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ANTI-RETROVIRAIS: Os vírus podem ser classificados como adenovírus ou retrovírus. No adenovírus o material genético é constituído de DNA. No retrovírus é constituído de RNA. A terapêutica antirretroviral é usada pra tratar infecções de retrovírus. A exceção da hepatite B (adenovírus, mas tem transcriptase reversa). HIV O HIV tem um tropismo pelo linfócito TCD4 . Mas nem todos os linfócitos que são perdidos são infectados , isso acontece porque o HIV leva a perda celular por um processo de piroptose. As células que foram infectadas são mortas porque o HIV se replica dentro da célula e ao sair ele causa a lise celular. É uma forma de destruição da célula (forma direta). Quando esse linfócito é destruído ele libera no meio a caspase 1, que é um inflamossoma , isso ativa uma cascata de morte celular em outros linfócitos que não foram infectados. (forma indireta). Na superfície do linf T tem um receptor: CCR5. O vírus possui uma cápsula glicoproteica, dentro dela está o material genético e as enzimas transcriptase reversa e integrasse. Na superfície dessa cápsula tem proteínas : Gp120/Gp41. A proteína do vírus interage com o receptor do linfócito, isso possibilita o vírus a liberar no interior da célula o RNA viral. A transcriptase reversa reverte o RNA viral em DNA viral. O DNA viral por sua vez vai pro núcleo da célula, quando a integrasse faz a integração do material genético. Asssim, há a formação das proteínas virais e do RNA viral. (a replicação da célula leva a replicação do vírus). A protease é uma enzima da célula que cliva as proteínas virais, o que permite sua maturação. Renata Guimarães, Medicina-Unifacs. Tratamento HIV: 1- Inibidores de entrada: Fármacos que bloqueiam a ligação da glicoproteína 120, antagonizando o receptor: maraviroque. É interessante quando a pessoa acaba de ter contato com o vírus, detectado precocemente, já que evita a entrada do vírus na célula. Também é interessante usar no final do tratamento para evitar que o vírus entre em outras células. 2- Inibidores da transcriptase reversa análogo a nucleosídeo: Antagonizam a enzima transcriptase reversa, tem antagonismo competitivo, moléculas similares a timina ou guanina, se ligam a transcriptase reversa e bloqueiam a leitura ao RNA. Zidovudina/AZT (semelhante a timina) Lamivudina (semelhante a guanina) 3- Inibidores da transcriptase reversa não análogos a nucleotídeos: Provocam inibição na enzima através de antagonismo alostérico. Se liga a um sítio da enzima transcriptase e muda a conformação evitando a leitura de DNA para RNA. Efavirenzo 4- Inibidores de integrase: Inibe a integrasse impedindo que o material genético do vírus se integre ao material genético do hospedeiro. Raltegravir 5- Inibidores de Protease: Impede a maturação viral, assim vírus não se reproduz e não destrói as células. Ritonavir Liponavir Redemsevir Renata Guimarães, Medicina-Unifacs. HEPATITES A hepatite B é um adenovírus especial, porque tem transcriptase reversa. Já a hepatite C é um retrovírus (a hepatite C é mais grave ) . Os vírus da hepatite tem tropismo por hepatócitos. Quando o DNA viral entra no núcleo do hepatócito, encontra o DNA do hospedeiro, onde é inserido. Ao ser replicado, gera o RNA viral. Assim, a transcriptase reversa faz novamente a conversão em DNA viral. A hepatite B suceptibiliza o paciente a ter hepatocarcinoma. Na hepatite C , o RNA viral é convertido em DNA viral pela transcriptase reversa, é integrado ao material genético. Ocorre a maturação viral , o vírus vai sair da célula rompendo o hepatócito. Suceptibiliza o paciente a desenvolver cirrose , mas só depois de anos (30, aproximadamente) , porque os hepatócitos não se dividem muito. Quem tem hepatite C piora quando faz uso de bebida alcoólica , já que a bebida força a replicação do hepatócito e processo de ruptura devido ao vírus. Tratamento das hepatites: O interferón alfa se liga a receptor, isso interfere em todas as funções celulares. Vai diminuir toda a codificação de enzimas , diminuir a replicação celular. Mas age em todas as cél, tem efeito colateral deletério. Por isso, essa terapêutica não é usada constantemente, usa só por alguns meses com pausas. Portanto, podemos associar o interferon alfa a Lamivudina (mesma usada no HIV) , que atua na transcriptase reversa da hepatite B . Nova classe farmacológica é muito usada no tratamento da hepatite C : Sofosbuvir e Declastavir, fazem inibição da RNA polimerase do vírus (não interfere no hospedeiro) , impedindo a formação do RNA viral. Renata Guimarães, Medicina-Unifacs. HERPES Herpes é uma infecção oportunista, pode ser contraído através do vírus da varicela. Pessoa pode ficar com vírus latente sem sintomatologia, e quando há queda da imunidade ele aparece. Age em áreas neuropáticas, causando dores violentas (dores herpéticas) : quadro de herpes zoster. Tratamento da herpes: O valaciclovir é um pró fármaco que é convertido em aciclovir. Tem diferença apenas cinética O aciclovir é pouco absorvido no trato gastrointestinal e tem meia vida muito curta , tem que dar pelo menos 4 comprimidos a cada 6 hrs (aumentar frequência e dose). Por isso em casos de herpes zoster , devido a dor , opta-se pelo valaciclovir (melhor absorvido). Vírus possui enzima timidina quinase viral , ela doa um fosfato para o aciclovir, que vira difosfato de aciclovir (forma ativa ) . Portanto só tem efeito na cél que está infectada , isso diminui muito os efeitos colaterais. O difosfato de aciclovir é convertido em trifosfato de aciclovir através da quinase do hosp. O trifosfato de aciclovir por sua vez vai bloquear a ligação do DNA viral ao DNA do hospedeiro, impedindo a formação de proteínas virais. Ele também encurta a fita de DNA do próprio hospedeiro para impedir a formação dos vírus. O ganciclovir tem ação no citalomegalovírus. Este vírus também tem quinase viral, a quinase u97. Assim ele é convertido em difosfato de ganciclovir, depois trifosfato de ganciclovir ( passa pelo mesmo processo do aciclovir ) . Ele inibe ligação do DNA viral no DNA do hospedeiro, mas não altera a fita de DNA do hospedeiro. Renata Guimarães, Medicina-Unifacs. INFLUENZA É um retrovírus que pega principalmente cél do trato resp inferior. Na cápsula do vírus tem enzima neuroaminase, ela reage com lipídios da cél do hospedeiro, clivando a cél e dando passagem ao vírus. Tratamento do influenza: Olsetamivir bloqueia a neuroaminase , evitando a saída do vírus e a lesão citolítica. Amantadina bloqueia a ligação do DNA viral com DNA do hospedeiro. Pode-se administrar os dois combinados. Renata Guimarães, Medicina-Unifacs.
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