com base no texto acima e na perspectiva atual de lugar, pode-se afirmar corretamente que a) para o autor do texto, a serra representa uma dimensão da paisagem na qual o sentimento de posse está relacionado a sua perspectiva econômica. b) a simbologia representada pela serra é motivada por laços emocionais que foram construídos na dimensão do espaço vivido. c) a relação sujeito-lugar é percebida na perspectiva de uma relação simplesmente natural envolvendo apenas os elementos da natureza. d) a serra constitui-se enquanto aspecto morfológico como um espaço vazio de conteúdo, sem história, refletindo apenas uma porção da natureza desprovida de afetividade. 33. Leia os textos abaixo. TEXTO 1 Uma das principais características das regiõesmetropolitanas é o crescimento dos tecidos urbanos.Com o crescimento das cidades limítrofes, antigasáreas pertencentes às diversas municipalidades quenão eram ocupadas anteriormente passam a comporuma unicidade no tecido metropolitano produzindo assim uma unidade espacial de escala e complexidade distinta da inicial. TEXTO 2 Um sistema integrado de cidades que passa a estabelecer fluxos sociais, econômicos, políticos e culturais. Forma- se, portanto, um sistema de múltiplas espacialidades nas quais as cidades são conectadas por fluxos populacionais, serviços, informações e capitais, constituindo “nós” que entrelaçam as ligações entre esses lugares. Aqueles fluxos seguem uma hierarquização que é sempre comandada por cidades maiores e que disponibilizam, sobretudo, serviços para as outras cidades. Os textos 1 e 2 indicam respectivamente fenômenos relacionados à a) metropolização e à gentrificação. b) desconcentração urbana e à periferização. c) metropolização e à endourbanização. d) conurbação e à rede urbana. 34. “É evidente que o Conservacionismo numa área subdesenvolvida e dotada de elevadas taxas demográficas encontra obstáculos, às vezes, intransponíveis. O próprio grau de dependência funcional, de que são possuidores os constituintes da biosfera, representa empecilho imediato.” SOUZA, Marcos José Nogueira de. Subsídios para uma Política Conservacionista dos Recursos Naturais Renováveis do Ceará. p. 81. Terra Livre 5. O Espaço em questão. AGB - Associação dos Geógrafos Brasileiros. Ed. Marco Zero. 1988. Considerando o excerto, assinale a única alternativa que apresenta elementos para uma política de conservação da natureza. a) Construção de açudes e adutoras como suporte às atividades industriais e agroindustriais. b) Monitoramento de efluentes, exploração dos solos argilosos e abertura de novas áreas de pastagem. c) Retirada da vegetação ciliar no bioma da caatinga e construção de barragens subterrâneas. d) Manejo dos solos, proteção das áreas de nascentes e controle do desmatamento. 35. Analise as afirmações que versam sobre a geomorfologia fluvial e demais processos associados. Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F, as falsas ( ) Os rios são poderosos agentes de transformação da paisagem em virtude da sua capacidade de erodir, transportar e depositar. ( ) Diversos rios que drenam litologias cristalinas podem ser classificados como rios antecedentes. ( ) As bacias de drenagem apresentam áreas muito pequenas que juntas compõem a bacia hidrográfica de um rio. ( ) Os processos aluviais podem compreender erosão, transporte e sedimentação, também em leques aluviais. A sequência correta, de cimapara baixo, é: a) V, V, F, V. b) V, F, V, V. c) F, F, V, V. d) F, V, F, F. 36. “A delimitação dos domínios climáticos é um dos principais desafios para a classificação climática. Seria cômoda a adoção de valores numéricos com espaçamentos constantes, como nos mapas de isotermas e de isoietas [...].” MENDONÇA, Francisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo. Oficina de Textos. 2007. p. 127. Considerando o excerto, analise as afirmações que tratam sobre os grandes domínios climáticos do planeta. I. O mecanismo de variação espacial da temperatura faz com que a distribuição dos tipos de clima no planeta não obedeça rigorosamente à posição latitudinal. II. As mudanças mais profundas da paisagem não ocorrem em virtude da variação dos valores médios, mas sim na definição do comportamento dos grandes controles climáticos. III. O domínio climático equatorial úmido corresponde à área de atuação da ZCIT e encontra-se compreendido entre os climas das altitudes médias Está correto o que se afirma somente em a) III. c) II e III. b) I e II. d) II. 12 UECE FÍSICA 37. Um bloco de gelo a -30 °C repousa sobre uma superfície de plástico com temperatura inicial de 21 °C. Considere que esses dois objetos estejam isolados termicamente do ambiente, mas que haja troca de energia térmica entre eles. Durante um intervalo de tempo muito pequeno comparado ao tempo necessário para que haja equilíbrio térmico entre as duas partes, pode-se afirmar corretamente que a) a superfície de plástico tem mais calor que o bloco de gelo e há transferência de temperatura entre as partes. b) a superfície de plástico tem menos calor que o bloco de gelo e há transferência de temperatura entre as partes. c) a superfície de plástico tem mais calor que o bloco de gelo e há transferência de energia entre as partes. d) a superfície de plástico transfere calor para o bloco de gelo e há diferença de temperatura entre as partes. 38. Uma corrente elétrica constante passa por um fio de cobre muito longo e fino, de modo que não se possa desprezar sua resistência elétrica. Considere que o fio está isolado eletricamente do ambiente, mas que possa haver transferência de calor para a vizinhança. Inicialmente o fio está à mesma temperatura de sua vizinhança. Depois de certo tempo, é correto afirmar que a) há transferência de calor do ambiente para o fio. b) há transferência de calor do fio para o ambiente. c) há aumento da energia mecânica do fio em consequência somente da passagem da corrente elétrica. d) há diminuição da energia mecânica do fio em consequência somente da passagem da corrente elétrica. 