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Puberdade e Ciclo reprodutivo animal - diferenças entre espécies domésticas

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Continuação Gametogênese: 
Puberdade E Ciclo Estral 
 
-sistemas endócrino e nervoso atuam em conjunto na cascata de eventos que levam à 
formação e maturação dos gametas, à fertilização, ao estabelecimento e manutenção da 
prenhez, ao nascimento e, finalmente, aos cuidados com a prole; 
-iniciam-se na puberdade; 
-fêmea: puberdade é marcada pelo início da atividade cíclica regular dos ovários, o que 
afeta o comportamento de todo o sistema genital: o ciclo estral nos animais domésticos; 
 
 
★ PUBERDADE 
 
-Antes da puberdade, o desenvolvimento inicial dos gametas femininos (ovócitos), 
dentro dos folículos ovarianos, é regulado mais ou menos de forma autônoma; 
 
*alguns ovócitos pré-púberes nunca atingem o estágio de desenvolvimento no qual 
eles estão aptos para serem fertilizados. 
 
-Depois do início da puberdade, sinais provenientes de certas áreas do cérebro, 
incluindo a glândula pineal, hipotálamo e hipófise, estimulam a produção de ovócitos 
fertilizáveis; 
Hipotálamo libera GnRHs (hormônios liberadores de gonadotrofinas) que é levado 
para a hipófise por meio do sistema porta hipotalâmico-hipofisário, daí estimulam a 
hipófise anterior (adeno-hipófise), à liberar as gonadotrofinas (hormônios 
estimuladores das células gonadais) fazendo com que FSH (hormônio folículo 
estimulante) e LH (hormônio luteinizante) sejam liberados; 
Esta liberação é controlada pelos GnRHs 
-A secreção de GnRHs, e então FSH e LH, é influenciada por estímulos visuais, 
olfativos, auditivos e táteis do ambiente e também por sistemas de retroalimentação 
homeostáticos no próprio animal. 
-FSH liberado pela hipófise atinge o ovário pela circulação sistêmica. No ovário, ele 
estimula um grupo de folículos em crescimento a desenvolver-se; 
-estrógenos, que são produzidos pelas células da granulosa e da teca que 
delimitam o folículo e circundam o ovócito, exercem retroalimentação positiva na 
secreção hipotalâmica de GnRH e efeito principal é a indução dos sintomas de estro; 
-advento da puberdade nas fêmeas é sempre sinalizado pela primeira ocorrência de 
estro ou cio (receptividade sexual); 
Depois da puberdade, as fêmeas domésticas entram em uma fase da vida 
caracterizada por repetidos ciclos estrais ; 
-O SNC somente estará maturo suficientemente para permitir a integração complexa 
de todos esses sinais com o aparecimento da puberdade; 
-aparecimento da puberdade precede o desenvolvimento da maturidade física. No 
entanto, mesmo sendo fértil, a fêmea na puberdade (sexualmente madura e capaz 
de reproduzir) ainda não atingiu sua máxima fertilidade; 
-Os fatores que influenciam o advento da puberdade incluem idade, peso corporal, 
raça, nutrição, doenças e, em algumas espécies, estação do ano e proximidade ao 
macho ; 
 
 
 
 
Puberdade Felina 
-Gatas domésticas tendem a desenvolver sua puberdade entre o 4 e 12 mês de 
vida, sendo mais comum entre o 5 e 9 mês de vida. 
-pode ser influenciado pela raça da fêmea, assim como pelo seu peso corporal 
com peso corporal de 2,5 kg ou mais; 
-peso corporal médio à puberdade é de 2,3 a 3,2 kg, ou 80% do peso corporal 
adulto; 
-sugere que gatas de pelo longo , como as da raça Persa por exemplo, acabam por 
entrar mais tarde na puberdade podendo manifestar o primeiro estro apenas aos 
dezoito meses de vida quando comparadas as de raças de pêlo curto , como as 
Siamesas, que entram aos nove meses de idade >> podem chegar à puberdade 
com peso corporal mais baixo; 
- Para atingir a idade de maturidade sexual, as fêmeas devem atingir um peso 
igual ou superior a dois terços de seu peso adulto; 
fatores relacionados à exposição ao fotoperíodo, bem como a intensa relação com 
machos da colônia podem induzir uma puberdade precoce; 
-Segundo alguns autores, são necessárias mais de 12 horas de luz diária para que 
o eixo hipotálamo-hipófise desencadeie nas fêmeas uma série de comportamentos 
relacionados à reprodução; 
-Machos >> a fisiologia reprodutiva começa com a ação do hormônio masculino 
testosterona sob o sistema nervoso central já no período perinatal, e é somente a 
partir do 3 mês de vida que esse hormônio irá atuar de forma mais ampla no 
desenvolvimento reprodutivo e comportamental do macho, além do papel 
fundamental que desempenhará posteriormente no comportamento de 
acasalamento; 
comportamentos de monta e de movimentos pélvicos podem ser visualizados a 
partir dos 4 meses de idade, mas é somente entre o 9 e o 12 mês de vida que a 
 
 
 
★ CICLOS ESTRAIS 
 
-se caracterizam por uma série de alterações ovarianas, genitais, endócrinas e 
comportamentais; 
- finalidade de que ocorra a ovulação de forma sincronizada com o acasalamento 
para conduzir a uma gestação; 
-Assim que as fêmeas atingem a puberdade,inicia-se a apresentação dos ciclos 
estrais, o que geralmente indica o início da receptividade sexual, também chamada 
de "estro" ou "cio", por ser a fase mais fácil de reconhecer devido ao qual a fêmea 
busca, atrai e aceita a montaria do macho; 
-Todavia, para uma melhor eficiência reprodutiva , as fêmeas que apresentarem o 
primeiro cio não devem ser colocadas à disposição do macho ou da IA, uma vez que 
ela ainda não possui o aporte e a condição corporal ideal para conseguir gestar; logo 
para serem colocadas à reprodução devem estar ao terceiro estro ou possuir entre 
60 a 70% do seu peso vivo adulto; 
-Depois da receptividade ocorre um período em que a fêmea não atrai nem aceita o 
macho. Assim, um ciclo estral é definido como o período entre um estro e o seguinte. 
 
