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MUNICIPALIZAÇÃO DO TRÂNSITO EM TAUBATÉ / SP1 Flávio Rodrigues Mello2 Resumo: Este estudo baseia-se em dois eixos centrais: um teórico e outro prático. No eixo teórico, busca-se apresentar a situação atual da municipalização trânsito no Brasil e também da cidade de Taubaté/SP, num intuito de entender como se deu tal municipalização. Os principais autores são, Gildo Andrade Filho, Gisele Hendges, Wilson Santos e Sildomar Souza que norteiam teoricamente esta pesquisa. Ainda se objetiva conceituar as dificuldades na interação e comunicação entre a população e o órgão executivo de trânsito municipal. O segundo eixo volta-se à pesquisa exploratória, de cunho dedutivo, pois através de uma situação geral se analisou uma situação específica tendo como objeto de pesquisa os cursos especializados para condutores e curso para instrutores de trânsito. Através de pesquisa quantitativa, busca-se verificar o quanto os alunos desses cursos conhecem sobre a municipalização do trânsito e qual sua relação de satisfação e melhorias para com a gestão de trânsito. A partir desta pesquisa, através da análise e interpretação dos dados, pode-se concluir que os alunos dos cursos especializados para condutores e do curso de instrutor de trânsito, majoritariamente, sabem da existência do órgão de trânsito. Porém não conhecem o processo que municipalizou o trânsito em Taubaté e ainda somente uma pequena parcela teve contato com o órgão de trânsito, sem levar em consideração os processos de multas. Além de demonstrar insatisfação quanto ao processo de interação e comunicação entre o órgão de trânsito e a população propondo assim algumas soluções e ferramentas para tal situação. Palavras-chave: Gestão. Municipalização. Trânsito. 1 Introdução Quando nos deparamos com problemas no trânsito, de qualquer ordem, vez ou outra, questionamo-nos qual a atuação do órgão executivo de trânsito dos municípios. Este tipo de questionamento gera certa insatisfação aos munícipes, primeiro pelo desconhecimento e segundo pela falta de publicidade das funções do órgão executivo de trânsito para com os munícipes. Através de cursos e palestras voltados aos pedestres e condutores percebemos que esse público tem uma grande dificuldade em entender as atribuições do órgão executivo de trânsito municipal e o mesmo, muitas vezes, não se faz eficiente perante a população, gerando então uma barreira que influencia na interação dos mesmos. 1 Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de Especialização em Gestão de Trânsito da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Orientadora: Prof.ª Helena Iracy Cerquiz Santos Neto, Doutora. Taubaté, 2017. 2 Instrutor de Trânsito. Graduado em Segurança no Trânsito, pela UNISUL. E-mail: batera2dg@hotmail.com. 2 Conforme Andrade Filho (2015), praticamente 50% da população brasileira, o que equivale a mais de 100 milhões de pessoas, concentra-se em apenas duzentos municípios. E são nesses municípios que se concentram os maiores problemas nas áreas de infraestrutura, educação, saúde, segurança, moradia, entre outros, sem nos esquecermos, naturalmente, do trânsito. O autor explica que “tal situação decorre do fato de que as médias e grandes cidades tiveram um aumento vertiginoso nas décadas de 70 e 80 do século passado, quando a população urbana passou a ser maior do que a rural” (IDEM, p. 7). Com esse êxodo de pessoas e sem a devida atenção e mesmo preocupação por parte das administrações municipais, as cidades cresceram de forma assustadora e de forma desorganizada. Como consequência, problemas de infraestrutura de toda ordem passaram a fazer e ainda fazem parte do cotidiano urbano, onde ainda hoje se buscam realizar ações para resolver ou pelo menos amenizar tais problemas (IDEM). No ano de 1997 foi instituída a Lei nº 9.503 que estabeleceu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB3, entrando em vigor em janeiro de 1998, na qual assegurou aos municípios, a composição e/ou integração junto ao Sistema Nacional de Trânsito – SNT4, como órgão executivo de trânsito (BRASIL, 1997b). Com a nova temática do trânsito, os municípios passam a ter responsabilidade da gestão do trânsito de forma a proporcionar um trânsito seguro ao cidadão, ou seja, é uma obrigação do município a adoção de medidas e ações que atinjam esse propósito, porque de acordo com Andrade Filho (2015) no que diz respeito ao gerenciamento do trânsito, e pensando nos municípios e na resolução dos problemas de forma localizada, o CTB foi editado e sancionado numa nova formatação, permitindo aos municípios a gestão do trânsito nas cidades, com o objetivo direcionado à melhoria da infraestrutura e segurança viária. Portanto, conforme Hendges (2012a, p. 23) deve o município entender a sua função e competência para gerir o trânsito, envolvendo-se e vivenciando o trânsito, analisando os problemas e as situações que merecem soluções. Como reflexo dessa nova atribuição do município, na cidade de Taubaté/SP, começaram a aparecer problemas relacionados à gestão do trânsito envolvendo a população local e o órgão executivo de trânsito, muito porque, ao se propor mudanças e implementar metodologias, não se buscou o consenso da sociedade que é a mais afetada, seja, no social, no financeiro, no lazer ou no dia-a-dia mesmo. 