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Vigilância em Saúde

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Etapa 2 – Pictoria 1 – Vigilância em Saúde/ Sistemas de Informação em saúde e notificações de agravos – 
Emanuelly Cardoso. 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
Objetivo geral: compreender o papel da vigilância em saúde na prevenção e promoção da saúde. 
Conteúdos 
I. Vigilância em saúde – conceito e aspectos históricos 
No campo da saúde, a vigilância está relacionada às práticas de atenção e promoção da saúde dos cidadãos e aos 
mecanismos adotados para prevenção de doenças. Além disso, integra diversas áreas de conhecimento e aborda 
diferentes temas, tais como política e planejamento, territorialização, epidemiologia, processo saúde-doença, 
condições de vida e situação de saúde das populações, ambiente e saúde e processo de trabalho. 
A expressão ‘vigilância em saúde’ remete, inicialmente, à palavra vigiar. Sua origem – do latim vigilare – significa, de 
acordo com o Dicionário Aurélio, observar atentamente, estar atento a, atentar em, estar de sentinela, procurar, 
campear, cuidar, precaver-se, acautelar-se. 
No campo da saúde, a ‘vigilância’ está historicamente relacionada aos conceitos de saúde e doença presentes em 
cada época e lugar, às práticas de atenção aos doentes e aos mecanismos adotados para tentar impedir a 
disseminação das doenças. 
O isolamento é uma das práticas mais antigas de intervenção social relativa à saúde dos homens (Rosen, 1994; Scliar, 
2002; Brasil, 2005). No final da Idade Média, o modelo médico e político de intervenção que surgia para a 
organização sanitária das cidades deslocava-se do isolamento para a quarentena. Três experiências iniciadas no 
século XVIII, na Europa, irão constituir os elementos centrais das atuais práticas da ‘vigilância em saúde’: a medicina 
de estado, na Alemanha; a medicina urbana, na França; e a medicina social, na Inglaterra (Foucault, 1982). 
O desenvolvimento das investigações no campo das doenças infecciosas e o advento da bacteriologia, em meados 
do século XIX, resultaram no aparecimento de novas e mais eficazes medidas de controle, entre elas a vacinação, 
iniciando uma nova prática de controle das doenças, com repercussões na forma de organização de serviços e ações 
em saúde coletiva (Brasil, 2005). Surge, então, em saúde pública, o conceito de ‘vigilância’, definido pela específica, 
mas limitada, função de observar contatos de pacientes atingidos pelas denominadas ‘doenças pestilenciais’ 
(Waldman, 1998). 
A partir da década de 1950, o conceito de ‘vigilância’ é modificado, deixando de ser aplicado no sentido da 
‘observação sistemática de contatos de doentes’, para ter significado mais amplo, o de ‘acompanhamento 
sistemático de eventos adversos à saúde na comunidade’, com o propósito de aprimorar as medidas de controle 
(Waldman, 1998). 
Em 1963, Alexander Langmuir, conceituou ‘vigilância em saúde’ como a “observação contínua da distribuição e 
tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de 
morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas informações a 
todos os que necessitam conhecê-la” (Brasil, 2005). 
Esta noção de ‘vigilância’, ainda presente nos dias atuais, baseada na produção, análise e disseminação de 
informações em saúde, restringe-se ao assessoramento das autoridades sanitárias quanto à necessidade de medidas 
de controle, deixando a decisão e a operacionalização dessas medidas a cargo das próprias autoridades sanitárias 
(Waldman, 1998). 
Em 1964, Karel Raska, propõe o qualificativo ‘epidemiológica’ ao conceito de ‘vigilância’ – designação consagrada no 
ano seguinte com a criação da Unidade de Vigilância Epidemiológica da Divisão de Doenças Transmissíveis da 
Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 1968, a 21ª Assembléia Mundial da Saúde promove ampla discussão 
sobre a aplicação da ‘vigilância’ no campo da saúde pública, que resulta em uma visão mais abrangente desse 
instrumento, com recomendação de sua utilização não só em doenças transmissíveis, mas também em outros 
eventos adversos à saúde (Waldman, 1998). 
Um dos principais fatores que propiciaram a disseminação da ‘vigilância’ como instrumento em todo o mundo foi a 
‘campanha de erradicação da varíola’, nas décadas de 1960 e 1970. Neste período, no Brasil, a organização do 
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (1975), se dá através da instituição do Sistema de Notificação 
Compulsória de Doenças. Em 1976, é criada a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária. No caso da vigilância 
ambiental, começou a ser pensada e discutida, a partir da década de 1990, especialmente com o advento do Projeto 
de Estruturação do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde - VIGISUS (Brasil, 1998; EPSJV, 2002). 
II. Vigilância sanitária 
As ações de vigilância sanitária dirigem-se, geralmente, ao controle de bens, produtos e serviços que oferecem riscos 
à saúde da população, como alimentos, produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos. Realizam também a 
fiscalização de serviços de interesse da saúde, como escolas, hospitais, clubes, academias, parques e centros 
comerciais, e ainda inspecionam os processos produtivos que podem pôr em riscos e causar danos ao trabalhador e 
ao meio ambiente. 
III. Vigilância ambiental 
A vigilância ambiental se dedica às interferências dos ambientes físico, psicológico e social na saúde. As ações neste 
contexto têm privilegiado, por exemplo, o controle da água de consumo humano, o controle de resíduos e o controle 
de vetores de transmissão de doenças – especialmente insetos e roedores. 
IV. Vigilância epidemiológica 
A vigilância epidemiológica reconhece as principais doenças de notificação compulsória e investiga epidemias que 
ocorrem em territórios específicos. Além disso, age no controle dessas doenças específicas. 
 
