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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 1º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 2 I. Habeas Corpus e seu Processo ............................................................................................................................................. 2 2º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 4 I. Coação Ilegal ......................................................................................................................................................................... 4 3º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 7 I. Procedimento dos Crimes de Responsabilidade do Funcionário ........................................................................................... 7 4º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 9 I. Disposições Constitucionais Aplicáveis ao Processo Penal ................................................................................................... 9 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. HABEAS CORPUS E SEU PROCESSO Algumas doutrinas entendem que teria o HC nascido no Direito Romano. Magna Carta (1215): A carta de João sem Terra foi a que deu a forma mais expressiva ao HC, semelhante ao formato que possui hoje. Habeas Corpus ACT (1679 e 1816). Brasil. • No Brasil, apareceu expressamente no código criminal de 1832. • Lei 2.003 - estendeu o HC para os estrangeiros. 1891 - HC Brasileiro: nessa época o HC abrangia qualquer direito líquido e certo. 1926 - Liberdade de locomoção. 1934 - HC e Mandado de Segurança (criação do Mandado de Segurança). Lei 2003 - Estrangeiro. NATUREZA JURÍDICA É um remédio constitucional. Ação de conhecimento de caráter fundamental. Não é recurso. Ação autônoma de impugnação. PEDIDOS Meramente declaratório (extinção da punibilidade). Constitutivo (anulação da sentença). Condenatório (condena nas custas aquele que agiu de má-fé no cerceamento da liberdade). ESPÉCIES Liberdade ou repressivo (efetivamente preso). Preventivo (ameaça de prisão ou detenção) Expede-se o salvo conduto HC para trancamento de ação ou inquérito. LEGITIMIDADE Qualquer pessoa (não somente o cidadão como no caso da ação popular). Em seu favor ou de outrem. HC de ofício pelo juiz (pode/deve). HC coletivo? Não é possível por falta de previsão legal. O STF já se manifestou pela possibilidade do mandado de injunção coletivo. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Capacidade postulatória: Não há necessidade. Punições disciplinares militares: Não é cabível para discutir o mérito da punição, mas é cabível para se discutir a legalidade. Pena de exclusão de militar ou de perda de patente: Não é cabível HC. HC após o transito em julgado. É cabível HC. HC após a extinção da pena privativa de liberdade Não é cabível. Súmula 695 do STF: Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. Decisão condenatória à pena de multa (dívida ativa). Não é cabível. Súmula 693 do STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. HC em favor de pessoa jurídica. Não é cabível, pois pessoa jurídica não sofre coação à liberdade de locomoção. HC por causa do Art. 28 da lei 11.343/06 (usuário de drogas). Não há a possibilidade de pena privativa de liberdade por causa do crime de usuário previsto no artigo 28 da lei de drogas, portanto não é cabível Habeas Corpus por causa do crime do usuário. Medida cautelar de recolhimento domiciliar. É cabível HC. EXERCÍCIO 1. Em relação ao habeas corpus, assinale a opção CORRETA: a) Será concedido sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. b) Não será concedido em favor de quem já se encontra preso. c) Não será concedido em favor de quem já foi condenado por sentença transitada em julgado. d) Não será concedido a pessoa estrangeira de passagem pelo Brasil. e) Será concedido desde que respeitado seu prazo para a propositura. GABARITO 1 - A Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. COAÇÃO ILEGAL Rol exemplificativo - numerus apertus. 1. Não houver justa causa. Falta de lastro probatório mínimo. Possibilidade da Prisão: Flagrante. Ordem escrita e fundamentada - salvo transgressões militares de crime propriamente militar. Inquérito Policial - materialidade e indício de autoria. HC para trancamento. 2. Alguém estiver preso por mais tempo que determina a lei. Prisão temporária: 05 dias + 05 dias. 30 dias + 30dias (em caso de crime hediondo). Prisão definitiva Pena já cumprida e réu ainda preso. Súmula 21 STJ: Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução. Súmula 52 STJ: Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento por excesso de prazo. Excesso de prazo provocado pela defesa. Não enseja a aplicação de HC. 3. Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo. 4. Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação. 5. Quando não for alguém admitido a prestar fiança nos casos em que a lei autoriza. 