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Rins, ureteres e glândulas suprarrenais

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rins, ureteres e glândulas suprarrenais 
➢ Palpação dos rins 
Muitas vezes os rins são impalpáveis. Em adultos magros, o polo inferior do 
rim direito é palpável por exame bimanual como massa firme, lisa, 
arredondada, que desce durante a inspiração. A palpação do rim direito é 
possível porque está 1 a 2 cm inferior ao esquerdo. Para palpar os rins, 
pressione o flanco (a lateral do tronco entre as costelas XI e XII e a crista 
ilíaca) anteriormente com uma mão e ao mesmo tempo palpe 
profundamente na margem costal com a outra mão. O rim esquerdo 
geralmente não é palpável, exceto se estiver aumentado ou se massa 
retroperitoneal tiver causado seu deslocamento inferior. 
 
➢ Abscesso perinéfrico 
As fixações da fáscia renal determinam a extensão de um abscesso 
perinéfrico. Por exemplo, a fáscia no hilo renal fixa-se aos vasos renais e ao 
ureter, geralmente impedindo a disseminação de pus para o outro lado. 
Entretanto, o pus de um abscesso (ou sangue em uma lesão renal) pode 
penetrar na pelve entre as lâminas anterior e posterior, com fixação frouxa, 
da fáscia renal. 
➢ Ptose renal 
Como as lâminas da fáscia renal não apresentam fusão firme inferiormente 
para oferecer resistência, rins anormalmente móveis podem descer mais 
do que os 3 cm normais quando o corpo está ereto. Quando os rins descem, 
as glândulas suprarrenais permanecem no lugar porque estão situadas em 
um compartimento fascial separado e firmemente fixadas ao diafragma. A 
ptose renal é distinguida do rim ectópico (localização incorreta congênita 
do rim) por um ureter de comprimento normal que tem espirais frouxas ou 
dobras porque houve redução da distância até a bexiga urinária. As dobras 
não parecem importantes. A dor intermitente na região renal, aliviada pela 
posição de decúbito, parece resultar da tração dos vasos renais. A ausência 
de sustentação inferior para os rins na região lombar é uma das razões para 
o posicionamento de rins transplantados na fossa ilíaca da pelve maior. 
Outras razões para esse posicionamento são a disponibilidade de grandes 
vasos sanguíneos e o acesso conveniente à bexiga urinária próxima. 
➢ Transplante renal 
O transplante renal é agora a opção preferida para o tratamento de casos 
selecionados de insuficiência renal crônica. O rim pode ser removido do 
doador sem lesar a glândula suprarrenal devido ao fraco septo de fáscia 
renal que separa o rim dessa glândula. O local para transplante de um rim 
é a fossa ilíaca da pelve maior. Esse local sustenta o rim transplantado, de 
modo que não haja tração dos vasos anastomosados cirurgicamente. A 
artéria e a veia renais são unidas à artéria e veia ilíacas externas, 
respectivamente, e o ureter é suturado à bexiga urinária. 
➢ Cistos renais 
Os cistos renais, múltiplos ou solitários, são achados comuns durante 
ultrassonografia e dissecção de cadáveres. A doença renal policística do 
adulto é uma causa importante de insuficiência renal; é herdada como um 
traço autossômico dominante. Os rins estão muito aumentados e 
distorcidos por cistos de até 5 cm. 
➢ Dor na região pararrenal 
A proximidade entre os rins e os músculos psoas maiores explica por que a 
extensão das articulações do quadril pode aumentar a dor causada pela 
inflamação nas áreas pararrenais. Esses músculos fletem as coxas nas 
articulações do quadril. 
➢ Vasos renais acessórios 
Durante sua “ascensão” até o local final, os rins embrionários recebem sua 
vascularização e drenagem venosa de vasos sucessivamente superiores. Em 
geral, os vasos inferiores degeneram enquanto os superiores assumem a 
função. A ausência de degeneração desses vasos resulta em artérias e veias 
renais acessórias. Algumas artérias acessórias (“artérias polares”) 
entram/saem dos polos renais. Uma artéria polar inferior cruza o ureter e 
pode obstruí-lo. Há variações no número e na posição desses vasos em 
aproximadamente 30% das pessoas. 
➢ Síndrome de compressão da veia renal 
Ao cruzar a linha mediana para chegar à VCI, a veia renal esquerda, que é 
mais longa, atravessa um ângulo agudo entre a AMS anteriormente e a 
parte abdominal da aorta posteriormente .A tração da AMS para baixo pode 
comprimir a veia renal esquerda (e talvez a terceira parte do duodeno), 
resultando em síndrome de compressão da veia renal (compressão 
mesoaórtica da veia renal esquerda), também conhecida como “síndrome 
de quebra-nozes” com base na aparência da veia no ângulo arterial agudo 
em vista sagital. A síndrome pode incluir hematúria ou proteinúria (sangue 
ou proteína na urina), dor abdominal (flanco esquerdo), náusea, vômito 
(indicativo de compressão do duodeno) e dor testicular esquerda em 
homens (relacionada à drenagem da veia testicular esquerda para a veia 
renal esquerda proximal à compressão). Raramente, pode haver varicocele 
do lado esquerdo. 
➢ Anomalias congênitas dos rins e ureteres 
Pelve renal e ureter bífidos são comuns.Essas anomalias resultam da divisão 
do broto uretérico (divertículo metanéfrico), o primórdio da pelve renal e 
ureter. A extensão da duplicação ureteral depende da integridade da 
divisão embrionária do broto uretérico. Pelve renal e/ou ureter bífidos 
podem ser unilaterais ou bilaterais; entretanto, aberturas separadas na 
bexiga urinária são raras. A divisão incompleta do broto uretérico resulta 
em ureter bífido; a divisão completa resulta em rim supranumerário.

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