-subdividido em proestro, estro, metaestro e diestro; 
 
1. Proestro - Fase que precede imediatamente o estro. Os principais hormônios 
produzidos pelos ovários são os estrógenos; Início do ciclo; Crescimento 
folicular; Influência do FSH; Produção de estrógenos; Hipertrofia do 
endométrio; Modificações anatômicas; 
2. Estro - período (em condições naturais) de aceitação do macho; Proliferação 
epitelial e glandular do endométrio; A ovulação ocorre durante esta fase em 
todas as espécies domésticas, com a exceção da vaca onde a ovulação 
ocorre logo após o término do estro. Os principais hormônios produzidospelos ovários, em resposta ao FSH e ao LH, são os estrógenos > efeito 
principal é a indução dos sintomas de estro; pico destes estrógenos; a 
elevação dos níveis de estrógenos produzidos pelos folículos ovarianos 
durante o proestro atinge uma concentração limiar que faz com que ocorra 
uma maior secreção de GnRH pelo hipotálamo durante o estro; Atingindo a 
hipófise anterior, o GnRH estimula principalmente um pico de secreção de LH. 
No ovário, o LH é necessário para a finalização do processo de maturação 
do(s) ovócito(s) e a liberação dele(s) pelo processo de ovulação . a gata e a 
camela sãos as únicas em que o pico de GnRH que possibilita a ovulação é 
induzido pela cópula. Além disso, a gata pode continuar apresentando 
maturidade sexual do macho estará completa; 
comportamento de estro e aceitando o macho mesmo tendo entrado na fase 
de metaestro ; 
3. Metaestro - Em seguida à ovulação, as células que delimitavam o folículo 
antes da ruptura dele iniciam o processo de luteinização para a formação do 
corpo lúteo, e mantêm esse processo de luteinização sob o efeito contínuo do 
LH durante essa fase; 
O desenvolvimento do corpo lúteo inicia-se gradualmente algumas horas 
antes da ovulação e é marcado pela síntese de progesterona , em vez de 
estrógenos, pelas células foliculares; depois da ovulação é bem definido, 
algumas vezes um pouco cavitário, esférico e de cor amarelada em vacas, 
razão pela qual é denominado corpo lúteo; 
Endométrio hiperplásico; Maior espessura; aqui que pode ocorrer a 
Fecundação ( Manutenção do CL e da P4 (progesterona)); 
4. Diestro - não ocorrer fecundação; redução da vascularização do endométrio; 
diminuição da atividade secretória das glândulas; Involução do endométrio; 
a produção de progesterona pelo corpo lúteo atinge o seu máximo. As 
funções principais da progesterona são: primeiro, exercer o efeito de 
retroalimentação negativa no hipotálamo, inibindo a liberação de GnRH e, 
então, um novo recrutamento de ovócitos para uma nova ovulação; e, 
segundo, preparar o endométrio para a prenhez; Se for realizada uma 
inseminação e a concepção ocorrer, a progesterona é o principal hormônio 
responsável pela manutenção da prenhez; No animal não prenhe (excluindo a 
gata e a cadela), a vida média do corpo lúteo é relativamente curta; na 
ausência do embrião dentro do útero, o endométrio libera prostaglandina-F2α 
promovendo a luteólise (regressão do corpo lúteo). O consequente declínio 
da progesterona resulta na remoção do bloqueio hipotalâmico da secreção de 
GnRH e possibilita o retorno ao ciclo estral; 
No útero gestante, a liberação de prostaglandina F2α na corrente sanguínea 
é bloqueada, permitindo a persistência do corpo lúteo. Esta inibição na 
liberação de prostaglandina é o componente do “reconhecimento materno da 
gestação” o qual depende de sinais espécie-específicos produzidos pelo(s) 
embrião(s) e reconhecido pelo endométrio; 
*Em caninos e felinos, o útero aparenta não ter nenhum efeito na meia vida 
do corpo lúteo, e o processo de regressão dele nestas espécies ainda não foi 
elucidado. Na cadela, o corpo lúteo pode permanecer funcional por até mais 
que dois meses. 
No final da gestação, a progesterona é também produzida pela placenta, 
dando ao corpo lúteo uma função de certa forma supérflua em algumas 
espécies. 
5. Anestro - Período estacionário; Precede o proestro seguinte; Órgaos 
reprodutivos quiescentes; Endométrio delgado (Epitélio cúbico simples); 
 
 
 
