Buscar

Insalubridade e periculisodade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANÁLISE DA INSALUBRIDADE E DA
PERICULOSIDADE NO AMBIENTE DE
TRABALHO
Vanda Cristina Botelho 1
Fabrício dos Santos Baptista 2
1. INTRODUÇÃO
O objetivo geral desta pesquisa é identificar a insalubridade e periculosidade em
um ambiente de trabalho; como objetivos específicos especificar a história dos direitos
trabalhistas aqui tratada de forma resumida, analisar a insalubridade e a periculosidade
no ambiente de trabalho e suas implicações na vida do empregado e do empregador. 
No desenvolvimento deste trabalho, utilizou-se a metodologia exploratória,
quanto à abordagem, trata-se de uma abordagem qualitativa os meios utilizados foram
revisão literária utilizando livros, artigos, sites e diversas informações mediante
trabalhos científicos publicados em sites como Google Acadêmico e Books Google,
bem como, busca no Capes periódicos.
Concluiu-se, como resultado dessa pesquisa, que é muito importante o
profissional da saúde e da segurança no trabalho, entenda que faz parte do seu trabalho
eliminar ou neutralizar as fontes de riscos, bem como caracterizar e classificar
adequadamente as atividades para que o trabalhador tenha direito ao adicional sobre o
salário.
 
1 Nome da acadêmica
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Seg102 – Prática do módulo 4 – 01/11/2020
 
2
2
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 HISTÓRICO 
Entender e conhecer os direitos individuais dos trabalhadores, torna-se uma
tarefa importantíssima quando falamos em ergonomia. Começa-se pelo maior e
primeiro direito de todo trabalhador, o direito à liberdade de trabalho. 
 Segundo Delgado (2009), este direito foi reconhecido, pela primeira vez, com a
declaração francesa de direitos de 1793, artigo XVII (apud Direitos Humanos:
Instrumentos..., 1990), e pode ser definido como a faculdade que os homens possuem de
escolher e exercer uma profissão da maneira que melhor lhes convêm. Em todo o
período remoto da história, o homem primitivo é conduzido direta e amargamente pela
necessidade de satisfazer a fome e assegurar sua defesa pessoal. Ele caça, pesca e luta
contra o meio físico, contra os animais e contra seus semelhantes. A mão é o
instrumento do seu trabalho. Nesta época, o “trabalho” era uma constante luta pela
sobrevivência. Apenas muito tempo depois é que se instalaria o sistema de troca e o
regime de utilização, em proveito próprio, do trabalho alheio. 
 No que se refere a direitos dos trabalhadores no Brasil, sabe-se que foi marcado
durante quatro séculos pela escravidão. Segundo Pinho et al (2017), com isso, o país
não contava com qualquer forma de legislação social, uma vez que a exploração
absoluta era a relação entre trabalhadores e proprietários. A primeira constituição,
outorgada em 1824, assegurava direitos políticos e civis, mas nada falava sobre direitos
socais. Em 1891 foi promulgada a segunda constituição brasileira, num contexto social
completamente diferente da primeira, pois a escravidão já havia sido abolida e o Brasil
vivia um sistema republicano, no entanto isso não redundou em ganhos no que concerne
aos direitos sociais.
 “Os direitos sociais, conhecidos também como de segunda dimensão dos
direitos fundamentais, partem do princípio de que o Estado é quem deve intervir nos
interesses das pessoas, ou seja, sendo um direito positivado”. (OLIVEIRA, 2016, p. 23).
A história das relações de trabalho no Brasil apresentam características que
impulsionaram conquistas trabalhistas, porém, não foram conquistas fáceis. Foram
décadas de embates entre patrões e empregados tanto nas áreas urbanas como nas áreas
rurais.
3
No Brasil, iniciou-se mudanças significativas, com a promulgação das Cartas
Magnas de1934, de 1946, de 1967 e a Constituição Democrática de 1988.Antes disso,
em 1919, foi criada a Organização Internacional do Trabalho –OIT, cuja função era
promover o trabalho seguro, produtivo e com equidade e dignidade. Além disso, a
Declaração Nacional dos Direitos Humanos (1948) prevê que “todo ser humano tem
direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de
trabalho e a proteção contra o desemprego”. (DELGADO, 2003 p. 74).
 É assim surge o adicional de insalubridade, mas com sentido diferente da
que temos hoje, foi criado para suprir as necessidades calóricas de
alimentação dos trabalhadores. 
