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ANATOMIA-E-FISIOLOGIA-DA-MULHER-1

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 
2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA MULHER ........................................................... 4 
2.1 Pré - Adolescência .............................................................................................. 8 
2.2 Adolescência....................................................................................................... 8 
2.3 Puberdade .......................................................................................................... 9 
2.4 O ciclo menstrual .............................................................................................. 11 
2.5 Climatério e menopausa ................................................................................... 12 
2.6 Aparelho reprodutor feminino e suas funções .................................................. 14 
3 ESTRUTURA ANATÔMICA ............................................................................... 16 
3.1 Órgãos genitais internos ................................................................................... 17 
3.2 Órgãos genitais externo .................................................................................... 20 
4 CARACTERIZAÇÃO DA MAMA FEMININA ...................................................... 22 
4.1 Principais distúrbios da mama feminina ............................................................ 24 
5 SAÚDE DA MULHER ......................................................................................... 25 
5.1 Doenças da vulva e vagina ............................................................................... 27 
5.2 Doenças do útero .............................................................................................. 28 
5.3 Doenças da cavidade pélvica ........................................................................... 28 
5.4 Infecções sexualmente transmissíveis (IST) ..................................................... 29 
5.5 Queixas urinárias .............................................................................................. 35 
5.6 Distúrbios cancerosos (malignos) ..................................................................... 36 
5.7 A importância das ações realizadas na saúde da mulher ................................. 37 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 39 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA MULHER 
 
 
Fonte: shre.ink/mDqf 
Do ponto de vista biológico, a mulher é um ser humano, produto da fertilização 
do óvulo pelo espermatozoide que possui cromossomos XX. A categoria "Mulher" 
inclui: a menina, a adolescente e a mulher adulta (D’ANGELO; J. G.; FATTINI, 2002; 
ABC DA SAÚDE 2018). 
Anatomicamente, uma mulher tem um sistema reprodutivo constituido pelos 
órgãos sexuais externos e internos (Quadro 1). 
Quadro 1 – Sistema reprodutivo da mulher 
Órgãos Externos Órgãos Internos 
➢ Pequenos e grandes lábios; 
➢ Monte púbico; 
➢ Vestíbulo da vagina; 
➢ Clitóris; 
➢ Bulbo do vestíbulo; 
➢ Glândulas vestibulares maiores. 
➢ Ovários: responsáveis pela produção de hormônios 
femininos e óvulos; 
➢ Trompas de Falópio: responsáveis pela 
condução dos óvulos e do embrião quando formado; 
➢ Útero: responsável pela implantação do embrião; 
➢ Vagina: canal que se estende da vulva até o colo do 
útero. 
Fonte: Adaptado de Santos (2018). 
 
 
5 
 
 Algumas modificações funcionais e morfológicas específicas para cada idade 
e sexo, ocorrem geralmente na adolescência. O crescimento e o desenvolvimento 
humano são caracterizados por mudanças nos seus padrões, que relacionam-se com 
a faixa etária e acontecem pelas relações entre a individualidade biológica, as 
demandas culturais e o ambiente. Essas modificações e alterações afetam de 
maneira significativa a vida da pessoa, estruturando as formas do seu desempenho e 
suas condições de adptação ao mundo. Na puberdade, as alterações se destacam, 
pois delimitam respostas fisiológicas distintas antes e depois desta fase (ROMÃO, 
2020). 
São inúmeras as transformações durante a puberadade ocorridas nas 
mulheres. Características sexuais desenvolvem e a principal evidência é a 
transformação das mamas. Diferentes transformações estão associadas à distribuição 
da gordura no tecido celular subcutâneo, que pode se acumular nas regiões 
abdominais, coxas e mamas. 
Quanto à pele, à medida que a mesma fica mais lisa; a acne poderá surgir, em 
relação aos cabelos, tornam-se mais viçosos e sedosos, aparecem pelos na região 
pubiana e nas axilas; e os quadris se expandem, preparando a pelve para o parto 
(SANTOS, 2018). 
Conforme Ré (2011), o processo do crescimento, maturação e 
desenvolvimento interfere decisivamente nas funções motoras, nas relações afetivas 
e sociais de crianças e jovens. As características principais desse processo em 
períodos específicos da infância e adolescência são: 
Do nascimento aos 3 anos de idade 
➢ O potencial de futuras aquisições inicia sua estruturação desde o nascimento. 
A atividade motora do recém-nascido é bem ativa, mas desordenada e sem 
finalidade objetiva, todos os membros se movimentam de modo assimétrico. 
➢ A curva neural mostra uma evolução (dimensional e funcional) extremamente 
veloz no início da vida, de modo que, por volta dos três anos de idade, o cerebro 
e as estruturas relacionadas já atingiram aproximadamente 70% do seu 
tamanho na idade adulta. 
 
6 
 
➢ A alta taxa de evolução biológica permite uma rápida aquisição da capacidade 
de organização e controle de movimentos, especialmente quando 
acompanhada de experiências motoras adequadas. 
Dos 3 aos 5 anos de idade 
➢ As habilidades motoras adquiridas na etapa anterior são refinadas, permitindo 
a execução de movimentos de complexidade crescente. A coordenação motora 
necessita ser desenvolvida de modo integrado com o processamento cognitivo. 
➢ As curvas de crescimento em estatura e peso corporal mantêm-se 
relativamente está veis, com ganhos anuais médios de 7 cm e 2,5 kg 
respectivamente. O ritmo lento de crescimento é importante para a aquisição e 
a retenção de um amplo acervo motor. 
➢ As forças mecânicas gravitacionais (impacto) e as contrações musculares 
inerentes à atividade física/esportiva fornecem para o sistema esquelético, com 
aumento da densidade mineral óssea, sem influenciar seu crescimento 
longitudinal. 
Dos 5 aos 10 anos de idade 
➢ Grande evolução motora acontece, facilitando a aprendizagem de habilidades 
cada vez mais complexas. Existe relativamente um aumento constante de 
força, velocidade e resistência. 
➢ De tal modo como nas fases anteriores, as diferenças no desempenho motor 
entre meninos e meninas é pequena ou inexistente. É desejável que, atéaproximadamente os 10 anos de idade, a criança tenha um amplo domínio das 
habilidades motoras fundamentais. 
Durante a puberdade 
➢ O pico de crescimento em estatura, é um dos principais fenômenos 
acompanhado da maturação biológica (amadurecimento) dos órgãos sexuais e 
das funções musculares (metabólicas), além de importantes alterações na 
composição corporal. 
➢ Nos meninos, o pico de crescimento em estatura acontece aproximadamente 
aos 14 anos de idade, com grandes variações individuais, sendo normal sua 
 
7 
 
ocorrência entre os 12 e os 16 anos. A cerca de seis meses após o pico de 
crescimento em estatura, ocorre o pico de ganho de massa muscular, 
diretamente associado à elevação do hormônio testosterona. Nas meninas, o 
pico de crescimento em estatura ocorre por volta dos 12 anos e apresenta 
consideráveis variações em relação à idade cronológica, podendo ocorrer entre 
os 10 e os 14 anos. 
A seguir veremos no quadro 2, como acontece a evolução da criança. 
Quadro 2- A evolução da criança 
 
Fonte: Adaptado de Santos (2018). 
Recentemente as pesquisas têm demonstrado que indivíduos na mesma faixa 
etária com estágios maturacionais diferentes alcançaram indicadores de crescimento 
e desempenho motor distintos, indicando que a maturação é uma ferramenta 
importante a ser utilizada em conjunto com indicadores de crescimento e de 
desempenho motor para fornecer intepretações mais adequadas dos jovens (PINTO 
et al., 2018). 
A idade óssea, a maturação somática e a maturação sexual são métodos 
comumente utilizados para avaliar o estágio maturacional de crianças e jovens. 
 
