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Anatomia Van de Graaff - Sistema reprodutor masculino

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SEXTA EDIÇÃO
VAN DE GRAAFF
C
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IT
U
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 2
0
714 U n id a d e 7 Reprodução e Desenvolvimento
TABELA 20.4 O Exame Clínico do Sêmen
Características Valor de Referência
Volume ejaculado 1 ,5 - 5 ,0 ml
Contagem de espermatozóides 40 - 250 milhões/ml
Motilidade dos espermatozóides 
Porcentagem de formas móveis: 
Uma hora depois da ejaculação 
Três horas depois da ejaculação
70% ou mais 
60% ou mais
Contagem dos leucócitos 0 - 2.000/ ml
pH
OO\CnJ
Concentração de frutose 1 5 0 -6 0 0 mg/100 ml
Reimpresso com permissão de Medicai Economics Company de Glaser, L., 
“Seminal fluid and subfertility”, Diagnostic Medicine, July/August 1981, p. 28. 
Copyright, 1981 by Medicai Economics Company.
uma série de jatos de sêmen dos duetos ejaculatórios e da uretra. 
Isto ocorre quando os impulsos parassimpáticos que transitam pelos 
nervos pudendos estimulam os músculos bulboesponjosos (veja fig.
2 0 .2 ) na base do pênis levando-os a se contraírem ritmicamente. 
Além disso, a estimulação simpática dos músculos lisos da parede 
da uretra provoca sua contração, auxiliando a ejetar o sêmen.
A função sexual no homem requer, assim, a ação sinérgica 
(em lugar de ações antagônicas) das divisões parassimpática e 
simpática do SNA. Os mecanismos da emissão e da ejaculação 
estão resumidos na figura 20.17.
Imediatamente em seguida à ejaculação ou à cessação da 
excitação sexual, os impulsos simpáticos causam vasoconstrição 
das arteríolas no interior do pênis e reduzem o fluxo de sangue. 
Ao mesmo tempo, o débito cardíaco retorna ao normal, com o 
retorno venoso do sangue do pênis. Com o fluxo normal do san-
gue através do pênis, este retoma a sua condição flácida.
4. ^ , Adolescentes podem experimentar ereção do pênis, emissão 
espontânea e ejaculação de sêmen durante o sono. Estas 
emissões noturnas, chamadas de poluções, são ativadas por estí-
mulos psíquicos associados com sonhos. Pensa-se que são causa-
das por alterações nas concentrações hormonais que acompanham 
0 desenvolvimento do adolescente.
Sêmen
O sêmen, também chamado líquido seminal, é a substância 
descarregada durante a ejaculação (tabela 20.4). Geralmente, 
entre 1,5 e 5,0 ml de sêmen são ejetados durante a ejaculação. A 
maior parte do líquido (cerca de 60% ) é produzida pelas glându-
las seminais, e o restante (cerca de 40%) deve-se à participação 
da próstata. Os espermatozóides respondem por menos de 1% do 
volume. Comumente há entre 60 e 150 milhões de espermatozói-
des por m ilím etro de líquido ejaculado. Na oligospermia, o 
homem ejacula menos de 1 0 milhões de espermatozóides por mi-
límetro e provavelmente terá problemas de fertilidade.
' 4 ^ O sêmen humano pode ser congelado e armazenado em 
bancos de esperma para inseminação artificial futura. Nesse 
procedimento, 0 sêmen é diluído em 10% de glicerol, monossacarí- 
deos e água destilada, e congelado em nitrogênio líquido. O pro-
cesso de congelamento destrói espermatozóides defeituosos e 
anormais. Contudo, por alguma razão desconhecida, nem todo es-
perma humano congela satisfatoriamente.
Avaliação de Conhecimentos____
20. Defina os termos ereção, emissão e ejaculação.
21. Explique a afirmativa que a função sexual do homem é uma 
ação autônoma sinérgica.
22. Utilize um fluxograma para explicar os acontecimentos fi-
siológicos e físicos da ereção, emissão e ejaculação.
