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ESTUDO DA PERSONALIDADE NA PSICOLOGIA

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ESTUDO DA PERSONALIDADE NA PSICOLOGIA.
O que e a personalidade: Personalidade é o padrão de características constantes que produzem consistência e individualidade em determinada pessoa. Abrange os comportamentos que nos tornam únicos e que nos diferenciam dos outros. Também nos leva a agir consistentemente em diferentes situações e por longos períodos de tempo.
ABORDAGENS PSICODINÂMICAS DA PERSONALIDADE
As abordagens psicodinâmicas da personalidade estão baseadas na ideia de que a personalidade é motivada por forças e conflitos internos sobre os quais as pessoas têm pouca consciência e não possuem controle. O pioneiro mais importante da abordagem psicodinâmica foi Sigmund Freud. Inúmeros seguidores de Freud, incluindo Carl Jung, Karen Horney e Alfred Adler, refinaram a teoria de Freud e desenvolveram as próprias abordagens psicodinâmicas.
FREUD argumentou que grande parte de nosso comportamento é motivada pelo inconsciente, uma porção da personalidade que contém memórias, conhecimentos, crenças, sentimentos, desejos, impulsos e instintos dos quais o indivíduo não está consciente. Ou seja, a experiência consciente é apenas uma pequena parte de nossa constituição e experiência psicológica
Teoria psicanalítica de Freud: mapeando a mente inconsciente
Para FREUD uma parte considerável de nossa personalidade é determinada pelo inconsciente. Esse inconsciente é formada pelo pré-consciente, que contém material que não é ameaçador e é facilmente trazido à mente, como o conhecimento de que 2 + 2 = 4. Porém, mais fundo no inconsciente estão os impulsos instintivos – anseios, desejos, demandas e necessidades que estão escondidos da consciência devido aos conflitos e à dor que causariam se fizessem parte de nossas vidas diárias. O inconsciente proporciona um “porto seguro” para as recordações de eventos ameaçadores. 
Teoria psicanalítica Teoria de Freud de que forças inconscientes atuam como determinantes da personalidade. 
Inconsciente Parte da personalidade que contém memórias, conhecimentos, crenças, sentimentos, desejos, impulsos e instintos dos quais o indivíduo não está consciente.
Estruturando a personalidade: id, ego e superego
No modelo da personalidade de Freud, existem três componentes principais: o id, o ego e o superego. Como mostra a analogia com um iceberg, apenas uma pequena parte da personalidade é consciente. Por que apenas o ego e o superego apresentam componentes conscientes?
OBS: Lembre-se de que as três partes da personalidade na teoria de Freud – o id, o ego e o superego – são concepções abstratas que não existem como estruturas físicas no cérebro.
Embora os três componentes da personalidade descritos por Freud possam parecer estruturas físicas no sistema nervoso, eles não são. Ao contrário, representam concepções abstratas de um modelo geral de personalidade que descreve a interação de forças que motivam o comportamento.
ID Parte inata bruta e não organizada da personalidade cujo único propósito é reduzir a tensão criada pelos impulsos primitivos relacionados a fome, sexo, agressividade e impulsos irracionais.. 
ID opera de acordo com o princípio do prazer, cujo o objetivo é a redução imediata da tensão e a maximização da satisfação. Porém, na maioria dos casos, a realidade impede o cumprimento das demandas do princípio do prazer: nem sempre podemos comer quando estamos com fome e só podemos descarregar nossos impulsos sexuais quando o momento e o lugar forem apropriados. Para explicar esse fato da vida, Freud propôs um segundo componente da personalidade, o qual chamou de ego.
EGO Parte da personalidade que proporciona uma proteção entre o id e o mundo externo.
O EGO, que começa a se desenvolver logo após o nascimento, esforça-se para contrabalançar os desejos do id e as realidades do mundo exterior objetivo. Em contraste com o id, que busca o prazer, O EGO opera de acordo com o princípio da realidade, cuja energia instintual é restringida para manter a segurança do indivíduo e ajudar a integrar a pessoa à sociedade. Em certo sentido, então, o ego é o “executivo” da personalidade: ele toma as decisões, controla ações e permite o pensamento e a solução de problemas de uma ordem mais elevada do que as capacidades do ID possibilitam.
SUPEREGO De acordo com Freud, a estrutura final da personalidade a ser desenvolvida; ele representa as virtudes e os defeitos da sociedade, conforme transmitidos pelos pais e professores e outras figuras importantes de uma pessoa. 
O SUPEREGO, se deixado a operar sem restrição, criaria perfeccionistas incapazes de atender aos compromissos que a vida requer. Um id irrestrito criaria um indivíduo imprudente, primitivo, que busca o prazer procurando atender a todos os desejos sem demora. Em consequência, o ego precisa fazer a mediação entre as demandas do superego e as demandas do ID
 PARA FREUD OS ESTÁGIOS PSICOSSEXUAIS Períodos do desenvolvimento durante os quais as crianças se deparam com conflitos entre as demandas da sociedade e seus impulsos sexuais. fixações Conflitos ou preocupações que persistem além do período desenvolvimental em que ocorrem inicialmente. 
