Buscar

AULA 11 -oscar_ Escola modernista carioca

Prévia do material em texto

Escola modernista carioca
Entre o racionalismo e a cultura brasileira
DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA - THA
DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Sumário 
1. Contextualização
2. A escola carioca
3. Le Corbusier e o edifício do MES 
4. Lucio Costa
5. Oscar Niemeyer 
6. Referências
5. Oscar Niemeyer 
5. Oscar Niemeyer 
1907
Nasce no 
Rio de 
Janeiro
1928-29
casou-se 
com Annita
Baldo
se matricula 
no curso de 
Engenharia 
e 
Arquitetura 
da ENBA
1937
Obra do 
Berço, 
seu 
primeiro 
trabalho 
finalizado
no RJ
1947
Sede da 
ONU
1951
Edifício 
Copan e 
Parque do 
Ibirapuera
em SP
1953
Casa das
Canoas 
no RJ
1958
Igrejinha 
Nossa 
Senhora de 
Fátima –
Brasília 
1940
Complexo 
da 
Pampulha
em BH
1960-64
Edifícios de 
Brasília
1964
Devido ao 
Golpe Militar 
e após ter 
seu escritório 
invadido, 
muda-se 
para Paris 
onde abre 
um escritório
1969
Universidade 
Mentouri de 
Constantine,
Argélia 
1984
Sambódrom
o da 
Marquês de 
Sapucaí no 
RJ
1955
Edifício 
residencial 
Niemeyer 
em BH
1939
assume a 
liderança 
do projeto 
do MES, 
após Lucio 
Costa se 
afastar
1989
Memorial da 
América 
Latina em SP
1996
Museu de Arte 
Contemporâne
a de Niterói
5. Oscar Niemeyer 
“Todos conhecem a 
alentadíssima biografia 
profissional de Niemeyer, 
apoiada em uma rara 
longevidade.
Celebrado desde o início pela 
comunidade de pares, por 
grande parte da 
intelectualidade brasileira, 
por políticos e outros 
segmentos da classe 
dirigente, tem recebido 
atenção em outros países, em 
particular de líderes políticos 
ligados ou simpatizantes do 
Partido Comunista”
(DURAND&SALVATORI, 2011)
5. Oscar Niemeyer 
“[...] círculo esse que se tornou referência de 
legitimidade artística no Brasil do século 
XX, além de representar o momento em que 
mais diretamente intelectuais e artistas puderam 
definir política cultural neste país” 
(DURAND&SALVATORI, 2011)
• Iniciou a carreira jovem
• Circunstâncias favoráveis:
 ter pertencido ao círculo 
de artistas e intelectuais 
protegidos de Gustavo 
Capanema, ministro da 
educação e saúde 
durante o Estado Novo 
(1937-1945)
 ter associado sua 
carreira à de Juscelino 
Kubitschek, que, por 
mais de treze anos, 
chefiou Executivos com 
poder de encomendar 
arquitetura
• Consagrado com cerca de 50 
anos de idades 
Kubitschek foi prefeito de 
Belo Horizonte de 1940 a 
1945, governador de 
Minas Gerais de 1951 a 
1955 e presidente da 
república de 1956 a 1960.
5. Oscar Niemeyer 
Obra do berço – RJ/ 1937 
• Ao final do projeto do MES, Niemeyer 
se estabelece como arquiteto 
autônomo e realiza seu primeiro 
projeto construído
• Como se tratava da creche de uma 
instituição filantrópica, Niemeyer não 
cobrou pelo projeto e ainda pagou o 
serviço de recolocação dos brises da 
fachada.
5. Oscar Niemeyer 
Obra do berço – RJ/ 1937 
“... a obra distinguia-se por 
um jogo hábil de volumes 
simples, uma 
surpreendente pureza nas 
proporções de todos os 
elementos e uma certa 
leveza ” 
(BRUAND, 2008)
5. Oscar Niemeyer 
Obra do berço – RJ/ 1937 
5. Oscar Niemeyer 
Obra do berço – RJ/ 1937 
5. Oscar Niemeyer 
A parceria com Lucio Costa
• Pavilhão Brasileiro na 
exposição Internacional de 
New York em 1939
• Indicação para o projeto do 
Grande Hotel em Ouro Preto 
em 1940
• Brasília na década de 1960
5. Oscar Niemeyer 
Grande Hotel - Ouro Preto/1940
• Em 1938 – o governo Getúlio Vargas uniu-se ao governo de Minas na criação de hotéis 
para apoiar o desenvolvimento do turismo em Ouro Preto e em Diamantina
• Rodrigo Mello Franco, diretor do Sphan recém criado, confia o projeto a Carlos Leão, 
que regulariza a topografia complicada com aterros e muros de arrimo e propõe um 
edifício neocolonial de alvenaria de tijolos à volta de pátio retangular, sobre base de 
pedra uns três metros acima do extremo mais alto da testada.
