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FARMACOLOGIA 1

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❖ Introdução à Farmacologia 
→ Definições: 
• Droga/fármaco: qualquer substância capaz de alterar as funções do organismo com 
ou sem intenção benéfica; 
• Medicamento: preparação química que geralmente contém um ou mais fármacos, 
administrada com intenção de produzir efeito terapêutico; 
• Remédio: substância animal, vegetal, mineral ou sintética; procedimento (ginástica, 
massagem, acupuntura, banhos), etc, usados com intenção benéfica; 
• Farmacologia: ciência que estuda os efeitos dos fármacos nos organismos. 
• Farmacocinética: Descreve o movimento do fármaco no organismo; compreende os 
processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção; 
(por onde ele passa, o que acontece em cada lugar) 
• Farmacodinâmica: Estuda o alvo dos fármacos, o mecanismo de ação e os efeitos 
farmacológicos (como eles atuam); 
• Farmacoterapêutica: Compreende o emprego dos fármacos no tratamento de doenças, 
trata-se do uso clínico (pra que e usado, como e utilizado). 
• Farmacologia estuda o efeito dos fármacos e como eles exercem esses efeitos. 
Exemplo: Ácido acetilsalicílico pode reduzir a inflamação, a dor e a febre. Inibe a ação 
de uma enzima presente nas membranas celulares humanas conhecida como 
ciclooxigenase, que é responsável pela síntese de vários mediadores inflamatórios. 
 
→ Etapas do desenvolvimento de um fármaco 
• Pesquisa científica para descobrir/sintetizar novos compostos, ou melhorar os já 
existentes (P&D) 
• Desenvolver aplicações seguras e eficazes de compostos promissores 
• Fazer a triagem de compostos em culturas de células ou em animais 
• Estudos clínicos em humanos 
 
→ Etapas dos estudos clínicos 
Fase I: pesquisadores testam um novo fármaco ou tratamento em um grupo pequeno 
de pessoas (20- 80) pela primeira vez para avaliar sua segurança, determinar a faixa 
terapêutica e identificar efeitos indesejáveis; 
* e utilizado pessoas saudáveis 
Fase II: o fármaco teste ou o tratamento é dado a um grupo maior de pessoas (100-
300) para analisar sua eficácia e segurança; 
* é feito em pacientes. 
Na fase III: o fármaco teste ou o tratamento é dado a um grupo ainda maior de 
pessoas (1000-3000) para confirmar sua efetividade, monitorar efeitos indesejáveis, 
compará-los com tratamentos existentes e coletar todas as informações que permitam 
que o fármaco ou tratamento seja utilizado com segurança. 
Na fase IV: estudos de farmacovigilância avaliam informações adicionais incluindo 
riscos e benefícios. 
 
 
 
→ Tipos de medicamentos 
• De referência: O medicamento de referência é o medicamento inovador registrado no 
órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país, cuja 
eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão 
federal competente, por ocasião do registro. 
A eficácia e segurança do medicamento de referência são comprovadas por meio da 
apresentação de estudos clínicos. 
• Genérico: aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e 
forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação 
terapêutica do medicamento de referência no país, apresentando a mesma segurança 
que o medicamento de referência no país podendo, com este, ser intercambiável. 
A intercambialidade, ou seja, a segura substituição do medicamento de referência pelo 
seu genérico, é assegurada por testes de bioequivalência (biodisponibilidade relativa 
(pacientes) e equivalência farmacêutica (in vitro)) apresentados à ANVISA. Essa 
intercambialidade somente poderá ser realizada pelo farmacêutico responsável, pela 
farmácia ou drogaria e deverá ser registrada na receita médica. 
* não e medido a eficácia, devido ser uma copia do de referencia, onde esse teste gera 
altos custos. 
• Similar: aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta 
mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação 
terapêutica, e que é equivalente ao medicamento registrado no órgão federal 
responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características 
relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, 
excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. 
*Os medicamentos genéricos e similares podem ser considerados “cópias” do 
medicamento de referência. Para o registro de ambos medicamentos, genérico e 
similar, há obrigatoriedade de apresentação dos estudos de biodisponibilidade relativa 
e equivalência farmacêutica Desde sua criação, o medicamento genérico já tinha como 
obrigatoriedade a apresentação dos testes de bioequivalência, enquanto a 
obrigatoriedade de tais testes para medicamentos similares foi a partir de 2003. Além 
disso, os medicamentos similares possuem nome comercial ou marca, enquanto o 
medicamento genérico possui a denominação genérica do princípio ativo, não 
possuindo nome comercial. 
Desde 2003, com a publicação da Resolução RDC 134/2003 e Resolução RDC 
133/2003, os medicamentos similares devem apresentar os testes de 
biodisponibilidade relativa e equivalência farmacêutica para obtenção do registro para 
comprovar que o medicamento similar possui o mesmo comportamento no organismo 
(in vivo), como possui as mesmas características de qualidade (in vitro) do 
medicamento de referência. 
Em 2014, por meio da RDC nº 58/2014, que definiu as medidas a serem 
adotadas junto à Anvisa pelos titulares de registro de medicamentos para a 
intercambialidade de medicamentos similares com o medicamento de referência, ficou 
determinada a disponibilização no sítio eletrônico da Agência da relação dos 
medicamentos similares indicando os medicamentos de referência com os quais são 
intercambiáveis para fim de consulta pela população por profissionais de saúde ou 
qualquer outro interessado. A lista será atualizada à medida que novos similares forem 
registrados e renovados com a análise dos estudos comparativos citados. 
 
❖ FARMACOCINÉTICA 
→ Relações entre farmacocinética e farmacodinâmica: esses processos ocorrem para que o 
fármaco alcance uma concentração adequada no sitio de ação. 
→ 
 
* No fígado pode ou não ocorrer a metabolização/biotransformação, pois para ocorrer e 
necessários enzimas especificas, caso o fígado não possua o fármaco não e metabolizado, 
então ele passa pelo fígado e vai para o coração, pulmões e outros tecidos do corpo. 
 
→ Tipo de ação dos medicamentos: 
• Ação local: quando o medicamento age no local onde é aplicado. Ex: pomadas 
aplicadas na pele. 
- Mais rápido (latência mais curta, ou seja, demora menos tempo pra fazer efeito) 
- Tem menores chances de ter um efeito indesejado, devido aplicar diretamente no 
local necessário. 
• Ação sistêmica: quando o principio ativo precisa alcançar a corrente sanguínea para 
chegar ao local de ação. Ex: efeito de um analgésico para alivio de dor de cabeça. 
- Possui um tempo de latência (tempo que o medicamento leva para fazer efeito) 
maior. 
- E mais utilizado por questão de conveniência e devido ter momentos que não e 
possível aplicar em cima do local desejado, como em órgãos internos. 
 
→ Vias de administração: são as estruturas orgânicas com as quais o fármaco toma contato 
para penetrar no organismo a fim de exercer seu efeito; 
• A escolha da via de administração de medicamentos deve considerar o tipo de ação 
desejada, sua rapidez e a natureza do medicamento. 
• As vias podem ser divididas em enterais e parenterais: 
➢ Enterais: quando entram em contato com alguma parte do sistema gastrointestinal: 
Oral, bucal, sublingual e retal. 
➢ Parenterais: Cutânea; Respiratória; Conjuntival; Genitourinária; Intravenosa; 
Intramuscular; Subcutânea; Peridural. 
 
*Na retal há absorção tanto pelos vasos presentes no “meio” onde levam o fármaco 
para o fígado, mas também podem levar para o intestino. 
 
→ Via sublingual/bucal (lateral da boca) 
• Vantagens: 
- Absorçãorápida 
- Estabilidade (PH do meio) 
- Evita o efeito de primeira passagem (ao tomar um medicamento pela via oral ele vai 
passar pelo fígado, onde o fármaco pode já ser metabolizado, alterando sua estrutura 
química, quando isso ocorre o fármaco pode perder sua utilidade, antes de chegar ao 
local desejado, sendo assim chamado de efeito de primeira passagem). Pois não passa 
pelo fígado vai direto para circulação sistêmica. 
- Pode adm uma quantidade menor, pois não ocorrera perda. 
• Desvantagens: 
- Pequenas quantidades 
- Sabor desagradável de alguns fármacos 
- Inconveniente 
 
→ Via oral: 
• Vantagens: 
-Conveniente – pode ser auto administrado, indolor, facilidade para ingerir 
- Absorção - ocorre em toda extensão do TGI 
- Barato – em relação às vias parenterais 
• Desvantagens: 
- Pode ocorrer a absorção de apenas parte do fármaco 
- Efeito de primeira passagem, pois são inicialmente transportados para o fígado. 
- Irritação da mucosa gástrica – náuseas e vômitos 
- Destruição de fármacos pelo ácido gástrico e suco digestivo 
- Efeito lento para emergências 
- Sabor desagradável de alguns fármacos 
- Não pode ser utilizada em pacientes inconscientes 
 
 
A velocidade e a quantidade de absorção são diferentes entre essas duas vias, na via 
sublingual e mais rápido devido o trajeto ser mais curto. A quantidade absorvida pela 
sublingual e maior devido não passar pelo fígado (metabolismo de primeira passagem), 
ou também devido a via oral “perder” uma parte do fármaco devido seu trajeto ser 
mais longo, podendo não ser bem absorvida. 
 
