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Continuação Gametogênese: Puberdade E Ciclo Estral -sistemas endócrino e nervoso atuam em conjunto na cascata de eventos que levam à formação e maturação dos gametas, à fertilização, ao estabelecimento e manutenção da prenhez, ao nascimento e, finalmente, aos cuidados com a prole; -iniciam-se na puberdade; -fêmea: puberdade é marcada pelo início da atividade cíclica regular dos ovários, o que afeta o comportamento de todo o sistema genital: o ciclo estral nos animais domésticos; ★ PUBERDADE -Antes da puberdade, o desenvolvimento inicial dos gametas femininos (ovócitos), dentro dos folículos ovarianos, é regulado mais ou menos de forma autônoma; *alguns ovócitos pré-púberes nunca atingem o estágio de desenvolvimento no qual eles estão aptos para serem fertilizados. -Depois do início da puberdade, sinais provenientes de certas áreas do cérebro, incluindo a glândula pineal, hipotálamo e hipófise, estimulam a produção de ovócitos fertilizáveis; Hipotálamo libera GnRHs (hormônios liberadores de gonadotrofinas) que é levado para a hipófise por meio do sistema porta hipotalâmico-hipofisário, daí estimulam a hipófise anterior (adeno-hipófise), à liberar as gonadotrofinas (hormônios estimuladores das células gonadais) fazendo com que FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante) sejam liberados; Esta liberação é controlada pelos GnRHs -A secreção de GnRHs, e então FSH e LH, é influenciada por estímulos visuais, olfativos, auditivos e táteis do ambiente e também por sistemas de retroalimentação homeostáticos no próprio animal. -FSH liberado pela hipófise atinge o ovário pela circulação sistêmica. No ovário, ele estimula um grupo de folículos em crescimento a desenvolver-se; -estrógenos, que são produzidos pelas células da granulosa e da teca que delimitam o folículo e circundam o ovócito, exercem retroalimentação positiva na secreção hipotalâmica de GnRH e efeito principal é a indução dos sintomas de estro; -advento da puberdade nas fêmeas é sempre sinalizado pela primeira ocorrência de estro ou cio (receptividade sexual); Depois da puberdade, as fêmeas domésticas entram em uma fase da vida caracterizada por repetidos ciclos estrais ; -O SNC somente estará maturo suficientemente para permitir a integração complexa de todos esses sinais com o aparecimento da puberdade; -aparecimento da puberdade precede o desenvolvimento da maturidade física. No entanto, mesmo sendo fértil, a fêmea na puberdade (sexualmente madura e capaz de reproduzir) ainda não atingiu sua máxima fertilidade; -Os fatores que influenciam o advento da puberdade incluem idade, peso corporal, raça, nutrição, doenças e, em algumas espécies, estação do ano e proximidade ao macho ; Puberdade Felina -Gatas domésticas tendem a desenvolver sua puberdade entre o 4 e 12 mês de vida, sendo mais comum entre o 5 e 9 mês de vida. -pode ser influenciado pela raça da fêmea, assim como pelo seu peso corporal com peso corporal de 2,5 kg ou mais; -peso corporal médio à puberdade é de 2,3 a 3,2 kg, ou 80% do peso corporal adulto; -sugere que gatas de pelo longo , como as da raça Persa por exemplo, acabam por entrar mais tarde na puberdade podendo manifestar o primeiro estro apenas aos dezoito meses de vida quando comparadas as de raças de pêlo curto , como as Siamesas, que entram aos nove meses de idade >> podem chegar à puberdade com peso corporal mais baixo; - Para atingir a idade de maturidade sexual, as fêmeas devem atingir um peso igual ou superior a dois terços de seu peso adulto; fatores relacionados à exposição ao fotoperíodo, bem como a intensa relação com machos da colônia podem induzir uma puberdade precoce; -Segundo alguns autores, são necessárias mais de 12 horas de luz diária para que o eixo hipotálamo-hipófise desencadeie nas fêmeas uma série de comportamentos relacionados à reprodução; -Machos >> a fisiologia reprodutiva começa com a ação do hormônio masculino testosterona sob o sistema nervoso central já no período perinatal, e é somente a partir do 3 mês de vida que esse hormônio irá atuar de forma mais ampla no desenvolvimento reprodutivo e comportamental do macho, além do papel fundamental que desempenhará posteriormente no comportamento de acasalamento; comportamentos de monta e de movimentos pélvicos podem ser visualizados a partir dos 4 meses de idade, mas é somente entre o 9 e o 12 mês de vida que a ★ CICLOS ESTRAIS -se caracterizam por uma série de alterações ovarianas, genitais, endócrinas e comportamentais; - finalidade de que ocorra a ovulação de forma sincronizada com o acasalamento para conduzir a uma gestação; -Assim que as fêmeas atingem a puberdade,inicia-se a apresentação dos ciclos estrais, o que geralmente indica o início da receptividade sexual, também chamada de "estro" ou "cio", por ser a fase mais fácil de reconhecer devido ao qual a fêmea busca, atrai e aceita a montaria do macho; -Todavia, para uma melhor eficiência reprodutiva , as fêmeas que apresentarem o primeiro cio não devem ser colocadas à disposição do macho ou da IA, uma vez que ela ainda