39. Um objeto de 1 kg, preso ao teto por um fio muito leve e inextensível, balança como um pêndulo. No que diz respeito à oscilação, é correto afirmar que a) a força de tração no fio é responsável pelo torque que faz o objeto oscilar. b) a componente da força peso na direção da tração no fio é responsável pelo torque que faz o objeto oscilar. c) a força peso é responsável pelo torque que faz o objeto oscilar. d) a soma da tração no fio com a componente da força peso na direção do fio é a força resultante responsável pelo torque que faz o objeto oscilar. 40. Um fio de Nylon é inicialmente tensionado e fixado por suas extremidades a dois pontos fixos. Posteriormente, no ponto médio do fio, é feita uma força perpendicular à direção inicial do fio. Durante a aplicação dessa força, é correto afirmar que a força feita sobre o fio nos pontos de fixação a) tem direção diferente e é menor que a tensão inicial. b) tem direção diferente e é maior que a tensão inicial. c) tem a mesma direção e é maior que a tensão inicial. d) tem a mesma direção e é menor que a tensão inicial. 41. Sobre as ondas sonoras, é correto afirmar que NÃO se propagam a) na atmosfera. b) na água. c) no vácuo. d) nos meios metálicos. 42. As opções abaixo apresentam algumas grandezas físicas. Assinale aquela que apresenta apenas grandezas vetoriais. a) Força peso, campo elétrico e velocidade. b) Temperatura, aceleração e massa. c) Corrente elétrica, força e calor. d) Empuxo, torque e energia. QUÍMICA ELEMENTO QUÍMICO NÚMERO ATÔMICO MASSA ATÔMICA H 1 1,00 C 6 12,00 O 8 16,00 Na 11 23,00 Al 13 27,00 P 15 31,00 S 16 32,00 Cl 17 35,50 Fe 26 56,00 Sb 51 121,70 Pb 82 207,00 43. Segundo Sam Kean, no livro A Colher que Desaparece, Nabucodonosor II da Babilônia (632 a.C. - 562 a.C.) usou uma mistura de chumbo e antimônio para pintar as paredes de seu palácio de amarelo e, pouco depois, enlouqueceu em consequência da inalação do material utilizado. Sobreo chumbo e o antimônio, marque a única afirmação FALSA a) O antimônio e o chumbo formam uma liga, denominada latão, muito utilizada como eletrodos de baterias e na indústria de semicondutores b) O chumbo tetraetila, ainda usado como antidetonante de combustíveis na aviação, foi banido da gasolina por ser tóxico e por liberar partículas de chumbo na atmosfera. c) Vasilhas de chumbo apassivado podem ser utilizadas para transportar ácido sulfúrico concentrado e a quente. d) O antimônio foi classificado como metaloide por ter a aparência e algumas propriedades físicas dos metais e comportar-se quimicamente como não metal em algumas condições. 13 UECE 44. A purificação da água através do processo de osmose é citada, em 1624, na obra Nova Atlântida, de Francis Bacon (1561-1626). A dessalinização de uma solução de sulfato de alumínio pelo processo citado acima ocorre utilizando-se uma membrana semipermeável. Considerando a concentração em quantidade de matéria da solução 0,4 mol/L, admitindo-se o sal totalmente dissociado e a temperatura de 27 ºC, a diferença da pressão osmótica que se estabelece entre os lados da membrana no equilíbrio, medida em atmosferas, é a) 39,36. b) 49,20. c) 19,68. d) 29,52. 45. Com relação às funções orgânicas, assinale a afirmação verdadeira. a) Os álcoois são compostos que apresentam grupos oxidrila (OH) ligados a átomos de carbono saturados com hibridização sp2, enquanto os fenóis são compostos que apresentam grupos oxidrila (OH) ligados ao anel aromático. b) O éter é uma substância que tem dois grupos orgânicos ligados ao mesmo átomo de oxigênio, R-O-R1. Os grupos orgânicos podem ser alquila ou arila, e o átomo de oxigênio só pode fazer parte de uma cadeia fechada c) Os tióis (R-S-H) e os sulfetos (R-S-R1) são análogos sulfurados de álcoois e ésteres. d) Os ésteres são compostos formados pela troca do hidrogênio presente na carboxila dos ácidos carboxílicos por um grupo alquila ou arila. 46. No nosso cotidiano, há muitas reações químicas envolvidas, como por exemplo, no preparo de alimentos, na própria digestão destes alimentos por nosso organismo, na combustão nos automóveis, no aparecimento da ferrugem, na fabricação de remédios, etc. Com relação às reações químicas, assinale a afirmação correta. a) Nas reações químicas que ocorrem nas células, várias delas usam o fosfato, que é o ânion do ácido fosforoso b) Quando uma folha de árvore é exposta à luz do sol, na presença de água e monóxido de carbono, é iniciado o processo da fotossíntese. c) Através de processos químicos, a água é transformada em água pura. O dióxido de cloro, por exemplo, é utilizado para oxidar detritos e destruir micro-organismos. d) Para combater a sensação de azia, geralmente toma-se um antiácido que produz uma reação química chamada de reação de oxidação. 47. A sensação refrescante dos refrigerantes é devida à solubilidade do gás carbônico que é introduzido na etapa de envasamento. A afirmação “a solubilidade de um gás em um líquido é proporcional à pressão do gás sobre a solução”, que pode ser qualitativamente compreendida dentro da teoria cinético-molecular, é atribuída a a) William Henry. b) John Dalton. c) Gay-Lussac. d) Jacques Charles. 48. O 1,4-dimetoxi-benzeno é um sólido branco com um odor floral doce intenso. É usado principalmente em perfumes e sabonetes.O número de isômeros de posição deste composto, contando com ele, é a) 2. b) 3. c) 5. d) 4. BIOLOGIA 49. Os antígenos são usualmente moléculas grandes e complexas, embora algumas moléculas pequenas (< 10.000 p.m.) possam também ser imunogênicas. Tais moléculas são dotadas de propriedades como: capacidade de induzir resposta imune, ou seja, serem reconhecidas pelos linfócitos B e T; serem antigênicas, isto é, serem capazes de reagir com os anticorpos ou linfócitos T específicos (BIER, 2005). A partir dessa informação, marque a única opção que apresenta moléculas que NÃO possuem as citadas propriedades. a) proteínas e polissacarídeos. b) lipoproteínas e nucleoproteínas. c) polissacarídeos e lipoproteínas d) poliestireno e poliacrilamida. 50. Em 1908, G.H. Hardy, um matemático britânico e um médico alemão, W.Weinberg, independentemente desenvolveram um conceito matemático relativamente simples, hoje denominado de princípio de Hardy-Weinberg, para descrever um tipo de equilíbrio genético (BURNS; BOTTINO, 1991). O princípio citado é fundamento da genética de a) redução alélica. b) determinantes heterozigóticos. c) populações. d) determinantes homozigóticos. 