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Resumo Cap 2 e 3 - Behaviorismo Radical e Prática Clínica

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FACULDADE DE SAÚDE E HUMANIDADES IBITURUNA- FASI
DISCIPLINA: ESTÁGIO CLÍNICO II - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO 
NOME: THAÍS MONIELLY SOUSA RIBEIRO
 
CAPÍTULO 02 - Behaviorismo Radical e Prática Clínica
O Behaviorismo Radical e a Terapia Comportamental se correlacionam no início dos anos 1950 com aplicação de princípios operantes realizados em laboratório para a modificação de comportamentos inadequados. Baseados nos princípios de modelagem, reforçamento e extinção ou punição e manipulação das variáveis independentes (ambientais) para reduzir ou aumentar a frequência das variáveis dependentes comportamento-alvo), eram submetidos pessoas com diagnóstico de esquizofrenia, autismo e transtornos psicóticos no geral. Até então, os eventos privados não eram levados em consideração. 
Durante o processo histórico da terapia comportamental, diversas variações desde Watson surgiram, o que favoreceu concepções equivocadas sobre o que vem a ser a Terapia Analítico-Comportamental. O Behaviorismo Radical surgiu com B. F Skinner como uma forma de buscar uma compreensão acerca do comportamento humano, através de uma investigação científica metodológica, caracterizado por apresentar uma visão monista e materialista, determinista, interacionista, contextualista, externalista e selecionista, bem como suas implicações clínicas.
O Behaviorismo Radical apresenta uma visão monista e materialista, na qual os eventos públicos e privados são da mesma natureza. Na clínica pode-se inferir que o sofrimento da pessoa, na sua forma de agir e nos seus comportamentos em geral não são determinados, mediados, armazenados ou controlados por algo que escape ao mundo físico. O terapeuta vai considerar a pessoa como uma unidade que vem interagindo com o ambiente desde a sua existência.
 O comportamento é determinado, ou seja, todo evento possui uma causa, conhecida ou não, identificável ou não, mas existe. A “causa” não como agente iniciador, e sim descritas como relações funcionais, assim sentimentos, pensamentos, ideias, imaginações, atitudes e etc., não ocorrem ao acaso, mas determinados por eventos passados. Na clínica, as implicações do Determinismo colabora para a compreensão dos fenômenos comportamentais. Todas as ações, as ideias e os sentimentos que o cliente apresenta são coerentes, pertinentes com o que ele viveu e está vivendo e o comportamento pode estar causando ‘problemas’, por afastar diversos reforçadores ou estímulos aversivos importantes, mas, certamente, não se estabeleceu do nada.
Adota um modelo interacionista, pois estuda a interação Organismo-Ambiente, essas interações são descritas por meio de relações de contingências (dependência entre eventos, entre comportamentos e eventos ambientais). O comportamento é histórico, não pode ser guardado, é uma relação entre eventos naturais. As implicações clínicas deste raciocínio interacionista, correspondem à busca do clínico em entender em quais condições ocorreram (os sentimentos, pensamentos, por exemplo), o mais importante é identificar quais variáveis são responsáveis por esses sentimentos.
O contexto é o conjunto de condições em que o comportamento ocorre nas relações funcionais (não lineares, não mecanicistas) entre comportamento e ambiente. As implicações clínicas o terapeuta comportamental está interessado nas condições em que ela ocorre, seus antecedentes e consequentes Entender um transtorno comportamental, não é apenas identificar os comportamentos que o caracterizam, mas, sim, saber a quais contingências estariam relacionados.
A concepção externalista skinneriana não exclui o mundo dentro da pele, apenas não lhe atribui status causal e nem uma dimensão metafísica. As implicações clínicas ao buscar compreender o porquê de alguém sentir, pensar ou agir, o analista do comportamento não terá como referência os eventos internos, mas as contingências ambientais e os determinantes dentro de um processo histórico.
O selecionismo corresponde a seleção por consequências (Filogênese, Ontogênese e Cultural). Na clínica, o clínico emprega o raciocínio selecionista na compreensão de como os comportamentos foram adquiridos e estão sendo mantidos. Há maior interesse nas funções dos comportamentos do que nas suas topografias (formas). 
CAPÍTULO 03 - Habilidades Terapêuticas. É possível treiná-las?
O Behaviorismo é muitas vezes criticado por equívocos na distinção entre o Behaviorismo Radical do Behaviorismo Metodológico. O Behaviorismo veio se contrapor ao mentalismo e a introspecção. Foi através de Skinner que os eventos privados passaram a ser relevantes para esses estudos, através de uma nova metodologia oriunda da filosofia do Behaviorismo Radical.
Essa nova metodologia passa a investigar a relação organismo-ambiente, o que promoveu a modificação no comportamento dos clientes frente às queixas apresentadas. Nesse sentido, a relação terapêutica desempenha um papel importante, pois o terapeuta se constitui em uma audiência não punitiva para o cliente e quanto mais solidificada essa relação, maior chances de sucesso o processo apresenta.
No decorrer do processo, os sentimentos e as emoções do terapeuta são importantes estímulos discriminativos para a compreensão das contingências estabelecidas ou evocadas nas sessões. Assim, além do uso de técnicas, o terapeuta deve apresentar habilidades terapêuticas em seu repertório, essas habilidades consistem em: empatia, autenticidade, aceitação, ouvir o cliente, observar, estar seguro de si , ser diretivo, ser disponível, usar de forma criteriosa o humor e ser criativo. 
Os terapeutas devem ser treinados a fim de desenvolver as habilidades necessárias para o sucesso da psicoterapia, o supervisor deve evocar seus comportamentos privados e para aptidão no atendimento clínico. O capítulo ainda divulgou os resultados obtidos no estudo sobre a importância do treinamento entre os graduandos para a atuação no contexto clínico. 
REFERÊNCIAS
FARIAS, A. K. C. R. Análise comportamental clínica: aspectos teóricos e estudos de caso. Artmed Editora, 2009.

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