 
Ciclo estral nos felinos 
-Por apresentar um ciclo reprodutivo que ocorre nos períodos do ano em que os 
dias são mais longos e dispondo de inúmeras repetições de cio no decorrer desse 
estágio, os gatos foram classificados como sendo animais poliestros sazonais 
-Com a mudança das estações do ano, no período de sol mais longo, as gatas 
tendem a entrar em processo reprodutivo >> Com isso, a maioria delas 
apresentam ciclos estrais com intervalos que variam de 14 a 21 dias, podendo 
haver, naquelas que vivem em colônias, sincronização de estro; 
-fêmeas apresentam ciclos estrais, repetidamente, durante a época de 
acasalamento, a menos que interrompida por prenhez, pseudociese ou 
enfermidade; 
-Uma extensão mais curta de fotoperíodo está associada a aumento das 
concentrações de melatonina e prolactina e redução da atividade ovariana; 
-efeito da sazonalidade diminui ou desaparece próximo ao equador; 
-raças de pelo longo parecem ser mais sensíveis à quantidade de luz diurna em 
comparação com as raças de pelo curto; 
Embora muitas fêmeas de pelo longo (como a raça Persa) não exibam ciclos 
estrais regulares mesmo durante períodos de luz diurna prolongados, muitas 
fêmeas de pelo curto (como as da raça Siamesa e raças relacionadas) exibem 
ciclos estrais durante todo o ano, independentemente da extensão de tempo da 
luz diurna; 
-Intensidade ou duração inadequadas de luz constituem uma causa importante de 
ciclos estrais infrequentes em gatos abrigados em interiores; 
-Gatis de reprodução deverão proporcionar 12 a 14 h de luz diurna ou de luz 
artificial por dia a fim de estimular ciclos estrais regulares; 
 
-dividido em 4 fases: pró-estro, estro (fase foliculares), anestro e diestro (fase 
lútea) 
 
*Fêmea: 
 
