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Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL Vigilância em saúde TERMOS DESCONHECIDOS AUTÓCTONE (do grego authos) - igual, próprio do lugar; que nasceu naquele lugar e guarda dentro de si costumes, cultura e jeitos dos costumes daquele povo que ali nasceu. ALÓCTONE (do grego allos) - diferente, é aquilo que não é natural do lugar em que se encontra O.1: HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS E SEUS COMPONENTES A história natural da doença é o curso da doença desde o início até sua resolução, na ausência de intervenção. Em outras palavras é o modo próprio de evoluir que tem toda doença ou processo, quando se deixa seguir seu próprio curso. O processo se inicia com a exposição de um hospedeiro suscetível a um agente causal e termina com a recuperação, deficiência ou óbito. Os níveis de prevenção propostos por Level e Clark claramente delimitam o período pré-patogênico, o primeiro deles antes da doença e representa o momento da interação do agente, o ambiente e o hospedeiro. Nesse modelo, é remarcada a importância das diferentes medidas de prevenção que podem ser realizadas dependendo do momento em que se encontre a doença e deste modo as atividades de prevenção primárias são efetuadas no período pré-patogênico e são encaminhadas para promover a saúde e a proteção específica; na prevenção secundária, as ações são o diagnóstico precoce, o tratamento imediato e a limitação do dano; e a prevenção terciária está focada na reabilitação. Nas doenças transmissíveis, o período de latência é o tempo que transcorre desde a infecção até que a pessoa se torne infectada. O período de incubação é o tempo que transcorre desde a infecção até a apresentação dos sintomas. No caso das doenças não transmissíveis, a terminologia difere um pouco e se considera que o período de latência corresponde ao período que transcorre entre o desenvolvimento da doença subclínica até a apresentação de sintomas (Rothman, 1986). A CADEIA EPIDEMIOLÓGICA Para entender as relações entre os diferentes elementos que levam ao aparecimento de uma doença transmissível, o esquema tradicional é a denominada cadeia epidemiológica, também conhecida como cadeia de infecção. AGENTE CAUSAL - é um fator que está presente para a ocorrência de uma doença; de modo geral, um agente é considerado uma causa necessária porém não suficiente para a produção da doença. Pode ser um micro-organismo, substância química, ou forma de radiação, cuja presença, presença excessiva ou relativa ausência é essencial para a ocorrência da doença. VETOR - organismos que servem de veículo para a transmissão de algum causador de doença. ex.: artrópode, como mosquitos ou moluscos. Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL Vetor biológico - é aquele que serve de local para a multiplicação de um agente causador de doenças Vetor mecânico - é aquele em que o agente causador da doença não se multiplica e não se desenvolve nesse local, sendo o vetor apenas uma forma de transporte. No caso das doenças transmitidas por vetores, é impossível a transmissão de uma pessoa para outra. No caso da dengue, por exemplo, o vírus não é transmitido pelo contato com o doente, sendo necessária a picada de um mosquito Aedes aegypti infectado para que a transmissão ocorra. Nesse caso, o mosquito é o vetor. Além da dengue, a malária, a doença de chagas, febre amarela, zika, chikungunya e leishmaniose são exemplos de doenças que são transmitidas por vetores. AGENTE ETIOLÓGICO - é o agente causador da doença, aquele que desencadeia os sinais e sintomas de determinada enfermidade. O termo agente etiológico pode ser usado em substituição a patógeno. ex.: Vírus, bactérias, protozoários, fungos, platelmintos e nematelmintos. No caso da dengue, por exemplo, o agente etiológico é o vírus da dengue, um arbovírus da família Flaviviridae. Diferença entre vetor e agente etiológico A diferença entre vetor e agente etiológico é que esse último causa a doença, mas o vetor transporta o agente etiológico. A malária, por exemplo, é provocada por protozoários do gênero Plasmodium (agente etiológico), que são transmitidos pela picada do mosquito (vetor) do gênero Anopheles infectado. TRANSMISSÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS • Transmissão direta ou contágio: é a rápida transferência do agente etiológico, sem interferência de veículos e pode ocorrer de duas formas distintas: Transmissão direta imediata: transmissão na qual existe um contato físico entre o reservatório ou fonte de infecção e o novo hospedeiro suscetível. Transmissão direta mediata: transmissão na qual não existe contato físico entre o reservatório ou fonte de infecção e o novo hospedeiro. A mesma ocorre por meio das secreções oronasais transformadas em partículas pelos movimentos do espirro e que, tendo mais de 100 micras de diâmetro, têm capacidade de conduzir agentes infecciosos existentes nas vias respiratórias. Essas partículas são chamadas “gotículas de flügge”. • Transmissão indireta: é transferência do agente etiológico por meio de propagadores animados ou inanimados. A fim de que a transmissão indireta possa ocorrer, torna-se essencial que os agentes sejam capazes de sobreviver fora do organismo durante um certo tempo; e que existam propagadores que transportem os microrganismos ou parasitas de um lugar a outro. se dá por meio de um artrópode que transfere um agente infeccioso do reservatório ou fonte de infecção para um hospedeiro suscetível. Este artrópode pode comportar-se como vetor biológico ou mecânico Os veículos inanimados são: água, ar, alimentos, solo e fômites. (qualquer objeto inanimado ou substância capaz de absorver, reter e transportar organismos contagiantes ou infecciosos (de germes a parasitas), de um indivíduo a outro.) PATOLOGIAS INFECTO-CONTAGIOSAS são as doenças causadas por um agente biológico como por exemplo vírus, bactérias ou parasitas. Doenças contagiosas são doenças transmissíveis, por contato direto ou indireto com indivíduos infectados. Doença transmissível: é qualquer doença causada por um agente infeccioso específico ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão deste agente ou de seus produtos, de um reservatório a um hospedeiro suscetível, seja diretamente de uma pessoa ou animal infectado, ou indiretamente por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado. Doença emergente: é uma doença transmissível cuja incidência em humanos vem aumentado nos últimos 25 anos do Século XX ou que ameaça aumentar em um futuro próximo. Doença reemergente: é uma doença transmissível previamente conhecida que reaparece como problema de saúde pública após uma etapa de significativo declínio de sua incidência e aparente controle. A Tríade Epidemiológica é o modelo tradicional de causalidade das doenças transmissíveis; nesse, a doença é o resultado da interação entre o agente, o hospedeiro suscetível e o ambiente. CICLO EVOLUTIVO – evolução da doença, desde o surgimento até o desaparecimento https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/dengue.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/o-mosquito-dengue.