 OS CINCO ESTÁGIOS PSICOSSEXUAIS DO DESENVOLVIMENTO NA TEORIA DE FREUD – oral, anal, fálico, latência e genital – indicam como a personalidade desenvolve- -se à medida que as pessoas envelhecem. estágio oral De acordo com Freud, estágio desde o nascimento até 12 a 18 meses, no qual o centro do prazer de um bebê é a boca.
ESTÁGIO ANAL De acordo com Freud, estágio dos 12 a 18 meses até os 3 anos de idade, em que o prazer de uma criança está centrado no ânus. 
ESTÁGIO FÁLICO De acordo com Freud, período que começa em torno dos 3 anos, durante o qual o prazer de uma criança está focado nos genitais. Agora o interesse foca-se nos genitais e nos prazeres derivados de acariciá-los. Durante esse estágio, a criança também deve negociar um dos obstáculos mais importantes do desenvolvimento da personalidade:
CONFLITO EDÍPICO Interesse sexual de uma criança pelo seu genitor do sexo oposto, geralmente resolvido pela identificação com o genitor do mesmo sexo. 
IDENTIFICAÇÃO Processo de desejar ser o mais parecido possível com outra pessoa, imitando o comportamento daquela pessoa e adotando crenças e valores semelhantes. Ao identificar-se com o pai, o filho procura obter uma mulher como a mãe inatingível. PERÍODO DE LATÊNCIA De acordo com Freud, período entre o estágio fálico e a puberdade, durante o qual as preocupações sexuais das crianças são temporariamente deixadas de lado. 
ESTÁGIO GENITAL De acordo com Freud, período da puberdade até a morte, marcado pelo comportamento sexual maduro (i. e., a relação sexual)
O QUE SÃO MECANISMOS DE DEFESA?
Mecanismo de defesa é uma denominação dada por Freud para as manifestações do Ego diante das exigências das outras instâncias psíquicas (Id e Superego), mas a psicanálise freudiana não é a única teoria a se utilizar desse conceito. Outras vertentes da psicologia também se utilizam dessa denominação.
Os mecanismos de defesa são determinados pela forma como se dá a organização do ego: quando bem organizado, tende a ter reações mais conscientes e racionais. Todavia, as diversas situações vivenciadas podem desencadear sentimentos inconscientes, provocando reações menos racionais e objetivas e ativando então os diferentes mecanismos de defesa, com a finalidade de proteger o Ego de um possível desprazer psíquico, anunciado por esses sentimentos de ansiedade, medo, culpa, entre outros. Resumindo, os mecanismos de defesa são ações psicológicas que buscam reduzir as manifestações iminentemente perigosas ao Ego.
Todos os mecanismos de defesa exigem certo investimento de energia e podem ser satisfatórios ou não em cessar a ansiedade, o que permite que sejam divididos em dois grupos: Mecanismos de defesa bem-sucedidos e aqueles ineficazes. Os bem-sucedidos são aqueles que conseguem diminuir a ansiedade diante de algo que é perigoso. Os ineficazes são aqueles que não conseguem diminuir a ansiedade e acabam por constituir um ciclo de repetições. Nesse último grupo, encontram-se,por exemplo, as neuroses e outras defesas patogênicas.
Quais são os mecanismos de defesa?
Existem pelo menos quinze tipos de mecanismos de defesa conhecidos e explicados pelas teorias da psicologia.  Entre eles, podemos citar: compensação, expiação, fantasia, formação reativa, identificação, isolamento, negação, projeção e regressão.
Como funciona cada mecanismo de defesa?
Cada mecanismo de defesa tem uma forma específica de funcionamento, vamos conhecer alguns deles brevemente:
Compensação
Esse mecanismo de defesa tem por característica a tentativa do indivíduo de equilibrar suas qualidades e deficiências, por exemplo, uma pessoa que não tem boas notas e se consola por ser bonita.
Deslocamento
O mecanismo de deslocamento está sempre ligado a uma troca, no sentido de que a representação muda de lugar, e é representada por outra. Esse mecanismo também compreende situações em que o todo é tomado pela parte. Por exemplo: alguém que teve um problema com um advogado e passa, então, a rejeitar todos esses profissionais, ou ainda, num sonho, quando uma pessoa aparece, mas, na verdade está representando outra pessoa.
Expiação
É o mecanismo psíquico de cobrança. O sujeito se vê cobrado a pagar pelos seus erros no exato momento em que os comete, com esperança na crença de que o erro será imediatamente ou magicamente anulado.
Fantasia
Nesse mecanismo de defesa, o individuo cria uma situação em sua mente que é capaz de eliminar o desprazer iminente, mas que, na realidade, é impossível de se concretizar. É uma espécie de teatro mental onde o indivíduo protagoniza uma história diferente daquela que vive na realidade, onde seus desejos não podem ser satisfeitos. Nessa realidade criada, o desejo é satisfeito e a ansiedade diminuída. Os exemplos de fantasia são: os sonhos diurnos, ou fantasias conscientes, as fantasias inconscientes, que são decorrentes de algum recalque e as chamadas fantasias originárias.