não possui o aporte e a condição corporal ideal para conseguir gestar; logo para serem colocadas à reprodução devem estar ao terceiro estro ou possuir entre 60 a 70% do seu peso vivo adulto; -Depois da receptividade ocorre um período em que a fêmea não atrai nem aceita o macho. Assim, um ciclo estral é definido como o período entre um estro e o seguinte. -subdividido em proestro, estro, metaestro e diestro; 1. Proestro - Fase que precede imediatamente o estro. Os principais hormônios produzidos pelos ovários são os estrógenos; Início do ciclo; Crescimento folicular; Influência do FSH; Produção de estrógenos; Hipertrofia do endométrio; Modificações anatômicas; 2. Estro - período (em condições naturais) de aceitação do macho; Proliferação epitelial e glandular do endométrio; A ovulação ocorre durante esta fase em todas as espécies domésticas, com a exceção da vaca onde a ovulação ocorre logo após o término do estro. Os principais hormônios produzidospelos ovários, em resposta ao FSH e ao LH, são os estrógenos > efeito principal é a indução dos sintomas de estro; pico destes estrógenos; a elevação dos níveis de estrógenos produzidos pelos folículos ovarianos durante o proestro atinge uma concentração limiar que faz com que ocorra uma maior secreção de GnRH pelo hipotálamo durante o estro; Atingindo a hipófise anterior, o GnRH estimula principalmente um pico de secreção de LH. No ovário, o LH é necessário para a finalização do processo de maturação do(s) ovócito(s) e a liberação dele(s) pelo processo de ovulação . a gata e a camela sãos as únicas em que o pico de GnRH que possibilita a ovulação é induzido pela cópula. Além disso, a gata pode continuar apresentando maturidade sexual do macho estará completa; comportamento de estro e aceitando o macho mesmo tendo entrado na fase de metaestro ; 3. Metaestro - Em seguida à ovulação, as células que delimitavam o folículo antes da ruptura dele iniciam o processo de luteinização para a formação do corpo lúteo, e mantêm esse processo de luteinização sob o efeito contínuo do LH durante essa fase; O desenvolvimento do corpo lúteo inicia-se gradualmente algumas horas antes da ovulação e é marcado pela síntese de progesterona , em vez de estrógenos, pelas células foliculares; depois da ovulação é bem definido, algumas vezes um pouco cavitário, esférico e de cor amarelada em vacas, razão pela qual é denominado corpo lúteo; Endométrio hiperplásico; Maior espessura; aqui que pode ocorrer a Fecundação ( Manutenção do CL e da P4 (progesterona)); 4. Diestro - não ocorrer fecundação; redução da vascularização do endométrio; diminuição da atividade secretória das glândulas; Involução do endométrio; a produção de progesterona pelo corpo lúteo atinge o seu máximo. As funções principais da progesterona são: primeiro, exercer o efeito de retroalimentação negativa no hipotálamo, inibindo a liberação de GnRH e, então, um novo recrutamento de ovócitos para uma nova ovulação; e, segundo, preparar o endométrio para a prenhez; Se for realizada uma inseminação e a concepção ocorrer, a progesterona é o principal hormônio responsável pela manutenção da prenhez; No animal não prenhe (excluindo a gata e a cadela), a vida média do corpo lúteo é relativamente curta; na ausência do embrião dentro do útero, o endométrio libera prostaglandina-F2α promovendo a luteólise (regressão do corpo lúteo). O consequente declínio da progesterona resulta na remoção do bloqueio hipotalâmico da secreção de GnRH e possibilita o retorno ao ciclo estral; No útero gestante, a liberação de prostaglandina F2α na corrente sanguínea é bloqueada, permitindo a persistência do corpo lúteo. Esta inibição na liberação de prostaglandina é o componente do “reconhecimento materno da gestação” o qual depende de sinais espécie-específicos produzidos pelo(s) embrião(s) e reconhecido pelo endométrio; *Em caninos e felinos, o útero aparenta não ter nenhum efeito na meia vida do corpo lúteo, e o processo de regressão dele nestas espécies ainda não foi elucidado. Na cadela, o corpo lúteo pode permanecer funcional por até mais que dois meses. No final da gestação, a progesterona é também produzida pela placenta, dando ao corpo lúteo uma função de certa forma supérflua em algumas espécies. 5. Anestro - Período estacionário; Precede o proestro seguinte; Órgaos reprodutivos quiescentes; Endométrio delgado (Epitélio cúbico simples); Ciclo estral nos felinos -Por apresentar um ciclo reprodutivo que ocorre nos períodos do ano em que os dias são mais longos e dispondo de inúmeras repetições de cio no decorrer desse estágio, os gatos foram classificados como sendo animais poliestros sazonais -Com a mudança das estações do ano, no período de sol mais longo, as gatas tendem a entrar em processo reprodutivo >> Com isso, a maioria delas apresentam ciclos estrais com intervalos que variam de 14 a 21 dias, podendo haver, naquelas que vivem em colônias, sincronização de estro; -fêmeas apresentam ciclos estrais, repetidamente, durante a época de acasalamento, a menos que interrompida por prenhez, pseudociese ou enfermidade; -Uma extensão