3 Código de Trânsito Brasileiro, Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. 4 Sistema Nacional de Trânsito, Capítulo II do CTB. 3 Algumas ações vêm sendo realizadas pela Secretaria de Mobilidade Urbana, como por exemplo: parcerias firmadas para a diminuição do número de mortes do trânsito, projetos de melhorias na acessibilidade das vias, obras de sinalização e integração do transporte urbano, ações educativas quanto às vagas de idosos e pessoas com deficiência, entre outras. Ações essas que visam, além da segurança e fluidez no trânsito, aproximar mais o órgão de trânsito e a população, porém verifica-se que tais medidas precisam ser mais efetivas e em com mais frequência. (PREFEITURA MUNICIPAL DE TAUBATÉ, 2017) Mediante essa realidade, surge um questionamento sobre quais são as dificuldades na interação entre o órgão executivo de trânsito de Taubaté e a população e se existem possíveis soluções para tais dificuldades. De forma que o objetivo geral deste artigo é analisar a interação entre o órgão executivo de trânsito de Taubaté e a população, interpretando a problemática que é gerada pela dificuldade de interação, a fim de recomendar práticas de qualificação do processo de interação/comunicação. E ainda, de forma específica: apresentar um histórico quanto a municipalização do trânsito em âmbito nacional e municipal; identificar e analisar a dinâmica de interação entre o órgão executivo de trânsito de Taubaté e a população, através de uma pesquisa de campo; e apresentar sugestões de práticas com possíveis soluções dos problemas identificados. Tais objetivos foram possíveis com a aplicação de uma metodologia dedutiva e exploratória e através de um método quantitativo (estudo de campo), interpretando e analisando os dados obtidos. 1.1 Metodologia 1.1.1 Método, tipo e campo de pesquisa O método pode ser definido como dedutivo, pois através de uma situação geral se analisa uma situação específica através da observação particular e análise de resultados individuais, esclarece Rauen (1999). E ainda foi também uma pesquisa exploratória, que segundo Gil (2002, p. 41) proporciona uma maior familiaridade com o problema, uma vez que as soluções propostas podem ser implementadas. O método de procedimento utilizado foi o do tipo quantitativo, que se caracteriza pela quantificação da coleta dos dados, de forma a buscar a precisão dos resultados, evitando distorções na posterior análise e interpretação dos dados (RICHARDSON, 1999, p. 70). Ocampo de pesquisa será o trânsito em Taubaté/SP, no qual se abordará a Municipalização do Trânsito. A abordagem do problema será realizada através de uma 4 pesquisa de campo, com o objetivo de identificar e analisar a dinâmica de interação entre o órgão executivo de trânsito de Taubaté e a população. O estudo trata da relação entre o órgão executivo de trânsito municipal, representado pela Secretaria de Mobilidade Urbana e seus administradores e uma população específica da cidade (alunos dos cursos especializados para condutores e do curso de instrutor de trânsito). 1.1.2 Dados: tipo, coleta e tratamento Os dados utilizados neste artigo foram obtidos através de documentação indireta e direta (LAKATOS E MARCONI, 2001). A pesquisa documental e a bibliográfica se deu através de livros, artigos, leis, internet, etc. Também através do método quantitativo, esta pesquisa utiliza da documentação direta extensiva, com a técnica de questionário fechado para a coleta de dados, que se constitui por uma série de perguntas que devem ser respondidas por múltipla escolha e com o acompanhamento do pesquisador, porém sem influências no resultado (LAKATOS E MARCONI, 2001, p. 107). O universo de pesquisa foi de cem alunos, de ambos os cursos, o questionário foi aplicado para uma amostra do universo, com nível de confiança de 95% e erro amostral de 5%, totalizando oitenta entrevistados. Com o questionário se buscou descobrir o que a população específica do município pensa sobre o órgão executivo de trânsito municipal, sobre possíveis dificuldades na interação e comunicação e também algumas melhorias de relacionamento entre os mesmos. O estudo de campo também possibilitou verificar se as ações que vêm sendo realizadas pelo órgão executivo de trânsito de Taubaté tem sido eficientes. 