V. Vigilância à saúde do trabalhador 
Já a área de saúde do trabalhador realiza estudos, ações de prevenção, assistência e vigilância aos agravos à saúde 
relacionados ao trabalho. 
 
 
 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE 
I. Principais sistemas de informação utilizados nos serviços de saúde: SINAN, SINASC, SIM, E-SUS. 
a) SINAN 
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de 
casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria GM/MS Nº 104, DE 
25 DE JANEIRO DE 2011), mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região, 
como varicela no estado de Minas Gerais ou difilobotríase no município de São Paulo. Sua utilização efetiva permite a realização 
do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população; podendo fornecer subsídios para explicações causais dos 
agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a 
identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. O seu uso sistemático, de forma descentralizada, 
contribui para a democratização da informação, permitindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso à informação e 
as tornem disponíveis para a comunidade. É, portanto, um instrumento relevante para auxiliar o planejamento da saúde, definir 
prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto das intervenções. 
Histórico: 
Foi gradualmente implantado no país de 1990 até 1993. Em 1998 os instrumentos de coleta, fluxo e software foram 
redefinidos. É usado em todos os municípios do país. 
Objetivo: 
O SINAN tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos de notificação em todo o território 
nacional, fornecendo informações para análise do perfil da morbidade e contribuindo, desta forma, para a tomada 
de decisões em nível municipal, estadual e federal. 
População Alvo: 
Toda a população brasileira. 
Abrangência Geográfica: 
Nacional, com detalhamento no nível estadual e municipal. 
Metodologia:Os dados são coletados a partir da Ficha Individual de Notificação (FIN) que é preenchida pelas unidades assistenciais 
para cada paciente quando da suspeita da ocorrência de problema de saúde de notificação compulsória ou de 
interesse nacional, estadual ou municipal. Este instrumento deve ser encaminhado aos serviços responsáveis pela 
informação e/ou vigilância epidemiológica das Secretarias Municipais, que devem repassar semanalmente os 
arquivos em meio magnético para as Secretarias Estaduais de Saúde (SES). A comunicação das SES com a SVS deverá 
ocorrer quinzenalmente, de acordo com o cronograma definido pela SVS no início de cada ano. 
Os dados também podem ser coletados a partir da Ficha Individual de Investigação (FII), que é um roteiro de 
investigação, que possibilita a identificação da fonte de infecção e os mecanismos de transmissão da doença. Ainda 
constam a Planilha e o Boletim de acompanhamento de surtos e os Boletins de acompanhamento de Hanseníase e 
Tuberculose. 
Principais Variáveis: 
Notificação: mês, ano, estado e município. 
Paciente: sexo, escolaridade, raça, área residencial (urbano ou rural), estado e município de residência. 
Agravo: Data dos primeiros sintomas, município, estado e país da infecção. Outras variáveis são coletados, 
dependendo do tipo de agravo. 
Documentação Operacional: 
FIN – Ficha Individual de Notificação. É preenchida pelas unidades assistenciais para cada paciente quando da 
suspeita da ocorrência de problema de saúde de notificação compulsória ou de interesse nacional, estadual ou 
municipal. 
FII – Ficha Individual de Investigação. É um roteiro de investigação, que possibilita a identificação da fonte de 
infecção e os mecanismos de transmissão da doença. 
Época da Coleta: 
Permanente. 
Tempo Previsto entre o Início da Coleta e a Liberação dos Dados: 
A divulgação nacional dos resultados é realizada anualmente. 
Nível de Divulgação: 
Nacional, com detalhamento no nível estadual e municipal, segundo o local de residência ou de notificação. 
Formas de Disseminação: 
Internet, boletins, anuários. 
 
