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Introdução ao Estudo da Prótese Total

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Introdução ao Estudo da Prótese Total
Prótese total é a área da prótese a qual compreende as dentaduras completas mediatas e imediatas.
Conhecimentos Básicos de Áreas Afins
A prótese total, bem como as demais próteses, dependem de um conhecimento básico de outras áreas/disciplinas como: anatomia, oclusão, ortodontia, entre outros o que se reforça segundo Thompson que explicita que 
“O sistema estomatogático compreende uma coordenação funcional incluindo, não só o ato mastigatório, como também: deglutição, respiração, fonação e postura: mandíbula, língua e osso hioide.”
E para o desempenho dessa coordenação, do sistema estomatognático, existe uma total interdependência de 4 fatores fisiológicos básicos:
1- Sistema neuromuscular e proprioceptivo;
Mesmo sem os dentes a articulação, mucosa e músculos apresentam propriocepção que devem ser levados em consideração ao realizar a prótese, e essa propriocepção é que leva os comandos/mensagens ao SNC que manda uma mensagem eferente para os músculos contraírem e ou relaxarem ativando ou não suas funções de modo ordenado 
2- Articulação temporomandibular direita;
A prótese deve respeitar os limites e posições de estabilidade desta articulação
3- Articulação temporomandibular esquerda;
A prótese deve respeitar os limites e posições de estabilidade desta articulação
4- Oclusão dentária.
Que no caso é a base para a montagem dos dentes, para que sejam montados em harmonia ao sistema estomatognático
Estudos epidemiológicos
Só para entender que a população está envelhecendo e que a necessidade desta prótese sempre ira existir. Segundo dados do censo do IBGE nos anos 2000 já havia sido aferido que 14,5 milhões de idosos são edêntulo e se previa que em 30 anos a estimativa é que esse número seja 27% maior. Sendo, portanto, uma opção mercadológica da odontologia, seja em prótese convencional e até sobre implante, principalmente em mandíbula visto a prótese total superior apresentar maior adesão e estabilidade enquanto a inferior ter uma menor área de rebordo, estabilidade diminuída pela questão da própria língua e por o rebordo apresentar maior reabsorção na mandíbula que na maxila
Reabilitação em Prótese Total no Cenário Atual
1- Prótese Total Convencional – que seria a sob rebordo alveolar edêntulo com prótese adaptada sob a mucosa
2- Sobre Implantes – sob rebordo edêntulo, porém o dentista aplica um protocolo sob mandíbula e maxila instalando implantes e posteriormente se instala a prótese total, usualmente se põe pinos “extras” pois algum pode haver rejeição necessitando de no mínimo 3 estratégicos afixados para o suporte da prótese
3- Odontologia Digital - prótese total com impressora 3d, mas inicialmente se faz a moldagem convencional que será escaneada para realização do molde e depois vai para impressora 3D
Diagnóstico e Plano de Tratamento
“É importante que o profissional observe o paciente como um indivíduo com características próprias, e não como um mero portador de problemas bucais”
Então é importante avaliar o paciente por completo olhando seu estado mental, sistêmico e condição bucal, fazendo os tratamentos prévios se nescessario
Exame do paciente
“Essa etapa é importante, pois orienta o plano de tratamento e define o prognóstico” (Turano & Turano, 2000)
Um bom prognóstico é quando o paciente já usa a prótese total pois ele já está familiarizado bem como seu sistema estomatognático, enquanto os pacientes que estão indo pela primeira vez acabam por requerir um maior cuidado e conhecimento do profissional
Exames básicos do paciente desdentado total 
1. Exame clínico
1. Exame radiográfico
Avaliar presença de resto radicular, cistos e anomalias
1. Exame dos modelos de estudo
Relacionamento paciente e profissional
É importante que no contato inicial o profissional passe uma conduta segura ao paciente, mostrar os limites do que se pode ser mudado dando promessas possíveis, ter uma comunicação clara e acessível para que o paciente se sinta seguro e entenda os procedimentos.
Obviamente, para qualquer paciente se faz necessário o preenchimento de um prontuário no qual deve conter a sua identificação (nome, idade, sexo, endereço, telefone, escolaridade, profissão bem como em caso de acompanhante deve se aferir o telefone, endereço e grau de parentesco deste), além disso a deve se explicitar em qual unidade/local o paciente encontra se em tratamento no caso de mais de um sob sua supervisão
Aspectos anamnésicos gerais e bucais
· Queixa principal
· História médica
· Está em tratamento médico?
· Se esta em tratamento saber qual os medicamentos esta tomando pois alguns são supressores da saliva então pode atrapalhar quanto aos princípios físicos de retenção da prótese
· Data do último exame?
· Uso de medicamento?
Exame do paciente
Deve se avaliar o motivo de substituição da prótese, esta normalmente é substituída após 5 anos, no entanto devemos observar que se a prótese está com curvas de Spee e Wilson respeitadas e dentes íntegros visto se presentes não faz sentido a mudança dessa prótese, a não ser que o paciente queira.
-Compreensão das possíveis limitações do caso (adaptações que precisam ser feitas no tratamento do paciente) e assim compreender o prognostico do caso 
-Necessidade de ajustes após instalação; é importante avaliar o paciente a cada 1, 2 e 6 meses e depois a cada ano para avaliar a adaptação
-Mudança do aspecto facial – o paciente que tem dimensão vertical diminuída tem uma elevada no aspecto facial com uma dentadura bem construída
1.1 Exame extra oral
Avaliar suporte labial, linha do sorriso, relação maxilo facial, formato do rosto, coloração gengival, aferir dimensão vertical (pode acontecer até em pacientes dentados terem essa dimensão perdida e isso atrapalha tudo desde fonação a própria respiração podendo até gerar a questão de ronco e necessidade de equipamentos para dormir) e horizontal, relação centrica para passar para placa base para confecção da prótese, coloração e tamanho dos dentes (tem se uma tabela de tamanho que diz não só p tamanho como quais dentes encaixam e qual a angulação, além de uma escala de cores). Deve se avaliar, também, no caso das próteses, o grau de higienização das mesmas bem como as características desses dentes a anatomia e curvas de Spee e Wilson; deve se avaliar ainda a presença de hábitos parafuncionais. Figura 1 A linha do sorriso do meio é a considerada correta
 
