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PORTFÓLIO CICLO 2 - ANTROPOLOGIA 2020

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GRADUAÇÃO À DISTÂNCIA
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ÍRIS AMAZONAS GOMES
ANTROPOLOGIA, ÉTICA E CULTURA
SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ - RO
2020
GRADUAÇÃO À DISTÂNCIA
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ÍRIS AMAZONAS GOMES
ANTROPOLOGIA, ÉTICA E CULTURA
Atividade referente à disciplina Antropologia, Ética e Cultura, sob orientação do Profº. Ricardo Boone Wotckoski.
SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ - RO
2020
Temos atualmente a compreensão de pessoa humana, em que “pessoa” se refere ao indivíduo singular e único, enquanto “humana” se refere ao ser coletivo, ao conjunto da humanidade que cada um de nós representa.  Na história da humanidade, sabe-se de muitas e variadas tentativas de compreendê-lo, passando por interpretações religiosas, filosóficas, científicas, poéticas, entre outras formas de linguagem, que procuraram elaborar uma leitura coerente desse ser racional e que, por causa disso, se coloca como diferente de todos os demais seres da natureza. Tal compreensão o ser humano, além de se adaptar ao meio, interage com ele, transformando-o segundo suas necessidades, que vão além das exigidas pela própria natureza.
Nas sociedades antigas, as pessoas viviam de acordo com suas tradições, em um mundo dominado por poderes transcendentais, e eram limitadas por um destino definido desde seu nascimento. Com a modernidade, o mundo passou a ser visto como aberto à compreensão graças ao uso da ciência e da racionalidade, e seus recursos e poderes passaram a ser postos a serviço da humanidade. Ao mesmo tempo, o nascimento deixou de ser a fonte do destino. Por meio do trabalho, da dedicação e do uso da inteligência é possível transcender as próprias condições e responsabilizar-se pela própria vida (SCHWARTZMAN, 1997, p. 11).
Uma filosofia natural, baseada na observação empírica do mundo e no uso do raciocínio matemático para interpretá-la, estava substituindo as tradições religiosas e especulativas, que tinham base na leitura ritual de velhos livros e na autoridade estabelecida dos padres. A crença geral era de que essas mudanças eram para o bem, e eram descritas em termos de “progresso” e “evolução”. Mais tarde, economistas começaram a falar de “desenvolvimento econômico”. Muito mais recentemente, cientistas sociais adotaram o termo “modernização” (SCHWARTZMAN, 2004, p. 12).
Procurou-se desenvolver um modo de vida, um modelo de civilização e padrões culturais mais racionais, que pudessem tornar a humanidade mais elevada, superando velhas crendices, num processo de modernização constante. Era preciso cultivar o que fosse no sentido do “progresso” almejado para que toda a sociedade “evoluísse”.
A idade moderna e contemporânea também é marcada por muitas mudanças no cerne da humanidade, promovendo maior autonomia e abrindo inúmeras possibilidades para a população mundial.
A Concepção de humano ao longo da história ocidental.
Era moderna 1453 – 1789
· Transição para a modernidade. Principalmente nos séculos XV e XVI ocorreu a retomada do humanismo.
· Antropocentrismo, a igreja e a ciência lutavam por espaço. O humano é valorizado pela sua produção cultural e cientifica, porém em conflitos com a visão que a Igreja tinha do homem submisso a Deus. 
· Começa a ascensão da burguesia e da economia capitalista.
· Reforma protestante.
· Estado absolutista (poder absoluto do Rei).
· Organização social começa a ser revista, mas ainda se mantém a mesma.
· Navegação da definição religiosa de humano e consolidação da cientifica (racionalidade).
· Fortalece o papel do Rei/Monarca, enfraquecimento político da igreja, intensificação do comercio, dissolução do sistema feudal e substituição da manufatura pela indústria com a Revolução Industrial no Sec. XVIII.
· Iluminismo no sec. XVIII.
· Formação do Estado Moderno.
· René Descartes (1596-1650) e Isaac Newton (1643-1727) consolidam os parâmetros da ciência moderna (Penso, logo existo).
· Defesa do Liberalismo e do empreendedor (ter o ser) 
Era contemporânea – 1789 (Revolução Francesa) e segue até os dias atuais.
· Defesa do Estado Democrático de Direito. 
· Os ideais de liberdades, igualdade e fraternidade se espalham pelo Mundo. 
· Na ciência, construção da psicologia moderna (descoberta do inconsciente por Freud), da sociologia (analisa a sociedade pós Revolução Industrial) e da antropologia (preocupada com os choques entre culturas após colonização da América). 
· Imperialismo econômico e investimento em potencial militar. 
· Fortalecimento dos nacionalismos e das teorias coletivistas, como o comunismo e o anarquismo.
· Busca de caminhos para organizar uma modernidade solida.
· Definição cientifica de humano (ser humano), porém com aumento do individualismo e da competitividade entre os indivíduos.
· O valor financeiro é cada vez mais importante e a liberdade pessoal depende do poder aquisitivo.