 
b) SINASC 
O DATASUS desenvolveu o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) visando reunir informações 
epidemiológicas referentes aos nascimentos informados em todo território nacional. Sua implantação ocorreu de 
forma lenta e gradual em todas as Unidades da Federação. 
Benefícios 
• Subsidiar as intervenções relacionadas à saúde da mulher e da criança para todos os níveis do Sistema Único 
de Saúde (SUS); 
• Como ações de atenção à gestante e ao recém-nascido; 
• O acompanhamento da evolução das séries históricas do SINASC permite a identificação de prioridades de 
intervenção, o que contribui para efetiva melhoria do sistema. 
Funcionalidades 
• Declaração de nascimento informatizada; 
• Geração de arquivos de dados em varias extensões para analises em outros aplicativos; 
• Retroalimentação das informações ocorridas em municípios diferentes da residência do paciente; 
• Controle de distribuição das declarações de nascimento (Municipal, Regional, Estadual e Federal); 
• Transmissão de dados automatizada utilizando a ferramenta sisnet gerando a tramitação dos dados de 
forma ágil e segura entre os níveis municipal > estadual > federal; 
• Backup on-line dos níveis de instalação (Municipal, Regional e Estadual). 
 
 
 
c) SIM 
O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) foi criado pelo DATASUS para a obtenção regular de dados sobre 
mortalidade no país. A partir da criação do SIM foi possível a captação de dados sobre mortalidade, de forma 
abrangente, para subsidiar as diversas esferas de gestão na saúde pública. Com base nessas informações é possível 
realizar análises de situação, planejamento e avaliação das ações e programas na área. 
Benefícios 
• Produção de estatísticas de mortalidade; 
• Construção dos principais indicadores de saúde; 
• Análises estatísticas, epidemiológicas e sócio-demográficas. 
Funcionalidades 
• Declaração de obito informatizada; 
• Geração de arquivos de dados em varias extensões para analises em outros aplicativos; 
• Retroalimentação das informações ocorridas em municípios diferentes da residência do paciente; 
• Controle de distribuição das declarações de nascimento (Municipal, Regional, Estadual e Federal); 
• Transmissão de dados automatizada utilizando a ferramenta sisnet gerando a tramitação dos dados de 
forma ágil e segura entre os níveis municipal > estadual > federal; 
• Backup on-line dos níveis de instalação (Municipal, Regional, e Estadual). 
 
