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Instrumentação Adama Introdução a Instrumentação INSTRUMENTAÇÃO É a ciência que aplica e desenvolve técnicas para adequação de instrumentos de medição, transmissão, indicação, registro e controle de variáveis físicas em equipamentos nos processos industriais. Introdução a Instrumentação Nas indústrias de processos tais como siderúrgica, petroquímica, alimentícia, papel, etc.; a instrumentação é responsável pelo rendimento máximo de um processo, fazendo com que toda energia cedida, seja transformada em trabalho na elaboração do produto desejado. As principais grandezas (variáveis) que traduzem a eficiência de um processo são: PRESSÃO, NÍVEL, VAZÃO, TEMPERATURA, porém outras variáveis também podem ser controladas, como: tempo, pH, densidade, umidade, peso e etc. Processo Sequência de operações em um conjunto de máquinas e/ou equipamentos necessários para a manufatura de um produto. Variável São condições ou situações que ocorrem durante um processo produtivo, que podem ou não interferir no processo ou no produto, alterando a qualidade, a produtividade ou deixando o processo inseguro. Definições em Instrumentação e Controle Variável Controlada É a grandeza que desejamos manter dentro de certos parâmetros ou valores pré- determinados. Variável Manipulada É a grandeza que efetivamente manuseamos a fim de manter a variável controlada, dentro dos valores desejados. Definições em Instrumentação e Controle Introdução a Instrumentação Aplicações - Finalidades • Controle (Estabilização) dos Processos • Otimização (Econômica) dos Processos • Melhoria da Qualidade dos Produtos • Segurança das Pessoas • Segurança das Instalações • Proteção ao Meio Ambiente • Sequenciamento (registro) de Eventos • Automação Integrada da Produção Controle de Processos - Automação NECESSIDADE DO CONTROLE AUTOMÁTICO 1- Porque o homem não é mais capaz de manter o controle a contento. 2-Para elevação da Produtividade. a. produção elevada do sistema b. ritmo acelerado de produção c. precisão requerida na produção d. confiabilidade e. aumento do nível de perigo a. redução de mão-de- obra b. aumento da eficiência operacional das instalações. c. redução de custo operacional do equipamento CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES BÁSICAS DE CONTROLE AUTOMÁTICO O controle Automático tem como finalidade a manutenção de uma certa variável ou condição num certo valor (fixo ou variante). Este valor que pretendemos é o valor desejado. Controladores Controle Local Controle de Processos - Automação Painel de Controle Controle de Processos - Automação Centro Integrado de Controle Controle de Processos - Automação Os instrumentos de controle empregados na indústria de processos tais como, química, siderúrgica, papel, etc. tem sua própria terminologia. Os termos utilizados definem as características próprias de medida e controle dos diversos instrumentos utilizados: indicadores, registradores, controladores, transmissores e válvulas de controle. A terminologia empregada é unificada entre os fabricantes e os usuários e os organismos que intervém diretamente ou indiretamente no campo da instrumentação industrial. Introdução a Instrumentação Definições em controle Classificação de Instrumentos Podemos classificar os instrumentos e dispositivos utilizados em instrumentação de acordo com a função que o mesmo desempenha no processo, o sinal transmitido ou suprimento e o tipo de sinal. Classificação por função: • Detectores • Indicadores • Registradores • Transmissores • Transdutores • Controladores • Elementos Finais de Controle Detectores São dispositivos sensores com os quais conseguimos detectar alterações na variável do processo. Podem ser ou não parte do transmissor e em alguns casos estão juntos também com os indicadores. Classificação de Instrumentos Indicadores Instrumentos que dispõem de um ponteiro e de uma escala graduada na qual podemos ler o valor da variável (analógico). Existem também indicadores digitais que indicam a variável em forma numérica com dígitos ou barras gráficas. Classificação de Instrumentos Registradores Instrumentos que registram a(s) variável(s) através de um traço contínuo ou pontos em um gráfico. Classificação de Instrumentos Transmissores Instrumentos que determinam o valor de uma variável no processo através de um elemento primário, tendo o mesmo sinal de saída (pneumático ou eletrônico) cujo valor varia apenas em função da variável do processo. Classificação de Instrumentos Transdutor Instrumento que recebe informações na forma de uma ou mais quantidades físicas, modifica caso necessário as informações e fornece um sinal de saída resultante. Classificação de Instrumentos Controlador Instrumento que compara a variável controlada com um valor desejado e fornece um sinal de saída a fim de manter a variável controlada em um valor específico ou entre valores determinados. Classificação de Instrumentos Elemento Final de Controle Instrumento que modifica diretamente o valor da variável manipulada de uma malha de controle. Classificação de Instrumentos Malha de controle Os instrumentos podem estar interligados entre si para realizar uma determinada tarefa nos processos industriais. A associação desses instrumentos chama-se malha e em uma malha cada instrumento executa uma função. Introdução a Instrumentação Unidade de medidaProcesso Indicação Introdução a Instrumentação Malha Aberta Elemento final de controle Unidade de medidaProcesso Unidade de controle Introdução a Instrumentação Malha Fechada Introdução a Instrumentação Malha Fechada Introdução a Instrumentação Malha Fechada Conjunto de valores da variável medida que estão compreendidos dentro do limite superior e inferior da capacidade de medida ou de transmissão do instrumento. Determina os valores extremos da medição. Introdução a Instrumentação Faixa de Medição (Range) É a diferença algébrica entre o valor superior e inferior da faixa de medição do instrumento. Introdução a Instrumentação Alcance (Span) É a diferença entre o valor lido ou transmitido pelo instrumento em relação ao valor real da variável medida. Se tivermos o processo em regime permanente chamaremos de erro estático que poderá ser positivo ou negativo dependente da indicação do instrumento o qual poderá estar indicando a mais ou menos. Quando tivermos a variável alterando seu valor ao longo do tempo teremos um atraso na transferência de energia do meio para o medidor. O valor medido estará geralmente atrasado em relação ao valor real da variável. Esta diferença entre o valor real e o valor medido é chamado de erro dinâmico. Introdução a Instrumentação Erro Exemplo de erro de medição 1014 g 0 g1014 g 1 (1000,00 ± 0,01) g E = I - VVC E = 1014 - 1000 E = + 14 g Indica a mais do que deveria! Valor verdadeiro convencional Introdução a Instrumentação Grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas, de uma mesma variável de processo, efetuadas sob as mesmas condições de medição. Introdução a Instrumentação Repetitividade Podemos definir como sendo a aptidão de um instrumento de medição para dar respostas próximas a um valor verdadeiro. A exatidão pode ser descrita de três maneiras: � Percentual do Fundo de Escala ( % do F.E. ) � Percentual do Span ( % do Span ) � Percentual do Valor Lido ( % do V.L. ) Introdução a Instrumentação Exatidão (Acurácia) Exatidão É a relação entre o valor máximo e o valor mínimo lidos com a mesma exatidão na escala de um instrumento . Introdução a Instrumentação Rangeabilidade (Largura da Faixa) É a máxima variação que a variável pode ter sem que provoque alteração na indicação ou sinal de saída de um instrumento. Introdução a Instrumentação Zona Morta É a mínima variação que a variável pode ter, provocando alteração na indicaçãoou sinal de saída de um instrumento. Introdução a Instrumentação Sensibilidade É o erro máximo apresentado por um instrumento para um mesmo valor em qualquer ponto da faixa de trabalho, quando a variável percorre toda a escala nos sentidos ascendente e descendente. Expressa-se em percentagem do span do instrumento. Deve-se destacar que a expressão zona morta está incluída na histerese. Introdução a Instrumentação Histerese Identificação As normas de instrumentação estabelecem símbolos, gráficos e codificação para identificação alfanumérica de instrumentos ou funções programadas que deverão ser utilizadas nos diagramas e malhas de controle de projetos de instrumentação. De acordo com a norma ISA-S5, cada instrumento ou função programada será identificado por um conjunto de letras que o classifica funcionalmente e um conjunto de algarismos que indica a malha à qual o instrumento ou função programada pertence. Onde: P - Variável medida - Pressão R - Função passiva ou de informação - Registrador C - Função ativa ou de saída - Controlador 001 - Área de atividade, onde o instrumento atua 02 - Número sequencial da malha A - Sufixo P RC 001 02 A Variável Função Área da Atividade N0 Sequencial da Malha S U F Identificação Funcional Identificação da Malha I X O Identificação do Instrumento Significado das Letras de Identificação: Identificação Simbologia Simbologia Geral Simbologia Exemplo Simbologia de Válvulas Simbologia Geral Simbologia Geral Exemplo: Controle automático