8 
 
2.1 Pré - Adolescência 
As características físicas na pré-adolescência se baseia na perda da aparência 
infantil da face, adquirindo traços que o caracterizarão como adulto; surgem os 
caracteres sexuais secundários nas meninas entre 10 e 12 anos, assim como as 
alterações físicas da puberdade, como o aumento de altura, peso, pelve e dos quadris, 
desenvolvimento das mamas, aumento da sudorese, surgimento dos pelos pubianos. 
As mudanças em seu padrão de comportamento: 
➢ desenvolvimento motor: apresentam movimentos ativos, inquietos e energé-
ticos; esforça-se para aperfeiçoar habilidades físicas; 
➢ desenvolvimento cognitivo: gosta de raciocinar, quer medir desafios, gosta 
de ação para aprender, gosta de conversar e debater, consegue ser crítico em 
seus próprios trabalhos; 
➢ desenvolvimento psicossocial: começam a trabalhar seus padrões sociais, 
participam de grupos, questionam sua independência, o interesse pela sexua-
lidade tende a ser crescente. 
2.2 Adolescência 
Entre 12 a 14 anos ocorre o ínicio da adolescência , os órgãos reprodutivos 
tornam-se ativos, inicia-se a menarca (primeira menstruação), sistema esquelético 
cresce mais rápido, aumentando as necessidades de cálcio e ferro. Mudanças em seu 
padrão de comportamento: 
➢ desenvolvimento motor: alcança uma postura ruim, mais relaxada, cansa-se 
facilmente; 
➢ desenvolvimento cognitivo: pode projetar o pensamento para o futuro, cria 
planos, e pensamentos imaginativos; 
➢ desenvolvimento psicossocial: interesse pelo sexo oposto tende a ficar mais 
forte, tendência revoltar-se com a autoridade do adulto, retrabalha seus 
sentimentos sobre pai e mãe, pode apresentar uma afeição maior por alguém 
de fora da família, os grupos de amigos são extremamente mais importantes, 
começam a questionar os valores morais. 
 
9 
 
2.3 Puberdade 
A puberdade está diretamente associada ao início da vida adulta, sendo 
ocasionada pelo aumento gradativo da produção dos hormônios gonadotrópicos pela 
hipófise, que tem início aproximadamente com 8 anos e é finalizado no começo da 
puberdade. Já a menarca, que significa o primeiro ciclo menstrual, ocorre nas meninas 
frequentemente entre 11 e 16 anos (TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
O sistema hormonal feminino é composto por três hierarquias de hormônios: 
➢ um hormônio de liberação hipotalâmico, chamado de hormônio liberador de 
gonadotropina (GnRH). 
➢ hormônios sexuais produzidos pela hipófise anterior — o hormônio folículo 
estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) —, ambos secretados em 
resposta ao GnRH do hipotálamo. 
➢ hormônios ovarianos, estrógeno e progesterona, que são secretados pelos 
ovários em resposta aos dois hormônios da hipófise anterior (LH e FSH). 
A puberdade é o início da vida sexual adulta. Determina-se esse período por 
um aumento gradual da secreção de hormônios gonadotróficos pela hipófise inicia-se 
aproximadamente no oitavo ano de vida. Durante a infância, o hipotálamo não secreta 
quantidades significativas do GnRH. Uma das razões é que, nesse período, a menor 
secreção dos hormônios esteroides opera produzindo um forte efeito inibitório sobre 
a secreção hipotalâmica de GnRH (AIRES, 2015). 
No decorrer de cada mês do ciclo sexual feminino, tanto o FSH quanto o LH 
mostrar-se aumento e diminuição cíclicos. Esses hormônios estimulam as células-alvo 
ovarianas ao se ligarem a receptores específicos. Tais variações formam alterações 
ovarianas cíclicas. Os dois tipos de hormônios sexuais ovarianos são o estrogênio e 
a progestina hormônios esteroides secretados especialmente a partir do colesterol. 
O hormônio mais importante dos estrogênios é o estradiol, sendo ele secretado em 
quantidades significativas pelos ovários e em pequena quantidade pelo córtex 
adrenal. 
Esse hormônio é secretado em grande quantidade pela placenta, durante o 
período gestacional. Também são encontrados outros dois tipos de estrogênios, a 
estrona e o estriol em quantidades significativas no plasma das mulheres. A secreção 
 
10 
 
de estrogênio apresenta níveis elevados na puberdade e variações cíclicas durante 
os ciclos sexuais mensais, com aumento adicional da secreção durante os primeiros 
anos da vida reprodutiva e, ao final desta, uma redução progressiva, culminando, ao 
mesmo tempo com a progesterona, em níveis quase indetectáveis após a menopausa. 
A progesterona é a progestina mais importante, contudo, uma pequena quantidade da 
17-α-hidroxiprogesterona também é secretada, tendo essencialmente os mesmos 
efeitos. Na mulher não grávida, a progesterona é secretada em quantidades 
significativas na segunda metade do ciclo menstrual (HALL, 2017; TORTORA; 
DERRICKSON, 2017; RAFF; LEVITZKY, 2012; SILVERTHORN, 2017). 
Puberdade precoce e tardia 
Nas meninas ocorrem antes dos 8 anos de idade, a puberdade precoce é o 
início da maturação sexual. Podendo ser classificada em dois tipos: 
➢ dependente do GnRH (puberdade precoce central); 
➢ independente do GnRH (efeitos periféricos do hormônio sexual). 
Geralmente, a puberdade precoce dependente de GnRH é mais comum e mais 
frequente em meninas. Nessa patologia, o eixo hipotálamo-hipofisário é ativado, 
resultando em aumento da maturação das gônadas, desenvolvimento das 
características sexuais secundárias e espermatogênese ou oogênese. 
 Na puberdade precoce independente de GnRH, as características secundárias 
resultam de níveis circulantes elevados de andrógenos ou estrógenos, sem a ativação 
do eixo hipotalámo-hipófise (HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
 A puberdade tardia é definida como a ausência do início da maturação sexual 
na época esperada. A puberdade tardia nas meninas, deve-se à ausência do 
desenvolvimento das mamas até os 13 anos e à ausência de menstruação 
(amenorreia) até os 16 anos. Cita-se além desses fatores, tanto para o sexo feminino 
e masculino, um período de tempo superior a cinco anos entre o início e o fim do 
crescimento dos órgãos genitais. Existe vários distúrbios que estão relacionados à 
puberdade tardia, entre eles, doenças autoimunes, tumores que possam interferir no 
eixo hipotálamo-hipófise e diminuir ou interromper a secreção de gonadotrofinas, 
distúrbios testiculares e anomalias cromossômicas, como a Síndrome de Turner em 
 