23. Descreva os componentes de uma ejaculação normal.
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
Disfunção sexual constitui uma extensa área de uma espe-
cialidade médica que inclui o desenvolvimento e os problemas 
psicogênicos como também condições que resultam de várias 
doenças. Problemas psicogênicos do sistema genital são extrema-
mente complexos e se encontram além do âmbito deste livro. Só 
algumas das principais situações de desenvolvimento, disfunções 
e doenças que afetam a estrutura física e as funções do sistema ge-
nital masculino serão comentadas aqui.
Problemas de Desenvolvimento 
do Sistema Genital Masculino
Os órgãos genitais de ambos os sexos se desenvolvem de te-
cido embrionário similar que seguem um padrão bem consistente 
de formação no período fetal. Como um embrião tem o potencial 
para se diferenciar em homem ou mulher, falhas de desenvolvi-
mento podem resultar em vários graus de sexo intermediário, ou 
hermafroditismo. Uma pessoa com genitais externos indiferen-
ciados ou ambíguos é chamada de hermafrodita.
O verdadeiro hermafroditismo - no qual ambos os tecidos 
gonadais do homem e da mulher estão presentes no corpo - é 
uma anomalia rara. O hermafrodita verdadeiro habitualmente 
apresenta uma constituição de 46 XX cromossomos. O pseudo- 
hermafroditismo masculino ocorre mais freqüentemente e em 
geral resulta de influências hormonais durante o início do desen-
volvimento fetal. Esta condição é causada por secreção inade-
quada de hormônios androgênicos ou pelo desenvolvimento 
atrasado dos órgãos genitais depois que o período de responsivi- 
dade dos tecidos já passou. Esses indivíduos têm um cromossomo 
constituído por 46 XY e gônadas de homem, mas os genitais são 
intersexuais e variáveis.
hermafrodita: G. (mitologia) Hermaphroditos, filho de Hermes (Mercúrio)
Capítulo 20 Sistema Genital Masculino 715
O tratamento do hermafroditismo varia e depende da ex-
tensão da ambigüidade dos órgãos genitais. Embora as pessoas 
com esta afecção sejam estéreis, elas podem participar de relações 
sexuais normais após terapia hormonal e cirurgia plástica.
Anomalias cromossômicas resultam da separação inade-
quada dos cromossomos durante a meiose e geralmente se expres-
sam por alterações dos órgãos genitais. As duas anomalias 
cromossômicas mais freqüentes causam a síndrome de Tumer e a 
síndrome de Klinefelter. A síndrome de Tumer ocorre quando 
apenas um cromossomo X está presente. Aproximadamente 97% 
dos embriões em que falta um cromossomo X morrem; os 3% re-
manescentes sobrevivem e parecem ser mulheres, mas suas gôna- 
das, quando presentes, são rudimentares e não amadurecem na 
puberdade. Uma pessoa com síndrome de Klinefelter tem a 
constituição de um cromossomo XXY, desenvolve peitos e geni-
tais masculinos, mas apresenta túbulos seminíferos subdesenvol-
vidos e geralmente é retardada mentalmente.
Um dos problemas mais comuns de desenvolvimento de 
anormalidades genéticas, e felizmente menos sério, é o criptor- 
quidismo. Criptorquidismo quer dizer “testículo oculto” e é ca-
racterizado pelo insucesso de um ou de ambos os testículos no 
descenso ao escroto. Um testículo criptorquídico comumente 
está localizado ao longo do trajeto do descenso mas pode estar em 
qualquer lugar da cavidade pélvica (fig. 20.18). Ocorre em apro-
ximadamente 3% das crianças masculinas e deve ser tratado 
antes que a criança alcance a idade de 5 anos para reduzir a pro-
babilidade de infertilidade ou de outras complicações.