→ Via retal: 
• Para pacientes inconscientes e crianças 
• Em casos de náuseas e vômitos 
• Fácil controle em casos de intoxicação (pois e só remover o supositório) 
• Absorção pode ser variável (depende da região que pode ser colocado, ele pode ficar 
mais perto de vasos que levam a metabolização de primeira passagem) 
• Fármacos irritantes são contraindicados 
 
→ Vias parenterais: 
• Intravenosa – administração dentro da veia (única via que não possui perda) 
• Intramuscular - administração dentro do músculo (pode ter perdas) 
• Subcutânea - administração dentro do tecido subcutâneo 
• Cutânea – administração através da pele, sem efração do tegumento (efeito local) 
• Transdérmica - administração através da pele, sem efração do tegumento (efeito 
sistêmico) 
• Respiratória - administração sobre a mucosa respiratória por inalação oral ou nasal 
➢ Intravenosa: 
• Vantagens: 
- Fornece 100% de biodisponibilidade 
- Dosagem precisa 
- Início de ação do fármaco é muito rápido 
- Podem ser administradas grandes quantidades 
• Desvantagens 
- Toxicidade (alcance rápido de altas concentrações) 
- Necessário habilidade técnica 
 
➢ Intramuscular (as moléculas do fármaco alcançam os vasos sanguíneos mais 
próximos, quando o tecido muscular e mais irrigado a absorção e mais rápida. Pode 
ocorrer perdas). 
• Vantagens: 
- Menos habilidade necessária para a administração 
- Rápida absorção de fármacos em solução aquosa 
• Desvantagens: 
- Dor 
- Variabilidade na biodisponibilidade 
- Fármacos podem precipitar no local da administração 
 
➢ Subcutânea (possui um tempo menor que do musculo, devido o musculo possuir 
maior irrigação. Ela mantem uma absorção lenta porem CONSTANTE. Também podem 
ocorrer perdas) 
• Vantagens: 
- Absorção lenta e constante 
- não precisa de muita habilidade 
• Desvantagens: 
- Absorção limitada pelo fluxo sanguíneo 
- Pequenos volumes 
- Variabilidade na biodisponibilidade 
 
➢ Cutânea: administração através da pele, sem efração do tegumento (efeito local). 
➢ Transdérmica: administração através da pele, sem efração do tegumento. A 
substância irá atravessar a pele para poder atingir a circulação e realizar efeito 
sistêmico. Ex: Anticoncepcional, adesivo de nicotina. 
• Vantagens: 
- Evitam- se inconvenientes e riscos da via IV 
- Menor variação na biodisponibilidade do que com a VO 
- Fármacos com índices terapêuticos estreitos ou meias vidas curtas podem ser 
administrados com segurança e por períodos prolongados 
* meia vida: tempo necessário para que a concentração do fármaco seja reduzida para 
50% 
* índice terapêutico: relação entre a dose terapêutica e a dose toxica 
- Frequência posológica e reduzida (evita o esquecimento) 
- Obediência ao regime terapêutico pelo paciente e melhorada 
- Termino rápido do efeito do fármaco e possível (remoção do emplastro) 
• Desvantagens: Custo 
➢ Raquidiana ou intra tecal ou subaracnóidea 
- Baseia-se na administração de fármacos diretamente no LIQUOR 
- Suas principais vantagens são início rápido de ação (curta latência) e boa intensidade de 
bloqueio sensitivo e motor. 
- Possíveis desvantagens são a maior ocorrência de cefaleia e a limitada duração da 
anestesia quando utilizada técnica sem a colocação de cateteres (o mais comum) 
* Parte do liquor pode extravasar (após a retirada da agulha) para o meio devido ao 
orifício, podendo gerar muita cefaleia, pois aumenta a pressão intracraniana, devio há 
pouca quantidade de liquor. 
 
➢ Peridural, epidural ou extradural: Baseia-se na administração de fármacos no espaço 
peridural. Nesse caso não há perfuração de MENINGE, fica ao redor da dura-máter. 
• Vantagens: menor incidência de cefaléia quando comparado à raquianestesia, 
possibilidade de realização de bloqueios mais restritos à faixas de dermátomos e maior 
facilidade de realização de técnicas com utilização de cateteres (contínua). 
• Desvantagens: Como desvantagens temos uma latência maior, uma menor intensidade 
de bloqueio e a maior possibilidade de toxicidade por anestésico local já que é utilizado 
volumes cerca de dez vezes maiores que os utilizados na raquianestesia. 
➢ Via Respiratória: 
- Para tratamentos de doenças broncopulmonares (efeito local) 
- Para agentes gasosos e voláteis (efeito sistêmico) 
• Vantagens: 
- Rápido inicio de ação devido grande área de superfície e alto fluxo sanguíneo 
→ Forma farmacêutica: 
• E uma apresentação farmacêutica especifica que contém o fármaco geralmente em 
associação com adjuvantes 
• Medicamentos dispostos para o uso imediato, resultante da mistura de substancias 
adequadas para determinadas finalidades terapêuticas. 
• De acordo com a forma farmacêutica, têm-se a via de administração adequada. 
 
 
→ TRANSPORTE DE FÁRMACOS ATRAVÉS DAS MEMBRANAS BIOLÓGICAS 
 
→ Movimentos transmembranares (formas que os fármacos podem atravessar a membrana): 
• Difusão simples através de lipídios 
• Difusão através de poros aquosos (possui diâmetro pequeno) 
• Transporte mediado por carreadores (proteína de membrana) 
• Difusão facilitada (a favor do gradiente) 
• Transporte ativo (contra o gradiente de concentração) 
• Pinocitose (em casos de moléculas grandes) 
 
➢ Difusão simples através de lipídeos: 
• Solubilidade (liposolubilidade, devido à membrana) 
• Grau de ionização (os fármacos podem ser ácidos ou bases fracas e dependendo do 
meio onde eles estão podem ser ionizados) A SUBSTANCIA IONIZADA NÃO CONSEGUE 
PASSAR PELA MEMBRANA, APENAS A FORMA NEUTRA. 
• PH e participação do PH (capacidade do PH realizar sequestro iônico) 
* 95% das drogas comerciais são primariamente absorvidas por difusão passiva 
 
→ Reação de ionização (ACIDOS OU BASES FRACAS): 
 
• A ESPÉCIE IONIZADA BH + OU R- POSSUI LIPOSSOLUBILIDADE BAIXA; 
• Em geral a espécie não carregada e lipossolúvel o suficiente para atravessar a 
membrana 
• ACIDOS: Um acido fraco neutro em um meio acido como o estomago pode sofrer 
ionização. 
- Para que um ACIDO FRACO seja bem ABSORVIDO ele precisa estar em sua forma 
NEUTRA, as IONIZADAS não conseguem atravessar a membrana. 
- No estomago o PH e bem acido logo o meio possui muito H+, então o acido tende a 
ficar neutro pois o meio há possui muito H+. ENTÃO UM ACIDO FRACO E BEM 
ABSORVIDO EM MEIO ACIDO COMO O ESTOMAGO, caso não seja todo absorvidono 
estomago, ele segue para o intestino onde o PH e mais neutro, onde nesse a 
concentração de H+ e menor, logo o acido irá tender a sua forma ionizada. 
- NÃO E BEM ABSORVIDO NO INSTESTINO, POIS TENDE A DISSOCIAR. 
• BASES: em meio acido a tendência da base e de reagir com os H+ presentes tornando-
se ionizadas, logo terá uma baixa absorção no ESTOMAGO. Já no intestino o PH mais 
neutro/alcalino (sem muito H+) não favorece a formação de moléculas ionizadas, pois 
devido a baixa quantidade de H+ a molécula tende a ficar na sua forma neutra 
- UMA BASE FRACA E BEM ABSORVIDA NO INTESTINO 
 
→ PH E PK 
• pH: medida da concentração de íons hidrogênio 
• pK: constante de dissociação: O valor de pK revela em qual pH um composto encontra-
se no equilíbrio, ou seja metade das moléculas ionizadas e metade não-ionizadas. 
*Característica própria do fármaco, que não irá mudar (não importa o meio) 
- Quando o PKa for igual ao PH, a proporção de moléculas neutras e ionizada e 50% 
para as duas. 
 