51. O fenômeno da Totipotência permite que plantas transgênicas sejam obtidas de células originalmente transformadas com o DNA exógeno (EMBRAPA, 1998). Totipotência significa a) potencialidade que as células vegetais apresentam de desenvolver-se em novas plantas. b) um processo sintético de transformação de plantas em sua totalidade. c) uma técnica para desenvolver novas plantas exógenas. d) técnica de cultura de tecido vegetal in vitro por meio de tecidos exógenos. 52. Árvores filogenéticas são diagramas representativos da classificação biológica, organizados com base em dados anatômicos, embriológicos e de informações derivadas do estudo de fósseis. Considerando as características dos organismos pertencentes aos cinco Reinos, é correto afirmar que a) o Reino Animália engloba seres vivos vertebrados, invertebrados, unicelulares, pluricelulares e preferencialmente heterótrofos. b) seres pluricelulares, clorofilados e eucariontes pertencem ao Reino Plantae. 14 UECE c) organismos autótrofos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica animal ou vegetal pertencem ao Reino Fungi. d) os Reinos Protista e Monera englobam, respectivamente, protozoários e algas. 53. Leia atentamente as afirmações abaixo. I. O fitoplâncton é formado exclusivamente por macroalgas de diversas espécies, que flutuam livremente ao sabor das ondas e funcionam como importantes produtoras de matéria orgânica e de oxigênio. II. As algas pardas possuem os seguintes tipos de talo: filamentoso, pseudoparenquimatoso e parenquimatoso, sendo representadas somente por espécies pluricelulares. III. As algas verdes possuem clorofila a e b além de outros pigmentos tais como carotenos e xantofilas. Está correto o que se afirma somente em a) I. b) II. c) I e III. d) II e III. 54. Em levantamento faunístico realizado na serapilheira de uma propriedade localizada na Serra de Guaramiranga, Ceará, foi encontrada grande variedade de animais nessa camada superficial do solo. Considerando-se o ambiente em que foi feito o levantamento, espera-se encontrar representantes de a) Arthropoda, Cnidaria, Anellida. b) Echinodermata, Anellida, Mollusca. c) Chordata, Arthropoda, Mollusca. d) Porífera, Anellida, Cnidaria. ESPANHOL TEXTO La Dama de Elche podría no pertenecer al Templo Ibérico de la Alcudia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 Patricia Ariño Periódico ABC - Madrid 13/09/2014 (Texto adaptado) 55. Según el texto, “El yacimiento de la Alcudia” (línea 1) se refiere más precisamente a a) un depósito de fósiles. b) una cueva prehistórica. c) una cantera de carbón. d) un sitio arqueológico. 56. El primer párrafo nos dice todavía que la escultura “La Dama de Elche” fue hallada a) a más de dos siglos. b) al azar. c) por un experto arqueólogo. d) durante excavaciones. 57. De acuerdo con los estudios del arqueólogo Don Pedro Peña Domínguez, a) “La Dama de Elche” nunca existió. b) “El Templo Ibérico de Alcudia” es un montón de ruinas. c) La actual planimetría del Templo carece de exactitud. d) “La Dama de Elche” siempre ha estado en el Templo de Alcudia. 58. Para explicar sus actuales estudios sobre “El Templo Ibérico de Alcudia”, el profesor Peña Domínguez a) culpó a Rafael Ramos por las mediciones equivocadas. b) justificó las nuevas dimensiones con el uso de modernas tecnologías. c) construyó un nuevo Templo real en el mismo sitio del anterior. d) no hizo caso de las publicaciones sobre el asunto. 59. El término “ello” (línea 20) tiene función de pronombre a) personal neutro. b) demostrativo, masculino. c) personal tercera persona, singular. d) demostrativo neutro. El yacimiento de la Alcudia ha sido uno de los lugares donde más vestigios arqueológicos de la cultura ibérica se han encontrado, entre ellos la Dama de Elche. La escultura, encontrada en 1897 por un muchacho que realizaba en un campo agrícola cercano al yacimiento, se cree que, pese a haber sido hallada un poco más lejos, podría haber pertenecido al Templo Ibérico de la Alcudia de Elche. Sin embargo, un estudio realizado por el profesor y arqueólogo Pedro Peña Domínguez podría romper con todo lo que se conoce hasta el momento sobre este templo y la Dama de Elche. Gracias a las nuevas tecnologías, Pedro Peña (también técnico superior de 3D Studio Max y Virtualizador de Patrimonio) ha descubierto errores en la planimetría del templo y descartado la presencia de la Dama de Elche dentro de la estructura cultural, ya que no hay evidencias de ello. “Mi objetivo era hacer una recreación para comprobar lo que se había reflejado hasta el momento, para que no se difundiera un único modelo erróneo”, explica Peña Domínguez para justificar su investigación. Para ello, reconstruyó virtualmente el templo ibérico de la Alcudia mediante material de los años 90 del parque arqueológico, procedente en su mayoría de las excavaciones de Rafael Ramos. “Me llamó la atención que sólo hay algunos párrafos en su estudio que hacen referencia al proceso del registro de excavación, pero es normal teniendo en cuenta la metodología de la época, y no desmerece en nada la labor profesional de Rafael Ramos, que descubrió uno de los restos más extraordinarios del mundo ibérico”, explica el profesor y arqueólogo. 15 UECE 60. En las palabras “Gracias” y “tecnologías” (línea 14) hay, respectivamente a) dos diptongos. b) un hiato y un diptongo. c) dos hiatos. d) un diptongo y un hiato. INGLÊS TEXT The global mortality rate for children younger than 5 has dropped by nearly half since 1990, the United Nations said Tuesday in an annual report on progress aimed at ensuring child survival, but the decline still falls short of meeting the organization’s goal of a two-thirds reduction by next year. Without accelerated improvements in reducing health risks to young children, the report said, that goal will not be reached until 2026, 11 years behind schedule. Nearly all of the countries with the highest mortality rates are in Africa, the report said, and two countries that are among the world’s most populous — India and Nigeria — account for nearly a third of all deaths among children younger than 5. A collaboration of Unicef, other United Nations agencies and the World Bank, the report provides a barometer of health care and nutrition in every country. A child mortality rate can be a potent indicator of other elements in a country’s basic quality of life. The report showed that the mortality rate for