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Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 
 
Vigilância em saúde 
 
TERMOS DESCONHECIDOS 
 
AUTÓCTONE (do grego authos) - igual, próprio do lugar; 
que nasceu naquele lugar e guarda dentro de si 
costumes, cultura e jeitos dos costumes daquele povo 
que ali nasceu. 
 
ALÓCTONE (do grego allos) - diferente, é aquilo que 
não é natural do lugar em que se encontra 
 
O.1: HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS 
INFECTOCONTAGIOSAS E SEUS COMPONENTES 
 
A história natural da doença é o curso da doença desde 
o início até sua resolução, na ausência de intervenção. 
Em outras palavras é o modo próprio de evoluir que tem 
toda doença ou processo, quando se deixa seguir 
seu próprio curso. 
O processo se inicia com a exposição de um hospedeiro 
suscetível a um agente causal e termina com a 
recuperação, deficiência ou óbito. Os níveis de 
prevenção propostos por Level e Clark claramente 
delimitam o período pré-patogênico, o primeiro deles 
antes da doença e representa o momento da interação 
do agente, o ambiente e o hospedeiro. 
Nesse modelo, é remarcada a importância das diferentes 
medidas de prevenção que podem ser realizadas 
dependendo do momento em que se encontre a doença 
e deste modo as atividades de prevenção primárias são 
efetuadas no período pré-patogênico e são 
encaminhadas para promover a saúde e a proteção 
específica; na prevenção secundária, as ações são o 
diagnóstico precoce, o tratamento imediato e a limitação 
do dano; e a prevenção terciária está focada na 
reabilitação. 
 
Nas doenças transmissíveis, o período de latência é o 
tempo que transcorre desde a infecção até que a pessoa 
se torne infectada. O período de incubação é o tempo 
que transcorre desde a infecção até a apresentação dos 
sintomas. No caso das doenças não transmissíveis, a 
terminologia difere um pouco e se considera que o 
período de latência corresponde ao período que 
transcorre entre o desenvolvimento da doença subclínica 
até a apresentação de sintomas (Rothman, 1986). 
 
 
A CADEIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
Para entender as relações entre os diferentes elementos 
que levam ao aparecimento de uma doença 
transmissível, o esquema tradicional é a denominada 
cadeia epidemiológica, também conhecida como cadeia 
de infecção. 
 
AGENTE CAUSAL - é um fator que está presente para 
a ocorrência de uma doença; de modo geral, um agente 
é considerado uma causa necessária porém não 
suficiente para a produção da doença. Pode ser um 
micro-organismo, substância química, ou forma de 
radiação, cuja presença, presença excessiva ou relativa 
ausência é essencial para a ocorrência da doença. 
 
 
 
VETOR - organismos que servem de veículo para a 
transmissão de algum causador de doença. 
ex.: artrópode, como mosquitos ou moluscos. 
 
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 
 
Vetor biológico - é aquele que serve de local para a 
multiplicação de um agente causador de doenças 
Vetor mecânico - é aquele em que o agente causador 
da doença não se multiplica e não se desenvolve nesse 
local, sendo o vetor apenas uma forma de transporte. 
 
No caso das doenças transmitidas por vetores, é impossível a 
transmissão de uma pessoa para outra. No caso da dengue, por 
exemplo, o vírus não é transmitido pelo contato com o doente, sendo 
necessária a picada de um mosquito Aedes aegypti infectado para que 
a transmissão ocorra. Nesse caso, o mosquito é o vetor. Além da 
dengue, a malária, a doença de chagas, febre 
amarela, zika, chikungunya e leishmaniose são exemplos de doenças 
que são transmitidas por vetores. 
 
AGENTE ETIOLÓGICO - é o agente causador da 
doença, aquele que desencadeia os sinais e sintomas de 
determinada enfermidade. O termo agente etiológico 
pode ser usado em substituição a patógeno. 
ex.: Vírus, bactérias, protozoários, fungos, platelmintos e 
nematelmintos. No caso da dengue, por exemplo, o agente 
etiológico é o vírus da dengue, um arbovírus da família Flaviviridae. 
 
Diferença entre vetor e agente etiológico 
A diferença entre vetor e agente etiológico é que esse último causa a 
doença, mas o vetor transporta o agente etiológico. A malária, por 
exemplo, é provocada por protozoários do gênero Plasmodium (agente 
etiológico), que são transmitidos pela picada do mosquito (vetor) do 
gênero Anopheles infectado. 
 
 
TRANSMISSÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS 
 
• Transmissão direta ou contágio: é a rápida 
transferência do agente etiológico, sem interferência de 
veículos e pode ocorrer de duas formas distintas: 
 
 Transmissão direta imediata: transmissão na qual existe 
um contato físico entre o reservatório ou fonte de 
infecção e o novo hospedeiro suscetível. 
 
 Transmissão direta mediata: transmissão na qual não 
existe contato físico entre o reservatório ou fonte de 
infecção e o novo hospedeiro. A mesma ocorre por 
meio das secreções oronasais transformadas em 
partículas pelos movimentos do espirro e que, tendo 
mais de 100 micras de diâmetro, têm capacidade de 
conduzir agentes infecciosos existentes nas vias 
respiratórias. Essas partículas são chamadas “gotículas de 
flügge”. 
 
• Transmissão indireta: é transferência do agente 
etiológico por meio de propagadores animados ou 
inanimados. A fim de que a transmissão indireta possa 
ocorrer, torna-se essencial que os agentes sejam 
capazes de sobreviver fora do organismo durante um 
certo tempo; e que existam propagadores que 
transportem os microrganismos ou parasitas de um lugar 
a outro. se dá por meio de um artrópode que transfere 
um agente infeccioso do reservatório ou fonte de 
infecção para um hospedeiro suscetível. Este artrópode 
pode comportar-se como vetor biológico ou mecânico 
Os veículos inanimados são: água, ar, alimentos, solo e 
fômites. (qualquer objeto inanimado ou substância capaz 
de absorver, reter e transportar organismos contagiantes 
ou infecciosos (de germes a parasitas), de um indivíduo 
a outro.) 
 
PATOLOGIAS INFECTO-CONTAGIOSAS são as 
doenças causadas por um agente biológico como por 
exemplo vírus, bactérias ou parasitas. Doenças 
contagiosas são doenças transmissíveis, por contato 
direto ou indireto com indivíduos infectados. 
 
Doença transmissível: é qualquer doença causada por um 
agente infeccioso específico ou seus produtos tóxicos, 
que se manifesta pela transmissão deste agente ou de 
seus produtos, de um reservatório a um hospedeiro 
suscetível, seja diretamente de uma pessoa ou animal 
infectado, ou indiretamente por meio de um hospedeiro 
intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um 
vetor ou do meio ambiente inanimado. 
 
Doença emergente: é uma doença transmissível cuja 
incidência em humanos vem aumentado nos últimos 25 
anos do Século XX ou que ameaça aumentar em um 
futuro próximo. 
 
Doença reemergente: é uma doença transmissível 
previamente conhecida que reaparece como problema 
de saúde pública após uma etapa de significativo declínio 
de sua incidência e aparente controle. 
 
A Tríade Epidemiológica é o modelo tradicional de 
causalidade das doenças transmissíveis; nesse, a doença 
é o resultado da interação entre o agente, o hospedeiro 
suscetível e o ambiente. 
 