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/doenca-chagas.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/febre-amarela.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/febre-amarela.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/febre-zika.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/febre-chikungunya.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/leishmaniose-1.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/malaria.htmNivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL FASE AGUDA: período após a infecção em que os sintomas clínicos são mais marcantes. Após este período ocorre uma definição: cura, fase crônica ou óbito FASE CRÔNICA: é a que segue a fase aguda; ocorre diminuição da sintomatologia clínica e existe um equilíbrio relativo entre o hospedeiro e o biogente. DOENÇA ATIVA: - Superaguda: <24h - Aguda: 24h até 15 dias - Subaguda: 15 dias até 1 mês - Crônica: > 1 mês https://slideplayer.com.br/slide/3643842/ https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/ transmissao-de-doencas-infecciosas/44344 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/diferenca-entre-vetor- agente-etiologico.htm O.2: VIGILÂNCIA EM SAÚDE E SUAS FUNÇÕES A vigilância está relacionada às práticas de atenção e promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos adotados para prevenção de doenças. Além disso, integra diversas áreas de conhecimento e aborda diferentes temas, tais como política e planejamento, territorialização, epidemiologia, processo saúde-doença, condições de vida e situação de saúde das populações, ambiente e saúde e processo de trabalho. A partir daí, a vigilância se distribui entre: epidemiológica, ambiental, sanitária e saúde do trabalhador. A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA reconhece as principais doenças de notificação compulsória e investiga epidemias que ocorrem em territórios específicos. Além disso, age no controle dessas doenças específicas. A VIGILÂNCIA AMBIENTAL se dedica às interferências dos ambientes físico, psicológico e social na saúde. As ações neste contexto têm privilegiado, por exemplo, o controle da água de consumo humano, o controle de resíduos e o controle de vetores de transmissão de doenças – especialmente insetos e roedores. As ações de VIGILÂNCIA SANITÁRIA dirigem-se, geralmente, ao controle de bens, produtos e serviços que oferecem riscos à saúde da população, como alimentos, produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos. Realizam também a fiscalização de serviços de interesse da saúde, como escolas, hospitais, clubes, academias, parques e centros comerciais, e ainda inspecionam os processos produtivos que podem pôr em riscos e causar danos ao trabalhador e ao meio ambiente. Já a ÁREA DE SAÚDE DO TRABALHADOR realiza estudos, ações de prevenção, assistência e vigilância aos agravos à saúde relacionados ao trabalho. http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/pagina/saude-em-bento epidemiologia https://pensesus.fiocruz.br/vigilancia-em-saude O.3: SURTO, EPIDEMIA, ENDEMIA E PANDEMIA SURTO: acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas autoridades. Em algumas cidades (como Itajaí-SC), a dengue é tratada como surto (e não como epidemia), pois acontece em regiões específicas (um bairro, por exemplo). PANDEMIA: é definida quando uma doença infecciosa se propaga e atinge simultaneamente um grande número de pessoas em todo o mundo Ex.: gripe suína, covid-19, AIDS, tuberculose, peste, gripe asiática, gripe espanhola e tifo. EPIDEMIA: também classifica as doenças infecciosas e contagiosas, mas que ocorrem somente em uma comunidade e ou região específica. A nível municipal, por exemplo, uma epidemia ocorre quando vários bairros apresentam casos da doença; estadual quando ocorre em várias cidades e nacional em diversas regiões do país. Em resumo, são surtos de doenças em diversas regiões, sem propagação entre países, por exemplo. Podemos citar casos de epidemia quando a dengue acontece em várias cidades. ENDEMIA: os casos de endemias não são classificados levando em conta o número de ocorrência. A doença é endêmica quando aparece com frequência em um local, não se espalhando por outras comunidades a chamada endêmica típica. A endemia também é classificada de https://slideplayer.com.br/slide/3643842/ https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/transmissao-de-doencas-infecciosas/44344 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/transmissao-de-doencas-infecciosas/44344 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/diferenca-entre-vetor-agente-etiologico.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/diferenca-entre-vetor-agente-etiologico.htm http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/pagina/saude-em-bento%20epidemiologia http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/pagina/saude-em-bento%20epidemiologia https://pensesus.fiocruz.br/vigilancia-em-saude http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/02/09/surto-de-dengue-cancela-carnaval-e-cria-gabinete-de-crise-em-sc.htm Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL modo sazonal. A febre amarela, comum na região amazônica, é uma doença endêmica. https://www.saolucascopacabana.com.br/noticias/surto-epidemia- pandemia-e-endemia-entenda-qual-e-a-diferenca-entre-eles/ https://www.em.com.br/app/noticia/educacao/2020/03/12/internas_edu cacao,1128357/pandemia-epidemia-e-endemia-entenda-a-diferenca.shtml O.4: AUTÓCTONE E ALÓCTONE CASO ALÓCTONE – é o doente que adquiriu a sua doença em outra região de onde emigrou ou onde esteve ocasionalmente CASO AUTÓCTONE – é o caso de doença que teve origem dentro dos limites do lugar de investigação 0.5: PATOGENICIDADE, VIRULÊNCIA, LETALIDADE E INFECTIVIDADE INFECTIVIDADE - é o nome que se dá à capacidade que tem certos organismos de penetrar e de se desenvolver ou de se multiplicar no novo hospedeiro, ocasionando infecção. Nesse caso, o agente etiológico é também chamado de agente infeccioso. PATOGENICIDADE - é a qualidade que tem o agente infeccioso de, uma vez instalado no organismo do homem e de outros animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados. Há agentes dotados de alta patogenicidade, como é o caso do vírus do sarampo. Nesse caso, praticamente todos os infectados desenvolvem sintomas e sinais específicos. Numa situação oposta se encontra o vírus da poliomielite, dotado de baixa patogenicidade. Dentre os infectados, somente cerca de 1% desenvolve a paralisia. VIRULÊNCIA - é a capacidade que um agente biológico tem em produzir efeitos graves ou fatais. Está relacionada com a sua capacidade de multiplicação no organismno infectado, produção de toxinas, entre outros fatores. • Coeficiente de letalidade: Indica a percentagem de casos mortais da doença; • Coeficiente de gravidade: Indica a percentagem de casos considerados graves, de acordo com critérios pré estabelecidos; • Alta virulência significa uma proporção elevada de casos graves ou fatais, como acontece na raiva, por exemplo, em que todo caso é fatal. LETALIDADE - Expressa o número de óbitos em relação aos doentes de uma