No meio de pH3 as proporções encontram-se em equilíbrio 
 
O acido em meio de pH 1 (pH BAIXO) tende a formar mais moléculas neutras 
A base em pH 1 tende a formar mais moléculas ionizadas 
 
 
O ACIDO em pH alto como 8 a substancia tende a ficar na sua forma ionizada 
A BASE em pH alto tende a ficar na sua forma neutra 
- Para um pKa 3 em um meio de pH1 qual será a proporção de moléculas ionizadas e neutras? 
pH= pKa + log (A-)/ (AH) 
1= 3 + log (A-)/ (AH) 
-2 = log (A-)/ (AH) 
(A-)/ (AH) = 10-2 = 1/10-2 = 0,01 
Para cada molécula neutra há 0,01 moléculas ionizadas. 
→ Equação de Henderson-Hasselbach: Permite calcular a proporção de moléculas 
ionizadas/não-ionizadas em cada pH. 
 
 
* Um acido de pKa 3,5 encontrara em sua forma mais ionizada em um meio de pH3, a 
medida que o pH aumenta( plasma de pH 7,4) 
* Para base (pKa 8,6) encontrara sua forma mais ionizada em meio ácido, onde ficará cada 
vez menor a medida que o meio vai tornando-se mais básico. 
 
 
→ Transporte mediado por carreadores: proteína localizada na membrana da célula, pode 
ser utilizado por moléculas ionizadas. E necessário ter carreadores disponíveis, fármaco 
disponível e afinidade entre eles. 
• Difusão facilitada (a favor do gradiente) 
• Transporte ativo (contra o gradiente de concentração) 
• Importante no túbulo renal, trato biliar, barreira hematoencefálica, placenta e trato 
gastrintestinal. 
 
Ao aumentar a concentração de fármaco, conseguimos aumentar a quantidade de 
substancia que passa por difusão passiva, porem por transportador não aumenta tanto 
quanto da difusão passiva, isso ocorre devido o transporte por carreador estar saturado 
(todas as proteínas encontram-se ocupadas). 
→ Pinocitose (caso a molécula não consiga passar por difusão facilitada, ou mediada por 
carreadores, ela pode passar por Pinocitose). E transportado por uma vesícula ate o outro 
lado, podendo ser chamado de transporte vesicular ou endocitose mediada por 
receptores: 
• Transporte vesicular transportado dentro de uma vesícula, SEM OS RECEPTORES 
• Endocitose mediada por receptores (a vesícula engloba tudo, o fármaco e o receptor) 
* Transporte mais lento, pouco eficaz, transporta moléculas grandes. 
→ Representação esquemática dos processos FARMACOCINÉTICOS: Absorção • Distribuição 
• Metabolismo • Excreção. 
 
• DEFINIÇÕES: 
- ABSORÇÃO: PASSAGEM DE UMA SUBSTÂNCIA DE SEU LOCAL DE ADMINISTRAÇÃO 
ATÉ A CORRENTE SANGÜÍNEA. (chegada a corrente sanguínea) 
- Biodisponibilidade: relaciona-se com a proporção da substância que alcança a 
circulação sistêmica após a administração de determinada dose. 
*podem ocorrer perdas no caminho, a quantidade que chega tem que ser suficiente 
para realizar o efeito. 
→ ABSORÇÃO - Fatores que influenciam a absorção dos fármacos: 
 
 
• Variação no pH gástrico e intestinal 
 
• Propriedades do trato gastrintestinal relevantes para a absorção de fármacos 
 
→ Variação na concentração de acetaminofeno (VARIAÇÃO BIOLOGICA) 
* A absorção muda de pessoa para pessoa 
 
Um fármaco acido revestido, não e degrado no estomago e passa direto para o intestino 
na sua concentração máxima, quando chega no intestino ele dissolve, porem pela 
ionização ele não seria bem absorvido, porém devido a GRANDE AREA DE ABSORÇÃO DO 
INSTESTINO ele será bem absorvido. 
No intestino pode ser absorvido tanto ácidos quanto básicos, porem no estomago 
“apenas” ácidos. 
 
→ Volume de água: Efeito do volume de água ingerido sobre a absorção oral de fármacos 
- Em A,B,C o volume de agua favorece a absorção, devido facilitar a dissolução. 
- Quando a substancia for muito lipofílica a quantidade de agua não altera muito. 
 
→ Perfil cinético da concentração plasmática de 3 diferentes preparações administradas pela 
via oral 
* O fármaco tem que ficar entre as linhas de dose efetiva e a baixo da dose toxica (perfil 
do verde - B). 
 
→ DISTRIBUIÇÃO: transporte do fármaco pelo sangue e outros fluidos a todos os tecidos do 
corpo. 
 
1. O fármaco injetado direto na veia não possui absorção, mas tem 100% de 
biodisponibilidade. Porem esse ainda não está sendo DISTRIBUIDO para os tecidos. 
2. Há uma concentração do fármaco ainda nos vasos, porem já começou a distribuição 
para os tecidos. 
3. A quantidade do fármaco entre os vasos e os tecidos está em equilíbrio. 
4. O fármaco se distribuiu muito nos tecidos e possui nada nos vasos. 
→ Como podemos medir a distribuição de um fármaco? Volume aparente de distribuição 
(Vd) 
 
Quando o VD e maior indica que maior foi a distribuição do fármaco e menos ele se 
encontra na corrente sanguínea. 
• Elevados volumes aparentes de distribuição indicam que os fármacos possuem grandes 
concentrações teciduais, em comparação com a concentração plasmática e vice-versa. 
• O fármaco que esta menos distribuído (presente na corrente sanguínea) possui uma 
meia vida mais rápido, logo será eliminado. 
- Fármacos com VD maior, possuem maior taxa de meia vida, devido o percurso pra 
ser eliminado ser maior do que aquele que se encontra no sangue. 
 
→ Influência do Vd sobre a meia-vida de eliminação (t1/2) para fármacos com valores de 
eliminação (clearance) semelhantes. 
 
 
→ Fatores que influenciam a distribuição de fármacos 
• Fluxo sanguíneo tecidual: quem recebe mais rápido são os órgão comparados aos tecidos 
quando aplicado na via endovenosa. Principalmente tecidos RICAMENTE 
VASCULARIZADOS. 
 
• Ligação a proteínas plasmáticas: o fármaco pode ficar livre no sangue ou se ligar a uma 
proteína plasmática. Isso influencia na DISTRIBUIÇÃO DO FARMACO, ele pode estar ligado 
a albumina (fármacos ácidos) ou a alfa 1 proteinase (fármacos básicos). 
- Quando está ligado a albumina o fármaco não consegue sair do sangue, então não 
será distribuído para os tecidos, isso ocorre devido ele não conseguir ultrapassar as 
barreirar juntamente com a proteína. APENAS MOLECULAS LIVRES SÃO DISTRIBUIDAS 
PARA OS TECIDOS. 
- Principais proteínas de ligação: albumina plasmática (drogas ácidas, ex. ácido 
acetilsalicílico, varfarina, fenilbutazona) 
• Quando ele se liga a albumina (fármacos ácidos) 
- alpha-1 glicoproteína ácida (drogas básicas, ex. amitriptilina, eritromicina, lidocaína). 
▪ Fatores que influenciam a ligação: 
- concentração do fármaco livre 
- afinidade pelos sítios de ligação 
- concentração da proteína transportadora 
 
 
 
• Para ocorrer a ligação e necessário ter fármaco livre, proteínas plasmáticas livres e 
afinidade entre os dois. 
• Perfil de distribuição: 
- Fármaco livre: consegue atravessar as membranas, se deslocar pros tecidos e realizar o 
efeito. Ele e absorvido, metabolizado e excretado rapidamente. 
- Fármaco ligado à proteína: só algumas que estão livres chegaram aos tecidos e realizam 
o efeito. E lentamente absorvido, metabolizado e excretado (só ocorre com a fração 
pequena livre). A vantagem de estar ligado e que a meia vida será maior,logo a 
duração/efeito será maior, pois o ligado começa a se dissociar da proteína. 
 