• Uma comissão liderada pelo urbanista Lucio Costa encarregou o então jovem arquiteto 
Oscar Niemeyer da tarefa de projetá-los.
• O pedido era de um edifício moderno que não interferisse na “atmosfera” da cidade 
marcada pelos monumentos históricos do século XVIII, mas que intencionalmente, 
se diferenciassem do casario colonial.
5. Oscar Niemeyer 
Grande Hotel - Ouro Preto/1940
• Niemeyer propôs um edifício com pilotis, que mantinha a horizontalidade predominante nas 
edificações vizinhas.
5. Oscar Niemeyer 
Grande Hotel - Ouro Preto/1940
• O arquiteto 
utilizou materiais 
tradicionais como 
a pedra itacolomi, 
telhas coloniais e 
as cores azul e 
marrom na pintura 
das esquadrias de 
madeira
5. Oscar Niemeyer 
Grande Hotel - Ouro Preto/1940
“A reprodução do estilo 
das casas de Ouro Preto só 
é possível hoje em dia, a 
custa de muito artifício. 
Teríamos ou uma imitação 
perfeita e o turista 
desprevenido correria o 
risco de... tomar por um dos 
principais movimentos da 
cidade uma contrafação, 
ou...um arremedo 
“neocolonial” sem nada 
de comum com o 
verdadeiro espírito das 
velhas construções.”
(COSTA, c. 1939)
5. Oscar Niemeyer 
Grande Hotel - Ouro Preto/1940
Implantação - GOODWIN, 1943
“A fecundidade da ideia da 
arquitetura moderna como 
debate se confirma de modo 
original, em paralelo à 
reinterpretação de temas de 
composição trabalhados no 
Ministério e/ou no Pavilhão: o 
pórtico hipóstilo, a ordem 
colossal, a ideia do vazio entre 
dois sólidos, o corpo permeável 
da edificação entre pátio e 
jardim, as evidências exteriores 
da “planta e fachada livres”. No 
Ministério, o vazio entre dois 
sólidos é um propileu, no 
Pavilhão uma loggia, no Hotel 
uma ponte coberta.”
(COMAS, 2002)
5. Oscar Niemeyer 
Grande Hotel - Ouro Preto/1940
5. Oscar Niemeyer 
Grande Hotel - Ouro Preto/1940
Fachada - MINDLIN, 1956
Com linhas arrojadas e retilíneas, com amplos vãos elevados sobre pilotis, cujos planos 
frontais totalmente envidraçados descortinam a paisagem histórica.
O moderno edifício foi implantado em área de 7 mil metros quadrados com jardins de Burle-
Marx,
5. Oscar Niemeyer 
Grande Hotel - Ouro Preto/1940
Plantas - MINDLIN, 1956
Corte - GOODWIN, 1943
5. Oscar Niemeyer 
Grande Hotel - Ouro Preto/1940
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Grande Hotel - Ouro Preto/1940
5. Oscar Niemeyer 
Residência Francisco Inácio Peixoto, Cataguases/MG (1941). 
5. Oscar Niemeyer 
Residência Francisco Inácio Peixoto, Cataguases/MG (1941). 
“Externamente, a meu ver, ela deveria 
ser caiada de branco. As esquadrias 
poderiam ficar azuis por fora e por 
dentro na cor da parede, num tom um 
pouco mais forte apenas. 
Internamente, a não ser nas paredes 
indicadas para azul, eu gostaria da 
casa num tom único – pérola por 
exemplo. Os banheiros, a copa, a 
cozinha e os tetos ficariam ainda em 
caiação branca. As colunas externas 
e os caibros ficariam num tom 
marrom e branco respectivamente. 
No papel anexo indico o tom 
conveniente para o azul e o marrom. 