1. Proestro: dura cerca de 1 dia; comportamentos sutis devido ao período ser 
curto; podem demonstrar sinais muito singelos de afetuosidades, como 
roçar a cabeça e pescoço sobre objetos inanimados; Porém, nessa fase a 
fêmea, mesmo já liberando feromônios atrativos aos machos, não aceita o 
acasalamento; mais difícil de detectar na gata do que na cadela; 
apresentam uma leve secreção vulvar mucoide e polaciúria; 
2. Estro: gata torna-se receptiva ao macho; média de tempo pode durar de 2 
a 19, tendo uma média de 6 dias, podendo variar de 3 dias para mais ou 
para menos; pode haver um aumento significativo das frequências sonoras 
e de tempo das suas vocalizações; se tornam mais agitadas, diminuem o 
apetite, promovem movimentos de fricção em objetos, ronronam, assim 
como apresentam posturas típicas de cio quando tocadas no flanco, tais 
como agachamento, coluna vertebral em posiçãode lordose, membros 
anteriores pressionados contra o chão com abertura e fechamento dos 
dedos, movimentos alternados de extensão dos membros posteriores e 
posição da cauda voltada lateralmente com o intuito de deixar a vulva livre 
para o acasalamento; tendem a demonstrar seu status sexual por meio de 
comportamentos eliminatórios . Passam a urinar com maior frequência e 
também demonstram hábitos eliminatórios fora dos padrões considerados 
normais, tais como urinar fora do ambiente rotineiro e também borrifar urina 
em locais verticais; 
 gatas prenhes também podem demonstrar comportamentos de estro 
mesmo possuindo baixos níveis séricos dos hormônios estradiol e dos 
luteinizantes. 
Ocasionalmente, as fêmeas apresentam cio prolongado (perdurando mais 
de 7 dias). Em alguns casos, isso pode ocorrer em razão do 
amadurecimento de ondas sobrepostas de folículos com altos níveis 
prolongados de estradiol. 
Esse tipo de estro prolongado é visto com maior frequência em Siameses e 
raças relacionadas. Contudo, outras gatas com estro comportamental 
prolongado apresentam padrões distintos normais de crescimento folicular. 
Não se sabe o motivo pelo qual essas gatas mostram estros prolongados 
em vez de períodos de estros distintos; 
também pode estar associado a folículos ovarianos císticos >>> Folículos 
císticos funcionais podem produzir incrementos persistentes nos níveis 
plasmáticos de estradiol; 
Outra variação infrequente é o cio dividido, mais frequentemente associado 
a gatas jovens; Os sinais de pró-estro ocorrem, porém, a seguir, cedem, 
sendo sucedidos alguns dias após por pró-estro e estro normais. Esse 
fenômeno tende a desaparecer com a maturidade; 
3. Interestro: período entre um estro e o próximo em gatas que não ovularam; 
nível plasmático de estradiol é baixo; não são observados comportamentos 
sexuais; duração pode variar entre 2 e 19 dias, porém, em média, é de 7 
dias; 
4. Anestro : é a ausência da atividade cíclica que pode ocorrer naturalmente 
em períodos de pouca extensão de luz diurna; durante a progesterona e o 
estrogênio encontram-se em concentrações basais (progesterona < 1 ng/mℓ 
[< 3,2 nmol/ℓ], estrogênio 8 a 12 pg/mℓ [29,4 a 44,0 pmol/ℓ]); 
5. Diestro: não desenvolvem padrões comportamentais diferentes dos 
normais, a gata permanece com seus hábitos rotineiros; é o período após a 
ovulação em que o hormônio dominante é a progesterona; Diferentemente 
da cadela, a gata não tem elevação pré-ovulatória na progesterona; 
Se os oócitos não forem fertilizados após a ovulação, ocorrerá uma 
pseudociese que perdurará cerca de 40 a 50 dias; Também pode ocorrer 
pseudociese na vigência de perda embrionária precoce. Em geral, a 
pseudociese em felinos não está associada a comportamentos maternais 
ou lactação; 
-O estro pode reaparecer cerca de 10 dias após o final da fase lútea, mas as 
fêmeas lactantes frequentemente têm anestro lactacional , que pode perdurar até 
8 semanas após o desmame. 
-maioria das gatas retornará ao estro cerca de 4 semanas após o desmame dos 
filhotes se ainda estiver na estação de acasalamento; 
-é totalmente possível uma gata retornar ao estro enquanto ainda estiver 
amamentando; 
-Com muita frequência, o primeiro estro após uma prenhez é mais curto e menos 
fértil; 
- O FSH, produzido pela hipófise, inicia o desenvolvimento de folículos ovarianos 
Desenvolvem-se três a sete folículos, que começam a produzir estradiol. À medida 
que a atividade folicular alcança o máximo, os níveis plasmáticos de estradiol 
aumentam e também variam bastante, porém, em geral, são superiores a 20 
pg/mℓ (superiores a 73,4 pmol/ℓ); 
Os níveis de estradiol permanecem elevados por 3 ou 4 dias durante o estro e, a 
seguir, caem abruptamente; 
Os níveis elevados de estradiol produzem dois efeitos importantes: 
comportamento estral declarado e estímulo do máximo de gonadotrofinas 
necessário para provocar a ovulação. 
-As concentrações de estradiol elevam-se novamente próximo aos 58 dias de 
prenhez e, a seguir, caem imediatamente antes do parto; 
-Para que a ovulação ocorra, há necessidade de liberação de hormônio 
luteinizante pela adeno-hipófise. Durante a penetração, o pênis provavelmente 
provoca distensão da porção posterior da vagina e induz a liberação de hormônio 
liberador de gonadotrofinas (GnRH) do hipotálamo medial ventral, decorrentes de 
reflexos neuroendócrinos; 
É necessário estímulo suficiente, seja pela cópula ou não, para provocar a 
liberação de GnRH. O pico de LH ocorre em minutos do acasalamento. Mediante 
diversas cópulas, o máximo de LH tem amplitude mais elevada e perdura mais 
tempo em comparação com apenas um acasalamento, desse modo aumentando a 
probabilidade de ocorrer a ovulação; 
-São necessários diversos dias de maior atividade (priming) de estradiol até que 
haja liberação suficiente de LH para provocar a ovulação >> Isso é alcançado 
quase sempre no terceiro ou quarto dia de estro; 
Também parece haver um limiar de estímulos individuais para cada gata, estímulo 
esse que deve ser excedido a fim de promover a elevação adequada de LH; 
-Diferentemente da coelha, em que um único acasalamento basta para induzir a 
ovulação, as gatas variam consideravelmente no número de cópulas necessárias 
para induzir liberação suficiente de LH e ovulação . 
A maioria das gatas ovulará após quatro cópulas ou mais; 
-A ovulação ocorre 48h ou mais após o máximo de LH; 
Todos os oócitos são liberados ao mesmo tempo >> As células da granulosa 
remanescentes dos folículos ovarianos sofrem luteinização e começam a produzir 
progesterona quase imediatamente; As concentrações de progesterona se elevam 
em 24 h e podem alcançar 60 a 90 ng/mℓ (190,8 a 286,2 nmol/ℓ) com 15 a 25 dias 
pós-ovulação; 
-O máximo das concentrações de progesterona são muito variáveis entre as gatas. 
-Ao longo da prenhez, a progesterona é mantida sob concentrações altas até os 
últimos dias, quando o nível cai para cerca de 2 ng/mℓ (6,4 nmol/ℓ) e para menos 
de 1 ng/mℓ (3,2 nmol/ℓ) imediatamente após o parto; 
-O mínimo de concentração de progesterona, de 1 ng/mℓ (3,2 nmol/ℓ), parece ser 
necessário para sustentar a prenhez na gata; 
-Emboraa progesterona diminua no termo, não são necessárias concentrações 
basais para o início do parto na gata, diferentemente do que ocorre na cadela; 
-pesquisa recente sugere que o corpo lúteo (CL) pode ser a fonte primária de 
progesterona por toda a prenhez no felino; 
demonstraram a capacidade de a placenta felina sintetizar progesterona; 
-Dois outros hormônios são importantes na prenhez felina >> A relaxina é 
produzida, primariamente, pela placenta em carnívoros e facilita o parto por 
amolecer o tecido conjuntivo da pelve, amolecer a cérvice e relaxar a musculatura 
uterina; As concentrações de relaxina aumentam já com 20 dias de prenhez e são 
a base dos testes de gravidez comercialmente disponíveis; 
A prolactina é produzida pela adeno-hipófise e tem diversos efeitos, como 
regulação da lactação; 
concentrações de prolactina aumentam a partir de cerca do 35 o dia de prenhez, 
alcançam seu platô em torno do 50 o dia e, a seguir, aumentam abruptamente 
logo antes do parto; 
mostra ser necessária para a manutenção da prenhez por dar suporte ao CL, já 
que a supressão de prolactina com um agonista da dopamina resulta em aborto; 
-Pode ocorrer pseudociese se um acasalamento for infértil; 
Concentrações altas de progesterona são mantidas por bloqueio da secreção de 
GnRH mediado centralmente tanto durante a prenhez quanto durante a 
pseudociese >> Isso impede que a gata retorne ao cio até o término da fase lútea; 
Durante a pseudociese, as concentrações de progesterona começam a diminuir 
em torno do 25 o ao 30 o dia e são inferiores a 1 a 2 ng/mℓ (< 3,2 a 6,4 nmol/ℓ) em 
torno do 40 o ao 50 o dias; 
O CL felino pode estar pré-programado para sofrer atrofia após 25 a 30 dias, a 
menos que haja fatores luteotróficos; 
Esses fatores luteotróficos podem ter origem na unidade fetoplacentária e/ou na 
hipófise >> Os dois fatores luteotróficos mais prováveis na gata são a relaxina e a 
prolactina 
* são encontrados relatos de ovulação sem acasalamento na literatura veterinária. 
Piometra e mucometra não são incomuns em gatas virgens inteiras de meia-idade; 
a ovulação espontânea não apenas se verifica em gatas, mas ocorre com 
alguma frequência; 
*estudos indicam que a ovulação sem cópula talvez seja possível em resposta a 
diversas indicações táteis, visuais, auditivas ou olfatórias em gatas. 
Ovulação espontânea não identificada e subsequente pseudociese são causas 
importantes de ciclos estrais infrequentes que devem ser descartadas em casos 
de infertilidade aparente; 
É mais apropriado considerar a gata como uma ovuladora induzida e espontânea, 
particularmente ao investigar casos de infertilidade ou de piometra em um gatil de 
reprodução; 
 