Formação Reativa
É um mecanismo caracterizado pela aderência a um pensamento contrário àquele que foi, de alguma forma, recalcado. Na formação reativa, o pensamento recalcado se mantém como conteúdo inconsciente. As formações reativas têm a peculiaridade de se tornar uma alteração na estrutura da personalidade, colocando o indivíduo em alerta, como se o perigo estivesse sempre presente e prestes a destruí-lo. Um exemplo, uma pessoa com comportamentos homofóbicos, que na verdade, sente-se atraído por pessoas do mesmo sexo.
Identificação
É o mecanismo baseado na assimilação de características de outros, que se transformam em modelos para o individuo. Esse mecanismo é a base da constituição da personalidade humana. Como exemplo podemos citar o momento em que as crianças assimilam características parentais, para posteriormente poderem se diferenciar. Esse momento é importante e tem valor cognitivo à medida que permite a construção de uma base onde a diferenciação pode ou não ocorrer.
Isolamento
É o mecanismo em que um pensamento ou comportamento é isolado dos demais, de forma que fica desconectado de outros pensamentos. É uma defesa bastante comum em casos de neurose obsessiva. Os exemplos desse mecanismo são diversos, como rituais, fórmulas e outras ideias que buscam a cisão temporal com os demais pensamentos, na tentativa de defesa contra a pulsão de se relacionar com outro.
Negação
É a defesa que se baseia em negar a dor, ou outras sensações de desprazer. É considerado um dos mecanismos de defesa menos eficazes. Podemos citar como exemplo o comportamento de crianças de “mentir”, negando ações que realizaram e que gerariam castigos.
Projeção
Resumidamente, podemos dizer que é o deslocamento de um impulso interno para o exterior, ou do indivíduo para outro. Os conteúdos projetados são sempre desconhecidos da pessoa que projeta, justamente porque tiveram de ser expulsos, para evitar o desprazer de tomar contato com esses conteúdos. Um exemplo é uma mulher que se sente atraída por outra mulher, mas projeta esse sentimento no marido, gerando a desconfiança de que será traída, ou seja, de que a atração é sentida pelo marido. Além desse, outros exemplos de projeção podem estar na causa de preconceitos e violência.
Regressão
É o processo de retorno a uma fase anterior do desenvolvimento, onde as satisfações eram mais imediatas, ou o desprazer era menor. Um exemplo é o comportamento de crianças que, na dificuldade em seus relacionamentos com outras crianças, retornam, por exemplo, a fase oral e retomam o uso de chupetas, ou ainda, comem excessivamente.
Mecanismos de defesa de Freud Mecanismo de defesa Explicação Exemplo 
Repressão Impulsos inaceitáveis ou desagradáveis são forçados a voltar para o inconsciente. Uma mulher não consegue se lembrar de que foi violentada. 
Regressão As pessoas comportam-se como se estivessem em um estágio anterior do desenvolvimento. Um chefe tem um ataque de raiva quando um empregado comete um erro. 
Deslocamento A expressão de um sentimento ou pensamento indesejado é redirecionada de uma pessoa poderosa mais ameaçadora para uma mais fraca. Um irmão grita com a irmã mais moça depois de receber da professora uma nota ruim. 
Racionalização As pessoas dão explicações de autojustificação no lugar da razão verdadeira, mas ameaçadora, para seu comportamento. Um estudante que sai para beber na noite anterior a um grande teste racionaliza seu comportamento dizendo que o teste não é assim tão importante.
 Negação A pessoa recusa-se a aceitar ou a reconhecer uma informação que produz ansiedade. Um estudante recusa-se a acreditar que foi reprovado em um curso. 
Projeção As pessoas atribuem impulsos e sentimentos indesejados a outra pessoa. Um homem que é infiel à esposa e sente-se culpado suspeita que a esposa é infiel. 
Sublimação As pessoas desviam impulsos indesejados para pensamentos, sentimento ou comportamentos aprovados socialmente. Um indivíduo com fortes sentimentos de agressão torna-se um soldado. 
Formação reativa. Os impulsos inconscientes são expressos como seu oposto na consciência. Uma mãe que inconscientemente é ressentida com o filho age de forma extremamente amorosa com ele
OS PSICANALISTAS NEOFREUDIANOS: BASEANDO-SE EM FREUD
Freud lançou as bases para o importante trabalho realizado por vários de sucessores que foram treinados na teoria freudiana tradicional, mas que posteriormente rejeitaram alguns de seus pontos principais. Esses teóricos são conhecidos como psicanalistas neofreudianos. Os neofreudianos atribuíram maior ênfase do que Freud às funções do ego, propondo que ele tem mais controle do que o id sobre as atividades do dia a dia. Centraram-se mais no ambiente social e minimizaram a importância do sexo como uma força motriz na vida das pessoas. Também prestaram mais atenção aos efeitos da sociedade e da cultura no desenvolvimento da personalidade.