de nível com malha fechada Fluxograma de Processo e Instrumentação Chamamos de telemetria a técnica de transportar medições obtidas no processo a distância, em função de um instrumento transmissor. A transmissão a distância dos valores medidos está tão intimamente relacionada com os processos contínuos, que a necessidade e as vantagens da aplicação da telemetria e do processamento contínuo se entrelaçam. Um dos fatores que se destacam na utilização da telemetria é a possibilidade de centralizar instrumentos e controles de um determinado processo em painéis de controle ou em uma sala de controle. Telemetria Sinais de Instrumentação Sinais de instrumentação são utilizados para padronização de sinais de comunicação entre instrumentos utilizados para medição, transmissão e controle de uma determinada variável de processo. Estes sinais podem ser: Tipo Pneumático Tipo Hidráulico Tipo Elétrico Tipo Digital Via Rádio Via Modem Sinais Pneumáticos Nesse tipo é utilizado um gás comprimido, cuja pressão é alterada conforme o valor que se deseja representar. Padrão: Em geral, os transmissores pneumáticos geram um sinal pneumático variável, linear, de 3 a 15 psi (libras força por polegada ao quadrado) para uma faixa de medidas de 0 a 100% da variável. Sinais de Instrumentação Sinais Pneumáticos Note-se que o valor mínimo do sinal pneumático não é zero, e sim 3psi (0,2kgf/cm2). Deste modo, conseguimos calibrar corretamente o instrumento, comprovando sua correta calibração e detectando vazamentos de ar nas linhas de transmissão. Sinais de Instrumentação A grande e única vantagem em se utilizar os instrumentos pneumáticos está no fato de se poder opera-los com segurança em áreas onde existe risco de explosão (centrais de gás, por exemplo). Sinais Pneumáticos Vantagem a) Necessita de tubulação de ar comprimido (ou outro gás) para seu suprimento e funcionamento. b) Necessita de equipamentos auxiliares tais como compressor, filtro, desumidificador, etc ..., para fornecer aos instrumentos ar seco, e sem partículas sólidas. c) Devido ao atraso que ocorre na transmissão do sinal, este não pode ser enviado à longa distância, sem uso de reforçadores. Normalmente a transmissão é limitada a aproximadamente 100m. d) Vazamentos ao longo da linha de transmissão ou mesmo nos instrumentos são difíceis de serem detectados. e) Não permite conexão direta aos computadores. Sinais Pneumáticos Desvantagens Sinal Hidráulico Similar ao tipo pneumático e com desvantagens equivalentes, o tipo hidráulico utiliza-se da variação de pressão exercida em óleos hidráulicos para transmissão de sinal. É especialmente utilizado em aplicações onde torque elevado é necessário ou quando o processo envolve pressões elevadas. Sinais de Instrumentação a) Podem gerar grandes forças e assim acionar equipamentos de grande peso e dimensão. b) Resposta rápida. Vantagens Sinal Hidráulico a) Necessita de tubulações de óleo para transmissão e suprimento. b) Necessita de inspeção periódica do nível de óleo bem como sua troca. c) Necessita de equipamentos auxiliares, tais como reservatório, filtros, bombas, etc... Desvantagens Sinal Hidráulico Sinais Elétricos São sinais compostos pela variação proporcional da corrente/tensão conforme a variável de processo medida. Os transmissores eletrônicos geram vários tipos de sinais em painéis, sendo os mais utilizados: 4 a 20 mA, 10 a 50 mA e 1 a 5 V. Temos estas discrepâncias nos sinais de saída entre diferentes fabricantes, porque tais instrumentos estão preparados para uma fácil mudança do seu sinal de saída. Sinais de Instrumentação Face a tecnologia disponível no mercado em relação a fabricação de instrumentos eletrônicos microprocessados, hoje, é esse tipo de transmissão amplamente usado em todas as indústrias, onde não ocorre risco de explosão. Assim como na transmissão pneumática, o sinal é linearmente modulado em uma faixa padronizada representando o conjunto de valores entre o limite mínimo e máximo de uma variável de um processo qualquer. Sinais de Instrumentação Sinais Elétricos Sinais Elétricos A relação de 4 a 20 mA, 1 a 5 V está na mesma relação de um sinal de 3 a 15 psi de um sinal pneumático. O “zero vivo” utilizado, quando adotamos o valor mínimo de 4 mA, oferece a vantagem também de podermos detectar uma avaria (rompimento dos fios), que provoca a queda do sinal, quando ele está em seu valor mínimo. Sinais de Instrumentação a) Permite transmissão para longas distâncias sem perdas. b) A alimentação pode ser feita pelos próprios fios que conduzem o sinal de transmissão. c) Necessita de poucos equipamentos auxiliares. d) Permite fácil conexão aos computadores. Vantagens Sinais Elétricos e) Fácil instalação. f) Permite de forma mais fácil realização de operações matemáticas. g) Permite que o mesmo sinal (4~20mA) seja “lido” por mais de um instrumento, ligando em série os instrumentos. Porém, existe um limite quanto à soma das resistências internas deste instrumentos, que não deve ultrapassar o valor estipulado pelo fabricante do transmissor. Vantagens Sinais Elétricos a) Necessita de técnico especializado para sua instalação e manutenção. b) Exige utilização de instrumentos e cuidados especiais em instalações localizadas em áreas de riscos c) Os cabos de sinal devem ser protegidos contra ruídos elétricos. d) Exige cuidados especiais na escolha do encaminhamento de cabos ou fios de sinais. Desvantagens Sinais Elétricos Sinais Digitais Nesse tipo, “pacotes de informações” sobre a variável medida são enviados para uma estação receptora, através de sinais digitais modulados e padronizados; Utilizam dígitos binários para representar valores; Para que a comunicação entre o elemento transmissor receptor seja realizada com êxito é utilizada uma “linguagem” padrão chamado protocolo de comunicação. Sinais de Instrumentação a) Não necessita ligação ponto a ponto por instrumento. b) Pode utilizar um par trançado ou fibra óptica para transmissão dos dados. c) É imune a ruídos externos. d) Permite configuração, diagnósticos de falha e ajuste em qualquer ponto da malha. e) Menor custo final. Vantagens Sinais Digitais a) Existência de vários protocolos no mercado, o que dificulta a comunicação entre equipamentos de marcas diferentes. b) Caso ocorra rompimento no cabo de comunicaçãopode-se perder a informação e/ou controle de várias malha. Desvantagens Sinais Digitais Sinal Via Rádio Neste tipo, o sinal ou um pacote de sinais medidos são enviados à sua estação receptora via ondas de rádio em uma faixa de frequência específica. Sinais de Instrumentação a) Não necessita de cabos de sinal. b) Pode-se enviar sinais de medição e controle de máquinas em movimento. Vantagens Sinal Via Rádio a) Alto custo inicial. b) Necessidade de técnicos altamente especializados. Desvantagens Sinal Via Modem A transmissão dos sinais é feita através de utilização de linhas telefônicas pela modulação do sinal em frequência, fase ou amplitude. Sinais de Instrumentação a) Baixo custo de instalação. b) Pode-se transmitir dados a longas distâncias. Vantagens Sinal Via Modem a) Necessita de profissionais especializados. b) Baixa velocidade na transmissão de dados. c) Sujeito a interferências externas, inclusive violação de informações. Desvantagens Instrumentos Conversores de Sinais Os conversores tem como função básica modificar a natureza ou amplitude de um sinal para permitir a interligação de instrumento que trabalham com sinais diferentes. Existem diversas situações para justificar sua aplicação, dentre elas as conversões de sinais de termopares para corrente ou tensão padrão de transmissão ( 4 a 20 mA e 1 a 5 VDC respectivamente), as conversões eletropneumáticas, e etc... Conversores Eletro - Pneumáticos e Pneumáticos - Elétricos Esses conversores, também conhecidos como I/P e P/I, tem como função interfacear a instrumentação pneumática com a elétrica, bem como permitir a utilização de atuadores pneumáticos na instrumentação eletrônica analógica ou digital. Instrumentos Conversores de Sinais Este instrumento recebe um sinal de 4 a 20 mA DC que é aplicado a uma unidade magnética (bobina) criando um campo magnético proporcional a intensidade de corrente que a excitou. Esse campo proporciona deflexão em uma barra fletora que atua como anteparo em relação a um bico de passagem de ar para exaustão. A aproximação desta barra, conhecida como palheta, ao bico cria uma contra-pressão que é amplificada através de uma unidade denominada relé piloto para um sinal pneumático proporcional à entrada. A pressão de saída é realimentada através do fole para permitir o equilíbrio do sistema. Conversores Eletro -Pneumáticos (I/P) Instrumentos Conversores de Sinais Para atingir esta finalidade o sistema de controle automático opera do seguinte modo: 1. Medida do valor atual da variável que se quer regular. 2. Comparação do valor atual com o valor desejado ( sendo este o último indicado ao sistema de controle pelo operador humano ou por um computador). Determinação do desvio. Controladores Continuando.... 3. Utilização do desvio ( ou erro ) para gerar um sinal de correção. 