De acordo com Delgado (2003, p.76), no Brasil foi verificada a mesma
tendência de constitucionalização das relações de trabalho. Isso prevaleceu nas
constituições tanto de caráter democrático quanto autocrático, ou seja, nas
constituições de 1934, 1937, 1967 e 1969. Contudo, os preceitos
constitucionais mais modernos ganharam corpo com a Constituição de 1988, que deu
maior importância jurídica à pessoa humana que passou a ser o centro das forças de
atuação estatais.
A legislação trabalhista no Brasil, tenta através da Consolidação Leis
Trabalhistas, proteger o trabalhador que executa funções em atividades insalubres ou
perigosas, em forma do pagamento de adicionais, equivalentes ao risco que estão
submetidos e baseados em porcentagem do salário mínimo ou salário base.
2.2 ANALISANDO INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 
As organizações devem estar atentas as condições de trabalho oferecidas aos
seus colaboradores de tal forma a garantir um ambiente de trabalho que permita ao
indivíduo exercer sua capacidade produtiva sem alterações causadas pelas condições
inadequadas ao trabalho. 
Em muitas atividades laborais, porém, são identificadas condições inadequadas
em razão da existência de agentes agressivos. Essas situações são caracterizadas como
atividades insalubres e atividades perigosas.
Essa caracterização é muito importante sob a ótica da saúde e da segurança no
trabalho, que deverá atuar como objetivo de eliminar ou neutralizar as fontes de riscos,
4
bem como caracterizar e classificar adequadamente essas atividades para que o
trabalhador tenha direito ao adicional sobre o salário.
2.2.1 INSALUBRIDADE
 As atividades ou operações insalubres são classificadas segundo a Norma
Regulamentadora 15 (NR15), atividades e operações insalubres, a fundamentação legal
desse NR está prevista nos artigos 189, 190, 191 e 192 da Consolidação das Leis
Trabalhistas, (BRASIL, 1988 s\p). 
Em seu artigo 189, a CLT considera atividades ou operações insalubres aquelas
que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho exponham os empregados a
agentes nocivos à saúde. Segue transcrição desses artigos tão importantes para garantir
os direitos dos trabalhadores.
Art. . 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das
atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de
caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes
agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado
a esses agentes. 
 Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão
medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações que
produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou incômodos. 
Art. . 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade
ocorrerá: 
 I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de
trabalho dentro dos limites de tolerância;
 II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao
trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de
tolerância.
 Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho,
comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para
sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo.
Art. 192 - O exercíciode trabalho em condições insalubres, acima
dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura
a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20%
(vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo
se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. 
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na
forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco
acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: 
 I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; 
 II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. 
 § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros
da empresa.
 § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de
insalubridade que porventura lhe seja devido.
5
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros
da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de
acordo coletivo. 
 Art. . 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de
periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade
física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do
Trabalho. (BRASIL, 1988).
Por meio da NR 15 “os trabalhadores expostos aos agentes agressivos a saúde,
obtiveram o direito de receber adicional de insalubridade, podendo este ser de grau
máximo, médio ou mínimo, cada um deles originando um percentual, respectivamente,
de 40, 20 ou 10% sobre o salário mínimo” (Soto et al., 2010 p.13).
Portanto, a insalubridade se encontra dentro dos princípios da higiene
ocupacional ou saúde ocupacional. Segundo Saliba e Correa (2011), a higiene do
trabalho, por sua vez, cuida do reconhecimento, da avaliação e do controle dos agentes
agressivos que podem resultar em doenças profissionais aos trabalhadores, e estão assim
divididos: agentes físicos – ruído, calor, radiações, frio, vibrações e umidade; agentes
químicos – poeira, gases e vapores, névoas e fumos; e agentes biológicos – micro-
organismos, vírus e bactérias.
Já a NR 15, são descritas as atividades consideradas insalubres, nela também
constam os valores do adicional a que o trabalhador terá direito, de acordo com o seu
ambiente de trabalho e atividade. Segue na tabela a descrição das atividades insalubres.
 Tabela 1: Atividades Insalubres
6
Fonte: Jornal Contábil
No entanto, o empregador tem a obrigação de fornecer os equipamentos de
proteção individuais (EPI’s) ao trabalhador, equipamentos estes que devem ter sido
aprovados pelo MTE, segundo a NR nº 6 da Portaria 3.214/78. Os EPI’s devem, no
mínimo, garantir a neutralização da intensidade do agente agressivo a limites de
tolerância. “Porém, para que esta neutralização mencionada tenha eficácia é necessário
que o empregador fiscalize se os trabalhadores utilizam corretamente os EPI’s, bem
como efetue a troca periódica dos EPI’s, de acordo com o período de validade de cada
um”. (ANDRADE, 2015, p.4).