Pode ocorrer competição entre diferentes fármacos pela proteína plasmática (interação 
medicamentosa). Se o corpo perceber o excesso de moléculas livres, ele mesmo elimina. 
Com o fármaco livre pode ocorrer mais reações adversas devido ele ficar na corrente 
sanguínea e poder agir no sistema nervoso, isso pode ocorrer devido uma diminuição da 
concentração de proteínas plasmáticas no sangue. 
• Permeabilidade do fármaco através das barreiras teciduais 
- Barreira Hematoencefálica (BHE): Consiste em uma camada contínua de células 
endoteliais unidas por junções estreitas. A permeabilidade da BHE pode ser alterada 
pela inflamação (devido a vasodilatação). 
- Barreira placentária: Fármacos administrados à mãe alcançam a circulação fetal; A 
glicoproteína P se encontra na placenta para limitar a exposição fetal a substâncias 
potencialmente tóxicas (faz o processo inverso). 
 
Para poder passar pela barreira placentária e necessária ser lipofílica, moléculas ionizadas 
não conseguem ultrapassar. 
• Ligação no interior dos compartimentos: 
- Acúmulo de fármacos nos tecidos: 
 Fármacos lipossolúveis armazenam-se na gordura corporal. Ex. tiopental e 
inseticidas clorados; 
 Significativos para pessoas obesas em que o conteúdo de gorduras pode alcançar 
50% do peso corporal; 
 Metais pesados como mercúrio e bismuto fixam-se no baço, rim e fígado; 
 Tetraciclina e chumbo acumulam-se no tecido ósseo e dentes. 
→ Curva temporal de concentração plasmática após administração oral de drogas 
 
1- A concentração aumenta devido o fármaco está sendo absorvido 
2- A concentração chega a um equilíbrio, pois a mesma quantidade de fármaco que esta 
entrando no sangue também está saindo (tanto para distribuição quanto para 
eliminação). 
3- A concentração começa a diminuir, devido à eliminação está predominando. 
 
→ METABOLISMO/BIOTRANSFORMAÇÃO (ocorre concomitante com a excreção): 
→ O fármaco chega pela veia porta, ao chegar no tecido hepático ele pode apenas passar 
pelas células hepáticas e ir para veia central, ou ele pode entrar nas células hepáticas no 
qual essas possuem as enzimas hepáticas de metabolismo e serão metabolizados 
alterando a sua conformação, tornando-se METABOLITO e esse segue o caminho (não e o 
fármaco ORIGINAL que segue para o coração). Mas ao chegar no fígado também há 
possibilidades de proteínas transportadoras carregar o fármaco para os canalículos biliares 
onde será transformado pela vesícula biliar. 
• Caso o fármaco entre nas células hepáticas ele encontrará dois tipos de enzimas 
hepáticas 
- Enzima hepática microsomais: enzima que não fica solta no citosol, ela fica presa na 
membrana do reticulo. Realiza principalmente reações de oxidação e conjugação. 
- Enzima hepática não microsomais: enzimas soltas. Fazem acetilação, hidrolise, oxi 
redução. 
 
A metabolização pode ocorrer em diversos tecidos, porém a principal será no fígado. 
Nos outros tecidos são chamadas de enzimas extra-hepáticas. 
→ Consequências da biotransformação (4): 
 
Após a biotransformação o fármaco pode perder/reduzir sua atividade ou ser ativado ou 
metabolito reativo (podendo causar toxicidade). 
*Pro fármaco = são fármacos que são administrados em forma inativa, sendo ativados 
somente após biotransformação. 
 
→ SUBSTANCIA LIPOFÍLICA X HIDROFÍLICA 
 
 
• Uma substancia HIDROFILICA possui mais dificuldades para passar pelas barreiras, logo 
ele possui menos possibilidades de ser metabolizada pelo fígado, porém ao chegar nos 
RINS ela tem uma maior tendência em ser ELIMINADA. 
• Substâncias lipofílicas possuem mais facilidades para passar pelas barreiras, no qual 
fica mais acessível a metabolização pois passara pelo fígado com mais facilidade, porem 
não são facilmente eliminadas pelos rins, a tendência e voltar para o sangue. 
• Substâncias lipofílicas não são eficientemente eliminadas pelos rins. A maioria dos 
fármacos lipofílicos é metabolizada a produtos mais polares, que são eliminados na 
urina; 
• Moléculas polares (hidrofílicas) tem mais dificuldade para atravessarem a membrana 
plasmática para serem metabolizadas, por isso, o metabolismo intracelular é, em geral, 
menos importante para fármacos polares do que para os lipossolúveis, e aqueles 
tendem a ser eliminados na forma inalterada na urina. 
 
→ Metabolismo de fármacos – REAÇÕES DE METABOLIZAÇÃO (um fármaco pode ser 
metabolizado pela reação 1 ou pela reação 2 e depois ira ser eliminado). 
• Um fármaco pode ser metabolizado: 
- Pela reação de fase 1 , reação de fase 2 e excretado (ocorre mais em lipofílicos) 
- Pela reação de fase 1 e ser excretado (isso ocorre se o produto ser bem hidrofílico) 
- Pela reação de fase 2 e ser excretado 
 
• Reação de fase 1: Podem ser reações de oxidação, hidrolisação, desaminação e 
outras. 
- Introduzem ou expõem um grupo funcional no fármaco parental (funcionalização); 
- Geralmente levam à perda da atividade farmacológica; 
- Exceção: pró-fármacos. 
 
 
• Pró fármacos: 
- São precursores inativos metabolizados em metabólitos ativos. 
- Exemplos: o fármaco citotóxico ciclofosfamida só se torna ativo depois de 
metabolizado no fígado, por isso pode ser administrado por via oral sem causar danos 
graves ao epitélio GI; 
- A zidovudina só é fosforilada a seu metabólito trifosfato ativo em células que contém 
transcriptase reversa ( células que já estão infectadas)conferindo, assim, toxicidade 
seletiva para as células infectadas com o HIV. 
 
→ Sistema de monooxigenases P450 
• Principal superfamília de enzimas que realizam reações de oxidação de fase 1; 
• Contém um grupo heme ligado não-covalentemente à cadeia polipeptídica; 
• As enzimas são designadas pela abreviatura CYP (CYP1A2); 
• A maioria das enzimas metabolizadoras de fármacos pertencem a família CYP 1, 2, e 
3. 
• CYP3A4 é muito comum para o metabolismo de fármacos, sua presença no TGI é 
responsável pela baixa biodisponibilidade oral de muitos fármacos. Presente no fígado 
também. 
 
→ Localização das CYPs nas células 
 
Para o fármaco ser metabolizado e necessário ele atravessar a membrana e encontrar com a 
CYP no reticulo endoplasmático. 
→ Substratos, indutores e inibidores de enzimas microssômicas 
 
Um indutor da enzima do ciclo da P 450 irá fazer com que o substrato seja metabolizado 
mais rápido (interação medicamentosa) aumentando o numero de enzimas, logo o efeito 
será menor. Um inibidor enzimático irá diminuir a ação enzimática, pois ele compete pelo 
sitio de ligação, com tempo pode ocorrer acumulo (doses repetidas), pois não estará 
eliminando da forma correta. 
 
→ Reações de fase 2: são reações de conjugação 
• Levam a formação de uma ligação covalente entre um grupo funcional no fármaco 
parental ou metabólito de fase I com ácido glicurônico (o produto formado e muito 
hidrofílico), sulfato, glutationa, etc; 
• Formam-se conjugados altamente polares e, em geral, inativos; 
• Exemplo: metabólito 6-glicuronídeo da morfina. 
 
→ Polimorfismos genéticos: 
• Pode ocorrer em populações especificas 
• Principalmente para o sistema P450 
- CYP3A: variabilidade interindividual, verificada na parede intestinal e no fígado (=> 
grande variação no efeito de primeira passagem). Não existem diferenças significativas 
entre africanos e europeus. 
- CYP2D6: metaboliza psicofármacos: metabolizadores lentos apresentarão reações 
adversas extrapiramidais, como inquietude, tremores, movimentos involuntários. 
 