O inconsciente coletivo de Jung Carl Jung (pronuncia-se “iung”), um dos neofreudianos mais influentes, rejeitou a visão de Freud da importância primária dos impulsos sexuais inconscientes. Em vez disso, ele se voltou para os impulsos primitivos do inconsciente de forma mais positiva e defendeu que eles representavam uma força vital mais geral e positiva que abrange um impulso inato que motiva a criatividade e a resolução mais positiva dos conflitos (Lothane, 2005; Cassells, 2007; Wilde, 2011). Jung sugeriu que temos um inconsciente coletivo universal, um conjunto de ideias, imagens e símbolos comuns que herdamos de nossos parentes, de toda a raça humana e inclusive de ancestrais animais não humanos do passado distante. Esse inconsciente coletivo é compartilhado por todos e exibido no comportamento que é comum nas diversas culturas – como o amor de mãe, a crença em um ser supremo e até mesmo comportamentos tão específicos como o medo de cobras (Drob, 2005; Hauke, 2006; Finn, 2011).
Inconsciente Coletivo; De acordo com Jung, um conjunto de ideias, sentimentos, imagens e símbolos comuns que herdamos de nossos ancestrais, de toda a raça humana e inclusive de ancestrais animais do passado distante. Arquétipos De acordo com Jung, representaçõessimbólicas universais de uma pessoa, objeto ou experiência particular (como o bem e o mal). 
Embora nenhuma evidência de pesquisa confiável confirme a existência do inconsciente coletivo – e até mesmo Jung tenha reconhecido que tais evidências seriam difíceis de produzir –, sua teoria teve influência significativa em áreas além da psicologia. Por exemplo, os tipos de personalidade derivados da abordagem de Jung da personalidade formam a base para o teste de personalidade de Myers-Briggs, o qual é amplamente utilizado no comércio e na indústria para ter conhecimento de como os empregados tomam decisões e realizam seu trabalho (Bayne, 2005; Furnham & Crump, 2005; Wilde, 2011).
Perspectiva Neofreudiana de Horney / Karen Horney (pronunciado “rornai”) foi uma das primeiras psicólogas a defender as questões femininas e, por vezes, é aludida como a primeira psicóloga feminista. Horney sugeriu que a personalidade desenvolve-se no contexto das relações sociais e depende particularmente da relação entre os pais e o filho e do quanto as necessidades da criança são atendidas. Ela rejeitou a sugestão de Freud de que as mulheres têm inveja do pênis; afirmou, em vez disso, que as mulheres mais invejam nos homens não é sua anatomia, mas a independência, o sucesso e a liberdade que frequentemente são negados a elas (Horney, 1937; Smith, 2007; Coolidge et al., 2011).
Adler e outros neofreudianos Alfred Adler, outro psicanalista neofreudiano importante, também considerou a ênfase da teoria freudiana nas necessidades sexuais equivocada. Em vez disso, Adler propôs que a motivação primária humana é uma luta pela superioridade, não em termos de superioridade sobre os outros, mas uma busca pelo autoaperfeiçoamento e pela perfeição
Adler usou a expressão complexo de inferioridade para descrever adultos que não conseguiram superar os sentimentos de inferioridade que desenvolveram quando crianças. As relações sociais precoces com os pais têm um efeito importante na capacidade das crianças de ultrapassar os sentimentos de inferioridade pessoal e, então, orientarem-se para alcançar objetivos socialmente mais úteis, como melhorar a sociedade. 
Outros neofreudianos incluem Erik Erikson, cuja teoria do desenvolvimento psicossocial discutimos em módulos anteriores, e a filha de Freud, Anna Freud. Assim como Adler e Horney, eles abordaram menos do que Freud os impulsos sexuais e agressivos inatos e mais os fatores sociais e culturais que estão por trás da personalidade.
33.2 ABORDAGENS DO TRAÇO, DA APRENDIZAGEM, BIOLÓGICA E EVOLUCIONISTA E HUMANISTA DA PERSONALIDADE
Os psicólogos da personalidade fizeram perguntas semelhantes. Para respondê-las, eles desenvolveram um modelo de personalidade conhecido como teoria do traço. A teoria do traço procura explicar de maneira simples as constâncias do comportamento de um indivíduo. Os traços são características de personalidade e comportamentos constantes exibidos em diferentes situações
Teoria do traço de Allport: identificando as características básicas
Todas as teorias do traço explicam a personalidade em termos de traços (características de personalidade e comportamentos constantes), porém elas diferem em termos de quais e quantos traços são vistos como fundamentais. Allport por fim respondeu a essa questão sugerindo que havia três categorias fundamentais de traços: cardinais, centrais e secundários (Allport, 1961, 1966). Um traço cardinal é uma característica única que direciona a maior parte das atividades de uma pessoa direcionamento para uma atividade exclusiva, tipo um trabalho humanitário e uma sede de poder alcançar algo com certos grau de dificuldade. Traços centrais, como honestidade e sociabilidade, são as características principais de um indivíduo; eles comumente são de 5 a 10 em uma pessoa. Por fim, os traços secundários são características que afetam o comportamento em menos situações e são menos influentes do que os traços centrais ou cardinais. Por exemplo, a relutância em comer carne e o amor pela arte moderna seriam considerados traços secundários .
Cattel e Eysenck: fatorando a personalidade Eysenck descreveu a personalidade em três dimensões principais: extroversão, neuroticismo e psicoticismo. Usando essas dimensões, ele conseguiu predizer o comportamento das pessoas em muitos tipos de situações.
