Buscar

Maturação cervical e indução do trabalho de parto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

@claimafra – MED UFOB 
ASSISISTÊNCIA AO PRIMEIRO PERÍODO 
DO TP 
 
 
 
As taxas indução do trabalho de parto têm aumentado 
significativamente nas últimas décadas. 
Deve ser restrita aos casos que apresentam indicações 
médicas para o término da gestação antes do início 
espontâneo do trabalho de parto. 
INDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO 
Estimulação artificial do colo do útrero e das contrações 
uterinas coodenadas e efetivas antes de seu início 
espntâneo, desencadeando o trabalho de parto. 
 Sucesso: 
Paridade, idade materna, peso e estatura materna; Peso 
fetal e a idade gestacional. 
Condução: Adequação das contrações uterinas. 
 Dilatação: 
1. Fechado: faz o toque e não consegue ultrapassar 
o orifício externo 
2. Consegue introduzir o dedo 
3. 5 cm de dilatação. 
4. 10 cm de dilatação 
 
 Apagamento 
O traçado verde determina o comprimento do colo do 
útero. Temos o orifício externo e o interno. 
No colo encurtado há encutamento do orifício interno e 
externo. 
 
@claimafra – MED UFOB 
INDICAÇÕES DE INDUÇÃO DO TRABALHO 
DE PARTO 
 Eletiva: comodidade gestante/médico após 39 
semanas. 
 Condições materno/fetais: Pós-datismo, rotura 
prematura de membranas ovulares, diabetes, pré-
eclâmpsia, oligoâmnio, colestase gravídica, óbito 
fetal. 
CONTRAINDICAÇÕES DA INDUÇÃO 
 Absolutas: placenta prévia centro-total (quando a 
placenta obstrui o orifício do colo do útero), vasa 
prévia (alteração na implantação da placenta), 
apresentação anômala, hidrocefalia: DBP>110mm, 
Prolapso de cordão umbilical, anormalidade pélvica 
materna, herpes genital ativo, carcinoma cervical 
invasivo. 
 Relativas: BCF não tranquilizador, macrossomia 
fetal, gemelaridade, apresentação pélvica, doença 
cardíaca materna, cesariana anterior?, 
miomectomia?, sorologia positiva para HIV. 
Cesariana anterior? Maturação cervical presente? 
RISCOS 
Ruptura uterina, infecção intracavitária, prolapso de 
cordão umbilical, prematuridade iatrogênica, 
sofrimento ou morte fetal, falha na indução com 
aumento de cesarianas. 
MATURAÇÃO CERVICAL 
O colo uterino se altera de uma estrutura fechada 
(manter gestação intrauterina), para uma estrutura 
macia, complacente, capaz de se dilatar (passagem do 
feto). 
Essas mudanças são fisiolóficas, precedem o início do 
trabalho de parto espontâneo, ação de substâncias que 
agem na degradação do colágeno (proteases e 
colagenases). 
Avaliação: 
ÍNDICE DE BISHOP 
 
>ou= 09: maior probabilidade de parto normal após a 
indução. 
<ou= 6: maturação cervical não é completa (menor 
probabilidade de parto normal após indução). 
Baixos escores: falha na indução, prolongamento do 
trabalho de parto e elevado índice de cesariana. 
Ultrassonografia:Diminuir a subjetividade quando se 
usa o exame clínico de toque digital. 
1. Comprimento do colo 
2. Orifício interno 
3. Ângulo formado pelo eixo cervical e a parede 
do segmento inferior do útero. 
Não tem superioridade da USG em relação ao ind. 
Bishop. 
 
MÉTODOS PARA MATURAÇÃO CERVICAL 
FARMACOLÓGICOS: PROSTAGLANDINA 
E2 E E1, RELAXINA, ÓXXIDO 
@claimafra – MED UFOB 
 
- PROSTAGLANDINAS E2 (dinoprostona): redução 
do intervalo – início da indução >>> parto, oral, 
endocervical e vaginal. Melhor resultados: endocervical 
e vaginal, remoção da medicação: taquissistolia ou 
hipertonia uterina (pode causar sofrimento fetal), não 
usar junto com a ocitocina, avaliar vitalidade fetal (CTG 
- cardiotopografia, PBF – perfil biofísico fetal, e 
amnioscopia), manter CTG contínua – 2h. 
Em casos de presença de mecônio, sangue – 
contraindicar maturação. 
 
