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Enfermagem em Semiologia e Semiotécnica

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PROCESSO DE ENFERMAGEM 
⎯ AVALIAÇÃO 
Como situação de saúde e a capacidade funcional da pessoa são 
compradas aos resultados esperados? 
• Investigação- coleta e exame de dados do cliente vivendo 
o processo saúde-doença; 
• Diagnóstico- identificação de problemas reais e/ou 
potenciais. 
• Planejamento- prioridade imediatas; resultados 
esperados; plano de cuidados. 
• Implementação- colocação do plano em ação (ação-
reflexão). 
• A avaliação é sempre durante e no final do processo. 
INVESTIGAÇÃO 
ENTREVISTA 
• A entrevista é fundamental para que possamos realizar um 
bom levantamento de dados. 
• Estabelecer efetivo contato. 
• Exige habilidades e que aja compreensão. 
• Efetivo instrumento da pratica profissional. 
• Caracteriza-se por ser parte da avaliação no sentindo do 
levantamento de dos pertinentes ao estado do cliente 
(atentar para as diferentes dimensões), permitindo a 
identificação de problemas reais e/ou potenciais. 
• Não pode ser uma simples coleta de dados. 
• O entrevistado deve falar mais que o entrevistador, para 
que o ultimo possa conhecer um pouco o mundo do 
entrevistado. 
• A entrevista é um diálogo com o cliente, não simplesmente 
uma sessão de perguntas e respostas. Trata-se de um 
importante instrumente de investigação. 
• Para realizar uma boa entrevista deve-se atentar para 
sempre compreender, ter ética, respeito, ser verdadeiro e 
saber ouvir. E nunca demostrar autoridade, impaciência, 
intolerância, juízo de valor (sua visão de mundo, sua 
cultura, seus valores) e nunca ser preconceito. 
 
HABILIDADE DE RELACIONAMENTO 
INTERPESSOAL 
• Comunicação verbal: expressa em palavras. 
• Comunicação não-verbal: envolve todas as manifestações 
de comportamento que não são expressas por palavras: 
gestos, postura, tom de voz, olhar, choro, sorriso, dentre 
outros. 
COMUNICAÇÃO VERBAL 
• Questões abertas – estimulam a descrição/ relato do 
paciente/ cliente sobre um determinado tema. Ex. “Fale-
me sobre como é o lugar onde você mora?” 
• Perguntas fechadas – evitam respostas longas, permitindo 
a focalização de certos aspectos. Ex. “Na sua casa existe 
água encanada?”. 
• Questões complementares - esclarecer e aprofundar 
informações. Ex. Após dizer “Quando sinto dor, eu vou 
dormir” pergunta-se, por exemplo “O que acontece com a 
dor neste caso?”. 
• Atenção para que perguntas tendenciosas não sejam 
empregadas, por exemplo: “Na sua casa tem água encanada 
ou não tem?”. 
DESAFIO 
• Tomar cuidado com ruido, nível educacional, língua, 
hábitos de audição, preocupação mental e emocional, 
orientação, preconceitos e diferenças culturais. 
• Há desafios em traçar caminhos para melhor atender ao 
cliente, mas são desafios que devem ser solucionados e 
estratégias devem ser impostas. 
Enfermagem em Semiologia e 
Semiotécnica 
 
FASES DA ENTREVISTA 
• Introdução a entrevista; 
• Corpo da entrevista; 
• Fechamento da entrevista. 
INTRODUÇÃO A ENTREVISTA 
• O acadêmico recepciona o cliente, apresenta-se e explica a 
razão da entrevista. Deve-se chamar o cliente pelo primeiro 
nome antecedido de Senhor/ Senhora. 
CORPO DA ENTREVISTA 
• É a entrevista propriamente dita; 
• Nesta fase, o cliente é encorajado e estimulado a expressa 
a impressão que possui sobre seu estado de saúde, 
contando detalhes do seu corpo, dos seus hábitos, possíveis 
queixas e sentimentos ou sofrimentos, que possa estar 
sentindo; inclui a queixa principal do paciente/ cliente; 
busca pela visão global do cliente; ampliar a quantidade e a 
qualidade dos dados; informações sobre hábitos e 
costumes; 
• Nesta fase, pode-se utilizar um instrumento, sendo 
explicado para o cliente o motivo das anotações. 
FECHAMENTO DA ENTREVISTA 
• Nesta fase, deve-se avisar o cliente que a entrevista está 
chegando ao final, dando-lhe a oportunidade de expressar 
algo que ainda não tenha sido abordado e que ele julgue 
relevante. 
• O acadêmico deve colocar-se a disposição para esclarecer 
duvidas e despedir-se do cliente. 
FATORES QUE INTERFEREM 
• Habilidade teórica e habilidade técnica; 
• Referencial teórico-filosófico; 
• Habilidade de relacionamento interpessoal; 
• Ambiente interno; 
• Ambiente externo. 
FORMAS DE COMUNICAÇÃO 
• Verbal – falada, escrita. 
• Não-verbal – cinésia, toque, territorialidade/ proxêmica. 
• Paraverbal - tom, ritmo, períodos de silencio, entonação. 
 
