Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Segunda escola literária. Última escola do período colonial brasileiro. Literatura neoclassicista. A idealização da vida simples, do local mais paradisíaco, campestre onde se pudesse viver uma vida bucólica deu origem a essa escola literária. Retratada no século XIII, mais conhecido como século das luzes ou iluminismo era predominante a valorização da razão, a separação da Igreja e Estado, combate ao absolutismo, a criação da metodologia científica etc. Alguns autores se destacam na política, na filosofia e por suas metodologias como Montesquieu, J. J. Rousseau e Voltaire. Nesse período ocorre um desenvolvimento científico e porventura tecnológico culminando na tão conhecida revolução industrial assim como ocorre a substituição da manufatura pela maquinofatura, o capitalismo mercantilista; nos Estados Unidos, como conhecemos hoje, a independência das 13 colônias, o abolicionismo e a guerra de Secessão; ao final do século surge a Revolução Francesa gerando uma nova classe social, a burguesia. No Brasil, estamos no processo do ciclo do ouro, posterior ao ciclo da cana-de-açúcar, ocorrendo por sua vez uma mudança no eixo econômico da Bahia para Minas Gerais, a Inconfidência Mineira que é a primeira forma de tentativa de independência. O arcadismo surge contrapondo ideias barrocas, vindas da Europa por brasileiros que haviam saído do país para estudar, e foi um grande choque cultural pois as ideias arcadistas eram totalmente divergentes das ideias do Barroco que ainda se encontrava como escola literária aqui no país. Busca pela simplicidade, simetria, equilíbrio, modos tradicionais sendo obedecidos. Há um retorno nos modos clássicos, da presença mitológica. Linguagem simples com vocabulário de fácil compreensão. Fugere urbem, a fuga da cidade para o campo, o bucolismo; uso de pseudônimos pastoris. Aurea mediocritas, idealização de vida simples, feliz e pobre. Idealização feminina. Carpe diem, aproveitar o dia, a transitoriedade da vida, viver intensamente. Amor galante. Iniciou o arcadismo brasileiro em 1768 com seu livro "Obras"; Escritor de transição, possuindo características do barroco cultista e do arcadismo; algumas de suas poesias são barrocas, outras árcades e algumas possuindo características de ambas as escolas literárias. Seus sonetos possuindo influência de Camões, na estrutura e na linguagem. Seu pseudônimo é Glauceste Saturno; sua musa de inspiração é Nise. É escritor do poema "Vila Rica" tratando de assuntos como a fundação de Minas Gerais e o processo de descoberta do ouro. Cláudio Manuel da Costa era inconfidente, foi preso em Minas Gerais e dias depois encontrado morto em sua cela. Seu pseudônimo é Dirceu e sua musa inspiradora é Marília. Representado na figura do pastor Dirceu, era apaixonado por Maria Doroteia Joaquina de Seixas (Marília) mas por ser inconfidente acabou sendo preso e exilado para Moçambique, não tendo mais contato com a moça a qual estava apaixonado, acabou se casando com outra moça e toda a sua dor de não poder estar junto a quem ele amava transformou em literatura. Sua obra de maior destaque é "Marília de Dirceu", presenciado no texto o amor suave, ingênuo ele se divide em duas partes; a primeira, cita planos para o futuro, fala sobre o namoro, o casamento, descrevendo e idealizando-a; a segunda parte cita o pós prisão, os sonhos e planos destruídos, a amargura, a revolta e a tristeza de não ter permanecido e vivido com sua amada. Tomás ganhou destaque em suas cartas chilenas, eram poemas satíricos que criticavam o governo de Luís da Cunha Meneses, através de pseudônimos simples que possuíam clara referência. Nessas Cartas, Tomás recebe o pseudônimo de Critilo, que escreve para Doroteu, que era Cláudio Manuel da Costa. Primeiro autor brasileiro a utilizar uma lenda nacional como assunto, a história do Diego Alvares Correia, um português que sofre um naufrágio no Brasil e conta o processo de descobrimento e conquista da Bahia. Primeiro autor que mescla fator verídicos com ficção. Escreve um poema épico chamado "Caramuru", exaltando a terra brasileira, ressaltando a natureza, a valorização do clima, das matas e a fertilidade da terra. Descrição das paisagens. Influência de Camões, na versificação e estrutura do poema. Produziu sua obra prima e lançou-a em 1769, "O Uraguay", fazendo uma drástica crítica aos jesuítas, citando suas ações de defensiva dos indígenas de serem escravizados pelos colonos como benefícios para si próprios, para que sejam senhores dos índios e os índios obedeçam e façam os trabalhos para os jesuítas. O livro tem como tema uma expedição composta por espanhóis e portugueses contra algumas missões jesuíticas. O objetivo dessas expedições era a execução do tratado de Madrid em 1750. Em um outro plano de fundo surge uma história de amor entre dois indígenas, Cacambo e Lindóia. Num povoado onde nativos foram catequizados pelo padre Balda, uma pessoa repulsiva, imunda, desleal, enganador acaba por engravidar uma nativa da tribo, que dá a luz a um menino que recebe o nome de Baldeta. Para tentar amenizar a vida do filho o padre tenta casar Baldeta com Lindóia, porém ela já possui um relacionamento com Cacambo. Balda envia Cacambo para missões a fim de que ele morra em uma delas e deixe o caminho livre para que seu filho se case com Lindóia, mas ele sempre volta das missões vivo. Um tempo depois, o padre envenena Cacambo e sua amada fica desolada com essa situação, se convence de que o padre Balda foi o assassino e aceita se casar com Baldeta, porém, no dia do casamento ela deixa ser picada por uma cobra e acaba morrendo do veneno.
Compartilhar