Figura 2 Pelas imagens conseguimos ver o ganho de dimensao vertical e horizontal após instalação da protese
1.2 Exame intra oral
	Abertura Bucal
Avaliar se a boca é simétrica e abre até 40 ta normal, mas se tem limitação provavelmente deve ter algum deslocamento com ou sem redução desse disco, presença de barulho ao abrir ou fechar, se ocorre contração dos orbiculares do lábio e formação de rugas perpendiculares a boca. O que ajuda não só no planejamento da prótese como no grau de dificuldade de moldagem
Exame do rebordo alveolar:
Deve se avaliar a altura do rebordo, visto que sem a presença dos dentes ocorre uma reabsorção deste rebordo, na maxila se reabsorve de 2 a 4mm no primeiro ano e 0,1mm nos anos subsequentes, e na mandíbula de 4 a 6mm no primeiro ano e 0,4 mm nos anos subsequentes; e em rebordos baixos gera um prognostico ruim para adaptação de prótese. Avaliar a presença ou não de tuberosidade que em caso positivo se usa um material mais resiliente para evitar que fique retido. Avaliar também a forma desse rebordo, se triangular, quadrada ou ovoide. Avaliar presença ou não de torus mandibular e se presente o volume dele pois pode ser necessário a remoção para uma melhor adaptação da protese
Exame da fibromucosa
Se é lisa e dura, resiliente, flácida ou mista, se for flácida em caso de compressão na moldagem pode deformar e você acaba por não obter a forma real então deve se tomar um maior cuidado na tecnica de moldagem, escolhendo o material adequado. Avaliar ainda se a mucosa apresenta aspectos de normalidade visto se hiperemiada pode ser por má adaptação, limpeza ou alergia a prótese. Avaliar ainda a presença ou não de hiperplasia, quandopresente pode ser localizada devido a uma dentadura mal adaptada, bem como a por câmara de sucção, e a generalizada. Presença das inserções musculares se altas ou baixas em relação a crista do rebordo 
Exame do assoalho da boca avaliando a musculatura protética 
A proximidade do assoalho da boca compromete a retenção e a estabilidade da prótese total inferior
Exame da língua avaliando seu volume, coloração
A língua pequena compromete o vedamento periférico bem como a língua grande, no caso da macroglorssia, compromete a estabilidade da prótese inferior
Exame da saliva quanto sua quantidade e viscosidade
Saliva viscosa compromete a moldagem apesar de fornecer uma boa lubrificação contra ulceração além de diminuir a estabilidade da prótese visto formar uma pelicula espessa entre a base da prótese e a mucosa, mas de todo modo o melhor prognostico é na presença de saliva. Fluida, aumenta a tensão de superfície entre a base da prótese e a mucosa, e consequentemente, a retenção da prótese. A diminuição do fluxo salivar diminui a retenção da prótese bem como favorece a formação de ulceras traumáticas.
Relação maxilomandibular
Espaço livre entre o rebordo superior e inferior;
Proximidade entre Tuberosidade Maxilar e Papila Piriforme. 
Patologias associadas ao uso de prótese total
Candidíase
-Infecção fúngica bucal mais comum no homem;
-Apresenta formas clínicas variadas:
1. Estomatite protética; maculas vermelhas ou assintomático, esta relacionada a propra prótese seja por redução do fluxo salivar; Hábitos de higiene; Porosidade na base da prótese; Tempo de uso da prótese; Queilite angular.
1. Tratamento pautado na interrupção do hábito de dormir com as próteses a fim de permitir que a saliva banhe todas as regiões cobertas por ela e depois de um tempo pede que o paciente retorne para observarmos se a hiperemia diminuiu
1. Deve se orientar o paciente quanto as questões de higiene explicitando sobre bochechos com solução antimicrobiana, além da regularização da superfície interna da base da prótese
1. A depender da hiperemia e alteração pode se necessitar de condicionamento tecidual onde o CTBMF irá fazer uma raspagem desse tecido para posterior regeneração
1. Se a prótese estiver mal adaptada ai você desgasta e usa resina termo para fazer o reembasamento da prótese
2. Exame radiográfico
Se trata de um recurso diagnóstico auxiliar, por meio da radiografia panorâmica conseguimos observar o aspecto geral dos arcos, a radiografia oclusal nos permite essa visualização individual e a periapical nos da uma maior riqueza de detalhes
3. Exame dos modelos de estudo
Estes nos permitem visão geral, auxiliando no diagnóstico e planejamento do tratamento. Conseguimos analisar a crista quanto sua altura, áreas de retenção (estas necessitam de alivio para fazer moldeira individual)

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