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Mecanismos de ação dos fármacos_

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOAS – UNIFEMM 
Graduação em Medicina Veterinária 
 
 
 
MARCOS VINÍCIUS DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE AÇÃO DOS FÁRMACOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sete Lagoas 
2021 
1 
 
MARCOS VINÍCIUS DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE AÇÃO DOS FÁRMACOS 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito 
parcial de avaliação na disciplina de 
Farmacologia no Curso de Medicina 
Veterinária no Centro Universitário de 
Sete Lagoas – UNIFEMM. 
 
Professora: Ana Cristina do 
Nascimento Pinheiro Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
Sete Lagoas 
2021 
2 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 01 – Tipos de relação ente receptor e efetor ................................................. 06 
Figura 02 – Principal mecanismo de ação da doxiciclina, pelo qual liga-se à 
subunidade 30S do ribossomo bacteriano, interferindo com a síntese proteica do 
micro-organismo.........................................................................................................07 
Figura 03 – Tecidos e fluidos de atuação da doxiciclina ........................................... 09 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 MECANISMOS DE AÇÃO DOS FÁRMACOS .......................................................04 
1.1 Receptores e sítios de ação ............................................................................ 04 
1.2 Tipos de receptores .......................................................................................... 04 
1.2.1 Canais iônicos controlados por ligantes .......................................................... 04 
1.2.2 Receptores acoplados à proteína G ................................................................ 05 
1.2.3 Receptores ligados a quinases e correlatos .................................................... 05 
1.2.4 Receptores nucleares ...................................................................................... 06 
1.3 Interação Fármaco-receptor .............................................................................06 
2. APLICAÇÃO NA MEDICINA VETERINÁRIA........................................................07 
2.1 Mecanismo de ação da doxiciclina na medicina felina ................................. 07 
2.2 Farmacocinética da doxiciclina ...................................................................... 08 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 10 
 
 
4 
 
1 MECANISMOS DE AÇÃO DOS FÁRMACOS 
 
 De acordo com Jales (2014), é necessário que as moléculas de um fármaco 
se “conectem” com os constituintes de células ou tecidos específicos para que se 
tenha um efeito produzido. Daí se tem um efeito farmacológico, na qual ocorre em 
geral uma distribuição de forma não uniforme das moléculas do fármaco no interior 
do organismo ou tecido. 
 Principais alvos farmacológicos: 
a) Receptores 
b) Canais Iônicos 
c) Transportadores 
d) Enzimas 
e) Proteínas Estruturais 
 
1.1 Receptores e sítios de ação 
 
Os locais na qual o fármaco interage e produz efeito farmacológico é 
denominado receptor. As proteínas detentoras de um ou mais sítio de ação, tem a 
capacidade de desencadear uma resposta fisiológica quando ativados por 
substâncias endógenas. Os locais onde estas substâncias interagem na finalidade 
de causar uma resposta fisiológica ou farmacológica são denominados sítios de 
ação (SILVÉRIO, 2013). 
 
1.2 Tipos de receptores 
 
1.2.1 Canais iônicos controlados por ligantes 
 
 Também chamados de receptores ionotrópicos, eles controlam os eventos 
sinápticos do sistema nervoso mais rápido, na qual um neurotransmissor atua sobre 
a membrada pós sináptica de uma célula nervosa ou muscular, tendo o aumento 
transitoriamente de sua permeabilidade a determinados íons (Portal Educação). 
 Ainda segundo citação acima, exemplo de acetilcolina na junção 
neuromuscular ou glutamato no SNC, produz, na maioria das vezes aumento da 
permeabilidade ao Na+ e K+. Principalmente em função do Na+, este efeito deriva 
5 
 
em uma corrente de entrada, que despolariza a célula e aumenta a probabilidade de 
gerar um potencial de ação. Essa ação vai ao pico em milissegundos, ao mesmo 
tempo que também declina em milissegundos. 
 
 1.2.2 Receptores acoplados à proteína G 
 
 Também conhecidos como metabotrópico, é uma grande família de 
receptores de membrana plasmática na qual compartilham uma estrutura e um 
método de sinalização comuns. A família GPCR possui todos seus membros com 
sete segmentos diferentes de proteínas que atravessam a membrana, e transmitem 
sinais na célula, em seu interior, através de um tipo de proteína chamada de 
proteína G (KHAN ACADEMY). 
 De acordo com Portal educação, os GPCR consistem em apenas uma cadeia 
polipeptídica de até 1.100 resíduos. A estrutura desses receptores é caracterizada 
em sete α-hélices transmembrana, com um domínio N-terminal extracelular de 
variável comprimento e um domínio C-terminal intracelular. Os GPCR ainda são 
divididos em três distintas famílias, com um grau de homologia entre os membros de 
uma família considerável, enquanto não existe nenhuma homologia entre as famílias 
diferentes. 
a) Família da rodopsina; 
b) Família dos receptores de secretina/ glucagon; 
c) Receptor metabotrófico de glutamato/ família de sensores de cálcio. 
 