população. Dose Infectante - é a quantidade do agente etiológico necessário para iniciar uma infecção. Varia com a virulência do bioagente e com a resistência do acometido. Quanto maior o número de parasitas inoculados no suscetível, tanto maior será a probabilidade de infecta-lo. Poder Invasivo – é a capacidade que tem o parasita de se difundir, através de tecidos, órgãos e sistemas anatomofisiológicos do hospedeiro. Há parasitas que se multiplicam em tecidos superficiais, como no caso do microsporum canis, agente de Tinea corporis. Há os que se multiplicam nos vasos linfáticos e tecidos adjacentes, formando os bubões, como Yersinia pestis na peste bubônica. Outros se instalam em órgãos sendo a tuberculose pulmonar é o exemplo clássico. E ainda há os que invadem a corrente sanguínea, produzindo septicemia, como o Stafilococus sp. Imunogenicidade - também chamado de poder imunogênico, é a capacidade que tem o bioagente para induzir imunidadeno hospedeiro. Há agentes, como os vírus da rubéola, do sarampo, da caxumba, da varicela e outros, dotados de alto poder imunogênico. Uma vez infectadas por esses microrganismos, as pessoas ficam, em geral, imunes para o resto da vida. Há outros agentes etiológicos de baixo poder imunogênico; o vírus da rinofaringite aguda, as salmonelas e as shigelas, por exemplo, apenas conferem imunidade temporária aos suscetíveis. Morbidade - Expressa o número de doentes em relação a população Mortalidade- Número de óbitos em determinado período de tempo, em relação a população. Patognomônico- Sinal ou sintoma característico de uma doença. Período pré-patente - É o período que decorre entre a infecção e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente infeccioso .Período de incubação- É o período decorrente entre a infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos. http://campeche.inf.furb.br/sias/saude/Textos/infectividade.htm https://slideplayer.com.br/slide/3643842/ https://www.saolucascopacabana.com.br/noticias/surto-epidemia-pandemia-e-endemia-entenda-qual-e-a-diferenca-entre-eles/ https://www.saolucascopacabana.com.br/noticias/surto-epidemia-pandemia-e-endemia-entenda-qual-e-a-diferenca-entre-eles/ https://www.em.com.br/app/noticia/educacao/2020/03/12/internas_educacao,1128357/pandemia-epidemia-e-endemia-entenda-a-diferenca.shtml https://www.em.com.br/app/noticia/educacao/2020/03/12/internas_educacao,1128357/pandemia-epidemia-e-endemia-entenda-a-diferenca.shtml http://campeche.inf.furb.br/sias/saude/Textos/infectividade.htm https://slideplayer.com.br/slide/3643842/ Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 0.6: CALENDÁRIO VACINAL O ditado popular “melhor prevenir do que remediar” se aplica perfeitamente à vacinação. Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. Poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças comuns no passado e que as novas gerações só ouvem falar em histórias. O Calendário Nacional de Vacinação contempla não só as crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas. Ao todo, são disponibilizadas 19 vacinas para mais de 20 doenças, cuja proteção inicia ainda nos recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida. Toda a população pode se vacinar gratuitamente nas mais de 36 mil salas de vacinação localizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país. Para isso, basta comparecer a um posto de saúde com o cartão de vacinação em mãos. Gestantes e puérperas (Pós-Parto até 45 dias) Obrigatória a apresentação do cartão SUS Até os 17 anos, não vacinamos sem a carteira de vacinação Não indicamos a vacina contra febre amarela para gestantes e mulheres amamentando crianças com até 6 meses. Crianças de 0 a 9 anos Caderneta de Saúde da Criança - Meninas Caderneta de Saúde da Criança - Meninos Obrigatório a apresentação do cartão SUS Até os 17 anos, não vacinamos sem a carteira de vacinação Adolescentes (até 19 anos) Caderneta de Saúde do Adolescente - Meninas Caderneta de Saúde do Adolescente - Meninos Obrigatório a apresentação do cartão SUS Até os 17 anos, não vacinamos sem a carteira de vacinação Idosos (Mais de 60 anos) Para vacina de febre amarela é necessária autorização médica http://fm.usp.br/cseb/vacinacao/calendario-vacinal http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_menina_11ed.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_menino_11ed.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_adolescente_menina.pdf http://fm.usp.br/cseb/conteudo/caderneta_saude_adolescente_menino.pdf http://fm.usp.br/cseb/vacinacao/calendario-vacinal Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL VACINAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS O Mês de Vacinação dos Povos Indígenas é coordenado anualmente pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde. Os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) do país receberão a força-tarefa, que tem a missão de imunizar mil indígenas aldeados em todas as regiões do país para fortalecer a vigilância epidemiológica das doenças imunopreveníveis nas aldeias e intensificar as atividades de rotina para completar esquemas de vacinação. Quase 2,5 mil profissionais, em especial agentes indígenas de saúde, participarão da ação nos DSEIs em todo o país. Também compõem a equipe médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, cirurgiões dentistas e auxiliares de saúde bucal, que integram as Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI). A logística dessa vacinação é diferenciada, levando em consideração as especificidades dessa população e as necessidades de transporte das equipes e insumos até as aldeias, seja por carro, barco, helicóptero ou avião. Para realizar a mobilização em lugares distantes dos grandes centros e muitas vezes isolados, o Ministério da Saúde está investindo R$ 2,46 milhões, incluindo despesas com logística, transporte e imunobiológicos. O Mês de Vacinação dos Povos Indígenas teve início em 2005 e faz parte da Semana de Vacinação nas Américas, liderada pela OPAS. No Brasil, a ação acontece no mesmo período da campanha de vacinação contra a gripe, realizada nos meses de abril e maio. O modelo de atenção estabelecido pela Política de Atenção à Saúde Indígena prioriza as atividades de promoção à saúde, prevenção e controle de doenças e agravos, baseando-se no perfil epidemiológico da população indígena. A imunização é uma das ações prioritárias entre as desenvolvidas pelos Distritos para a promoção à saúde e prevenção e controle de doenças. Com duração de um mês, a ação ofertará doses de vacinas contra infecções bacterianas graves que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação dos Povos Indígenas. A ideia é intensificar a imunização da população mais vulnerável, como crianças de até quatro anos, mulheres em idade fértil (10 a 49 anos) e idosos, que vivem em áreas de difícil acesso e onde há baixa cobertura vacinal. Os Distritos Sanitários Especiais Indígenas também definirão quais as áreas prioritárias de suas regiões. Além da imunização, os DSEIs aproveitarão a oportunidade para realizar várias atividades durante a ação, estre elas: avaliação nutricional, atendimento odontológico, testes