d) E-SUS 
O objetivo brasileiro de ter um Sistema Único de Saúde (SUS) que efetivamente cuida da população, demanda 
organização e capacidade de gestão do cuidado à saúde cada vez mais efetivas. Para atingir esse desafio, no 
contexto do maior sistema público de saúde do mundo, é essencial ter Sistemas de Informação em Saúde (SIS) que 
contribuam com a integração entre os diversos pontos da rede de atenção e permitam interoperabilidade entre os 
diferentes sistemas. 
O e-SUS é uma das estratégias do Ministério da Saúde para desenvolver, reestruturar e garantir a integração desses 
sistemas, de modo a permitir um registro da situação de saúde individualizado por meio do Cartão Nacional de 
Saúde. 
O nome, e-SUS, faz referência a um SUS eletrônico, cujo objetivo é sobretudo facilitar e contribuir com a organização 
do trabalho dos profissionais de saúde, elemento decisivo para a qualidade da atenção à saúde prestada à 
população. 
O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) é uma estratégia para reestruturar as informações da saúde na Atenção Básica 
em nível nacional. A qualificação da gestão da informação é fundamental para ampliar a qualidade no atendimento à 
população. A estratégia e-SUS faz referência ao processo de informatização qualificada do SUS em busca de um SUS 
eletrônico. 
O sistema de software público e-SUS AB é um sistema de apoio à gestão do processo de trabalho que pode ser 
utilizado da seguinte forma: 
O sistema e-SUS AB foi desenvolvido para atender às necessidades de cuidado na Atenção Básica. Logo, o sistema 
poderá ser utilizado para por profissionais das equipes de AB, pelas equipes dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família 
(NASF), do Consultório na Rua (CnR) e da Atenção Domiciliar (AD), oferecendo ainda dados para acompanhamento 
de programas como Saúde na Escola (PSE) e Academia da Saúde. A primeira versão do sistema apóia a gestão do 
processo de trabalho das equipes por meio da geração de relatórios, sendo que, a segunda versão contemplará 
várias ferramentas de apoio à gestão. 
E-SUS HOSPITALAR 
O e-SUS é uma das estratégias do Ministério da Saúde para desenvolver, reestruturar e garantir a integração desses 
sistemas, de modo a permitir um registro da situação de saúde individualizado por meio do Cartão Nacional de 
Saúde. O e-SUS, faz referência a um SUS eletrônico, cujo objetivo é facilitar e contribuir com a organização do 
trabalho dos profissionais de saúde, elemento decisivo para a qualidade da atenção à saúde prestada à população. O 
e-SUS Hospitalar é o novo sistema de gestão hospitalar do Departamento de Informática do SUS - DATASUS, 
desenvolvido em tecnologia 100% web com base em processos organizados e interligados, incluindo importante 
ferramenta de work-flow, que auxilia na obtenção dos objetivos de cada entidade. O e-SUS Hospitalar é um software 
de gestão hospitalar completo, desenvolvido em tecnologia web. Este software tem licença de uso do Ministério da 
Saúde e substitui o sistema HOSPUB. O e-SUS Hospitalar tem seu foco no HIS (Hospital Information System) e PEP 
(Prontuário Eletrônico do Paciente), além de oferecer uma ferramenta para geração de relatórios, formulários 
dinâmicos baseados em metadados, painel de indicadores de gestão, sistema de laboratório e ERP. Ele pode atender 
as demandas de Hospitais Públicos na esfera Federal, Estadual e Municipal, bem como o Projeto S.O.S. Emergências, 
UPA´s e todas as demandas no âmbitodo Ministério da Saúde. 
E-SUS SAMU 
 
Conceitos 
O sistema utilizado para captura de dados do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi desenvolvido 
para funcionar de forma autônoma, será realizada a integração do sistema desenvolvido para o SAMU, e também os 
registros dos procedimentos que tiverem sido realizados nos atendimentos de urgência e que deverão ser 
incorporados nos boletins de produção gerenciados pela central de regulação. 
O sistema também terá a capacidade de articular os processos, potencializando sua utilização. 
Este sistema possui características importantes para o registro de dados, como: 
Fidedignidade nas informações 
O sistema funcionará com absoluta fidelidade das informações coleta das através da conversação telefônica que 
dará origem a estes dados. 
O sistema foi construído para incorporar dados de maneira sucinta e automatizar ao máximo esta tarefa. O mesmo 
está preparado para incorporar informações a respeito dos terminais e telefones que o demandam de maneira 
imediata, incorporando e recuperando dados dos arquivos permanentes, elaborados a partir das bases de dados das 
operadoras de telefonia ou dos atendimentos realizados anteriormente. 
Rapidez na coleta de dados 
O sistema poderá ser vinculado ao serviço telefônico e possuir o endereçamento do município, sendo a coleta de 
dados mais rápida. 
 