- Gel: Endocervical: 0,5mg diluído em 2,5 mL de gel. 
Avaliação de 6/6h se ausência de maturação cervical, 
repetira a aplicação (Máx 3x – 6/6h). 
- INSERÇÃO VAGINAL: Pessário: 10mg – forma 
lenta (0,3 mg/h 12 a 24h), avaliação de 12 a 24h. 
Com o uso dessas medicações pode haver efeitos 
adversos no período noturno, então geralmente só faz a 
medicação até 6h da tarde, aí deixa apaciente decansar. 
- PROSTAGLANDINAS E1 (misoprostol): 
Maturação cervical de forma indireta (25 a 200ug), 
baixo custo. Via vaginal (25mg – 6/6h), avaliar a 
vitalidade fetal, CTG 2h contínua. Avaliar dinâmica 
uterina + ind. Bishop: 4/4h. 
Se após 4h o índice de bishop já estiver evoluindo, não 
precisa entrar mais com outro comprimido. Por isso é 
preciso avaliar. 
As prostaglandinas não devem ser empregadas em 
concomitância com a ocitocina por causa do efeito 
sinérgico, sendo recomendado que se aguarde um 
período de no mínicmo 4 horas. 
MECÂNICOS 
Envolve a liberação das prostaglandinas. 
Riscos associados: Infecção, sangramento, rotura de 
membranas, deslocamento de placenta. 
- DILATADORES OSMÓTICOS LIMINÁRIAS: 
Materiais hidrofílicos naturais ou sintéticos, absorve 
água, aumento de espessura e promovem dilatação 
cervival. 
 
 
Complicações: endometrite – retenção de partes dos 
dilatadores osmóticos, reação anafilática e choque 
séptico e sepse neonatal. 
 
 
- SONDA DE FOLEY (KRAUSE): Usado em caso de 
contraindicação ao uso do misoprostol. Alocado 
próximo ao orifício interno do colo uterino. O balão 
inflado (30 a 50mL de solução salina ou água destilada). 
Passa sonda nº 14 a 26, eliminada em 12h. 
@claimafra – MED UFOB 
Efeitos colaterais: Rotura prematura das membranas 
ovulares, Sangramento e morbidade febril puerperal. 
Atualmente essa sonda não é muito utilizada, mas 
podemos utilizar principalmente em pacientes com 
óbito fetal, caso já tenha feito o uso do misoprostol e 
ainda não foi eficiente, então usar KRAUSE para tentar. 
DESCOLAMENTO DAS MEMBRANAS 
OVULARES 
Separação das membranas ovulares da decídua parietal 
no segmento inferior uterino através do toque vaginal. 
Estimula o início do trabalho de parto. 
Aumento local na produção das prostaglandinas 
contração uterina 
 
INDUZIR AS CONTRAÇÕES 
- Ocitocina: Estimula contrações uterinas, melhor 
resposta nas últimas semanas de gestação, depende do 
nível de estrógeno circulante (aumento de receptores), 
rápido início e cessação, usada se Bishop >7, 
apresentação: ampola de 5UI. 
 
 
COMPLICAÇÕES 
- Hiperestimulação uterina: Taquissistolia (+5 
contrações em 10min), hipertonia uterina, suspender a 
medicação, pode usar terbutalina, colocar a paciente em 
decúbito lateral esquerdo, O2 cateter nasal, SF em 
infusão rápida. 
- Hiponatremia: Estimulação dos receptores de ADH 
nos rins, dose >20mUI/min, retenção hídrica, 
hiponatremia dilucional, confusão mental, convulsões, 
coma e ICC. Evento raro, retirar a infusão e corrigir o 
distúrbio hidroeletrolítico. 
-Hipotensão: utilização de altas doses de ocitocina em 
bolus, necessário mais estudos. 
Amniotomia: ajuda na indução. 
Realizar: se >4cm, malogro de indução e ausência de 
trabalho de parto 8h após a última dose de misoprostol 
e bishop <7. 
Realizar quando a paciente tem queixa de dor – 
sugestivo da presença de mecônio e dependendo da 
dilatação tem que indicar a realização da cesária.

Continue navegando