children younger than 5, the most vulnerable period, fell to 46 deaths per 1,000 live births last year, from 90 per 1,000 births in 1990. It also showed that the gap in mortality rates between the richest and poorest households had fallen in all regions over most of the past two decades, except for sub-Saharan Africa. The reportattributed much of the progress to broad interventions over the years against leading infectious diseases in some of the most impoverished regions, including immunizations and the use of insecticide-treated mosquito nets, as well improvements in health care to expectant mothers and in battling the effects of diarrhea and other dehydrating maladies that pose acute risks to the young. “There has been dramatic and accelerating progress in reducing mortality among children, and the data prove that success is possible even for poorly resourced countries,” Dr. Mickey Chopra, the head of global health programs for Unicef, said in a statement about the report’s conclusions. Geeta Rao Gupta, Unicef’s deputy executive director, said, “The data clearly demonstrate that an infant’s chances of survival increase dramatically when their mother has sustained access to quality health care during pregnancy and delivery.” Despite the advances, from 1990 and 2013, 223 million children worldwide died before their fifth birthday, a number that the report called “staggering.” In 2013, the report said, 6.3 million children younger than 5 died, 200,000 fewer than the year before. Nonetheless, that is still the equivalent of about 17,000 child deaths a day, largely attributable to preventable causes that include insufficient nutrition; complications during pregnancy, labor and delivery; pneumonia; diarrhea; and malaria. While sub-Saharan Africa has reduced the under-5 mortality rate by 48 percent since 1990, the report said, the region still has the world’s highest rate: 92 deaths per 1,000 live births, nearly 15 times the average in the most affluent countries. Put another way, the report said, children born in Angola, which has the world’s highest rate — 167 deaths per 1,000 live births — are 84 times as likely to die before they turn 5 as children born in Luxembourg, with the lowest rate — two per 1,000. The report noted that “a child’s risk of dying increases if she or he is born in a remote rural area, into a poor household or to a mother with no education.” From: www.nytimes.com Sept. 16, 2014 55. Although the United Nations annual report shows mortality rate for children under 5 has dropped considerably worldwide, it is crucial to note that a) the World Bank has to invest more money in the next two years. b) malaria and pneumonia still pose a serious problem for African children. c) the UN’s goal will only be achieved within twelve years. d) insufficient nutrition is the biggest challenge for impoverished regions. 56. One positive aspect Dr. Chopra cites is that the report shows a) mortality rates in poor houses have decreased mainly in South America. b) success can be achieved even in poor countries. c) pneumonia, diarrhea, and malaria have finally been beaten. d) immunizations are powerful tools in the fight against sicknesses. 16 UECE 57. The world’s highest under-five mortality rate is in a) Asian countries. b) Brazil. c) China. d) sub-Saharan Africa. 58. Some of the broad interventions that brought progress against the mortality rate for children include a) fighting dehydrating maladies in India. b) building better schools in poorly resourced regions. c) using mosquito nets treated with insecticide. d) giving birth control pills to teenage girls. 59. Infant mortality rate is among the factors that account for the measurement of a nation’s a) level of education. b) economic growth. c) democratic policies. d) quality of life. 60. According to the UN annual report, one of the factors that increase the risk of a child’s death is a) being born in an isolated countryside region. b) having many brothers and sisters. c) not having relatives to help. d) being raised by one parent only. PORTUGUÊS Texto 1 O amigo da casa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 (Moreira Campos. In Obra Completa – contos II. 1969. p. 120-122. Originalmente publicado na obra O puxador de terço. Texto adaptado.) 1. Além de caracterizar-se pela unidade dramática, o conto caracteriza-se pela unidade de tom, isto é, pela impressão única que ele deve deixar no leitor, impressão que pode ser de pavor, piedade, ódio, simpatia, antipatia, acordo, ternura, indiferença, dentre muitas outras. Assinale a impressão que o conto “O amigo da casa”, em função da própria relação entre as personagens, NÃO deve deixar no leitor. 2015.2 ANOTAÇÕES A própria menina se prende muito a ele, que ainda lhe trouxe a última boneca, embora agora ela se ponha mocinha: encolhe-se na poltrona da sala sob a luz do abajur e lê a revista de quadrinhos. Ele é alemão como o dono da casa. Tem apartamento no hotel da praia e joga tênis no clube, saltando com energia para dentro do campo, a raquete na mão. Assiste às partidas girando no copo de uísque os cubos de gelo. É o amigo da casa. Depois do jantar, passeia com a mãe da menina pelo caminho de pedra do jardim: as duas cabeças – a loira e a preta de cabelos aparados – vão e vêm, a dele já com entradas da calva. Ele chupa o cachimbo de fumo cheiroso, que o moço de bordo vai deixar no escritório. O dono da casa é Seu Feldmann. Dirige o seu pequeno automóvel e é muito delicado. Cumprimenta sempre todos os vizinhos, até mesmo os mais canalhas como Seu Deca, fiscal da Alfândega. Seu Feldmann cumprimenta. Bate com a cabeça. Compra marcos a bordo e no banco para a sua viagem regular à Alemanha. Viaja em companhia do comandante do cargueiro, em camarote especial. Então respira o ar marítimo no alto do convés, os braços muito brancos e descarnados, na camisa leve de mangas curtas. A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa, e da menina. Saem os dois à noite e ele para o seu próprio automóvel sob os coqueiros na praia. Decerto brigaram mais uma vez, porque ela volta para casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o lencinho bordado. Recolhe-se a seu quarto (ela e seu Feldmann dormem em quartos separados). Trila o apito do guarda. Os faróis do automóvel na rua pincelam de luz as paredes, tiram reflexo do espelho. Ela permanece insone: o vidro de sua janela é um retângulo de luz na noite. 