Extroversão  Sociável  Animado  Ativo  Assertivo  Empenhado na busca de sensações Neuroticismo • Ansioso • Deprimido • Sentimentos de culpa • Baixa autoestima • Tenso Psicoticismo • Agressivo • Frio • Egocêntrico • Impessoal • Impulsivo
 Hans Eysenck concluiu que a personalidade poderia ser mais bem-descrita em termos de três dimensões principais: extroversão, neuroticismo e psicoticismo. A dimensão da extroversão relaciona-se ao grau de sociabilidade, enquanto a dimensão do neuroticismo inclui a estabilidade emocional. Por sua vez, o psicoticismo refere-se ao grau em que a realidade é distorcida
Os cinco grandes traços, chamados de “Big Five”, são considerados a essência da personalidade
Os cinco grandes fatores da personalidade e as dimensões de amostra dos traços Abertura para a experiência Independente – Adaptado; Imaginativo – Prático Preferência pela variedade – Preferência pela rotina 
Socialização Compassivo – Atribui culpas; Gentil – Frio, Grato – Hostil
 Realização ou escrupulosidade Cuidadoso – Descuidado, Disciplinado – Impulsivo Organizado – Desorganizado 
Neuroticismo Estável – Tenso; Calmo – Ansioso; Seguro – Inseguro
 Extroversão Falante – Quieto; Gosta de diversão – Sóbrio; Sociável – Retraído
Os Big Five emergem de forma consistente em inúmeros domínios. Por exemplo, a análise de fatores dos principais inventários de personalidade, as medidas de autorrelato feitas por observadores dos traços de personalidade dos outros e as checklists de autodescrições produzem fatores similares. Além disso, os Big Five emergem em diferentes populações de indivíduos, incluindo crianças, universitários, adultos idosos e pessoas que falam diferentes línguas.
(Schmitt 200) fala que: os cinco grandes traços de personalidade estão relacionados à maneira como o cérebro processa a informação.
Avaliando as abordagens do traço de personalidade. 
As abordagens do traço têm várias virtudes. Elas fornecem uma explicação clara e simples das consistências comportamentais das pessoas. Além disso, os traços permitem que comparemos prontamente uma pessoa com outra. Devido a essas vantagens, as abordagens do traço de personalidade tiveram uma influência importante no desenvolvimento de várias medidas úteis da personalidade (Funder, 1991; Wiggins, 2003; Larsen & Buss, 2006; ver também Aplicando a Psicologia no Século XXI, na p. 398). Entretanto, as abordagens do traço também apresentam algumas desvantagens. Por exemplo, já vimos que várias teorias do traço que descrevem a personalidade chegam a conclusões muito diferentes sobre quais traços são os mais fundamentais e descritivos. A dificuldade na determinação de qual das teorias é a mais precisa levou alguns psicólogos da personalidade a questionar a validade das concepções do traço da personalidade em geral. Na verdade, existe uma dificuldade ainda mais fundamental com as abordagens do traço. Mesmo que consigamos identificar um grupo de traços primários, ainda nos restará pouco mais que um rótulo ou descrição da personalidade – em vez de uma explicação do comportamento. Se dizemos que alguém que doa dinheiro para a caridade possui o traço de generosidade, não sabemos por que aquela pessoa tornou-se generosa em primeiro lugar ou as razões para exibir generosidade em uma situação específica. Em vista de algumas críticas, os traços não oferecem explicações para o comportamento; eles meramente o descrevem
Abordagens da aprendizagem: somos o que aprendemos: abordagens sociocognitivas da personalidade Teorias que enfatizam a influência das cognições de uma pessoa – pensamentos, sentimentos, expectativas e valores –, bem como a observação dos outros, na determinação da personalidade
De acordo com o mais influente teórico da aprendizagem, B.F. Skinner (que realizou um trabalho pioneiro sobre condicionamento operante), a personalidade é uma coleção de padrões comportamentais aprendidos (Skinner, 1975). As semelhanças nas respostas em diferentes situações são causadas por padrões similares de reforço que foram recebidos em tais situações no passado. Se sou sociável em festas e reuniões, é porque fui reforçado para exibir comportamentos sociais – não porque estou satisfazendo um desejo inconsciente com base em experiências durante a minha infância ou porque tenho um traço interno de sociabilidade.
Os teóricos rigorosos da aprendizagem como Skinner estão menos interessados nas constâncias do comportamento entre as situações do que nas formas de modificação do comportamento. Sua visão é de que os humanos são infinitamente mutáveis por meio do processo de aprendizagem de novos padrões de comportamento. Se formos capazes de controlar e modificar os padrões dos reforçadores em uma situação, o comportamento que outros teóricos veriam como estáveis e inflexíveis poderão ser modificados e, em última análise, melhorados. Os teóricos da aprendizagem são otimistas em suas atitudes sobre o potencial para a resolução de problemas pessoais e sociais por meio de estratégias de tratamento baseadas na teoria da aprendizagem
ABORDAGENS SOCIOCOGNITIVAS DA PERSONALIDADE ( aprendendo , com os outros) sentimentos, expectativas e valores –, bem como a observação dos outros, na determinação da personalidade Teorias que enfatizam a influência das cognições de uma pessoa – pensamentos, aprendendo com a convivência. 