· Ter e produzir definem o ser.
· Pós-Moderno, Após as duas guerras mundiais (sec. XX) a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) propõe a Universalidade da noção de pessoa humana e o respeito à pluralidade cultural. Conflitos étnicos, políticos e religiosos; Luta por direitos dos negros, mulheres, homossexuais, indígenas e outras; Crise de valores e definições do humano. Compreensão fragmentada. Globalização da economia capitalista a partir de 1989 e evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação; as relações humanas se liquefazem (modernidade liquida), se reduzindo cada vez mais ao ambiente virtual e a dinâmica de consumo. Consumo, logo sou. Culmina com o fenômeno das Fake News e a pós-verdade (acredito, logo é verdade). 
O significado de ser humano vem mudando ao longo da história da humanidade conforme os modelos de civilização que foram construídos. Várias teorias e práticas políticas foram estabelecidas no período contemporâneo. Contudo, essa busca intensa de modernização, de construção de um mundo civilizado. 
Mesmo a compreensão do mundo material tem sido submetida ao crivo das crenças, desacreditando pesquisas científicas e leis estabelecidas nacional e internacionalmente. Esse fenômeno tem sido chamado de “pós-verdade”. O fenômeno foi batizado e definido pelo Dicionário Oxford como a circunstância em que os fatos objetivos são menos influentes na opinião pública que as emoções e as crenças pessoais. 
Desse modo, a verdade, traduzida como pós-verdade, é apresentada não mais como o esclarecimento e aprofundamento do conhecimento de acontecimentos – políticos, econômicos, sociais etc. –, mas é identificada como um diálogo o mais direto possível entre crenças infundadas, subjetividades irrefletidas e interesse político-econômico de grandes núcleos de poder. Diante de tantas variantes a serem consideradas antes de chegar a um veredito (verdadeiro ou fake?), a necessidade de entendimento mistura-se com o desejo de ter razão; nesse emaranhado de notícias e informações que invadem o cotidiano do indivíduo via redes sociais e toda forma de tecnologia de informação e comunicação, a vontade de lidar com a verdade cada vez mais intangível e inacessível faz com que os sujeitos se apressem em acreditar numa inverdade tangível. Em meio à dificuldade para trazer à tona o que seja verdadeiro e honesto, é aberto um espaço de confusão entre aquilo que seja verdadeiro e aquilo que um indivíduo ou grupo social gostaria que fosse verdadeiro. 
A pós-verdade caracteriza-se pela maior predominância das crenças pessoais e das opiniões de determinados grupos do que os fatores científicos e as objetividades. A pós-modernidade compreende a atual multipolaridade econômica, somadas à grande disseminação de informações, em elevadíssimas velocidades. As consequências são diversas. Para alguns, a pós-modernidade representa conhecimento. Para outros, a mesma representa propagação de informações falsas, popularmente conhecidas como "fake news". Nesse cenário, a célebre frase de René Descartes, considerado ícone da ciência moderna, “Penso, logo existo”, pode ser trocada pela atitude traduzida em “Acredito, logo é verdade”.
Segundo Bauman, a pós-modernidade ou como é chamada de modernidade líquida,em que as relações se liquefazem para se adequarem ao ritmo acelerado e constante de mudanças do mercado global. A exploração capitalista deixou de ser vista como exploração e passou a ser vista como uma relação natural em que o sujeito, empreendedor de si mesmo, vende a sua força de trabalho ao sujeito empreendedor que possui o capital. Dito de outro modo, o autor considera que as pessoas interagem na sociedade de forma semelhante àquela das relações de consumo. Essa dinâmica pode ser dividida em dois momentos ou papéis sociais distintos: o de consumidores, em que desejam algo e vão pagar para adquiri-lo, analisando qual é a melhor oferta do mercado, ou melhor, relação custo-benefício; e o de objetos de consumo, no qual procuram despertar o desejo de outros para conseguir deles emprego, satisfação afetiva e/ou sexual, favores, privilégios, respeito, amizade etc. Nessa relação, podem-se estabelecer algumas condições desejáveis de mercado, como um preço mínimo que devem receber como pagamento e um preço máximo previsto a pagar pelo benefício interpessoal (produto ou serviço) oferecido/recebido. 
O consumo tornou-se um imperativo na modernidade líquida. Criou-se todo um aparato para que o capitalismo consiga progredir desenfreadamente por meio do consumo irracional. Consumo sempre foi sinônimo de status, mas, na modernidade líquida, o consumo e o status são expressivamente dotados de uma carga simbólica muito mais intensa do que era na modernidade sólida. O sujeito é objetificado pelo capitalismo, tornando-se apenas o que ele consome, e não mais o que ele é. Na lógica da modernidade líquida, o sujeito é aquilo que ele consome. 
REFERENCIA 
DANIEL, Eugênio; SANCHES, Everton Luís; SCOPINHO, Sávio Carlos Desan. Antropologia, Ética e Cultura. Batatais: Claretiano, 2020. Ciclo 2.

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