mais curta de fotoperíodo está associada a aumento das concentrações de melatonina e prolactina e redução da atividade ovariana; -efeito da sazonalidade diminui ou desaparece próximo ao equador; -raças de pelo longo parecem ser mais sensíveis à quantidade de luz diurna em comparação com as raças de pelo curto; Embora muitas fêmeas de pelo longo (como a raça Persa) não exibam ciclos estrais regulares mesmo durante períodos de luz diurna prolongados, muitas fêmeas de pelo curto (como as da raça Siamesa e raças relacionadas) exibem ciclos estrais durante todo o ano, independentemente da extensão de tempo da luz diurna; -Intensidade ou duração inadequadas de luz constituem uma causa importante de ciclos estrais infrequentes em gatos abrigados em interiores; -Gatis de reprodução deverão proporcionar 12 a 14 h de luz diurna ou de luz artificial por dia a fim de estimular ciclos estrais regulares; -dividido em 4 fases: pró-estro, estro (fase foliculares), anestro e diestro (fase lútea) *Fêmea: 1. Proestro: dura cerca de 1 dia; comportamentos sutis devido ao período ser curto; podem demonstrar sinais muito singelos de afetuosidades, como roçar a cabeça e pescoço sobre objetos inanimados; Porém, nessa fase a fêmea, mesmo já liberando feromônios atrativos aos machos, não aceita o acasalamento; mais difícil de detectar na gata do que na cadela; apresentam uma leve secreção vulvar mucoide e polaciúria; 2. Estro: gata torna-se receptiva ao macho; média de tempo pode durar de 2 a 19, tendo uma média de 6 dias, podendo variar de 3 dias para mais ou para menos; pode haver um aumento significativo das frequências sonoras e de tempo das suas vocalizações; se tornam mais agitadas, diminuem o apetite, promovem movimentos de fricção em objetos, ronronam, assim como apresentam posturas típicas de cio quando tocadas no flanco, tais como agachamento, coluna vertebral em posiçãode lordose, membros anteriores pressionados contra o chão com abertura e fechamento dos dedos, movimentos alternados de extensão dos membros posteriores e posição da cauda voltada lateralmente com o intuito de deixar a vulva livre para o acasalamento; tendem a demonstrar seu status sexual por meio de comportamentos eliminatórios . Passam a urinar com maior frequência e também demonstram hábitos eliminatórios fora dos padrões considerados normais, tais como urinar fora do ambiente rotineiro e também borrifar urina em locais verticais; gatas prenhes também podem demonstrar comportamentos de estro mesmo possuindo baixos níveis séricos dos hormônios estradiol e dos luteinizantes. Ocasionalmente, as fêmeas apresentam cio prolongado (perdurando mais de 7 dias). Em alguns casos, isso pode ocorrer em razão do amadurecimento de ondas sobrepostas de folículos com altos níveis prolongados de estradiol. Esse tipo de estro prolongado é visto com maior frequência em Siameses e raças relacionadas. Contudo, outras gatas com estro comportamental prolongado apresentam padrões distintos normais de crescimento folicular. Não se sabe o motivo pelo qual essas gatas mostram estros prolongados em vez de períodos de estros distintos; também pode estar associado a folículos ovarianos císticos >>> Folículos císticos funcionais podem produzir incrementos persistentes nos níveis plasmáticos de estradiol; Outra variação infrequente é o cio dividido, mais frequentemente associado a gatas jovens; Os sinais de pró-estro ocorrem, porém, a seguir, cedem, sendo sucedidos alguns dias após por pró-estro e estro normais. Esse fenômeno tende a desaparecer com a maturidade; 3. Interestro: período entre um estro e o próximo em gatas que não ovularam; nível plasmático de estradiol é baixo; não são observados comportamentos sexuais; duração pode variar entre 2 e 19 dias, porém, em média, é de 7 dias; 4. Anestro : é a ausência da atividade cíclica que pode ocorrer naturalmente em períodos de pouca extensão de luz diurna; durante a progesterona e o estrogênio encontram-se em concentrações basais (progesterona < 1 ng/mℓ [< 3,2 nmol/ℓ], estrogênio 8 a 12 pg/mℓ [29,4 a 44,0 pmol/ℓ]); 5. Diestro: não desenvolvem padrões comportamentais diferentes dos normais, a gata permanece com seus hábitos rotineiros; é o período após a ovulação em que o hormônio dominante é a progesterona; Diferentemente da cadela, a gata não tem elevação pré-ovulatória na progesterona; Se os oócitos não forem fertilizados após a ovulação, ocorrerá uma pseudociese que perdurará cerca de 40 a 50 dias; Também pode ocorrer pseudociese na vigência de perda embrionária precoce. Em geral, a pseudociese em felinos não está associada a comportamentos maternais ou lactação; -O estro pode reaparecer cerca de 10 dias após o final da fase lútea, mas as fêmeas lactantes frequentemente têm anestro lactacional , que pode perdurar até 8 semanas após o desmame. -maioria das gatas retornará ao estro cerca de 4 semanas após o desmame dos filhotes se ainda estiver na estação de acasalamento; -é totalmente possível uma gata retornar ao estro enquanto ainda estiver amamentando; -Com muita frequência, o primeiro estro após uma prenhez é mais curto