→ EXCREÇÃO: 
 
→ Principais vias de EXCREÇÃO: 
• Renal; Biliar; fecal; Pulmonar (substancias voláteis); Outras (suor, leite materno) 
→ Excreção Renal: 
• Filtração glomerular (substancias muito lipossolúvel podem passar pela filtração 
glomerular e logo em seguida ser reabsorvido para a corrente sanguínea, devido sua 
facilidade de atravessar membranas) 
- Moléculas ligadas a proteínasplasmáticas não são eliminadas através da filtração 
glomerular, apenas as moléculas livres. Elas são removidas aos poucos, algumas podem 
ser reabsorvidas. 
• Secreção tubular ativa (através de transportadores- fármacos ionizados) 
• Reabsorção tubular passiva (fármacos lipossolúvel) 
 
 
→ Interações medicamentosas envolvendo transportadores 
 
O inibidor compete pelo transportador, normalmente o transportador tem preferencia pelo 
inibidor, então a droga ficará em excesso devido ela não esta sendo transportada para a 
eliminação. 
→ Formação da urina: 
• Urina = do grego, presença de uréia 
• Uremia = elevação na concentração de uréia no organismo 
• A urina consiste de 95% de água e 5% de solutos (uréia, NaCl, H+, etc) 
• Pare reverter uma toxicidade 
de um fármaco acido cujo já se 
encontra no sangue e necessário 
acelerar a eliminação do fármaco, 
para isso e necessário deixar a urina 
mais alcalina, logo prevalecera a 
forma ionizada do acido 
AUMENTANDO A EXCREÇÃO. 
Se acidificar a urina, o excesso de H+ 
iria favorecer a forma neutra do 
fármaco aumentando a REABSORÇÃO. 
• Para que o fármaco seja 
excretado ele precisa está ionizado, 
diferente da absorção. 
* Em azul ionizada 
 
→ Efeitos da idade na 
eliminação renal 
• No lactente e idoso, em que há redução da função renal e hepática em relação às 
outras idades, os efeitos farmacológicos são prolongados e tende a haver acumulação. 
• Os lactentes prematuros possuem função renal e hepática deficiente em relação ao 
recém-nascido a termo; essas funções amadurecem nas primeiras semanas de vida. 
• A função renal e hepática diminui de forma lenta e variável após a meia-idade, de 
forma que a variação interindividual é maior nos idosos. 
 
→ Excreção hepatobiliar: As células hepáticas transferem diversas substâncias, inclusive os 
fármacos, do plasma para a bile, por meio de sistemas de transporte específicos. 
- O fármaco que vem pela via oral e absorvido, chega ao fígado pela veia porta, após ser 
metabolizado (fase 1 e/ou fase 2) os transportadores pegam os metabolitos 
(principalmente de fase 2) e levam pros canalículos biliares, no qual depois vão para o 
intestino. (circulação enterro hepática) 
*farmaco de fase 2 “e mais fácil de ser eliminado” 
→ Circulação êntero-hepática: 
• Vários conjugados hidrofílicos de fármacos (especialmente glicuronídeos) são 
concentrados na bile e levados para o intestino, onde o glicuronídeo é hidrolisado, 
liberando o fármaco ativo novamente; 
• o fármaco livre pode ser reabsorvido e o ciclo repetir-se, o que cria um reservatório de 
fármaco recirculante, que pode representar até 20% do total de fármaco presente no 
organismo, prolongando sua ação; 
• Ex: morfina, etinilestradiol 
* Redução da concentração do anticoncepcional, devido “matar” a flora intestinal logo não 
terá as bactérias para produzir as glicorunidases* 
 
 
→ Exemplos de fármacos que são excretados em proporção considerável na bile 
• Cromoglicato de sódio (excretado na bile na forma inalterada); 
• Rifampicina (absorvida no intestino, é gradualmente desacetilada, retendo a sua 
atividade biológica; ambas as formas são excretadas na bile, mas a forma desacetilada 
não é reabsorvida, sendo excretada nas fezes). 
 
 
 
❖ FARMACODINÂMICA 
→ Estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação 
 
→ Receptores farmacológicos: 
• A maioria dos fármacos produz suas ações por interagir com componentes do 
organismo. 
• Em 1909, Paul Ehrlich criou o termo receptor para descrever a especificidade da ação das 
drogas. 
→ Receptores: Moléculas alvo por meio das quais mediadores fisiológicos solúveis produzem 
seus efeitos. Ex: receptor para acetilcolina, receptor para estrogênio, receptor para 
hormônio do crescimento, etc. 
→ Receptores farmacológicos: A identificação dos receptores para fármacos, hormônios e 
neurotransmissores iniciou-se na década de 60, com o uso de compostos marcados 
radioativamente (ligantes) que ligavam-se com alta afinidade aos sítios alvos. 
- Técnicas de biologia molecular e bioquímica têm levado à purificação e clonagem 
molecular de centenas de genes específicos para os receptores. 
→ Sítios de ações de fármacos (onde o fármaco se liga): 
• Protéicos: 
- Receptores para hormônios, NTs (neurotransmissores), etc; 
- Canais iônicos; 
- Enzimas; 
- Proteínas transportadoras; 
• Não proteicos: 
- Ácidos nucléicos; 
- Constituintes da parede celular, etc. 
 
→ Receptores e sinalização: 
 
→ Receptor de membrana: e o tipo 
mais comum de receptores. A maioria das 
moléculas desse tipo de receptor são 
hidrofílicos. 
→ Receptor intracelular: para que o 
fármaco possa chegar ao receptor dentro 
do núcleo e necessário que a molécula 
atravesse a membrana, portanto a célula 
precisa ser lipofílica. 
→ Especificidade: Os receptores 
asseguram fidelidade na comunicação 
pretendida por só responderem à molécula sinalizadora específica ou a moléculas com 
estrutura química muito relacionada (como os fármacos com o formato necessário). 
→ Relação entre estrutura e atividade: 
• A ligação das drogas aos seus receptores pode envolver todos os tipos de interações 
conhecidas: iônica, ponte de hidrogênio, hidrofóbica, interação de Van der Waals e 
ligação covalente. 
* As interações entre fármacos e receptores fisiológicos são interações fracas, onde 
podem ser facilmente reversível. 
- A iônica e considerada uma ligação forte porem através de mudanças de pH 
conseguem reverter. Covalentes apenas utilizados em “praticas/analises”. 
• A maioria das interações droga-receptor envolve ligações fracas múltiplas. 
• As ligações covalentes necessitam de energia considerável para se romper, sendo 
praticamente irreversíveis e prolongando a duração da ação do fármaco. 
• As ligações iônicas também são fortes, mas podem ser revertidas por alterações no 
pH. 
 
→ AFINIDADE (ocorre por meio de interações químicas): 
• Força da interação entre o fármaco e o receptor determinada pela estrutura química 
da substância; 
• Sendo assim, pequenas alterações na molécula do fármaco podem provocar 
alterações significativas em suas propriedades farmacológicas em decorrência da 
alteração de afinidade por um ou mais receptores; 
• A afinidade pode ser medida por sua constante de dissociação (Kd). 
* A droga e o receptor precisam apresentar complementariedade molecular em seus 
grupos de ligação. 
• Receptores interagem de modo seletivo com isômeros ópticos de um fármaco. Por 
exemplo: a levo-norepinefrina é 100 vezes mais potente do que a dextro-norepinefrina. 
 
• Em alguns casos, somente um isômero se ligará ao receptor (ex., dextrometorfano, ao 
contrário do isômero L, não apresenta propriedades analgésicas e aditivas e não age 
através dos receptores opióides). 
• Um enantiômero de um par de fármacos com frequência se liga mais avidamente 
(apresenta maior afinidade) ao receptor do que o outro enantiômero. Como a única 
diferença entre eles é a estrutura estereoquímica, o formato tridimensional da 
molécula é uma característica crucial na afinidade de ligação. 
 
 
→ Interações Fármaco-Receptor 
• Agonistas: fármacos que se ligam a receptores fisiológicos e simulam efeitos de 
compostos reguladores endógenos; FAZ O MESMO EFEITO DA MOLECULA 
FISIOLOGICA. 
• Agonista total/pleno: droga com eficácia suficiente para promover a resposta máxima 
do tecido. Ele pode chegar a 100% SEM OCUPAR TODOS OS RECEPTORES. Altera os 
receptores para poder realizar a sua atividade máxima. 
• Agonista Parcial: droga com nível intermediário de eficácia, de forma que mesmo 
quando 100% dos receptores ESTÃO OCUPADOS, a resposta tecidual é submáxima; 
- A incapacidade de um agonista parcial produzir a resposta máxima não é decorrente de 
afinidade reduzida pelo receptor, pois agonistas parciais inibem competitivamente 
respostas produzidas por agonistastotais. 
*Muda a conformação porem não para uma atividade máxima. 
 
Em vermelho: Agonista total 
Em azul: Agonista total ta 
ocupando metade dos 
receptores e a outra metade 
está sendo ocupada por 
agonista parcial. 
Em laranja: o agonista parcial 
ocupou 100% dos receptores. 
* ex: os receptores estão 
ocupados por agonistas totais, 
porem há receptores livres 
ainda, então esses são completados com agonistas parciais, como será a 
atividade/efeito? A atividade continuara no efeito máximo, só irá ocorrer uma queda no 
gráfico se tiver mais agonistas parciais ou se os agonistas totais se deligarem dos 
receptores e os agonistas parciais ocupem TODOS OS RECEPTORES. 
* AGONISTAS SERÃO UTILIZADOS QUANDO QUISER AUMENTAR O EFEITO/RESPOSTA. 
 