11 
 
meninas e Síndrome de Klinefelterem meninos (HALL, 2017; TORTORA; 
DERRICKSON, 2017). 
2.4 O ciclo menstrual 
Os anos reprodutivos da mulher incluem alterações rítmicas mensais da 
secreção dos hormônios e alterações físicas correspondentes nos ovários, bem como 
em outros órgãos sexuais. Esse padrão rítmico recebe o nome de ciclo mensal 
feminino, ou ciclo menstrual. O ciclo tem, em média, duração de 28 dias, podendo ser 
curto (apenas 20 dias) ou longo (até 45 dias), sendo dividido em fase folicular e lútea 
(HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
O primeiro dia menstrual corresponde ao primeiro dia do ciclo, quando inicia a 
fase folicular, com o crescimento e o desenvolvimento de um folículo dominante nos 
ovários. Na metade de cada ciclo sexual mensal, um só óvulo é expelido, a partir do 
folículo ovariano, para o interior da cavidade abdominal, próximo às extremidades 
fimbriadas abertas das tubas uterinas. De tal modo, no ciclo menstrual, geralmente 
existe, um único óvulo apenas que é liberado pelos ovários em cada mês, de modo 
que apenas um feto possa se desenvolver após a fecundação. Após a ovulação, o 
óvulo liberado segue seu trajeto ao longo das tubas uterinas direcionada ao útero. 
Caso seja fertilizado por um espermatozoide, ele irá se implantar na cavidade do 
endométrio, que já foi preparado durante a fase secretora, no qual ocorrerá o 
desenvolvimento de um embrião (HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
Caso não ocorra a fecundação com o óvulo liberado, a menstruação, ou a 
descamação do endométrio, ocorre cerca de 14 dias após a ovulação, quando a maior 
parte do endométrio do útero se destaca da parede uterina, sendo então eliminada. 
Esse processo resulta da proteólise e isquemia (vasoconstrição endometrial com 
ruptura de capilares) da camada superficial. O aumento das contrações do miométrio 
auxilia a expulsão do endométrio degenerado (HALL, 2017; TORTORA; 
DERRICKSON, 2017). 
Acontecem todas essas alterações ovarianas durante o ciclo sexual, dependem 
totalmente dos hormônios gonadotrópicos FSH e LH secretados pela hipófise anterior. 
Na ausência destes, os ovários permanecem inativos. O LH é imprescindível para o 
crescimento folicular final e para a ovulação. Cerca de dois dias antes da ovulação, a 
 
12 
 
secreção de LH pela hipófise anterior aumenta acentuadamente, atingindo seu pico 
16 h antes da ovulação. 
O FSH também aumenta de duas a três vezes nesta ocasião, e os dois 
hormônios agem de modo sinérgico para causar o elevado aumento do folículo 
durante os últimos dias antes da ovulação. Sem esse surto pré-ovulatório de LH, a 
ovulação não acontece. O aumento na secreção de LH leva à reorganização do 
folículo e à formação do corpo lúteo, uma glândula endócrina temporária que continua 
a produzir e a secretar autonomamente progesterona e estrógeno. O hormônio exerce 
um papel importante na regulação da duração do ciclo ovariano, na manutenção inicial 
da gestação e na suspensão da liberação de FSH e LH por meio da inibição de GnRH 
(HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
A secreção de estrogênio um dia antes da ovulação começa a diminuir, 
enquanto começam a ser secretadas grandes quantidades de progesterona. Em caso 
de fertilização, o corpo lúteo continua a crescer e mantém funcional durante os 
primeiros dois a três meses da gestação. Posteriormente, ele regride gradativamente 
à medida que a placenta assume o papel de síntese hormonal para a manutenção da 
gestação. 
A secreção do hormônio progesterona continua elevada até o final da gestação. 
O processo de lise, ou regressão do corpo lúteo, marca o final do ciclo reprodutivo 
feminino, com declínio inicial da produção de progesterona. Corpo albicans é o nome 
da cicatriz desenvolvida no ovário após a involução do corpo lúteo. Essa fase é 
chamada de fase lútea (HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
2.5 Climatério e menopausa 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define climatério como uma das fases 
biológicas da mulher e não mais como um processo patológico. É a transição entre os 
períodos reprodutivos e não reprodutivos da mulher (BRASIL, 2008) 
Algumas mulheres passam por esse período sem sofrer alterações e nem 
sempre precisam de medicamentos para auxiliar nessa passagem; outras apresentam 
sintomas que podem ser variáveis conforme sua intensidade. Para ambos os casos, 
é aconselhável o acompanhamento médico, evitando os agravos à saúde da mulher. 
 
13 
 
O diagnóstico precoce visa à uma melhor promoção da saúde e o tratamento imediato 
dos sintomas, prevenindo danos futuros (BRASIL, 2008). 
Os ciclos sexuais femininos, passarão a ficar habitualmente irregulares, entre 
os 40 e 50 anos de idade, ou seja, a ovulação deixa de ocorrer durante muitos desses 
ciclos, período que é chamado de perimenopausa, o qual se inicia quando os primeiros 
sintomas da menopausa iminente começam a aparecer. Depois de alguns meses ou 
anos, os ciclos cessam por completo. 
 Esse período em que os ciclos cessam e os hormônios sexuais femininos 
diminuem até quase zero é denominado menopausa. O termo significa, portanto, a 
cessação permanente da menstruação, resultante da perda da função ovariana. A 
causa da menopausa é a extinção dos ovários. Durante toda a vida reprodutiva da 
mulher, cerca de 400 dos folículos primordiais crescem, transformam-se em folículos 
maduros e ovulam, enquanto centenas de milhares degeneram. Em torno dos 45 anos 
de idade, restam apenas alguns folículos primordiais para serem estimulados por LH 
e FSH, além disso, a produção de estrogênios diminui assim que o número de folículos 
primordiais se aproxima do zero. 
Quando a produção de estrógenos cai abaixo de um valor crítico, esses 
hormônios não conseguem mais inibir a produção de LH e FSH, que passam a ser 
produzidos em quantidades grandes e contínuas. Conforme os folículos primordiais 
remanescentes ficam atrésicos, a produção de estrogênio pelos ovários cai 
praticamente para zero (HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
Em algumas mulheres, alguns sinais e sintomas são mais frequentes e 
considerados comuns ao período da menopausa, em razão da alteração hormonal 
que o organismo sofre; outras convivem normalmente com essa transformação, sem 
nenhum sintoma aparente, porém a alteração hormonal é evidente no 
acompanhamento dos exames. Veja alguns desses sinais e sintomas (ABC DA 
SAÚDE, 2018): 
➢ Ondas de calor: também chamados de fogachos, são sensações intensas de 
calor, que acompanham rubor na face e no tronco. 
➢ Alterações urogenitais: com a diminuição ou ausência do estrogênio, ocorre 
a atrofia do epitélio vaginal, podendo ocorrer discreto sangramento. Na vagina, 
ocorre seu estreitamento e encurtamento, com perda de elasticidade e 
diminuição da secreção vaginal natural. Nessa fase ocorre dispareunia, um 
 
