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RESENHA PROFESSORES REFLEXIVOS EM UMA ESCOLA REFLEXIVA 1.1 TÍTULO DA OBRA RESENHADA Professores reflexivos em uma escola reflexiva 1.2 REFERÊNCIA ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 4 ed. São Paulo: Editora Cortez, 2005. 1.3 CREDENCIAIS DO AUTOR Isabel Alarcão Doutora em Educação pela Universidade de Liverpool (Inglaterra) e professora catedrática na Universidade de Aveiro, onde também foi Vice-Reitora e Reitora. É conhecida pela sua conceptualização do papel da didática das disciplinas e da supervisão pedagógica nos cursos de formação de professores. Tem várias publicações, algumas delas no Brasil onde teve proferido conferências. 1.4 VOCABULÁRIO A autora utiliza uma linguagem técnica, com vários termos que necessitam de busca de significado e muitas palavras com acréscimo da letra “c” e “p”, como tradução da escrita em Portugal. Autóctones: aquele que é natural de uma dada região; aborígene, indígena, silvícola. Cariz: termo em espanhol que significa, em português, virada. Dejá vu: O termo é uma expressão da língua francesa que significa, literalmente, já visto. Empowerment: Empowerment, ou delegação de autoridade, é uma abordagem a projetos de trabalho que se baseia na delegação de poderes de decisão, autonomia e participação dos funcionários na administração das empresas Exígua: De pequena proporção, diminuto, escasso. Expectável: O adje(c)tivo expectável vem do «lat[im] expectabìlis,e por exspectabìlis,e "que é objeto de expectação"». Significa «que se pode aguardar ou esperar; provável». http://pt.wiktionary.org/wiki/abor%C3%ADgene http://pt.wiktionary.org/wiki/ind%C3%ADgena http://pt.wiktionary.org/wiki/silv%C3%ADcola http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_francesa http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto http://pt.wikipedia.org/wiki/Funcion%C3%A1rio http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa Holística: O holismo significa que o homem é um ser indivisível, que não pode ser entendido através de uma análise separada de suas diferentes partes. Info-exclusão: Um termo utilizado que se refere a uma exclusão na informática. Inquistado: termo em espanhol; sem encontrar significado. Literacia: O conceito de literacia inclui a literacia informática, a líteracia do consumidor, a literacia da informação e a literacia visual. Por outras palavras, os adultos letrados devem ser capazes de obter e perceber a informação em diferentes suportes. Além do mais, compreender é a chave. Literacia significa ser capaz de perceber bem ideias novas para as usar quando necessárias. Literacia significa saber como aprender". Miríade: Do grego muriás, ádos (dez mil, relativo a dez mil); quantidade indeterminada, porém considerada imensa; Multividências: o significado dependa da frase em que se encontra a palavra; não foi encontrado significado único. Puzzle: jogo de quebra-cabeça. Resiliente: Resiliência é um conceito oriundo da física, que se refere à propriedade de que são dotados alguns materiais, de acumular energia quando exigidos ou submetidos a estresse, voltando em seguida ao seu estado original, sem qualquer deformação - como um elástico ou uma vara de salto em altura, que se verga até um certo limite sem se quebrar e depois retorna com força, lançando o atleta para o alto. Ou seja, a capacidade de um material de absorver energia na forma de deformação elástica a partir de um esforço; Devolvê-la quando aliviado, sem ocorrer deformação plástica. No meio corporativo, o termo "Resiliência" significa a capacidade de uma empresa ou corporação de se adaptar às mudanças no ambiente em que estão inseridas, ou seja, como elas conseguem reformular os seus processos de negócio para atender a novas exigências do mercado. Tecnocracia: significa, literalmente, governo dos técnicos, que, pelo controle dos meios de produção, tendem a superar o poder político ao invés de apoiar suas atividades. 1.5 REFERÊNCIAS A FATOS HISTÓRICOS E A OUTROS AUTORES Os autores que deram sustentação teórica a este artigo foram: Benne (1964), Canário (1992), Carreira (2000), Clandinin; Connelly (1991), Clark (1988), Cochinaux; Woot (1995), Delors (1996), Edwards (2001), Gonçalves (2002), Kolb (1984), Longworth ; Davies (1996), Lyotard (1979), Macedo ( 1995), Mamede (2001), Nóvoa (2002), Perrenoud (2001,2002), Pimenta (2002), Raposo (2001), Roldão (2000), Sá- Chaves (1997, 2000), Schön (1983,1987), Senge (1994), Schulman (1986,1993), Tavares (1996,1997), Tom (1987), Vieira (1998) e Zabalza (1992). http://pt.wikipedia.org/wiki/Holismo http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia http://pt.wikipedia.org/wiki/Deforma%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Governo 1.6 SÍNTESE DA OBRA Professores reflexivos em uma escola reflexiva Alarcão, I. Este livro de Alarcão está dividido em quatro capítulos, nos quais aborda de forma intensa sobre a problemática dos alunos, professores e escola face à sociedade da informação; sobre a formação do professor reflexivo; dos contributos da supervisão pedagógica para a construção reflexiva do conhecimento profissional dos professores e de como gerir uma escola reflexiva. O livro Professores Reflexivos em Escola Reflexiva nasceu da experiência vivida por Isabel Alarcão em terras brasileiras. Nasceu de um processo investigativo a partir do qual a autora, consciente da realidade atual da educação, aponta caminhos para a formação e o desenvolvimento dos profissionais da educação. Alarcão define que vivemos a era da informação, que tem origem na globalização. A sociedade em que vivemos assiste a importantes transformações no desenvolvimento social e econômico. A informação, como meio de criação do conhecimento, assume importante tarefa na formação do cidadão, a quem se dirigem todos os esforços voltados para o seu bem estar social. Mas a sociedade avança à medida que o indivíduo tem possibilidade de acesso aos novos meios de informação e comunicação. Essa possibilidade de acesso deve ser igual para todas as pessoas. É bem verdade, entretanto, que desde os primórdios há sempre uma parcela da sociedade excluída dos bens e serviços que lhe garante subsistência. No caso dos meios de informação e comunicação, sem acesso a eles, ocorrerá o que se chama info-exclusão. Se por um lado as pessoas têm ao seu dispor uma enorme quantidade de riqueza informativa, por outro muitas delas não sabem ordenar esse tesouro em seu pensamento, pois não aprenderam a desenvolver o espírito crítico. Este faz pensar, questiona e, quando isso ocorre, transforma-se informação em conhecimento. Como se vê, não basta ter informação, é preciso avaliá-la e geri-la. São competências para as quais devem se desenvolver e utilizar instrumentos de gestão que garantam uma resposta eficaz à pedagogia. Para uma boa gestão, propõe que se aprofunde o conceito de competência e a relação entre competências e conhecimentos. Dadas as ferramentas necessárias para o alcance dos objetivos, é preciso saber trabalhar com elas. Dentre tanta informação e os meios que a tornam acessível, não será trabalho fácil classificá-las, de modo a que se saiba interpretá- las corretamente. A questão, a partir de então, aponta para a sociedade da aprendizagem, umbilicalmente ligada à sociedade da informação, dada a condição de que esta necessita daquela. É aí que deve haver uma reestruturação na relação professor- aluno-escola. Essa triangularização deve ser posta sob profunda análise. Reflexão é, então, o cerne por meio do qual a autora desenvolve o tema, que objetiva demonstrar que o professor, nos dias atuais, não é apenas aquele que passa o conhecimento, mas o que constrói conhecimento. O professor deve se conscientizarque, hoje, precisa se colocar entre o meio (a informação) e o fim (aluno). Não é um mero distribuidor de informações. Evidentemente que, ao colocar-se como mediador, o deve fazer utilizando-se de métodos adequados. O aluno deve sentir que não é apenas um receptor de informações. Alarcão enaltece uma pedagogia que aguça a curiosidade do intelecto, o raciocínio próprio, a capacidade de autoconhecimento, de gerir, enfim, a vida. O objetivo é compreender que o que se aprende por si mesmo é superior ao que se aprende apenas pelo que é transmitido. Isso é ser autônomo. É a pedagogia do aprender a aprender. Aborda a ciência pedagógica quando a narrativa trata do conhecimento do profissional docente, seus métodos e conteúdos disciplinares, não apenas na disciplina em que atua, mas no geral. Exige, também, o indispensável conhecimento do aluno. Crucial também é a necessidade de o professor conhecer-se a si mesmo em relação ao que se propõe a fazer. Acrescenta que há uma filiação profissional do docente na comunidade em que está integrado. Quando aborda o tema da formação do professor reflexivo, ela insiste em explicar como fazer para formar esses professores e posiciona que é necessário contextos que favoreçam o desenvolvimento da capacidade reflexiva e, nestes contextos formativos é preciso um triplo diálogo, ou seja, consigo próprio, com o outro e com a própria situação. Quanto aos formadores de professores, Alarcão fala das estratégias adotadas e enaltece a pesquisa-ação como metodologia que faz professores pensantes, reflexivos e com oportunidades de novas experiências. Nesta questão também