→ Afinidade: tendência do fármaco de se ligar ao receptor. Quando se liga, quer dizer que 
há interações químicas do fármaco com receptor. 
→ Eficácia: capacidade de uma vez ligado ativar o receptor. 
- Um agonista total a sua eficácia e de 100% e o parcial de sub máxima. 
- Agonistas apresentam alta eficácia e antagonistas possuem eficácia zero (ele possui 
afinidade pois se ligou ao receptor, porém não possui NENHUMA EFICÁCIA POIS NÃO 
ATIVA O EFEITO DO RECEPTOR, ele apenas BLOQUEIA a atividade do agonista). 
→ Eficácia 
 
A: agonista 
total, mais 
eficaz que o b e 
o b e mais 
eficaz que o c; B 
e C: agonista 
parcial. 
→ Potência: 
 
A, B e C são agonistas totais, porem o A e mais potente (devido a dose)que o b e o b e mais 
potente que o c. Para causar o mesmo efeito o A precisa de uma dose menor que do b e 
c. 
 Eficácia % CE 50 
A 100 10 
 B 60 20 
C 70 5 
 
→ “A” e mais eficaz que o B e o C (ou seja com PEQUENAS DOSES, ele chega ao seu EFEITO 
MAXIMO). PARA FALAR DE EFICACIA DEVEMOS OLHAR O EFEITO. 
→ PARA SE REFERIR A POTENCIA, precisamos analisar o CE 50 (concentração eficaz que causa 
50 % de resposta).QUANTO MENOR A CE 50 MAIOR A POTENCIA DO FARMACO. 
→ PARA ANALISAR A EFICACIA E A POTENCIA NÃO NECESSITA SABER SE E AGONISTA TOTAL 
OU PARCIAL. O AGONISTA PARCIAL NUNCA TERA UMA EFICACIA MAIOR QUE DO TOTAL, 
POREM PODE TER UMA POTENCIA MAIOR QUE DO TOTAL. 
 
• A e B são agonistas 
totais, enquanto C é um 
agonista parcial. 
• Notem a dissociação 
de potência e eficácia: C é 
mais potente que B, mas B é 
mais eficaz que C. 
 
→ Interações Fármaco-Receptor: 
• Antagonistas: fármacos que se ligam ao receptor sem causar ativação (NÃO POSSUI 
EFICACIA), mas produzem efeito por inibirem a ação dos agonistas. DIMINUI A 
RESPOSTA DO AGONISTA, DEVIDO COMPETIR PELA LIGAÇÃO. 
• Normalmente utilizado para poder diminuir o efeito do AGONISTA. 
 
→ TIPOS DE ANTAGONISTA 
→ Antagonista competitivo reversível: ao adicionar um antagonista competitivo sem mexer 
na concentração do agonista a resposta começa a diminuir, devido esse se ligar no 
mesmo receptor do agonista. Para voltar a ter a resposta máxima o antagonista precisa 
ser REVERSIVEL e também e necessário colocar mais agonista total (aumentar a 
concentração). 
• Liga-se no mesmo sítio de ligação do agonista; 
• Inibição pode ser superada pelo aumento na concentração do agonista (reversível); 
• Não se reduz a resposta máxima (se aumentar a concentração de agonista total); 
• Utilizados clinicamente. Exemplo: Prazosin nos receptores adrenérgicos 
• CARACTERIZA-SE PELO DESVIO DA CURVA DE CONCENTRAÇÃO PARA A DIREITA, SEM 
ALTERAR A INCLINAÇÃO OU O EFEITO MÁXIMO; esse desvio ocorre devido o AUMENTO 
DA CONCENTRAÇÃO DO AGONISTA. 
• Em presença do antagonista competitivo reversível a resposta máxima ocorre em 
concentração mais elevada do agonista (afeta a potência do agonista). 
- A presença de um antagonista diminui a POTENCIA do agonista. 
 
→ Antagonismo competitivo irreversível 
• Liga-se no mesmo sítio de ligação do agonista; 
• O antagonista contém grupo reativo que forma ligações covalentes com o receptor 
• O ANTAGONISTA SE DISSOCIA DE FORMA LENTA OU NEM SE DISSOCIA; 
• A inibição não pode ser superada pelo aumento na concentração do agonista 
(irreversível); 
• RESPOSTAS MÁXIMAS SÃO REDUZIDAS; 
• A curva dose-resposta do agonista será deslocada para a direita, SEM RECUPERAR O 
EFEITO MAXIMO; 
• Ferramenta experimental. 
• Exemplo: fenoxibenzamina em receptores alpha-adrenérgicos 
 
 
→ Antagonista não competitivo 
• Não se liga no mesmo sítio do agonista; 
• Pode se ligar em um sítio alostérico ou bloquear algum ponto da sequência de eventos 
desencadeada por um agonista; 
• A inibição NÃO PODE SER SUPERADA COM O AUMENTO NA CONCENTRAÇÃO DO 
AGONISTA (irreversível), pois ele esta ligado em outro sítio; 
• A resposta máxima é reduzida; ELE PREJUDICA O EFEITO DO AGONISTA 
• A curva dose-resposta do agonista será deslocada para a direita (redução do efeito). 
• Exemplo 1: agmatina em receptores nicotínicos; 
• Exemplo 2: fenciclidina (PCP) bloqueia o fluxo de cálcio através do canal do receptor 
NMDA. Ela se liga em um sítio dentro do canal aberto. 
 
A linha azul pode 
representar um antagonista 
NÃO COMPETITIVO ou um 
antagonista COMPETITIVO 
IRREVERSIVEL. 
 
 
 
 
 
→ Antagonismo entre Fármacos: 
• Químico: quando 2 substâncias se combinam em solução e a atividade da droga é 
perdida (ex: dimercaprol (agente quelante) x metais pesados); 
• Farmacocinético: uma substância reduz a concentração da outra no sítio de ação (ex: 
fenobarbital e varfarina); um pode acelerar o metabolismo/excreção do outro, ou 
prejudicar a absorção do outro. 
• Fisiológico: ocorre quando a ação de 2 agonistas, atuando em 2 receptores diferentes 
possuem ações opostas (ex: histamina em receptor H1 causa broncoconstrição e 
adrenalina em receptores beta2 causa broncodilatação). 
→ Interações Fármaco-Receptor 
• Agonistas Inversos (antagonistas negativos): fármacos que estabilizam o receptor em 
sua conformação inativa. Importante apenas em situações nas quais os receptores 
demonstram atividade constitutiva. 
- Ele INIBE a atividade do receptor 
→ Diferentes sítios de interação dos agonistas inversos 
• Exemplos: Tipo 1: Cimetidina (receptor H2 ) Tipo 2: Galamina (receptor M1 ) Tipo 3: 
beta-carbolinas (receptor GABAa). 
• Ele pode se ligar no mesmo sitio do agonista, ou em sítios alostéricos. 
 
→ Diferentes sítios de interação dos agonistas inversos 
• Exemplos: Tipo 1: Cimetidina (receptor H2 ) Tipo 2: Galamina (receptor M1 ) Tipo 3: 
beta-carbolinas (receptor GABAa) 
→ Ligação fármaco-receptor 
 
O antagonista não altera a atividade do receptor constitutivo. 
 
→ Receptores de reserva: 
• Nem todos os receptores precisam ser ocupados para promoverem o efeito máximo 
de um tecido, receptores de reserva existem para fornecer uma margem de 
segurança. 
• Na junção neuromuscular há cerca de 20.000 receptores para a acetilcolina, dos quais 
1/4 a 1/2 podem ser bloqueados sem afetar a resposta máxima do músculo. 
• Sistema de defesa 
 
→ Dessensibilização ou Taquifilaxia 
• Termos usados para descrever a redução gradual do efeito de um fármaco quando ele é 
administrado de maneira contínua ou repetida. 
• Tolerância (quando demora mais tempo pra acontecer e utilizado o nome tolerância): 
diminuição mais lenta, que leva dias ou semanas para se desenvolver. 
• Resistência: usada para descrever a perda de eficácia de fármacos antimicrobianos ou 
antitumorais. 
→ Mecanismos de Dessensibilização e Taquifilaxia: 
• Alteração nos receptores (pode sofrer uma internalização, diminuindo a quantidade de 
receptores, se aumentarem a dose o corpo passa a esconder mais receptores) 
• Perda de receptores 
• Depleção de mediadores 
• Aumento na degradação metabólica do fármaco 
• Adaptação fisiológica 
• Extrusão ativa do fármaco das células 
 
→ Receptores para NTs 
Neurotransmissores (NTs) liberados pela célula présináptica difundem-se ~20-40 nm na 
fenda e ligam-se a receptores específicos na célula póssináptica. 
 
