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FARMACOLOGIA DOS OPIÓIDES 
Aluna: Lia Lara Martins Vieira de Carvalho. 
1. Descrever o mecanismo de ação de opioides como analgésicos. 
Os efeitos mais importantes dos opioides são mediados por três famílias de receptores, 
designadas comumente µ (mi), κ (capa) e δ (delta). Cada família de receptores apresenta uma 
especificidade diferente para os fármacos com os quais ela se liga. A propriedade analgésica 
dos opioides é mediada primariamente pelos receptores µ, que modulam respostas nociceptivas 
térmicas, mecânicas e químicas. Os receptores κ no corno dorsal também contribuem para a 
analgesia modulando a resposta à nocicepção química e térmica. As encefalinas interagem mais 
seletivamente com os receptores δ na periferia. Os três receptores opioides são membros da 
família de receptores acoplados à proteína G e inibem a adenililciclase. Eles também estão 
associados a canais iônicos, aumentando o efluxo pós-sináptico de K+ (hiperpolarização) ou 
reduzindo o influxo pré-sináptico de Ca2+, impedindo, assim, o disparo neuronal e a liberação 
do transmissor. 
2. Explicar como os opioides reduzem a dor. 
O alívio da dor pelos opioides semelhantes à morfina é relativamente seletivo, no sentido de 
que outras modalidades sensoriais (p. ex., toque suave, propriocepção e sensibilidade às 
temperaturas moderadas) não são afetadas. Estudos psicofísicos sistemáticos demonstraram que 
as doses baixas de morfi na produzem reduções no componente afetivo da dor, mas não na 
intensidade percebida da dor, enquanto doses mais altas (e clinicamente eficazes) reduzem a 
intensidade percebida e o componente afetivo que, de outro modo, seria desencadeado pelos 
estímulos dolorosos agudos experimentados (Price e cols., 1985) Em geral, a dor difusa e 
contínua (p. ex., produzida pela lesão e a infl amação dos tecidos) é aliviada de modo mais efi 
caz que a dor aguda intermitente (p. ex., a dor associada ao movimento de uma articulação infl 
amada); contudo, com doses sufi cientes do opioide, é possível aliviar até mesmo a dor 
dilacerante grave associada à cólica biliar ou renal aguda. 
3. Listar os principais agonistas e antagonistas opioides, seus usos terapêuticos e suas 
propriedades farmacocinéticas importantes. 
 
AGONITAS USO TERPÊUTICO PROPRIEDADES 
Morfina Analgesia, anestesia, alívio da tosse, 
tratamento da dierreia, tratamento 
edema agudo de pulmão. 
 
Diminui a liberação de substância P que 
modula a percepção da dor na medula 
espinal. A morfina também parece inibir a 
liberação de vários transmissores 
excitatórios dos terminais nervosos. 
Codeína Dor moderada, atividade 
antitussígena. 
A ação analgésica da codeína é derivada da 
sua conversão à morfina pelo sistema 
enzimático CYP2D6. 
Oxicodona e 
oximorfona 
Analgesia. A oxicodona é biotransformada pelo 
sistema enzimático CYP2D6 e CYP3A4 e 
excretada pelos rins. 
Hidromorfona e 
hidrocodona 
Dor intensa, antitussígeno. A hidromorfona oral é cerca de 9 a 10 vezes 
mais potente do que a morfina. Ela é 
preferida ante a morfina em pacientes com 
disfunção renal devido ao menor acúmulo 
de metabólitos ativos. 
Fentanila Analgesia epidural para o parto e a 
dor pós-cirúrgica 
Ela é altamente lipofílica e apresenta rápido 
início de ação e curta duração (15-30 min). 
Normalmente, é administrada por via IV, 
epidural ou intratecal. 
Sufentanila, 
alfentanila e 
remifentanila 
Propriedades analgésicas e 
sedativas durante procedimentos 
cirúrgicos que requerem anestesia. 
A sufentanila é mais potente do que a 
fentanila, e os outros dois são menos 
potentes e têm ação mais curta. 
Metadona Dor nociceptiva e neuropática. 
Usada na retirada controlada de 
adictos de opioides e heroína. 
As ações da metadona são mediadas pelos 
receptores µ. Além disso a metadona é 
antagonista no receptor N-metil-D-
aspartato (NMDA) e inibidora da captação 
de norepinefrina e serotonina. 
Meperidina Dor aguda. Atua primariamente como agonista κ com 
alguma atividade µ. A meperidina é muito 
lipofílica e tem efeitos anticolinérgicos, 
resultando em incidência elevada de delírio, 
comparada com outros opioides. 
ANTAGONISTAS 
OPIOIDES 
 
Naloxona Reverter o coma e a depressão 
respiratória causados pela dose 
excessiva de opioides 
Ela rapidamente desloca todas as moléculas 
opioides ligadas ao receptor e, assim, é 
capaz de reverter o efeito da dose excessiva 
de morfina. Dentro de 30 segundos após a 
injeção IV de naloxona, a depressão 
respiratória e o coma característicos da 
superdose de morfina são revertidos, 
reanimando o paciente e tornando-o alerta. 
Naltrexona Desintoxicação por opioides. Ela tem duração de ação mais longa do que 
a naloxona, e uma única dose oral de 
naltrexona bloqueia o efeito da heroína 
injetada por até 24 horas. É hepatotóxica. 
 
4. Descrever os efeitos adversos dos opioides. 
Hipotensão, disforia (ansiedade, depressão e mal-estar), sedação, constipação, retenção 
urinária, náusea. Potencial para dependência (vício), depressão respiratória. 
5. Discuta sobre como é pensado os esquemas de administração dos opióides. 
São individualizados. Consideram condições clínicas do doente, farmacocinética dos 
medicamentos, a etiologia do processo, a intensidade do quadro álgico, a resposta prévia da 
eficácia da analgesia após titulação cuidadosa do medicamento e a eventual presença de efeitos 
indesejáveis. Acomoanhar os intervalos regulares de administração. Quando se empregam 
medicamentos de absorção lenta é necessária a utilização de doses de resgate com substâncias 
de absorção rápida para promover adequado alívio da dor. 
6. Quais sãos os fármacos adjuvantes que podem ser administrados em conjunto aos 
opióides na dor? 
Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, imipramina, nortriptilina e desipramina) e os 
anticonvulsivantes (carbamazepina, oxcarbamazepina, gabapentina, valproato de sódio, 
fenitoína e clonazepam).

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