 
 
CICLO EVOLUTIVO – evolução da doença, desde o 
surgimento até o desaparecimento 
 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/dengue.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/o-mosquito-dengue.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/doenca-chagas.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/febre-amarela.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/febre-amarela.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/febre-zika.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/febre-chikungunya.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/leishmaniose-1.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/malaria.htmNivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 
 
FASE AGUDA: período após a infecção em que os 
sintomas clínicos são mais marcantes. Após este período 
ocorre uma definição: cura, fase crônica ou óbito 
FASE CRÔNICA: é a que segue a fase aguda; ocorre 
diminuição da sintomatologia clínica e existe um equilíbrio 
relativo entre o hospedeiro e o biogente. 
DOENÇA ATIVA: 
- Superaguda: <24h 
- Aguda: 24h até 15 dias 
- Subaguda: 15 dias até 1 mês 
- Crônica: > 1 mês 
 
https://slideplayer.com.br/slide/3643842/ 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/
transmissao-de-doencas-infecciosas/44344 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/diferenca-entre-vetor-
agente-etiologico.htm 
 
O.2: VIGILÂNCIA EM SAÚDE E SUAS FUNÇÕES 
 
A vigilância está relacionada às práticas de atenção e 
promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos 
adotados para prevenção de doenças. Além disso, integra 
diversas áreas de conhecimento e aborda diferentes 
temas, tais como política e planejamento, territorialização, 
epidemiologia, processo saúde-doença, condições de vida 
e situação de saúde das populações, ambiente e saúde 
e processo de trabalho. A partir daí, a vigilância se distribui 
entre: epidemiológica, ambiental, sanitária e saúde do 
trabalhador. 
 
A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA reconhece as principais 
doenças de notificação compulsória e investiga epidemias 
que ocorrem em territórios específicos. Além disso, age 
no controle dessas doenças específicas. 
A VIGILÂNCIA AMBIENTAL se dedica às interferências 
dos ambientes físico, psicológico e social na saúde. As 
ações neste contexto têm privilegiado, por exemplo, o 
controle da água de consumo humano, o controle de 
resíduos e o controle de vetores de transmissão de 
doenças – especialmente insetos e roedores. 
As ações de VIGILÂNCIA SANITÁRIA dirigem-se, 
geralmente, ao controle de bens, produtos e serviços 
que oferecem riscos à saúde da população, como 
alimentos, produtos de limpeza, cosméticos e 
medicamentos. Realizam também a fiscalização de 
serviços de interesse da saúde, como escolas, hospitais, 
clubes, academias, parques e centros comerciais, e ainda 
inspecionam os processos produtivos que podem pôr 
em riscos e causar danos ao trabalhador e ao meio 
ambiente. 
Já a ÁREA DE SAÚDE DO TRABALHADOR realiza 
estudos, ações de prevenção, assistência e vigilância aos 
agravos à saúde relacionados ao trabalho. 
http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/pagina/saude-em-bento 
epidemiologia 
https://pensesus.fiocruz.br/vigilancia-em-saude 
 
O.3: SURTO, EPIDEMIA, ENDEMIA E PANDEMIA 
 
SURTO: acontece quando há o aumento repentino do 
número de casos de uma doença em uma região 
específica. Para ser considerado surto, o aumento de 
casos deve ser maior do que o esperado pelas 
autoridades. 
Em algumas cidades (como Itajaí-SC), a dengue é tratada como surto (e 
não como epidemia), pois acontece em regiões específicas (um bairro, 
por exemplo). 
 
 
PANDEMIA: é definida quando uma doença infecciosa se 
propaga e atinge simultaneamente um grande número 
de pessoas em todo o mundo 
Ex.: gripe suína, covid-19, AIDS, tuberculose, peste, gripe asiática, gripe 
espanhola e tifo. 
 
EPIDEMIA: também classifica as doenças infecciosas e 
contagiosas, mas que ocorrem somente em uma 
comunidade e ou região específica. A nível municipal, por 
exemplo, uma epidemia ocorre quando vários bairros 
apresentam casos da doença; estadual quando ocorre 
em várias cidades e nacional em diversas regiões do país. 
Em resumo, são surtos de doenças em diversas regiões, 
sem propagação entre países, por exemplo. Podemos 
citar casos de epidemia quando a dengue acontece em 
várias cidades. 
 
ENDEMIA: os casos de endemias não são classificados 
levando em conta o número de ocorrência. A doença é 
endêmica quando aparece com frequência em um local, 
não se espalhando por outras comunidades a chamada 
endêmica típica. A endemia também é classificada de 
https://slideplayer.com.br/slide/3643842/
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/transmissao-de-doencas-infecciosas/44344
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/transmissao-de-doencas-infecciosas/44344
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/diferenca-entre-vetor-agente-etiologico.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/diferenca-entre-vetor-agente-etiologico.htm
http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/pagina/saude-em-bento%20epidemiologia
http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/pagina/saude-em-bento%20epidemiologia
https://pensesus.fiocruz.br/vigilancia-em-saude
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/02/09/surto-de-dengue-cancela-carnaval-e-cria-gabinete-de-crise-em-sc.htm
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modo sazonal. A febre amarela, comum na região 
amazônica, é uma doença endêmica. 
https://www.saolucascopacabana.com.br/noticias/surto-epidemia-
pandemia-e-endemia-entenda-qual-e-a-diferenca-entre-eles/ 
https://www.em.com.br/app/noticia/educacao/2020/03/12/internas_edu
cacao,1128357/pandemia-epidemia-e-endemia-entenda-a-diferenca.shtml 
 
 
 
O.4: AUTÓCTONE E ALÓCTONE 
 
CASO ALÓCTONE – é o doente que adquiriu a sua 
doença em outra região de onde emigrou ou onde 
esteve ocasionalmente 
 
CASO AUTÓCTONE – é o caso de doença que teve 
origem dentro dos limites do lugar de investigação 
 
0.5: PATOGENICIDADE, VIRULÊNCIA, LETALIDADE E 
INFECTIVIDADE 
 
 
INFECTIVIDADE - é o nome que se dá à capacidade que 
tem certos organismos de penetrar e de se desenvolver 
ou de se multiplicar no novo hospedeiro, ocasionando 
infecção. Nesse caso, o agente etiológico é também 
chamado de agente infeccioso. 
 
PATOGENICIDADE - é a qualidade que tem o agente 
infeccioso de, uma vez instalado no organismo do 
homem e de outros animais, produzir sintomas em 
maior ou menor proporção dentre os hospedeiros 
infectados. Há agentes dotados de alta 
patogenicidade, como é o caso do vírus do sarampo. 
Nesse caso, praticamente todos os infectados 
desenvolvem sintomas e sinais específicos. Numa 
situação oposta se encontra o vírus da poliomielite, 
dotado de baixa patogenicidade. Dentre os infectados, 
somente cerca de 1% desenvolve a paralisia. 
 
VIRULÊNCIA - é a capacidade que um agente biológico 
tem em produzir efeitos graves ou fatais. Está relacionada 
com a sua capacidade de multiplicação no organismno 
infectado, produção de toxinas, entre outros fatores. 
 
• Coeficiente de letalidade: Indica a percentagem de 
casos mortais da doença; 
• Coeficiente de gravidade: Indica a percentagem de 
casos considerados graves, de acordo com critérios pré 
estabelecidos; 
• Alta virulência significa uma proporção elevada de casos 
graves ou fatais, como acontece na raiva, por exemplo, 
em que todo caso é fatal. 
 
LETALIDADE - Expressa o número de óbitos em 
relação aos doentes de uma população. 
 
Dose Infectante - é a quantidade do agente etiológico 
necessário para iniciar uma infecção. Varia com a 
virulência do bioagente e com a resistência do acometido. 
Quanto maior o número de parasitas inoculados no 
suscetível, tanto maior será a probabilidade de infecta-lo. 
 