Segundo Andrade (2015), é importante que as empresas procurem eliminar a
insalubridade utilizando medidas especiais ou pela utilização de Equipamentos de
Proteção Individual - artigo 191 da CLT. Ressalta-se que, para que seja caracterizado o
exercício de atividade insalubre há a necessidade de perícia, com apresentação de laudo
7
técnico de engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente
registrados no Ministério do Trabalho (Artigo 195 da CLT). (BRASIL, 1988).
Tabela 2: Agentes causadores de doenças ao trabalhador
Fonte: Google Imagens
 É importante mencionar que a ocorrência de doença profissional, dentre outros
fatores depende da natureza, da intensidade e do período de exposição ao agente
agressor.
Para Oliveira (2007, p. 36) “É muito criticada a solução adotada no Brasil de
compensar com remuneração adicional (monetização do risco) o trabalho em condições
insalubres, perigosas ou penosas. Afirma-se que o procedimento implica venda da saúde
do trabalhador e sugere-se a redução da jornada com maior período de descanso.” O
autor afirma ainda que, assim, dentre a existência de múltiplas formas de combater à
insalubridade, as quais temos: remunerar o trabalho, proibir o trabalho, reduzir a
jornada, proibir horas extras, conceder descanso ou férias mais longas, a legislação
brasileira optou pela monetização do risco com a criação do adicional de insalubridade. 
8
2.2.2 PERICULOSIDADE
 Segundo Pereira e Castello (2009, p.19), que o termo perigoso tem origem no
latim periculosu, "significa a situação em que há perigo, que causa ou ameaça perigo,
situações em que pode ocorrer perigo de vida, e que a palavra periculosidade significa a
qualidade ou estado de perigo, caracterizando o adicional”.
Andrade (2015), revela que, o adicional de periculosidade é devido ao
empregado que presta serviços exposto a inflamáveis ou explosivos, roubos e demais
situações onde possa ocorrer violência física em decorrência da atividade de segurança
patrimonial. Atualmente, na legislação brasileira, a Norma Regulamentadora 16 (NR
16), de responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é a norma que
dispõe sobre as atividades periculosas; as leis existentes dependem de aplicabilidade e
regulamentação ministerial. 
A Norma Regulamentadora 16 trata das atividades laborais e operações que
apresentam Periculosidade para o empregado. Segundo ela, “Periculosidade é a
definição ou situação daquilo que é considerado arriscado ou perigoso para a vida de
acordo com a regulamentação do Ministério de Trabalho e Emprego”. (BRASIL, NR
16, 2019).
Portanto, segundo Andrade (2015), se atividade laboral, por sua natureza ou
método de trabalho, implicar ao trabalhador o contato permanente com inflamáveis,
explosivos, substâncias radioativas, radiação ionizante ou energia elétrica, em condição
de risco acentuado, ou ainda, a roubos ou outras espécies de violência física quando de
atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial, o funcionário fará jus ao
respectivo Adicional nos termos da referida norma (BRASIL NR 16, 2019).
Quando o trabalhador é exposto a uma permanente situação de risco
de morte definidas como perigosa pela legislação tais como, contato com
substâncias inflamáveis, explosivos, energia elétrica, radiação ionizante ou
substâncias radioativas, denominamos estas situações de Periculosidade. O
Adicional de Periculosidade é um valor pecuniário que é devido aos
empregados que ficam expostos à Periculosidade durante a jornada de
trabalho. Tais atividades periculosas estão contidas e definidas na NR 16 do
MTE. Vários são os exemplos de trabalhadores nestas condições como, por
exemplo, os frentistas de postos de combustível, operadores de distribuidoras
de gás, trabalhadores no setor 13 de energia elétrica, trabalhadores de usinas
nucleares, fabricantes de explosivos, entre outros definidos na NR16
(BRASIL, NR 16, 2019 s\p).
9
Entende-se que, qualquer funcionário que trabalhe nas atividades estabelecidas
na NR 16, deve receber seu respectivo Adicional, que é nada mais do que um valor em
dinheiro que será acrescido em seu salário mensal, porém, isso não significa que ele irá
de deixar de correr riscos. 
Imagem 1: Cálculo do Adicional de Periculosidade
Fonte: Blog Tangerino
O Adicional de Periculosidade é um valor pecuniário pago ao empregado que
presta serviços, de forma contínua, em razão do labor em ambientes ou profissões
associados a risco, na forma da regulamentaçãoaprovada sob a responsabilidade do
Ministério do Trabalho e Emprego.