14 
 
desconforto sentido durante a relação sexual, e pode ocorrer aumento de casos 
de vaginites por conta do aparecimento de uma flora inespecífica. Outro 
aspecto que pode ocorrer é a síndrome uretral, caracterizada pelo aumento da 
frequência e ardência ao urinar. 
➢ Alterações de humor: as mudanças hormonais ocasionam variações na 
constituição química do cérebro, o que pode fazer surgir sintomas como 
ansiedade, fadiga, depressão, irritabilidade, perda de memória e insônia. 
➢ Alteração na sexualidade: a libido fica reduzida, principalmente pelo fato de 
a vagina não manter uma lubrificação desejável e ocorrer dor durante o ato 
sexual. 
➢ Aumento do risco cardiovascular: o hormônio estrogênio tem como uma das 
suas funções proteger o coração e os vasos sanguíneos de desenvolvimento 
de trombos; com a diminuição desse hormônio, aumenta a susceptibilidade de 
a mulher desenvolver um problema cardiovascular nessa fase. 
➢ Osteoporose: a massa óssea se reduz nessa fase, tornando os ossos mais 
frágeis e, com isso, o risco de fratura aumenta. 
2.6 Aparelho reprodutor feminino e suas funções 
 
Fonte: shre.ink/mDbFO sistema genital feminino envolve os órgãos da cavidade pélvica internos, os 
principais órgãos do aparelho reprodutor feminino envolvendo ovários, tubas uterinas, 
 
15 
 
útero e vagina, e externos, que correspondem a monte do púbis, lábios maiores e 
menores do pudendo, clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares maiores e 
glândulas de Skene (SARTORI, 2019). 
As funções principais do sistema reprodutor feminino são produzir ovócitos para 
a fertilização proporcionando as condições adequadas para a implantação do 
embrião, o desenvolvimento e o crescimento fetais e o nascimento. Ovários são as 
gônadas femininas. Eles são responsáveis pela produção dos ovócitos e dos 
hormônios estrógeno e progesterona. 
Os ovários constituem uma camada cortical externa que contém folículos de 
tamanhos diferentes e seus remanescentes, que permanecem sofrendo apoptose, 
envolvidos em tecido conectivo. As tubas uterinas estendem-se de ambos os ângulos 
superiores do útero, sendo subdivididas em um istmo, uma ampola e um infundíbulo, 
o qual se abre na cavidade abdominal e é circundado pelas fimbrias, que se ligam ao 
ovário. Os cílios do revestimento epitelial das tubas uterinas colaboram para a 
orientação da movimentação dos espermatozoides, auxiliando na fertilização e 
facilitando o movimento do zigoto (óvulo fertilizado) em direção à implantação para 
que ocorra o desenvolvimento fetal (HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017; 
RAFF; LEVITZKY, 2012; SILVERTHORN, 2017). 
 
 
 
 
16 
 
3 ESTRUTURA ANATÔMICA 
 
Fonte: shre.ink/mpau 
Vulva 
A vulva é responsável pela resposta motora pois possui inervações simpática 
e parassimpática além de inervação somática, também é responsável pela 
sensibilidade. A estimulação parassimpática causa a dilatação das arteríolas do tecido 
erétil genital e a constrição do retorno venoso, enquanto o estímulo simpático causa 
redução do fluxo arterial para os tecidos eréteis, fazendo com que seus tamanhos 
diminuam até aqueles que tinham antes da estimulação parassimpática (ZUGAIB, 
2020). 
Hímen 
Trata-se de uma membrana de tecido conjuntivo que parcialmente recobre o 
óstio da vagina. Possui tamanho e forma variáveis, frequentemente sendo anular, 
possui uma única abertura e ocasionalmente pode apresentar diversas pequenas 
aberturas (cribriforme), ou, mais raramente, ser totalmente fechado (hímen 
imperfurado). Após o acontecimento da relação sexual, pequenos fragmentos apenas 
poderão ser visualizados (carúnculas himenais). Por se tratar de uma membrana de 
pequena espessura e vascularização reduzida, seu rompimento durante a cópula não 
é doloroso e não causa profusa hemorragia, como erroneamente é propagado. O 
 
17 
 
desconforto das mulheres às primeiras relações está mais relacionado à falta de 
relaxamento dos músculos e estruturas vizinhas do que à própria lesão himenal. 
3.1 Órgãos genitais internos 
Ovários 
Mencionam-se a gônadas femininas com forma ovalada e de coloração 
cinzento -rósea, medindo cerca de 5 cm de comprimento, 2,5 cm de largura e 8 mm 
de espessura, situadas na cavidade peritoneal pélvica, à frente do ligamento largo do 
útero, em cavidades nomeadas fossas ováricas, e presas à porção superolateral do 
útero pelo ligamento útero-ovárico (BECKER et al., 2018). 
Os ovários agem no desenvolvimento das células germinativas femininas, 
denominadas óvulos, atuando como glândulas endócrinas na produção dos 
hormônios estrógeno e progesterona, responsáveis por controlar o desenvolvimento 
das propriedades sexuais femininas secundárias e agir sobre o útero nos mecanismos 
de implantação. O interior dos ovários é revestido por epitélio germinativo, 
apresentando a região do córtex, uma região periférica, na qual se encontram os 
folículos ováricos primários, e o estroma, a extensão central do ovário, além de tecido 
conjuntivo e vasos sanguíneos. Além disso, a superfície do ovário continua lisa e 
brilhante até a fase da puberdade, ficando rugoso ao dar início a puberdade e as 
outras fases seguintes, em decorrência da expulsão dos ovócitos (BECKER et al., 
2018). 
Tubas uterinas 
As duas tubas uterinas ou trompas de falópio comosão conhecidas, possuem 
um óstio externo (óstio abdominal), que se abre na cavidade abdominal e é 
responsável pela captação do oócito; e um interno (óstio uterino), que se comunica 
com a cavidade uterina. Dividem-se em quatro porções: 
➢ intramural ou intersticial, 
➢ ístmica, 
➢ ampular e 
➢ infundibular, na qual se encontram as fímbrias. 
 