DICAS 
⎯ ANTES: 
• Organiza-se; 
• Não confie na memória; 
• Planeje tempo suficiente; 
• Assegure privacidade; 
• Concentre-se. 
⎯ AO INICIAR: 
• Diga seu nome e sua categoria funcional; 
• Pergunte o nome do cliente e como gostaria de ser 
chamado; 
• Explique com brevidade o seu propósito. 
⎯ DURANTE A ENTREVISTA: 
• Dê atenção a pessoa; 
• Não tenha pressa; 
• Sente-se. 
⎯ COMO OUVIR: 
• Seja empático; 
• Permita que a pessoa conclua as suas frases; 
• Seja paciente; 
• Evite o impulso de interromper; 
• Permita pausas na conversa. 
⎯ COMO PERGUNTAR: 
• Faça uso de enunciados exploratórios; 
• Use técnicas de comunicação; 
• Evite perguntas fechadas; 
• Gradativamente, focalize as suas perguntas de modo a 
obter informações especificas sobre sinais e sintomas. 
⎯ COMO OBSERVAR: 
• Use os sentidos; 
• Observe do geral para o especifico; 
• Observe a linguagem corporal. 
⎯ COMO CONCLUIR: 
• Solicite a pessoa um resumo de suas preocupações 
principais; 
• Pergunte se existem preocupações que não tenham 
sido discutidas; 
• Explique a rotina dos cuidados; 
• Conclua com alguma observação positiva. 
PANORÂMICO E 
ESPECÍFICO 
ANATOMIA HUMANA E EXAME FÍSICO 
• Saber conceitos básicos de anatomia e posição anatômica. 
• Mencionar a posição do cliente. 
• Planos mais utilizados: planos anterior e posterior. 
 
REGRAS GERAIS 
• A entrevista deve acontecer antes. 
• Sentido cefalopodálico, ou seja, da cabeça para os pés. 
• Garantir a informação e o consentimento antes da 
realização do exame físico. 
• A avaliação deve ser em local bem iluminado, limpo, 
tranquilo e aquecido. Com o mínimo de pessoas 
circundantes, dentre outros. 
• Expor somente a região a ser examinada. 
• Sistematizar os processos. 
• Em casos emergenciais, é preciso que o exame físico seja 
direcionado. 
• O exame físico segue quatro métodos clássicos: inspeção, 
palpação, percussão e ausculta. 
• É preciso que haja aplicação de materiais adequados para 
a realização do exame físico. 
 
INSPEÇÃO 
• É a observação detalhada da superfície corpórea. 
• Avalia aspectos que se comunicam com o meio externo. 
• Deve ser tanto panorâmica quanto localizada, 
investigando as partes mais acessíveis das cavidades em 
contato com o exterior. 
• É um continumm, durante a palpação, a percussão e a 
ausculta, deve-se continuar inspecionando o cliente. 
PALPAÇÃO 
• Etapa na qual utiliza-se o tato. 
• O principal objetivo é identificar a temperatura, a 
umidade, as formas, as posições das estruturas e os locais 
sensíveis a dor. 
• É importante estar com as mãos higienizada, aquecê-las 
esfregando-as uma contra outra e ter as unhas cortadas e 
tratadas, em um tamanho que não machuque o cliente. 
PERCUSSÃO 
• Consiste na realização de golpes em determinadas áreas 
do organismo. 
• Permitem avaliar intensidade, vibração e timbre dos sons 
gerados. 
AUSCULTA 
• Ouvir os sons produzidos pelo organismo que possuem 
amplitudes capazes de gerar vibração entre a sua origem a 
superfície. 
• Os sons podem ser captados de maneira direta ou 
indireta. 
TÁCNICAS DA PALPAÇÃO 
PALPAÇÃO COM A MÃO ESPALMADA 
 
PALPAÇÃO COM UMA DAS MÃOS 
SOBREPONDO-SE À OUTRA 
 
POLPAS DIGITAIS 
 
 
 
PINÇA 
 
TEMPERATURA 
• Palpação com o dorso dos dedos e das mãos. 
 