II. Importância dos sistemas de informação 
Os sistemas de informação em saúde são instrumentos padronizados de monitoramento e coleta de dados, que tem 
como objetivo o fornecimento de informações para análise e melhor compreensão de importantes problemas de 
saúde da população, subsidiando a tomada de decisões nos níveis municipal, estadual e federal. 
Sem nenhuma dificuldade, poderíamos listar uma infinidade de situações cotidianas onde as informações são 
utilizadas para orientar a tomada de decisões. Por exemplo: como estão as condições climáticas (temperatura, chuva 
etc.) para decidir sobre que tipo de roupa vestir; quais são as condições da estrada para decidir sobre uma viagem 
etc. As informações estão sempre presentes nas nossas vidas e participam de diversas decisões do nosso 
cotidiano. O fato de ter acesso a determinadas informações não garante que, consequentemente, as decisões e 
ações desencadeadas serão sempre “acertadas” ou estarão “corretas”. Ou seja, as informações refletem as 
concepções, os valores, as intenções, a visão de mundo e outras particularidades daquele que as está utilizando 
influenciando diretamente nas decisões tomadas. As informações não são neutras. Portanto, elas refletem “o grau 
de miopia” daquele que as está utilizando. Mesmo quando temos acesso a informações pertinentes e confiáveis, 
ainda assim, mantém-se presente a incerteza. O tamanho ou o grau dessa incerteza é variável. Depende do tipo de 
situação encontrada e de quem quer intervir sobre ela. Para identificarmos quais informações são necessárias 
precisamos fazer perguntas que nos permitam: conhecer a situação colocada e definir quais objetivos que 
pretendemos alcançar, subsidiando a tomada de decisões sobre as ações a serem desenvolvidas. Isto é, o caminho a 
ser percorrido para alcançar os objetivos pretendidos. São as perguntas que nos indicam quais informações 
precisamos obter. O grande desafio não é somente ter acesso as informações. Primeiro e principalmente é preciso 
saber perguntar. A partir de perguntas, busca-se respostas/informações capazes de subsidiar, com o menor grau 
de incerteza possível, as decisões sobre as ações a serem desencadeadas, para que sejam alcançados os objetivos 
definidos. O processo de gestão do setor saúde exige a tomada de decisões de alta responsabilidade e relevância 
social. As informações podem funcionar como um meio para diminuir o grau de incerteza sobre determinada 
situação de saúde, apoiando o processo de tomada de decisões. Entretanto, devemos ter clareza de que: o que 
sustenta estas decisões são os valores, os fundamentos, os pressupostos, a visão de mundo e, particularmente, a 
concepção de modelo de atenção à saúde daqueles envolvidos no processo de gestão do setor saúde. As 
informações são importantes quando podem contribuir para um processo de reflexão, avaliação e tomada de 
decisões sobre o enfrentamento de uma determinada situação de saúde. 
III. Alimentação dos dados 
• Sistema de Informação Atenção Básica é um sistema (software), desenvolvido pelo DATASUS em 1998, cujo 
objetivo centra-se em agregar, armazenar e processar as informações relacionadas à Atenção Básica (AB) 
usando como estratégia central a Estratégia de Saúde da Família (ESF). 
 
É por meio das informações coletadas pelo software do SIAB que o Ministério da Saúde toma decisões de 
gestão da Atenção Básica em nível nacional. Entretanto, o SIAB não deve ser compreendido e utilizado 
somente para esse fim. Este sistema é parte necessária da estratégia de SF, pois contém os dados mínimos 
para o diagnóstico de saúde da comunidade, das intervenções realizadas pela equipe e os resultados sócio-
sanitários alcançados. Dessa forma, todos os profissionais das Equipes de Atenção Básica (EAB) devem 
conhecer e utilizar o conjunto de dados estruturados pelo SIAB a fim de traçar estratégias, definir metas e 
identificar intervenções que se fizerem necessárias na atenção da população das suas respectivas áreas de 
cobertura, bem como avaliar o resultado do trabalho desenvolvido pela equipe. 
 
As fichas que estruturam o trabalho das EAB e que produzem os dados que compõem o SIAB são utilizadas 
para realizar o Cadastramento, Acompanhamento Domiciliar e para o Registro de Atividades, Procedimentos 
e Notificações das pessoas adscritas nos territórios das EAB. Estas fichas são organizadas conforme lista 
abaixo: 
• Ficha para cadastramento das famílias (Ficha A); 
• Ficha para acompanhamento (Fichas B); 
• Ficha de gestantes (Ficha B-GES); 
• Ficha de hipertensos (Ficha B-HA); 
• Ficha de diabéticos (Ficha B-DIA); 
• Ficha de pessoas com tuberculose (Ficha B-TB); 
• Ficha de pessoas com hanseníase (Ficha B-HAN); 
• Ficha para acompanhamento da criança – Ficha C (Cartão da Criança); 
• Ficha para registro de atividades, procedimentos e notificações (Ficha D). 
Antes de registrar/digitar as informações no SIAB, as fichas preenchidas pelos profissionais são consolidadas em três 
blocos centrais: 
• Cadastramento das famílias (Fichas A); 
• Relatório de Situação de Saúde e Acompanhamento das Famílias (SSA); 
• Relatório de Produção e Marcadores para Avaliação (PMA). 
http://www2.datasus.gov.br/SIAB/
http://www.datasus.gov.br/
Após registradas as informações o SIAB se torna uma fonte rica de dados que abarca informações importantes e 
abrangentes na área da saúde que além de servir para auxiliar as EAB em seu processo de trabalho, serve também 
como fonte para vários tipos de pesquisas, para os órgãos governamentais, para as comunidades acadêmicas das 
áreas de enfermagem, medicina entre outros que utilizam tais dados a fim de compor pesquisas nas áreas de saúde 
coletiva. 
 