escreve sobre outras estratégias para formar professores reflexivos, isto é: análise de casos, narrativas, portfólios, questionamentos, confronto de opiniões e abordagens, auto-observação, supervisão colaborativa e as perguntas pedagógicas. O domínio de todas estas dimensões não seria possível sem a supervisão pedagógica. Esta deve estar sempre presente, atuante, aberta ao diálogo, deve ser descobridora dos incríveis potenciais que um profissional sempre tem a mostrar. E sobre este assunto, a autora discute alguns trechos discursivos entre supervisor e estagiários que cumpriam estágio numa determinada escola. Alarcão divide com os leitores o que pensa sobre a formação do professor reflexivo, exemplifica como essa potencialidade tem sido satisfatória em seu país (Portugal), mas adverte que é necessário aprofundar-se sobre o tema e, em especial, que haja uma colaboração dos docentes, sob pena de virar modismo, sem conseqüência alguma. Nesse aspecto, imprescindível é a participação da escola, pois é ela que deve propiciar aos professores oportunidades de reflexões dirigidas ao modo como irá cumprir seu papel. Percebendo a importância e a necessidade do professor reflexivo, a autora dedica um capítulo da obra a demonstrar como a supervisão pode contribuir no processo de construção do conhecimento, em que o docente saiba fazer uma análise crítica da realidade e que seja gestor de aprendizagem. Para finalizar o livro, a autora faz uma conceitualização da escola reflexiva, um modelo de instituição que deve estar sempre se construindo, se perguntando, agindo em conjunto com todos os seus protagonistas, para atingir o nível ideal da sua sagrada missão de educar. Não se poderá atingir esse ideal, qual seja o de gerir uma escola reflexiva sem um projeto, um modelo que saiba atuar ante as inúmeras diferenças existentes nesse sistema. Alarcão aponta caminhos pelos quais se pode gerir uma escola reflexiva, esperando como resultado que ela seja autônoma, se auto defina e tenha uma identidade própria. 2 ELEMENTOS DE AVALIAÇÃO E PROPOSIÇÃO 2.1 ESTRUTURA LÓGICA DO TEXTO O texto parece claro com relação à discussão do tema, mas tem um vocabulário extenso, com palavras que tem a letra “c” e “p” intercaladas e a discussão de vários autores, mas apesar disso, a autora enfatiza com clareza sobre o tema que abordou na obra como um todo. 2.2 VALIDADE DO CONTEÚDO A autora demonstra uma realidade, onde fica evidenciada a necessidade do conhecimento da tecnologia da informação por professores e alunos, além do valor do trabalho e atuação do supervisor pedagógico e da formação reflexiva dos professores para atuarem numa escola em que todos reflitam no que fazem. 2.3 PARÁGRAFO CONCLUSIVO DOS AUTORES A autora conclui o livro apresentando alguns postulados para a gestão de uma escola reflexiva. 2.4 ANÁLISE CRÍTICA DETALHADA DAS RESENHISTAS Este é um tema contemporâneo, muito bem escrito e apresentado, apesar das palavras escritas de modo “esquisito”, de forma fácil de entender. Principalmente aos professores, deixa evidente a necessidade de se pensar e refletir sobre o que se faz na escola, para que se faz e como se faz. De que a informatização, o mundo tecnológico, precisa estar presente na vida dos professores, para que possam ensinar bem com estas tecnologias, pois só se ensina bem, quem sabe o que ensinar. Trata com clareza e com vários argumentos sobre a supervisão pedagógica e a importância de sua atuação na escola junto aos professores e de como os gestores precisam atuar para que a escola seja reflexiva. Um tema de suma importância que todos os professores e futuros professores possam ter uma compreensão da necessidade de algumas mudanças no sistema educacional, e principalmente na “resistência” por mudanças por parte dos que já atuam nesta profissão. 2.5 PROPOSIÇÕES O artigo tem por objetivo propor uma reflexão sobre o tema da tecnologia e o confronto de gerações, proporcionando ações consistentes no âmbito educacional, assim como o repensar da formação de professores e dos formadores de professores também, sobre a atuação do supervisor pedagógico e do gestor escolar. É de grande auxilio, principalmente, àqueles que atuam como professores para que busquem a reflexão de suas ações no cotidiano de sala de aula. O público alvo para este texto são educadores, alunos de curso de graduação e pós- graduação e estudiosos a fim, onde principalmente os pedagogos devam conhecer para compreenderem a utilidade das novas tecnologias, que entendam e aceitem a atuação do supervisor pedagógico como ponto de apoio e da necessidade de formação continuada para compreender o que é ser professor reflexivo numa escola reflexiva.