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. Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas . Leticia Lourenço ➵ Disfunção ou hipersolicitação dos mecanismos de defesa → Doença respiratória; . ➵ DPOC é caracterizado por obstrução ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível, geralmente progressiva, associada a resposta inflamatória pulmonar desencadeada por exposição a partículas ou gases, sendo o tabagismo o agente agressor mais comum. ● Geralmente = VEF1/CVF < 0,7; Etiologia: 1- Tabagismo; 2- Exposição a poluição, produtos químicos e gases de combustíveis; 3- Hereditária. ➵ Bronquite crônica Definida clinicamente como tosse persistente com produção excessiva de muco, por no mínimo de 3 meses, por pelo menos 2 anos consecutivos, na ausência de qualquer outra causa identificável. Comum em fumantes e habitantes de grandes cidades muito poluídas; Indivíduos com tosse produtiva sem sinais de obstrução ao fluxo aéreo apresentam bronquite crônica simples. Cerca de 20% dos fumantes desenvolvem obstrução crônica ao fluxo aéreo, geralmente com evidências de enfisema associado, caracterizando a bronquite crônica obstrutiva. Etiopatogênese 1. Exposição prolongada a substâncias nocivas ou irritantes inaladas, como fumaça do tabaco, poeira de grãos, algodão e sílica. 2. Inflamação persistente das vias aéreas e do parênquima pulmonar; . Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas . Leticia Lourenço Tem como consequência hipersecreção de muco, a fibrose por inflamação crônica. Células inflamatórias da BC: - Linfócitos TCD8 na luz das vias aéreas; - Macrofágos aumentado em numero em regiçoes de destruição do parede alveolar, liberação de mediadores, como TNF-α, IL-8 e LTB4, que promovem quimiotaxia de neutrófilos; - Neutrófilos aumentado nas glÂndulas da submucosa; - Células endoteliais dos brônquios, liberam mediadores inflamatórios, além de eicosanóides, citocinas e moléculas de adesão, E-selectina, envolvida no recrutamento e na adesão de neutrófilos. Aspecto clínicos Sintoma cardinal é a tosse persistente com produção de escarro esparso; No início pode não ter prejuízo, mas com o tempo surge a dispneia aos esforços, com a continuação do tabagismo aparece hipercapnia, hipoxemia e cianose leve. Em casos severos de longa duração leva a cor pulmonale e insuficiência cardíaca. Morfologia Macroscopicamente→ há hiperemia, tumefação e edema nas membranas mucosas, ou seja, espessamento da parede da árvore brônquica e acúmulo de secreção esbranquiçada, por vezes com aspecto purulento. Microscopicamente → Lesão crônica do epitélio respiratório, com perda de células ciliadas e metaplasia mucosa e/ou escamosa, ocorre a hipertrofia das glândulas submucosas; Bronquiolite respiratória do fumante (~20% dos fumantes) → limitação crônica ao fluxo aéreo ➵ Enfisema Pulmonar Aumento anormal e permanente(dilatação irreversível) do tamanho dos ácinos pulmonares associado a destruição dos septos alveolares, sem fibrose evidente. . Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas . Leticia Lourenço Classificada em tipos: a. centroacinar ou centrolobular → porção central do ácino pulmonar, junto ao bronquíolo respiratório, está acometida, poupando os alvéolos distais, lesão que ocorre mais nos lobos superiores; b. pan-acinar ou panlobular → todo o ácino está aumentado, tornando difícil a distinção entre alvéolos e ductos alveolares. As lesões são mais graves nas bases pulmonares, geralmente associadas a deficiência de α1-antitriprisina. c. parasseptal ou acinar distal → acomete a porção distal do ácino, nas regiões adjacentes à pleura e ao longo dos septos interlobulares.comum nas regiões superiores do pulmão e surge em áreas adjacentes a fibrose, cicatrizes ou atelectasia. É a base para pneumotórax em jovens; d. irregular ou paracicatricial → envolve o ácino de forma irregular e está associado a cicatrizes de processos inflamatórios antigos. OBS: tipos 1 e 2 causam uma obstrução clinicamente significativa do fluxo aéreo Etiopatogênese Inalação da fumaça do cigarro e de partículas nocivas causam danos e inflamação, que resulta em destruição do parênquima (enfisema); Mediadores inflamatorios e leucocitos, mediadores liberadi por macrofafos e células epitleais residnetes, atraem leucotios da circulação e amplificam o processo inflamatório e induzem mudanças estruturais (fatores de crescimento); Desequilíbrio protease-antiprotease, as proteases secretadas pelas células inflamatórias e epiteliais destroem os componentes de tecido conjuntivo; Estresse oxidativo, as substâncias do tabaco, causam danos alveolares, as células inflamatórias produzem oxidantes que pode gerar ainda mais inflamação aos tecidos; . Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas . Leticia Lourenço Infecção pode exacerbar ainda mais a inflamação; Pacientes com deficiência genética da antiprotease alfa1-antitripsina apresenta uma maior chance de desenvolver enfisema; Características clínicas Macroscopicamente Pulmões aumentados de volume Podem existir bolhas, às vezes volumosas Pulmões pálidos (contém pouco sangue) e se torna quase completamente inelástico. Presença de cavidades resultantes da dilatação dos espaços aéreos distais De acordo com a localização das lesões nos lóbulos pulmonares, é que se faz a classificação do enfisema em centrolobular, panlobular, parasseptal e irregular. Microscopicamente destruição da parede de bronquíolos e alvéolos, resultando em: a) dilatação permanente dos alvéolos, sacos e ductos alveolares, formando cavidades de 1 mm ou mais, facilmente visíveis a olho nu b) perda do componente elástico, que resulta em diminuição da expiração e aumento do ar residual c) redução do leito capilar pulmonar, pela destruição dos septos alveolares; 2- obstrução de bronquíolos, que resulta em obstáculo à saída do ar e contribui para aumentar o ar residual e para maior dilatação alveolar. . Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas . Leticia Lourenço Manifestações clínicas principais dispneia, tosse e sobrecarga do coração (cor pulmonale) Caracteristicamente, os pacientes apresentam expiração forçada e prolongada, tórax em tonel e emagrecimento. ➵ Asma Inflamação crônica (alterações inflamatórias morfológicas mesmo na ausência de sintomas) das vias respiratórias que cursa com hiper-reatividade brônquica em resposta a diferentes estímulos. Clinicamente, os pacientes apresentam episódios recorrentes de dispnéia, chiado e tosse associados a obstrução brônquica. Essas manifestações são reversíveis, pelo menos em parte, espontaneamente ou com tratamento. Epidemiologia: 7% da população tem asma. Mais comum em crianças e adolescentes,mas pode ter início na vida adulta; 5% refratários ao tratamento; Mal asmático: até 1% de mortalidade. Diagnóstico: clínica e teste de função pulmonar com padrão obstrutivo (volume expiratório diminuído) que melhora com uso de broncodilatador. Classificada a. Asma atópica; b. Asma não atópica.; c. Asma induzida por fármacos; d. Asma ocupacional. . Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas . Leticia Lourenço Etiopatogenia Asma atópica (alergia/imunomediada), é a mais comum; Reação de hipersensibilidade mediada por IgE (tipo I), geralmente começa na infância desencadeada por alérgenos ambientais, como pó, pólen, perfume, produto de limpeza, pólen... Ao alérgeno entrar em contato com a pele, nariz, entre outros , ocorre a liberação de IgE que ativam os mastócitos (nervosos) que desgranulam e podem ativar eosinófilos. Asma não atópica Ocorre um ainflamção na mucosa, onde macrofagos e NK ativadoa, por suas citocinas ativam o eosinófilo, que irá ativar mais citocinas e causar broncoconstrição; Asma SNC O snc causa broncoconstrição em caos de muito frio, exercício físico ou muito estresse liberando neuro-hormônios; Fisiopatogenia O alérgeno, causa hipersensibilidade → ativa o Th2 → fazendo com que o LB libere IgE → ativando mastócitos e eosinófilos, se desgranularem → causa broncoconstrição (fecha a luz) -fase imediata - → algumas horas depois recrutam leucócitos e aumentam a permeabilidade, causando assim edema e muco na luz do brônquio. MorfologiaEspirais de Curschmann Cristais de Charcot-Leyden Proteínas eosinofílicas encontradas no escarro; . Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas . Leticia Lourenço Pulmões estendidos por hiperinsuflação, com áreas de atelectasia e oclusão dos brônquios e bronquíolos, por tampões espessos e pegajosos; Achado inflamatório com células eosinofílicas. Complicações a curto prazo: Falência respiratória progressiva; Complicações a longo prazo: Remodelamento brônquico Os mastócitos produzem ainda proteases neutras capazes de levar a hipertrofia da musculatura lisa brônquica; Aparentemente os linfócitos T e os eosinófilos são as células fundamentais para a perpetuação do processo. Caracteriza-se por: espessamento da membrana basal por colágeno I e III e V, fibronectina, tenascina e laminina; Espessamento da submucosa por deposição de colágeno e proteoglicanos; Hipertrofia e hiperplasia da camada muscular e Hipertrofia glandular; Elastose na submucosa e até mesmo de septos alveolares. . Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas . Leticia Lourenço Tratamento
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