Poder Invasivo – é a capacidade que tem o parasita de 
se difundir, através de tecidos, órgãos e sistemas 
anatomofisiológicos do hospedeiro. Há parasitas que se 
multiplicam em tecidos superficiais, como no caso do 
microsporum canis, agente de Tinea corporis. Há os que 
se multiplicam nos vasos linfáticos e tecidos adjacentes, 
formando os bubões, como Yersinia pestis na peste 
bubônica. Outros se instalam em órgãos sendo a 
tuberculose pulmonar é o exemplo clássico. E ainda há 
os que invadem a corrente sanguínea, produzindo 
septicemia, como o Stafilococus sp. 
 
Imunogenicidade - também chamado de poder 
imunogênico, é a capacidade que tem o bioagente para 
induzir imunidadeno hospedeiro. Há agentes, como os 
vírus da rubéola, do sarampo, da caxumba, da varicela e 
outros, dotados de alto poder imunogênico. Uma vez 
infectadas por esses microrganismos, as pessoas ficam, 
em geral, imunes para o resto da vida. Há outros agentes 
etiológicos de baixo poder imunogênico; o vírus da 
rinofaringite aguda, as salmonelas e as shigelas, por 
exemplo, apenas conferem imunidade temporária aos 
suscetíveis. 
 
Morbidade - Expressa o número de doentes em relação 
a população 
 
Mortalidade- Número de óbitos em determinado período 
de tempo, em relação a população. 
 
Patognomônico- Sinal ou sintoma característico de uma 
doença. 
 
Período pré-patente - É o período que decorre entre a 
infecção e o aparecimento das primeiras formas 
detectáveis do agente infeccioso 
 
.Período de incubação- É o período decorrente entre a 
infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas 
clínicos. 
 
http://campeche.inf.furb.br/sias/saude/Textos/infectividade.htm 
https://slideplayer.com.br/slide/3643842/ 
 
 
 
https://www.saolucascopacabana.com.br/noticias/surto-epidemia-pandemia-e-endemia-entenda-qual-e-a-diferenca-entre-eles/
https://www.saolucascopacabana.com.br/noticias/surto-epidemia-pandemia-e-endemia-entenda-qual-e-a-diferenca-entre-eles/
https://www.em.com.br/app/noticia/educacao/2020/03/12/internas_educacao,1128357/pandemia-epidemia-e-endemia-entenda-a-diferenca.shtml
https://www.em.com.br/app/noticia/educacao/2020/03/12/internas_educacao,1128357/pandemia-epidemia-e-endemia-entenda-a-diferenca.shtml
http://campeche.inf.furb.br/sias/saude/Textos/infectividade.htm
https://slideplayer.com.br/slide/3643842/
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 
 
0.6: CALENDÁRIO VACINAL 
 
O ditado popular “melhor prevenir do que remediar” se 
aplica perfeitamente à vacinação. Muitas doenças 
comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um 
problema de saúde pública por causa da vacinação 
massiva da população. Poliomielite, sarampo, rubéola, 
tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças 
comuns no passado e que as novas gerações só ouvem 
falar em histórias. O Calendário Nacional de Vacinação 
contempla não só as crianças, mas também 
adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos 
indígenas. Ao todo, são disponibilizadas 19 vacinas para 
mais de 20 doenças, cuja proteção inicia ainda nos 
recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida. 
Toda a população pode se vacinar gratuitamente nas 
mais de 36 mil salas de vacinação localizadas nas Unidades 
Básicas de Saúde (UBS) de todo o país. Para isso, basta 
comparecer a um posto de saúde com o cartão de 
vacinação em mãos. 
 
Gestantes e puérperas (Pós-Parto até 45 dias) 
 Obrigatória a apresentação do cartão SUS 
Até os 17 anos, não vacinamos sem a carteira de 
vacinação 
 Não indicamos a vacina contra febre amarela 
para gestantes e mulheres amamentando 
crianças com até 6 meses. 
Crianças de 0 a 9 anos 
 Caderneta de Saúde da Criança - Meninas 
 Caderneta de Saúde da Criança - Meninos 
 Obrigatório a apresentação do cartão SUS 
 Até os 17 anos, não vacinamos sem a carteira de 
vacinação 
 
Adolescentes (até 19 anos) 
 Caderneta de Saúde do Adolescente - Meninas 
 Caderneta de Saúde do Adolescente - Meninos 
 Obrigatório a apresentação do cartão SUS 
 Até os 17 anos, não vacinamos sem a carteira de 
vacinação 
 
Idosos (Mais de 60 anos) 
 Para vacina de febre amarela é necessária 
autorização médica 
 
http://fm.usp.br/cseb/vacinacao/calendario-vacinal 
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao
 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_menina_11ed.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_menino_11ed.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_adolescente_menina.pdf
http://fm.usp.br/cseb/conteudo/caderneta_saude_adolescente_menino.pdf
http://fm.usp.br/cseb/vacinacao/calendario-vacinal
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VACINAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS 
 
O Mês de Vacinação dos Povos Indígenas é coordenado 
anualmente pela Secretaria Especial de Saúde Indígena 
(SESAI) do Ministério da Saúde. Os 34 Distritos 
Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) do país receberão 
a força-tarefa, que tem a missão de imunizar mil 
indígenas aldeados em todas as regiões do país para 
fortalecer a vigilância epidemiológica das doenças 
imunopreveníveis nas aldeias e intensificar as atividades 
de rotina para completar esquemas de vacinação. 
Quase 2,5 mil profissionais, em especial agentes 
indígenas de saúde, participarão da ação nos DSEIs em 
todo o país. Também compõem a equipe médicos, 
enfermeiros, auxiliares de enfermagem, cirurgiões 
dentistas e auxiliares de saúde bucal, que integram as 
Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI). A 
logística dessa vacinação é diferenciada, levando em 
consideração as especificidades dessa população e as 
necessidades de transporte das equipes e insumos até 
as aldeias, seja por carro, barco, helicóptero ou avião. 
Para realizar a mobilização em lugares distantes dos 
grandes centros e muitas vezes isolados, o Ministério da 
Saúde está investindo R$ 2,46 milhões, incluindo 
despesas com logística, transporte e imunobiológicos. O 
Mês de Vacinação dos Povos Indígenas teve início em 
2005 e faz parte da Semana de Vacinação nas 
Américas, liderada pela OPAS. No Brasil, a ação 
acontece no mesmo período da campanha de 
vacinação contra a gripe, realizada nos meses de abril 
e maio. 
O modelo de atenção estabelecido pela Política de 
Atenção à Saúde Indígena prioriza as atividades de 
promoção à saúde, prevenção e controle de doenças 
e agravos, baseando-se no perfil epidemiológico da 
população indígena. A imunização é uma das ações 
prioritárias entre as desenvolvidas pelos Distritos para a 
promoção à saúde e prevenção e controle de doenças. 
Com duração de um mês, a ação ofertará doses de 
vacinas contra infecções bacterianas graves que 
fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação dos 
Povos Indígenas. 
A ideia é intensificar a imunização da população mais 
vulnerável, como crianças de até quatro anos, 
mulheres em idade fértil (10 a 49 anos) e idosos, que 
vivem em áreas de difícil acesso e onde há baixa 
cobertura vacinal. Os Distritos Sanitários Especiais 
Indígenas também definirão quais as áreas prioritárias 
de suas regiões. Além da imunização, os DSEIs 
aproveitarão a oportunidade para realizar várias 
atividades durante a ação, estre elas: avaliação 
nutricional, atendimento odontológico, testes rápidos 
de HIV/Hepatites/Sífilis, consultas de pré-natal e 
exames laboratoriais e clínicos, aplicação de vitamina 
A, palestras educativas, entre outras coisas 
DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS - DSEIs 
Parte da estrutura da Sesai e do Ministério da Saúde, 
os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) são 
unidades gestoras descentralizadas do Subsistema de 
Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). Os Distritos 
respondem regionalmente pela execução de ações de 
atenção à saúde nas aldeias, de saneamento ambiental 
e edificações de saúde em áreas indígenas. Essas 
unidades estão divididas por critérios territoriais, tendo 
como base a ocupação geográfica das comunidades 
indígenas, muitas vezes abrangendo mais de um 
município e, em alguns casos, mais de um estado. 
Cada distrito abriga um grupo de Polos-Base, unidades 
de apoio aos DSEIs e às Equipes Multidisciplinares de 
Saúde Indígena (EMSI) que atuam nas aldeias. 
 