De acordo com Albert Bandura, um dos principais proponentes desse ponto de vista, as pessoas podem antever os possíveis resultados de certos comportamentos em um contexto específico sem, na verdade, terem de executá-los. Esse entendimento provém sobretudo da aprendizagem observacional – vendo as ações dos outros e observando as consequências (Bandura, 1986, 1999).
Autoeficácia Crença de que temos as capacidades pessoais para dominar uma situação e produzir resultados positivos. Em última análise, alcançar maior sucesso do que aqueles com autoeficácia mais baixa (Bandura & Locke, 2003; Betz, 2007; Dunlop, Beatty, & Beauchamp, 2011). Como desenvolvemos a autoeficácia? Uma das maneiras é prestando muita atenção em nossos sucessos e fracassos anteriores. 
Outro teórico cognitivo, Walter Mischel, propõe uma abordagem da personalidade diferente da de Albert Bandura. Ele rejeita a visão de que a personalidade consiste em traços amplos que levam a constâncias substanciais no comportamento em diferentes situações. Em vez disso, ele vê a personalidade como consideravelmente mais variável de uma situação para outra (Mischel, 2009).
Autoestima Componente da personalidade que abrange nossas autoavaliações positivas e negativas. Autoestima é o componente da personalidade que abrange nossas autoavaliações positivas e negativas. Ao contrário da autoeficácia, que enfatiza nossa visão de se somos capazes de realizar uma tarefa, a autoestima relaciona-se a como nos sentimos sobre nós mesmos. Ainda que as pessoas tenham um nível geral de autoestima, ele não é unidimensional. Podemos nos ver positivamente em um domínio, mas negativamente em outro. Por exemplo, um bom aluno pode ter alta autoestima nos domínios acadêmicos, mas autoestima mais baixa nos esportes (Salmela-Aro & Nurmi, 2007; Gentile et al., 2009; Gadbois & Sturgeon, 2011).
Aplicando a Psicologia no Século XXI A geração auto-obcecada?
O que poderia produzir o aumento no narcisismo entre os jovens americanos? Um pesquisador aponta para as mídias de redes sociais. Em anos recentes, tornou-se típico que os jovens autopromovam-se em perfis cuidadosamente editados. 
Os aspectos mais mundanos de sua vida diária são vistos como merecedores de serem transmitidos para o mundo, seja pelo Twitter, pelo Facebook ou por vídeos no YouTube. Outra explicação é que os pais podem estar cada vez mais estimulando o sentimento de autoimportância dos filhos, protegendo-os de situações em que eles poderiam fracassar (Twenge & Foster, 2010; Dingfelder, 2011). A questão é mostrar que algumas pessoas estão auto-obcecadas. Algo do tipo: “Assistindo à TV agora”, ou “Lavando à minha roupa”
O ciclo da baixa autoestima começa com um indivíduo que já tem baixa autoestima. Em consequência, a pessoa terá baixas expectativas de desempenho e espera fracassar em um teste, produzindo, assim, ansiedade e um esforço reduzido. Como resultado, a pessoa realmente irá fracassar e o fracasso, por sua vez, reforça a baixa autoestima.
Abordagens biológica e evolucionista: nascemos com personalidade?
Abordando a questão do que determina a personalidade a partir de uma visão diferente, as abordagens biológica e evolucionista defendem que importantes componentes da personalidade são herdados. Com base no trabalho dos geneticistas comportamentais, os pesquisadores que empregam as abordagens biológica e evolucionista argumentam que a personalidade é determinada, ao menos em parte, por nossos genes de forma muito parecida como nossa altura é em grande parte resultado das contribuições genéticas de nossos ancestrais. A perspectiva evolucionista pressupõe que os traços de personalidade que levaram à sobrevivência e o sucesso reprodutivo de nossos ancestrais têm mais probabilidade de ser preservados e transmitidos para as gerações posteriores (Buss, 2001, 2009; Buss, 2011).
Avaliando as abordagens da aprendizagem da personalidade Visto que ignoram os processos internos que são unicamente humanos, os teóricos da aprendizagem tradicionais como Skinner foram acusados de simplificar excessivamente a personalidade até um ponto em que o conceito torna-se sem significado. Seus críticos alegam que a redução do comportamento a uma série de estímulos e respostas e a exclusão dos pensamentos e sentimentos do território da personalidade leva os behavioristas a praticar uma modalidade irrealista e inadequada de ciência.
Abordagens biológica e evolucionista da personalidade Teorias que propõem que importantes componentes da personalidade são herdados. 
Alerta de estudo Lembre-se de que as abordagens biológica e evolucionista analisam a forma pela qual a herança genética das pessoas afeta a personalidade
Está cada vez mais claro que as raízes da personalidade adulta emergem nos primeiros períodos de vida. Os bebês nascem com um temperamento específico, um estilo comportamental inato e característico de responder. O temperamento abrange várias dimensões, incluindo o nível de atividade geral e o humor. Por exemplo, alguns indivíduos são muito ativos, enquanto outros são relativamente calmos. De modo similar, alguns são relativamente descontraídos, enquanto outros são irritáveis, facilmente perturbados e difíceis de acalmar. O temperamento é consistente, com estabilidade significativa desde a infância até a adolescência (Wachs et al., 2004; Kagan et al., 2007; evans & rothbart, 2007, 2009; hori et al., 2011).
