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(ENEM 2020) É difícil imaginar que nos anos 1990, num país com setores da população na pobreza absoluta e sem uma rede de benefícios sociais em que se apoiar, um governo possa abandonar o papel de promotor de programas de geração de emprego, de assistência social, de desenvolvimento da infraestrutura e de promoção de regiões excluídas, na expectativa de que o mercado venha algum dia a dar uma resposta adequada a tudo isso. SORJ, B. A nova sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000 (adaptado). Nesse contexto, a criticada postura dos governos frente à situação social do país coincidiu com a priorização de que medidas? a) Expansão dos investimentos nas empresas públicas e nos bancos estatais. b) Democratização do crédito habitacional e da aquisição de moradias populares. c) Enxugamento da carga fiscal individual e da contribuição tributária empresarial. d) Reformulação do acesso ao ensino superior e do financiamento científico nacional. e) Reforma das políticas macroeconômicas e dos mecanismos de controle inflacionário. O Brasil dos anos 90 encontra-se em um período de democratização, após o fim da ditadura militar (1964-1985). Dessa forma, havia profundos problemas originados do período anterior. Além disso, o mundo vivia em um período de expansão do neoliberalismo, com o fim da URSS e ainda o Conselho de Washington, que influencia fortemente os países latinos americanos a adotar medidas neoliberais em seus Estados. Assim, o Brasil vivia em um período de alta inflação, chegando a quase 2000% em alguns períodos. Nos anos 90, os presidentes eleitos pelo povo ou vice-presidentes, que chegaram ao poder em razão do Impeachment, foram Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Elementos que estiveram presentes no governo de tais políticos foram a questão da tentativa de conter a inflação, o que gerou, por exemplo, o confisco das contas poupança e corrente no governo Collor, criação do plano Real, para a adoção de uma nova moeda, que se iniciou no governo de Itamar Franco, grande quantidade de privatizações, especialmente no governo de FHC, tido também como “enxugamento da máquina pública’, entre outras medidas. Essas iniciativas geraram grande prejuízo social, o que levou o fechamento de diversas empresas, desemprego e aumento da miséria. A população encontrava-se em um momento de fragilidade e instabilidade, aprofundando problemas sociais. Logo, observa-se que havia diversos planos com o objetivo de estabilizar a economia, que vivia em um período de hiperinflação, grande dívida externa, entre outras situações, como citado anteriormente.
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