17 UECE a) Desconsideração. b) Indiferença. c) Terror. d) Hipocrisia. 2. O início e o final de um conto são importantíssimos: o início porque conquista e seduz, ou afasta o leitor; o final, porque, via de regra, corresponde ao clímax da história. O desfecho de um conto pode ser de duas ordens: enigmático, imprevisível, surpreendente (maior incidência no conto tradicional); destituído de enigma, surpresa ou imprevisto (maior incidência no conto moderno). Escreva V ou F, conforme seja verdadeiro ou falso o que se diz sobre o começo e o fim do texto 1. ( ) O início do conto (texto 1) peca literariamente por ser impreciso ao introduzir as personagens, pois não as nomeia; refere-se a elas usando pronome – “ele”, “ela” – e sintagmas nominais – “o amigo da casa”, “a menina”, o que as despersonaliza. ( ) A despersonalização dos actantes não é, em tese, a melhor técnica narrativa, uma vez que pode dificultar o entendimento do leitor. ( ) O epílogo do conto (texto 1) é destituído de enigma, surpresa ou mistério. A falta desse elemento de surpresa aproxima o conto em pauta do conto moderno. ( ) O emprego do vocábulo “própria” no início do texto sugere continuidade. Esse vocábulo, na posição em que se encontra parece exigir um pressuposto, no caso em foco, o pressuposto de que a menina teria muitas razões para não se prender a ele, no entanto... É como se o narrador estivesse retomando uma narrativa interrompida. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a) V, F, V, F. b) V, V, F, F. c) F, V, F, V. d) F, F, V, V. 3. O título de um texto é um ingrediente importante para o processo da leitura. Um bom título deve ter a força de atrair o leitor,de causar-lhe algum estranhamento. Pode dar pistas sobre o conteúdo do texto, mas não deve ser muito explícito. A ambiguidade também é um ingrediente que pode ter efeito positivo num título. Atente à análise do título do texto 1. I. O título do conto (Texto 1) deve surpreender o leitor, que tem arquivada na memória linguística a expressão “o amigo” sempre relacionada ao homem e, raramente, a um animal irracional (como o cachorro), portanto a um ser vivo. O estranhamento causado pelo título pode ser um incentivo à leitura. II. Ao intitular o conto de “O amigo da casa”, o enunciador empregou uma estrutura metonímica. A metonímia é uma “figura de retórica que consiste no uso de uma palavra fora de seu contexto semântico normal por ter uma significação de relação objetiva, de contiguidade, material ou conceitual, com o conteúdo ou referente ocasionalmente pensado” (Houaiss). III. A outra qualidade do título consiste em ser ambíguo: o vocábulo “amigo”, além de significar aquele “que ama, que demonstra afeto, amizade”, pode significar, no uso informal da língua, “amante, amásio”. Essa ambiguidade poderá despertar a curiosidade do leitor e levá-lo à leitura. Está correto o que se diz em a) I e II apenas. b) I, II e III. c) II e III apenas. d) I e III apenas. 4. Assinale o que está correto em relação ao que se diz sobre o texto. a) Ao fazer a caracterização do “amigo da casa”, o narrador serve-se das atitudes da própria personagem, deixando ao leitor o trabalho de tirar conclusões. b) O narrador faz a caracterização do “amigo da casa”, empregando elementos linguísticos que minimizam a responsabilidade pelo que é dito. c) O enunciador emprega metáforas ao descrever o dono da casa e seu comportamento social. d) Ao longo da narrativa, o narrador cede a palavra às personagens, mas o faz sempre em discurso indireto livre, atitude que revela um temperamento centralizador do ser empírico que escreveu o conto, no caso, Moreira Campos. 5. Atente ao que se diz sobre a apresentação das duas personagens – “o amigo da casa” e “o dono da casa”. . I. O enunciador faz um confronto tendencioso entre os dois, levando sutilmente o leitor a pensar na superioridade de um e, consequentemente, na inferioridade do outro. II. Na caracterização dos dois, o enunciador trabalha basicamente com elementos concretos. Deixa ao leitor a tarefa de inferir, das ações e do comportamento dessas personagens, o que se lhes vai no interior. III. O narrador, ao apresentar as personagens, o faz da perspectiva de uma dessas personagens, mostrando-se imparcial, como todos os narradores que narram em terceira pessoa. Está correto o que se diz apenas em a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) III. 18 UECE 6. Para a maioria dos estudiosos da literatura, o texto literário é estruturado em pares de oposição: vida/morte; amor/ ódio, etc. Essas oposições constam no texto claramente ou implicitamente. E não é necessário que os dois termos da oposição estejam na superfície linguística do texto. Se o texto fala somente de morte, a vida está, por oposição, implícita nele. Abaixo você encontrará duas colunas. Na coluna I, haverá um termo que formará, com um termo presente na coluna II, uma oposição. Essas oposições constam no texto claramente ou implicitamente. Nessa perspectiva, numere a coluna II de acordo com a I. Coluna I Coluna II 1. indulgência ( ) deslealdade 2. vigor ( ) arrogância 3. essência ( ) intolerância 4. modéstia ( ) futilidade 5. afabilidade ( ) aparência 6. seriedade ( ) rigidez 7. confiabilidade ( ) debilidade Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a) 1, 4, 7, 2, 3, 5, 6. b) 7, 4, 1, 6, 3, 5, 2. c) 2, 7, 4, 5, 6, 1, 3. d) 4, 2, 5, 1, 3, 6, 7. 7. O conto apresenta quatro personagens, das quais somente uma é nomeada: Seu Feldmann, o dono da casa. Assinale a opção que expressa uma justificativa plausível para essa ocorrência no conto. a) As personagens não nomeadas são tipos que se distinguem não pelo nome, mas pela função que exercem na sociedade e que a literatura explora. Dois desses tipos são o homem conquistador e a mulher conquistada. b) O Senhor Feldmann é, afinal, a personagem mais importante do conto, por ser ele o dono da casa onde as outras personagens atuam. c) A menina, muito novinha, não tem importância no tipo de enredo que o conto apresenta. d) As três personagens não nomeadas formam um grupo de oposição ao Senhor Feldmann, cuja existência atrapalha a felicidade deles. Eles querem uma vida em família na qual nenhuma pessoa interfira. 