ABORDAGENS HUMANISTAS: SUA SINGULARIDADE. Em todas as abordagens da personalidade que discutimos, onde está uma explicação para a santidade de uma Madre Tereza, a criatividade de um Michelangelo e o brilhantismo e perseverança de um Einstein? Uma compreensão desses indivíduos singulares – bem como os tipos mais comuns de pessoas que têm alguns dos mesmos atributos – provém da teoria humanista. De acordo com as teorias humanistas, todas as abordagens da personalidade que discutimos compartilham uma percepção errônea em suas visões da natureza humana. As abordagens humanistas da personalidade enfatizam a bondade inerente das pessoas e sua tendência a avançar para níveis mais elevados de funcionamento. É essa capacidade consciente e automotivada de mudar e melhorar, junto a impulsos criativos únicos das pessoas, que os teóricos humanistas argumentam que compõem a essência da personalidade
Rogers e a necessidade de autoatualização O principal proponente da perspectiva vista humanista é Carl Rogers (1971). Com outros teóricos humanistas como Abraham Maslow, Rogers defende que todasas pessoas têm uma necessidade fundamental de autoatualização, um estado de autorrealização em que elas percebem seu mais alto potencial, cada uma de maneira única. Ele propõe ainda que os indivíduos desenvolvem uma necessidade de atenção positiva que reflete o desejo de ser amado e respeitado.
Abordagens humanistas da personalidade Teorias que enfatizam a bondade inata das pessoas e o desejo de alcançar níveis superiores de funcionamento.
 autoatualização Estado de autorrealização em que as pessoas percebem seu mais alto potencial, cada uma de maneira única
Aceitação positiva incondicional A atitude de aceitação e respeito por parte de um observador, independentemente do que uma pessoa diga ou faça.
De acordo com a visão humanista de Carl Rogers, as pessoas têm uma necessidade básica de serem amadas e respeitadas. Se receber aceitação positiva incondicional dos outros, você desenvolverá um autoconceito mais realista; porém, se a resposta for condicional, ela poderá levar a ansiedade e frustração.
Avaliando as abordagens humanistas Embora as teorias humanistas destaquem o valor de oferecer aceitação positiva incondicional para as pessoas, a aceitação positiva incondicional em relação às teorias humanistas tem estado menos disponível. As críticas centram-se na dificuldade de verificar os pressupostos básicos da abordagem e também na questão de se a aceitação positiva incondicional de fato leva a uma maior adaptação da personalidade.
Comparando as abordagens da personalidade 
À luz das múltiplas abordagens que discutimos, você pode estar se perguntando qual das teorias oferece a descrição mais precisa da personalidade. Essa pergunta não pode ser respondida precisamente. Cada teoria está fundamentada em diferentes pressupostos e aborda aspectos um pouco diferentes da personalidade. Além disso, não existe uma maneira clara de testar cientificamente as várias abordagens e suas suposições na comparação de umas com as outras. Dada a complexidade de cada indivíduo, parece razoável pressupor que a personalidade pode ser vista a partir de inúmeras perspectivas simultaneamente (Pervin, 2003).
AVALIANDO A PERSONALIDADE: DETERMINANDO O QUE NOS TORNA DIFERENTES
Você tem necessidade de que outras pessoas gostem de você e o admirem. 
Você tem tendência a ser crítico consigo mesmo. 
Você tem muito potencial não utilizado que você não transformou a seu favor.
 Embora você tenha alguns pontos fracos em sua personalidade, você geralmente consegue compensá-los. 
Relacionar-se com pessoas do sexo oposto apresentou problemas para você.
 Embora você pareça disciplinado e autocontrolado com os outros, tende a ser ansioso e inseguro por dentro.
 Às vezes, você tem sérias dúvidas sobre se tomou a decisão certa ou se fez a coisa certa. Você prefere certa quantidade de mudanças e variedade e fica insatisfeito quando está cerceado por restrições e limitações. 
Você não aceita as declarações dos outros sem uma prova consistente. 
Você acha imprudente ser muito franco ao se revelar para os outros. 
Se você acha que essas afirmações apresentam um relato surpreendentemente preciso de sua personalidade, você não está sozinho: a maioria dos universitários considera que essas descrições são adequadas para eles. De fato, as afirmações foram preparadas intencionalmente para serem tão vagas que se apliquem a quase todas as pessoas (Forer, 1949; Russo, 1981).
 A facilidade com que podemos concordar com essas afirmações imprecisas salienta a dificuldade de se chegar a avaliações precisas e significativas a respeito da personalidade das pessoas. Os psicólogos interessados na avaliação da personalidade precisam definir as formas mais significativas de discriminar entre a personalidade de uma pessoa e a de outra. Para fazer isso, eles usam testes psicológicos, medidas padronizadas elaboradas para avaliar o comportamento objetivamente.