6. Quando o processo foi manifestamente nulo. 7. Quando extinta a punibilidade. FORMALIDADE DO PEDIDO 1. Nome do paciente e do coator. 2. Espécie de constrangimento. 3. Assinatura do impetrante. Telegrama, radiograma, telex ou até telefone. COMPETÊNCIA Autoridade jurisdicional hierarquicamente superior à autoridade coatora. Juiz de direito TJ. Juiz Federal TRF. Ato do TJ e TRF STJ. Ato de promotor de justiça Juiz de Direito. Caso seja promotor que atua perante ao tribunal, a competência será do STJ. Ato do MPDFT Entendem os tribunais superiores que a competência é do TRF e não TJDFT. Decisão de Turma Recursal: Súmula 690 STF - Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de habeas corpus contra decisão de turma recursal de juizados especiais criminais. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Importante: A súmula 690 está ultrapassada,pois entende o STF que o julgamento de Habeas Corpus contra ato de decisão de turma recursal deverá ser julgado pelo tribunal de justiça, se for juizado especial criminal federal o julgamento será de competência do TRF. PROCEDIMENTO Recebida a petição Intimação do MP. 1º grau: Não intima (será intimado da decisão para que possa recorrer). Tribunal: Intima-se o MP. Assistente de acusação. Não participa do procedimento de Habeas Corpus. Requisição de informação da autoridade coatora. Tribunal: Tem previsão para requisição de informações 1º grau: Não há previsão para requisição, mas é usualmente feita. Recurso: Concessão de HC. • No caso de concessão de HC cabe Recurso em Sentido Estrito (RESE) pelo MP. Decisão que negar o HC. • Cabe Recurso em Sentido Estrito pela defesa. Reexame necessário/recurso de oficio: Nos casos de Habeas Corpus é necessário o envio dos autos para o tribunal. HC em 2ª Instância. • Caso o HC seja negado em segunda instância cabe ROC (recurso ordinário constitucional) ao STJ. HC originário de tribunal superior. • No caso cabe ROC ao STF. O juiz, se julgar necessário, e estiver preso o paciente, mandará que este lhe seja imediatamente apresentado em dia e hora que designar. Condutor (mandado de prisão). 1. Grave enfermidade (juiz vai ao local). 2. Não estar ele sob a guarda da pessoa a quem se atribuiu a detenção. 3. Comparecimento não tiver sido determinado pelo juiz ou tribunal. Art. 656. Recebida a petição de habeas corpus, o juiz, se julgar necessário, e estiver preso o paciente, mandará que este Ihe seja imediatamente apresentado em dia e hora que designar. Parágrafo único. Em caso de desobediência, será expedido mandado de prisão contra o detentor, que será processado na forma da lei, e o juiz providenciará para que o paciente seja tirado da prisão e apresentado em juízo. Art. 657. Se o paciente estiver preso, nenhum motivo escusará a sua apresentação, salvo: I. Grave enfermidade do paciente; II. Não estar ele sob a guarda da pessoa a quem se atribui a detenção; III. Se o comparecimento não tiver sido determinado pelo juiz ou pelo tribunal. Parágrafo único. O juiz poderá ir ao local em que o paciente se encontrar, se este não puder ser apresentado por motivo de doença. Art. 659. Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou coação ilegal, julgará prejudicado o pedido. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. PREFERÊNCIA E PRAZO A ação de Habeas Corpus terá preferência às demais e não possui prazo para que seja impetrada, desde que a coação à liberdade ainda exista. Gratuidade: De acordo com a Constituição Federal o HC será gratuito. EXERCÍCIOS Acerca de prisão e de habeas corpus, julgue o item a seguir. 1. Considera-se coação ilegal, passível de habeas corpus, a manutenção do acusado em cárcere quando houver cessado o motivo que autorizou a coação. 2. No caso de habeas corpus repressivo, se o juiz verificar, antes do julgamento do pedido de liminar, que a coação ilegal já cessou, não poderá julgar prejudicado o pedido, devendo enfrentar o mérito, tendo em vista que a coação ilegal representa violação a direito humano fundamental e pode vir a se repetir. GABARITO 1 - CORRETO 2 - ERRADO Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. PROCEDIMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO FUNCIONÁRIO Quais crimes de responsabilidade. Peculato, concussão, corrupção passiva, prevaricação, condescendência criminosa. Nos crimes comuns - procedimento comum. Tal procedimento não se aplica aos crimes inafiançáveis. Particular partícipe ou co-autor. Não se aplica. Procedimento de competência originária dos tribunais. Aplica-se o procedimento da lei 8.038/90. Crimes de menor potencial ofensivo. Juizado especial, mesmo sendo de procedimento especial salvo se enviado para o juízo comum. Resposta Preliminar: Oferecimento resposta preliminar (prazo de 15 dias) recebimento citação Ação Penal instruída por Inquérito Policial Súmula 330 do STJ - É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial. Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias. Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar. Defesa técnica por advogado. PAD é desnecessário. Súmula vinculante 5 do STF - A sanção do projeto supre a falta de iniciativa do Poder Executivo. A denuncia ou queixa será instruída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito ou declaração fundamentada da impossibilidade de apresentação de provas. Nos crimes afiançáveis, denúncia ou queixa em devida forma, o juiz manda autuá-la e ordena a notificação do acusado, para responder no prazo de 15 dias. Residência do acusado ou acusado fora da jurisdição. Nomeado defensor. Durante o prazo (15 Dias): Autos em cartório para acusação de defesa. A resposta poderá ser instruída com documentos ou justificações. Art. 515. No caso previsto no artigo anterior, durante o prazo concedido para a resposta, os autos permanecerão em cartório, onde poderão ser examinados pelo acusado ou por seu defensor. Parágrafo único. A resposta poderá ser instruída com documentos e justificações. Rejeição da denúncia ou queixa (RESE). Despacho fundamentado. Inexistência do crime ou improcedência da ação. Recebida a denúncia. Procedimento comum - 10 dias. • Nova resposta. • Absolvição sumária. Art. 516. O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedência da ação. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. EXERCÍCIOS 1. De acordo com o Código de Processo Penal, nos crimes de responsabilidade de funcionários públicos, quando afiançáveis, o prazo de resposta do acusado, antes do recebimento da denúncia ou queixa, é de: a) Trinta dias. b) Cinco dias. c) Dez dias. d) Vinte dias. e) Quinze dias. 2. No que concerne ao processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, assinale a opção correta. a) Na hipótese em que se fizer necessária, a apresentação de resposta preliminar escrita só será admissível se instruída com documentos e(ou) justificações. b) Recebida a denúncia ou a queixa, dispensa-se a citação do acusado, na medida em que se trata de procedimento especial, em que a citação não é ato obrigatório. c) Nos delitos afiançáveis, estando a denúncia ou a queixa em devida forma, dispensa-se a resposta preliminar na ação penal instruída por inquérito policial. d) É vedado ao juiz rejeitar a denúncia, ainda que convencido da inexistência do crime ou da improcedência da ação, permitindo-se apenas a absolvição sumária. e) A denúncia será necessariamente instruída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito. GABARITO 1 - E 2 - C Lei doDireito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO PROCESSO PENAL 1. Princípio da presunção de inocência ou do estado de inocência ou da situação jurídica de inocência ou da não culpabilidade. CF: ART. 5° LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; Decorrência desse princípio é que o ônus da prova cabe à acusação, cabendo-lhes provar que o fato é típico e de circunstâncias qualificadoras ou causas de aumento de pena. Caberá ao réu, no entanto, provar as excludentes da ilicitude, culpabilidade e as causas extintivas da punibilidade. Vale ressaltar que a acusação deverá trazer um juízo de certeza para que se condene o réu e, ao contrário, caso o réu crie uma dúvida sobre a existência de uma excludente, deverá o juiz sentenciar em favor do acusado. 2. Princípio da igualdade processual ou da paridade das armas - par conditio CF: Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Decorre desse princípio a necessidade de um advogado para defesa do acusado, exceto quando ele mesmo for advogado. Esse princípio se materializa sempre que para uma das partes for deferida uma oportunidade de se pronunciar no processo, devendo da mesma forma que a outra parte tenha esse direito. 3. Princípio da ampla defesa CF: LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; A ampla defesa se subdivide em autodefesa e defesa técnica. A defesa técnica é aquela exercida pelo advogado, pois este sim tem capacidade postulatória, com exceção de o próprio acusado ser advogado. A defesa técnica é indisponível. A autodefesa é exercida pelo próprio acusado de forma que pode influenciar o magistrado quando de seu interrogatório. Vale notar que a autodefesa é disponível podendo o acusado ficar calado quando da audiência (direito ao silêncio). No entanto, o interrogatório é dividido em duas partes: a qualificação e as perguntas, não podendo o acusado mentir na fase de qualificação sob pena de estar cometendo a contravenção penal prevista no artigo 68 da lei de contravenções penais, caso atribua outra identidade a si, restará configurado o crime do artigo 307 do CP (falsa identidade) e na segunda parte do interrogatório não pode o acusado imputar falsamente um crime a si, pois estaria cometendo o crime de autoacusação falsa (art. 341 CP). 