8. Reflita sobre a maneira como o “amigo da casa” é apresentado no conto. Leia o que se diz sobre essa apresentação. I. O “amigo da casa” é introduzido no texto pelo pronome “ele” (linha 1), que se repete anaforicamente nas linhas 5, 14 e 34. II. Ao longo da leitura do conto, o referente, expresso primeiramente pelo pronome “ele”, vai-se delineando, ganhando contorno em nossa mente. Esses contornos fazem-se e refazem-se com o concurso de anáforas, mas também de expressões não anafóricas espalhadas pelo texto. III. Da linha 6 à 10 aparecem informações que não podem entrar no processo de construção do perfil da personagem, por serem frases construídas com verbos nocionais. Está correto o que se diz apenas em a) II e III. b) I. c) I e II. d) III. 9. Atente ao que se diz sobre algumas ocorrências do texto e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso. ( ) O pronome “outro”, como todo vocábulo da língua portuguesa, pode substantivar-se. Foi o que aconteceu com o pronome “outro” da linha 32. ( ) A expressão “(d)o outro” (linha 32) é ambígua. Ela significa “outra pessoa”. Em alguns estados brasileiros, entretanto, ela é usada também para fazer referência ao homem (o outro) e/ou à mulher (a outra) que protagonizam uma relação extraconjugal. Trabalhar essa ambiguidade no texto em estudo foi uma ideia feliz. ( ) Em “sua viagem regular à Alemanha” (linha 24), o adjetivo “regular” foi empregado no sentido de ”aquilo que se dá em conformidade com a lei, com as regras, com a praxe”.. ( ) No enunciado: “Decerto brigaram mais uma vez, porque ela volta para casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o lencinho bordado” (linhas 35-38), a conjunção “porque” empresta à oração que é iniciada por ela o valor semântico de explicação. ( ) A informação de que a mulher enrolava “nos dedos o lencinho bordado” (linhas 37-38) não é gratuita no conto. Ao contrário, tem uma função: mostrar o estado da mulher, seu nervosismo, sua angústia. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a) V, V, F, V, V. b) F, V, F, V, F. c) F, F, V, F, V. d) V, F, V, F, F. 10. Atente ao trecho recortado do conto e marque a opção correta: “A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa, e da menina” (linhas 29-33). a) As duas orações seguintes: “de onde ela desce aos domingos em companhia do outro” e “Que é o amigo da casa, e da menina” restringem o sentido de “o sítio da serra” e de “o outro” b) O enunciado “A fortuna de origem é da mulher” tem o mesmo significado e as mesmas conotações deste outro enunciado: A origem da fortuna é a mulher. 19 UECE c) Reescrito da seguinte maneira, isto é, eliminando-se a vírgula que vem depois do vocábulo “casa”, o trecho não teria o mesmo sentido: A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa e da menina d) Incorreria em erro (pelos parâmetros da Gramática Normativa) a pessoa que pusesse uma vírgula depois de “domingos”, em “o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos, em companhia do outro”. 11. Por todaa narrativa, a condição do “ele” da linha 1 não é explicitada. Há somente indícios dessa condição. Assinale a alternativa em que os dois enunciados apresentam esses indícios. a) 1. “Ele é alemão como o dono da casa” (linha 5); 2. “Ela permanece insone: o vidro de sua janela é um retângulo de luz na noite” (linhas 42-43). b) 1. “Saem os dois à noite e ele para o seu próprio automóvel sob os coqueiros na praia” (linhas 34- 35); 2. “Decerto brigaram mais uma vez, porque ela volta para casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o lencinho bordado” (linhas 35-38). c) 1. “Ele chupa o cachimbo de fumo cheiroso, que o moço de bordo vai deixar no escritório” (linhas 14-16); 2. “o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o “amigo da casa” (linhas 31-32). d) 1. “Dirige o seu pequeno automóvel e é muito delicado” (linhas 17-18); 2. “Os faróis do automóvel na rua pincelam de luz as paredes, tiram reflexo do espelho” (linhas 40-42). Texto 2 O evento (Millôr Fernandes. In: Novas fábulas fabulosas. p.68.) 12. Pode-se incluir o texto de Millôr Fernandes no rol do gênero piada. Abaixo você encontrará quatro das várias acepções dicionarizadas do vocábulo piada. Escolha a que dá conta da estrutura do texto “O evento”. a) Dito ou alusão engraçada b) Alguém ou algo que tem má qualidade ou é ridículo c) Conversa mole, lorota d) História curta de final surpreendente, que faz rir 13. Abaixo você encontrará complementações para possíveis afirmações sobre o texto 2. Escreva V se a complementação for verdadeira e F, se for falsa. O que permite que um texto como o de Millôr Fernandes seja reconhecido como piada é ( ) uma estrutura suficientemente aberta para possibilitar mais de uma leitura. ( ) o emprego de palavras antônimas, que propiciem uma leitura e o contrário dessa leitura. ( ) a capacidade do enunciador de manter o leitor indeciso sobre o sentido do texto até o fim da leitura. ( ) a habilidade do enunciador em oferecer, aproximadamente, o mesmo número de pistas para cada leitura. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a) V, F, V, V. b) F, F, V, V. c) V, F, F, F. d) F, V, F, F. 14. Assinale o que permitiu, no texto de Millôr Fernandes, a criação da estrutura da piada: a) O pai e a filha serem – o que é óbvio – de gerações diferentes, e ele, o pai, não aceitar as amizades da filha. b) O pai só ouvir o final da conversa, por estar lendo jornal. c) O pai não estar familiarizado com a linguagem dos jovens e desconhecer os seus valores. d) O pai ser homofóbico. MATEMÁTICA 15. Se x e y são números reais tais que 2x + y = 16, então o maior valor que o produto xy pode assumir é a) 48 b) 64. c) 32. d) 80. 16. No colégio municipal, em uma turma com 40 alunos, 14 gostam de Matemática, 16 gostam de Física, 12 gostam de Química, 7 gostam de Matemática e Física, 8 gostam de Física e Química, 5 gostam de Matemática e Química e 4 gostam das três matérias. Nessa turma, o número de alunos que não gostam de nenhuma das três disciplinas é a) 9. b) 14. c) 6. d) 12. 