4. Aplicação do sinal de correção ao sistema a controlar de modo a ser eliminado o desvio, isto é , de maneira a reconduzir-se a variável ao valor desejado. O sinal de correção introduz pois variações de sentido contrário ao erro. Controladores Controle de Processos Exemplo: Medida - A cargo do sistema termométrico. Comparação - Efetuada pelo sistema de Contatos (Posição Relativa) Computação - Geração do sinal de correção efetuada também pelo sistema de contatos e pelo resto do circuito elétrico do termostato. Correção - Desempenhada pelo órgão de Controle - Contator Exemplo: Controle de Processos CONTROLADOR Controle de Processos Ações de um Controlador: • Ação direta: − A saída aumenta quando a entrada aumenta. • Ação indireta: − A saída diminui quando a entrada aumenta. Controladores Ações de Controle: • Controle automático/manual; • Controle liga-desliga (on-off); • Controle Auto-Operado; • Controle Proporcional; • Controle Proporcional + Integral; • Controle Proporcional + Derivativo; • Controle PID. Controladores Controladores Especificação do Controlador Controladores Controlador Lógico Programável (CLP) É um aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória programável para armazenar internamente instruções e para implementar funções específicas, tais como lógica, seqüenciamento, temporização, contagem e aritmética, controlando, por meio de módulos de entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou processos. Elemento Final de Controle É um mecanismo que varia a quantidade de energia ou material (agente de controle), em resposta ao sinal enviado pelo controlador, a fim de manter a variável controlada em um valor (ou faixa de valores) pré-determinado. Pode ser uma resistência elétrica, um motor que aciona um equipamento ou uma válvula que controla a passagem de um determinado fluido Elemento Final de Controle A válvula de controle é o elemento final mais usado nos sistemas de controle industrial. Em sistemas de controle de gases e ar é também usado o “damper”, porém poderemos citar outros elementos, tais como: bombas, resistências elétricas, motores, etc. Elemento Final de Controle Instrumentação Industrial Temperatura Instrumentação – Temperatura A identificação usual para os instrumentos de temperatura é a seguinte: a) Formas simples • TI - Indicador de temperatura (transmitido à casa de controle); • ThI - Indicador de temperatura local; • TR - Registrador de temperatura; • TC - Controlador de temperatura; • TA - Alarme (cego) de temperatura. b) Formas compostas • TIC - Indicador-controlador de temperatura; • TRC - Registrador-controlador de temperatura. c) Formas especiais • TW - Poços de termômetros; • TE - Elemento de medição de temperatura; • TCV - Válvulas de controle, para controle de temperatura; • TSV - Válvulas de segurança para controle de temperatura. Medição de Temperatura (Termometria) Eventualmente, alguns termos são utilizados com o mesmo significado: Instrumentação – Temperatura Medição de Temperatura História Atribui-se a invenção do termômetro ao matemático, físico e astrônomo italiano Galileu Galilei. Em 1592 usando um tubo invertido, com água e ar, criou uma espécie de termômetro no qual a elevação da pressão exterior fazia com que o ar dilatasse e, em consequência, elevava o nível da água dentro do tubo. Mais tarde, no século XVIII, Gabriel Fahrenheit adaptou um termômetro de Mercúrio a uma escala de temperatura desenvolvida pelo dinamarquês Ole Rømer. DIRETA INDIRETA Condição necessária para medir com precisão 1) Estar em contato com o objeto a ser medido. 2) Praticamente não mudar a temperatura do objeto devido ao contato do detector. 1) A radiação do objeto medido tem que chegar até o detector. Característica 1) É difícil medir a temperatura de um objeto pequeno, porque este tem tendência de mudança de temperatura quando em contato com um objeto cuja temperatura é diferente. 2) É difícil medir o objeto que está em movimento 1) Não muda a temperatura do objeto porque o detector não está em contato direto com o mesmo. 2) Pode medir o objeto que está em movimento. 3) Geralmente mede a temperatura da superfície. Faixa de Temperatura É indicado para medir temperaturas menores que 1400ºC. É adequado para medir temperaturas elevadas (800 ºC). Precisão Geralmente, 1% da faixa Geralmente 10 ºC Tempo de Resposta Geralmente grande Geralmente pequeno Tipos de Medição Medição de Temperatura 1º Grupo (contato direto) – O instrumento faz contato direto com a substância a ser medida a temperatura. • Termômetro à dilatação de líquidos • Termômetro à dilatação de sólidos (bi- metálico) • Termômetro à pressão • Termoresistência ou Termistor • Termopar Instrumentos de Medição Medição de Temperatura 2º Grupo (contato indireto) – O instrumento de medição não faz contato direto com a substância a ser medida a temperatura: • Pirômetro óptico • Pirômetro fotoelétrico • Pirômetro de radiação Instrumentos de Medição Mediçãode Temperatura Medidores – Classificação por princípio de funcionamento Medidores de Temperatura Termômetros de Efeito Mecânico Termômetros de Efeito Elétrico Medidores por Radiação Medição de Temperatura Os termômetros à dilatação de líquidos baseiam-se na lei de expansão volumétrica de um líquido com a temperatura, dentro de um recipiente fechado. Os tipos podem ser de vidro transparente ou de recipiente metálico; Quando a temperatura aumenta, o líquido dilata e se expande no tubo, quando a temperatura baixa, o líquido se contrai. Instrumentos de Medição de Temperatura Termômetros à dilatação de líquido Termômetros à dilatação de líquido em recipiente de vidro É o tipo mais comum de termômetro; É constituído de um reservatório(bulbo), cujo tamanho depende da sensibilidade desejada, soldada a um tubo capilar de seção, mais uniforme possível, fechado na parte superior. Instrumentos de Medição de Temperatura Termômetros à dilatação de líquido Instrumentos de Medição de Temperatura Termômetros à dilatação de líquido em recipiente de vidro Os líquidos mais comumente empregados são o álcool etílico, mercúrio, tolueno e a acetona. Suas características: • Nos termômetros industriais, o bulbo de vidro é protegido por um poço metálico e o tubo capilar por um invólucro metálico • Desvantagem : Fragilidade. • Precisão : 1 % da escala. Instrumentos de Medição de Temperatura Termômetros à dilatação de líquido em recipiente de vidro Neste termômetro, o líquido preenche todo o recipiente e, sob o efeito de um aumento de temperatura, se dilata, deformando um elemento extensível (sensor volumétrico). Instrumentos de Medição de Temperatura Termômetros à dilatação de líquido em recipiente metálico Elementos de Medição: A. Tipo C B. Tipo Helicoidal C. Tipo Espiral Termômetros à dilatação de líquido em recipiente metálico São constituídos de dois metais de diferentes coeficientes de dilatação, soldados longitudinalmente, enrolados de forma prática em forma de espiral ou hélice para aumentar a sensibilidade. Instrumentos de Medição de Temperatura Termômetros à dilatação de sólidos - Bimetálicos • Quando a temperatura varia, os dois metais se expandem ou se contraem desigualmente, o que causa uma curvatura do sensor; • Quanto maior a variação, maior é a curvatura, o que permite transpor esta variação sobre uma escala calibrada; • O principal uso do sensor bimetálico é na construção do termógrafo, um instrumento que registra continuamente a temperatura. Instrumentos de Medição de Temperatura Termômetros à dilatação de sólidos - Bimetálicos Instrumentos de Medição de Temperatura Termômetros à dilatação de sólidos - Bimetálicos Instrumentos de Medição de Temperatura Termômetros à dilatação de sólidos - Bimetálicos O termômetro mais usado é o de lamina helicoidal, e consiste em um tubo bom condutor de calor, no interior do qual é fixado um eixo que por sua vez recebe um ponteiro que se desloca sobre uma escala. A faixa de trabalho dos termômetros bimetálicos vai de -50 a 800 oC, sendo sua escala bastante linear. Possui exatidão na ordem de +/- 1%. Termômetros de Pressão Esse tipo de termômetro consiste basicamente: • Um bulbo imerso no processo. Esse bulbo contém o fluido que sofrerá expansão ou contração; • Um tubo capilar conectando o bulbo ao indicador ou dispositivo de chaveamento; • Um sensor de pressão que sentirá as variações de pressão do fluido com o aumento da temperatura. Instrumentos de Medição de Temperatura Termômetros de Pressão • Um dispositivo para conversão do deslocamento do elemento de pressão em termos de indicação ou atuação em uma micro-switch. Instrumentos de Medição de Temperatura Fluidos Utilizados: Gás, Líquido ou Vapor São baseados na expansão do fluido (líquido, gás ou vapor) contido no bulbo. O aumento de temperatura provoca o aumento da pressão, provocando a expansão do fluido no capilar (ou contração caso haja diminuição de temperatura. Termômetros de Pressão Instrumentos de Medição de Temperatura Essa variação de pressão é sentida por um sensor de pressão tipo hélice, espiral ou bourdon que, por sua vez, desloca um indicador ou atua um dispositivo de chaveamento. No caso de enchimento com líquido, utiliza-se Mercúrio, Tolueno ou Xileno que apresentam um alto coeficiente de expansão. Como gás de enchimento, utilizam-se normalmente Nitrogênio, Hélio, Neônio ou Dióxido de Carbono (CO2). Termômetros de Pressão Instrumentos de Medição de Temperatura Termômetros de Pressão Instrumentos de Medição de Temperatura