Disfunções Sexuais
Disfunções do sistema genital masculino incluem impotên-
cia, infertilidade e esterilidade. Impotência é a incapacidade de 
amadurecimento sexual masculino para conseguir e manter a ere-
ção do pênis e/ou a incapacidade para ejacular. As causas da im-
p o tên c ia podem ser fís icas , en v olv en d o , por exem p lo, 
anormalidades do pênis, irregularidades vasculares, afecções neu-
rológicas ou certas doenças. Ocasionalmente, a causa de impo-
tê n cia é psico lógica, e o p aciente requer aconselham ento 
qualificado por um terapeuta especializado em sexo.
Infertilidade é a incapacidade do espermatozóide fertilizar o 
óvulo e pode envolver o homem ou a mulher, ou ambos. A causa 
mais comum de infertilidade masculina é a produção insuficiente 
de espermatozóides viáveis. Isso pode ser devido ao alcoolismo, 
deficiência dietética, lesão local, varicocele, calor excessivo, dese-
quilíbrio hormonal ou exposição excessiva a radiações. Muitas das 
causas de infertilidade podem ser tratadas por alimentação ade-
quada, tratamento com hormônios gonadotróficos ou microcirur-
síndrome de Turner: de Henry H. Tumer, endocrinologista americano, 
1892-1970síndrome de Klinefelter: de Harry F. Klinefelter Jr., médico americano, 1912-? 
criptorquidismo: G. crypto, oculto; orchis, testículo 
impotência: L. im, não; potens, potente
F IG U R A 20 .1 8 Criptorquidismo. (a) Descenso incompleto de um 
testículo pode envolver uma região (1) na cavidade pélvica, (2) no 
canal inguinal, (3) no anel inguinal superficial, ou (4) na parte supe-
rior do escroto, (b e c) Um testículo ectópico pode estar (1) na fáscia 
superficial da parede anterior da pelve, (2) na raiz do pênis ou (3) no 
períneo, na coxa ao lado dos vasos femorais.
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 20
O Sistema Genital
EXPLICAÇÃO
D eterm inação do Sexo
A identidade sexual se inicia no momento da concepção, 
quando o sexo genético do zigoto (ovo fertilizado) é determinado. 
O óvulo é fertilizado por um espermatozóide contendo um cro-
mossomo ligado ao sexo X ou Y. Se o espermatozóide contém um 
cromossomo X, deverá fazer par com outro cromossomo X do 
óvulo e uma criança do sexo feminino irá se desenvolver. Um es-
permatozóide que leva um cromossomo Y resulta em uma combi-
nação XY, e uma criança do sexo masculino irá se desenvolver.
O sexo genético determina se as gônadas serão testículos ou 
ovários. Se desenvolver os testículos, eles devem produzir e secre- 
tar hormônios do sexo masculino durante o período final do de-
senvolvimento embrionário e inicial do desenvolvimento fetal, e 
desenvolver os órgãos sexuais secundários masculinos.
Desenvolvim ento E m brionário
Os sistemas genitais masculino e feminino seguem um pa-
drão semelhante de desenvolvimento, com diferenças sexuais que 
resultam da influência dos hormônios. Um fato significante do 
desenvolvimento embrionário é que os órgãos sexuais dos sexos 
masculino e feminino são derivados dos mesmos tecidos em de-
senvolvimento e são considerados estruturas homólogas.
O primeiro sinal de desenvolvimento dos órgãos genitais, 
masculino ou feminino, ocorre durante a quinta semana quando a 
face medial de cada mesonefro (veja capítulo 19) aumenta para 
formar a crista genital (exibição 1). A crista genital continua 
crescendo atrás da membrana peritoneal em desenvolvimento. 
Pela sexta semana, massas semelhantes a cordões chamados cor-
dões sexuais primitivos formam-se no interior da crista genital 
ampliada. O cordão sexual primitivo no sexo masculino amadu-
rece tomando-se túbulos seminíferos. No sexo feminino, os cor-
dões sexuais primitivos devem contribuir como tecido de nutrição 
dos óvulos em desenvolvimento. Cada gônada se desenvolve 
perto de um tubo mesonéfrico e de um dueto paramesonéfrico. 