18 
 
Elas possuem de 10 a 12 cm de comprimento e livre mobilidade anatômica, se 
afixam ao ligamento largo do útero por meio de uma prega peritoneal que envolve 
toda a tuba denominada mesossalpinge. Entre as lâminas da mesossalpinge, 
encontram-se artérias, veias, nervos e vasos linfáticos tubários. 
A parede tubária é composta por três camadas (túnicas): mucosa (mais 
interna), muscular e serosa. A túnica mucosa é formada por epitélio colunar simples, 
com células ciliadas e secretoras; a muscular, por fibras musculares lisas com 
disposição helicoidal, cuja função principal é facilitar a captação do oócito e o 
transporte do zigoto até a cavidade uterina; e a serosa tem função de revestimento e 
proteção. 
A fecundação acontece normalmente na região dilatada da tuba uterina, 
nomeada ampola, contexto no qual é formado o zigoto, que se desloca pela tuba 
uterina durante cerca de 3 dias, até encontrar o útero. Logo que o zigoto percorre, a 
tuba uterina segmenta-se, formando-se a mórula, que avança em direção ao útero, 
região em que forma o blastocisto; normalmente no 8º dia posterior à fecundação, 
implanta-se a mucosa uterina. 
Útero 
 O útero é um órgão muscular oco, possui tamanho e formato bem 
característico à uma pequena pêra, localiza-se na pelve menor, entre o reto e a bexiga, 
sendo fixado na cavidade pélvica através do ligamento largo do útero, do ligamento 
redondo do útero, do ligamento útero-sacral e dos ligamentos cardinais. Uma das 
funções do útero refere-se a fixar a implantação e o desenvolvimento do embrião, 
além de colaborar para o mecanismo do nascimento pela contração de suas paredes, 
causando a expulsão do feto (VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016). 
É composto por três regiões: 
➢ o fundo do útero: área situada sobre a implantação das tubas uterinas, que 
apresenta os óstios uterinos da tuba; 
➢ o corpo do útero: área com o maior volume; e o 
➢ colo: também denominado cérvice do útero, uma área abaixo e estreita. O colo 
do útero pode ser dividido em duas partes, a porção supravaginal - localizada 
acima da vagina e a porção vaginal a área do colo uterino que se projeta para 
 
19 
 
o interior da vagina e apresenta o óstio do útero, que realiza comunicação com 
a vagina. 
A seguir na figura 1, veremos a composição do útero. 
Figura 1 – Útero 
 
Fonte: shre.ink/mDcQ 
A cavidade uterina ao nível do corpo do útero possui o aspecto de uma fenda 
triangular de base superior, que por volta do final do 1º trimestre de gestação se dilata. 
No colo, a cavidade uterina é fusiforme, menor e é chamada de canal cervical, que 
não sofre dilatação até o momento do parto. Afinal, a cavidade uterina ainda está 
sujeita a transformações cíclicas relacionadas à menstruação. A parede uterina é 
formada por três camadas distintas (VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016). 
➢ Perimétrio: É a camada definida por ser delgada, formada por uma membrana 
serosa, que reveste a parte externa do útero e auxilia no desenvolvimento dos 
ligamentos que contribuem na manutenção do útero em sua posição. 
➢ Miométrio: É a camada definida por ser espessa, na qual se encontram as 
fibras elásticas, colágenas e musculares, formando um sistema de espirais 
cruzadas. 
➢ Endométrio: É considerado como a membrana mucosa que reveste a 
cavidade do útero. Perante a ação do estrógeno e da progesterona, que são 
 
20 
 
hormônios ovarianos, o endométriosofre transformações associadas ao ciclo 
menstrual. 
3.2 Órgãos genitais externo 
São constituídos por monte do púbis, lábios maiores e menores do pudendo, 
clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares maiores e de glândulas de Skene 
(TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
Monte púbico 
O monte púbico (monte de Vênus) é uma elevação mediana anterior à sínfise 
púbica é composta principalmente por tecido adiposo. Depois do amadurecimento 
puberal, acontece o crescimento de pelos espessos com distribuição característica. 
A demarcação externa do pudendo feminino é determinada pelo monte do 
púbis, que se diferencia pelo seu volume e proeminência, decorrente do tecido 
adiposo subjacente à pele anterior à sínfise púbica, e pelos lábios maiores, contornam 
e cobrem moderadamente os lábios menores, além de serem cobertos pelo tecido 
adiposo subjacente, apesar das regiões mais internas apresentarem menos pelos 
(ZUGAIB, 2020). 
Grandes e pequenos lábios 
São duas pregas cutâneas alongadas que delimitam entre si uma fenda, a rima 
do pudendo. Os lábios menores são definidos por serem duas pregas pequenas de 
pele, que não têm pêlos. 
Vagina 
É um tubo musculomembranoso, medindo de 7 a 8 cm de comprimento, que se 
estende do colo do útero até o óstio vaginal, sendo aberto no vestíbulo, área localizada 
entre os lábios menores do pudendo. A vagina é o órgão copulador da mulher, sendo 
a via de eliminação do sangue da menstruação e das secreções do útero e da 
passagem do feto durante o parto. Esse órgão é localizado na cavidade pélvica, na 
área inferior ao útero, à frente da uretra, antes do reto e do canal anal, e fazendo parte 
da espessura das estruturas no períneo. Possui uma parede média formada por fibras 
 
21 
 
musculares lisas e uma membrana mucosa com pregas transversais, recebem o nome 
de rugas vaginais. 
A parede precedente da vagina é mais curta que a posterior, porém as paredes 
estão juntas constituindo uma cavidade que se dilata somente no momento do parto 
ou durante o ato sexual. Na mucosa vaginal, existem glândulas produtoras de muco e 
células que, quando estão sob ação de estrógeno, produzem glicogênio e partículas 
de gorduras, usadas pelos lactobacilos da flora vaginal (bacilos de Doderlein), 
acarretando na produção de ácido láctico, que concede à vagina pH ácido 
(COUTINHO; COSTA; SILVA, 2018). 
O óstio da vagina é o orifício responsável pela comunicação da vagina com o 
meio externo, localizado no períneo, depois do óstio externo da uretra e antes do 
orifício anal (COUTINHO; COSTA; SILVA, 2018). 
Vestíbulo da vagina 
É uma fenda longitudinal delimitada pelos pequenos lábios. O óstio uretral 
externo pode ser visualizado na parte superior do vestibulo da vagina; abaixo do óstio 
da vagina; e, lateralmente, os orifícios dos ductos das glândulas vestibulares 
(glândulas de Bartholin). Essas glândulas são responsáveis pela lubrificação vaginal 
durante a excitação sexual. Para fins obstétricos, ou seja, para ampliar o canal de 
parto, é feita uma incisão cirúrgica do óstio da vagina até o períneo (perineotomia) ou 
mediolateralmente ao períneo (episiotomia mediolateral) se houver risco de ruptura 
perineal. 
 