*Macho: 
 
-demonstram o comportamento de corte às fêmeas que se encontram em estro. 
-Devido aos feromônios e ao comportamento de estro desenvolvidos por elas, os 
machos felinos tendem a ser atraídos ao território em busca de reprodução e 
assim acabam por expressar padrões comportamentais sexuais 
- comum ocorrer borrifação de urina em diversos locais tanto para demarcação de 
território e demonstração de status sexual, quanto para desenvolver 
comportamentos de dominância contra outros machos por meio de rituais de 
intimidação (podendo ou não haver luta) com o intuito de ser o primeiro macho a 
acasalar com a fêmea em questão; 
-vocalização de forma bem característica, com frequências sonoras extremamente 
altas. 
- fêmeas podem aceitar o macho mais dominante ou decidir acasalar com aqueles 
já conhecidos por elas, assim como quando não preparadas para a cópula 
apresentarem comportamentos agressivos contra eles. 
-Apenas quando o macho dominante, ou quando o de sua preferência, se 
aproxima, ela começa a expor uma série de padrões comportamentais para o 
acasalamento; 
-se inicia com o macho tocando o nariz e cheirando o períneo da fêmea e atrás de 
1 Lábio superior levantado, narinas mais abertas, olhos vidrados, boca semiaberta, 
respiração mais ofegante. Isso se chama Reflexo de Flehmen ; 
suas orelhas, nesse momento o comportamento de flehmen 1 pode ocorrer devido 
a presença de feromônios sexuais >> ferormônios da gata são captados pelo 
órgão vomeronasal do macho; 
-Interpretando os sinais emitidos pela fêmea, assim como a sua permissão, o 
macho aproxima-se dela e agarra com a boca uma prega de pele do dorso do 
pescoço da fêmea e monta, deslizando sobre ela, tentando se posicionar para a 
penetração. Então, ele inicia uma série de avanços pélvicos, A gata se agacha, 
repetindo os sinais comportamentais já descritos no ciclo estral da fêmea; 
e a ejaculação ocorre em 20 a 30 s 
-Realizada a ejaculação, o gato se retira e é nesse momento que, devido a 
presença de espículas penianas que causam lesão na parede vaginal da fêmea, 
vocalização de sons de dor e ela ovula; 
 -sêmen é depositado na parte posterior da vagina. 
-A seguir, ele rapidamente pula fora para evitar ser agredido pela gata; 
- Após a cópula, ambos realizam o comportamento de higiene com a limpeza de 
todo o corpo, tem efeito calmante. Posteriormente, entre 10 a 60 minutos depois 
da primeira cópula, ambos podem retornar a acasalar e seguir com essas 
sequências comportamentais até a exaustão do macho, desenvolvendo várias 
cópulas ao longo do dia; 
felinos domésticos tendem a expressar comportamentos reprodutivos e acasalar 
mais em períodos noturnos devido aos seus instintos primitivos; 
-Após a castração, o comportamento de acasalamento quase sempre se encerra, 
porém pode persistir durante anos em alguns machos felinos adultos e 
experientes; 
-O comportamento pode ser montar em outros gatos ou filhotes, nas pernas do 
proprietário ou em objetos inanimados macios; 
É importante assegurar que o gato não seja criptorquídico 
Uma causa rara de comportamentos de acasalamento em machos felinos 
castrados consiste em tumor adrenal secretor de testosterona. 
O comportamento pode ser pelo fato de procurar atenção ou devido a um 
ambiente com poucos estímulos; 
Costumam ser úteis o enriquecimento ambiental adequado e a interação com o 
proprietário. 
O comportamento não deve ser retribuído, mesmoque inadvertidamente, com 
punições. 
A interrupção e a distração com outra atividade costumam ser mais eficazes. 
A marcação de território com urina também pode persistir após a castração, 
embora quase sempre sofra resolução em 80% ou mais dos gatos. 
 
 
reflexo de flehmen 
 
 
➔ ANIMAIS POLICÍCLICOS NÃO ESTACIONAIS : as raças domésticas de 
suínos e bovinos; significa que porcas e vacas experimentam uma atividade 
cíclica recorrente durante o ano, interrompida somente com a prenhez, 
lactação e condições patológicas; 
 