e menos fértil; - O FSH, produzido pela hipófise, inicia o desenvolvimento de folículos ovarianos Desenvolvem-se três a sete folículos, que começam a produzir estradiol. À medida que a atividade folicular alcança o máximo, os níveis plasmáticos de estradiol aumentam e também variam bastante, porém, em geral, são superiores a 20 pg/mℓ (superiores a 73,4 pmol/ℓ); Os níveis de estradiol permanecem elevados por 3 ou 4 dias durante o estro e, a seguir, caem abruptamente; Os níveis elevados de estradiol produzem dois efeitos importantes: comportamento estral declarado e estímulo do máximo de gonadotrofinas necessário para provocar a ovulação. -As concentrações de estradiol elevam-se novamente próximo aos 58 dias de prenhez e, a seguir, caem imediatamente antes do parto; -Para que a ovulação ocorra, há necessidade de liberação de hormônio luteinizante pela adeno-hipófise. Durante a penetração, o pênis provavelmente provoca distensão da porção posterior da vagina e induz a liberação de hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) do hipotálamo medial ventral, decorrentes de reflexos neuroendócrinos; É necessário estímulo suficiente, seja pela cópula ou não, para provocar a liberação de GnRH. O pico de LH ocorre em minutos do acasalamento. Mediante diversas cópulas, o máximo de LH tem amplitude mais elevada e perdura mais tempo em comparação com apenas um acasalamento, desse modo aumentando a probabilidade de ocorrer a ovulação; -São necessários diversos dias de maior atividade (priming) de estradiol até que haja liberação suficiente de LH para provocar a ovulação >> Isso é alcançado quase sempre no terceiro ou quarto dia de estro; Também parece haver um limiar de estímulos individuais para cada gata, estímulo esse que deve ser excedido a fim de promover a elevação adequada de LH; -Diferentemente da coelha, em que um único acasalamento basta para induzir a ovulação, as gatas variam consideravelmente no número de cópulas necessárias para induzir liberação suficiente de LH e ovulação . A maioria das gatas ovulará após quatro cópulas ou mais; -A ovulação ocorre 48h ou mais após o máximo de LH; Todos os oócitos são liberados ao mesmo tempo >> As células da granulosa remanescentes dos folículos ovarianos sofrem luteinização e começam a produzir progesterona quase imediatamente; As concentrações de progesterona se elevam em 24 h e podem alcançar 60 a 90 ng/mℓ (190,8 a 286,2 nmol/ℓ) com 15 a 25 dias pós-ovulação; -O máximo das concentrações de progesterona são muito variáveis entre as gatas. -Ao longo da prenhez, a progesterona é mantida sob concentrações altas até os últimos dias, quando o nível cai para cerca de 2 ng/mℓ (6,4 nmol/ℓ) e para menos de 1 ng/mℓ (3,2 nmol/ℓ) imediatamente após o parto; -O mínimo de concentração de progesterona, de 1 ng/mℓ (3,2 nmol/ℓ), parece ser necessário para sustentar a prenhez na gata; -Emboraa progesterona diminua no termo, não são necessárias concentrações basais para o início do parto na gata, diferentemente do que ocorre na cadela; -pesquisa recente sugere que o corpo lúteo (CL) pode ser a fonte primária de progesterona por toda a prenhez no felino; demonstraram a capacidade de a placenta felina sintetizar progesterona; -Dois outros hormônios são importantes na prenhez felina >> A relaxina é produzida, primariamente, pela placenta em carnívoros e facilita o parto por amolecer o tecido conjuntivo da pelve, amolecer a cérvice e relaxar a musculatura uterina; As concentrações de relaxina aumentam já com 20 dias de prenhez e são a base dos testes de gravidez comercialmente disponíveis; A prolactina é produzida pela adeno-hipófise e tem diversos efeitos, como regulação da lactação; concentrações de prolactina aumentam a partir de cerca do 35 o dia de prenhez, alcançam seu platô em torno do 50 o dia e, a seguir, aumentam abruptamente logo antes do parto; mostra ser necessária para a manutenção da prenhez por dar suporte ao CL, já que a supressão de prolactina com um agonista da dopamina resulta em aborto; -Pode ocorrer pseudociese se um acasalamento for infértil; Concentrações altas de progesterona são mantidas por bloqueio da secreção de GnRH mediado centralmente tanto durante a prenhez quanto durante a pseudociese >> Isso impede que a gata retorne ao cio até o término da fase lútea; Durante a pseudociese, as concentrações de progesterona começam a diminuir em torno do 25 o ao 30 o dia e são inferiores a 1 a 2 ng/mℓ (< 3,2 a 6,4 nmol/ℓ) em torno do 40 o ao 50 o dias; O CL felino pode estar pré-programado para sofrer atrofia após 25 a 30 dias, a menos que haja fatores luteotróficos; Esses fatores luteotróficos podem ter origem na unidade fetoplacentária e/ou na hipófise >> Os dois fatores luteotróficos mais prováveis na gata são a relaxina e a prolactina * são encontrados relatos de ovulação sem acasalamento na literatura veterinária. Piometra e mucometra não são incomuns em gatas virgens inteiras de meia-idade; a ovulação espontânea não apenas se verifica em gatas, mas ocorre com alguma frequência; *estudos indicam que a ovulação sem cópula talvez seja possível