→ Acoplamento fármaco-receptor:Quando um fármaco se liga a um receptor na 
membrana celular, o sinal do fármaco extracelular precisa passar aos processos 
fisiológicos intracelulares, isto é precisa ser convertido (transduzido) a uma mensagem 
intracelular, processo denominado transdução de sinal, que ocorre por meio de vários 
mecanismos. O efeito de um fármaco depende dos seus receptores, das vias de 
transdução as quais está acoplado, do nível de expressão dos receptores nas células e da 
capacidade celular de resposta. 
 
*O sinal extracelular é transmitido do receptor para uma molécula sinalizadora 
intracelular. Então, de uma molécula intracelular para outra em uma cascata sinalizadora. 
Ocorre a amplificação do sinal (apenas um fármaco pode gerar vários efeitos). 
 
→ Superfamílias de Receptores 
• Canais iônicos regulados por ligantes 
 • Receptores acoplados à proteína G (GPCRs) 
• Receptores enzimáticos 
• Receptores nucleares 
 
→ Canais iônicos regulados por ligantes ou IONOTRÓPICOS: Em repouso e composto por 5 
sub-uunidade: um delta, uma gama, duas alfas e uma beta. Quando em repouso o 
receptor esta “quieto”,não passa íons, ao se ligar duas moléculas de acetilcolina ele e 
ativado, onde muda sua conformação abrindo os canais, permitindo a passagem dos íons 
de sódio e potássio. Esses receptores ficam presos na membrana 
→ Características gerais dos receptores ionotrópicos 
• Proteínas com subunidades múltiplas, contendo domínios transmembranares. 
• Transmissão sináptica rápida (milissegundos) 
• Seletividade iônica (ex. cátions X ânions) 
• Exemplos: nAChR, GABAA , glicina, 5-HT3; receptores do glutamato 
 
➢ Receptor nicotínico da acetilcolina (nAChR) (exemplo do receptor ionotrópico): 
• Acetilcolina é o agonista endógeno. A nicotina também se liga ao receptor e abre o 
canal iônico. 
• O nAChR tem 5 subunidades. 
• O nAChR da junção neuromuscular tem quatro subunidades diferentes (2   ). O 
receptor do gânglio autônomo contém apenas duas subunidades diferentes (2, 3). 
• Cada subunidade forma parte do poro central de condução de íons. 
• Ligação da acetilcolina ao receptor: Há dois sítios de ligação para a ACh no domínio 
extracelular do receptor. 
• O receptor e constituído por aminoácidos hidrofóbicos, que irão prender o receptor a 
membrana e também possui aminoácidos com carga negativa, portanto apenas cátions 
serão atraídos pelo canal. 
• Três anéis de aminoácidos carregados negativamente formam o poro. Isto faz com 
que somente cátions atravessem o canal. 
 
→ Receptores acoplados à proteína G (GPCRS)/ METABOTRÓPICOS: São compostos por 7 
domínios transmembranares, o agonista se liga na região extracelular, são chamados de 
acoplados a proteína g, devido ocorrer a interação na região intracelular com essa 
proteína, onde ela faz a comunicação entre o receptor e o alvo. 
• A ligação do neurotransmissor promove uma alteração conformacional no receptor, 
resultando na aquisição de uma alta afinidade pela proteína G e, na produção de 
metabólitos intracelulares. 
• As respostas ocorrem na escala de segundos 
• Grande família de receptores, produtos de genes diferentes. 
• Cada receptor contém 7 domínios transmembrana. 
• Neurotransmissores ligam-se no lado extracelular do receptor. 
• Proteínas G ligam-se em regiões intracelulares do GPCR. 
• A ligação do neurotransmissor aumenta a afinidade pela proteína G. 
 
O receptor e formado por proteína alfa, beta e gama que quando inativa encontra-se ligada 
a uma molécula de GDP. Quando um fármaco agonista se liga ao receptor, gera a ativação do 
mesmo e ele passa a ter afinidade pela proteína G, porém primeiro ocorre a ativação do 
receptor através da troca de um GDP por um GTP e também ocorre a separação da 
subunidade alfa (Gs) da beta e gama (onde cada uma irá agir em um alvo diferente). A sub 
unidade alfa ativa a enzima adelinil/adenilato ciclase essa começa a produzir AMPc cíclico a 
partir do ATP, então o AMPc começa a ativar a PKa (proteína cinase A) que irá fosforilar 
outra proteína (dependendo do tecido). A Gs possui um próprio controle (capacidade 
GTPasica). 
Tem a outra proteína chamada Gi no qual ela inibe a adenilato ciclase, portanto alguns 
fármacos podem se ligar a receptores acoplados a Gi e a sub unidade alfa da Gi inibe a 
adenilato ciclase, logo menos e convertido o AMPc, menos PKa e menos proteínas serão 
fosforiladas. Fármacos que ativam a Gi possuem efeitos inibitórios, porem ele e um agonista 
(pois ativa o receptor). 
• Enzimas efetoras reguladas pelas proteínas G: Adenilato ciclase e Fosfolipases C: 
- Enzima adenilato ciclase e o AMPc COMO 2°MENSAGEIRO (somente o AMPc que e o 
segundo mensageiro) 
- Adenilato ciclases, fixadas na membrana celular catalizam a síntese de AMPc a partir 
do ATP. 
- Há pelo menos 9 formas de adenilato ciclases. Todas são estimuladas pela Gs alfa, mas 
diferem nas sensibilidades a inibição pela Gi. 
- AMPc atua pela ativação da proteína quinase dependente de AMPc (protein kinase A; 
PKA), que pode fosforilar outras proteínas em resíduos específicos de serina ou treonina 
 
• Fosfolipase C e fosfolipídeos como 2°mensageiros: quando o alvo for a fosfolipase C 
chamaremos a proteina de Gq 
- Membros da família Gq transduzem sinais entre os GPCRs e enzimas conhecidas como 
fosfolipases C. 
- Estas enzimas utilizam fosfolipídeos como substratos. 
- A ocupação do GPCR pelo ligante ativa a Gq . A subunidade Gq liga-se a fosfolipase na 
superfície interna da membrana celular. A fosfolipase ativada rapidamente quebra o 
constituinte da membrana celular fosfatidilinositol bifosfato (PIP2 ) em inositol trifosfato 
(IP3 ) e diacilglicerol (DAG). IP3 e DAG atuam como 2° mensageiros. 
 
*A Fosfolipase pega lipídeos da própria membrana plasmática como o fosfatidilinositol 
bifosfato e quebra dando origem a duas substancia o DAG (diacilglicerol)e o IP3 (inositol 
trifosfato). O DAG ativa uma proteína cinase C onde esse fosforila proteínas, o IP3 e mais 
hidrofílico, logo ele sai da membrana e irá agir no reticulo endoplasmático, esse e 
agonista do canal de cálcio, aumentando a quantidade de cálcio intracelular. 
 
 
→ Algumas proteínas G são alvos de toxinas: 
• A subunidade Gsa é modificada pela toxina da cólera, que age inativando a atividade 
GTPásica da proteína Gs. Isto resulta em ativação persistente da Gs. No intestino isto 
leva a elevações nos níveis de AMPc, fazendo com que as células secretem grande 
quantidade de água, resultando em diarréia. 
• A toxina pertussis age sobre as subunidades Gi e G0, prevenindo suas ativações pelos 
GPCRs. Com a redução das ações inibitórias da Gi sobre a adenilato ciclase, os níveis de 
AMPc se elevam, causando a tosse característica. 
→ Quando um GPCR é estimulado por um agonista, o efeito geralmente é de duração 
limitada. (os receptores de proteina G também podem sofrer reações de Taquifilaxia) 
• Há dois mecanismos principais que limitam a ação dos agonistas sobre os GPCRs: - 
Dessensibilização – diminuição da interação entre o receptor e a proteína G. Ocorre por 
fosforilação dos resíduos de serina e treonina nos GPCRs, por quinases intracelulares 
específicas. (mecanismo de auto controle, porque o próprio receptor produz as cinases) 
• Infra-regulação (down-regulation) – exposição prolongada ao agonista leva a 
internalização dos receptores da membrana celular, diminuindo o número de GPCRs que 
interagem com as proteínas G. 
 
→ Receptores enzimáticos: Mecanismo de ativação do receptor do fator de crescimento 
epidérmico (EGF) 
 
• Características gerais: 
 Receptores com atividade enzimática intrínseca; 
 Também chamados de receptores ligados a tirosina quinase; 
 Possuem domínio de união ao ligante extracelular, um segmento transmembrana e 
um domínio tirosinaquinase intracelular (atividade enzimática); 
 Efeitos lentos (horas) e decorrentes da fosforilação de várias proteínas efetoras 
Exemplos: receptores da insulina, fatores de crescimento. 
 Sempre estão relacionados com uma cascata de ativação (fatores de transcrição). 
 Para ser ativado o receptor e necessário duas moléculas agonistas, onde cada se ligara 
em um receptor e eles irão se ativar através da autofosforilação. 
 