1.2.3 Receptores ligados a quinases e correlatos 
 
 Grupo grande e heterogêneo de receptores de membrana que dão resposta 
principalmente aos mediadores proteicos. Tem domínio extracelular de ligação 
através de ligante conectado a um domínio intracelular por uma hélice única 
transmembrana. O domínio intracelular tem natureza enzimática em muitos casos, 
com atividade proteína quinase ou guanilil ciclase. (RANG E SAMPLE). 
 
 
 
 
6 
 
 1.2.4 Receptores nucleares 
 
 Segundo Rang e Sample, estes receptores tem função de regular a 
transcrição gênica. Eles também reconhecem várias moléculas estranhas, induzindo 
a expressão de enzimas que os metabolizam. 
 
Figura 01 – Tipos de relação ente receptor e efetor. 
Fonte: Rang e Sample 
1.3 Interação Fármaco-receptor 
 
 A ativação desse receptor pode ou não ser resultado através da ligação de 
um fármaco a esse receptor. Para tal ativação, o receptor é afetado de maneira que 
uma célula ligada a ele desencadeia uma resposta tecidual. A afinidade tende ao 
fármaco a se ligar aos receptores, uma vez que a tendência de um fármaco, uma 
vez ligado, ativar o receptor é indicada pela sua eficiência. 
a) Agonistas Plenos: fármaco capaz de ativar o receptor e gerar uma 
resposta com alta eficácia, apresentando a resposta biológica máxima. 
7 
 
b) Agonistas Parciais: fármaco capaz de ativar o receptor e gerar uma 
resposta com baixa eficácia, apresentando uma resposta biológica 
submáxima. 
c) Antagonistas: fármaco que reduz de modo significativo a concentração 
do fármaco ativo em seu sítio de ação, apresentando resposta biológica 
igual a zero. 
d) Agonista Inverso: fármaco que possui resposta biológica inversa a do 
agonista. 
 
 
2 APLICAÇÃO NA MEDICINA VETERINÁRIA 
 
2.1 Mecanismo de ação da doxiciclina na medicina felina 
 
As tetraciclinas são antibióticos bacteriostáticos, ou seja, interferem na síntese 
do RNA bacteriano, inibindo a síntese proteica e replicação celular dos micro-
organismos suscetíveis, num efeito dependente de suas concentrações. Para tanto, 
ligam-se reversivelmente à subunidade 30S do ribossomo bacteriano bloqueando o 
acesso do tRNA ao seu receptor no complexo mRNA-ribossomo (Figura 02). Altas 
concentrações desses fármacos podem determinar efeito similar, porém mais 
brando, nas células dos mamíferos. 
 
Figura 02: Principal mecanismo de ação da doxiciclina, pelo qual liga-se à 
subunidade30S do ribossomo bacteriano, interferindo com a síntese proteica do 
micro-organismo. 
 
Fonte: Barrio (2016) 
 
8 
 
Sugere-se que a doxiciclina possa se ligar, adicionalmente, a outras duas 
subunidades ribossômicas, sendo uma delas a subunidade 50S, alterando a 
permeabilidade da membrana citoplasmática dos patógenos, tal como fazem os 
macrolídeos. Propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras também são 
descritas nesse grupo de antimicrobianos e resultam da inibição da óxido nítrico 
sintetase induzível (NO sintetase) e de citocinas proinflamatorias como TNF-α. 
 
2.2 Farmacocinética da doxiciclina 
 
Após a administração oral, quase toda a doxiciclina é passivamente absorvida 
pelo duodeno (90-100%). 
Sabe-se que as tetraciclinas formam quelatos insolúveis com cátions 
bivalentes ou trivalentes como cálcio, alumínio, magnésio, ferro, além de 
bicarbonato, OH- e salicilato de bismuto. Portanto, a administração simultânea de 
derivados do leite, suplementos vitamínicos e minerais, catárticos e antiácidos 
prejudica a sua absorção. Apesar de ser um efeito menos intensamente observado 
em relação à doxiciclina, vale a cautela de intervalos de 2 horas entre a sua 
administração e dos demais compostos. A absorção com alimentos não lácteos não 
sofre prejuízos importantes (até 20%), sendo recomendada para pacientes com 
sensibilidade gastrintestinal ao fármaco. 
A doxiciclina apresenta uma alta taxa de ligação com as proteínas 
plasmáticas (75-86%, podendo ser maior que 90%), principalmente nos gatos; 
mesmo assim, distribui-se muito bem pelo organismo. Suas concentrações no 
sangue independem da via de administração, sendo as mesmas após administração 
oral ou intravenosa. 
Nos felinos, nota-se maior afinidade da doxiciclina com as proteínas 
plasmáticas, o que faz com que esses pacientes apresentem o dobro das 
concentrações sanguineas observadas em cães submetidos à administração da 
mesma dose, representando uma distribuição pouco inferior nos gatos, além de 
maior potencial tóxico, principalmente animais com disproteinemias. 
Com lipossolubilidade cinco vezes maior que a da tetraciclina, além de muito 
melhor absorvida pelo trato digestório, difunde-se melhor para todos os tecidos e 
fluidos (Figura 03) em concentrações inibitórias efetivas, inclusive SNC e próstata, 
(além de atravessar a placenta e ser eliminada pelo leite) em doses terapêuticas. 
9 
 