2 Municipalização do trânsito Conforme Cartilha da Confederação Nacional de Municípios – CNM5 (2012a) que trata sobre os desafios da organização urbana: O CTB, introduzido pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, foi editado com base na competência constitucional da União de legislar sobre trânsito e transporte. O objetivo da norma foi estabelecer condições objetivas para garantir o trânsito em condições seguras, protegendo a vida e a 5 Confederação Nacional de Municípios. 5 incolumidade das pessoas. Para isso, estabeleceu-se competências partilhadas entre os três níveis de governo, dando a cada um as obrigações específicas, com mecanismos que viabilizam a execução de ações integradas. Santos (2006, p. 45) define muito bem a municipalização de trânsito: A municipalização do trânsito é uma oportunidade única para os gestores detectarem as reais necessidades da população e trabalharem no sentido de ampliar a qualidade dos padrões de segurança de todas as pessoas que se locomovem no espaço público. Para Souza [20??], a municipalização tem como finalidade dar o suporte técnico/jurídico ao gestor público local para resolver os conflitos e produzir uma melhor qualidade de vida aos munícipes, promovendo por meio de políticas que possam dar maior facilidade de acesso ao destino tão desejado sem impedimentos e com segurança. Confirmando a integração dos municípios na composição do SNT o art. 7º do CTB, prevê nos incisos III e IV a participação dos municípios na composição do referido sistema (BRASIL, 1997b, grifo nosso): Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e entidades: I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN6, coordenador do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo; II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos normativos, consultivos e coordenadores; III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; V - a Polícia Rodoviária Federal; VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI7. Para que um município se integre ao SNT há a necessidade de primeiro criar um órgão executivo de trânsito municipal com estrutura para desenvolver atividades de engenharia de tráfego, fiscalização de trânsito, educação de trânsito e controle e análise de estatística. Além disso, que disponha de uma JARI, conforme Resolução nº 560, de 15 de outubro de 2015, do CONTRAN (DENATRAN8, 2015c). 6 Conselho Nacional de Trânsito, órgão máximo normativo e consultivo da União. 7 Juntas Administrativas de Recursos de Infrações, juntas de recursos de 1ª e 2ª instâncias. 8 Departamento Nacional de Trânsito, órgão máximo executivo de trânsito da União. 6 Uma vez municipalizado o trânsito, Andrade Filho (2015) define que a gama de responsabilidades dos órgãos e entidades municipais poderia ser assim elencada: atividades de planejamento, administração, normatização (municipal), pesquisa, registro e licenciamento de veículos (de propulsão humana, [...] e dos veículos de tração animal, conforme art. 129 do CTB), educação, engenharia, operação do sistema viário, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades (de acordo com as competências estabelecidas pela Resolução nº 66/1998 do CONTRAN e Portaria nº 59/2007 do DENATRAN. Como se vê as responsabilidades estão diretamente ligadas à gestão de trânsito no âmbito da circunscrição do município. Destaca-se, ainda, que, conforme previsto no § 2º do art. 1º do CTB “o trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do SNT, a esses cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito” (BRASIL, 1997b). Portanto compete ao município e seus gestores a total responsabilidade da gestão do trânsito, para um melhor e seguro aproveitamento do espaço urbano. Lembrando que, conforme § 3º do art. 1º do CTB, “os órgãos e entidades componentes do SNT respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro” (BRASIL, 1997b, grifo nosso). De acordo com o IBGE9 (2013), o Brasil conta, atualmente, com cinco mil quinhentos e setenta municípios, dos quais apenas mil quinhentos e cinco estão integrados ao SNT, de acordo com o DENATRAN (2014a). Isso corresponde a um total de 27% dos municípios, ou seja, pouco mais de um quarto de todos os municípios. Percebemos um dado alarmante, pois nesses quase 20 anos em que o CTB está em vigor, poucas foram as cidades que de fato cumprem as suas atribuições e criam uma gestão de interação com a população visando a segurança de todos. Souza [20??] relata que a municipalização do trânsito, tem efeitos negativos quando os recursos são mal administrados por parte do gestor municipal, porque incide diretamente na vida dos munícipes de forma negativa. Por outro lado, Santos (2006) afirma que a municipalização do trânsito pode propiciar melhoria na qualidade de vida da população e não simplesmente se preocupar em multar os infratores de trânsito. O autor afirma a 9 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 7 importância dos municípios com o trânsito municipalizado, os quais podem analisar e solucionar as dificuldades nos deslocamentos diários. A exemplo da municipalização do trânsito no Brasil, a cidade de Taubaté em São Paulo, faz parte dos 27% dos municípios que dispõem de um órgão executivo de trânsito. 