➔ ANIMAIS POLICÍCLICOS ESTACIONAIS: na égua, ovelha, cabra e a gata; 
a atividade cíclica deles é profundamente influenciada pela quantidade e 
duração da luminosidade do dia; A percepção das alterações dos períodos 
diários de luz é mediada pela glândula pineal que, através da síntese de 
melatonina e outros hormônios, influenciam a liberação de GnRH. A égua é 
um animal com reprodução em dias longos, o que significa que o período de 
mais alta atividade cíclica é entre a primavera e o outono na maioria dos 
indivíduos. Durante o inverno, as éguas normalmente entram em anestro. Do 
mesmo modo, a gata está em anestro no outono e inicia sua atividade cíclica 
com o aumento do período diário de luz ; Pequenos ruminantes, por sua vez, 
são animais com reprodução em dias curtos exibindo atividade cíclica durante 
o outono e início do inverno, seguido por um período de anestro; A cadela é 
monocíclica e apresenta longos períodos com um único estro. Normalmente, 
um ou dois (algumas vezes três) períodos estrais são observados por ano, 
separados por longos períodos de anestro, sem que uma sazonalidade óbvia 
seja identificada; 
 
 
➔ MANUTENÇÃO HORMONAL DA PRENHEZ 
 
-A fonte de progesterona, o principal hormônio responsável pela manutenção da 
prenhez, varia entre as espécies. 
-Na vaca >> principal fonte é o corpo lúteo durante a primeira metade da gestação e 
a placenta entre aproximadamente os dias 120-150 até o dia 250. 
-Na égua >> vários corpos lúteos acessórios são formados durante o segundo mês 
de gestação e, juntamente com o corpo lúteo original ou “primário”, produzem 
progesterona até o final do terceiro mês. A partir desta data, a placenta assume essa 
produção até o parto. 
-Na ovelha >> os corpos lúteos são a maior fonte durante o primeiro terço da 
gestação, mas são substituídos pela placenta após isso. 
-Em porcas, cabras, cadelas e gatas >> os corpos lúteos são a maior fonte de 
progesterona durante toda a gestação. 
-A produção de progesterona pelo corpo lúteo na ausência da prenhez é mais 
pronunciada na gata e na cadela na qual, como explicado anteriormente, o útero não 
gestante não induz a luteólise mediada por prostaglandina. 
-A maioria das cadelas >> experimentam pseudo-prenhezes 2 com (exibindo) ou 
sem (não exibindo) sinais clínicos durante os períodos de metaestro e diestro; 
Outro hormônio da hipófise, a prolactina, é provavelmente responsável por este 
fenômeno. 
-Na gata >> o corpo lúteo também persiste por um período prolongado na ausência 
da prenhez. No entanto, durante a estação de atividade cíclica, a gata retorna ao 
estro. -Os mecanismos regulando a meia-vida do corpo lúteo na cadela e na gata 
não são conhecidos; 
 
 
2 Pseudociese que é também conhecida como gestação psicológica, 
pseudoprenhez , falsa gestação, gestação psicológica ou lactação nervosa; 
Ciclo estral das cadelas 
-é uma espécie monoéstrica, não estacional, com proestro/estro que dura de 
duas a três semanas, apresentando ovulação espontânea , seguida de uma fase 
luteal que dura em torno de 65 dias quando gestante ou um pouco mais quando 
não gestante; A essa fase, segue-se um anestro obrigatório >> período de vários 
meses de quiescência (anestro) até o surgimento de novo ciclo; 
-O intervalo de um estro ao estro subsequente varia de 5 a 12 meses, porém mais 
comumente, dura de seis a sete meses. 
-A ovulação ocorre em resposta a uma elevação de 1 a 3 dias nos níveis séricos 
de hormônio luteinizante (LH) e uma elevação de 1 a 4 dias de hormônio folículo 
estimulante (FSH). 
-A ovulação ocorre cerca de 48 a 60 horas após o pico de LH; 
A maturação oocitária ocorre nas tubas uterinas cerca de 2 dias após a ovulação. 
-O aumento pré-ovulatório na produção de progesterona folicular é acompanhado 
por um aumento da progesterona periférica útil para estimar a ovulação; 
-Além do LH, cadelas também requerem prolactina para manutenção do corpo 
lúteo; 
- Não há nenhum mecanismo luteolítico no ciclo estral não gestacional e a 
histerectomia não tem nenhum efeito sobre a função do corpo lúteo 
3 Passagem dos glóbulos sanguíneos, no caso as hemácias, para os tecidos através 
das paredes intactas dos capilares. 
4 sede excessiva; 
 