rápidos de HIV/Hepatites/Sífilis, consultas de pré-natal e exames laboratoriais e clínicos, aplicação de vitamina A, palestras educativas, entre outras coisas DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS - DSEIs Parte da estrutura da Sesai e do Ministério da Saúde, os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) são unidades gestoras descentralizadas do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). Os Distritos respondem regionalmente pela execução de ações de atenção à saúde nas aldeias, de saneamento ambiental e edificações de saúde em áreas indígenas. Essas unidades estão divididas por critérios territoriais, tendo como base a ocupação geográfica das comunidades indígenas, muitas vezes abrangendo mais de um município e, em alguns casos, mais de um estado. Cada distrito abriga um grupo de Polos-Base, unidades de apoio aos DSEIs e às Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) que atuam nas aldeias. https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45386-comeca-mes- de-vacinacao-dos-povos-indigenas Figura 1: preenchimento da carteira de vacinação geral https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao#povos-indigenashttps://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao#povos-indigenas https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45386-comeca-mes-de-vacinacao-dos-povos-indigenas https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45386-comeca-mes-de-vacinacao-dos-povos-indigenas Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA A Lei Orgânica da Saúde conceitua Vigilância Epidemiológica (VE) como um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica – O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) compreende o conjunto interarticulado de instituições do setor público e privado componentes do Sistema Único de Saúde (SUS) que, direta ou indiretamente, notificam doenças e agravos, prestam serviços a grupos populacionais ou orientam a conduta a ser tomada no controle das mesmas. O SNVE está passando por profunda reorganização, que visa adequá-lo aos princípios de descentralização e de integralidade das ações definidas no SUS. Sistemas de Informações em Saúde (SIS) – São desenvolvidos e implantados - com o objetivo de facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões, a fim de contribuir para melhorar a situação de saúde individual e coletiva. São funções dos SIS: planejamento; coordenação; supervisão dos processos de seleção, coleta, aquisição, registro, armazenamento, processamento, recuperação, análise e difusão de dados e geração de informações. Outros sistemas de dados em saúde: Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN, Sistema de Informação de Mortalidade – SIM, Sistema de Nascidos Vivos – SINASC, Sistema de Informações Hospitalares - SIH/SUS, Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS - SIA/SUS, Sistema de Informações de Atenção Básica – SIAB, Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN, Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização - SI-PNI e etc. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES EM SAÚDE Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL VACINA Em 1796, o médico britânico Edward Jenner descobriu a primeira vacina. Para isso, ele extraiu pus de uma mulher que havia contraído a varíola bovina e o inoculou em James Phipps, uma criança de apenas oito anos. O garoto, que era saudável, teve uma forma leve da doença, mas sarou rapidamente. Cerca de dois meses depois, o médico fez outro teste em Phipps. Dessa vez, ele inoculou uma pústula da versão humana da varíola (mais agressiva) e o garoto não ficou doente. Ele estava imune. De lá para cá, os cientistas vêm desenvolvendo vacinas contra as mais variadas doenças –entre elas, a dengue. Todas funcionam da mesma maneira que a versão nada tecnológica de Jenner: estimulando o organismo a produzir anticorpos contra um determinado microrganismo, sem que, para isso, seja preciso ficar doente Quando uma criança é vacinada, é como se o corpo recebesse uma imitação da doença, mas muito mais fraca. “Algumas até possuem uma virulência residual do microrganismo, mas são muito atenuadas”, explica Reinaldo de Menezes, consultor científico do instituto Bio- Manguinhos, da Fiocruz. Isso é o suficiente para o que o organismo comece a produzir uma defesa específica para combater aquele vírus ou bactéria. Quando a infecção for eliminada, as células de defesa já terão criado uma “memória” contra a doença.... VACINA ATENUADA: contém uma versão enfraquecida do vírus, portanto não causa a doença em pessoas com o sistema imunológico saudável. Como é feita com um vírus vivo, é a que consegue causar uma infecção “mais natural”, o que produz uma resposta melhor do nosso sistema de defesa. Não é indicada a pessoas com problemas imunológicos, como crianças em tratamento com quimioterapia. Exemplos: sarampo, caxumba, rubéola e varicela. VACINA INATIVA: produzidas com microrganismos mortos ou com seus fragmentos. São mais seguras, mas também desencadeiam uma resposta imunológica menor. Frequentemente, são necessárias mais de uma dose para uma defesa prolongada. Exemplos: pólio, raiva, influenza, hepatite A TOXOIDES: vacina feita com toxinas modificadas de bactérias. Seu objetivo é prevenir as doenças que são causadas não pela bactéria em si, mas pela toxina que ela produz dentro do nosso corpo. Exemplo: difteria e tétano. CONJUGADAS: combatem doenças causadas por bactérias encapsuladas (possuem uma capa protetora de polissacarídeos). A vacina age conectando esses polissacarídeos a antígenos aos quais nosso sistema imune responde de maneira eficaz. Exemplo: pneumocócica 23 POR QUE ALGUMAS VACINAS PRECISAM DE VÁRIAS DOSES? De acordo com o Centro para Controle de Doenças Infecciosas, nos Estados Unidos, existem algumas razões principais para que os bebês precisem de mais de uma dose da maioria das vacinas. Algumas não fornecem imunização adequada já na primeira dose, o que é particularmente verdade nas vacinas inativadas, produzidas com o microrganismo morto. “Na segunda e até na terceira dose a sensibilização inicial é potencializada e a resposta imunológica se torna muito maior”, explica Menezes. Outras vacinas, como aquelas contra a difteria e o tétano, ajudam a desenvolver proteção já na primeira série de injeções. Mas, com o passar do tempo, é como se essa imunização fosse desaparecendo. Um reforço, portanto, faz com que os níveis de imunidade voltem a subir. No caso da vacina contra a gripe, as injeções são anuais porque são vírus que mudam com rapidez e variam ao longo do tempo. Por isso, elas são produzidas com as variações do vírus que são esperadas em circulação naquele determinado ano https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2017/09/19/clique- ciencia-como-agem-as-vacinas-e-por-que-precisamos-de-varias-doses.htm GRUPO DE RISCO - corresponde a uma população sujeita a determinados factores ou com determinadas características, que a tornam mais propensa a ter ou adquirir determinada doença. Os rastreios médicos são feitos normalmente em grupos de risco, e não em populações inteiras, já que os custos