Para Goulart (2015), a percepção do adicional é levado em conta a existência de
duas situações simultâneas: o risco acentuado e a exposição permanente, caso contrário,
há a descaracterização do adicional por entender tratar-se de situação de infortúnio.
Assim reza o art. 193, caput, incisos I e II e § 4° da CLT portanto, “o adicional
de periculosidade é devido ao trabalhador que, em certas circunstâncias, desenvolve
suas atividades em condições perigosas. São atividades que potencialmente podem
causar um sinistro e resultar em lesão grave ou até mesmo tirar a vida do trabalhador”.
(GOULART, 2015, s\p).
10
Imagem 2: Atividades que apresentam riscos e com direito ao Adicional de
Periculosidade.
Fonte: Enit.trabalho.gov.br
Segundo Goulart (2015), assim reza o art. 193, caput, incisos I e II e § 4° da
CLT, portanto, o adicional de periculosidade é devido ao trabalhador que, em certas
circunstâncias, desenvolve suas atividades em condições perigosas. São atividades que
potencialmente podem causar um sinistro e resultar em lesão grave ou até mesmo tirar a
vida do trabalhador, também, é devido o adicional ao trabalhador exposto à energia
elétrica. O autor afirma ainda que foi incluído, em 12.997/2014, o pagamento do
adicional de periculosidade ao trabalhador que exerce sua atividade em motocicleta. 
Assim como “o adicional de insalubridade, o adicional de periculosidade
necessita, para sua identificação, de regulamentação própria que defina se há ou não sua
aplicação pela atividade laboral desempenhada”. Utiliza-se para isso, “a análise dos
locais e das condições de trabalho descritas nos anexos da NR 16 da Portaria n°
11
3.214/78”, que definem as atividades e operações perigosas (PEREIRA; CASTELLO
FILHO, 2009, p.3).
Ainda segundo Goulart (2015, p.7), na CLT, o art. 195 confirma: "A
caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas
do Ministério do Trabalho e Emprego, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do
Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrado no Ministério do Trabalho e Emprego".
A Leis 12.740/12 e 12.997/14 trouxeram uma inovação ao ordenamento jurídico
nacional, isso por abrangerem o pagamento do adicional de periculosidade aos
profissionais de segurança patrimonial e também àqueles que exercem suas atividades
em motocicletas.
 No mesmo sentido de proteção, a mesma Lei 12.740/12 não revogou a Lei
11.901/09, que concede aos bombeiros civis o pagamento do adicional. Para fins de
pagamento do adicional de periculosidade,” o Anexo 16.2, da NR 16, transcrito pelo art.
193, § 1° da CLT, assegura a percepção de 30% (trinta por cento) do salário básico do
empregado, não incidindo o cálculo sobre gratificações, prêmios, participações nos
lucros da empresa e nem sobre outros adicionais”. (GOULART, 2015, s\p).
Para Miranda (2013), o adicional de periculosidade tem como objeto de proteção
o direito à vida dos trabalhadores, estes que recebem um percentual pecuniário por
prestarem seus serviços expostos a riscos acentuados. Na situação de periculosidade,
“diferentemente da insalubridade, o risco está presente em decorrência da possibilidade
de um acontecimento súbito, podendo levar o trabalhador a sofrer lesão física
instantânea e definitiva, impossibilitando, em muitos casos, o retorno ao trabalho.
Quando pior, poderá ocasionar até a morte do profissional” (MIRANDA, 2013, p.12).
 Para que se caracterize a atividade de Periculosidade é necessário que a
atividade seja atestada através de laudo técnico, emitido por Engenheiro de Segurança
do Trabalho ou por Médico do Trabalho. Outro requisito necessário para a
caracterização da Periculosidade se refere a riscos imediatos aos quais um trabalhador
se expõe, colocando-se em risco iminente para a sua segurança e integridade física. Ou
seja, implica em contato imediato com agentes que podem causar acidentes graves
capazes de levar à morte, lesão corporal com mutilação parcial ou definitiva (BRASIL,
NR16, 2019). 
O Adicional de Periculosidade integra o salário do empregado, bem como a
remuneração de férias e décimo terceiro salário. “É responsabilidade e obrigação do
empregador providenciar os laudos que atestem a Periculosidade, ou não, de um
12
ambiente, e delimitar as áreas a que seus efeitos estão presentes”. (BRASIL, NR 16,
2019 s\p).
3. METODOLOGIA
 O procedimento metodológico utilizado para o desenvolvimento deste trabalho
foi a revisão bibliográfica por meio de artigos científicos publicados em periódicos,
trabalhos de conclusão de curso, base de dados do Google Acadêmicos e principalmente
nos portais de leis e normas do governo federal.