No embrião masculino, cada testículo se conecta através de uma 
série de túbulos com o dueto mesonéfrico. Durante o desenvolvi-
mento posterior, os túbulos conectados se tomam túbulos seminífe- 
ros, e o dueto mesonéfrico forma os dúctulos eferentes, o epidídimo, 
o dueto deferente, o dueto ejaculatório e a glândula seminal. O dueto 
paramesonéfrico no homem degenera sem contribuir com qual-
quer estrutura funcional do sistema genital. No embrião femi-
nino, o dueto mesonéfrico degenera e o dueto paramesonéfrico 
contribui grandemente para as estruturas do sistema genital femi-
homólogo: G. homos, o mesmo
nino. As extremidades distais do par de duetos paramesonéfricos 
se fundem para formar o útero e a porção profunda da vagina. As 
porções proximais não fundidas se tomam as tubas uterinas.
Extemamente, pela sexta semana uma dilatação chamada 
tubérculo genital aparece anteriormente à pequena cauda embrio-
nária (futuro cóccix). Os duetos mesonéfrico e paramesonéfrico 
se abrem para o exterior através do tubérculo genital. O tubérculo 
genital consiste em uma glande, um sulco uretral, um par de pregas 
uretrais e um par de intumescências labioescrotais (veja exibição II). 
Quando a porção da glande do tubérculo genital aumenta, é co-
nhecida como falo. No início do desenvolvimento fetal (décima à 
décima segunda semana), a diferenciação sexual dos genitais ex-
ternos toma-se aparente. No sexo masculino, o falo aumenta e se 
desenvolve como glande do pênis. As pregas uretrais se fimdem 
em tomo da uretra para formar o corpo do pênis. A uretra se abre 
na extremidade da glande como óstio externo da uretra. As intu-
mescências labioescrotais se fundem para formar o escroto e para o 
qual os testículos descem. Na mulher, o falo dá lugar ao clitóris, as 
pregas uretrais permanecem separadas como lábios menores do pu-
dendo, e as intumescências labioescrotais se tornam os lábios 
maiores do pudendo. O sulco uretral permanece como uma fenda 
longitudinal conhecida como vestíbulo da vagina.
Descenso do Testículo
O descenso do testículo do local onde se desenvolve começa 
entre a sexta e a décima semana. O descenso para o escroto, porém, 
não ocorre até aproximadamente a semana 28, quando o par de ca-
nais inguinais se forma na parede abdominal para fornecer as aber-
turas da cavidade pélvica até o escroto. O processo pelo qual um 
testículo desce não é bem conhecido, mas parece estar associado 
com a redução e o crescimento diferenciado do gubemáculo, que 
está ligado ao testículo e se estende através do canal inguinal até a 
parede do escroto (exibição III). Quando o testículo desce, passa ao 
lado da bexiga urinária e por diante da sínfise púbica. Leva com ele 
o dueto deferente, os vasos e nervos testiculares, uma porção do 
músculo oblíquo interno do abdome e vasos linfáticos. Todas essas 
estruturas permanecem fixas ao testículo e formam o que se co-
nhece como funículo espermático (veja fig. 20.14). Quando o tes-
tículo ocupa sua posição no escroto, o gubemáculo não é mais que 
um remanescente de tecido semelhante a uma cicatriz.
Durante o exame físico de um neonatal masculino, o mé-
dico palpará o escroto para determinar se os testículos 
estão em posição. Se um ou ambos não estiverem no escroto, 
pode ser possível induzir a descida administrando certos hormô-
nios. Se esse procedimento não surtir o efeito desejado, a cirur-
gia será necessária. A cirurgia geralmente é executada antes dos 
5 anos de idade. O insucesso em corrigir esta situação pode re-
sultar em esterilidade e possivelmente no desenvolvimento de um 
tumor no testículo.