Fisicamente idêntico ao termômetro de dilatação de líquido. Com a variação da temperatura, o gás varia sua pressão, conforme aproximadamente a lei dos gases perfeitos, com o elemento de medição operando como medidor de pressão. As variações de pressão são linearmente dependentes da temperatura, sendo o volume constante. Termômetros de Pressão Instrumentos de Medição de Temperatura P1 = P2 = . . . = Pn T1 T2 Tn Compensação da temperatura ambiente – Tipos Tipo Caixa Tipo Total Termômetros de Pressão Instrumentos de Medição de Temperatura • Um dos métodos elementares para medição de temperatura envolve a mudança no valor da resistência elétrica (obstáculo a passagem da corrente elétrica) de um resistor com a variação da temperatura. • A temperatura é, portanto, indicada como uma função da corrente que passa por este resistor; Termômetros de Resistência Elétrica Instrumentos de Medição de Temperatura • Os termômetros de resistência são considerados sensores de alta precisão e ótima repetibilidade de leitura; • Quando metais são usados, o elemento sensor é normalmente confeccionado de Platina com o mais alto grau de pureza e encapsulados em bulbos de cerâmica ou vidro. Termômetros de Resistência Elétrica Instrumentos de Medição de Temperatura 1. Mais precisa que o termopar na sua faixa de uso; 2. Usando circuito adequado, podem ser usadas a grandes distâncias; 3. Podem ser usados cabos de cobre comum nas ligações; 4. São mais estáveis que os termopares; 5. Sua curva de resistência elétrica ( Ω ) em função da temperatura é mais linear que os termopares. Vantagens das Termoresistências em relação do Termopar Termômetros de Resistência Elétrica 1. Baixo alcance de medição (máx. 630ºC). 2. São mais caras do que os outros sensores utilizados nesta mesma faixa (dilatação e bimetálico). 3. Deterioram-se com mais facilidade, caso ultrapasse a temperatura máxima de utilização. 4. É necessário que todo o corpo do bulbo esteja com a temperatura estabilizada para a correta indicação. 5. Possui um tempo de resposta elevado. 6. Mais frágil mecanicamente. Desvantagens das Termoresistências em relação do Termopar Termômetros de Resistência Elétrica Existem basicamente dois tipos de termômetros de resistência: • As Termoresistências (RTD) que utilizam materiais metálicos como resistores; e • Os Termistores (NTC e PTC) que utilizam materiais semicondutores como resistores. Termômetros de Resistência Elétrica Instrumentos de Medição de Temperatura Instrumentos de Medição de Temperatura Termoresistências Os materiais mais utilizados para a fabricação destes tipos de sensores são a platina, o cobre ou o níquel, que são metais que apresentam características de: a) Alta resistividade, permitindo assim um melhor sensibilidade do sensor. b) Ter alto coeficiente de variação de resistência com a temperatura. c) Ter rigidez e ductilidade para ser transformado em fios finos. Entre estes materiais, o mais utilizado é a platina pois apresenta uma ampla escala de temperatura, uma alta resistividade permitindo assim uma maior sensibilidade, um alto coeficiente de variação de resistência com a temperatura, uma boa linearidade resistência x temperaturae também por ter rigidez e ductilidade para ser transformada em fios finos, além de ser obtida em forma puríssima. Padronizou-se então as termoresistências de platina. Termoresistências Instrumentos de Medição de Temperatura Termoresistências Esses sensores adquiriram espaço nos processos industriais por suas condições de alta estabilidade mecânica e térmica, resistência à contaminação, baixo índice de desvio pelo envelhecimento e tempo de uso. Pt 100 • A termoresistência de platina é a mais usada industrialmente devido a sua grande estabilidade e precisão; • Esta termoresistência tem como características uma resistência de 100Ω a 0ºC. • Convencionou-se chamá-la de Pt-100, (fios de platina com 100Ω a 0ºC). Sua faixa de trabalho vai de -200 a 650ºC, porém a ITS-90 padronizou seu uso até 962ºC aproximadamente. Termoresistências • Um termopar consiste em dois condutores metálicos, de natureza distinta, na forma de metais puros ou de ligas homogêneas. • Os fios são soldados em um extremo, ao qual se dá o nome de junta quente ou junta de medição. • A outra extremidade dos fios é levada ao instrumento de medição de FEM (força eletromotriz), fechando um circuito elétrico por onde flui a corrente; Medição de Temperatura com Termopar • O ponto onde os fios que formam o termopar se conectam ao instrumento de medição é chamado de junta fria ou de referência. • O aquecimento da junção de dois metais gera o aparecimento de uma FEM. • Este princípio, conhecido por efeito Seebeck, propiciou a utilização de termopares para a medição de temperatura. Medição de Temperatura com Termopar Termopares • Efeito Seebeck - Em 1821, o alemão Seebeck descobriu que, quando aquecemos uma junção de dois metais diferentes, uma força eletromotriz (fem) é gerada entre os dois condutores. Essa f.e.m. pode ser medida na outra junção (junção fria) dos condutores. Esses condutores formam um circuito elétrico e, consequentemente, flui uma corrente através deles. Termopares O efeito Seebeck se baseia em dois outros efeitos, a saber: 1. Efeito Peltier: “A junção de dois metais diferentes dá origem a uma força eletromotriz (f.e.m.).” 2. Efeito Thompson: “Um fio homogêneo apresenta uma f.e.m. sempre que seus extremos estejam em temperaturas diferentes.” Assim, nas aplicações práticas o termopar apresenta- se normalmente conforme a figura abaixo. O sinal de f.e.m. gerado pelo gradiente de temperatura ( ∆T = T2 – T1) existente entre as juntas quente e fria, será de um modo geral indicado, registrado ou transmitido. Efeito termoelétrico de Seebeck Termopares Termopares Radiação Térmica Um corpo aquecido emite energia mesmo que esteja no vácuo. Esta energia, a radiação térmica, é transportada por ondas eletromagnéticas, como a energia luminosa, mas com predominância de frequências bem menores que as do espectro visível. Com relação à natureza deste transporte, sabe-se que a radiação é dual, isto é, pode ser tratada como propagação de ondas eletromagnéticas e, ao mesmo tempo, propagação de matéria, as partículas denominadas de fótons. Instrumentos de Medição de Temperatura Radiação Térmica Instrumentos de Medição de Temperatura À medida que se aquece um corpo, a partir de temperaturas da ordem de 500°C, o corpo começa a ficar visível porque começa a emitir radiações que tem uma fração apreciável com frequência de luz: o espectro visível. Medição por Radiação Todos os métodos de medida de temperatura discutidos até então requeriam que o termômetro estivesse em contato físico com o corpo cuja temperatura se quer medir. Além disso, a temperatura era medida quando o elemento sensor atingia a condição “idealizada” de equilíbrio térmico com o corpo ou sistema que se mede. Instrumentos de Medição de Temperatura Medição por Radiação Isto implica em: 1. O termômetro interfere com o meio que se mede, afetando sua temperatura, isto é, a temperatura medida nunca é a real; 2. Que o termômetro deve ser capaz de suportar a temperatura envolvida em uma dada medição, o que efetivamente representa outro problema prático muito grande no caso da medição de temperatura de corpos muito quentes. Instrumentos de Medição de Temperatura Medição por Radiação Um terceiro tipo de problema acontece quando deseja-se medir a temperatura de um corpo, ou superfície móvel, e o termômetro não está “embarcado”. 3. Isto é, como medir a temperatura de corpos sólidos em movimento, usando sensores de contato externos ao sistema em movimento? Instrumentos de Medição de Temperatura Medição por Radiação Neste caso, dispor-se de um método de medida que não requer contato físico (medição sem interferência) é fundamental. Este tipo de termômetro pode também ser usado para realizar uma varredura da distribuição de temperatura do corpo sem contato ou interferência. Os instrumentos desenvolvidos para se resolver problemas desse tipo empregam sensores de radiação de uma forma ou de outra. Instrumentos de Medição de Temperatura Trabalham por comparação de cor, o operador do medidor faz uma comparação entre a cor de um filamento aquecido ao rubro com a cor do objeto em medição. Pirômetro Ótico Medição por Radiação • A cor do filamento é definida pela corrente elétrica que circula pelo mesmo, a qual é medida por um miliamperímetro com uma escala relativa a temperatura do objeto. • Este medidor apresenta pouca precisão por estar dependente da comparação feita pelo olho humano. • A faixa de medição normalmente começa em 600ºC. É o dispositivo oficial reconhecido internacionalmente para medir temperaturas acima de 1064,43 ºC. Pirômetro Ótico Medição por Radiação Câmeras térmicas Pirômetro Ótico Comparação entre Medidores de Temperatura Comparação entre Medidores de Temperatura Chaves de temperatura - Termostatos • Bimetálicos e bulbo capilar para contatos de chaveamentos • Fecham e/ou abrem um contato quando uma determinada temperatura é ultrapassada Termostatos O termostato é um instrumento criado em 1915 que tem a função de impedir que a temperatura de determinado sistema varie além de certos limites preestabelecidos. Um mecanismo desse tipo é composto, fundamentalmente, por