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Anti-hipertensivos Monitoria de Farmacologia MONITORIA DE FARMACOLOGIA Um quarto sítio, o rim, também contribui para a manutenção da PA ou regulação do volume do líquido intravascular. O grande problema, nos hipertensos, é que os barorreceptores e os sistemas de controle renais de volume sanguíneo/PA estão ajustados em um nível mais elevado para a manutenção da PA. Para a maioria dos pacientes, o objetivo da terapêutica é alcançar uma pressão arterial sistólica menor que 140 mmHg e uma pressão diastólica menor que 90 mmHg. INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) A capacidade de reduzir os níveis de Angiotensina II com inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA), eficazes por via oral, representa um importante avanço no tratamento da hipertensão. O captopril foi o primeiro fármaco desse tipo a ser desenvolvido. Desde então, enalapril, lisinopril, quinapril, ramipril, bezenapril, moexpril, fosinopril, trandolapril e perinopril foram disponibilizados. INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) Ações: Os IECAs diminuem a PA, reduzindo a resistência vascular periférica sem aumentar reflexamente o débito cardíaco, a frequência cardíaca ou a contratilidade cardíaca. Esses fármacos bloqueiam a ECA que hidrolisa a angiotensina I para formar o potente vasoconstritor angiotensina II. A ECA também degrada a bradicinina, um peptídeo que aumenta a produção de óxido nítrico e prostaciclinas nos vasos sanguíneos. Esses últimos são vasodilatadores. Os IECAs diminuem os níveis de angiotensina II e aumentam os níveis de bradicinina. Portanto, ocorre a vasodilatação de arteríolas e veias. Reduzindo os níveis de angiotensina II circulante, os IECAs também diminuem a secreção de aldosterona, resultando em menor retenção de sódio e água. Os efeitos desses fármacos ainda atuam diminuindo pré-carga e pós-carga cardíaca, reduzindo, dessa forma, o trabalho cardíaco. INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) Os IECAs são fortemente indicados para o uso em pacientes com nefropatia diabética, pois retardam a progressão dessa entidade nosológica e diminuem a albuminúria. Os efeitos benéficos na função renal resultam da diminuição da pressão intraglomerular devido a vasodilatação da arteríola eferente. Os IECAs são usados no cuidado de pacientes após infarto do miocárdio e são fármacos de primeira escolha no tratamento de pacientes com disfunções sistólicas. Após infarto do miocárdio, os IECAs atuam na regressão da hipertrofia ventricular esquerda e na prevenção do remodelamento ventricular. Os IECAs são os fármacos de primeira escolha para tratar insuficiência cardíaca, os pacientes hipertensos com DRC e os pacientes com risco elevado de doença arterial coronariana. Todos os IECAs são igualmente eficazes no tratamento da hipertensão, em doses equivalentes. Usos terapêuticos: Efeitos adversos: Os efeitos adversos mais comuns são tosse seca, erupções cutâneas, febre, alteração do paladar, hipotensão e hipercalemia. A tosse seca ocorre em aproximadamente 10% dos pacientes, sendo decorrente provavelmente do aumento dos níveis de bradicinina e substância P na árvore traqueobrônquica. O aumento dos níveis de bradicinina também pode ocasionar angioedema, um evento raro. Os IECAs ainda podem induzir malformações fetais e, por isso, são contraindicados na gravidez. INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) São representantes dessa classe a losartana, candesartan, eprosartan, ibersatan, telmisartan e valsartana. Ao antagonizar os efeitos da angiontensina II, esses agentes não peptídicos relaxam o músculo liso, provocam vasodilatação, aumentam a excreção renal de sal, reduzem o volume plasmático e diminuem a hipertrofia celular. BLOQUEADORES DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA II (BRA): Existem dois subtipos distintos de receptores de angiotensina II: AT1 e AT2. O subtipo AT1 localiza-se predominantemente no tecido vascular e miocárdico, bem como no cérebro, no rim e nas células da zona glomerulosa das glândulas suprarrenais, que secretam aldosterona. O subtipo AT2 é encontrado na medula suprarrenal, no rim e no SNC e pode desempenhar um papel no desenvolvimento vascular. Geralmente, desencadeiam respostas anticrescimento e antiproliferativas. BLOQUEADORES DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA II (BRA): Ações: Os BRAs bloqueiam os receptores AT1, diminuindo a sua ativação pela angiotensina. Seus efeitos farmacológicos são similares aos do IECAs por produzirem dilatação arteriolar e venosa e bloqueio da secreção de aldosterona, reduzindo, assim, a pressão arterial e diminuindo a retenção de sal e água. Os BRAs se ligam ao receptor AT1 com alta afinidade, tendo uma seletividade 10.000 vezes maior para o receptor AT1 do que para o AT2. A ordem de afinidade do receptor de AT1 pelos BRA é a seguinte: Olmesartan > Irbersartan = Eprosartan > Telmisartan = Valsartana= EXP 3174 > Losartana EXP 3174: é o metabólito ativo da losartana: BLOQUEADORES DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA II (BRA): A inibição das respostas biológicas à angiotensina II é máxima e não pode ser restaurada na presença de BRA, independentemente da concentração de angiotensina II. Esses fármacos inibem de maneira potente e de modo seletivo a maioria dos efeitos biológicos da angiotensina II, incluindo a contração do músculo liso vascular, as respostas pressóricas rápidas, as respostas pressóricas lentas, a sede, a liberação de vasopressina, a secreção de aldosterona, a liberação de catecolaminas pelas suprarrenais, o aumento da neurotransmissão noradrenérgica, o aumento do tônus simpático, as alterações da função renal e a hiperplasia e hipertrofia celulares. BLOQUEADORES DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA II (BRA): Sugestão de aula rápida: https://www.youtube.com/watch?v=6aYkX1lGOOQ Obrigada! Fique à vontade para entrar em contato comigo por e-mail ou telefone. E-mail luana.s.ferreira@edu.ufes.br Número de Celular (27) 99997-1118
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