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Farmacologia 1 Anti-inflamatório Esteroidais - AIEs Os AIEs também são conhecidos como glicocorticoide, corticoides ou corticosteroides Simulam a ação do cortisol (suprarrenal) – potente ação anti-inflamatória nos casos de asma (broncodilatador), alergia (antialérgico), artrite reumatoide e lúpus (imunossupressores) ‘’ O cortisol é um mediador fisiológico que participa do ritmo circadiano ‘’ Cortisol: ritmo circadiano o Retenção de Na+ e água (maior volemia, maior oxigenação tecidual) o Aumento da glicemia (glicogenose) o Participação no combate a infecções Os cortisóis devem ser usados pela manhã, a fim de simular a liberação natural de cortisol, reduzindo a ocorrência de efeitos colaterais Quais são as possíveis reações adversas de cortisóis em excesso? Retenção de líquido, aumento da PA, hiperglicemia, edema, inchaço Mecanismo de ação dos Anti- Inflamatórios Esteroidais A fosfolipase A2, lipooxigenase e ciclooxigenase são 3 enzimas ativadas pela citocina, que desencadeiam toda a resposta anti-inflamatória, e que são inibidas pelo corticoide O fármaco atravessa a membrana celular, ativa receptor nuclear e o induz a síntese da proteína lipocortina-1 Enquanto os AINEs atuam sobre enzimas, os AIEs ativam receptores nuclear que vão induzir a expressão da lipocortina-1 que inibe a fosfolipase A2 Se a fosfolipase A2 for inibida, toda a cascata cessa a partir daí, não vai ter síntese de leucotrieno e prostaglandina Sem prostaglandinas → efeito anti- inflamatório e analgésico, diminui o calor, a dor, edema e o rubor Ao diminuir a síntese de leucotrienos, diminui-se a quimiotaxia, o papel alérgico (síntese de histaminas) e aumenta o efeito imunossupressor Imunossupressor (artrite/lúpus) e antialérgico (asma/alergia) A histamina produzida também tem efeito broncodilatador A maioria dos AIEs terminam com o sufixo ‘’ ona’’ o Dexametasona é o melhor corticoide de potência inflamatória o Betametasona também apresenta pouca retenção de sódio e duração longa Farmacologia 2 o Prednisona é um pró-fármaco que se transforma em prednisolona, apresenta uma potência relativamente boa, com retenção de sódio e duração de ação intermediária o Fludrocortisona causa mais efeito adverso do que efeito clínico devido a sua alta potência de retenção de sódio Uso clínicos dos AIEs Em que condições os AIEs são utilizados? Em situações de uso tópico (reações alérgicas ou doenças na pele), uso oral, uso inalatórios e injetáveis Uso clínico secundários dos AIEs o Hidrocortisona o Metilprednisolona Maturação pulmonar fetal: o O corticoide estimula a síntese e a liberação do surfactante no alvéolo pulmonar o Um ciclo único de corticoide é recomendado para gestantes entre 34 e 36 6/7 semanas de gestação, em risco de parto pretermo o O corticoide, ao ser feito em ciclo único, diminui as chances de efeito colateral o Betametasona: 12 mg IM. Repetir a mesma dose em 24 horas o Dexametasona: 6 mg IM de 12/12 em um total de quatro doses o Betametasona e Dexametasona levam a maturação pulmonar fetal – formação do surfactante no alvéolo para permitir a troca gasosa futura São os fármacos mais utilizados, nesse caso, por apresentarem uma maior potência Lesão pulmonar aguda (infusão continua em pacientes intubados – COVID): o Redução da resposta inflamatória sistêmica o Melhora da oxigenação o Diminuição do tempo de ventilação mecânica Tópico (dermatite seborreica, dermatite atópica, urticária ou eczema) o Hidrocortisona o Betametasona o Mometasona o Dexametasona o Triancinolona Oral (doenças endócrinas, osteomusculares, reumáticas, do colágeno, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas, neoplásicas) o Prednisona o Deflazacorte o Dexametasona o Betametasona Inalatórios (asma, DPOC, alergias respiratórias) o Beclometasona o Budesonide o Fluticasona o Ciclesonida o Mometasona Injetáveis (alterações osteomusculares, condições alérgicas e dermatológicas, doenças do colágeno, tratamento paliativo de tumores malignos) o Dexametasona o Betametasona o Hidrocortisona o Metilprednisolona Spray (rinite e congestão nasal intensa) o Fluticasona o Mometasona Farmacologia 3 o Diminuição dos dias de internação nas UTIs o O corticoide, principalmente a dexametasona e a betametasona, são os mais utilizados, continuamente, em protocolos de COVID Os pacientes transplantados ou de doenças autoimunes fazem o uso do corticoide de maneira crônica e podem apresentar uma união de efeitos colaterais: síndrome de Cushing Acúmulo de líquido na região da face ‘’fase de lua cheia’’ Redistribuição da gordura corporal Osteoporose (perda da retenção de cálcio) Dificuldade de cicatrização – devido a diminuição dos leucotrienos Crescimento de pelos no corpo Atrofia muscular – degeneração de ptns Hipertensão, edema, inchaço, estrias Contraindicações dos AIEs o Diabetes (porque eles aumentam a glicemia) o Hipertensão o Infecções sistêmicas o Tuberculose em atividade (imunidade baixa) o Osteoporose (porque leva a perda de cálcio) o Glaucoma (retenção de sódio e água) o Gravidez (só é usado em caso de parto prematuro) o Depressão/psicose Betametasona: apresentações Dipropionato de Betametasona (FB): Diprospan o Absorção lenta o Atividade prolongada do fármaco (semanas) Fosfato dissódico de Betametasona (FB): Celestone o Rapidamente absorvido o Alívio imediato (minutos) Esses dois medicamentos podem estar associados entre si Eles diferem apenas na farmacocinética, mas a farmacodinâmica é a mesma O Dipropionato pode estar associado a antibiótico, antifúngico Entre esses dois, qual é o mais útil? Fosfato dissódico de betametasona
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