https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45386-comeca-mes-
de-vacinacao-dos-povos-indigenas 
 
 
Figura 1: preenchimento da carteira de vacinação geral
https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao#povos-indigenashttps://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao#povos-indigenas
https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45386-comeca-mes-de-vacinacao-dos-povos-indigenas
https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45386-comeca-mes-de-vacinacao-dos-povos-indigenas
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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
 
 
A Lei Orgânica da Saúde conceitua Vigilância 
Epidemiológica (VE) como um conjunto de ações que 
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção 
de qualquer mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a 
finalidade de recomendar e adotar as medidas de 
prevenção e controle das doenças ou agravos. Sistema 
Nacional de Vigilância Epidemiológica – O Sistema 
Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) 
compreende o conjunto interarticulado de instituições do 
setor público e privado componentes do Sistema Único 
de Saúde (SUS) que, direta ou indiretamente, notificam 
doenças e agravos, prestam serviços a grupos 
populacionais ou orientam a conduta a ser tomada no 
controle das mesmas. 
O SNVE está passando por profunda reorganização, que 
visa adequá-lo aos princípios de descentralização e de 
integralidade das ações definidas no SUS. Sistemas de 
Informações em Saúde (SIS) – São desenvolvidos e 
implantados - com o objetivo de facilitar a formulação e 
avaliação das políticas, planos e programas de saúde, 
subsidiando o processo de tomada de decisões, a fim de 
contribuir para melhorar a situação de saúde individual e 
coletiva. São funções dos SIS: planejamento; 
coordenação; supervisão dos processos de seleção, 
coleta, aquisição, registro, armazenamento, 
processamento, recuperação, análise e difusão de dados 
e geração de informações. Outros sistemas de dados em 
saúde: Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
– SINAN, Sistema de Informação de Mortalidade – SIM, 
Sistema de Nascidos Vivos – SINASC, Sistema de 
Informações Hospitalares - SIH/SUS, Sistema de 
Informações Ambulatoriais do SUS - SIA/SUS, Sistema de 
Informações de Atenção Básica – SIAB, Sistema de 
Informações de Vigilância Alimentar e Nutricional –
SISVAN, Sistema de Informações do Programa Nacional 
de Imunização - SI-PNI e etc. 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE 
INFORMAÇÕES EM SAÚDE 
 
 
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 
 
 
 VACINA 
 
Em 1796, o médico britânico Edward Jenner descobriu a 
primeira vacina. Para isso, ele extraiu pus de uma mulher 
que havia contraído a varíola bovina e o inoculou em 
James Phipps, uma criança de apenas oito anos. O garoto, 
que era saudável, teve uma forma leve da doença, mas 
sarou rapidamente. Cerca de dois meses depois, o 
médico fez outro teste em Phipps. Dessa vez, ele 
inoculou uma pústula da versão humana da varíola (mais 
agressiva) e o garoto não ficou doente. Ele estava imune. 
De lá para cá, os cientistas vêm desenvolvendo vacinas 
contra as mais variadas doenças –entre elas, a dengue. 
Todas funcionam da mesma maneira que a versão nada 
tecnológica de Jenner: estimulando o organismo a 
produzir anticorpos contra um determinado 
microrganismo, sem que, para isso, seja preciso ficar 
doente 
Quando uma criança é vacinada, é como se o corpo 
recebesse uma imitação da doença, mas muito mais 
fraca. “Algumas até possuem uma virulência residual do 
microrganismo, mas são muito atenuadas”, explica 
Reinaldo de Menezes, consultor científico do instituto Bio-
Manguinhos, da Fiocruz. Isso é o suficiente para o que o 
organismo comece a produzir uma defesa específica 
para combater aquele vírus ou bactéria. Quando a 
infecção for eliminada, as células de defesa já terão 
criado uma “memória” contra a doença.... 
 
VACINA ATENUADA: contém uma versão enfraquecida 
do vírus, portanto não causa a doença em pessoas com 
o sistema imunológico saudável. Como é feita com um 
vírus vivo, é a que consegue causar uma infecção “mais 
natural”, o que produz uma resposta melhor do nosso 
sistema de defesa. Não é indicada a pessoas com 
problemas imunológicos, como crianças em tratamento 
com quimioterapia. 
Exemplos: sarampo, caxumba, rubéola e varicela. 
 
VACINA INATIVA: produzidas com microrganismos 
mortos ou com seus fragmentos. São mais seguras, mas 
também desencadeiam uma resposta imunológica 
menor. Frequentemente, são necessárias mais de uma 
dose para uma defesa prolongada. 
Exemplos: pólio, raiva, influenza, hepatite A 
 
TOXOIDES: vacina feita com toxinas modificadas de 
bactérias. Seu objetivo é prevenir as doenças que são 
causadas não pela bactéria em si, mas pela toxina que 
ela produz dentro do nosso corpo. 
Exemplo: difteria e tétano. 
 
CONJUGADAS: combatem doenças causadas por 
bactérias encapsuladas (possuem uma capa protetora de 
polissacarídeos). A vacina age conectando esses 
polissacarídeos a antígenos aos quais nosso sistema 
imune responde de maneira eficaz. 
Exemplo: pneumocócica 23 
 
POR QUE ALGUMAS VACINAS PRECISAM DE VÁRIAS 
DOSES? 
De acordo com o Centro para Controle de Doenças 
Infecciosas, nos Estados Unidos, existem algumas razões 
principais para que os bebês precisem de mais de uma 
dose da maioria das vacinas. Algumas não fornecem 
imunização adequada já na primeira dose, o que 
é particularmente verdade nas vacinas inativadas, 
produzidas com o microrganismo morto. “Na segunda e 
até na terceira dose a sensibilização inicial é potencializada 
e a resposta imunológica se torna muito maior”, explica 
Menezes. Outras vacinas, como aquelas contra a difteria 
e o tétano, ajudam a desenvolver proteção já na primeira 
série de injeções. Mas, com o passar do tempo, é como 
se essa imunização fosse desaparecendo. Um reforço, 
portanto, faz com que os níveis de imunidade voltem a 
subir. No caso da vacina contra a gripe, as injeções são 
anuais porque são vírus que mudam com rapidez e 
variam ao longo do tempo. Por isso, elas são produzidas 
com as variações do vírus que são esperadas em 
circulação naquele determinado ano 
 
https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2017/09/19/clique-
ciencia-como-agem-as-vacinas-e-por-que-precisamos-de-varias-doses.htm 
 