Clitóris 
É uma saliência pequena de formato arredondado nos pequenos lábios, possui 
aproximadamente 2cm de comprimento e 0,5 cm de diâmetro, com uma parte exposta 
(glande) e uma parte não exposta ( corpo cavernoso).Este último se insere na parte 
posterior do arco púbico (ramos do clitóris). 
Ele possui um tecido erétil, semelhante aos corpos cavernosos no homem, 
localizado antes dos lábios menores do pudendo; e o bulbo do vestíbulo são duas 
massas pequenas, compostas por tecido erétil, situadas ao lado do orifício da vagina 
(TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
 
22 
 
4 CARACTERIZAÇÃO DA MAMA FEMININA 
 
Fonte: shre.ink/mD5e 
As mamas femininas localizam-se na parte anterior do tórax, antes dos 
músculos peitorais e da fáscia profunda, e são separadas pelo espaço retromamário. 
Elas possuem uma estrutura dinâmica que se modifica conforme a idade da mulher. 
Ao nascer, estão presentes apenas os ductos lactíferos principais. 
O volume e a elasticidade do tecido conectivo ao redor dos ductos 
acrescentam, bem como a vascularização e a deposição de gordura. A ação 
combinada dos hormônios (estrogênio e progesterona) estabelece o desenvolvimento 
completo da mama e a pigmentação da aréola. As mamas femininas são formadas 
por lóbulos (glândulas produtoras de leite), por ductos (pequenos tubos responsáveis 
por transportar o leite dos lóbulos ao mamilo) e por estroma (tecido glandular epitelial, 
tecido adiposo e tecido fibroso) que envolvem os ductos e lóbulos, além de vasos 
sanguíneos e vasos linfáticos. Outras estruturas presentes são ligamento 
suspensores, lobos, seios e canais lactíferos, glândula areolar, papila mamária e 
aréola (MENKE, 2007). 
O tecido glandular epitelial é composto por 12 a 20 lobos, cada um drenado por 
um canal lactífero. Os canais lactíferos conduzem-se para a base da papila, porém 
antes apresentam dilatação, o seio lactífero. Cada lobo é constituído por um conjunto 
de alvéolos. Os alvéolos mamários podem ser considerados as unidades mais 
importantes da estrutura mamária, devido à responsabilidade pela síntese do leite. O 
 
23 
 
tecido adiposo cobre completamente a glândula e podendo ser descrito em duas 
partes: a primeira está situada superficialmente entre a glândula e a pele e a segunda 
entre a base da glândula e a aponeurose do peitoral. 
O tecido adiposo promove o deslizamento da mama sobre o músculo e 
determina a forma e a consistência da mama. O tecido conectivo fibroso distende-se 
desde a bolsa retromamária até a derme, por entre os lóbulos e canais lactíferos. Ele 
ampara na sustentação dos lóbulos. Na Figura 2, veremos as estruturas principais que 
compõem a mama. 
Os mamilos também possuem formas específicas e podem ser classificados 
em: 
➢ protruso (saliente, bem delimitado), 
➢ semiprotruso (pouco saliente e sem delimitação precisa), 
➢ invertido e pseudoinvertido. 
 
Figura 2 – As principais estruturas da mama feminina 
 
Fonte: Adaptada de VectorMine/Shutterstock.com 
 
24 
 
4.1 Principais distúrbios da mama feminina 
As queixas mamárias principais relatadas nas consultas nos serviços de saúde 
são: dor, nódulos e derrames papilares. Além disso, pode-se observar anormalidades 
do desenvolvimento mamário, processos inflamatórios agudos ou crônicos, saída de 
secreção purulenta e modificações de pele e mamilo. Os distúrbios das mamas são 
classificados em não cancerosos (benignos) e cancerosos (malignos). Dentre os 
distúrbios conhecidos não cancerosos (benignos), podemos citar os seguintes: 
➢ Mastalgia (dor nas mamas): podendo ocorrer antes ou no decorrer do período 
menstrual, sendo causada por alterações hormonais. Pode, ainda, ser uni ou 
bilateral, focal ou difusa, constante ou intermitente. 
➢ Cisto mamário: lesão de formato esférico, preenchida por líquido situado no 
interior da mama, e não costuma evoluir para câncer. São três os tipos 
existentes de cistos: oleoso, hemático ou sérico, que variam de acordo com o 
tipo de líquido que apresentam internamente. 
➢ Doença fibrocística das mamas: considera-se um distúrbio comum, acontece 
dor mamária, cistos e nódulos benignos simultaneamente. 
➢ Fibroadenomas mamários: são nódulos sólidos que acontecem em mulheres 
jovens (adolescência até os 30 anos de idade). Possui bordas definidas que 
podem ser palpadas durante o autoexame. 
➢ Secreções através dos mamilos: existe diversas causas para a ocorrência 
da saída de líquido pelos mamilos. A galactorreia é a saída de leite que pode 
estar relacionada ao uso de medicamentos, alterações hormonais, trauma da 
parede torácica, entre outros. As cores das secreções menos perigosas são 
brancas ou verdes e as incolores e sanguinolentas são as mais perigosas. 
➢ Mastite:são infecções mamárias que podem geralmente surgir, no período 
pós-parto e no decorrer da amamentação. A mama infectada torna-se 
hiperemiada, edemaciada, sensível e quente. A infecção puerperal tem como 
principal agente etiológico o Staphylococcus aureus e costuma estar associada 
à formação de abscessos. 
➢ Abscesso mamário: acúmulo de pus na mama, que geralmente é proveniente 
de uma mastite não tratada. 
 