17. As ações da Empresa BRASTEC, nos anos de 2011 e 2012, valorizaram 12% e 7%, respectivamente, e nos anos de 2013 e 2014 desvalorizaram 2% e 8%, respectivamente. A valorização das ações correspondente ao período considerado (2011/2014) foi aproximadamente de O pai lia o jornal – notícias do mundo. O telefone tocou – tirrim-. A mocinha, filha dele, dezoito vinte vinte e dois anos, sei lá, veio lá de dentro, atendeu: “Alô. Dois quatro sete um dois sete quatro. Mauro!!! Puxa, onde é que você andou? Há quanto tempo! Que coisa! Pensei que tinha morrido! Sumiu! Diz! Não!?! É mesmo? Que maravilha! Meus parabéns!!! Homem ou mulher? Ah! Que bom... Vem logo. Não vou sair não”. Desligou o telefone. O pai perguntou: “Mauro teve um filho?” A mocinha respondeu: “Não. Casou”. MORAL: JÁ NÃO SE ENTENDEM OS DIÁLOGOS COMO ANTIGAMENTE. 20 UECE a) 8%. b) 9%. c) 7,5%. d) 8,5%. 18. Seja AEC um triângulo isósceles (as medidas dos lados AE e AC são iguais) e O um ponto do lado AC tal que a medida do ângulo EÔC é 120 graus. Se existe um ponto B, do lado AE, tal que o segmento OB é perpendicular ao lado AE e a medida do ângulo EÔB seja igual a 40 graus, então a medida do ângulo OÊC, em graus, é igual a a) 5. b) 9. c) 3. d) 7. 19. As soluções, em R, da equação cox4x – 4cox3x + 6cos2x – 4cosx + 1 = 0 são Sugestão: use o desenvolvimento do binômio (p – q)4. a) x = (2k + 1) π, onde k é um inteiro qualquer. b) x = kπ, onde k é um inteiro qualquer. c) x = 2kπ, onde k é um inteiro qualquer. d) x = (4k + 1) π, onde k é um inteiro qualquer. 20. Se ab é um número formado por dois algarismos, seu reverso é o número ba (por exemplo, o reverso de 14 é 41). A soma de todos os números formados por dois algarismos cuja soma com os seus respectivos reversos resulta um quadrado perfeito é a) 484. b) 480. c) 482. d) 486. 21. Considerando o logaritmo na base 10 e analisando as possíveis soluções reais da equação log(cos4x – 26cos2x + 125) = 2, pode-se afirmar corretamente que a equação a) não possui solução b) possui infinitas soluções c) possui exatamente duas soluções. d) possui exatamente quatro soluções. 22. No referencial cartesiano ortogonal usual, a medida da área do quadrilátero convexo cujos vértices são as interseções de cada uma das retas x + y – 1 = 0 e x + y + 1 = 0 com a circunferência x2 + y2 = 25, calculada com base na unidade de comprimento (u.c) adotada no referencial cartesiano considerado, é a) 18 (u.c)2. b) 16 (u.c)2. c) 20 (u.c)2. d) 14 (u.c)2. 23. Considere um segmento de reta XY cuja medida do comprimento é 10 cm e P um ponto móvel no interior de XY dividindo-o em dois segmentos consecutivos XP e PY. Se M e N são respectivamente os pontos médios de XP e PY, então podemos afirmar corretamente que a medida do comprimento do segmento MN a) varia entre 0 cm e 10 cm, dependendo da posição do ponto P. b) é igual a 5 cm, sempre. c) varia entre 5 cm e 10 cm, dependendo da posição do ponto P. d) varia entre 2,5 cm e 10 cm, dependendo da posição do ponto P. 24. Considerando as matrizes M1 = 0 1 1 1 , M2 = M1.M1, M3 = M2.M1, . . . . , Mn = Mn-1.M1, o número situado na segunda linha e segunda coluna da matriz M10 é a) 67. b) 89. c) 78. d) 56. HISTÓRIA 25. Acerca da exploração e do crescimento da produção cafeeira no século XIX, no Brasil, é correto afirmar que a) o café era produzido em larga escala, porém a preços baixos e com baixa rentabilidade. b) desde o período colonial a produção cafeeira competia no mercado internacional com a produção açucareira brasileira. c) essa fase coincide com uma fase de vitalidade e expansão dos mercados europeus e com o desenvolvimento dos Estados Unidos. d) o norte do Brasil era a região produtora de café por excelência, pois podia contar com vasta mão de obra escrava. 26. No dia 14 de novembro de 1961, realizou-se a primeira reunião de um gabinete parlamentarista na história republicana brasileira. Atente ao que se diz acerca do período parlamentarista brasileiro. I. A experiência parlamentarista brasileira, que durou pouco mais de um ano, foi recusada pelo povo brasileiro através de um plebiscito. II. Tancredo Neves foi o Primeiro Ministro durante o breve período em que ocorreu o parlamentarismo brasileiro. III. Com a renúncia do Presidente Jânio Quadros, João Goulart, o vice-presidente, assumiu a Presidência; contudo, a emenda parlamentarista restringiu os seus poderes. É correto o que se afirma em a) II e III apenas. b) I, II e III. c) I e II apenas. d) I e III apenas. 27. Analise as afirmações abaixo sobre a evolução histórica da cidade de Fortaleza. I. Fortaleza atualmente ocupa a terceira posição no contexto econômico das metrópoles brasileiras. II. No passado, Fortaleza estabeleceu acirrada competição com Aracati e outras cidades cearenses até alcançar a posição de capital do Estado. 21 UECE III. Paralelamente ao acentuadoprocesso de favelização que Fortaleza tem experimentado nas últimas décadas, os bairros nobres têm-se tornado visivelmente verticalizados. É correto o que se afirma apenas em a) I e II. b) I e III. c) II. d) II e III. 28. A Nigéria tem atualmente uma população com cerca de 174 milhões de habitantes, sendo o país mais populoso do continente africano. Do ponto de vista econômico, o norte nigeriano conta com aproximadamente 70% da sua população vivendo com menos de 1 dólar por dia. O último censo no país, em 2010, indica que a região possui também maior índice de analfabetismo, como o estado de Yobe que apresenta apenas 61,9% de sua população alfabetizada. Recentemente o norte do país tem sido palco de violentos e sangrentos ataques terroristas por parte do grupo extremista a) Isis, braço iraquiano da al-Qaeda, embora não esteja mais a ela associado. b) Kibutz, que opera ilegítima e brutalmente dentro de países extremamente turbulentos. c) Boko Haram, que exerce maior influência em jovens analfabetos que não têm perspectivas de futuro digno nesse país. d) Sharia, que justifica a barbárie com o islamismo, na tentativa de estabelecer sua legitimidade como um Estado religioso. 29. “(...)Pelo caminho perdemos até o direito de nos chamarmos americanos, embora os haitianos e os cubanos já estivessem inscritos na História, como novos povos, um século antes que os peregrinos do Mayflower se estabelecessem nas costas de Plymouth. Agora, para o mundo, América é tão só os Estados Unidos, e nós quando muito habitamos uma subAmérica, uma América de segunda classe, de nebulosa identidade (...)” (GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Tradução de Sérgio Faraco. São Paulo: L&PM, 2010. p. 18). A partir do excerto acima, pode-se concluir acertadamente que a) a identidade americana é negada para os habitantes da América Latina. b) os haitianos e os cubanos não são americanos. c) os peregrinos do Mayflower são historicamente americanos. d) a cidadania americana pertence exclusivamente aos Estados Unidos. 