seriam elevadíssimos e os resultados demasiado extensos e pouco afinados. Por exemplo, mães com mais de 35 anos têm maior tendência para gerar filhos com deficiências congénitas, como por exemplo a Síndrome de Down, assim os diagnósticos pré-natais em Portugal são obrigatórios em grávidas com mais de 32 anos, o que de certa forma constitui um rastreio neste grupo de risco. Outro grupo de risco conhecido são os mineiros, que têm maior tendência para desenvolver doenças pulmonares como a silicose. Durante muito tempo relativamente à SIDA falava-se também de grupos de risco que incluiriam homossexuais, toxicodependentes e hemofílicos; no entanto, dadas as proporções catastróficas que a doença tem atingido, atualmente já não é possivel delimitar exatamente quais serão os grupos de risco e pelo contrário estes grupos (prostitutas e homossexuais) serão talvez os que mais tomam cuidado para evitar o contágio. https://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_de_risco https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2017/09/19/clique-ciencia-como-agem-as-vacinas-e-por-que-precisamos-de-varias-doses.htm https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2017/09/19/clique-ciencia-como-agem-as-vacinas-e-por-que-precisamos-de-varias-doses.htm https://pt.wikipedia.org/wiki/Popula%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rastreio https://pt.wikipedia.org/wiki/Cong%C3%AAnito https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Down https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal https://pt.wikipedia.org/wiki/Mina_(minera%C3%A7%C3%A3o) https://pt.wikipedia.org/wiki/Silicose https://pt.wikipedia.org/wiki/SIDA https://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxicodepend%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemof%C3%ADlicos https://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_de_risco Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL SISTEMA DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DE DOENÇAS E AGRAVOS, ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL CURIOSIDADES Em 1990, com a extinção da SNABS, as ações nacionais de vigilância epidemiológica e todo o seu acervo documental foram absorvidos pela recém instituída Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que incorporou a FSESP(representada por seu pioneirismo na associação das ações preventivas às de assistência curativa e de saneamento básico) , a Sucam e, posteriormente, áreas técnicas remanescentes da SNABS e da também extinta Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde (SNPES). Importância da SNABS: extensão das atividades sistemáticas de vacinação a todos os municípios brasileiros, estabelecendo mecanismos eficientes para assegurar o suprimento gratuito de imunobiológicos, assim como estratégias de mobilização social, que proporcionaram substancial elevação das coberturas vacinais; implantação do controle nacional de qualidade de todos os imunobiológicos utilizados no Programa Nacional de Imunizações (PNI); regulamentação técnica e implementação do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica; desenvolvimento de experiência na operacionalização da vacinação contra a poliomielite e na vigilância epidemiológica da doença, que resultou no Plano de Erradicação da Poliomielite; consolidação do Sistema Nacional de Informações sobre Mortalidade; Sistema de Laboratórios de Saúde Pública; concepção e promoção, em esfera nacional, do Programa Nacional de Zoonoses, como estratégia para a municipalização e desenvolvimento pioneiro, de atividades integradas de controle e prevenção de acidentes ofídicos. Importância do SNPES: Da Snpes, foram transferidas as ações de Coordenação Nacional de Pneumologia Sanitária e de Dermatologia Sanitária que, em princípio, atuavam, respectivamente, no controle da tuberculose e da hanseníase, tendo por base a experiência de trabalho em todo o território nacional, à luz do modelo campanhista, que trouxe importante aumento de cobertura. Posteriormente, sua atuação foi ampliada para as demais pneumopatias e para as dermatoses de interesse sanitário. Herdou, ainda, o Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF), criado em 1986, em Curicica/RJ, com a finalidade de dar suporte técnicocientífico à Divisão Nacional de Pneumologia Sanitária (Dnps) e à Campanha Nacional Contra a Tuberculose (Cnct). Com a extinção da Campanha e a transformação da Dnps em Coordenação Nacional de Pneumologia Sanitária, subordinada à Fundação Nacional de Saúde, o Centro de Referência passou a assumir parte das atribuições da Cnct, entre elas, a responsabilidade pelos cursos de especialização. A proposta de criação do Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi), vinculado à Fundação Nacional de Saúde, surgiu em 1990 Desde a sua criação, o Cenepi buscou promover o uso da epidemiologia em todos os níveis do SUS e subsidiou a formulação e a implementação das políticas de saúde nacionais. O Cenepi desenvolveu trabalhos conjuntos, integrando universidades e serviços de saúde, para o estabelecimento e consolidação de sistemas de informação [Sistema Nacional de Mortalidade (SIM), Sistema Nacional de Nascidos Vivos (Sinasc), Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), entre outros], constituição da Rede Nacional de Informação para a Saúde (RNIS) e da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa), capacitação de recursos humanos e apoio à pesquisa. Principalmente, o Cenepi acumulou importante experiência em vigilância epidemiológica de doenças e agravos inusitados à saúde. DIVISÃO DA VIGILÂNCIA Um dos pilares do Sistema Único de Saúde passa a ser a descentralização de funções, sob o comando único em cada esfera de governo – federal, estadual e municipal – , o que implica o direcionamento da atenção para as bases locais de operacionalização das atividades de vigilância epidemiológica. Ao nível estadual compete a função de coordenar o Sistema de Vigilância Epidemiológica (SVE), investindo em atividades de normatização, supervisão, capacitação e avaliação ao sistema, enquanto o Município incorpora as ações de vigilância epidemiológica de acordo com o grau de complexidade e estrutura do seu sistema de gestão. Os instrumentos legais que propiciarão a nova organização do sistema de saúde são as Normas Operacionais Básicas (NOB), editadas entre os anos de 1991 e 1996, cuja finalidade é promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público estadual e municipal, da função de gestão da atenção à saúde. As NOB definem a forma de financiamento, os mecanismos de repasse de recursos, nas relações entre os gestores dos três níveis, enfatizando as descentralizações aos Municípios e criando categorias de gestão diferenciadas, segundo um processo de habilitação. Em 1996, o Ministério da Saúde emite a Portaria no 1.742, publicada no Diário Oficial da União de 6 de novembro daquele ano, que institui a Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL Norma Operacional Básica 1996 (NOB-SUS 96) e que aponta para a condição do comando único em cada nível do sistema, sublinhando a responsabilidade pela saúde do cidadão – também