dois elementos: um indica a variação térmica sofrida pelo sistema e é chamado elemento sensor; o outro controla essa variação e corrige os desvios de temperatura, mantendo-a dentro do intervalo desejado Termostatos Termostatos controlam a temperatura dos refrigeradores, ferros elétricos, ar condicionado e muitos outros equipamentos Registradores de Temperatura Termógrafo Instrumentos que registram continuamente a temperatura. Loggers de Temperatura São instrumentos muito utilizados pela indústria de alimentos para registrar dados de temperatura de produtos ou ambientes por um determinado período, podendo ser conectados em um computador para visualização da variação da temperatura com o tempo. Poços de Proteção Poços de proteção são utilizados para proteger o sensor de temperatura contra as condições do processo; Poços de Proteção Além disso, os poços de proteção possibilitam a retirada do sensor de temperatura sem a interrupção do processo e também auxiliam na segurança do meio ambiente e pessoas contra danos que podem ser causados pelo escape do fluido do processo; Poços de Proteção Poços de proteção metálicos podem ser construídos de material maciço ou soldado de tubo. Os poços de proteção podem ser conectados ao processo através de rosca, solda ou flange. O sensor de temperatura é fixado diretamente ao poço de proteção utilizando roscafêmea ou macho ou através de tubo de extensão. Instrumentação Industrial Pressão A medição da pressão é um dos mais importante padrões de medida, pois as medidas de vazão, nível etc. podem ser feitas utilizando-se esse processo. O instrumento mais simples para se medir pressão é o manômetro, porém existe uma grande variedade de elementos sensores que podem ser combinados a transmissores e controladores. Vamos então ao estudo de alguns tipos de instrumentos de medição de pressão. Medição de Pressão Classificação dos Medidores de Pressão • Medição de Pressão por Deformação Elástica: � Diafragma ou Membrana; � Fole ou Sanfona; � Tubo de Bourdon. • Medição de Pressão por Colunas de Líquido: � Tubo em U; � Coluna reta vertical; � Coluna reta inclinada. • Medição de Pressão por Grandeza Elétrica: � Capacitivos; � Strain-Gauges (medidores de deformação); � Piezoelétricos. Tubo de Bourdon Descrição: Consiste geralmente em um tubo com seção oval, disposto na forma de arco de circunferência, tendo uma extremidade fechada e a outra aberta à pressão a ser medida; Medição de Pressão por Deformação Elástica Tubo de Bourdon Funcionamento: Com a pressão agindo em seu interior, o tubo tende a tomar uma seção circular, resultando num movimento em sua extremidade fechada. Esse movimento através da engrenagem é transmitido a um ponteiro que vai indicar uma medida de pressão. Medição de Pressão por Deformação Elástica Manômetro digital Manômetro analógico Medição de Pressão por Tubo de Bourbon Tipos de Tubos de Bourdon Medição de Pressão por Tubo de Bourbon TIPO C TIPO HELICOIDAL TIPO ESPIRAL Composição dos Tubos de Bourdon Faixa de Operação: A pressão normal medida deve estar próxima a 75% do limite de utilização quando esta variável for estática e próxima a 60% do limite de utilização para o caso da medição de pressão variável. Medição de Pressão por Tubo de Bourbon Membrana ou Diafragma • É constituído pôr um disco de material elástico (metálico ou não), fixo pela borda; • Uma haste fixa ao centro do disco está ligada a um mecanismo de indicação; • Quando uma pressão é aplicada, a membrana se desloca e esse deslocamento é proporcional à pressão aplicada; • Aplicável em instalações sujeitas a muita vibração ou em aplicações sanitárias. Medição de Pressão por Deformação Elástica p x Medição de Pressão por Diafragma ou Membrana Medição de Pressão por Diafragma ou Membrana 1 - Link 2 - Flange superior 3 - Parafuso 4 - Diafragma 5 - Câmara de medição 6 - Flange inferior 7 - Porca 8 - Entrada da pressão Composição do Diafragma • Metálicos: Bronze Fosforoso (Cu+Sn+P), Inconel (Ni + Nb) e aço inoxidável (Fe+C+Cr). • Não-metálicos: teflon e neoprene. Faixa de Uso • Pressões Absolutas: de 0−5 mmHg a 0−50 psi. • Pressões Manométricas: 0−0,5” H20 a 0−200 psi. Medição de Pressão por Diafragma ou Membrana É um elemento flexível que se expande e contrai axialmente, ao estar internamente submetido a uma força; Fole Medição de Pressão por Deformação Elástica • A expansão ou contração são utilizadas para transformar a pressão do fluido em um deslocamento ou força; • É basicamente um cilindro metálico sanfonado. Fole Medição de Pressão por Deformação Elástica p x Medição de Pressão por Fole 1. Visor 2. Mostrador 3. Movimento 4. Câmara de medição 5. Ponteiro 6. Fole 7. Soquete com conexão ao processo 8. Entrada da pressão Composição: • Bronze Fosforoso, Aço Inoxidável e Monel (liga de Ni) Utilização: • Receptores de sinais pneumáticos (transmissores, registradores, controladores, etc.); Faixas de Uso: • Pressões Absolutas: de 0−100 mmHg a 0−35 psi. • Pressões Manométricas: 0−0,5” H20 a 0−2000 psi. Medição de Pressão por Fole Consiste, basicamente, num tubo de vidro, contendo certa quantidade de líquido, fixado a uma base com uma escala graduada; As colunas podem ser de três tipos: coluna reta vertical, reta inclinada e em forma de U; Os líquidos mais utilizados nas colunas são: água (normalmente com um corante) e mercúrio; Quando se aplica uma pressão na coluna, o líquido é deslocado, sendo este deslocamento proporcional à pressão aplicada. Medição de Pressão por Coluna de Líquido Medição de Pressão por Coluna de Líquido Tubo em U É constituído por um tubo de material transparente (geralmente vidro) recurvado em forma de ”U” e fixado sobre uma escala graduada. Faixa de Operação 0 - 2000mm H2O/mm Hg (baixa pressão) O zero da escala está no mesmo plano horizontal que a superfície do líquido quando as pressões P1 e P2 são iguais; Neste caso, a superfície do líquido desce no lado de alta pressão e, consequentemente, sobre no lado de alta pressão; A leitura se faz, somando a quantidade deslocada a partir do zero nos lados de alta e baixa pressão. Medição de Pressão por Tubo em “U” O ajuste do zero é feito em relação ao lado de alta pressão; Neste tipo há necessidade de ajustar a escala a cada mudança de pressão; A leitura é feita a partir do ponto mínimo da superfície do líquido no lado de alta pressão, subtraída do ponto máximo do lado de baixa pressão. Medição de Pressão por Tubo em “U” Medição de Pressão por Coluna de Líquido Coluna Reta Vertical A pressão aplicada ao ramo de área maior provoca um pequeno deslocamento de líquido nesta área e um grande deslocamento no outro ramo (uma vez que o volume deslocado é o mesmo). Medição de Pressão por Coluna de Líquido Coluna Reta Inclinada Medição de Pressão Diferencial A medição de pressão diferencial se caracteriza pela tomada de pressão em dois pontos com a indicação da diferença da pressão entre eles num mostrador analógico ou digital; A medição da pressão diferencial é importante como primeiro estágio para medições de vazão e nível. Sensor tipo Piezoelétrico Medição de Pressão por Grandeza Elétrica (Transdutores) Os elementos piezoelétricos são cristais, como o quartzo, a turmalina e o titanato que acumulam cargas elétricas em certas áreas da estrutura cristalina, quando sofrem uma deformação física, pôr ação de uma pressão; A quantidade elétrica produzida é proporcional à pressão aplicada, sendo esta relação LINEAR. Medição de Pressão por Sensor Piezoelétrico Esta carga é conectada à entrada de um amplificador, sendo indicada ou convertida em sinal de saída, para tratamento posterior. Baseia-se no princípio de variação da resistência de um fio, mudando-se as suas dimensões. Medição de Pressão por Grandeza Elétrica (Transdutores) Tipo Strain Gauge Sensor de Pressão tipo Strain-Gauge Quanto maior o comprimento do fio, maior será a variação da resistência obtida e maior a sensibilidade do sensor para uma mesma pressão (força) aplicada. O sensor consiste de um fio firmemente colado sobre uma lâmina de base, e tão compacto quanto possível. (tira extensiométrica). Sensor de Pressão tipo Strain-Gauge Sensor de Pressão tipo Strain-Gauge O fio, apesar de estar solidamente ligado a lâmina de base, precisa estar eletricamente isolado da mesma. Uma das extremidades da lâmina é fixada em um ponto de apoio rígido enquanto a outra extremidade será oponto de aplicação de força. Efeito da flexão: tração (fibras externas) e compressão (fibras internas). O fio solidário a lâmina também sofrerá o alongamento acompanhando a superfície externa, variando a resistência total. Sensor de Pressão tipo Strain-Gauge Transdutores de Pressão Sensor de Pressão tipo Strain-Gauge Medição de Pressão por Grandeza Elétrica • Consiste da deformação de uma das armaduras do capacitor, diretamente pelo processo. • Tal deformação altera o valor da capacitância total, medida por um circuito eletrônico. Sensor de Pressão Capacitivo Uma diferença de pressão entre as câmaras alta (H) e baixa (L) produz uma força no diafragma isolador que é transmitida pelo líquido de enchimento; A força atinge a armadura flexível (diafragma sensor) provocando sua deformação, alterando o valor da capacitâncias; Essa alteração é medida pelo circuito eletrônico que gera um sinal proporcional