30. O dia 24 de abril é feriado na Armênia quando evoca a memória das vítimas do genocídio do povo armênio nos territórios do Império Otomano no ano de 1915. Um massacre brutal cujas estimativas indicam que entre 500 mil e 1,8 milhão de pessoas foram mortas pelo exército Otomano. Sobre o massacre armênio é correto afirmar que a) contou com a participação da Alemanha, inimiga declarada dos russos, que viu no genocídio um modo de enfraquecer o controle da Rússia naquele território. b) o governo turco reconhece que antecipou os horrores da Segunda Guerra Mundial ao considerar legítimo o extermínio desse povo de maioria cristã. c) começou em Constantinopla, nas casas dos intelectuais, estudiosos e poetas, e estendeu-se para os demais locais da parte oriental do território ocupada por armênios. d) este episódio foi um caso isolado sem relação com o enfraquecimento do Império Otomano no final do século XIX diante do avanço do Império Russo. GEOGRAFIA 31. As placas litosféricas podem ser de natureza oceânica ou, de uma forma mais comum, compostas por porções da crosta continental e da crosta oceânica. Analise as afirmações abaixo sobre essas placas, e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) As características das crostas continental e oceânica são bastante distintas quanto a suas composições química, litológica, morfológica e dinâmica. ( ) Os limites divergentes dessas placas são marcados por processos de intenso magmatismo. Nesses limites podem ocorrer fossas e províncias vulcânicas, como ocorrem na placa Pacífica. ( ) A crosta oceânica tem composição litológica mais homogênea do que a continental, sendo formada por rochas ígneas básicas que podem estar cobertas por camadas sedimentares. ( ) Quando placas oceânicas colidem, a mais antiga, mais densa, mais fria e mais espessa mergulha sob a outra em direção ao manto, carregando os sedimentos acumulados sobre ela. A sequência correta, de cima para baixo, é a) F, V, V, F. b) F, V, F, F. c) V, F, F, V. d) V, F, V, V. 32. Um dos principais sistemas produtores de chuva que atuam no norte do Nordeste brasileiro é a Zona de Convergência Intertropical do Atlântico – ZCIT. Este sistema a) provoca chuvas convectivas intensas entre os meses de setembro e outubro no litoral do Nordeste. b) permanece quase todo o ano estacionado sobre as latitudes mais próximas ao Trópico de Capricórnio. c) é o mais importante gerador de chuvas sobre a região equatorial dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. d) não recebe a influência da umidade dos oceanos Atlântico e Pacífico, mas sim da Amazônia. 22 UECE 33. O movimento da Praia do Icaraí, em Caucaia, é pura resistência. A praia, que enfrenta poderosa erosão do mar há alguns anos, ainda conta com os surfistas, as famílias que moram, aquelas que têm casa no local para os fins de semana e quem guarda um certo carinho pelo mar e areia do Icaraí. http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2014/01/27/ noticiasjornalcotidiano,3197102/praia-do-icarai-sofre-comerosao-e- falta-de-estrutura.shtmIcaraí 27/01/2014 A erosão no litoral cearense tem-se mostrado um processo cada vez mais intenso. Assinale a opção que NÃO corresponde a causa e/ou agente que atua no processo da erosão costeira. a) clima de ondas. b) pesca predatória. c) suprimento de sedimentos. d) construção de enrocamentos. 34. “Com a afirmação da Geografia moderna, a noção de território no seu sentido mais puro, isto é, assimilado ao Estado, torna-se uma categoria tão basilar quanto longeva. No seu sentido mais restrito, território é um nome político para a extensão de um país. Há mais de um século, Ratzel insistia em que aquele resultava da apropriação de uma porção da superfície da Terra para um grupo humano.” (SILVEIRA, M. L. Acta Geográfica. Cidades na Amazônia Brasileira (Ed. Especial, 2011, p.151-163) Com base nas informações do texto acima, assinale a opção que corresponde ao conceito de território, elaborado por Ratzel. a) Espaço Vital. b) Gêneros de Vida. c) Rugosidade Espacial. d) Espaço Absoluto. 35. Atente à seguinte letra de música: “Por ser de lá do sertão, lá do cerrado Lá do interior do mato Da caatinga, do roçado Eu quase não saio Eu quase não tenho amigos Eu quase não consigo Ficar na cidade, sem viver contrariado” (Lamento Sertanejo, Dominguinhos) A letra da canção acima apresenta elementos que estão associados a) ao aspecto visível das formas da natureza, considerando principalmente os domínios morfoclimáticos. b) ao aspecto visível das formas da natureza, considerando principalmente os domínios morfoclimáticos. c) à estrutura social e econômica de uma determinada sociedade. d) aos movimentos migratórios que ensejam transformações socioespaciais. 36. Considere as seguintes descrições de subregiões nordestinas: I. Considerada a área de transição entre o sertão semiárido e a Amazônia úmida, possui sua economia baseada no extrativismo vegetal e na agricultura, destacando como área de modernização, o complexo que integra o porto de Itaqui à Serra de Carajás. II. Área em que predomina uma estrutura fundiária baseada em minifúndios. A policultura e a pecuária semi-intensiva contribuem para o abastecimento do mercado regional. III. É a sub-região mais povoada e a mais industrializada, foi considerada a principal região econômica do país durante o Brasil colonial. Pode-se afirmar corretamente que as descrições I, II e III acima correspondem respectivamente a a) Cerrado, Sertão e Zona da Mata. b) Meio Norte, Zona da Mata e Sertão. c) Cerrado, Agreste e Meio Norte. d) Meio Norte, Agreste e Zona da Mata. FÍSICA 37. Um carro, partindo do repouso, desloca-se em um trecho A de modo que sua velocidade aumente linearmente com o tempo até atingir 60 km/h. Após algum tempo, em um trecho B, o motorista aciona o freio, de modo que a velocidade decresça também linearmente com o tempo. Considere
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