compartilhada entre gestores. Ao promover mecanismos para o exercício de plena responsabilidade do gestor público, a NOB-SUS 96 reafirma as funções de coordenação, articulação, negociação, planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria como de competência dos três níveis de gestão. O Município passa a ser o responsável imediato, de fato, pelo atendimento das necessidades e demandas de saúde da sua população e das exigências de intervenção saneadoras no seu território, de acordo com a sua capacidade de atuação dentro do sistema. A NOB-SUS 96 vem reafirmar a necessidade de aperfeiçoamento da gestão do SUS e reordenação do modelo de atenção à saúde, na valorização dos resultados advindos de programações com critérios epidemiológicos e desempenho das ações com qualidade. A atribuição das ações desenvolvidas foi definida pela elaboração de uma programação que toma, como base, desde o nível municipal de execução, articulado com os demais níveis. A isso, denominouse Programação Pactuada Integrada (PPI), um processo de elaboração que deve respeitar a autonomia de cada nível gestor. O Estado deveria harmonizar e compatibilizar as programações municipais, incorporando as ações sob a sua responsabilidade direta, mediante negociações com os demais níveis. Dessa forma, a NOB-SUS 96 direcionava, como prioridade do SNVE, o fortalecimento de sistemas municipais de vigilância, dotados de autonomia técnico-gerencial para enfocar os problemas de saúde próprios de suas respectivas áreas de abrangência As ações de vigilância epidemiológica eram distribuídas segundo graus de complexidade (baixo, médio e alto) e serviam como parâmetro nas propostasde habilitação do Município, quanto à sua gestão. Na gestão plena de atenção básica, o Município se comprometia a notificar as doenças e agravos previstos na legislação vigente, de comum acordo com a Secretaria de Estado da Saúde; e a definir as respectivas responsabilidades em relação às ações de vigilância epidemiológica, ligadas à notificação, busca ativa, investigação de casos, bem como bloqueios vacinais, colheita de exames de laboratório, capacitação de pessoal, avaliação, etc. Na habilitação para gestão plena do sistema municipal, o Município deveria ser capaz de realizar, integralmente, as notificações de doenças de notificação compulsória, investigação epidemiológica – incluindo óbitos infantis e maternos –, consolidação e análise de dados. Quanto mais eficiente fosse a gestão local no desempenho das funções de vigilância epidemiológica, maior seria a oportunidade para que as ações de controle fossem desencadeadas. Os âmbitos de gestão estadual e federal dedicar-se-iam, seletivamente, às questões mais complexas, emergenciais ou de maior extensão, que demandassem a participação de especialistas e centros de referências. Em 27 de janeiro de 1999, o Congresso Nacional promulgou a Lei no 9.782, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que substitui a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária. A Anvisa tem por finalidade institucional “promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à Vigilância Sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e fronteiras.”. Este mesmo instrumento define, no parágrafo 3o do seu artigo 7o, que “as atividades de vigilância epidemiológica e de controle de vetores relativas a portos, aeroportos e fronteiras, serão executadas pela Agência, sob orientação técnica e normativa do Ministério da Saúde”. o Ministério da Saúde, apoiado pela Comissão Intergestores Tripartite, tomou a decisão de instituir a Norma Operacional à Saúde (NOAS- SUS) em substituição às NOB, isso porque a NOB Faltava, ainda, uma abordagem regionalizada e mais adequada à estrutura administrativa do país e suas particularidades. É exemplo comum entre os Municípios habilitados em gestão plena e capacitados a oferecer serviços de maior complexidade tentar impedir o acesso a esse atendimento pelos moradores de cidades vizinhas. A publicação da NOAS-SUS 01/2001, instituída pela Portaria MS/GM no 95, de 26 de janeiro de 2001, teve como objetivo central promover maior eqüidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção. Ela amplia as responsabilidades dos Municípios na atenção básica, define o processo de regionalização da assistência, cria mecanismos para o fortalecimento da capacidade de gestão do SUS e procede à atualização dos critérios de habilitação de Estados e Municípios. A NOAS-SUS 01/2001 prevê a organização de uma assistência qualificada e de melhor resolutividade na atenção básica, a partir da identificação de áreas estratégicas essenciais, relacionadas a problemas de saúde de abrangência nacional. Complementarmente, os Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL gestores estaduais e municipais podem definir outras áreas de ação, de acordo com as especificidades locais. A NOAS-SUS 01/2001 estabelece que o Município poderá pleitear a habilitação à gestão de Sistema Municipal de Saúde em dois níveis: a) Gestão Plena de Atenção Básica Ampliada b) Gestão Plena do Sistema Municipal Para a habilitação na condição de Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada (GPABA), o Município deverá ter, como áreas de atuação estratégicas: o controle da tuberculose; a eliminação da hanseníase; o controle da hipertensão arterial e diabetes mellitus; a saúde da criança; a saúde da mulher; e a saúde bucal. Para o financiamento do elenco de procedimentos da Atenção Básica Ampliada, foi instituído o PAB-Ampliado, no qual os Municípios que já recebem o PAB fixo em valor superior ao PAB Ampliado não terão acréscimo no valor per capita. O Município habilitado, ou que vier a se habilitar na condição de Gestão Plena do Sistema Municipal, deve receber, diretamente, no seu Fundo Municipal de Saúde, o montante total de recursos federais correspondente ao limite financeiro programado para ele. Esse valor compreende a parcela destinada ao atendimento da população própria e, condicionada ao cumprimento dos Termos de Compromisso para Garantia de Acesso celebrados com o gestor estadual, a parcela destinada ao atendimento da população referenciada. O fortalecimento de sistemas municipais de saúde, tendo a vigilância epidemiológica como um dos seus instrumentos mais importantes de atuação, deve-se constituir na estratégia principal de institucionalização do sistema de vigilância epidemiológicas. Em 9 de junho de 2003, pelo Decreto no 4.726, foi criada a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), reforçando uma área extremamente estratégica do Ministério da Saúde, fortalecendo e ampliando as ações de vigilância epidemiológica. As atividades que eram desempenhadas pelo extinto Centro Nacional de Epidemiologia, da Funasa, passaram a ser executadas pela SVS/MS. Entre elas, incluem-se os programas nacionais de combate à dengue, à malária e a outras doenças transmitidas por vetores, o Programa Nacional de Imunização, a prevenção e controle de doenças imunopreveníveis, a vigilância das doenças de veiculação hídrica e alimentar, o controle de zoonoses e a vigilância de doenças emergentes. A Construção da Vigilância em Saúde A SVS também