à variação de pressão aplicada à câmara da cápsula de pressão diferencial capacitiva. Medição de Pressão por Grandeza Elétrica • Este tipo de sensor, se pôr um lado, elimina os problemas mecânicos das partes móveis, expõe a célula capacitiva às rudes condições do processo, principalmente a temperatura do processo; • Este inconveniente pode ser superado através de circuitos sensíveis a temperatura montados juntos ao sensor. Medição de Pressão por Sensor Capacitivo Medição de Pressão por Sensor Capacitivo Transmissores de Pressão Todo sistema de medição de pressão é constituído pelo elemento primário (Sensor), o qual estará em contato direto ou indireto ao processo onde se tem as mudanças de pressão e pelo elemento secundário (Transmissor de Pressão) que terá a tarefa de traduzir esta mudança em valores mensuráveis para uso em indicação, monitoração e controle. Escolha do Tipo de Medidor Parâmetros • Faixa de pressão; • Característica química do fluido; • Local de instalação do medidor. Observações: • Medição de óleos e líquidos inflamáveis usar solda na tubulação de ligação dos instrumentos; • Vapor de alta temperatura corroe o Bronze Fosforoso e o Aço, usar medidor com selo d’água; • Cloro reage com água e corroe aço e bronze, usar selo de diafragma; • Amônia corroe o bronze e o bronze fosforoso, usar aço doce; • Líquidos corrosivos, usar medidor do tipo diafragma; Recomendações de Uso • O local de instalação do medidor, dentro do possível, deve ter pouca variação de temperatura, perto da origem de medição, com pouca pulsação e vibração; • Construir a tubulação o mais curta possível, evitando locais úmidos e com gases corrosivos; • Colocar válvulas de bloqueio nas tomadas de impulso de pressão para facilitar a manutenção; • Na medição de gases que condensam com facilidade, usar pote de condensação com dreno para evitar o acúmulo de água na parte molhada do medidor. Instalação Instalação com Selagem Líquida Em processos industriais que manipulam fluidos corrosivos, viscosos, tóxicos, sujeitos à alta temperatura e/ou radioativos, a medição de pressão com manômetro tipo elástico se torna impraticável pois este não é adequado para essa aplicação, devido a: - Efeitos da deformação proveniente da temperatura; - Dificuldade de escoamento de fluidos viscosos; - Ataque químico de fluidos corrosivos. • Nesse caso, a solução é recorrer a utilização de algum tipo de isolação para impedir o contato direto do fluido do processo com o manômetro. • Utiliza um fluido líquido inerte em contato com o manômetro e que não se mistura com o fluido do processo. • Nesse caso é usado um pote de selagem. Instalação com Selagem Líquida • O fluido de selagem mais utilizado nesse caso é a glicerina, por ser inerte a quase todos os fluidos. • Este método é o mais utilizado e já é fornecido pelos fabricantes quando solicitados. Instalação com Selagem Líquida • Os amortecedores de pulsação tem por finalidade restringir a passagem do fluido do processo até um ponto ideal em que a frequência de pulsação se torne nula ou quase nula. Instalação Amortecedores de Pulsação • Esse acessório é instalado em conjunto com o manômetro com objetivo de estabilizar ou diminuir as oscilações do ponteiro em função do sinal pulsante. • Esta estabilização do ponteiro possibilita a leitura da pressão e também aumenta a vida útil do instrumento. Instalação Amortecedores de Pulsação • Os sifões são utilizados, além de selo, para “isolar” o calor das linhas de vapor d’água ou líquidos muito quentes, cuja temperatura supera o limite previsto para o instrumento de pressão. Instalação Sifão • O líquido que fica retido na curva do tubo-sifão esfria e é essa porção de líquido que irá ter contato com o sensor elástico do instrumento, não permitindo que a alta temperatura do processo atinja diretamente o mesmo. Instalação Sifão • Utilizado método de comparação direta com um manômetro de Bourdon. • A pressão é gerada hidraulicamente, utilizando óleo, colocado através de um reservatório fechado com válvula agulha. • Girando-se manualmente o volante, obtém-se pressão no óleo que é equilibrada pela força-peso sobre o êmbolo Calibração Válvulas Controladoras de Pressão • Válvulas que controlam a pressão a montante - Válvulas de segurança e alívio; - Válvulas de contra pressão. • Válvulas que controlam a pressão a jusante - Válvulas redutoras e reguladora de pressão. Válvulas de segurança e alívio ���� SEGURANÇA – Gases ���� ALÍVIO – Líquidos • Pressão de abertura controlada pela regulagem da mola • Gases – abertura rápida • Líquidos – abertura gradual Válvulas Controladoras de Pressão Válvulas de Segurança de Vapor Contra peso Mola Válvulas de Segurança de Vapor Válvulas de Segurança de Vapor Válvulas de contrapeso liberada Válvulas de Segurança de Vapor Válvulas Reguladoras de Pressão • Reduz a pressão a jusante em linha de gases para níveis que atendam ao limite de pressão de trabalho eficiente e seguro de instrumentos e máquinas; Finalidade • Redes de ar comprimido; • Instrumentação pneumática; • Cilindros e botijões de gases comprimidos; Aplicações Controladores de Pressão Pressostato É um instrumento de medição e controle de pressão utilizado como componente do sistema de proteção de equipamento ou processos industriais; Sua função básica é de proteger a integridade de equipamentos contra sobrepressão ou subpressão aplicada aos mesmos durante o seu funcionamento. Pressostatos Aspectos construtivos É constituído em geral por um sensor, um mecanismo de ajuste de set- point e uma chave de duas posições (aberto ou fechado). �Como ELEMENTO SENSOR, pode-se utilizar qualquer um dos tipos já mencionado, sendo o mais utilizado nas diversas aplicações o diafragma. �Como MECANISMO DE AJUSTE DE SET-POINT utiliza-se na maioria das aplicações uma mola com faixa de ajuste selecionada conforme pressão de trabalho e ajuste, e em oposição à pressão aplicada. �O MECANISMO DE MUDANÇA DE ESTADO mais utilizado é o micro interruptor, podendo ser utilizado também ampola de vidro com mercúrio fechando ou abrindo o contato que pode ser do tipo normal aberto ou normal fechado. Quanto ao intervalo entre atuação e desarme os pressostatos podem ser fornecidos com diferencial fixo e diferencial ajustável. 1. O tipo fixo só oferece um ponto de ajuste, o de set-point, sendo o intervalo entre o ponto de atuação e desarme fixo. 2. O tipo ajustável permite ajuste de set-point e também alteração do intervalo entre o ponto de atuação e desarmedo pressostato. Diferencial fixo ou ajustável Pressostato Tipos quanto a Função • Pressostato de 1 contato - atua sobre uma única variação de pressão, abrindo ou fechando um único circuito elétrico, por meio da ação reversível do micro-interruptor. • Pressostato diferencial - atua sobre a variação entre 2 pressões numa mesma linha controladas pelo mesmo instrumento. • Pressostato de 2 contatos - atua independentemente sobre dois limites de uma mesma fonte de pressão, abrindo ou fechando dois circuitos elétricos independentes por meio da ação reversível de dois interruptores. Pressostato Instrumentação Industrial Nível Nível Nível é a altura do conteúdo de um produto dentro de um reservatório; O conteúdo pode ser sólido ou líquido. Nível Para que determinamos o nível de um reservatório? • Avaliar o estoque de tanques de armazenamento; • Controle de processos contínuos onde existam volumes líquidos ou sólidos de acumulação temporária, amortecimento, mistura, residência, etc.; • Segurança de alguns processos onde o nível do produto não pode ultrapassar uma determinada faixa. Determinação do Volume Conhecendo-se a área da base do reservatório, tem-se: V = S . h (fórmula para cilindros em pé) onde: V = volume do líquido (m3) h = altura do líquido (nível) (m) S = área da base do reservatório(m2) Nível h S Determinação da Massa Se for necessário conhecer a massa de produto armazenado em kg, podemos utilizar a fórmula abaixo: M = V . µ onde: M = massa do produto (kg) V = volume do líquido (m3) µ = massa específica do produto (kg/m3) Nível Identificação dos Instrumentos de Nível a) Formas simples • LG - Visores de nível (“Level glass”); • LI - Indicadores de nível; • LC - Controladores de nível; • LA - Alarmes de nível. b) Formas compostas • LIC - Indicadores-controladores de níveis; • LRC - Registradores-controladores. c) Formas especiais • LCV - Válvulas controladoras de nível. Métodos de Medição de Nível de Líquido Os três métodos básicos de medição de nível são: • Direto • Indireto • Descontínuo ou Discreto (Chaves de Nível) Medição de Nível Medição Direta É a aquela cujo mecanismo ou elemento de medição tem contato direto com a substância a ser medida e toma como referência a posição vertical da superfície superior da substância medida; Neste tipo de medição podemos utilizar: • Visores de nível; � Apalpadores; • Boias ou flutuadores; • Eletrodos de contato. Nível Medição Direta com Visores • Principio dos vasos comunicantes. • Utiliza tubulação ou placas de vidros para a visualização direta; • Indicação local; • Possui válvula de bloqueio e válvula de dreno para limpeza; • Utilizado em tanques abertos ou fechados; • Tipos: Tubular e Plano Nível � Estes visores são normalmente fabricados com tubos de vidro retos com paredes de espessuras