Devido à sua grande capacidade de penetração pelas paredes e membranas 
celulares, atinge altas concentrações intracelulares, o que lhe confere meia vida 
longa, com menor frequência de administrações. 
Sua principal forma de eliminação não é hepática ou renal, mas sim por 
secreção não biliar de compostos inativos difundidos pela parede do intestino (90% 
fecal). Uma pequena fração sofre exceção biliar pela circulação entero-hepática ou 
eliminação renal (20-25%). Por isso, não atinge concentrações urinárias efetivas 
contra muitos patógenos. 
 
Figura 03: Tecidos e fluidos de atuação da 
doxiciclina.
 
Fonte: Barrio (2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BARRIO, Maria Alessandra Martins Del. Doxiciclina na medicina felina: 
Indicações, recomendações e restrições. FMVZ-USP: 2016. Disponível em: 
https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/vetsmart-
contents/Documents/DC/AgenerUniao/Boletim_Pet_032016_Doxiciclina_Medicina_F
elina_Indicacoes_Recomendacoes_Restricoes.pdf. Acesso em março 2021. 
 
 
Canais Iônicos regulados por ligantes. Portal Educação. Disponível em: 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/farmacologia-
canais-ionicos-regulados-por-ligantes/45159#. Acesso em março 2021. 
 
 
Farmacologia: Receptores acoplados a Proteína a Proteína G(GPRC). Portal 
Educação. Disponível em: 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/farmacologia-
receptores-acoplados-a-proteina-g-gpcr/45210. Acesso em março 2021. 
 
 
JALES, Marjorie Azevedo. Mecanismo de ação dos fármacos. PETdocs: 2014. 
Disponível em: 
http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_381_desc_Princ%C3%ADpios%20de%20Farm
acologia_pagina__subtopico_59_busca_. Acesso em março 2021. 
 
 
Ligantes e receptores. Khan Academy. Disponível em: 
https://pt.khanacademy.org/science/biology/cell-signaling/mechanisms-of-cell-
signaling/a/signal-perception. Acesso em março 2021. 
 
 
Rang e Sample 2. Como agem os fármacos: aspector moleculares. Disponível 
em: https://eu-ireland-custom-media-prod.s3-eu-west-
1.amazonaws.com/Brasil/Downloads/Rang-e-sample2.pdf. Acesso em março 2021. 
 
 
SILVÉRIO, Marcelo Silva. Farmacologia Integrada I. 2013. Disponível em: 
https://www.ufjf.br/farmacologia/files/2013/05/FI-AULA-4-FARMACODINAMICA.pdf. 
Acesso em março 2021. 
 
 
 
https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/vetsmart-contents/Documents/DC/AgenerUniao/Boletim_Pet_032016_Doxiciclina_Medicina_Felina_Indicacoes_Recomendacoes_Restricoes.pdf
https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/vetsmart-contents/Documents/DC/AgenerUniao/Boletim_Pet_032016_Doxiciclina_Medicina_Felina_Indicacoes_Recomendacoes_Restricoes.pdf
https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/vetsmart-contents/Documents/DC/AgenerUniao/Boletim_Pet_032016_Doxiciclina_Medicina_Felina_Indicacoes_Recomendacoes_Restricoes.pdf
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/farmacologia-canais-ionicos-regulados-por-ligantes/45159
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/farmacologia-canais-ionicos-regulados-por-ligantes/45159
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/farmacologia-receptores-acoplados-a-proteina-g-gpcr/45210
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/farmacologia-receptores-acoplados-a-proteina-g-gpcr/45210
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https://pt.khanacademy.org/science/biology/cell-signaling/mechanisms-of-cell-signaling/a/signal-perception
https://pt.khanacademy.org/science/biology/cell-signaling/mechanisms-of-cell-signaling/a/signal-perception

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