em resposta a diversas indicações táteis, visuais, auditivas ou olfatórias em gatas. Ovulação espontânea não identificada e subsequente pseudociese são causas importantes de ciclos estrais infrequentes que devem ser descartadas em casos de infertilidade aparente; É mais apropriado considerar a gata como uma ovuladora induzida e espontânea, particularmente ao investigar casos de infertilidade ou de piometra em um gatil de reprodução; *Macho: -demonstram o comportamento de corte às fêmeas que se encontram em estro. -Devido aos feromônios e ao comportamento de estro desenvolvidos por elas, os machos felinos tendem a ser atraídos ao território em busca de reprodução e assim acabam por expressar padrões comportamentais sexuais - comum ocorrer borrifação de urina em diversos locais tanto para demarcação de território e demonstração de status sexual, quanto para desenvolver comportamentos de dominância contra outros machos por meio de rituais de intimidação (podendo ou não haver luta) com o intuito de ser o primeiro macho a acasalar com a fêmea em questão; -vocalização de forma bem característica, com frequências sonoras extremamente altas. - fêmeas podem aceitar o macho mais dominante ou decidir acasalar com aqueles já conhecidos por elas, assim como quando não preparadas para a cópula apresentarem comportamentos agressivos contra eles. -Apenas quando o macho dominante, ou quando o de sua preferência, se aproxima, ela começa a expor uma série de padrões comportamentais para o acasalamento; -se inicia com o macho tocando o nariz e cheirando o períneo da fêmea e atrás de 1 Lábio superior levantado, narinas mais abertas, olhos vidrados, boca semiaberta, respiração mais ofegante. Isso se chama Reflexo de Flehmen ; suas orelhas, nesse momento o comportamento de flehmen 1 pode ocorrer devido a presença de feromônios sexuais >> ferormônios da gata são captados pelo órgão vomeronasal do macho; -Interpretando os sinais emitidos pela fêmea, assim como a sua permissão, o macho aproxima-se dela e agarra com a boca uma prega de pele do dorso do pescoço da fêmea e monta, deslizando sobre ela, tentando se posicionar para a penetração. Então, ele inicia uma série de avanços pélvicos, A gata se agacha, repetindo os sinais comportamentais já descritos no ciclo estral da fêmea; e a ejaculação ocorre em 20 a 30 s -Realizada a ejaculação, o gato se retira e é nesse momento que, devido a presença de espículas penianas que causam lesão na parede vaginal da fêmea, vocalização de sons de dor e ela ovula; -sêmen é depositado na parte posterior da vagina. -A seguir, ele rapidamente pula fora para evitar ser agredido pela gata; - Após a cópula, ambos realizam o comportamento de higiene com a limpeza de todo o corpo, tem efeito calmante. Posteriormente, entre 10 a 60 minutos depois da primeira cópula, ambos podem retornar a acasalar e seguir com essas sequências comportamentais até a exaustão do macho, desenvolvendo várias cópulas ao longo do dia; felinos domésticos tendem a expressar comportamentos reprodutivos e acasalar mais em períodos noturnos devido aos seus instintos primitivos; -Após a castração, o comportamento de acasalamento quase sempre se encerra, porém pode persistir durante anos em alguns machos felinos adultos e experientes; -O comportamento pode ser montar em outros gatos ou filhotes, nas pernas do proprietário ou em objetos inanimados macios; É importante assegurar que o gato não seja criptorquídico Uma causa rara de comportamentos de acasalamento em machos felinos castrados consiste em tumor adrenal secretor de testosterona. O comportamento pode ser pelo fato de procurar atenção ou devido a um ambiente com poucos estímulos; Costumam ser úteis o enriquecimento ambiental adequado e a interação com o proprietário. O comportamento não deve ser retribuído, mesmoque inadvertidamente, com punições. A interrupção e a distração com outra atividade costumam ser mais eficazes. A marcação de território com urina também pode persistir após a castração, embora quase sempre sofra resolução em 80% ou mais dos gatos. reflexo de flehmen ➔ ANIMAIS POLICÍCLICOS NÃO ESTACIONAIS : as raças domésticas de suínos e bovinos; significa que porcas e vacas experimentam uma atividade cíclica recorrente durante o ano, interrompida somente com a prenhez, lactação e condições patológicas; ➔ ANIMAIS POLICÍCLICOS ESTACIONAIS: na égua, ovelha, cabra e a gata; a atividade cíclica deles é profundamente influenciada pela quantidade e duração da luminosidade do dia; A percepção das alterações dos períodos diários de luz é mediada pela glândula pineal que, através da síntese de melatonina e outros hormônios, influenciam a liberação de GnRH. A égua é um animal com reprodução em dias longos, o que significa que o período de mais alta atividade cíclica é entre a primavera e o outono na maioria dos indivíduos. Durante o inverno, as éguas normalmente entram em anestro. Do mesmo modo, a gata está em anestro no outono e inicia sua atividade cíclica com o aumento do período diário de luz ; Pequenos ruminantes, por sua vez, são animais com reprodução em dias