25 
 
5 SAÚDE DA MULHER 
 
Fonte: shre.ink/mD5w 
A saúde da mulher é um tema abrangente, que engloba todas as fases de sua 
vida, desde a infância até a senilidade. A área da saúde que dá assistência à mulher 
não gestante é denominada Ginecologia (CRUZ, 2014). 
 Muitas vezes, a falta de informação ou informações inadequadas colaboram 
para que esse assunto tenha uma repercussão inesperada, assim como a falta de 
informação tende a agravar o tratamento das afecções ginecológicas que surgem nas 
diversas idades das mulheres. Muitas dessas afecções são consideradas normais 
para o período de vida em que a mulher se encontra; outras, porém, requerem cuidado 
e atenção maior, evitando o agravo dessas afecções. As afecções ginecológicas mais 
frequentes serão apresentadas a seguir, em detalhes. 
Síndrome da tensão pré-menstrual -TPM 
A tensão pré-menstrual (TPM) é um período que ocorre nas mulheres, que 
precede a menstruação. Podendo ser desencadeada pela retenção de líquido e 
principalmente por alterações hormonais características dessa fase (SANTOS, 2018). 
Os sintomas são: 
➢ irritabilidade, 
➢ alterações de humor e labilidade emocional; 
 
26 
 
➢ pode vir acompanhada de cólicas abdominais, caracterizada por cólicas 
menstruais. 
Displasia mamária 
A displasia mamária caracteriza-se pelo aparecimento de pequenos nódulos ou 
cistos na mama. Os sintomas são dor nas mamas, especialmente à palpação; pode 
surgir secreção ao ser avaliado, embora alguns sejam indolores (SANTOS, 2018). 
Podem ser detectados através de ultrassonografia ou mamografia, 
principalmente ao autoexame das mamas e biópsia. Como realizar o autoexame das 
mamas ( figura 3): o autoexame da mama é realizado em três passos: 
➢ 1º passo – inspeção em frente ao espelho: retire toda a roupa (blusa e peça 
íntima) e em frente ao espelho posicione-se. Os braços devem ficar caídos ao 
longo do corpo, verifique se há presença de algum nódulo visível em uma das 
mamas; também observe assimetria de ambas as mamas. Posteriormente, 
eleve os braços mantendo-os erguidos e, depois, cruze-os atrás da cabeça, 
na altura no pescoço, observando sempre se há alterações visíveis nas 
mamas. Por último, posicione os braços na altura da cintura, pressione com 
leveza a região com as mãos observando se existe alguma alteração nas 
mamas. Deve-se prestar muita atenção, em relação sempre ao tamanho, a cor, 
se há presença de inchaço, as saliências e os nódulos visíveis. 
➢ 2º passo – palpação de pé: Essa palpação deverá ser empregada na hora do 
banho, embaixo do chuveiro, com as mãos ensaboadas, facilitando o 
deslizamento dos dedos e mãos. Primeiramente, levante um dos braços, 
colocando a mão atrás da cabeça. Apalpe a mama com a outra mão, utilizando 
movimentos de deslizamento dos dedos ao redor da mama e, em seguida, ao 
redor do mamilo. Realize movimentos circulares e de cima para baixo, 
pressionando levemente o mamilo e observando se há saída de líquido ou 
secreção. Repita com a outra mama. Observe se há nódulos, cistos ou caroços, 
e se sente dor à palpação. 
➢ 3º passo – palpação deitada: posicione-se deitada e coloque um dos braços 
na altura da nuca. Insira um travesseiro debaixo desse ombro, para acomodar-
 
27 
 
se melhor, e com a outra mão palpe a mama. Repita o mesmo movimento do 
2º passo e todo o procedimento com a outra mama. Observendo sempre se 
há presença de nódulos, cistos ou caroços (SANTOS, 2018). 
Figura 3 – Autoexame das Mamas 
 
Fonte: shre.ink/mDdm 
5.1 Doenças da vulva e vagina 
Geralmente são doenças comuns, que acometem a mulher em qualquer idade, 
com alto índice de consultas ao ginecologista. Essas doenças são classificadas 
segundo sua localização e são detectadas pelo exame físico e anamnese, e exames 
complementares. As principais doenças da vulva e vagina são (CRUZ, 2014): 
➢ Vulvovaginites: É um processo inflamatório que ocorre a vulva e a vagina 
(vulvite); é associada à vaginite, daí a relação vulvovaginite. As mulheres 
apresentam dor local, prurido, hiperemia, edema e aumento das glândulas de 
Bartholin. 
➢ Cistos benignos: são provenientes da obstrução nos canais das glândulas 
acessórias, especificamente as glândulas de Bartholin, classificadas como 
bartolinite – processo infeccioso agudo, com formação de abscesso. O 
tratamento é feito geralmente através de drenagem do abscesso. 
 
28 
 
➢ Leucorreia: É a doença mais comum, é uma infecção do canal vaginal, 
conhecida também como “corrimento”. Pode estar acompanhada de prurido, 
eritema, queimação e edema, que causa desconforto ao urinar. 
5.2 Doenças do útero 
O útero é um órgão indispensável para a reprodução humana e susceptível a 
algumas doenças, como infecções e inflamações. A seguir no quadro 3, 
aprenderemos sobre determinadas afeccções. 
Quadro 3 – Algumas afecções que acometem as mulheres 
Cervicite: inflamação aguda ou crônica, localizada no colo do útero. Normalmente ocorre edema e 
hiperemia. Há corrimento espesso, podendo ou não haver presença de sangue. É causado por 
distúrbios hormonais ou processo infecciosos. O exame de Papanicolau deve ser realizado para 
descartar a possibilidade de um carcinoma. 
Mioma: tumor benigno que tem origem no tecido muscular uterino, de tamanho e peso variável. 
Classifica-se conforme sua localização: 
- intramural: dentro da musculatura do miométrio 
- subseroso: sob o perimétrio; 
- submucoso: embaixo do endométrio, já se projetando para a cavidade uterina. 
Adenomiose: cólicas frequentes no período menstrual e menstruações irregulares. Semelhante à 
endometriose, desenvolve-se fora do local originário, provocando crescimento anormal do 
endométrio. 
Retocele: processo que ocorre quando há o relaxamento dos ligamentos e dos músculos perineais 
que firma o útero. Esse músculo desce e o reto pode aumentar de tamanho, empurrando a parede 
posterior da vagina para a frente, e com o esforço, exterioriza-se na vulva. O tratamento é cirúrgico. 
Cistocele: é a descida da bexiga direcionada ao introito vaginal. Os sintomas são sensação de 
pressão pélvica, acompanhada de incontinência urinaria. Nesse caso, o tratamento é cirúrgico, 
realizando a correção dos tecidos de sustentação e fixação correta do útero. 
Fonte: Adaptado de Cruz (2014). 
5.3 Doenças da cavidade pélvica 
Os órgãos que fazem parte da pelve: endométrio, tubas uterinas, ovários, 
útero e colo do útero, vulva e vagina, ou seja, todos os órgãos situados na parte baixa 
 