GRUPO DE RISCO - corresponde a uma população sujeita 
a determinados factores ou com determinadas 
características, que a tornam mais propensa a ter ou 
adquirir determinada doença. 
Os rastreios médicos são feitos normalmente em grupos 
de risco, e não em populações inteiras, já que os custos 
seriam elevadíssimos e os resultados demasiado 
extensos e pouco afinados. 
Por exemplo, mães com mais de 35 anos têm maior tendência para 
gerar filhos com deficiências congénitas, como por exemplo 
a Síndrome de Down, assim os diagnósticos pré-natais 
em Portugal são obrigatórios em grávidas com mais de 32 anos, o 
que de certa forma constitui um rastreio neste grupo de risco. 
Outro grupo de risco conhecido são os mineiros, que têm maior 
tendência para desenvolver doenças pulmonares como a silicose. 
Durante muito tempo relativamente à SIDA falava-se também de 
grupos de risco que 
incluiriam homossexuais, toxicodependentes e hemofílicos; no 
entanto, dadas as proporções catastróficas que a doença tem 
atingido, atualmente já não é possivel delimitar exatamente quais 
serão os grupos de risco e pelo contrário estes grupos (prostitutas 
e homossexuais) serão talvez os que mais tomam cuidado para 
evitar o contágio. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_de_risco 
 
https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2017/09/19/clique-ciencia-como-agem-as-vacinas-e-por-que-precisamos-de-varias-doses.htm
https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2017/09/19/clique-ciencia-como-agem-as-vacinas-e-por-que-precisamos-de-varias-doses.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Popula%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rastreio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cong%C3%AAnito
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Down
https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mina_(minera%C3%A7%C3%A3o)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Silicose
https://pt.wikipedia.org/wiki/SIDA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxicodepend%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemof%C3%ADlicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_de_risco
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 
 
 
SISTEMA DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DE DOENÇAS E AGRAVOS, ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 
 
 
CURIOSIDADES 
 
Em 1990, com a extinção da SNABS, as ações nacionais 
de vigilância epidemiológica e todo o seu acervo 
documental foram absorvidos pela recém instituída 
Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que incorporou a 
FSESP(representada por seu pioneirismo na associação 
das ações preventivas às de assistência curativa e de 
saneamento básico) , a Sucam e, posteriormente, áreas 
técnicas remanescentes da SNABS e da também extinta 
Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde 
(SNPES). 
 Importância da SNABS: extensão das atividades 
sistemáticas de vacinação a todos os municípios 
brasileiros, estabelecendo mecanismos eficientes para 
assegurar o suprimento gratuito de imunobiológicos, 
assim como estratégias de mobilização social, que 
proporcionaram substancial elevação das coberturas 
vacinais; implantação do controle nacional de qualidade de 
todos os imunobiológicos utilizados no Programa Nacional 
de Imunizações (PNI); regulamentação técnica e 
implementação do Sistema Nacional de Vigilância 
Epidemiológica; desenvolvimento de experiência na 
operacionalização da vacinação contra a poliomielite e na 
vigilância epidemiológica da doença, que resultou no Plano 
de Erradicação da Poliomielite; consolidação do Sistema 
Nacional de Informações sobre Mortalidade; Sistema de 
Laboratórios de Saúde Pública; concepção e promoção, 
em esfera nacional, do Programa Nacional de Zoonoses, 
como estratégia para a municipalização e 
desenvolvimento pioneiro, de atividades integradas de 
controle e prevenção de acidentes ofídicos. 
Importância do SNPES: Da Snpes, foram transferidas as 
ações de Coordenação Nacional de Pneumologia 
Sanitária e de Dermatologia Sanitária que, em princípio, 
atuavam, respectivamente, no controle da tuberculose e 
da hanseníase, tendo por base a experiência de trabalho 
em todo o território nacional, à luz do modelo 
campanhista, que trouxe importante aumento de 
cobertura. Posteriormente, sua atuação foi ampliada para 
as demais pneumopatias e para as dermatoses de 
interesse sanitário. Herdou, ainda, o Centro de Referência 
Professor Hélio Fraga (CRPHF), criado em 1986, em 
Curicica/RJ, com a finalidade de dar suporte 
técnicocientífico à Divisão Nacional de Pneumologia 
Sanitária (Dnps) e à Campanha Nacional Contra a 
Tuberculose (Cnct). Com a extinção da Campanha e a 
transformação da Dnps em Coordenação Nacional de 
Pneumologia Sanitária, subordinada à Fundação Nacional 
de Saúde, o Centro de Referência passou a assumir parte 
das atribuições da Cnct, entre elas, a responsabilidade 
pelos cursos de especialização. 
A proposta de criação do Centro Nacional de 
Epidemiologia (Cenepi), vinculado à Fundação Nacional 
de Saúde, surgiu em 1990 
Desde a sua criação, o Cenepi buscou promover o uso 
da epidemiologia em todos os níveis do SUS e subsidiou 
a formulação e a implementação das políticas de saúde 
nacionais. O Cenepi desenvolveu trabalhos conjuntos, 
integrando universidades e serviços de saúde, para o 
estabelecimento e consolidação de sistemas de 
informação [Sistema Nacional de Mortalidade (SIM), 
Sistema Nacional de Nascidos Vivos (Sinasc), Sistema 
Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), entre outros], 
constituição da Rede Nacional de Informação para a 
Saúde (RNIS) e da Rede Interagencial de Informações para 
a Saúde (Ripsa), capacitação de recursos humanos e 
apoio à pesquisa. Principalmente, o Cenepi acumulou 
importante experiência em vigilância epidemiológica de 
doenças e agravos inusitados à saúde. 
DIVISÃO DA VIGILÂNCIA 
Um dos pilares do Sistema Único de Saúde passa a ser 
a descentralização de funções, sob o comando único em 
cada esfera de governo – federal, estadual e municipal –
, o que implica o direcionamento da atenção para as 
bases locais de operacionalização das atividades de 
vigilância epidemiológica. Ao nível estadual compete a 
função de coordenar o Sistema de Vigilância 
Epidemiológica (SVE), investindo em atividades de 
normatização, supervisão, capacitação e avaliação ao 
sistema, enquanto o Município incorpora as ações de 
vigilância epidemiológica de acordo com o grau de 
complexidade e estrutura do seu sistema de gestão. Os 
instrumentos legais que propiciarão a nova organização 
do sistema de saúde são as Normas Operacionais Básicas 
(NOB), editadas entre os anos de 1991 e 1996, cuja 
finalidade é promover e consolidar o pleno exercício, por 
parte do poder público estadual e municipal, da função 
de gestão da atenção à saúde. As NOB definem a forma 
de financiamento, os mecanismos de repasse de 
recursos, nas relações entre os gestores dos três níveis, 
enfatizando as descentralizações aos Municípios e 
criando categorias de gestão diferenciadas, segundo um 
processo de habilitação. Em 1996, o Ministério da Saúde 
emite a Portaria no 1.742, publicada no Diário Oficial da 
União de 6 de novembro daquele ano, que institui a 
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 
 