curtos exibindo atividade cíclica durante o outono e início do inverno, seguido por um período de anestro; A cadela é monocíclica e apresenta longos períodos com um único estro. Normalmente, um ou dois (algumas vezes três) períodos estrais são observados por ano, separados por longos períodos de anestro, sem que uma sazonalidade óbvia seja identificada; ➔ MANUTENÇÃO HORMONAL DA PRENHEZ -A fonte de progesterona, o principal hormônio responsável pela manutenção da prenhez, varia entre as espécies. -Na vaca >> principal fonte é o corpo lúteo durante a primeira metade da gestação e a placenta entre aproximadamente os dias 120-150 até o dia 250. -Na égua >> vários corpos lúteos acessórios são formados durante o segundo mês de gestação e, juntamente com o corpo lúteo original ou “primário”, produzem progesterona até o final do terceiro mês. A partir desta data, a placenta assume essa produção até o parto. -Na ovelha >> os corpos lúteos são a maior fonte durante o primeiro terço da gestação, mas são substituídos pela placenta após isso. -Em porcas, cabras, cadelas e gatas >> os corpos lúteos são a maior fonte de progesterona durante toda a gestação. -A produção de progesterona pelo corpo lúteo na ausência da prenhez é mais pronunciada na gata e na cadela na qual, como explicado anteriormente, o útero não gestante não induz a luteólise mediada por prostaglandina. -A maioria das cadelas >> experimentam pseudo-prenhezes 2 com (exibindo) ou sem (não exibindo) sinais clínicos durante os períodos de metaestro e diestro; Outro hormônio da hipófise, a prolactina, é provavelmente responsável por este fenômeno. -Na gata >> o corpo lúteo também persiste por um período prolongado na ausência da prenhez. No entanto, durante a estação de atividade cíclica, a gata retorna ao estro. -Os mecanismos regulando a meia-vida do corpo lúteo na cadela e na gata não são conhecidos; 2 Pseudociese que é também conhecida como gestação psicológica, pseudoprenhez , falsa gestação, gestação psicológica ou lactação nervosa; Ciclo estral das cadelas -é uma espécie monoéstrica, não estacional, com proestro/estro que dura de duas a três semanas, apresentando ovulação espontânea , seguida de uma fase luteal que dura em torno de 65 dias quando gestante ou um pouco mais quando não gestante; A essa fase, segue-se um anestro obrigatório >> período de vários meses de quiescência (anestro) até o surgimento de novo ciclo; -O intervalo de um estro ao estro subsequente varia de 5 a 12 meses, porém mais comumente, dura de seis a sete meses. -A ovulação ocorre em resposta a uma elevação de 1 a 3 dias nos níveis séricos de hormônio luteinizante (LH) e uma elevação de 1 a 4 dias de hormônio folículo estimulante (FSH). -A ovulação ocorre cerca de 48 a 60 horas após o pico de LH; A maturação oocitária ocorre nas tubas uterinas cerca de 2 dias após a ovulação. -O aumento pré-ovulatório na produção de progesterona folicular é acompanhado por um aumento da progesterona periférica útil para estimar a ovulação; -Além do LH, cadelas também requerem prolactina para manutenção do corpo lúteo; - Não há nenhum mecanismo luteolítico no ciclo estral não gestacional e a histerectomia não tem nenhum efeito sobre a função do corpo lúteo 3 Passagem dos glóbulos sanguíneos, no caso as hemácias, para os tecidos através das paredes intactas dos capilares. 4 sede excessiva; 1. Proestro - dura em média 9 dias (3-21dias); pode ou não estar associado a uma descarga vaginal hemorrágica, causada pela diapedese eritrocitária 3 através do endométrio e ruptura capilar subepitelial; caracterizado por aumento progressivo do tamanho da vulva (hipertrofiada) e turgor; fase folicular; proliferação vaginal epitelial com consequente queratinização celular que leva ao aumento do número de células epiteliais em esfregaços vaginais (endométrio espessado); edema vulvar e secreção vaginal de feromônios que atraem os machos. O perfil do epitélio vaginal muda, sendo dominado progressivamente por pequenas células intermediárias, grandes intermediárias e células queratinizadas. À vaginoscopia, o aspecto da mucosa vai se modificando do róseo para o pálido e as pregas vaginais vão ficando gradativamente mais pronunciadas; O estradiol sérico aumenta de 5 a 15 pg/mL inicialmente, para atingir picos de 40 a 120 pg/mL; termina com o início de comportamento receptivo ocorrendo tipicamente 0,5 a 3 dias após o pico nos níveis de estradiol e dentro de um dia do pico pré-ovulatório de LH; onda de estrógeno dura de um a dois dias e precede o pico pré-ovulatório do LH; retornando progressivamente às concentrações basais (15 pg/ml) durante os próximos 5 a 20 dias; No início do proestro observa-se uma série de pequenas,porém potentes, ondas de LH, retornando à concentração basal em seguida, e elevando-se em amplitude e frequência ao final do período, até alcançar um pico em aproximadamente 48 horas antes da maioria das ovulações >> Esta onda pré-ovulatória de LH tem uma duração de 24 a 72 horas e é mais longa que a observada na maioria das outras espécies; aumento na atividade glandular e no crescimento dos