Para obtê-los será necessário 
empregar tinta a óleo. O seu pintor vai 
achar o tom muito escuro, mas é o 
que convém. (…) Quando a obra 
estiver rebocada e as esquadrias 
colocadas peço a você o favor de 
avisar-me para ir vê-la.”
– Oscar Niemeyer.
5. Oscar Niemeyer 
Residência Francisco Inácio Peixoto, Cataguases/MG (1941). 
5. Oscar Niemeyer 
Residência Francisco Inácio Peixoto, Cataguases/MG (1941). 
5. Oscar Niemeyer 
Residência Francisco Inácio Peixoto, Cataguases/MG (1941). 
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
• A convite de Juscelino Kubitscheck 
(1902-1976), então prefeito de Belo 
Horizonte, faz o projeto Conjunto da 
Pampulha.
• Foi a primeira obra de impacto de Oscar, 
com áreas abertas e vias de acesso, as 
obras se dariam em volta de um lago 
artificial. 
• O programa envolve um casino, um clube, 
um salão de dança, uma igreja e um hotel, 
mas o último não chega a ser construído. 
• Para a execução da obra, Niemeyer conta 
com a colaboração do engenheiro de 
estruturas, e também poeta, JoaquimCardoso (1897 – 1978) e do paisagista 
Burle Marx (1909 – 1994).
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
"Em Pampulha minha ideia já era fazer uma arquitetura diferente. Naquele tempo a 
Arquitetura não compreendia nem representava bem o concreto armado. Ela era rígida, 
como se fosse feita com estrutura metálica. E o concreto, ao contrário, sugeria um novo 
campo de experiências e invenções. E eu então procurei introduzir a curva na Arquitetura“ 
Oscar Niemeyer
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Igrejinha de São Francisco
• Marca o nascimento de uma arquitetura 
genuinamente brasileira, presidida pela invenção e 
uso ilimitado das potencialidades plásticas e 
estruturais do concreto armado. 
• Abóbadas auto portantes de diversos tamanhos 
pousam sobre uma empena de azulejos, em 
combinação de síntese e ousadia. 
• Alto e esbelto campanário de perfil trapezoidal 
produz um efetivo contraste com as formas 
ondulantes da igreja. 
• A marquise inclinada liga os dois elementos 
marquise inclinada liga os dois elementos, 
descendo do campanário até a altura na qual 
começam os brise-soleil na parábola da fachada 
noroeste.
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Igrejinha de São Francisco
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Igrejinha de São Francisco • A abóbada maior cobre a nave e a 
sua cobertura levemente inclinada é 
interrompida na projeção do início do 
altar, ensejando uma clarabóia para 
iluminá-lo. 
• Um arco mais alto e de igual largura 
continua do ponto da clarabóia para 
cobrir o altar, juntando-se a três 
outras abóbadas menores que 
revestem a sacristia.
• Entra-se na planta trapezoidal da 
nave por meio de portas de vidro. O 
batistério, situado à esquerda, está 
delimitado por baixos-relevos de 
Ceschiatti, representando o mito do 
Paraíso. Escada helicoidal conduz ao 
coro.
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Igrejinha de São Francisco
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Igrejinha de São Francisco
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Igrejinha de São Francisco
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Igrejinha de São Francisco
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Igrejinha de São Francisco • O enorme painel de São 
Francisco, pintado por 
Cândido Portinari, no 
fundo do altar, atrai o 
olhar de todos, 
homenageando o 
padroeiro do templo e se 
constituindo no 
indiscutível centro da 
composição interior.
• A igreja de São Francisco 
possibilitou uma notável 
parceria entre arquitetura 
e artes plásticas. Pinturas 
em mosaicos de Paulo 
Werneck revestem 
externamente a cobertura 
em ondas
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Igrejinha de São Francisco
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Igrejinha de São Francisco
Foto: Gurgel, 2014 
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Igrejinha de São Francisco
Foto: Gurgel, 2014 
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Cassino – atual museu
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Cassino – atual museu
”A fachada principal em travertino e 
vidro alude a uma Savoye em mais 
de um detalhe, as colunas colossais 
adicionam imponência, a base de 
azulejos reitera os laços coloniais. 
A formalidade do conjunto é 
atenuada apenas parcialmente pela 
curva na marquise trapezoidal que 
protege o carro transportando o 
visitante, pela estátua nua embaixo 
de uma ponta da marquise, pela 
transparência que revela o vestíbulo 
de dupla altura.”