Norma Operacional Básica 1996 (NOB-SUS 96) e que 
aponta para a condição do comando único em cada nível 
do sistema, sublinhando a responsabilidade pela saúde do 
cidadão – também compartilhada entre gestores. Ao 
promover mecanismos para o exercício de plena 
responsabilidade do gestor público, a NOB-SUS 96 
reafirma as funções de coordenação, articulação, 
negociação, planejamento, acompanhamento, controle, 
avaliação e auditoria como de competência dos três 
níveis de gestão. O Município passa a ser o responsável 
imediato, de fato, pelo atendimento das necessidades e 
demandas de saúde da sua população e das exigências 
de intervenção saneadoras no seu território, de acordo 
com a sua capacidade de atuação dentro do sistema. A 
NOB-SUS 96 vem reafirmar a necessidade de 
aperfeiçoamento da gestão do SUS e reordenação do 
modelo de atenção à saúde, na valorização dos 
resultados advindos de programações com critérios 
epidemiológicos e desempenho das ações com qualidade. 
A atribuição das ações desenvolvidas foi definida pela 
elaboração de uma programação que toma, como base, 
desde o nível municipal de execução, articulado com os 
demais níveis. A isso, denominouse Programação 
Pactuada Integrada (PPI), um processo de elaboração que 
deve respeitar a autonomia de cada nível gestor. O 
Estado deveria harmonizar e compatibilizar as 
programações municipais, incorporando as ações sob a 
sua responsabilidade direta, mediante negociações com 
os demais níveis. Dessa forma, a NOB-SUS 96 
direcionava, como prioridade do SNVE, o fortalecimento 
de sistemas municipais de vigilância, dotados de 
autonomia técnico-gerencial para enfocar os problemas 
de saúde próprios de suas respectivas áreas de 
abrangência As ações de vigilância epidemiológica eram 
distribuídas segundo graus de complexidade (baixo, 
médio e alto) e serviam como parâmetro nas propostasde habilitação do Município, quanto à sua gestão. Na 
gestão plena de atenção básica, o Município se 
comprometia a notificar as doenças e agravos previstos 
na legislação vigente, de comum acordo com a 
Secretaria de Estado da Saúde; e a definir as respectivas 
responsabilidades em relação às ações de vigilância 
epidemiológica, ligadas à notificação, busca ativa, 
investigação de casos, bem como bloqueios vacinais, 
colheita de exames de laboratório, capacitação de 
pessoal, avaliação, etc. Na habilitação para gestão plena 
do sistema municipal, o Município deveria ser capaz de 
realizar, integralmente, as notificações de doenças de 
notificação compulsória, investigação epidemiológica – 
incluindo óbitos infantis e maternos –, consolidação e 
análise de dados. Quanto mais eficiente fosse a gestão 
local no desempenho das funções de vigilância 
epidemiológica, maior seria a oportunidade para que as 
ações de controle fossem desencadeadas. Os âmbitos de 
gestão estadual e federal dedicar-se-iam, seletivamente, 
às questões mais complexas, emergenciais ou de maior 
extensão, que demandassem a participação de 
especialistas e centros de referências. Em 27 de janeiro 
de 1999, o Congresso Nacional promulgou a Lei no 9.782, 
que dispõe sobre o Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária e cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa), que substitui a Secretaria Nacional de Vigilância 
Sanitária. A Anvisa tem por finalidade institucional 
“promover a proteção da saúde da população, por 
intermédio do controle sanitário da produção e da 
comercialização de produtos e serviços submetidos à 
Vigilância Sanitária, inclusive dos ambientes, dos 
processos, dos insumos e das tecnologias a eles 
relacionados, bem como o controle de portos, 
aeroportos e fronteiras.”. Este mesmo instrumento 
define, no parágrafo 3o do seu artigo 7o, que “as 
atividades de vigilância epidemiológica e de controle de 
vetores relativas a portos, aeroportos e fronteiras, serão 
executadas pela Agência, sob orientação técnica e 
normativa do Ministério da Saúde”. o Ministério da Saúde, 
apoiado pela Comissão Intergestores Tripartite, tomou a 
decisão de instituir a Norma Operacional à Saúde (NOAS-
SUS) em substituição às NOB, isso porque a NOB Faltava, 
ainda, uma abordagem regionalizada e mais adequada à 
estrutura administrativa do país e suas particularidades. É 
exemplo comum entre os Municípios habilitados em 
gestão plena e capacitados a oferecer serviços de maior 
complexidade tentar impedir o acesso a esse 
atendimento pelos moradores de cidades vizinhas. A 
publicação da NOAS-SUS 01/2001, instituída pela Portaria 
MS/GM no 95, de 26 de janeiro de 2001, teve como 
objetivo central promover maior eqüidade na alocação 
de recursos e no acesso da população às ações e 
serviços de saúde em todos os níveis de atenção. Ela 
amplia as responsabilidades dos Municípios na atenção 
básica, define o processo de regionalização da 
assistência, cria mecanismos para o fortalecimento da 
capacidade de gestão do SUS e procede à atualização 
dos critérios de habilitação de Estados e Municípios. 
A NOAS-SUS 01/2001 prevê a organização de uma 
assistência qualificada e de melhor resolutividade na 
atenção básica, a partir da identificação de áreas 
estratégicas essenciais, relacionadas a problemas de 
saúde de abrangência nacional. Complementarmente, os 
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 
 
gestores estaduais e municipais podem definir outras 
áreas de ação, de acordo com as especificidades locais. 
A NOAS-SUS 01/2001 estabelece que o Município poderá 
pleitear a habilitação à gestão de Sistema Municipal de 
Saúde em dois níveis: 
a) Gestão Plena de Atenção Básica Ampliada 
b) Gestão Plena do Sistema Municipal 
Para a habilitação na condição de Gestão Plena da 
Atenção Básica Ampliada (GPABA), o Município deverá 
ter, como áreas de atuação estratégicas: o controle da 
tuberculose; a eliminação da hanseníase; o controle da 
hipertensão arterial e diabetes mellitus; a saúde da 
criança; a saúde da mulher; e a saúde bucal. Para o 
financiamento do elenco de procedimentos da Atenção 
Básica Ampliada, foi instituído o PAB-Ampliado, no qual os 
Municípios que já recebem o PAB fixo em valor superior 
ao PAB Ampliado não terão acréscimo no valor per 
capita. O Município habilitado, ou que vier a se habilitar na 
condição de Gestão Plena do Sistema Municipal, deve 
receber, diretamente, no seu Fundo Municipal de Saúde, 
o montante total de recursos federais correspondente 
ao limite financeiro programado para ele. Esse valor 
compreende a parcela destinada ao atendimento da 
população própria e, condicionada ao cumprimento dos 
Termos de Compromisso para Garantia de Acesso 
celebrados com o gestor estadual, a parcela destinada ao 
atendimento da população referenciada. O fortalecimento 
de sistemas municipais de saúde, tendo a vigilância 
epidemiológica como um dos seus instrumentos mais 
importantes de atuação, deve-se constituir na estratégia 
principal de institucionalização do sistema de vigilância 
epidemiológicas. Em 9 de junho de 2003, pelo Decreto 
no 4.726, foi criada a Secretaria de Vigilância em Saúde 
(SVS), reforçando uma área extremamente estratégica 
do Ministério da Saúde, fortalecendo e ampliando as 
ações de vigilância epidemiológica. As atividades que 
eram desempenhadas pelo extinto Centro Nacional de 
Epidemiologia, da Funasa, passaram a ser executadas 
pela SVS/MS. Entre elas, incluem-se os programas 
nacionais de combate à dengue, à malária e a outras 
doenças transmitidas por vetores, o Programa Nacional 
de Imunização, a prevenção e controle de doenças 
imunopreveníveis, a vigilância das doenças de veiculação 
hídrica e alimentar, o controle de zoonoses e a vigilância 
de doenças emergentes. A Construção da Vigilância em 
Saúde A SVS também agrega importantes programas 
nacionais de combate a doenças que se encontravam 
em outras áreas do Ministério da Saúde, como 
tuberculose, hanseníase, hepatites virais, DST e aids. 
Atualmente, todas as ações de prevenção e controle de 
doenças são partes constitutivas da mesma estrutura, 
possibilitando uma abordagem, entre elas, mais integrada 
e eficaz. A SVS também passa a coordenar as ações do 
Sistema Único de Saúde na área de Vigilância Ambiental 
e de Vigilância de Agravos de Doenças não 
Transmissíveis e seus fatores de risco. Com base nos 
dados epidemiológicos, a Secretaria também realiza 
análises da situação de saúde e o monitoramento de 
indicadores sanitários do país, possibilitando o 
aperfeiçoamento do processo de escolha de prioridades 
e de definição de políticas, bem como a avaliação dos 
resultados dos programas de saúde. A SVS atua, ainda, 
na construção de parcerias com as Secretarias Estaduais 
e Municipais de Saúde, bem como com instituições de 
ensino e pesquisa nacionais e internacionais. Em de 15 de 
junho de 2004, a Portaria MS/GM nº 1.172 definiu as 
atividades e parâmetros que integram a Programação 
Pactuada Integrada de Vigilância em Saúde (PPI-VS), que 
incorporou ações básicas de Vigilância Sanitária e 
revogou a Portaria MS/GM no 1.399, de 15 de dezembro 
de 1999 (que regulamentou a NOB no 1/1996, no que se 
refere às competências da União, Estados, Municípios e 
Distrito Federal, na área de Epidemiologia e Controle de 
Doenças e definia a sistemática de financiamento), e a 
Portaria MS/GM no 1.147, de 20 de junho de 2002 (que 
alterou os artigos 19 e 20 da Portaria MS/GM no 
1.399/1996). A Portaria MS/GM no 2.023, de setembro de 
2004, juntamente com as Portarias no MS/GM 2.024 e 
2.025, postulam a nova normatização da Atenção 
Primária. A primeira propõe a extinção das condições de 
Gestão Plena da Atenção Básica (GPAB) e da Gestão 
Plena da Atenção Básica Ampliada (GPAB-A) dos 
municípios e define que essese o Distrito Federal são 
responsáveis pela organização do Sistema Municipal de 
Saúde, para gerenciar e executar as ações de Atenção 
Básica. Em 23 de novembro de 2004, como forma de 
identificar um número maior de casos de doenças de 
notificação compulsória e outros agravos relevantes, a 
Portaria MS/GM no 2.529 institui o Subsistema Nacional 
de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar e cria 
a Rede Nacional de Hospitais de Referência para esse 
subsistema, definindo critérios de qualificação de 
estabelecimentos. 
 