ductos e túbulos da glândula mamária; alterações são causadas pelo aumento da concentração de estrógeno sem permitir a cópula; fêmeas podem mostrar-se irrequietas e desobedientes, com polidpsia 4 e poliúria compensatórias; 2. Estro - O início do estro (3-21 dias; média de 9 dias) é identificado pela receptividade da fêmea ao macho, permitindo o coito; cadela começa a exibir os sinais do estro, quando a concentração de estrógeno circulante começa a declinar e a progesterona sérica aumenta; Este fato deve-se à luteinização das células da granulosa dos folículos maduros, que passam a produzir progesterona levando ao aumento de sua concentração no sangue. Outro evento estimulado pela queda de estrógeno e elevação da progesterona é o feedback positivo sobre o hipotálamo e hipófise, resultando na secreção do FSH e também na onda pré-ovulatória de LH; Na maioria dos ciclos esta onda pré-ovulatória de LH ocorre um dia antes da transição do proestro para o estro; progesterona é produzida pelas células da granulosa nos folículos maduros que sofrem luteinização sob influência do LH antes do estro; a concentração de progesterona começa a aumentar um dia após o aparecimento do pico de estrógeno na fase folicular; As concentrações circulantes de progesterona são basais (<0,5 ng/ml) até 24 a 72 horas antes do final do proestro, quando eleva-se acima de 1,0 ng/ml. No momento da onda pré-ovulatória de LH a concentração de progesterona encontra-se em torno de 2 a 4 ng/ml; Esta elevação na concentração da progesterona (mínimo de 1,0 ng/ml) é considerada responsável pelo comportamento receptivo da fêmea ao macho; Na presença do macho a cadela dirige a região posterior em sua direção, abaixa o dorso e eleva a região pélvica, exibe a região perineal e ondula a cauda para um dos lados. A vulva ainda encontra-se edemaciada, mas o corrimento vaginal muda a coloração passando a transparente e incolor, ou amarelo palha; O endométrio encontra-se menos edemaciado; O estro continua até que a fêmea recuse o macho novamente. Porém, autores observaram que a recusa ao macho não serve como um prognóstico porque fêmea pode recusá-lo num dia e aceitar o coito no dia seguinte ; Um outro critério que definiria com mais precisão o final do estro está baseado na citologia vaginal; A ovulação, que é espontânea na cadela, ocorre 24 a 72 horas após a onda de LH entre o 2° ou 3° dia do estro, 24 a 48 horas após a aceitação do macho pela fêmea A cadela ovula ovócitos primários, e a primeira divisão meiótica se completa no oviduto dentro de três dias após a ovulação ( por isso que ela pode engravidar de mais de 1 macho, pq o quando cruza com um cão, seus espermatozóides não conseguem fecundar pq o ovócito não está maduro o suficiente, então esse ovócito primário permanece alguns dias ali para se maturar, aí depois que outros espermatozóides podem fecundar porque já está maduro ). Altos índices de fertilidade estão associados a coberturas ocorridas entre os dias zero a cinco após o pico de LH; Não há confirmação de gestação proveniente de coberturas ocorridas nove a dez dias após a onda de LH; 3. Metaestro/Diestro - Metaestro identificado pela citologia vaginal em que são encontrados os diferentes tipos celulares e uma grande quantidade de neutrófilos; Diestro 2–3 meses; média de 75 dias; é marcado pelo fim do período de cio, ou seja, a cadela não é mais receptiva ao macho; O edema vulvar diminu progressivamente até desaparecer; e apenas uma quantidade limitada de corrimento vaginal poderá estar presente; A cadela torna-se calma e a atração pelos machos logo decresce; dominado pela progesterona, que atinge um pico máximo de 15 ng a 60 ng/ml duas a três semanas após o início deste estádio, o qual persiste por uma a duas semanas, declinando gradualmente até atingir valores basais no final do período, enquanto os outros hormônios encontram-se essencialmente em concentrações basais; O útero responde ao aumento da concentração de progesterona mantendo a estrutura glandular e vascularização adequadas para a gestação. A duração do diestro, baseada na função lútea, é similar para cadelas não gestantes e gestantes; Os corpos lúteos (CL) da cadela gestante e não gestante são sensíveis aos efeitos luteolíticos da prostaglandina F2 α (PGF2 α), embora não tanto quanto o observado na maioria das outras espécies; Estudos sobre efeitos da histerectomia em cinco cadelas Foxhunter, demonstraram que o útero não influenciou na atividade lútea ovariana de cadelas não-gestantes e que não havia a presença de luteolisina uterina, o que também foi relatado em trabalho semelhante com cadelas Beagle ; Em pesquisa realizada com o objetivo de bloquear a produção de PGF2 α em ➔ PSEUDOGESTAÇÃO (Cadelas) -Devido a fisiologia do diestro ser semelhante em fêmeas gestantes e não gestantes, estas podem apresentar essa síndrome 5 ; 5 conjunto de sinais e sintomas observáveis em vários processos patológicos diferentes e sem causa específica. cadelas gestantes com a utilização de indometacina, observou-se prolongamento no período gestacional em 50% dos animais, havendo a necessidade