1. Proestro - dura em média 9 dias (3-21dias); pode ou não estar associado a 
uma descarga vaginal hemorrágica, causada pela diapedese eritrocitária 3 
através do endométrio e ruptura capilar subepitelial; 
caracterizado por aumento progressivo do tamanho da vulva (hipertrofiada) 
e turgor; fase folicular; proliferação vaginal epitelial com consequente 
queratinização celular que leva ao aumento do número de células epiteliais 
em esfregaços vaginais (endométrio espessado); 
edema vulvar e secreção vaginal de feromônios que atraem os machos. 
O perfil do epitélio vaginal muda, sendo dominado progressivamente por 
pequenas células intermediárias, grandes intermediárias e células 
queratinizadas. À vaginoscopia, o aspecto da mucosa vai se modificando do 
róseo para o pálido e as pregas vaginais vão ficando gradativamente mais 
pronunciadas; O estradiol sérico aumenta de 5 a 15 pg/mL inicialmente, 
para atingir picos de 40 a 120 pg/mL; termina com o início de 
comportamento receptivo ocorrendo tipicamente 0,5 a 3 dias após o pico 
nos níveis de estradiol e dentro de um dia do pico pré-ovulatório de LH; 
onda de estrógeno dura de um a dois dias e precede o pico pré-ovulatório 
do LH; 
retornando progressivamente às concentrações basais (15 pg/ml) durante 
os próximos 5 a 20 dias; 
No início do proestro observa-se uma série de pequenas,porém potentes, 
ondas de LH, retornando à concentração basal em seguida, e elevando-se 
em amplitude e frequência ao final do período, até alcançar um pico em 
aproximadamente 48 horas antes da maioria das ovulações >> Esta onda 
pré-ovulatória de LH tem uma duração de 24 a 72 horas e é mais longa que 
a observada na maioria das outras espécies; 
aumento na atividade glandular e no crescimento dos ductos e túbulos da 
glândula mamária; 
alterações são causadas pelo aumento da concentração de estrógeno 
sem permitir a cópula; fêmeas podem mostrar-se irrequietas e 
desobedientes, com polidpsia 4 e poliúria compensatórias; 
2. Estro - O início do estro (3-21 dias; média de 9 dias) é identificado pela 
receptividade da fêmea ao macho, permitindo o coito; cadela começa a 
exibir os sinais do estro, quando a concentração de estrógeno circulante 
começa a declinar e a progesterona sérica aumenta; Este fato deve-se à 
luteinização das células da granulosa dos folículos maduros, que passam a 
produzir progesterona levando ao aumento de sua concentração no 
sangue. 
Outro evento estimulado pela queda de estrógeno e elevação da 
progesterona é o feedback positivo sobre o hipotálamo e hipófise, 
resultando na secreção do FSH e também na onda pré-ovulatória de LH; 
Na maioria dos ciclos esta onda pré-ovulatória de LH ocorre um dia antes 
da transição do proestro para o estro; 
progesterona é produzida pelas células da granulosa nos folículos maduros 
que sofrem luteinização sob influência do LH antes do estro; 
a concentração de progesterona começa a aumentar um dia após o 
aparecimento do pico de estrógeno na fase folicular; As concentrações 
circulantes de progesterona são basais (<0,5 ng/ml) até 24 a 72 horas antes 
do final do proestro, quando eleva-se acima de 1,0 ng/ml. No momento da 
onda pré-ovulatória de LH a concentração de progesterona encontra-se em 
torno de 2 a 4 ng/ml; Esta elevação na concentração da progesterona 
(mínimo de 1,0 ng/ml) é considerada responsável pelo comportamento 
receptivo da fêmea ao macho; 
Na presença do macho a cadela dirige a região posterior em sua direção, 
abaixa o dorso e eleva a região pélvica, exibe a região perineal e ondula a 
cauda para um dos lados. 
A vulva ainda encontra-se edemaciada, mas o corrimento vaginal muda a 
coloração passando a transparente e incolor, ou amarelo palha; 
O endométrio encontra-se menos edemaciado; 
O estro continua até que a fêmea recuse o macho novamente. Porém, autores 
observaram que a recusa ao macho não serve como um prognóstico porque 
fêmea pode recusá-lo num dia e aceitar o coito no dia seguinte ; 
Um outro critério que definiria com mais precisão o final do estro está baseado na 
citologia vaginal; 
A ovulação, que é espontânea na cadela, ocorre 24 a 72 horas após a onda de LH 
entre o 2° ou 3° dia do estro, 24 a 48 horas após a aceitação do macho pela fêmea 
A cadela ovula ovócitos primários, e a primeira divisão meiótica se completa no 
oviduto dentro de três dias após a ovulação ( por isso que ela pode engravidar de 
mais de 1 macho, pq o quando cruza com um cão, seus espermatozóides não 
conseguem fecundar pq o ovócito não está maduro o suficiente, então esse 
ovócito primário permanece alguns dias ali para se maturar, aí depois que outros 
espermatozóides podem fecundar porque já está maduro ). 
Altos índices de fertilidade estão associados a coberturas ocorridas entre os dias 
zero a cinco após o pico de LH; 
Não há confirmação de gestação proveniente de coberturas ocorridas nove a dez 
dias após a onda de LH; 
3. Metaestro/Diestro - Metaestro identificado pela citologia vaginal em que são 
encontrados os diferentes tipos celulares e uma grande quantidade de neutrófilos; 
Diestro 2–3 meses; média de 75 dias; é marcado pelo fim do período de cio, ou 
seja, a cadela não é mais receptiva ao macho; O edema vulvar diminu 
progressivamente até desaparecer; e apenas uma quantidade limitada de 
corrimento vaginal poderá estar presente; A cadela torna-se calma e a atração 
pelos machos logo decresce; dominado pela progesterona, que atinge um pico 
máximo de 15 ng a 60 ng/ml duas a três semanas após o início deste estádio, o 
qual persiste por uma a duas semanas, declinando gradualmente até atingir valores 
basais no final do período, enquanto os outros hormônios encontram-se 
essencialmente em concentrações basais; O útero responde ao aumento da 
concentração de progesterona mantendo a estrutura glandular e vascularização 
adequadas para a gestação. 
A duração do diestro, baseada na função lútea, é similar para cadelas não 
gestantes e gestantes; Os corpos lúteos (CL) da cadela gestante e não gestante 
são sensíveis aos efeitos luteolíticos da prostaglandina F2 α (PGF2 α), embora 
não tanto quanto o observado na maioria das outras espécies; 
Estudos sobre efeitos da histerectomia em cinco cadelas Foxhunter, demonstraram 
que o útero não influenciou na atividade lútea ovariana de cadelas não-gestantes e 
que não havia a presença de luteolisina uterina, o que também foi relatado em 
trabalho semelhante com cadelas Beagle ; 
Em pesquisa realizada com o objetivo de bloquear a produção de PGF2 α em 
 
➔ PSEUDOGESTAÇÃO (Cadelas) 
 
