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Samara Pires- MED25 Histologi� Tecido nervoso ● Neurônios: principais células do sistema nervoso. Fazem a recepção e a transmissão de sinais, conduzindo a informação para o sistema nervoso central por meio de um impulso nervoso. ● Células da glia: fazem sustentação e proteção neural, modulando a atividade das células nervosas. 1. Divisão anatômica ● Sistema nervoso central: medula espinal + encéfalo. ● Sistema nervoso periférico: gânglios nervosos + nervos. 2. Divisão funcional ● Sistema nervoso periférico sensorial (aferente) - Neurônio sensorial somático: recebe estímulos dos meios interno e externo e os transmite para o sistema nervoso central. Percebe temperatura, pressão e dor, por exemplo. - Neurônio sensorial visceral ou autônomo: percebe alterações nas regiões internas, levando as informações para o SNC. ● Componentes sensitivos especiais: relacionados à audição, à gustação, ao equilíbrio, ao olfato. ● Sistema nervoso periférico motor (eferente) - Sistema nervoso somático: neurônios que se associam a fibras musculares estriadas esqueléticas, promovendo a contração delas. - Sistema nervoso autônomo: dividido em simpático e parassimpático. Abrange os neurônios pré e pós ganglionares que inervam músculos lisos e glândulas. 3. Partes que geralmente estão em um neurônio ● Corpo celular ou pericário: possui aspecto piramidal e é onde o núcleo se situa; - É o centro trófico da célula; - O nucléolo é muito evidente, a cromatina é frouxa e pálida e o citoplasma é rico em organelas relacionadas ao processo de tradução; - No citoplasma → complexo de Golgi, retículo endoplasmático liso e rugoso, mitocôndrias, polirribossomos, filamentos intermediários e neurotúbulos. Os corpúsculos de Nissl são aglomerações basófilas do orpo celular formadas por retículo endoplasmático rugoso + polirribossomos. Samara Pires- MED25 ● Dendritos: fazem a recepção do estímulo; - Prolongamentos celulares (membrana especializada) ramificada; - Objetivo → aumentar a superfície de contato para percepção de estímulos do meio; - O citoplasma fica mais rarefeito conforme ocorre distanciamento do corpo celular, mas não apresenta complexo de Golgi; - Gêmulas ou espinhos: promovem contato sináptico, pois proporcionam a transmissão de impulsos de um neurônio a outro. ● Axônio: propagação e direcionamento do estímulo. - Prolongamento celular único e longo de espessura variável, dependendo da velocidade de condução (quanto maior o diâmetro, mais rapidez); - Começa no cone de implantação (região piramidal do corpo celular) e termina no telodendro (porção final e mais ramificada); - Possui poucas organelas, sendo as mitocôndrias as principais. O principal componente da região é o citoesqueleto: microtúbulos, microfilamentos (filamentos de actina) e neurofilamentos (filamentos intermediários); - No axônio, ocorre o transporte de moléculas que são produzidas no corpo celular e que precisam estar no telodendro. Ex.: proteínas que formam transportadores de membrana, mitocôndria, componentes do citoesqueleto, enzimas citosólicas e os neurotransmissores. A direção pode ser anterógrada (em direção às extremidades- cinesina) ou retrógrada (em direção ao corpo celular- dineína), sendo essa última mais ágil. Samara Pires- MED25 4. Comunicação ● Entre neurônios: sinapses. É uma região que promove a passagem do sinal de um neurônio para outro; - Sinal elétrico (impulso nervoso) será transformado em sinal químico (neurotransmissor). ● Tipos de sinapse - Axodendrítica: terminal axônico faz sinapse com um espinho dendrítico; - Axossomática: terminal axônico faz sinapse com um corpo celular; - Axoaxônica: sinapse entre dois terminais axônicos. Ela tem a ação de ativar ou inibir um impulso vindo de outro neurônio. ● Potencial de ação → alterações no meio interno da membrana da célula nervosa, fazendo com que ocorra propagação do impulso nervoso. Há canais que promovem mudanças iônicas no meio interno, tornando-o mais positivo no sentido unidirecional; ● Entre neurônios e uma fibra muscular: junção neuromuscular. O objetivo é excitar a célula para propagar o potencial de ação por meio da membrana. A junção neuromuscular é uma sinapse química altamente especializada formada pelo terminal axônico do neurônio motor + região de contato com a fibra muscular. Veja as partes da junção neuromuscular: - Pré-sináptico: terminal associado à célula de Schwann. Há vesículas com neurotransmissores no terminal + mielinização das células de Schwann. Acontece a chegada do impulso nervoso ao terminal, a abertura dos canais de cálcio e de outros canais dependentes de voltagem mediante a associação da acetilcolina, principal neurotransmissor da junção neuromuscular; - Pós-sináptico: sarcolema da fibra muscular + sarcoplasma pós-juncional. Forma dobras juncionais; - Compartimento extra-celular: fendas sinápticas primárias e secundárias entre ambas as estruturas. Samara Pires- MED25 Primárias: laminina (lâmina basal), agrina (estabilidade e agregação da acetilcolina), colágeno dos tipos III e IV, heparan sulfato e fatores de crescimento. Secundárias: espaços (não vazios) entre as dobras da região pós-sináptica. 