gubemáculo: L. gubemaculum, capacete
7 1 6
-
*
____
(a)
V
\
\ jT
Af J r
I-
I Células
germinativas 
primordiais
H M M ja p r
■ -■
Crista
genital
Ureter
Bexiga
urinária
Tubérculo
genital
(b) Homem
Testículo
Rede do 
testículo
Dueto mesonéfrico 
persistente (dueto 
deferente em 
desenvolvimento)
Descenso 
testicular aos 
8 meses
W aldrop
(ai)
Peritônio
parietal
Ureter
Gubernáculo
Bexiga
urinaria
Tubo digestório posterior 
(intestino posterior)
Cordão sexual primitivo 
Membrana peritoneal
Dueto mesonéfrico 
Rim
Dueto paramesonéfrico
Gubernáculo
Seio urogenital
Cauda
(c) Mulher
Ovário
Dueto
mesonéfrico 
em degeneração
- Folículo primordial
Dueto
paramesonéfrico 
persistente 
(tuba uterina em 
desenvolvimento)
Célula folicular 
Oogônia
EXIBIÇÃO I A diferenciação das gônadas do homem e da mulher e duetos genitais, (a) Um embrião na sexta semana mostra as posi-
ções de um corte transversal descrito em (a-i), (b) e (c). (a-i) Em 6 semanas, as gônadas em desenvolvimento (cordões sexuais primitivos) 
ainda estão indiferenciadas. Pelos 4 meses, as gônadas se diferenciam em masculina (b) ou feminina (c). As ovogônias estão formadas 
no interior dos ovários (c i) aos 6 meses.
, *
7 17
U -
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Tubérculo 
genital
Prega uretrai
Intumescência
labioescrotal
Tubérculo
genital
Membrana
cloacal
Pregas 
u retrais
Cauda
Intumescências
labioescrotais
(a i)
VO* (a)
Glande
Masculino
Prega uretral / v
Intumescência
labioescrotal
*
Falo
Membrana
urogenital
Feminino
Glande do pênis
em desenvolvimento (b)
Sulco uretral
Pregas uretrais fundidas 
Períneo---------------------
Anus
Glande do clitóris 
em desenvolvimento
Lábios menores 
Lábios maiores
Glande 
do pênis
Escroto
Rafe do escroto
Prepúcio
Glande do clitóris
Ostio externoda uretra
I
—
Hímen
Óstio da vagina
Waldrop
(e) (f)
E X IB IÇ Ã O I I (a) Diferenciação dos genitais externos no homem e na mulher, (ai) Vista sagital. Na 6- semana, a prega uretral e a intu-
mescência labioescrotal estão diferenciadas do tubérculo genital, (ò) Em 8 semanas, um falo distinguível está presente durante o estágio 
de indiferenciação. Na décima segunda semana, os genitais externos tornam-se aparentes, masculinos (c) ou femininos (d), sendo deri-
vados de estruturas homólogas, (e, f) Em 16 semanas, os genitais externos estão formados, (g, h) Fotografias da décima semana dos ge-
nitais externos masculinos e femininos, respectivamente.
. .
4*
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I
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H r r ■
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7 1 8
-
(g)
(h)
E X IB IÇ Ã O I I Continuação
— -
a P ë 1+ ttnrÿ .i
—
Parede
abdominal
Cavidade
pélvica
Epidídimo
Testículo
Reto
Gubernáculo
Sínfise 
púbica
Pênis em 
desenvolvimento
(a)
Prega
labioescrotal
E X IB IÇ Ã O I I I Descenso do testículo, (a) Em 10 semanas, (b) 
em 18 semanas e (c) em 28 semanas. Durante o desenvolvi-
mento, cada testículo desce pelo canal inguinal na frente da sín-
fise púbica e entra no escroto.
i a , ;
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719
C
A
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U
L
O
 2
0
720 U n id a d e 7 Reprodução e Desenvolvimento
F IG U R A 20 .1 9 Ilustração simplificada de uma vasectomia, na qual um segmento do dueto deferente é ligado e cirurgicamente removido por 
uma incisão no escroto. O procedimento é então repetido no lado oposto.
gia. Se esses tratamentos não tiverem êxito, pode ser possível con-
centrar os espermatozóides obtidos por masturbação (em homens, 
auto-estimulação até o ponto da ejaculação) e usar este concen-
trado para inseminar a mulher artificialmente.