(COMAS, 2000)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Cassino – atual museu
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Cassino – atual museu
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Cassino – atual museu
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Cassino – atual museu
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Cassino – atual museu
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Cassino – atual museu
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Cassino – atual museu
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Casa do Baile
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Casa do Baile
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Casa do Baile
“A laje de cobertura se 
expande em uma 
marquise de bordas 
sinuosas que se 
recortam contra o céu, 
estilização incrível – e 
algo grosseira – de 
nuvens ou copas de 
árvores, proteções 
elementares contra a 
inclemência do sol. A 
marquise se arremata 
com um pequeno 
vestiário e a parede do 
fundo de um palco 
circular ao ar livre, 
sobre o mesmo eixo do 
salão. O esquema de 
vazio entre dois sólidos 
se reitera.”
(COMAS, 2000)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Casa do Baile A marquise orgânica, 
como uma serpente, e 
a planta circular dão 
uma imagem 
emblemática a obra.
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Casa do Baile
“O cassino tem um quê de 
Corbusier, a igreja é 
completamente brasileira e um 
pouco barroca, e a 
coisa mais importante é o 
pequeno baile popular... 
Ele quis fazer uma ilhazinha, 
ficou parecendo, você sabe, 
uma serpentina que você joga 
no ar... então ficou brasileiro, 
carnaval, povo, barroco.
É esse diabo desse 
prediozinho que 
transformou a imagem da 
Arquitetura brasileira no 
mundo, eu acho. O 
pequeninho!”
(Ítalo Campofiorito)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Casa do Baile
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Casa do Baile
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Iate Club
”[...] linhas duras que se lança na água. No terraço ponte, a cabina retangular armada para festa e 
papo se cobre com um teto borboleta, que parafraseia em concreto o que na Casa Errazuris era 
madeira e mais que aí, assinala movimento potencial. A cabine se assenta axialmente sobre a laje de 
entrepiso e em três lados retirada de suas bordas, mas protegida a poente, por uma galeria. A galeria 
se define pelo balanço da cobertura e uma cortina de lâminas verticais ao longo da borda do 
entrepiso, alinhada com a parede da garagem de barcos do térreo.” (COMAS, 2000)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Iate Club
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Iate Club
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Iate Club
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Iate Club
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Iate Club
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Iate Club
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Iate Club
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
Iate Club
Foto: Gurgel, 2015 (Pé na Estrada)
5. Oscar Niemeyer 
Conjunto da Pampulha, Belo Horizonte/MG,1940
5. Oscar Niemeyer 
Edifício sede do BancoBoavista - Rio de Janeiro (1946)
• Respeitando a incidência solar, a fachada frontal 
surpreende pela cortina curvilínea de tijolos de vidro, 
entre pilotis, que ilumina o interior do edifício. A 
fachada oeste, possui brise-soleil de madeira regulável 
de acordo com a necessidade e a fachada norte possui 
brises horizontais em concreto, similares aos da sede 
do MEC.
• Na fachada há um painel em mosaico, de Paulo 
Werneck e no interior "A primeira missa no Brasil", tela 
de Portinari, pintada no ano da inauguração do edifício.
• O prédio foi tombado pelo INEPAC em 1992.
5. Oscar Niemeyer 
Edifício sede do Banco Boavista - Rio de Janeiro (1946)
5. Oscar Niemeyer 
Edifício sede do Banco Boavista - Rio de Janeiro (1946)
5. Oscar Niemeyer 
Edifício sede do Banco Boavista - Rio de Janeiro (1946)
5. Oscar Niemeyer 
Edifício sede do Banco Boavista - Rio de Janeiro (1946)
5. Oscar Niemeyer 
Edifício da ONU - Nova Iorque /1947
• Filia-se ao Partido 
Comunista Brasileiro.
• Convidado em 1945 para 
fazer parte da equipe de 
arquitetos de diversas partes 
do mundo que viria a 
desenvolver o projeto da 
Sede das Nações Unidas 
em New York.
• Nos EUA Niemeyer , em 
parceria com Le Corbusier, 
elabora o anteprojeto que 
seria escolhido. 
• Obra concluída em 1952.
5. Oscar Niemeyer 
Edifício da ONU - Nova Iorque /1947
5. Oscar Niemeyer 
Edifício da ONU - Nova Iorque /1947
5. Oscar Niemeyer 
Parque do Ibirapuera - SP/1951-55
• Surge para comemorar os 400 
anos da cidade de São Paulo, 
símbolo da modernidade 
brasileira, o segundo grande 
projeto de Niemeyer, 
encomendado pelo governo de 
São Paulo. 