2.1 Municipalização do trânsito em Taubaté/SP A cidade de Taubatéfica localizada no Estado de São Paulo, mais precisamente no Vale do Paraíba, no eixo Rio-São Paulo. Fundada em 1645, abriga hoje uma população estimada em 305 mil habitantes. Taubaté foi uma das primeiras cidades a participar da Revolução Industrial, com a instalação da CTI (Companhia Taubaté Industrial), em 1891. O franco desenvolvimento do município rendeu-lhe, por muito tempo, o título de Capital do Vale, por ser um dos municípios que desempenhou papel importante na evolução histórica e econômica da região e do país. (PREFEITURA MUNICIPAL DE TAUBATÉ, 2017) Com esse crescimento econômico e com a inovação do CTB quanto à municipalização do trânsito, surgiu a necessidade de regulamentar o trânsito na cidade. No ano 2000, através da Lei Complementar nº 81, é criado o Departamento de Trânsito – DETRA, a fim de controlar e regulamentar o trânsito dentro da circunscrição do município. Em 2006, é criado os cargos do DETRA, através da Lei Complementar nº 146 para padronizar as responsabilidades e dividir as funções dentro do departamento. (TAUBATÉ, 2017a,b,c) Então no ano de 2013, com o aumento significativo da frota de veículos e crescimento econômico do município, é criado a Secretaria de Mobilidade Urbana, através da Lei Complementar nº 332, cuja competência é: Estudar, planejar, supervisionar, fiscalizar e prestar serviços em todos os assuntos referentes a vias públicas, trânsito e transportes; planejar, regulamentar, implantar, administrar, controlar e fiscalizar o serviço público de transporte coletivo de passageiros, sob quaisquer de suas modalidades e ainda aprovar as obras ou medidas de adequação do sistema viário e qualquer empreendimento que possa gerar ou alterar fluxos de transportes ou trânsito no município. Sendo composta pelo: Departamento de Trânsito; Departamento de Transportes Públicos; Departamento de Mobilidade Urbana; e Assessoria Especial de Educação para o Trânsito. Com a criação da Secretaria, cresce a tendência de que o órgão executivo de trânsito municipal tenha mais influência tanto dentro da Prefeitura quanto em relação aos munícipes, o que depende exclusivamente de vontade política do órgão. 8 De acordo com a Cartilha da CNM (2016b) que versa sobre a gestão do trânsito e o plano de mobilidade, um órgão executivo de trânsito municipal tem como regras básicas desempenhar tarefas de sinalização, fiscalização, aplicação de penalidades e educação de trânsito com o objetivo de garantir segurança e fluidez, respeitando a legislação e preservando a vida. Andrade Filho (2015) destaca alguns fatores que dificultam a municipalização do trânsito, de forma isolada ou em conjunto, dos quais quatro deles podemos destacar como influenciadores na interação entre órgão executivo de trânsito municipal e população: desconhecimento, mau assessoramento, falta de pessoal capacitado e falta de vontade política. Conforme se segue (ANDRADE FILHO, 2015, grifo nosso): Desconhecimento – Em que pese as informações para a ocorrência da municipalização do trânsito estarem disponíveis em diversos meios, ainda assim há uma significativa parcela de municípios que desconhecem, não somente a necessidade de municipalização do trânsito, como também a própria legislação de trânsito como um todo e quais as esferas de competência de cada órgão ou entidade de trânsito que compõem o SNT. Soma-se ainda ao desconhecimento do processo de municipalização, à falta de visão do administrador público por não levar em conta os anseios da população, visto que, com a municipalização teria condições de agir de forma pontual nos problemas de sua cidade, sejam eles na área da engenharia de trânsito, na educação para o trânsito ou no esforço legal. Isso demonstra de forma clara que a falta de conhecimento da legislação de trânsito é uma constante, sobretudo, nos pequenos municípios [...]. Mau assessoramento – Associado ao desconhecimento da legislação de trânsito, outro grande problema enfrentado diz respeito ao mau assessoramento por parte da assessoria dos prefeitos. Em significativo número de municípios brasileiros, sobretudo os pequenos, não existe uma cultura voltada para o estudo do trânsito. Falta de pessoal capacitado – A falta de pessoal capacitado para atuar no órgão executivo de trânsito municipal também se constitui em um obstáculo à criação do referido órgão. Conforme citado anteriormente, sobretudo nos pequenos municípios, não existe uma cultura de estudo do trânsito. Falta de vontade política – A falta de vontade política se constitui em mais um obstáculo dentro da municipalização do trânsito. Isso porque uma grande parcela de prefeitos não