adequada a cada aplicação; � Estes tubos são fixados entre duas válvulas de bloqueio de desenho especial através de união e juntas de vedação apropriadas a cada especificação de projetos; � O comprimento e o diâmetro do tubo irão depender das condições a que estará submetido o visor, porém convêm observar que os mesmos não suportam altas pressões e temperaturas; Visores de Nível Tubular � Para proteção do tubo de vidro contra eventuais choques externos, são fornecidas hastes protetoras metálicas colocadas em torno do tubo de vidro ou com tubos ou chapas plástica envolvendo o mesmo. � De maneira geral, esse tipo de visor tem grandes limitações de uso devido a sua fragilidade a altas pressões e temperaturas e choques mecânicos. Visores de Nível Tubular � Os vidros planos substituíram, ao longo dos anos, quase a totalidade dos visores tubulares. Atualmente, os visores planos representam cerca de 90% das aplicações de visores de nível em plantas industriais; � São compostos de um ou vários módulos onde se fixam barras planas de vidro. Estes módulos são conhecidos como seções dos visores; Visores de Nível Plano � Apesar da diversidade de modelos e fabricantes, cada seção apresenta uma altura variando de 100 a 350 mm e, dependendo do desnível a ser medido, os visores podem ser compostos de várias seções (visor multisseção); � São utilizados dois tipos de vidro: o liso transparente e o tipo reflex que fabricado com a parte interna composta de ranhuras prismáticas a 45º. Deste modo através da lei óticas da reflexão a parte com líquido terá uma aparência prata brilhante e a parte com gás ficará negra. Visores de Nível Plano Nível Medição Direta com Boias • Baseia-se na mudança de altura de um flutuador colocado na superfície do líquido; • Seu movimento transmite de forma contínua através de um sistema com pêndulo e régua, a altura efetiva do fluido dentro do recipiente. Nível Medição Direta com Boias Medição Direta com Boias • Como variante do sistema anterior existem medidores em que a corrente ou cabo metálico é substituído por um eixo que atravessa o tanque e desloca um ponteiro utilizando também um contrapeso; • O conjunto, então, pode ficar encerrado em caixa estanque e a medição é automática. Nível Medidor de Boia e alavanca • São indicados para reservatórios de baixa altura, em tanques retangulares (tanques de combustíveis de automóveis) ou tanques cilíndricos, pois o movimento da haste da boia descreve uma linha curva, que precisa ser linearizada quando da transformação em sinal elétrico; Nível Nível Medidor de Boia e alavanca • A indicação pode ser feita junto ao tanque, ou com transmissão utilizando cabos ou alavancas articuladas; • A conversão em sinal elétrico pode utilizar potenciômetros resistivos, que acoplados ao sistema de giro da boia, varia a sua resistência e o sinal gerado; Nível Medição Direta com Boias - Magnético • Um ímã integrado a boia permite a visualização do nível de um tanque ou vaso através da atração de elementos magnéticos; • Para tanques fechados com alta pressão. Nível Medição Direta com Apalpadores (YoYo) • São sistemas eletromecânicos robustos para a medição de nível em silos, tanques ou reservatórios de produtos sólidos; • Consiste de um peso (apalpador) que fica pendurado por um cabo e este ligado a um motor que o enrola quando perde tensão. Nível Medição Direta com Apalpadores (YoYo) • Quando o peso atinge a superfície do produto, o cabo afrouxa, e é acionada a reversão do motor, enrolando-o. • O comprimento do cabo é inversamente proporcional a altura do nível do produto. A conversão é feita através da contagem do número de rotações que o cabo desenvolveu. • São indicados onde à presença de gases, vapores, poeira ou espuma é crítica. Em silos/tanques de alturas elevadas ou ainda em locais onde os medidores ultrassônicos não possam ser aplicados. Nível Medição Direta com Eletrodos de Contato • Este tipo de medição é aplicável em fluidos condutivos, não corrosivos e livres de partículas em suspensão. • A sonda de medição é formada por um ou mais eletrodos montados verticalmente do topo para dentro do reservatórioe é alimentado com tensão alternada de baixo valor (~10V); • A corrente elétrica circulante é proporcional à parcela do eletrodo imersa no fluido. Medição Indireta • Para determinação do nível é utilizada uma outra variável ou propriedade física como: pressão, empuxo, radiação e propriedades elétricas. Nível Medição por Pressão (Hidrostático) Neste tipo de medição usamos a pressão exercida pela altura da coluna líquida, para medirmos indiretamente o nível, como mostra abaixo o Teorema de Stevin: P = h . d Onde: P = Pressão em mm H2O. h = nível em mm. d = densidade relativa do líquido em relação a água na temperatura ambiente. Medição de Nível Em tanques pressurizados para se medir o nível é necessário diminuir a pressão exercida na superfície superior do líquido da pressão do fundo do tanque, por isso é utilizado um sensor de pressão diferencial Medição por Pressão Diferencial (Tanques fechados e pressurizados) Medição de Nível Medição Indireta com Borbulhador 20% a mais que a máxima pressão hidrostática exercida pelo líquido Válvula agulha Medição de Nível Com o sistema de borbulhador podemos detectar o nível de líquidos viscosos, corrosivos, bem como de quaisquer líquidos à distância. Válvula Reguladora de pressão • Aplicáveis na presença de líquidos corrosivos, viscosos ou que se solidificam a temperatura ambiente (tanque aquecido); • O ar é injetado no tanque a uma pressão pouco superior (aproximadamente 20% acima) a pressão hidrostática do tanque que correspondente ao nível máximo; • O ar é continuamente introduzido na parte superior de um tubo mergulhado e sai em borbulhas pela sua extremidade inferior; Medição Indireta com Borbulhador • A vazão de ar é ajustada por uma válvula de agulha até que se observe a formação de bolhas em pequenas quantidades, havendo então, um borbulhamento sensível no líquido em medição; • No outro braço da tubulação é instalado um manômetro que indicará o valor da pressão devido ao peso da coluna líquida; • Com o uso de um manômetro, o nível pode ser obtido por uma equação; Medição Indireta com Borbulhador Medição Indireta com Borbulhador Medição Indireta por Empuxo O sistema de medição por flutuadores segue o “Princípio de Archimedes”: “Todo corpo mergulhado em um fluido sofre a ação de uma força vertical dirigida de baixo para cima”. Esta força exercida pelo fluído do corpo nele submerso ou flutuante chamamos de empuxo. E = V . δδδδ onde: E = empuxo V = volume δδδδ = peso específico do líquido Medição Indireta por Empuxo • Neste sistema, um elemento (flutuador) com densidade maior que o líquido cujo nível se deseja medir é suspenso por uma mola, um dinamômetro ou uma barra de torção; • À medida que o nível do líquido aumenta, o peso aparente do flutuador diminui, fazendo atuar o mecanismo de indicação ou de transmissão; • Entretanto, para o uso adequado desse medidor, a densidade do líquido deve ser conhecida e constante. Medição Indireta por Empuxo • Também conhecidos como Displacer (Deslocamento Variável); • Nesse tipo de medidor, não há praticamente movimento físico do flutuador (que se encontra totalmente submerso); • Utilizado em medição de interfaces. A medida que a interface se desloca, o peso “aparente” do deslocador se modifica. Medição Indireta por Empuxo • Limitações: − Fluidos Agressivos (contato direto com o fluido); − Range de Medição até 3 metros; − O peso do deslocador deve ser suficiente para submergir na mais alta densidade de operação. • Vantagens em relação a boia: − Maior faixa de medição; − Calibração mais fácil; − Menor probabilidade de alarme falso devido a turbulências pois o cabo está sob constante tensão mecânica. Nível Medição de Nível por Radiação (raios gamas) • O sistema de medição por radiação consiste em uma fonte de emissão de raios gamas montada verticalmente na lateral do tanque e um sensor do outro lado do tanque formando assim uma câmara de ionização que transforma a radiação gama recebida em um sinal elétrico de corrente contínua. Características: • Alto poder de penetração; • A radiação captada pelo receptor é inversamente proporcional ao nível do líquido do tanque, já que o material bloqueia parte da energia emitida; • Sem contato com fluido; • Utilizado para líquidos e sólidos; • Requer licença legal. Medição de Nível por Radiação Medição de Nível por Radiação • Capacitância é uma grandeza elétrica que existe entre 2 superfícies condutoras isoladas entre si; • O medidor de nível capacitivo mede as capacitância formada entre o eletrodo submergido no líquido em relação as paredes do tanque; • A capacitância do conjunto depende do nível do líquido. Nível Medidor de Nível Capacitivo Com o nível do tanque aumentando, o valor da capacitância aumenta progressivamente a medida que o ar é substituído pelo líquido a medir. Com contato Sem contato Medidor de Nível Capacitivo Características • Disponíveis para condições críticas de temperatura e pressão ou aplicações pesadas como minérios, brita, entre outros; • São extremamente versáteis, podendo ser utilizados com os mais variados produtos : – líquidos condutivos ou não, viscosos e agressivos; – materiais granulados, pós; – polpas. • Não