A esterilidade é semelhante a infertilidade, exceto que se 
trata de uma situação permanente. A esterilidade pode ser cau-
sada geneticamente, ou pode resultar de alterações degenerativas 
dos túbulos seminíferos (por exemplo, caxumba no homem 
adulto pode infetar secundariamente o testículo e provocar lesão 
irreversível do tecido).
A esterilização voluntária do homem no procedimento cha-
mado vasectomia é uma técnica comum de controle da natalidade. 
Nesse procedimento, uma pequena parte de cada dueto deferente 
próximo ao epidídimo é removida cimrgicamente, e as extremida-
des secionadas do dueto são ligadas separadamente, (fig. 20.19). 
Uma vasectomia evita o transporte de espermatozóides mas não 
compromete diretamente a secreção de andrógenos, a ereção ou a 
ejaculação. Como os espermatozóides compõem menos de 1% do lí-
quido ejaculado, até mesmo o volume não é, notadamente, afetado.
De acordo com o National Center for Health Statistics, há 
atualmente 5,3 milhões de casais infecundos sem filhos nos Esta-
dos Unidos. Em 40% dos casos, é a infertilidade da mulher que
esterilidade: L. sterilis, estéril 
vasectomia: L. vas, vaso; G. ektome, excisão
impede a concepção, em 40% é a do homem. Nos 20% restantes, 
ambos os esposos têm alguma anormalidade, ou a causa do prob-
lema é desconhecida. Desses casais que buscam ajuda para a in-
fertilidade, apenas aproximadamente 2 0 % são bem sucedidos.
Doenças do Sistema Genital
Doenças Sexualmente Transmissíveis
Doenças sexualmente transmissíveis (D ST ) são doenças 
contagiosas que afetam os sistemas genitais do homem e da mu-
lher (tabela 20.5). São transmitidas durante o ato sexual, e suas 
freqüências de ocorrência nos Estados Unidos são consideradas 
pelas autoridades de saúde como de caráter epidêmico. Comu- 
mente chamadas de moléstias venéreas, as D ST não foram erradi-
cadas principalm ente porque os seres humanos não podem 
desenvolver imunidade a elas e porque o aumento da atividade 
sexual aumenta a probabilidade de infecção e reinfecção. Além 
disso, muitos dos microorganismos causadores podem sofrer mu-
tações de maneira que os tratamentos com as drogas disponíveis 
não são de efeito prolongado.
venérea: L. (mitologia) de Vénus, a deusa do amor 
gonorréia: L. gonos, semente; rhoia, um fluxo
Capítulo 20 Sistema Genital Masculino 721
TABELA 20.5 Doenças Sexualmente Transmissíveis
Nome Microorganismo Situação Resultante Tratamento
Gonorréia Gonococcus (bactéria) Adulto: esterilidade devido à destruição dos 
dúctulos do epidídimo e do 
testículo (em casos raros, septicemia); recém- 
nascido: cegueira
Penicilina injetável; tetraciclina via 
oral; gotas oculares (nitrato de prata 
ou penicilina) como preventivo em 
recém-nascidos
Sífilis Treponema pallidum (bactéria) Adulto: tumoração mole, neurosífilis cardiovas-
cular; recém-nascido: sífilis congênita (mal-
formações, cegueira)
Penicilina injetável; tetraciclina via 
oral
Cancro mole Hemophilus ducreyi (bactéria) Cancro, bubão Tetraciclina; sulfas
Uretrite no homem Vários microorganismos Corrimento claro Tetraciclina
Vaginite na mulher Trichomonas (protozoário) Corrimento branco ou amarelo Metronidazol
Candida albicans (fungo) Corrimento branco, espesso em coalhos (monilíase) Nistatina
Síndrome de imunodeficiência Vírus de imunodeficiência Os sintomas iniciais incluem fadiga Azidotimidina (A Z T ), dideoxinosina
adquirida (A ID S) Humano (H IV ) extrema, perda de peso, febre, 
diarréia; muita tendência para 
pneumonias, infecções raras e câncer
(ddl), dideoxitidina (ddC); novas 
drogas estão sendo desenvolvidas, 
incluindo inibidores de proteases
Clamídia Chlamydia trachomatis (bactéria) Con im en to esbranquiçado pelo pênis ou va-
gina; dor durante a micção.