entende que a municipalização do trânsito, se bem realizada, trará benefícios diretos à população, seja na parte de engenharia, educação e fiscalização do trânsito. Nesse contexto, poucos se interessam em realizar as atividades afetas ao município, no que diz respeito ao trânsito. Exemplos práticos desses fatores são: a nomeação de pessoas de confiança para serem gestores de trânsito, sem exigência de qualquer capacitação dentro do segmento trânsito; para esses cargos não existem concursos públicos, mas sim cargos comissionados; a falta de pessoal capacitado para operar o sistema trânsito, exemplo, toma-se como a contratação de Agentes da Autoridade de Trânsito em que a maioria ingressa por concurso 9 público, porém os pré-requisitos solicitados não satisfazem o cargo, e depois que ingressam, o treinamento fica a cargo do município. O DENATRAN, através da Portaria nº 94, de 31 de maio de 2017, instituiu o Curso de Agente de Trânsito, que somente será obrigatório a partir de 01 de dezembro de 2017 (DENATRAN, 2017b). Por sua vez, segundo o entendimento do DENATRAN, citado por Santos [2006, p. 46]: Assumir a municipalização do trânsito não é simplesmente fiscalizar, autuar, aplicar a multa e arrecadar os valores, gerando recursos para o município. As ações no trânsito podem ser traduzidas em melhorias para a qualidade de vida da população, propiciando um desenvolvimento urbano das cidades com políticas mais sensatas e mais humanas no que se refere à circulação de ônibus, sinalização e orientação de trânsito, operação de carga e descarga e outros assuntos. Se o trânsito for administrado de maneira responsável e dedicada, a qualidade de vida dos municípios vai melhorar. E se isso acontecer de maneira generalizada por todo o País, os brasileiros estarão obtendo um avanço social. No entanto Souza [20??, p. 8] alerta que se verifica que A lei colabora para que a administração local traga soluções para os problemas do trânsito de modo a causar impacto direto na qualidade do trânsito e da vida na cidade. Para que o processo de municipalização do trânsito venha a ser efetuado, serão necessários que o município siga passos previstos no código de trânsito brasileiro, que nada mais é, que a estruturação administrativa a preparação técnica e a adequação legal do município as normas definidas pelo CONTRAN e ao disposto nas resoluções normativas. Mediante esse cenário repleto de desconhecimento perante a legislação de trânsito, incapacitação e política de interesses, o cidadão que necessita se locomover, trabalhar e sustentar sua família, de forma, direta ou indireta, é afetado por uma gestão desorganizada do trânsito nos municípios. Para ratificar tal afirmação este artigo propõe um estudo de campo, a fim de coletar dados sobre o relacionamento entre a população e o órgão executivo de trânsito de Taubaté. 3 Estudo de campo – análise e interpretação de dados O estudo de campo foi realizado no mês de junho de 2017 com alunos dos cursos especializados para condutores e do curso de instrutor de trânsito, cursos estes realizados em 10 três escolas de Taubaté/SP (Beatran, Worldtran e SEST SENAT). A população foi escolhida por serem atuais ou futuros profissionais da área detrânsito. O universo de pesquisa foi de cem alunos, de ambos os cursos, o questionário foi aplicado para uma amostra do universo, com nível de confiança de 95% e erro amostral de 5%, totalizando oitenta entrevistados. 3.1 Perfil Após a análise dos dados coletados, pode-se afirmar que a maioria dos alunos são do sexo masculino, totalizando um total de 75% dos entrevistados (vide gráfico 1). Gráfico 1: Distribuição quanto ao sexo dos alunos dos cursos especializados para condutores e do curso de instrutor de trânsito. Fonte: Pesquisa realizada por Flávio Mello. Outro dado é que os atuais ou futuros profissionais da área de trânsito são caracterizados como uma população com 26 anos de idade ou mais (vide gráfico 2), totalizando 87,5% na amostra da população. Gráfico 2: Distribuição por faixa etária dos alunos dos cursos especializados para condutores e do curso de instrutor de trânsito. Fonte: Pesquisa realizada por Flávio Mello. 11 Ainda, sobre o perfil dos entrevistados, verificou-se que frequentam cursos diferentes em escolas diferentes, os quais 18,75% são do curso de instrutor de trânsito na escola Beatran e os demais alunos (81,25%) são dos cursos especializados para condutores (vide gráfico 3). Gráfico 3: Distribuição da frequência dos alunos dos cursos especializados para condutores e do curso de instrutor de trânsito em diferentes escolas de trânsito. Fonte: Pesquisa realizada por Flávio Mello. 