NOTIFICAÇÃO DE AGRAVOS DE EVENTOS EM SAÚDE 
I. Conceito 
O Sinan foi implantado, de forma gradual, a partir de 1993. No entanto, esta implantação foi realizada de forma 
heterogênea nas unidades federadas e municípios, não havendo uma coordenação e acompanhamento por parte 
dos gestores de saúde, nas três esferas de governo. Em 1998, o Centro Nacional de Epidemiologia – Cenepi retoma 
este processo e constitui uma comissão para desenvolver instrumentos, definir fluxos e um novo soft ware para o 
Sinan, além de definir estratégias para sua imediata implantação em todo o território nacional, através da Portaria 
Funasa/MS n.º 073 de 9/3/98 (BRASIL, 1998). A partir de 1998, o uso do Sinan foi regulamentado (BRASIL, 1998), 
tornando obrigatória a alimentação regular da base de dados nacional pelos municípios, estados e Distrito Federal, 
bem como designando a Fundação Nacionalde Saúde (Funasa), por meio do Cenepi, como gestora nacional do 
Sistema. Com a criação da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), em 2003, as atribuições do Cenepi passam a ser 
de responsabilidade da SVS. Este sistema é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de 
doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória, mas é facultado a estados e 
municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região. Sua utilização efetiva permitirá a 
realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população; podendo fornecer subsídios para 
explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão 
sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. O seu 
uso sistemático, de forma descentralizada, contribuirá para a democratização da informação, permitindo que todos 
os profissionais de saúde tenham acesso à informação e as tornem disponíveis para a comunidade. Pode, portanto, 
tornar-se um instrumento relevante para auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além 
de permitir que seja avaliado o impacto das intervenções. Nesse sentido, a utilização do Sinan, em conjunto com os 
demais Sistemas de Informação em Saúde, torna-se uma importante ferramenta para facilitar a formulação e 
avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões, com vistas a 
contribuir para a melhoria da situação de saúde da população. 
II. Tipos de notificação 
1) Notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, 
profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a 
ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, 
podendo ser imediata ou semanal; 
2) Notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, 
a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de 
comunicação mais rápido disponível; 
3) Notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do 
conhecimento da ocorrência de doença ou agravo; 
4) Notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de 
saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma 
doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória; 
III. Preenchimento das notificações 
IV. Fluxo de encaminhamento 
 
Referências Bibliográficas 
1. Boccatto M. Sumário Vigilância em saúde. [citado 4 de março de 2018]; Available at: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3225266/mod_resource/content/1/unidade11 Vigilancia em Saúde 
conceitos.pdf 
2. Ministério da Saúde, FIOCRUZ. Vigilância em Saúde - SUS: O que é? Leia mais no PenseSUS | Fiocruz 
[Internet]. [citado 4 de março de 2018]. Available at: https://pensesus.fiocruz.br/vigilancia-em-saude 
3. Monken M, Batistella C. Vigilância em Saúde [Internet]. [citado 4 de março de 2018]. Available at: 
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/vigsau.html 
4. E-Sus - DATASUS [Internet]. [citado 4 de março de 2018]. Available at: 
http://datasus.saude.gov.br/projetos/50-e-sus 
5. DATASUS. SIM - DATASUS [Internet]. [citado 4 de março de 2018]. Available at: 
http://datasus.saude.gov.br/sistemas-e-aplicativos/eventos-v/sim-sistema-de-informacoes-de-mortalidade 
6. Ministério da Saúde. DATASUS [Internet]. [citado 4 de março de 2018]. Available at: 
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=060702 
7. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE | Comitê de Estatísticas Sociais | base de dados | 
metadados | ministério da saúde | sistema de informações de agravos de notificação – SINAN [Internet]. 
[citado 4 de março de 2018]. Available at: https://ces.ibge.gov.br/base-de-dados/metadados/ministerio-da-
saude/sistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan.html

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