 
 
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 
 
EXTRA – FECHAMENTO 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO – que é o que apresenta o 
parasita em sua fase de maturidade ou na sua forma 
sexuada. Exemplo: Schistosoma mansoni (que causa 
a esquistossomose) e o Trypanosoma cruzi (que causa 
a Doença de Chagas), tem no homem o seu hospedeiro 
definitivo, pois a sua fase sexuada ocorre no ser humano. 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO – é o que apresenta o 
parasita e sua fase larvária ou assexuada. Como exemplo, 
o caramujo é o hospedeiro intermediário do Schistosoma 
mansoni, causador da esquistossomose. 
HOSPEDEIRO PARATÊNICO OU DE TRANSPORTE – é 
um ser vivo que serve de refúgio temporário e de 
veículo até que o parasita atinja o hospedeiro definitivo. 
O parasita não evolui neste hospedeiro. Esse hospedeiro 
não é imprescindível para completar o ciclo vital. 
Exemplo: peixes maiores, que ingerem peixes menores 
contaminados com larvas 
de Diphyllobothrium transportam essas larvas até o ser 
humano ingerir o peixe maior, geralmente cru. 
A interação parasita-hospedeiro ocorre por infecção ou 
infestação. Na infecção, ocorre a invasão e colonização 
do organismo hospedeiro por parasitas internos, 
como helmintos (Taenia saginata) e protozoários (Giárdia, 
Tripanossomo). Na infestação ocorre ataque ao 
organismo hospedeiro por parasitas externos, como 
os artrópodes (piolho, carrapato). 
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
Premissas 
A PNVS é definida como uma política pública de Estado 
e função essencial do SUS, de caráter universal, 
transversal e orientadora do modelo de atenção à 
saúde nos territórios. Sua efetivação depende de seu 
fortalecimento e articulação com outras instâncias do 
sistema de saúde, enquanto sua gestão é de 
responsabilidade exclusiva do poder público. 
 
 Art. 2º A Política Nacional de Vigilância em Saúde é 
uma política pública de Estado e função essencial do 
SUS, tendo caráter universal, transversal e orientador 
do modelo de atenção nos territórios, sendo a sua 
gestão de responsabilidade exclusiva do poder 
público. 
 Art. 3º - Parágrafo único. A análise de situação de 
saúde e as ações laboratoriais são atividades 
transversais e essenciais no processo de trabalho da 
Vigilância em Saúde. 
 Art. 4º - Parágrafo único. A PNVS deve contribuir 
para a integralidade na atenção à saúde, o que 
pressupõe a inserção de ações de vigilância em 
saúde em todas as instâncias e pontos da Rede de 
Atenção à Saúde do SUS, mediante articulação e 
construção conjunta de protocolos, linhas de cuidado 
e matriciamento da saúde, bem como na definição 
das estratégias e dispositivos de organização e fluxos 
da rede de atenção. 
 Art. 5º - A PNVS deverá contemplar toda a 
população em território nacional, priorizando, 
entretanto, territórios, pessoas e grupos em situação 
de maior risco e vulnerabilidade, na perspectiva de 
superar desigualdades sociais e de saúde e de buscar 
a equidade na atenção, incluindo intervenções 
intersetoriais. 
 Parágrafo único. Os riscos e as vulnerabilidades de 
que trata o caput devem ser identificadas e definidas 
a partir da análise da situação de saúde local e 
regional e do diálogo com a comunidade, 
trabalhadores e trabalhadoras e outros atores sociais, 
considerando-se as especificidades e singularidades 
culturais e sociais de seus respectivos territórios. 
 
Abrangência 
Art. 2º - Parágrafo 2. A PNVS incide sobre todos os 
níveis e formas de atenção à saúde, abrangendo todos 
os serviços de saúde públicos e privados, além de 
estabelecimentos relacionados à produção e circulação 
de bens de consumo e tecnologias que, direta ou 
indiretamente, se relacionem com a saúde 
 
Composição 
Art. 3º A PNVS compreende a articulação dos saberes, 
processos e práticas relacionados à vigilância 
epidemiológica, vigilância em saúde ambiental, vigilância 
em saúde do trabalhador e vigilância sanitária e alinha-
se com o conjunto de políticas de saúde no âmbito do 
SUS, considerando a transversalidade das ações de 
vigilância em saúde sobre a determinação do processo 
saúde doença. 
 
Finalidade 
Art. 4º A PNVS tem como finalidade definir os princípios, 
as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas 
três esferas de gestão do SUS, para o desenvolvimento 
da vigilância em saúde, visando a promoção e a 
proteção da saúde e a prevenção de doenças e 
agravos, bem como a redução da morbimortalidade, 
vulnerabilidades e riscos decorrentes das dinâmicas de 
produção e consumo nos territórios 
 
 
 
https://www.infoescola.com/doencas/esquistossomose/
https://www.infoescola.com/doencas/doenca-de-chagas/
https://www.infoescola.com/biologia/hospedeiro-intermediario/
https://www.infoescola.com/animais/platelmintos/
https://www.infoescola.com/reino-protista/protozoarios/
https://www.infoescola.com/biologia/artropodes-arthropoda/
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 
 
Definições 
Art. 2º - Parágrafo 1. Entende-se por Vigilância em 
Saúde o processo contínuo e sistemático de coleta, 
consolidação, análise de dados e disseminação de 
informações sobre eventos relacionados à saúde, 
visando o planejamento e a implementação de medidas 
de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e 
atuação em condicionantes e determinantes da saúde, 
para a proteção e promoção da saúde da população, 
prevenção e controle de riscos, agravos e doenças. 
 