3.2 Respostas dos entrevistados Com relação à pergunta sobre o que é Municipalização do Trânsito, 81,25% dos alunos relataram que não sabiam o que era a municipalização do trânsito (vide gráfico 4). Fato esse normal, pois se ainda existem municípios que não municipalizaram o trânsito, quanto mais a população saber sobre o processo de municipalização do trânsito. Gráfico 4: Respostas dos entrevistados, quanto ao conhecimento sobre a Municipalização do Trânsito. Fonte: Pesquisa realizada por Flávio Mello. 12 E ainda, quanto a questão sobre a existência em Taubaté de um órgão executivo de trânsito municipal, 100% dos alunos garantiram que sabiam da existência do referido órgão (vide gráfico 5). Entretanto, com relação ao contato com o órgão executivo de trânsito de Taubaté, sem levar em consideração multas, somente 20% dos entrevistados tiveram contato com o mesmo (vide gráfico 6). Gráfico 5: Respostas dos entrevistados, quanto à existência do órgão executivo de trânsito de Taubaté. Fonte: Pesquisa realizada por Flávio Mello. Gráfico 6: Respostas dos entrevistados, quanto ao contato com o órgão executivo de trânsito de Taubaté, sem levar consideração com multas. Fonte: Pesquisa realizada por Flávio Mello. Quanto à escolha de atributos que um órgão público deve atender, os alunos puderam escolher atributos indicados ou descrever outros atributos necessários. De forma unânime, todos os entrevistados selecionaram os atributos indicados relatando que um órgão público deve seguir a legislação, ser eficiente e transparente, atuando sem privilégios e para um bem comum. Alguns entrevistados também informaram que outros atributos são 13 necessários: respeito com o cidadão, tratamento igualitário, informações claras sobre possíveis questionamentos ao órgão e informatização de dados para consulta via internet. Em relação a acreditar que um órgão público bem estruturado (organização e divisão de funções) pode contribuir para um serviço prestado de melhor qualidade, existindo então um aprimoramento do relacionamento com a população, 62,5% dos alunos relataram que um órgão público bem estruturado contribui sim; outros 12,5% acreditam que não e 25% relataram que às vezes contribui (vide gráfico 7). Gráfico 7: Respostas dos entrevistados, quanto a acreditar que um órgão público bem estruturado contribui para um serviço prestado de melhor qualidade. Fonte: Pesquisa realizada por Flávio Mello. Quando questionados, se o processo de interação e comunicação entre o órgão executivo de trânsito de Taubaté e a população é satisfatório, apenas 12,5% dos alunos relataram que sim, outros 12,5% acreditam que às vezes e perfazendo um total de 75% entendem que não é satisfatório (vide gráfico 8). As justificativas paras as respostas, quanto ao processo de interação e comunicação, daqueles que não estão satisfeitos foram em sua grande maioria relacionadas ao descaso que esse setor tem perante a população, a falta de informações e também em relação ao grande número de multas na cidade. Já quanto aos alunos que acham que às vezes é satisfatório, as justificativas se basearam em algum tipo de situação em que o atendimento foi bom para eles por parte do órgão de trânsito. E para os que acham que esse processo é satisfatório, a maioria não teve nenhum problema ou contato com o órgão de trânsito. O órgão executivo de trânsito de Taubaté tem estabelecido ações que, além da segurança e fluidez no trânsito, visam proporcionar também interação com a população. No primeiro semestre de 2017, foram realizadas: alterações de linhas de ônibus e obras de 14 integração do transporte, visando qualidade e segurança no transporte público; projetos de requalificação e acessibilidade; ações em semáforo e praças com artistas de ONGs10 e panfletagem por agentes de trânsito (Maio Amarelo); obras de sinalização viária; e uma parceria com o Governo de São Paulo para a redução de mortes no trânsito. No ano de 2016, destacaram-se as ações educativas em shopping e supermercados a fim de conscientizar a população quanto às vagas de idosos e pessoas com deficiência. Fica evidente que tais ações não têm sido tão eficientes, uma vez que, 75% dos entrevistados não estão satisfeitos com o processo de interação. (PREFEITURA MUNICIPAL DE TAUBATÉ, 2017) Gráfico 8: Respostas dos entrevistados, quanto ao processo de interação e comunicação entre o órgão executivo de trânsito de Taubaté e a população ser satisfatório. Fonte: Pesquisa realizada por Flávio Mello. Os alunos puderam escolher algumas ferramentas para ajudar no processo de interação e comunicação entre o órgão executivo de trânsito de Taubaté e a população, 100% dos alunos escolheram como ferramentas a educação de trânsito nas escolas, a disponibilidade das informações on-line sobre infrações e o uso de aplicativo para celular. Escolheram também, 80%, entendendo como a capacitação profissional do pessoal envolvido como mecanismo importante e 60% selecionaram o gerenciamento das estatísticas de trânsito e os centros de monitoramento como tais ferramentas. Desse total, 20% deram sua própria opinião acerca de outras ferramentas que poderiam ser utilizadas, tais como: uso de redes sociais, canal no youtube sobre o trânsito na cidade, uso de canais de comunicação para ampla divulgação das atividades do órgão de trânsito e campanhas educativas (vide gráfico 9). 