5. Classificação dos neurônios ● Quanto à função - Sensoriais: apresentam especializações na porção dendrítica capazes de receber um estímulo, fazer a ransdução sensorial e passar para o SNC. Eles constituem os gânglios, que fazem parte do Sistema Nervoso Periférico. - Motores: os corpos celulares ficam dentro do sistema nervoso central, sendo que apenas o prolongamento axonal se comunica com os órgãos efetores. - Interneurônios: levam o potencial de ação para o encéfalo e fazem a mediação entre um neurônio sensorial e outro motor. ● Quanto à morfologia (número de prolongamentos que se estendem a partir do pericário) - Neurônios multipolares: geralmente interneurônios e neurônios motores. Apresentam vários prolongamentos que saem do corpo celular. - Neurônios bipolares: principalmente os neurônios sensoriais de visão, equilíbrio, audição, olfato. Possuem um dendrito e um axônio. - Neurônios pseudounipolares: possuem apenas um axônio que emite dois ramos, sendo um para o sistema nervoso central e outro para a região periférica. Esse tipo de neurônio se desenvolve a partir de um neurônio bipolar. Samara Pires- MED25 7. Células da Neuróglia ou células da Glia ● Proporção de 10 células da glia para cada célula nervosa; ● Criam um microambiente para o desenvolvimento dos neurônios; ● Tipos de células da Glia: - Astrócitos: possuem cromatina mais frouxa. Realizam a sustentação dos neurônios, emitindo prolongamentos chamados pés vasculares que envolvem os vasos sanguíneos, o que forma a barreira hematoencefálica (menor permeabilidade do endotélio sanguíneo), a fim de que os neurônios sejam nutridos sem que os vasos sanguíneos entrem diretamente em contato com as células neuronais. Além disso, os astrócitos fazem um controle iônico e molecular, sequestrando íons do meio extracelular. Quando encontrado na substância cinzenta, são chamados astrócitos protoplasmáticos (prolongamentos mais curtos e numerosos) e, na substância branca, astrócitos fibrosos (prolongamentos longos e menos numerosos); - Oligodendrócitos: seu núcleo é condensado. São células com poucos prolongamentos que se associam aos neurônios. Podem ser oligodendrócitos satélites ou perineurais (ficam próximos ao corpo celular) e fasciculares (ficam próximos aos prolongamentos axonais). São eles que mielinizam as fibras da substância branca, ao contrário da cinzenta, em que há oligodendrócitos satélites que não mielinizam as fibras nervosas, por isso elas são amielinizadas; Obs.: no sistema nervoso periférico, as células de Schwann promovem a mielinização. O espaço entre duas delas é o nó de Ranvier ou espaço intermodal. A mielinização é um processo importante para aumentar a velocidade do potencial de ação. Samara Pires- MED25 Diferença entre as fibras amielínicas e mielínicas:no primeiro caso, há uma única dobra da célula envoltória (então não tem nódulo de Ranvier) e, no segundo, há mais de um envoltório concêntrico, formando a bainha de mielina (tem nódulo de Ranvier). - Micróglia: liberam citocinas, estão em processos inflamatórios e na fagocitose. São células irregulares, pequenas, alongadas e de prolongamentos curtos, cujos núcleos são achatados quando vistos por microscopia óptica; - Células ependimárias: revestem o canal medular e os espaços dos ventrículos cerebrais. Podem ser cúbicas ou colunares e possuem os Samara Pires- MED25 cílios como especialização de membrana, os quais movimentam o líquor cefalorraquidiano. Obs.: na microscopia óptica, quando observamos os “pontos” na região da substância branca, são núcleos das células da Glia, e não núcleos de neurônios. 8. Meninges São membranas de tecido conjuntivo que envolvem o SNC. ● Dura-máter: camada mais espessa formada por fibroblastos e por fibras colágenas relativamente orientadas. É a membrana mais espessa do sistema nervoso central; ● Aracnoide; ● No espaço subaracnóideo → líquido cefalorraquidiano, vasos sanguíneo e fibras (radículas) ascendentes ou descendentes; ● Pia-máter: camada mais fina formada por tecido conjuntivo frouxo que é mais aderente à medula espinhal, entrando para envolver inclusive a fissura mediana anterior. A pia-máter também circunda vasos sanguíneos, formando os espaços perivasculares.
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