• Tal projeto busca dar à cidade 
uma grande área verde, com 
lugares para exposições e lazer, 
juntando arquitetura e 
paisagismo modernos. 
• O uso das curvas acentua a 
“leveza” das construções. Tanto 
na Marquise do Ibirapuera 
assim como no interior do 
Prédio da Bienal.
5. Oscar Niemeyer 
Parque do Ibirapuera - SP/1951-55
Pavilhão Ciccillo Matarazzo (1957)
5. Oscar Niemeyer 
Parque do Ibirapuera - SP/1951-55
Pavilhão Ciccillo Matarazzo (1957)
5. Oscar Niemeyer 
Parque do Ibirapuera - SP/1951-55
Pavilhão Ciccillo Matarazzo (1957)
5. Oscar Niemeyer 
Parque do Ibirapuera - SP/1951-55
Pavilhão Ciccillo Matarazzo (1957)
5. Oscar Niemeyer 
Parque do Ibirapuera - SP/1951-55
Pavilhão Ciccillo Matarazzo (1957)
5. Oscar Niemeyer 
Parque do Ibirapuera - SP/1951-55
Pavilhão Ciccillo Matarazzo (1957)
Foto: Gurgel (2014)
5. Oscar Niemeyer 
Parque do Ibirapuera - SP/1951-55
Pavilhão Ciccillo Matarazzo (1957)
5. Oscar Niemeyer 
Hospital da Lagoa- RJ/1952
5. Oscar Niemeyer 
Hospital da Lagoa- RJ/1952
5. Oscar Niemeyer 
Hospital da Lagoa- RJ/1952
5. Oscar Niemeyer 
Hospital da Lagoa- RJ/1952
5. Oscar Niemeyer 
Hospital da Lagoa- RJ/1952
5. Oscar Niemeyer 
Hospital da Lagoa- RJ/1952
5. Oscar Niemeyer 
Hospital da Lagoa- RJ/1952
5. Oscar Niemeyer 
Hospital da Lagoa- RJ/1952
5. Oscar Niemeyer 
Casa das Canoas - RJ/1953
• A construção da icônica Casa das Canoas, onde Oscar Niemeyer morou com a sua 
família durante muito tempo inicia-se neste ano e está localizada na Floresta da Tijuca, no 
Rio de Janeiro.
“Minha preocupação foi projetar a 
residência com inteira liberdade, 
adaptando-a aos desníveis do 
terreno, sem o modificar, fazendo-
a em curvas, de forma a permitir 
que a vegetação nela penetrasse, 
sem a separação ostensiva da 
linha reta. 
E criei para as salas de estar uma 
zona em sombra, para que a parte 
envidraçada evitasse cortinas e a 
casa ficasse transparente como 
preferia.”
5. Oscar Niemeyer 
Casa das Canoas - RJ/1953
5. Oscar Niemeyer 
Casa das Canoas - RJ/1953
5. Oscar Niemeyer 
Casa das Canoas - RJ/1953
5. Oscar Niemeyer 
Casa das Canoas - RJ/1953
5. Oscar Niemeyer 
Casa das Canoas - RJ/1953
5. Oscar Niemeyer 
Casa das Canoas - RJ/1953
5. Oscar Niemeyer 
Casa das Canoas - RJ/1953
5. Oscar Niemeyer 
Casa das Canoas - RJ/1953
5. Oscar Niemeyer 
Casa das Canoas - RJ/1953
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
Segundo o arquiteto Paulo Mendes da
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
Segundo o arquiteto Paulo Mendes da 
Rocha:
“se [Niemeyer] fizesse [a lâmina 
estreita] toda vertical não seria um 
problema para as técnicas de hoje, o 
grande problema é a questão do vento. 
Dobrar daquele jeito resolve isso. 