apresentam partes móveis; Medidor de Nível Capacitivo Nível Medição de Nível por Pesagem • À medida que o nível de produto se eleva, o tanque (reservatório) fica mais pesado, tendo então uma relação direta com o nível do produto. • São utilizadas células de carga, que executam a pesagem e dão suporte ao reservatório. Nível Medição de Nível por Ultrassom O ultrassom é uma onda sonora, cuja frequência de oscilação é maior que aquela sensível pelo ouvido humano, isto é, acima de 20 Khz. A geração ocorre quando uma força externa excita as moléculas de um meio elástico, esta excitação é transferida de molécula a molécula do meio, com uma velocidade que depende da elasticidade e inércia das moléculas; A propagação do ultrassom depende, portanto, do meio. Nível Medição de Nível por Ultrassom As ondas de ultra-som são geradas pela excitação elétrica de materiais piezelétricos; A característica marcante desses materiais é a produção de um deslocamento quando aplicamos uma tensão. Assim sendo, eles podem ser usados como geradores de ultra-som, compondo, portanto, os transmissores; Inversamente, quando se aplica uma força em um material piezelétrico, resulta o aparecimento de uma tensão no seu terminal elétrico. Nesta modalidade, o material piezelétrico é usado como receptor de ultra-som. Nível Medição de Nível por Ultrassom Pela sua estabilidade, o quartzo cultivado é um dos materiais mais recomendados para fabricação do sensor transdutor. A excitação destes transdutores pode ser realizada de três maneiras: • Por pulso; • Por onda contínua; • Trens de onda. Nível Medição de Nível por Ultrassom • Dependendo do meio, faremos a distinção da propagação nos sólidos, líquidos e gases. • Assim sendo, a velocidade do som é a base para a medição através da técnica de eco, usada nos dispositivos ultrassônicos. Características • O sensor não entra em contato com o fluido sendo, portanto, indicadopara medição de fluidos agressivos; • Melhores condições de operação com um meio de propagação limpo e sem obstruções; • Obstáculos no interior do reservatório poderão causar erros na medição (agitadores, boias, etc); • Depende da temperatura do meio gasoso que se propaga, portanto, pode ser necessário o uso de compensação de temperatura na velocidade de propagação ao inferirmos o nível; Medição de Nível por Ultrassom Características • Se a superfície líquida for turbulenta ou coberta com espuma, a reflexão do sinal pode acontecer antes de incidir sobre o nível propriamente, gerando um erro de medição; • A presença de partículas sólidas na fase gasosa pode prejudicar a leitura devido a dispersão do sinal em sua trajetória; • O medidor ultrassônico necessita de ar ou de outro gás como meio de transmissão (não se propaga no vácuo). Medição de Nível por Ultrassom Medição de Nível por Ultrassom • Medidor com funcionamento similar ao ultrassônico porém com frequência de onda maior; • Possui uma antena cônica que emite impulsos eletromagnéticos de alta frequência à superfície a ser detectada. • A distância entre a antena e a superfície a ser medida será, então, calculada em função do tempo de atraso entre a emissão e a recepção do sinal. Nível Medição de Nível por Radar • Esta frequência gerada dependendo do tipo utilizado (frequência modulada, onda guiada) é da ordem de 8,5 a 24 Ghz. • Esta técnica pode ser aplicada com sucesso na medição de nível por ser imune a efeitos provocados por gases, pó, e espuma entre a superfície e o detector; • Possui custo relativamente alto; Nível Medição de Nível por Radar Nível Medidores descontínuos (Chaves de Nível) • Estes medidores são empregados para fornecer indicação apenas quando o nível atinge certos pontos desejados, como, por exemplo, em sistemas de alarme e segurança de nível alto ou baixo. • Boia que flutua acompanhando o nível ou interface de dois produtos em um tanque com diferentes densidades. • Montagem lateral ou de topo. • Indicação ON-OFF Chaves de Nível Chaves de Nível Tipo Boia Principio de Funcionamento: Quando a interface ou nível do produto atinge o sensor, ocorre mudança de vibração do mesmo, atuando uma chave. Medidor de Vibração Chaves de Nível • Uma membrana (diafragma) é pressionada pelo material, e aciona uma micro-chave utilizada para controle ou sinalização do nível onde está situado o controlador. Chave por Diafragma Chaves de Nível • As pás rotativas são acionadas por um motor síncrono de baixa rotação e torque. Na ausência de produto as pás giram livremente, quando o nível de produto atinge as pás elas param, um sistema eletromecânico é acionado e desliga o motor. • Quando o nível do produto diminui, as pás ficam livres, e o sistema aciona novamente o motor. Chave por Pás rotativas Chaves de Nível • Nos líquidos que conduzem eletricidade, podemos mergulhar eletrodos metálicos de comprimento diferente; • Quando houver condução entre os eletrodos, teremos a indicação de que o nível atingiu a altura do último eletrodo alcançado pelo líquido. Eletrodos de Condutividade Chaves de Nível • Medição Contínua ou Descontínua; • Sólidos ou líquidos; • Com transmissão para sistema de controle; • Tipo e dimensões do reservatório; • Local da instalação; • Pressão e Temperatura de trabalho; • Agressividade do fluido. Parâmetros para a seleção do Medidor Nível Malha de Controle de Nível – Exemplo: Analisadores de Gases Industriais Analisadores de Gases Industriais Instrumentos relativamente sofisticados, de operação automática e independente, que tem a finalidade de medir a concentração de um gás em uma determinada amostra do processo. Os tipos mais comuns para aplicação industrial, são: �Analisadores de Gases por Condutibilidade Térmica �Analisadores por Absorção de Raios Infravermelhos Analisadores de Gases Analisador por Condutibilidade Térmica �O analisador por condutibilidade térmica é um instrumento analítico industrial, que permite determinar a concentração de um gás em uma mistura gasosa. A condutibilidade térmica de um gás é uma grandeza física específica dele. �De modo que, quando uma mistura gasosa for composta de dois componentes, pode-se conhecer a concentração de cada um dos componentes através dessa propriedade. Analisadores de Gases Conceito - A figura abaixo representa um cubo cheio de gás, tendo duas superfícies opostas mantidas em temperaturas diferentes. Cubo de gás Analisadores de Gases por Condutibilidade Térmica Analisadores de Gases por Condutibilidade Térmica • A quantidade de calor, Q, que atravessa o cubo na unidade de tempo T, entre as duas superfícies, depende dos seguintes fatores: – diferença de temperatura entre as superfícies: t1 - t2; – áreas das superfícies - S; – distância entre as superfícies – D; – condutibilidade térmica do gás – K. • Desta forma mantendo os outros parâmetros constantes pode-se determinar a concentração do gás a partir da variação de temperatura no cubo da amostra. Analisadores por Absorção de Raios Infravermelhos �O analisador de infravermelho industrial é um instrumento analítico, que permite determinar, quantitativamente, em uma mistura de dois ou mais gases, um dos componentes. Analisadores de Gases Espectro de absorção de infravermelho de um gás. �A análise dos gases pelo método de absorção de raios infravermelhos utiliza o princípio de que as moléculas de um determinado gás absorvem o raio infravermelho, e analisa continuamente a variação da concentração de um componente específico de uma mistura gasosa. �O princípio de medição é específico para o gás a ser analisado, isto é, o instrumento reagirá somente quando houver na amostra este gás. Analisadores de Gases por Absorção Infravermelha �A absorção dos raios infravermelhos é efetuada no interior de uma célula provida de janelas que permitem a passagem de raios infravermelhos e a relação quantitativa entre a absorvidade do infravermelho pelas moléculas e a quantidade do gás existente numa mistura; Analisadores de Gases por Absorção Infravermelha � Os analisadores são construídos, geralmente, de modo a receberem uma amostra dentro de certas condições padronizadas de pressão, temperatura, umidade, poeira e corrosividade. � As condições do gás, dentro do processo, fogem, geralmente, dos padrões estabelecidos para o analisador; � Os sistemas de amostragem agem como elo de ligação entre o processo e o analisador, transformando uma amostra, inicialmente imprópria para análise, em uma amostra representativa e perfeitamente mensurável; Analisadores de Gases Sistemas de Amostragem �É composto por um conjunto de equipamentos e acessórios de operação automática, com a finalidade de retirar amostras continuamente do processo, enviando-as após preparação, ao analisador; �Os sistemas de amostragem melhoram o desempenho de um analisador, fornecendo amostras para o analisador à pressão, temperatura, taxa de vazão e limpeza ideais, oferecendo: • Melhor exatidão e confiabilidade de medição • Redução da manutenção e ampliação da vida útil do analisador. Sistemas de Amostragem Sistemas de Amostragem Operação Adama Riscos Inerentes às Substâncias Químicas Os produtos químicos como fatores de risco • As substâncias químicas podem ser agrupadas, segundo suas características de periculosidade, em: asfixiantes
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