de cesariana ao final do experimento. Os autores concluíram que a PGF2 α induz a luteólise na cadela gestante. Nas fêmeas não-gestantes, no entanto, especula-se que o funcionamento do CL estaria vinculado a um intervalo de tempo pré-determinado, ou ainda, que a regressão luteal seria mediada por mecanismos reguladores autócrinos e parácrinos desconhecidos; 4. Anestro - Basicamente não há diferenças clínicas aparentes entre um animal em diestro não gestante e um em anestro; 1–6 meses; média de 125 dias; caracteriza-se, em termos de comportamento, pela inatividade sexual. o útero encontra-seem processo de involução após os efeitos de uma gestação ou pseudogestação. A completa involução do útero ocorre aos 120 dias no ciclo sem gestação e aos 140 dias no ciclo com gestação, podendo explicar o longo período de intervalo interestral em cadelas normais; Durante anos o anestro foi considerado uma fase de repouso no ciclo reprodutivo da cadela, porém nem a hipófise nem os ovários encontram-se quiescentes neste período; Em estudo envolvendo os aspectos endocrinológicos do anestro em cadelas, fo observado que não há liberação ou circulação insuficiente de gonadotrofinas, e sim que a responsividade dos ovários às mesmas está baixa neste período. A prolactina é considerada responsável pela baixa responsividade ovariana às gonadotrofinas, bem como pela diminuição na liberação das mesmas em outras espécies, sugerindo que este hormônio tem um papel inibidor sobre o eixo hipotalâmico-hipofisárioovariano; Entretanto, em pesquisa sobre o efeito de um agonista da dopamina (metergolina) sobre a secreção de prolactina em cadelas, autores observaram que a indução do estro não foi iniciada pela supressão da secreção de prolactina mas, aparentemente, por outro efeito dopaminérgico; No início e meio do anestro as concentrações de estradiol e progesterona encontram-se basais, havendo elevação do estradiol no final do mesmo. A concentração de FSH encontra-se basal no início e meio do anestro, apresentando aumento no final deste período. O surgimento episódico de LH pode ser detectado durante o anestro, apresentando maior intensidade no final do mesmo; citologia vaginal mostra poucas células parabasais e número variável, porém modesto de neutrófilos. A mucosa vaginal apresenta-se fina e vermelha com capilares visíveis. O estradiol sérico é variável, mas geralmente em torno de 5-10 pg/mL. O LH basal é baixo (<1-2 ng/mL), apresentando oscilações e muitas vezes grandes pulsos (3-30 ng/mL) com intervalos de 7-18 horas ou mais. O FSH é alto (50-400 ng/mL). A concentração de progesterona mantém-se abaixo de 1 ng/mL; A transição do anestro para o proestro ocorre quando a concentração plasmática de FSH aumenta durante o anestro final, iniciando-se uma nova onda de crescimento folicular; -Os sinais clínicos mais comuns são desenvolvimento da glândula mamária, secreção uterina, construção de ninho, adoção de objetos inanimados, entre outras alterações comportamentais; geralmente começam a manifestar-se seis a oito semanas após o estro sendo considerada como a fase de declínio da progesterona, que parece estimular a síntese e secreção de prolactina, que é um hormônio luteotrófico liberado pela hipófise anterior e que atua no controle do desenvolvimento da glândula mamária, na estimulação da síntese de leite e no sistema nervoso central (SNC) para induzir o comportamento materno; Algumas cadelas devem ser mais sensíveis a estes eventos endócrinos, resultando no aparecimento da pseudogestação, e aquelas que desenvolvem pseudogestação tendem a apresentá-la nos ciclos subsequente; -Para o tratamento desta manifestação são utilizados inibidores de prolactina, progestágenos e andrógenos; ***Animais não menstruam!!!!!!!! ➔ FATORES QUE INFLUENCIAM O INTERVALO ENTRE ESTROS -periodicidade não pode ser utilizada na determinação do próximo estro na cadela; -pode ser atribuída à hereditariedade, diferenças entre raças, gestação e idade; -animais gestantes apresentam um intervalo interestral maior (32 semanas) que os não gestantes (29 semanas); -cadelas mais velhas apresentam tendência maior em aumentar o intervalo entre estros. Contudo, não parece haver diminuição na média de concepção como resultado deste aumento; -A maioria das cadelas mostra um leve, porém progressivo, aumento no intervalo interestral até 4 anos de idade, enquanto cadelas mais velhas apresentam ciclos estrais irregulares e um período de anestro longo; -Não há influência do porte físico do animal sobre o ciclo estral , embora autores citem que animais de raças de pequeno porte entram no cio a cada quatro meses, enquanto os de grande porte apresentam cio a cada oito meses; Essas observações foram confirmadas demonstrando-se que cadelas pesadas apresentavam intervalo interestral maior que cadelas leves, e que, uma vez estabelecidos os intervalos do proestro, estro e diestro no ciclo de uma raça, os mesmos mostram-se com variações insignificantes, enquanto o período de anestro sofre influência do porte físico do animal;
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