agrega importantes programas nacionais de combate a doenças que se encontravam em outras áreas do Ministério da Saúde, como tuberculose, hanseníase, hepatites virais, DST e aids. Atualmente, todas as ações de prevenção e controle de doenças são partes constitutivas da mesma estrutura, possibilitando uma abordagem, entre elas, mais integrada e eficaz. A SVS também passa a coordenar as ações do Sistema Único de Saúde na área de Vigilância Ambiental e de Vigilância de Agravos de Doenças não Transmissíveis e seus fatores de risco. Com base nos dados epidemiológicos, a Secretaria também realiza análises da situação de saúde e o monitoramento de indicadores sanitários do país, possibilitando o aperfeiçoamento do processo de escolha de prioridades e de definição de políticas, bem como a avaliação dos resultados dos programas de saúde. A SVS atua, ainda, na construção de parcerias com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, bem como com instituições de ensino e pesquisa nacionais e internacionais. Em de 15 de junho de 2004, a Portaria MS/GM nº 1.172 definiu as atividades e parâmetros que integram a Programação Pactuada Integrada de Vigilância em Saúde (PPI-VS), que incorporou ações básicas de Vigilância Sanitária e revogou a Portaria MS/GM no 1.399, de 15 de dezembro de 1999 (que regulamentou a NOB no 1/1996, no que se refere às competências da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, na área de Epidemiologia e Controle de Doenças e definia a sistemática de financiamento), e a Portaria MS/GM no 1.147, de 20 de junho de 2002 (que alterou os artigos 19 e 20 da Portaria MS/GM no 1.399/1996). A Portaria MS/GM no 2.023, de setembro de 2004, juntamente com as Portarias no MS/GM 2.024 e 2.025, postulam a nova normatização da Atenção Primária. A primeira propõe a extinção das condições de Gestão Plena da Atenção Básica (GPAB) e da Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada (GPAB-A) dos municípios e define que essese o Distrito Federal são responsáveis pela organização do Sistema Municipal de Saúde, para gerenciar e executar as ações de Atenção Básica. Em 23 de novembro de 2004, como forma de identificar um número maior de casos de doenças de notificação compulsória e outros agravos relevantes, a Portaria MS/GM no 2.529 institui o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar e cria a Rede Nacional de Hospitais de Referência para esse subsistema, definindo critérios de qualificação de estabelecimentos. Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL EXTRA – FECHAMENTO HOSPEDEIRO DEFINITIVO – que é o que apresenta o parasita em sua fase de maturidade ou na sua forma sexuada. Exemplo: Schistosoma mansoni (que causa a esquistossomose) e o Trypanosoma cruzi (que causa a Doença de Chagas), tem no homem o seu hospedeiro definitivo, pois a sua fase sexuada ocorre no ser humano. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO – é o que apresenta o parasita e sua fase larvária ou assexuada. Como exemplo, o caramujo é o hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose. HOSPEDEIRO PARATÊNICO OU DE TRANSPORTE – é um ser vivo que serve de refúgio temporário e de veículo até que o parasita atinja o hospedeiro definitivo. O parasita não evolui neste hospedeiro. Esse hospedeiro não é imprescindível para completar o ciclo vital. Exemplo: peixes maiores, que ingerem peixes menores contaminados com larvas de Diphyllobothrium transportam essas larvas até o ser humano ingerir o peixe maior, geralmente cru. A interação parasita-hospedeiro ocorre por infecção ou infestação. Na infecção, ocorre a invasão e colonização do organismo hospedeiro por parasitas internos, como helmintos (Taenia saginata) e protozoários (Giárdia, Tripanossomo). Na infestação ocorre ataque ao organismo hospedeiro por parasitas externos, como os artrópodes (piolho, carrapato). POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Premissas A PNVS é definida como uma política pública de Estado e função essencial do SUS, de caráter universal, transversal e orientadora do modelo de atenção à saúde nos territórios. Sua efetivação depende de seu fortalecimento e articulação com outras instâncias do sistema de saúde, enquanto sua gestão é de responsabilidade exclusiva do poder público. Art. 2º A Política Nacional de Vigilância em Saúde é uma política pública de Estado e função essencial do SUS, tendo caráter universal, transversal e orientador do modelo de atenção nos territórios, sendo a sua gestão de responsabilidade exclusiva do poder público. Art. 3º - Parágrafo único. A análise de situação de saúde e as ações laboratoriais são atividades transversais e essenciais no processo de trabalho da Vigilância em Saúde. Art. 4º - Parágrafo único. A PNVS deve contribuir para a integralidade na atenção à saúde, o que pressupõe a inserção de ações de vigilância em saúde em todas as instâncias e pontos da Rede de Atenção à Saúde do SUS, mediante articulação e construção conjunta de protocolos, linhas de cuidado e matriciamento da saúde, bem como na definição das estratégias e dispositivos de organização e fluxos da rede de atenção. Art. 5º - A PNVS deverá contemplar toda a população em território nacional, priorizando, entretanto, territórios, pessoas e grupos em situação de maior risco e vulnerabilidade, na perspectiva de superar desigualdades sociais e de saúde e de buscar a equidade na atenção, incluindo intervenções intersetoriais. Parágrafo único. Os riscos e as vulnerabilidades de que trata o caput devem ser identificadas e definidas a partir da análise da situação de saúde local e regional e do diálogo com a comunidade, trabalhadores e trabalhadoras e outros atores sociais, considerando-se as especificidades e singularidades culturais e sociais de seus respectivos territórios. Abrangência Art. 2º - Parágrafo 2. A PNVS incide sobre todos os níveis e formas de atenção à saúde, abrangendo todos os serviços de saúde públicos e privados, além de estabelecimentos relacionados à produção e circulação de bens de consumo e tecnologias que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde Composição Art. 3º A PNVS compreende a articulação dos saberes, processos e práticas relacionados à vigilância epidemiológica, vigilância em saúde ambiental, vigilância em saúde do trabalhador e vigilância sanitária e alinha- se com o conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a transversalidade das ações de vigilância em saúde sobre a determinação do processo saúde doença. Finalidade Art. 4º A PNVS tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas três esferas de gestão do SUS, para o desenvolvimento da vigilância em saúde, visando a promoção e a proteção da saúde e a prevenção de doenças e agravos, bem como a redução da morbimortalidade, vulnerabilidades e riscos decorrentes das dinâmicas de produção e consumo nos territórios https://www.infoescola.com/doencas/esquistossomose/ https://www.infoescola.com/doencas/doenca-de-chagas/ https://www.infoescola.com/biologia/hospedeiro-intermediario/ https://www.infoescola.com/animais/platelmintos/ https://www.infoescola.com/reino-protista/protozoarios/ https://www.infoescola.com/biologia/artropodes-arthropoda/ Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL Definições Art. 2º - Parágrafo 1. Entende-se por Vigilância em Saúde o processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças. Art. 6º - Para efeito desta Política serão utilizadas as seguintes definições: I – Ações laboratoriais II – Ações de promoção da saúde III – Análise de situação de saúde IV – Centro de Informação e Assistência Toxicológica V – Emergência em saúde pública VI – Integralidade da atenção VII – Linha de Cuidado (LC) VIII – Modelo de Atenção à Saúde IX – Rede de Atenção à Saúde X – Vigilância em saúde ambiental XI – Vigilância em saúde do trabalhador e da trabalhadora XII – Vigilância epidemiológica XIII – Vigilância sanitária XIV – Vulnerabilidade XV – Risco PRINCÍPIOS Art. 7º A PNVS tem como princípios: I – Conhecimento do território: utilização da epidemiologia e da avaliação de risco para a definição de prioridades nos processos de planejamento, alocação de recursos e orientação programática. II – Integralidade: Articulação das ações de vigilância em saúde com as demais ações e serviços desenvolvidos e ofertados no SUS para garantir a integralidade da atenção à saúde da população. III – Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo. IV – Inserção da vigilância em saúde no processo de regionalização das ações e serviços de saúde. V – Equidade: Identificação dos condicionantes e determinantes de saúde no território, atuandode forma compartilhada com outros setores envolvidos. VI – Universalidade: Acesso universal e contínuo a ações e serviços de vigilância em saúde, integrados a rede de atenção à saúde, promovendo a corresponsabilização pela atenção às necessidades de saúde dos usuários e da coletividade. VII – Participação da comunidade de forma a ampliar sua autonomia, emancipação e envolvimento na construção da consciência sanitária, na organização e orientação dos serviços de saúde e no exercíciodo controle social. VIII – Cooperação e articulação intra e intersetorial para ampliar a atuação sobre determinantes e condicionantes da saúde. IX – Garantia do direito das pessoas e da sociedade às informações geradas pela Vigilância em Saúde, respeitadas as limitações éticas e legais. X – Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos DIRETRIZES Art. 8º A PNVS tem as seguintes diretrizes: I – Articular e pactuar responsabilidades das três esferas de governo, consonante com os princípios do SUS, respeitando a diversidade e especificidade locorregional. II – Abranger ações voltadas à saúde pública, com intervenções individuais ou coletivas, prestadas por serviços de vigilância sanitária, epidemiológica, em saúde ambiental e em saúde do trabalhador, em todos os pontos de atenção. III – Construir práticas de gestão e de trabalho que assegurem a integralidade do cuidado, coma inserção das ações de vigilância em saúde em toda a Rede de Atenção à Saúde e em especial na Atenção Primária, como coordenadora do cuidado. IV – Integrar as práticas e processos de trabalho das vigilâncias epidemiológica, sanitária, em saúde ambiental e em saúde do trabalhador e da trabalhadora e dos laboratórios de saúde pública, preservando suas especificidades, compartilhando saberes e tecnologias, promovendo o trabalho multiprofissional e interdisciplinar. V – Promover a cooperação e o intercâmbio técnico científico no âmbito nacional e internacional. VI – Atuar na gestão de risco por meio de estratégias para identificação, planejamento, intervenção, Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL regulação, comunicação, monitoramento de riscos, doenças e agravos. VII – Detectar, monitorar e responder às emergências em saúde pública, observando o Regulamento Sanitário Internacional, e promover estratégias para implementação, manutenção e fortalecimento das capacidades básicas de vigilância em saúde. VIII – Produzir evidências a partir da análise da situação da saúde da população de forma a fortalecer a gestão e as práticas em saúde coletiva. IX – Avaliar o impacto de novas tecnologias e serviços relacionados à saúde de forma a prevenir riscos e eventos adversos. PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO O Programa Nacional de Imunização ou simplesmente PNI foi criado em 1973, com o objetivo de normatizar a imunização em nível nacional, assim, contribuindo para o controle ou erradicação das doenças infectocontagiosas e imunopreveníveis, como exemplo: a poliomielite (paralisia infantil), sarampo, difteria, tétano, coqueluche, tuberculose e outras. O desenvolvimento do Programa é orientado por normas técnicas estabelecidas nacionalmente, no que se refere à conservação, manipulação, transporte e à aplicação dos imunobiológicos, assim como aos aspectos de programação e avaliação. Essas normas são estabelecidas com a participação dos órgãos responsáveis pela operacionalização e de outras instituições, assegurando, dessa forma, a sua aceitação e uniformidade de uso em todo o país (Manual de Rede de Frio, 2007). O Programa Nacional de Imunização faz parte da Organização Mundial da Saúde, mas recebe ajuda técnica e financeira da UNICEF, do Rotary Club e também das Nações Unidas. O Programa Nacional de Imunização tem por objetivo conscientizar a população da importância da vacinação, e imunizar a maioria delas, por este motivo, existem metas para as ações como: - Para o grupo de menores de cinco anos, meta de vacinar 90% da população com as vacinas da tríplice viral, tetravalente e BCG, contra a poliomielite a meta é de 95%, principalmente nos dias nacionais de vacinação, onde também é completado o esquema daqueles que, por diferentes motivos, estão com a vacinação atrasada. - Para o grupo de mulheres em idade fértil, de 12 a 49 anos, a meta é vacinar todas as mulheres contra o tétano e síndrome da rubéola congênita, evitando assim contaminações durante a gestação. - Para o grupo de adolescentes, existem as ações de controle da febre amarela, do tétano e raiva humana e o controle da hepatite B. Segundo o Manual de Rede de Frio (MS, 2007), as ações de vacinação para as crianças têm contribuído para reduzir a morbimortalidade por doenças imunopreveníveis, melhorando a qualidade de vida, principalmente nos menores de cinco anos. Acompanhando as transformações demográficas e epidemiológicas registradas no país, o Programa Nacional de Imunizações incorpora mais um desafio neste alvorecer de século: ampliar as ações de vacinação para a população de 60 anos ou mais, e 100% das populações indígenas brasileiras. E para esta faixa etária: dT (difteria e tétano), contra influenza (contra gripe) e pneumococo. A Unidade de Saúde é responsável por desenvolver o Programa Nacional de Imunização em nível local por intermédio das várias estratégias para imunizar a população. Podemos citar: rotinas, intensificações, campanhas e bloqueios. (FIGUEIREDO, 2005). https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/ programa-nacional-de-imunizacao/21939 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/programa-nacional-de-imunizacao/21939 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/programa-nacional-de-imunizacao/21939