10 Organizações Não-Governamentais 15 Gráfico 9: Respostas dos entrevistados, quanto às ferramentas que podem ajudar no processo interação e comunicação. Fonte: Pesquisa realizada por Flávio Mello. E ainda como última pergunta, foi questionado se o entrevistado teria alguma sugestão ou melhoria para o órgão executivo de trânsito de Taubaté, além das já mencionadas no questionário, 30% dos questionados disseram que se os itens relacionados na pesquisa fossem respeitados, criados ou colocados em prática, já fariam uma grande diferença para essa relação entre munícipes e órgão de trânsito (vide gráfico 10). Gráfico 10: Opinião dos entrevistados, quanto as sugestões ou melhorias para o órgão executivo de trânsito de Taubaté. Fonte: Pesquisa realizada por Flávio Mello. A pesquisa com perguntas fechadas facilita a busca das informações relacionadas ao tema do artigo, proporcionando um diagnóstico do que a população pensa sobre o trânsito e o órgãoexecutivo de trânsito da cidade de Taubaté. 16 Através da análise e interpretação dos dados obtidos verifica-se que a população pouco conhece sobre o trânsito municipal e não se relaciona com o órgão executivo de trânsito da cidade, a não ser em relação às infrações de trânsito. A pesquisa também encontra base quando a população identifica que a Administração Pública deve buscar um atendimento digno ao cidadão, servindo o público em prol de um relacionamento saudável. A população também identificou possíveis ferramentas que podem ajudar o processo de interação e comunicação entre o órgão executivo de trânsito de Taubaté e a própria população. 4 Conclusão A análise e interpretação dos dados possibilita concluir que o público entrevistado é em grande parte masculino, a maioria com idade a partir de vinte e seis anos e a maior parte dos alunos são dos cursos especializados para condutores das escolas Worldtran e SEST SENAT. A partir dos dados coletados na amostra, conclui-se que, de forma esmagadora, os alunos não sabem o que é a municipalização do trânsito, tal fato se reflete através de uma realidade em que somente 27% dos municípios no Brasil são municipalizados conforme DENATRAN (2014a), desde a entrada em vigor do CTB em 1998. Em contrapartida, todos os entrevistados disseram que sabem que Taubaté tem um órgão executivo de trânsito municipal. Interessante pois os alunos sabem da existência do órgão, porém não conhecem o processo que municipalizou o trânsito em Taubaté e ainda somente uma pequena parcela teve contato com o órgão de trânsito, sem levar em consideração os processos de multas. De acordo com Hendges (2015b) a Constituição Federal define os principais princípios a que a Administração Pública deve respeitar no decorrer de sua atividade e prestação de serviços à coletividade, como, o da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Tais requisitos foram selecionados, de forma unânime, pelos alunos como atributos necessários que o Poder Público deve atender. Ainda foram destacados outros atributos: respeito, igualdade, clareza nas informações e informatização de dados. A Cartilha da Confederação Nacional de Municípios – CNM (2012a) indica que o Município deve organizar estruturas para atuar no trânsito, como órgão executivo específico, desenvolvendo programas de engenharia de tráfego, fiscalização, educação e estatística. Portanto um órgão bem estruturado contribui para um serviço prestado de melhor qualidade, 17 criando um aprimoramento do relacionamento com a população, tal fato foi evidenciado pela maioria dos alunos entrevistados. Uma base sólida em legalidade e finalidade transmite a imagem de seriedade e comprometimento do órgão para com a sociedade, a fim de fazer, de fato a gestão do trânsito, com vistas aos pilares da Segurança no Trânsito: Educação, Engenharia e Esforços legais (fiscalização). Para Hendges (2012a) deve o município entender a sua função e competência para gerir o trânsito, envolvendo-se e vivenciando o trânsito, analisando os problemas e as situações que merecem soluções. Outro dado importante, é a questão da satisfação dos alunos em relação ao processo de interação e comunicação entre o órgão executivo de trânsito de Taubaté e a população, em sua totalidade, o processo não é satisfatório. Lembrando que o órgão executivo de trânsito de Taubaté realiza ações que visam proporcionar também essa interação e para os entrevistados não tem sido eficiente. Porém alguns alunos acharam satisfatório, sendo reflexo da falta de problemas de relacionamento ou contato com o órgão de trânsito. Dentre as ferramentas que foram disponibilizadas e escolhidas pelos alunos entrevistados estão em ordem crescente