→ Receptores de citocina: 
• Muito semelhantes aos receptores ligados a tirosina quinase; 
• Entretanto não possuem atividade enzimática intrínseca, mas têm locais de 
ancoragem onde as enzimas tirosina-quinases se ligam. Após a transformação em 
dímero (receptor ativado) o recepto passa a ter locais para que uma enzima tirosina 
cinase se acople, essa ira se autofosforilar e depois fosforila o receptor. 
 
→ Receptores intracelulares/nucleares: 
• São encontrados no citosol, onde se acoplam ao seu ligante e se translocam para o 
núcleo; 
• Os ligantes precisam ser altamente hidrofóbicos para atravessarem a membrana 
facilmente; 
• Estimulam a transcrição de genes selecionados, com consequente produção de 
proteínas; 
• Efeitos lentos (horas). 
• Exemplos: Receptores para esteróides (progesterona, testosterona, glicocorticóides...) 
 
→ ATIVIDADE SALA: Demonstrar o efeito sedativo do midazolam, administrado por 
diferentes vias, sobre tono postural, respiração e reflexos do coelho; 2. 
Verificar os diversos tempos de latência, condicionados pelo uso de diferentes vias de 
administração. 
 
 
 
 
→ [] No plasma x tempo em min – fármaco amidazolan 
• Efeito mais fácil de ocorrer (concentrações baixas): tônus e alterações na respiração 
• Efeito mais difícil de ocorrer: sonolência (precisa de uma alta concentração no SNC) 
• Via intravenosa: após 2 min a [] no plasma está alta, porém para poder causar 
sonolência o fármaco precisa atravessar a barreira hematencefálica, então para ocorrer 
a sonolência e após os 15 min, onde o fármaco passa a ser distribuído pros tecidos . 
• Oral: em 2 min já tem alteração do tônus postural e em 15 min diminuição do reflexo 
palpebral e recupera o tônus, logo em 15 min a concentração estava baixa. (curva em 
sino) 
• Intra muscular: em dois minutos tinha uma perda de tônus (parecido com a oral) em 15 
min estava alterando reflexo, logo estava com uma concentração maior que da oral em 
15 min 
• Intra peritoneal: mais alta a concentração em 2 min do que em 15 min 
• Sub cutânea: em dois min teve aumento na concentração causando alteração na 
respiração, em 15 min continuou com a alteração acelerada (esse fármaco 
normalmente diminui a respiração) então esse fármaco não atingiu o mínimo 
necessário para aumentar o efeito. 
0
1
2
3
4
5
6
7
2 min 5 min 10 min 15 min
Intravenosa
Retal
Intraperitonial
Intramuscular
Subcutanea
Oral
• Retal: 2 min depois o animal já estava com sonolência, mais rápido que a intravenosa, 
porem a concentração no plasma não e maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
 
→ Resposta farmacológica ou clínica à administração de dois ou mais medicamentos 
diferente daquela esperada quando da administração de cada um separadamente. 
→ Pode ser lesiva: toxicidade, redução de eficácia; 
→ Pode ser benéfica: sinergismo, redução de toxicidade, redução de custos. 
 
→ Interação medicamentosa pode ser: 
• Qualitativa: resposta diferente da habitual 
• Quantitativa: efeito do fármaco pode aumentar (sinergia), diminuir ou anulado. 
– Efeito do fármaco pode aumentar (sinergia): 
Adição (quando os efeitos dos fármacos isolados são somados na associação); 
 Potenciação (quando o efeito resultante é maior que a soma dos efeitos isolados); 
 – Efeito do fármaco pode diminuir (antagonismo parcial); 
 – Efeito do fármaco pode ser anulado (antagonismo total e antidotismo). 
 
→ Aumento proporcionalmente de acordo com o numero de fármacos prescritos: 
• Maior propensão para interações adversas evidenciase em idosos, crianças, 
insuficientes renais, hepáticos, cardíacos e respiratórios, pacientes com 
hipotireoidismo, epilepsia grave, asma aguda e diabetes descompensado. 
 
→ As interações medicamentosas podem ser classificadas de acordo com a intensidade do 
efeito. 
 
→ As interações medicamentosas também podem ser classificadas por seu mecanismo de 
instalação 
 
• Farmacêutica: in vitro 
- Também chamadas de interações físico-químicas ou incompatibilidade 
medicamentosa; 
- Ocorrem antes dos fármacos serem administrados ao organismo; 
ex. inativação do nitroprussiato pela luz, adsorção da insulina pelo vidro; 
- Devem-se a reações físico-químicas que resultam em: 
 Alterações organolépticas; 
 Diminuição da atividade de um ou mais dos fármacos originais; 
 Inativação de um ou mais dos fármacos originais; 
 Formação de novo composto (ativo, inócuo, tóxico); 
 Aumento da toxicidade de um ou mais dos fármacos originais. 
 
• Farmacocinética: 
- São aquelas que podem afetar os processos pelos quais os fármacos são absorvidos, 
distribuídos, metabolizados e excretados (interações ADME); 
- PODEM RESULTAR NA ALTERAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DO FÁRMACO NO SÍTIO DE 
AÇÃO, COM CONSEQUENTE TOXICIDADE OU REDUÇÃO DA EFICÁCIA. 
 
➢ Interações que modificam a ABSORÇÃO de fármacos: 
- Taxa de absorção x quantidade total absorvida; 
- Efeitos de alterações no pH gastrointestinal; 
- Formação de complexos no trato gastrointestinal; 
- Alterações na motilidade gastrointestinal; 
- Indução ou inibição do transporte de proteínas 
- Má absorção induzida por drogas; 
- Alterações na flora bacteriana 
 
Tetraciclina forma um quelato menos solúvel com o ferro no estômago. Isto reduz a absorção 
e diminui a concentração sérica e os efeitos antibacterianos. 
➢ Interações que alteram a distribuição de fármacos: 
- Interações envolvendo proteínas plasmáticas; 
- Indução ou inibição de proteínas de transporte de fármacos. 
 
➢ Interações que alteram a biotransformação (metabolização) de fármacos: 
- Alterações no metabolismo de primeira passagem; 
- Indução enzimática; 
- Inibição enzimática; 
- Fatores genéticos no metabolismo de fármacos; 
- Enzimas do citocromo P450 e predição de interações. 
 
Interação envolvendo indução enzimática. Rifampicina aumentou o metabolismo da 
ciclosporina no paciente. O paciente morreu porque seu coração transplantado foi rejeitado. 
➢ Interações que alteram a excreção de fármacos: 
- Alterações no pH urinário; 
- Alterações na excreção tubular ativa; 
- Alterações no fluxo sanguíneo renal; 
- Excreção biliar e ciclo entero-hepático. 
 
• Farmacodinâmica: 
- Interações aditivas ou sinérgicas (Ex. álcool e ansiolíticos; amoxicilina e clavulanato) 
- Interações antagônicas 
 
→ Vantagens e desvantagens das interações medicamentosas: 
• Vantagens das sinergias: 
- Aumento da eficácia terapêutica (agonista 2 + glicocorticóide) 
- Redução dos efeitos tóxicos (furosemida + espironolactona) 
- Maior duração de efeito (amoxicilina + probenecida) 
- Combinação de latência curta com duração de efeito prolongada 
- Impedimento/retardo no surgimento de resistência bacteriana e de células malignas 
(cisplatina + paclitaxel) 
- Inibição da multiplicação viral (lamivudina e zidovudina) 
- Maior adesão ao tratamento 
• Vantagens dos antagonismos: 
- Anulação dos efeitos indesejáveis de outro fármaco (naloxona e morfina) 
- Inativação de composto causador de intoxicação (paracetamol e N-acetil-cisteína) 
• Desvantagens dos antagonismos: 
- Anulação dos efeitos terapêuticos (tetraciclina e cálcio) 
 
→ Manejo das interações medicamentosas: 
• É impossível memorizar todas as interações clinicamente relevantes, mas fique atento 
para os fármacos com maior potencial : 
– Varfarina e outros anticoagulantes 
 – Anticonvulsivantes 
 – Drogas citotóxicas 
 – Fármacos para HIV/AIDS 
 – Imunossupressores 
 – Digoxina e outra drogas antiarrítmicas 
 – Agentes hipoglicemiantes orais 
 – Alcalóides do grupo das xantinas (ex.teofilina) 
 – Inibidores da MAO 
 
→ Classificação do valor clínico das interações medicamentosas:

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