 Este levantamento possibilitou uma comparação entre as normas, nacionais e
internacionais, vigentes e os principais estudos relacionados a saúde e segurança no
trabalho, notadamente com ergonomia e segurança do trabalho.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foi possível verificar na pesquisa que as leis que acrescentam e garantem
direitos individuais aos trabalhadores são frutos de muita luta pela sua implantação, o
nosso país apresenta um passado com muitas contradições no tange a direitos. 
Verificou-se que os adicionais de Insalubridade e Periculosidade são, direitos e
garantias fundamentais do trabalhador, provenientes do princípio da dignidade da
pessoa humana, que permeia todos os Direitos Humanos existentes, tanto na Carta
Constitucional quanto na Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Direitos que surgiram como forma de incentivar o empregador a se utilizar de
meios para evitar a exposição dos trabalhadores aos riscos que determinam os
adicionais, empregando no ambiente de trabalho formas de minimizar a exposição aos
riscos. No Brasil, os adicionais são utilizados de forma a amenizar os riscos os quais o
trabalhador se expõe, sendo uma compensação e, de outro lado, uma forma de
incentivar o empregador a investir na mitigação de tais riscos que o trabalhador é
exposto, utilizando-se de meios os quais possam, além de garantir uma melhor condição
de trabalho ao obreiro, uma forma de incentivo à acabar com os riscos no ambiente de
trabalho.
13
REFERÊNCIAS 
ANDRADE, Jackeline Polin. O acúmulo no pagamento dos adicionais de
insalubridade, e adicionais de insalubridade e periculosidade. 2015. 56/57.
Monografia (Pós Graduação Latu Sensu em Direito do Trabalho e Processual do
Trabalho) - Fundação Armando Alvares Penteado, Ribeirão Preto.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
Acesso em: 15 maio.2016.
BRASIL. Norma Regulamentar 16. Disponível em:
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR16.pdf. Acesso em: 25 out.
2020.
BRASIL. Normas Regulamentadoras (Português). Disponível em:
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normasregulamentadoras. Acesso em: 22 Out. 2020.
DELGADO, Maurício G. Curso de Direito do Trabalho. 8. ed. São Paulo: LTR, 2009.
1344p
ESCOLA NACIONAL DA INSPEÇÃO DO TRABALHO. Tabelas de insalubridade.
Disponível em https://enit.trabalho.gov.br/. Consultado em 18 de Out. de 2020.
FORMOLO, Fernando. A acumulação dos adicionais de insalubridade e de
periculosidade. Justiça do trabalho: doutrina, jurisprudência, legislação,
sentenças, tabelas. Porto Alegre: Editora Ltda., 2011.
GOULART, Maria Silvia de Albuquerque Gouvêa. Dos adicionais de insalubridade e
de periculosidade. Curitiba: Juruá, 2015. 
MARTINEZ, Luciano. Curso de direito do trabalho: relações individuais, sindicais
e coletivas do trabalho. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015. 16.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 15. 
MIRANDA, MariaBernadete. O adicional de periculosidade. Disponível em:
Acessado em 02.jun.2016.
OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Estrutura normativa da Segurança e Saúde do
Trabalhador no Brasil. Rev. Trib. Reg. Trab. 3ª Reg., Belo Horizonte. V. 45. N° 75,
jan./jun. 2007.
PEREIRA, Fernandes José; CASTELLO FILHO, Orlando. Manual prático-Como
elaborar uma perícia técnica de insalubridade, de periculosidade, de nexo causal
das doenças ocupacionais e das condições geradoras do acidente do trabalho. 3 ed.
São Paulo: DLTR, 2009.
https://enit.trabalho.gov.br/
14
SALIBA, Tuffi Messias; CORRÊA, Márcia Angelim Chaves. Insalubridade E
Periculosidade: Aspectos Práticos E Técnicos. 10. ed. São Paulo: LTr, 2011.
SOTO, J. M. O. G.; SAAD, I. F. S. D.; GIAMPAOLI, E.; FANTAZZINI, M. L. Norma
Regulamentadora (NR)-15, da Portaria n. 3.214, de 8. 6. 1978, do Ministério do
Trabalho e Emprego): Um pouco de sua história e considerações do grupo que a
elaborou. Revista ABHO de higiene ocupacional, ano 9, n° 21, São Paulo/SP, 2010.
	ANÁLISE DA INSALUBRIDADE E DA PERICULOSIDADE NO AMBIENTE DE TRABALHO
	Vanda Cristina Botelho 1

Outros materiais