Testes psicológicos Medidas padronizadas elaboradas para avaliar o comportamento objetivamente; usados pelos psicólogos para ajudar as pessoas a tomar decisões sobre suas vidas e a compreender mais sobre si mesmas. Alerta de estudo A distinção entre confiabilidade e validade é importante. Por exemplo, um teste que mede a confiança é confiável se ele produz os mesmos resultados cada vez que é administrado, enquanto é válido se medir a confiança com precisão.
MEDIDAS DE AUTORRELATO DA PERSONALIDADE
Medidas de Autorrelato Método de reunião de dados sobre as pessoas, fazendo-lhes perguntas sobre uma amostra de seu comportamento. Inventário Multifásico de Personalidade de Minnesota-2 (MMPI-2) Teste de autorrelato amplamente usado que identifica pessoas com transtornos psicológicos e que é empregado para predizer alguns comportamentos do dia a dia.
TESTE PROJETIVO DE PERSONALIDADE Teste no qual se mostra a uma pessoa um estímulo ambíguo e solicita- -lhe que o descreva ou conte uma história a seu respeito.
MÉTODO DE RORSCHACH Teste que envolve a apresentação de uma série de estímulos visuais simétricos às pessoas, as quais então são solicitadas a dizer o que aquelas figuras representam para elas É um questionário, muito utilizado nos processos de avaliação psicológica, que usa cartões com manchas de tinta para identificar traços da personalidade de uma pessoa. Durante o teste, o psicólogo observa o comportamento geral do paciente: percepção, postura, atenção, memória, lógica etc. Também são levados em conta dezenas de detalhes, como o tempo de reação, o número de respostas e a área da imagem interpretada 
Teste de Apercepção Temática (TAT) Teste que consiste em uma série de figuras sobre as quais uma pessoa é solicitada a escrever uma história.
Se lhe fosse mostrada a forma apresentada na Figura 3 e se lhe perguntassem o que representava, você poderia achar que suas impressões não significariam muito. Contudo, para um teórico psicodinâmico, suas respostas a essa figura ambígua forneceria indícios valiosos do estado de seu inconsciente e das características gerais de sua personalidade. A forma na figura é representativa de borrões de tinta usados nos TESTES PROJETIVOS DE PERSONALIDADE, nos quais se mostra a uma pessoa um estímulo ambíguo e solicita-lhe que o descreva ou conte uma história a seu respeito. As respostas são consideradas como “projeções” da personalidade do indivíduo. 
O teste projetivo mais conhecido é o MÉTODO DE RORSCHACH. Elaborado pelo psiquiatra suíço Hermann Rorschach (1924), o teste envolve a apresentação de uma série de estímulos simétricos semelhantes ao da Fig. 3 às pessoas a quem se pergunta o que as figuras representam para elas. Suas respostas são registradas, e as pessoas são classificadas pelo tipo de
AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL 
Se você fosse um psicólogo adepto de uma abordagem da aprendizagem da personalidade, provavelmente contestaria a natureza indireta dos testes projetivos. Em vez disso, estaria mais inclinado a usar a avaliação comportamental – medidas diretas do comportamento de um indivíduo elaboradas para descrever características indicativas da personalidade. Como ocorre com a pesquisa observacional, a avaliação comportamental pode ser realizada naturalisticamente, observando-se as pessoas em seu ambiente: no local de trabalho, em casa ou na escola. Em outros casos, a avaliação comportamental ocorre no laboratório sob condições controladas em que um psicólogo estabelece uma situação e observa o comportamento de um indivíduo (Ramsay, Reynolds, & Kamphaus, 2002; Gladwell, 2004; Miller & Leffard, 2007). Independentemente do contexto em que o comportamento é observado, é feito um esforço para assegurar que a avaliação comportamental seja realizada de modo objetivo e quantifique o comportamento tanto quanto possível. Por exemplo, um observador pode registrar o número de contatos sociais que uma pessoa inicia, o número de perguntas feitas ou o número de atos agressivos. Outro método é medir a duração dos eventos: a duração do ataque de raiva de uma criança, a duração de uma conversa, a quantidade de tempo passado trabalhando ou o tempo gasto em comportamento cooperativo. A avaliação comportamentalé em especial apropriada para observação – e eventualmente correção – de dificuldades comportamentais específicas, como a timidez nas crianças. Ela oferece um meio de avaliar a natureza específica e a incidência de um problema e posteriormente permite que os psicólogos determinem se as técnicas de intervenção foram bem-sucedidas
REFERENCIAS
Feldman, Robert S. Introdução à psicologia [recurso eletrônico] / Robert S. Feldman ; tradução: Daniel Bueno, Sandra Maria Mallmann da Rosa ; revisão técnica: Maria Lucia Tiellet Nunes. – 10. ed. – Porto Alegre : AMGH, 2015.
FERRARI, Juliana Spinelli. "Mecanismos de Defesa"; Brasil Escola.Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/mecanismos-defesa.htm. Acesso em 05 de julho de 2021
CLAUDIA ABRIL, Afinal, o que Freud e a psicanálise têm a ver com as mulheres?; Disponível em: https://claudia.abril.com.br/sua-vida/afinal-o-que-freud-e-a-psicanalise-tem-a-ver-com-as-mulheres/

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