-Devido a fisiologia do diestro ser semelhante em fêmeas gestantes e não gestantes, 
estas podem apresentar essa síndrome 5 ; 
5 conjunto de sinais e sintomas observáveis em vários processos patológicos diferentes e 
sem causa específica. 
cadelas gestantes com a utilização de indometacina, observou-se prolongamento 
no período gestacional em 50% dos animais, havendo a necessidade de cesariana 
ao final do experimento. Os autores concluíram que a PGF2 α induz a luteólise na 
cadela gestante. 
Nas fêmeas não-gestantes, no entanto, especula-se que o funcionamento do CL 
estaria vinculado a um intervalo de tempo pré-determinado, ou ainda, que a 
regressão luteal seria mediada por mecanismos reguladores autócrinos e 
parácrinos desconhecidos; 
4. Anestro - Basicamente não há diferenças clínicas aparentes entre um animal em 
diestro não gestante e um em anestro; 1–6 meses; média de 125 dias; 
caracteriza-se, em termos de comportamento, pela inatividade sexual. 
o útero encontra-seem processo de involução após os efeitos de uma gestação ou 
pseudogestação. A completa involução do útero ocorre aos 120 dias no ciclo sem 
gestação e aos 140 dias no ciclo com gestação, podendo explicar o longo período 
de intervalo interestral em cadelas normais; 
Durante anos o anestro foi considerado uma fase de repouso no ciclo reprodutivo 
da cadela, porém nem a hipófise nem os ovários encontram-se quiescentes neste 
período; 
Em estudo envolvendo os aspectos endocrinológicos do anestro em cadelas, fo 
observado que não há liberação ou circulação insuficiente de gonadotrofinas, e sim 
que a responsividade dos ovários às mesmas está baixa neste período. 
A prolactina é considerada responsável pela baixa responsividade ovariana às 
gonadotrofinas, bem como pela diminuição na liberação das mesmas em outras 
espécies, sugerindo que este hormônio tem um papel inibidor sobre o eixo 
hipotalâmico-hipofisárioovariano; 
Entretanto, em pesquisa sobre o efeito de um agonista da dopamina (metergolina) 
sobre a secreção de prolactina em cadelas, autores observaram que a indução do 
estro não foi iniciada pela supressão da secreção de prolactina mas, 
aparentemente, por outro efeito dopaminérgico; 
No início e meio do anestro as concentrações de estradiol e progesterona 
encontram-se basais, havendo elevação do estradiol no final do mesmo. 
A concentração de FSH encontra-se basal no início e meio do anestro, 
apresentando aumento no final deste período. O surgimento episódico de LH pode 
ser detectado durante o anestro, apresentando maior intensidade no final do 
mesmo; 
citologia vaginal mostra poucas células parabasais e número variável, porém 
modesto de neutrófilos. A mucosa vaginal apresenta-se fina e vermelha com 
capilares visíveis. O estradiol sérico é variável, mas geralmente em torno de 5-10 
pg/mL. O LH basal é baixo (<1-2 ng/mL), apresentando oscilações e muitas vezes 
grandes pulsos (3-30 ng/mL) com intervalos de 7-18 horas ou mais. O FSH é alto 
(50-400 ng/mL). A concentração de progesterona mantém-se abaixo de 1 ng/mL; 
A transição do anestro para o proestro ocorre quando a concentração plasmática 
de FSH aumenta durante o anestro final, iniciando-se uma nova onda de 
crescimento folicular; 
-Os sinais clínicos mais comuns são desenvolvimento da glândula mamária, 
secreção uterina, construção de ninho, adoção de objetos inanimados, entre outras 
alterações comportamentais; 
geralmente começam a manifestar-se seis a oito semanas após o estro sendo 
considerada como a fase de declínio da progesterona, que parece estimular a 
síntese e secreção de prolactina, que é um hormônio luteotrófico liberado pela 
hipófise anterior e que atua no controle do desenvolvimento da glândula mamária, 
na estimulação da síntese de leite e no sistema nervoso central (SNC) para induzir o 
comportamento materno; 
Algumas cadelas devem ser mais sensíveis a estes eventos endócrinos, resultando 
no aparecimento da pseudogestação, e aquelas que desenvolvem pseudogestação 
tendem a apresentá-la nos ciclos subsequente; 
-Para o tratamento desta manifestação são utilizados inibidores de prolactina, 
progestágenos e andrógenos; 
***Animais não menstruam!!!!!!!! 
 
➔ FATORES QUE INFLUENCIAM O INTERVALO ENTRE ESTROS 
 
-periodicidade não pode ser utilizada na determinação do próximo estro na cadela; 
-pode ser atribuída à hereditariedade, diferenças entre raças, gestação e idade; 
-animais gestantes apresentam um intervalo interestral maior (32 semanas) que os 
não gestantes (29 semanas); 
-cadelas mais velhas apresentam tendência maior em aumentar o intervalo entre 
estros. Contudo, não parece haver diminuição na média de concepção como 
resultado deste aumento; 
-A maioria das cadelas mostra um leve, porém progressivo, aumento no intervalo 
interestral até 4 anos de idade, enquanto cadelas mais velhas apresentam ciclos 
estrais irregulares e um período de anestro longo; 
-Não há influência do porte físico do animal sobre o ciclo estral , embora autores 
citem que animais de raças de pequeno porte entram no cio a cada quatro meses, 
enquanto os de grande porte apresentam cio a cada oito meses; 
Essas observações foram confirmadas demonstrando-se que cadelas pesadas 
apresentavam intervalo interestral maior que cadelas leves, e que, uma vez 
estabelecidos os intervalos do proestro, estro e diestro no ciclo de uma raça, os 
mesmos mostram-se com variações insignificantes, enquanto o período de anestro 
sofre influência do porte físico do animal;

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