DIGITO-PRESSÃO 
• Realizada com a polpa do polegar ou do indicador. 
• Consiste na compressão de uma área com o objetivo de 
pesquisar dor, detectar edema e/ou avaliar circulação 
cutânea. 
 
PUNTIPRESSÃO 
• Utiliza-se um objeto pontiagudo, não cortante,em um 
ponto do corpo, para avaliar sensibilidade dolorosa. 
 
FRICÇÃO COM ALGODÃO 
• Com uma mecha, roçar de leve a pele, procurando 
verificar a sensibilidade tátil. 
 
PERCUSSÃO DIRETA 
• É realizada golpeando-se com as pontas dos dedos a 
região alvo. 
• Os dedos devem estar fletidos, imitando a forma de um 
martelo. 
• Os movimentos de golpear são feitos pela articulação do 
punho. 
 
PERCUSSÃO DIGITO-DIGITAL 
• É realizada golpeando-se com um dedo a borda ungueal 
ou a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio 
ou indicador da outra mão que se encontra espalmada e 
apoiada na região de interesse. 
• O cotovelo deve permanecer fixo, fletido em um ângulo 
de 90º e com o braço em semiabdução. 
• O golpe deve ser dado com a borda ungueal, não com a 
polpa. 
• A técnica de percussão digito-digital é a mais consagrada 
da prática clínica. Os sons nela encontrados são: 
- Maciço: obtém-se percutindo regiões desprovidas de ar (osso, 
fígado). Esse som transmite a sensação de dureza e resistência. 
- Submaciço: variação do maciço; é a presença de ar em 
pequena quantidade que lhe confere essa característica 
peculiar. 
- Timpânico: obtido em regiões que contêm ar, recobertas por 
membrana flexível, como o estômago. A sensação obtida é a 
de elasticidade. 
 
• Não é possível percutir com a unha longa. 
• Realizar dois golpes seguidos para confirmar o som. 
• Em órgãos simétricos, como os pulmões, fazer percussão 
comparada. 
• Adotar uma posição correta e confortável para o exame, 
de acordo com a região percutida. 
PUNHO-PERCUSSÃO/PERCUSSÃO COM A 
BORDA DA MÃO E PERCUSSÃO POR 
PAPIROTE 
• O punho-percussão e a percussão com a borda da mão 
são utilizados com o objetivo de verificar sensação 
dolorosa nos rins. Os golpes são dados na área de 
projeção desse órgão nas regiões lombares. 
• No punho-percussão, a mão deve ser mantida fechada; 
golpeia-se a área com a borda cubital. 
• Na percussão com a borda da mão, os dedos ficam 
estendidos e unidos; golpeia-se a região desejada com a 
borda ulnar. 
• A percussão por papirote é utilizada para pesquisar ascite: 
com uma das mãos, o examinador golpeia o abdome com 
papirotes, enquanto a outra mão, espalmada na região 
contralateral, capta ondas líquidas que se chocam com a 
parede abdominal. 
PUNHO-PRESSÃO 
 
BORDA DA MÃO 
 
PAPIROTE 
 
AUSCULTA 
AUSCULTA INDIRETA 
• Os sons são captados por meio de instrumentos como o 
estetoscópio, dentre outros. 
 
MATERIAIS APLICADOS NO EXAME 
FÍSICO 
• Luvas de procedimento; 
• Esfigmomanômetro; 
• Fita métrica; 
• Relógio; 
• Estetoscópio; 
• Termômetro; 
• Lanterna clínica; 
• Dentre outros. 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 
 
 
 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COM SOLUÇÕES 
 
POSIÇÕES 
PACIENTE EM DECÚBITO DORSAL 
• Os braços repousam sobre a mesa de exame em mínima 
abdução. 
 
DECÚBITO LATERAL DIREITO 
COM UM DOS BRAÇOS REPOUSANDO SOBRE 
O SEU CORPO E COM O OUTRO EM ABDUÇÃO 
• As pernas são levemente fletidas, para maior comodidade 
do paciente. 
 
COM AMBOS OS BRAÇOS EM ABDUÇÃO 
• Permite a visualização da face lateral do tórax. 
 
PACIENTE EM DECÚBITO VENTRAL 
• Os braços e o rosto estão sobre o travesseiro. 
 
PACIENTE EM POSIÇÃO SENTADA 
• As mãos repousam sobre as coxas. Nesse caso, o paciente 
está sentado na beira do leito. 
 
PACIENTE EM POSIÇÃO ORTOSTÁTICA 
• Os pés encontram-se moderadamente afastados um do 
outro, os membros superiores caem naturalmente junto 
ao corpo. 
 