de escolha: educação de trânsito nas escolas, a disponibilidade das informações on-line sobre infrações e o uso de aplicativo para celular; ainda foram selecionadas a capacitação profissional, o gerenciamento das estatísticas de trânsito e os centros de monitoramento. Ainda alguns alunos entenderam como outras ferramentas: uso de redes sociais, canal no youtube sobre o trânsito na cidade, palestras durante o ano, uso de canais de comunicação para ampla divulgação das atividades do órgão de trânsito e campanhas educativas. As ferramentas para solucionar os problemas estão ligadas aos princípios da administração pública e também aos pilares do órgão executivo de trânsito municipal aliadas à tecnologia e à força de vontade política. Como último dado, uma pequena parcela dos entrevistados opinou acerca de alguma sugestão ou melhoria para o órgão executivo de trânsito de Taubaté. Todas respostas ratificaram o que este artigo trouxe como soluções e ferramentas para melhorar a relação entre a população e o órgão de trânsito. As dificuldades que surgiram ao longo desses anos quando da municipalização podem ser percebidas pela falta de conhecimento da população em relação ao órgão executivo de trânsito municipal. Um órgão executivo de trânsito municipal tem como regras básicas desempenhar tarefas de sinalização, fiscalização, aplicação de penalidades e educação de trânsito com um único objetivo: garantir segurança e fluidez, respeitando a legislação e 18 preservando a vida, pois o município é o melhor capacitado para conhecer as necessidades do trânsito local. Há que se destacar a importância e inovação quanto à gestão de trânsito pelos municípios, os quais devem desenvolver suas atividades e criar uma estrutura para o desempenho das competências. Importante ressaltar que por possuir um maior conhecimento das necessidades locais, o município, é o mais adequado para gerir o trânsito devendo analisar e apresentar soluções e ações em busca de um trânsito seguro e com fluidez. Agradecimentos Agradeço, em especial, Deus por me dar forças e condições de perseverar até o final e a minha família que me apoiou nesse tempo de estudos intensos. Agradeço também, a Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL pela excelente especialização que contribuiu para o meu crescimento pessoal e profissional. A querida orientadora, Prof.ª Dr.ª Helena Iracy Cerquiz Santos Neto pela sua paciência, compreensão e imprescindível orientação acadêmica. Ao querido José Onildo Truppel Filho, Coordenador da Especialização. E a todos os professores da Especialização. MUNICIPALIZATION OF TRANSIT IN TAUBATÉ / SP Abstract: This study is based on two central axes: a theoretical and a practical one. In the theoretical axis, it is tried to present the current situation of the municipalization of transit in Brazil and of the city of Taubaté/SP, in order to understand how such municipalization occurred. The main authors are Gildo Andrade Filho, Gisele Hendges, Wilson Santos and Sildomar Souza who theoretically guide this research. It also aims to conceptualize the difficulties in interaction and communication between the population and the municipal transit executive body. The second axis turns to the exploratory research, of a deductive nature, because through a general situation a specific situation was analyzed having as object of research the specialized courses for drivers and course for instructors of transit. Through quantitative research, it is sought to verify how much the students of these courses know about the municipalization of transit and what its relation of satisfaction and improvements to the traffic management. From this research, through the analysis and interpretation of the data, it can be concluded that the students of the specialized courses for drivers and of the course of transit instructor, mostly, know the existence of the transit body. However, they do not know the process that municipalized of transit in Taubaté and still only, a small portion had contact with the transit agency, without taking into account the fines processes. In addition to demonstrating dissatisfactionabout the process of interaction and communication between the transit body and the population, thus proposing some solutions and tools for such a situation. Keywords: Management. Municipalization. Transit. 19 Referências ANDRADE FILHO, Gildo Martins de. A gestão municipal do trânsito. Palhoça: Livro didático – Unisul Virtual, 2015. BRASIL. Constituição: República Federativa do Brasil de 1988a. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 13 março 2017. BRASIL. Lei 9.503/1997. Código de Trânsito Brasileiro – CTB. 1997b. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503.htm>. Acesso em: 13 março 2017. BRASIL. Lei 12.527/2011. Lei de Acesso a Informações. 2011c. 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