4. Princípio da plenitude da defesa CF: XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) A plenitude de defesa; A plenitude da defesa significa que em se tratando de tribunal do júri, pode o acusado alegar quaisquer tipos de justificativas, mesmo que não sendo técnicas. Pode, por exemplo, apelar para o sentimentalismo para convencer o conselho de sentença. Pode até invocar uma excludente de ilicitude não existente, como por exemplo, a legítima defesa da honra. 5. Princípio do favor rei, favor libertatis, in dubio pro réu, favor inocente ou da prevalência do interesse do réu. CF: ART 5° LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; Esse princípio decorre diretamente do princípio da inocência de forma que, havendo dúvida sobre a culpabilidade do réu, deve o juiz absolvê-lo. Importante notar que esse princípio não tem aplicação na denúncia, pois na dúvida o promotor denuncia e também não tem aplicação na pronúncia (1° fase do júri). Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 6. Princípio do contraditório ou da bilateralidade da audiência. CF: ART. 5° LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; É o princípio pelo qual oportuniza as parte contraditar tudo o que é dito contra ela. Se a acusação alega algum fato, deverá o acusado ter a oportunidade de desconstituir a alegação da acusação. É com base nesse princípio que o tempo de audiência é distribuído. Se no júri a acusação tem uma hora e meia para falar e mais uma hora de réplica, a defesa também terá uma hora e meia para falar mais uma hora para a tréplica. 7. Princípio do juiz natural CF: ART. 5° LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; Esse princípio garante ao acusado que ele seja julgado por um juiz imparcial e definido anteriormente à ocorrência do crime, veda-se, portanto, o juízo ou tribunal de exceção ou tribunais ad hoc. Vale ressaltar que não fere o princípio do juiz natural a convocação de juízes de primeiro grau feita pelos tribunais e a criação de novas varas para igualar os acervos do juízo. 8. Princípio da publicidade CF: ART. 5°XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; CF: ART. 5° LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; CF: ART. 93 IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; É o princípio que traduz a transparência da atividade jurisdicional do Estado, de forma que, em regra, os atos serão públicos, essa regra, porém, admite exceções de forma que se a defesa da intimidade ou o interesse social o exigir, o ato não será público. No inquérito policial vigora o sigilo. 9. Princípio da vedação das provas ilícitas CF: ART. 5° LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; Provas ilícitas são aquelas que violam dispositivos legais ou constitucionais, não acolhendo o CPP a posição doutrinária de que prova ilícita seria aquela que violasse direito material e prova ilegítima seria aquela que violasse direito processual. Também são vedadas as provas derivadas das ilícitas pela teoria do fruto das árvores envenenadas ou do efeito à distância (fruits of the poisonous tree). Como exceções à vedação das provas derivadas das ilícitas temos a teoria da fonte independente, a teoria da descoberta inevitável, a teoria da mancha purgada ou tinta diluída e, por último, a teoria da proporcionalidade que aceita a utilização da prova ilícita em defesa do acusado inocente. 10. Princípios da economia processual, celeridade processual e duração razoável do processo. CF: ART. 5° LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. O princípio em comento traduz a ideia de que para o que o processo penal seja justo deverá ele também ser célere. São consequências desse princípio da duração razoável das prisões cautelares e a chamada carta precatória itinerante. 11. Princípio do devido processo legal (due process of law) CF: ART. 5°LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; Esse princípio traduz a ideia da própria existência do processo penal, de forma que não se poderá culpar alguém sem um mínimo de produção de provas por meio de um processo e de que possa ser garantido o seu direito de defesa. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. EXERCÍCIOS 1. A regra que, no processo penal, atribui à acusação, que apresenta a imputação em juízo através de denúncia ou de queixa-crime, o ônus da prova é decorrência do princípio: a) Do contraditório. b) Do devido processo legal. c) Do Promotor natural. d) Da ampla defesa. e) Da presunção de inocência. 2. O princípio constitucional que assegura ao acusado o direito de ampla defesa, em processo em que seja assegurada a igualdade das partes, denomina-se princípio: a) Do juiz natural. b) Do estado de inocência. c) Da verdade real. d) Da obrigatoriedade. e) Do contraditório. GABARITO 1 - E 2 - E 1º BLOCO I. Habeas Corpus e seu Processo 2º BLOCO I. Coação Ilegal 3º BLOCO I. Procedimento dos Crimes de Responsabilidade do Funcionário 4º BLOCO I. Disposições Constitucionais Aplicáveis ao Processo Penal
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