Tetraciclina e sulfonamidas
Condiloma acuminado Vírus Verrugas Podofilina; cauterização, criocirurgia, 
tratamento a laser
Herpes genital Vírus de herpes simples Ulcerações Tratam ento paliativo
Chato Artrópodo Coceira Lindane
A gonorréia é causada pela bactéria gonococcus ou Neisseria 
gonorrhoeae. Homens com essa doença apresentam inflamação da 
uretra, acompanhada de micção dolorosa e freqüentemente com 
secreção purulenta. Em mulheres, a doença é comumente assim 
tomática, e portanto muitas mulheres podem ser portadoras in-
suspeitas da doença. Gonorréias em estágios avançados em 
mulheres podem infectar o útero e as tubas uterinas. Uma mulher 
grávida com gonorréia não tratada pode transmitir bactérias para 
os olhos do recém-nascido durante sua passagem pelo canal do 
parto, causando possivelmente cegueira.
Sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum. A sífilis é 
menos freqüente do que a gonorréia, mas é uma doença mais 
grave. Durante o estágio primário da sífilis, a lesão chamada cancro 
se desenvolve no ponto onde o contato foi feito com uma úlcera 
semelhante a de uma pessoa infetada. O cancro persiste de 1 0 dias 
a 3 meses antes que a doença entre no estágio secundário que se ca-
racteriza por lesões ou erupções cutâneas (fig. 2 0 .2 0 ) acompanha-
das de febre. Esta fase dura de 2 semanas a 6 meses, e os sintomas 
desaparecem espontaneamente. O estágio terciário da sífilis sem 
tratamento pode ocorrer 1 0 a 2 0 anos após a infecção primária. 
Este estágio é caracterizado por alterações degenerativas em vários 
sistemas do corpo que podem levar a cegueira, loucura e morte.
A síndrome de imunodeficiência adquirida (A ID S) é uma 
doença virai transmitida principalmente pelo contato sexual ín-
timo e por abuso de drogas (compartilhando agulhas de seringas 
contaminadas). Mais informações sobre esta doença fatal para qual 
não há nenhuma cura conhecida são apresentadas na tabela 20.5.
F IG U R A 2 0.2 0 Sífilis em estágio secundário representado por le-
sões na pele.
cancro: Fr. chancre, indiretamente do L. cancer, caranguejo
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722 U n id a d e 7 Reprodução e Desenvolvimento
Afecções da Próstata
A próstata está sujeita a várias afecções muitas das quais 
são mais comuns em homens idosos. Os quatro problemas prostá- 
ticos mais freqüentes são: prostatite aguda, prostatite crônica, hiper- 
trofia prostática benigna e carcinoma prostático.
Prostatite aguda é comum em homens jovens sexualmente 
ativos através de infecções pelabactéria gonococcus. Os sintomas 
da prostatite aguda são: próstata inchada e sensível, micção dolo-
rosa e, em condições extremas, secreção purulenta pelo pênis. E 
tratada com penicilina, repouso no leito e aumento na ingestão 
de líquidos.
Prostatite crônica é uma das afecções mais comuns em ho-
mens de meia idade e idosos. Os sintomas dessa patologia variam 
desde irritação e ligeira dificuldade de urinar até dor severa e blo-
queio de urina, que comumente causa infecções renais secundárias. 
Nessa doença, acredita-se que vários tipos de microorganismos in-
fecciosos se alojam na próstata, e são responsáveis por inflamações 
em outros locais do corpo, como nervos (neurite), articulações (ar-
trites), músculos (miosites) e íris (irite).