Art. 6º - Para efeito desta Política serão utilizadas as 
seguintes definições: 
I – Ações laboratoriais 
II – Ações de promoção da saúde 
III – Análise de situação de saúde 
IV – Centro de Informação e Assistência Toxicológica 
V – Emergência em saúde pública 
VI – Integralidade da atenção 
VII – Linha de Cuidado (LC) 
VIII – Modelo de Atenção à Saúde 
IX – Rede de Atenção à Saúde 
X – Vigilância em saúde ambiental 
XI – Vigilância em saúde do trabalhador e da 
trabalhadora 
XII – Vigilância epidemiológica 
XIII – Vigilância sanitária 
XIV – Vulnerabilidade 
XV – Risco 
 
PRINCÍPIOS 
 
Art. 7º A PNVS tem como princípios: 
I – Conhecimento do território: utilização da 
epidemiologia e da avaliação de risco para a definição 
de prioridades nos processos de planejamento, 
alocação de recursos e orientação programática. 
II – Integralidade: Articulação das ações de vigilância em 
saúde com as demais ações e serviços desenvolvidos e 
ofertados no SUS para garantir a integralidade da 
atenção à saúde da população. 
III – Descentralização político-administrativa, com direção 
única em cada esfera de governo. 
IV – Inserção da vigilância em saúde no processo de 
regionalização das ações e serviços de saúde. 
V – Equidade: Identificação dos condicionantes e 
determinantes de saúde no território, atuandode forma 
compartilhada com outros setores envolvidos. 
VI – Universalidade: Acesso universal e contínuo a ações 
e serviços de vigilância em saúde, integrados a rede de 
atenção à saúde, promovendo a corresponsabilização 
pela atenção às necessidades de saúde dos usuários e 
da coletividade. 
VII – Participação da comunidade de forma a ampliar 
sua autonomia, emancipação e envolvimento na 
construção da consciência sanitária, na organização e 
orientação dos serviços de saúde e no exercíciodo 
controle social. 
VIII – Cooperação e articulação intra e intersetorial para 
ampliar a atuação sobre determinantes e condicionantes 
da saúde. 
IX – Garantia do direito das pessoas e da sociedade às 
informações geradas pela Vigilância em Saúde, 
respeitadas as limitações éticas e legais. 
X – Organização dos serviços públicos de modo a evitar 
duplicidade de meios para fins idênticos 
DIRETRIZES 
Art. 8º A PNVS tem as seguintes diretrizes: 
I – Articular e pactuar responsabilidades das três esferas 
de governo, consonante com os princípios do SUS, 
respeitando a diversidade e especificidade locorregional. 
II – Abranger ações voltadas à saúde pública, com 
intervenções individuais ou coletivas, prestadas por 
serviços de vigilância sanitária, epidemiológica, em saúde 
ambiental e em saúde do trabalhador, em todos os 
pontos de atenção. 
III – Construir práticas de gestão e de trabalho que 
assegurem a integralidade do cuidado, coma inserção 
das ações de vigilância em saúde em toda a Rede de 
Atenção à Saúde e em especial na Atenção Primária, 
como coordenadora do cuidado. 
IV – Integrar as práticas e processos de trabalho das 
vigilâncias epidemiológica, sanitária, em saúde ambiental 
e em saúde do trabalhador e da trabalhadora e dos 
laboratórios de saúde pública, preservando suas 
especificidades, compartilhando saberes e tecnologias, 
promovendo o trabalho multiprofissional e 
interdisciplinar. 
V – Promover a cooperação e o intercâmbio técnico 
científico no âmbito nacional e internacional. 
VI – Atuar na gestão de risco por meio de estratégias 
para identificação, planejamento, intervenção, 
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL 
 
regulação, comunicação, monitoramento de riscos, 
doenças e agravos. 
VII – Detectar, monitorar e responder às emergências 
em saúde pública, observando o Regulamento Sanitário 
Internacional, e promover estratégias para 
implementação, manutenção e fortalecimento das 
capacidades básicas de vigilância em saúde. 
VIII – Produzir evidências a partir da análise da situação 
da saúde da população de forma a fortalecer a gestão 
e as práticas em saúde coletiva. 
IX – Avaliar o impacto de novas tecnologias e serviços 
relacionados à saúde de forma a prevenir riscos e 
eventos adversos. 
PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO 
 
O Programa Nacional de Imunização ou simplesmente PNI 
foi criado em 1973, com o objetivo de normatizar a 
imunização em nível nacional, assim, contribuindo para o 
controle ou erradicação das doenças infectocontagiosas 
e imunopreveníveis, como exemplo: a poliomielite 
(paralisia infantil), sarampo, difteria, tétano, coqueluche, 
tuberculose e outras. 
 
O desenvolvimento do Programa é orientado por normas 
técnicas estabelecidas nacionalmente, no que se refere 
à conservação, manipulação, transporte e à aplicação 
dos imunobiológicos, assim como aos aspectos de 
programação e avaliação. 
 
Essas normas são estabelecidas com a participação dos 
órgãos responsáveis pela operacionalização e de outras 
instituições, assegurando, dessa forma, a sua aceitação e 
uniformidade de uso em todo o país (Manual de Rede de 
Frio, 2007). 
 
O Programa Nacional de Imunização faz parte da 
Organização Mundial da Saúde, mas recebe ajuda técnica 
e financeira da UNICEF, do Rotary Club e também das 
Nações Unidas. 
 
O Programa Nacional de Imunização tem por objetivo 
conscientizar a população da importância da vacinação, 
e imunizar a maioria delas, por este motivo, existem 
metas para as ações como: 
 
- Para o grupo de menores de cinco anos, meta de 
vacinar 90% da população com as vacinas da tríplice viral, 
tetravalente e BCG, contra a poliomielite a meta é de 
95%, principalmente nos dias nacionais de vacinação, 
onde também é completado o esquema daqueles que, 
por diferentes motivos, estão com a vacinação atrasada. 
- Para o grupo de mulheres em idade fértil, de 12 a 49 
anos, a meta é vacinar todas as mulheres contra o tétano 
e síndrome da rubéola congênita, evitando assim 
contaminações durante a gestação. 
- Para o grupo de adolescentes, existem as ações de 
controle da febre amarela, do tétano e raiva humana e o 
controle da hepatite B. 
 
Segundo o Manual de Rede de Frio (MS, 2007), as ações 
de vacinação para as crianças têm contribuído para 
reduzir a morbimortalidade por doenças 
imunopreveníveis, melhorando a qualidade de vida, 
principalmente nos menores de cinco anos. 
 
Acompanhando as transformações demográficas e 
epidemiológicas registradas no país, o Programa Nacional 
de Imunizações incorpora mais um desafio neste alvorecer 
de século: ampliar as ações de vacinação para a população de 
60 anos ou mais, e 100% das populações indígenas brasileiras. 
E para esta faixa etária: dT (difteria e tétano), contra influenza 
(contra gripe) e pneumococo. 
 
A Unidade de Saúde é responsável por desenvolver o 
Programa Nacional de Imunização em nível local por 
intermédio das várias estratégias para imunizar a população. 
Podemos citar: rotinas, intensificações, campanhas e bloqueios. 
(FIGUEIREDO, 2005). 
 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/
programa-nacional-de-imunizacao/21939 
 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/programa-nacional-de-imunizacao/21939
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/programa-nacional-de-imunizacao/21939

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