POSICIONAMENTO DO CLIENTE 
• Depende da manobra que será realizada. 
• O cliente deve ficar exposto para o exame durante o 
menor tempo possível. 
• Não causar constrangimento ao cliente. 
• Adoção em SC3 da posição sentada. 
• Outras posições poderão vir a ser adotadas no futuro em 
outras disciplinas. 
• Respeito aos clientes em todas as suas dimensões. 
 
AVALIAÇÃO DO TIPO MORFOLÓGICO 
• Avaliar as especificidades de cada cliente, altura e outras 
características. 
• Avaliar a localização dos órgãos internos. 
• 
 
 
SINAIS VITAIS 
• Essencial para a realização do exame físico; 
• Mais comumente aferidos: temperatura, frequência 
respiratória, frequência cardíaca e pressão arterial. 
TEMPERATURA 
FATORES QUE INFLUENCIAM 
• Idade, exercícios, fatores emocionais, hormonais e 
nutricionais. 
 
• É preciso ter como base referência para análise dos 
resultados. 
• Usar o termômetro digital. 
• Antes e após o uso aplicar o álcool a 70%. 
PADRÕES DE FEBRE 
• Febre contínua: aumento da temperatura corpórea e que 
permanece elevada. 
• Febre intermitente: variação entre febre e temperatura 
normal durante dias. 
• Febre remitente: oscilações de temperatura maiores que 
2ºC, sem retorno para os níveis de normalidade. 
• Febre recorrente: aumento de temperatura com alguns 
episódios de normotermia. 
 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
• O ar penetra através das vias aéreas, pois ocorre 
diminuição da pressão em seu interior. 
• Esse processo é chamado de inspiração e requer gasto de 
energia. 
• Quando a parede torácica e o diafragma retornam à sua 
posição inicial, tem-se a fase expiratória, que é um 
processo passivo e, portanto, sem gasto de energia. 
• O tempo expiratório ocorre no dobro do tempo 
inspiratório, o que mantém uma relação normal de 1:2. 
• Em repouso, circulam em torno de cinco litros de sangue 
por minuto. 
 
TIPOS DE PADRÃO VENTILATÓRIO 
 
BRADIPNEIA 
Frequência ventilatória menor que os limites de normalidade. 
TAQUIPNEIA 
Frequência ventilatória maior que os limites de normalidade. 
CHEYNE-STOKES 
Padrão respiratório por meio do qual de observa que o ciclo 
ventilatório é realizado cada vez mais profundamente, até 
atingir amplitude máxima. 
KUSSMAUL 
Padrão respiratório profundo e rápido. 
BIOT 
Ciclos ventilatórios irregulares com apneia por curtos 
períodos. 
FREQUÊNCIA CARDÍACA 
• O sangue circula dentro do sistema cardiovascular por 
meio de seu bombeamento realizado pelo coração, que 
funciona como uma bomba pulsátil. 
• A cada contração do ventrículo esquerdo são ejetados 
aproximadamente 60 a 70 ml de sangue para a artéria 
aorta. 
• Essa ejeção distende as paredes da aorta, criando uma 
onda de pulsação denominada pulso. 
• Quando essa onda alcança uma artéria localizada 
perifericamente, esta pode ser palpada por meio da sua 
compreensão sobre uma área óssea. 
LOCALIZAÇÕES 
 
PRESSÃO ARTERIAL 
• O fluxo de sangue do sistema circulatório é mantido pelo 
bombeamento daquele pelo coração, sob determinada 
pressão. 
• Essa pressão é a força realizada pelo sangue contra a 
parede de um vaso, gerada pelo débito cardíaco e pela 
resistência periférica dos vasos sanguíneos. 
• A unidade-padrão utilizada para a verificação da pressão 
arterial (PA) é o milímetro de mercúrio, representado por 
mmHg. 
• A pressão sofre variações de acordo com a idade e a 
posição que o indivíduo assume, com o seu estado 
emocional e possível alterações da homeostasia. 
• Pressão sistólica: A pressão máxima exercida quando o 
ventrículo esquerdo se apresenta em sístole (contração), 
ejetando sangue para a aorta. 
• Pressão diastólica: há queda de pressão pois ocorre o 
relaxamento do ventrículo, que reflete a pressão mínima 
na parede das artérias. 
 
 
REFERÊNCIAS E BASES CIENTÍFICAS 
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 
 
ESCALA DE FACES WONG-BAKER 
• Com figuras: preferidas pelas crianças. 
• Escala analógica aplicada mais aos adolescentes e adultos 
• Aproximação da subjetividade a uma linguagem mais 
objetiva. 
 
PESO/IMC

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