H ipertrofia prostática benigna (H P B ) é o aumento da 
próstata de causas desconhecidas. Essa patologia ocorre em quase 
um terço dos homens com idades acima de 60 anos e se caracte-
riza por dor e dificuldade de urinar. Se a bexiga urinária não é es-
vaziada completamente, podem ocorrer cistites. Pessoas com 
cistite podem apresentar incontinência urinária e perda contínua 
de urina. A hipertrofia prostática benigna pode ser tratada pela 
remoção cirúrgica de porções da glândula por curetagem transu- 
retral (cortando e removendo pequenas partes) ou remoção da 
próstata inteira, chamada prostatectomia.
Carcinoma prostático, câncer da próstata, é a segunda causa 
mais freqüente de mortes por câncer em homens nos Estados Uni-
dos. Também, é comum em homens acima de 60 anos com apro-
ximadamente 25 .000 mortes anualmente. As metástases desse 
câncer para a coluna vertebral e encéfalo geralmente é o que mata 
o paciente. Carcinoma prostático avançado é tratado pela remo-
ção da próstata e freqüentemente com remoção dos testículos, ou 
orquiectomia. A orquiectomia elimina a secreção de testosterona, 
inibindo o crescimento de células do câncer da próstata.
Afecções do Testículo e Escroto
Uma infecção no testículo é chamada de orquite. Orquites 
podem se desenvolver em conseqüência de uma infecção bacte- 
riana primária ou como uma complicação secundária de caxumba 
contraída após a puberdade. Se a orquite pós caxumba envolver 
ambos os testículos, geralmente causa esterilidade.
A hidrocele é o acúmulo benigno de líquido no interior da 
túnica vaginal que recobre o testículo, causando o inchaço do es-
croto. E uma afecção de pequena expressão, freqüente em crian-
ças do sexo masculino e em adultos. A causa é desconhecida.
Resposta do Estudo de Caso Clínico
As estruturas tubulares que estão aparentemente ausentes em 
nosso paciente são os duetos deferentes. Essa situação, conhecida como 
ausência bilateral congênita dos duetos deferentes, impede o transporte dos 
espermatozóides do testículo para os duetos ejaculatórios. Isso explica a 
ausência de espermatozóides no líquido ejaculado do paciente. O seu lí-
quido seminal consiste apenas nas secreções das glândulas seminais (as 
quais, em muitos casos, também estão ausentes ou não funcionantes nesta 
malformação) e da próstata. Até recentemente, a condição desse paciente 
teria lhe impedido, definitivamente, de se tomar pai. Contudo, a extra-
ção microcirúrgica de espermatozóides do epidídimo é agora possível, per-
mitindo que muitos homens sem esperança possam gerar crianças.
PRATICA CLINICA
Um homem de 29 anos de idade pal-
pou um “caroço” em seu testículo esquerdo 
durante o auto-exame mensal de seu testí-
culo. Ele nunca tinha percebido esta massa 
antes e, assim, decidiu procurar o médico 
dele. Você examina o paciente e sente essa 
massa. E lisa, indolor e firme. O restante do 
testículo tem consistência normal. O epidí-
dimo também está normal. Você decide que 
essa massa precisa ser melhor avaliada, assim 
você solicita um ultra-som escrotal. Esse 
exame mostra um nódulo oval hipoecóico 
com 1 cm no pólo superior do testículo es-
querdo (veja seta). Observa-se uma pequena 
hidrocele, acúmulo de líquido no escroto.
P E R G U N T A S
1. Por que o auto-exame do testículo é 
importante?
2. Esta massa tem a aparência compatível 
com um seminoma, o tipo mais comum 
de tumor maligno testicular. Tumor 
testicular maligno geralmente se 
dissemina através dos linfáticos. Se 
lembrarmos que a drenagem linfática é 
seguida de drenagem venosa, onde se 
deve esperar encontrar linfonodos 
anormais se a doença desse paciente já 
se propagou?
3. Por que o ultra-som é considerado o 
meio mais seguro para obter imagens 
do escroto?

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