Portanto aquelas curvas não têm nada a 
ver com montanhas do Brasil ou as 
curvas da mulher amada. Não seria 
possível fazer de outra forma”. 
https://www.nexojornal.com.br/especial/2016/05/28/Copan-50-anos
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
Se o Copan tivesse uma forma retilínea, a base de apoio seria menor 
A forma em “S”, ao aumentar a base da estrutura, fornece maior estabilidade para resistir à 
força do vento. 
https://www.nexojornal.com.br/especial/2016/05/28/Copan-50-anos
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
https://www.nexojornal.com.br/especial/2016/05/28/Copan-50-anos
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
Os 1.453 habitantes (segundo o Censo 2010) estão divididos em 6 blocos que não se 
comunicam a não ser pelo térreo.
https://www.nexojornal.com.br/especial/2016/05/28/Copan-50-anos
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
https://www.nexojornal.com.br/especial/2016/05/28/Copan-50-anos
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
5. Oscar Niemeyer 
Copan - São Paulo (1954)
5. Oscar Niemeyer 
Brasília - DF/1956
Niemeyer é convidado por JK para juntos criarem “a mais bela capital do mundo”.
5. Oscar Niemeyer 
“É impossível imaginar o Brasil 
do século XX sem Oscar 
Niemeyer. 
É impossível pensar na 
arquitetura do século XX sem 
ele. 
É quase igualmente impossível 
pensar que este revolucionário 
criativo e notável tenha quase a 
mesma idade do século"
Eric Hobsbawm
Apud SCHARLACH, Cecília. Niemeyer – 90 anos.
5. Referências 
BARKI, José; KÓS, José; VILAS BOAS, Naylor. O edifício do Ministério da Educação e Saúde (1936-1945): museu “vivo” da arte 
moderna brasileira. Arquitextos, São Paulo, ano 06, n. 069.02, Vitruvius, fev. 2006. Disponível em: 
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/376>.
BRUAND, Yves. A Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1981.
CARVALHO, Mario César. O Revolucionário tranqüilo, 2002. In: ARANTES, Otília Beatriz Fiori. Folha de S. Paulo, Mais!. São 
Paulo 24 de Fevereiro 2002.P. 
COMAS, Carlos Eduardo. D. “Feira Mundial de Nova York de 1939: O Pavilhão Brasileiro“, em Arqtexto 16 (Porto Alegre, 
UFRGS)
______. Arquitetura moderna, estilo campestre. Hotel, Parque São Clemente. Arquitextos, São Paulo, ano 11, n. 123.00, 
Vitruvius, ago. 2010 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.123/3513>..
______. O passado mora ao lado: Lucio Costa e o projeto do Grand Hotel de Ouro Preto, 1938/40. Arqtexto, n. 2, Porto Alegre, 
2002
______. O encanto da contradição. Conjunto da Pampulha, de Oscar Niemeyer. Arquitextos, São Paulo, ano 01, n. 004.06, 
Vitruvius, set. 2000 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.004/985>.
COSTA, Lucio. Entrevista como diretor da ENBA. Rio de Janeiro, 1931. inCOSTA, Lucio. Lucio Costa: Registro de uma Vivênc
ia. São Paulo: Empresa das Artes, 1995.
COSTA, Lucio. Plano Piloto para urbanização da baixada compreendida entre a Barra da Tijuca, o Pontal de Sernambetiba e 
Jacarepaguá. Agência Jornalística Image, Rio de Janeiro, 1969. 
5. Referências 
DURAND, José Carlos; SALVATORI, Elena . Por uma nova agenda de pesquisa em torno de Oscar Niemeyer. Arquitextos, São 
Paulo,ano 11, n. 130.06, Vitruvius, mar. 2011 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.130/3800>.
GOODWIN, Philip. Brazil Builds – Architecture New and Old. Nova York, 1943.
LUZ, Angela Ancora da. Uma breve história dos salões de arte. R io de Janeiro: Caligrama, 2005.
MINDLIN, Enrique. Modern Architecture in Brazil. Rio de Janeiro, 1956.
PEREIRA, Ricardo A. B.. A ENBA da primeira metade do século XX vista pela obra de alguns dos seus professores - uma 
gradual transição para o moderno. 19&20, Rio de Janeiro, v. VIII, n. 1, jan./jun. 2013. Disponível em: 
<http://www.dezenovevinte.net/ensino_artistico/ensino_enba_rp.htm>.
QUEIROZ, Rodrigo. Forma moderna e cidade: a arquitetura de Oscar Niemeyer no centro de São Paulo. Arquitextos, São 
Paulo, ano 13, n. 151.08, Vitruvius, dez. 2012 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/13.151/4632>.
WINIK, Guilherme. Lucio Costa. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2001. 
5. Referências

Continue navegando