29 
 
do abdômen. Qualquer tipo de doença nessa região costuma causar muita dor e 
desconforto. As principais doenças da cavidade pélvica são (CRUZ, 2014): 
➢ Cistos ovarianos: são tumores benignos cheios com conteúdo líquido, 
semilíquido ou pastoso. Podem estar diretamente ligados a alterações 
hormonais. O tratamento pode ser cirúrgico, com a retirada apenas do cisto, 
ou, em situações mais graves, necessita ser realizado a ooforectomia. Casos 
mais simples são tratados com hormônios. 
➢ Anexite: É uma inflamação que acontece nos órgãos anexos femininos, nas 
trompas e nos ovários. À inflamação dos ovários chama-se ooforite; já nas 
trompas nomeia-se salpingite. Os sintomas são dor embaixo do ventre, 
hipertermia, sudorese e vômitos. 
➢ Doença inflamatória pélvica (DIP): É uma inflamação que acontece nos 
genitais internos, que pode ser endometrite, salpingite, ooforite ou 
pelviperitonite. Em casos agudos geralmente, ocorre forte dor pélvica e o útero 
se torna doloroso à palpação e ao exame de toque. Na endometrite,pode existir 
presença de secreção purulenta e odor fétido. Qualquer um dos quadros pode 
evoluir para peritonite e os sintomas são náuseas, vômitos, febre alta e 
alteração no hemograma; a dor também se torna mais intensa e constante. 
➢ Endometriose: caracterizada pelo crescimento do endométrio – mucosa que 
envolve a parede interna do útero, fora de seu habitat normal, podendo ser 
achado na pelve, ovários, trompas, bexiga ou intestino. As causas não são 
totalmente conhecidas; podem surgir na menarca, mas são geralmente 
descobertas entre 25 e 30 anos e com risco maior em quem já tem casos na 
família. Causa fortes cólicas no período menstrual e menstruações irregulares. 
O tratamento é clínico para os casos mais leves, feito à base de hormônios; 
em alguns casos a cirurgia é indicada e o endométrio é retirado dos órgãos 
comprometidos. 
5.4 Infecções sexualmente transmissíveis (IST) 
São causadas por vírus, bactérias e microrganismos, sendo transmitidas em 
especial pelo contato sexual (oral, vaginal ou anal) sem a utilização devida de 
preservativo masculino ou feminino, através de pessoa já infectada pela doença. 
 
30 
 
Outra forma de transmissão da IST é de mãe para filho no período gestacional, no 
parto ou até mesmo na amamentação. O tratamento das IST apresenta uma boa 
evolução relacionado à qualidade de vida da pessoa infectada e interrompe a cadeia 
de transmissão das infecções (SANTOS, 2018). 
 Esses tratamentos, gratuitamente são fornecidos pelo governo na rede pública 
de atendimento. Alguns fatores levam ao aumento das IST: 
➢ troca elevada de parceiros – promiscuidade; 
➢ falta de informação; 
➢ falta de programas educativos nas escolas; 
➢ higiene precária. 
Destacamos a seguir as principais IST 
Sífilis 
É uma doença infecciosa, causada pelo Treponema pallidum, transmitida por 
via sexual ou por sangue contaminado pela via placentária (de mãe para o filho) 
(CRUZ, 2014). 
Os tipos de Sífilis são: 
➢ Sífilis primária: seu surgimento se dá, entre o terceiro e o quarto dia após o 
contágio (relação sexual). Caracteriza-se por uma lesão indolor nos genitais, 
podendo desaparecer após dez dias, e passar despercebida, principalmente se 
as lesões aparecerem na região do reto ou no colo do útero. Dessa maneira, a 
bactéria torna-se inativa mesmo sem tratamento. 
➢ Sífilis secundária: ocorre entre a segunda e oitava semana depois as 
primeiras feridas se formarem, quando não tratadas na fase primária. 
Caracteriza-se por lesões generalizadas, na forma de manchas eritematosas e 
pápulas de coloração acastanhada. No início são lisas e, depois, em 
descamação, alopecia e condiloma plano. Encontram-se principalmente na 
região palmo-plantar. As lesões podem vir acompanhadas de adenopatia 
generalizada, dor articular, febrícula, cefaleia e cansaço, e gânglios na região 
de axilas e pescoço. Nessa etapa, também tende a ficar inativa mesmo com 
tratamento (CRUZ, 2014). 
 
31 
 
➢ Sífilis latente: é um período de estágio inativo, sem sintomas. Dura muito 
tempo, podendo desenvolver-se futuramente, já na fase terciária, que é mais 
perigosa. 
➢ Sífilis terciária: os sinais e sintomas aparecem entre 3 a 12 anos após o início 
da infecção. Caracteriza-se por lesões na pele, tipo tubérculos ou goma, e pode 
risma aórtico, e articular como artropatia de Charcot. O diagnóstico é feito pelo 
exame de pesquisa de Treponema pallidum na lesão, e exames de sorologia 
para VDRL (exame de sangue utilizado rotineiramente no diagnóstico da sífilis) 
e FTA-ABS (exame de método confirmatório para o diagnóstico da sífilis). 
O VDRL é um exame quantitativo; já o FTA-ABS é um exame treponêmico, 
específico, quantitativo, preparado com proteínas especificas para o 
Treponema pallidum. Exames de cultura bacteriana também devem ser 
realizados nas lesões que apresentam secreções, e para os casos de suspeita 
de complicações neurológicas, a punção lombar deve ser realizada para coleta 
de líquor. 
Tratamento: à base de antibioticoterapia, com penicilina benzatina. 
➢ Sífilis congênita 
A sífilis congênita ocorre na gestante, quando o Treponemapallidum atravessa 
a barreira placentária após o 4º mês de gestação. Por isso, o diagnóstico precoce 
deve ser feito para evitar a contaminação do feto. (CRUZ, 2014). 
A sífilis congênita pode ser precoce, quando as lesões já estão presentes, ou 
manifestar-se tardiamente, com os seguintes sinais: coriza, choro rouco, lesões na 
pele, os ossos longos e as articulações podem ser afetados. O diagnóstico deve ser 
precoce para que o tratamento se inicie rapidamente. A penicilina é o medicamento 
mais usado para o tratamento em qualquer fase da doença. 
Gonorreia 
A gonorreia é uma infecção bacteriana, altamente contagiosa, denominada 
Neisseriagonorrhoeae, também conhecida como gonococo. Qualquer indivíduo que 
tenha prática sexual pode contrair a gonorreia. Essa infecção pode ser transmitida por 
contato oral, vaginal ou anal. 
 
32 
 
É encontrada na uretra, no canal cervical, no reto, na vagina e na vulva. Em 
ambos os sexos, podem surgir nas amígdalas e na faringe (CRUZ, 2014). 
As mulheres podem ser assintomáticas, o que retarda o tratamento, contudo 
pode aparecer corrimento vaginal ou uretral purulento, com ulcerações e uretrite. Nos 
recém-nascidos, a manifestação é a forma oftalmia neonatal; aparecem entre o 2º e 
5º dia pós-parto. A prevenção é feita com nitrato de prata a 2%, denominado 
credeização, após o nascimento. 
Herpes genital 
São lesões vesiculares encontradas nas regiões genital ou na cavidade oral. É 
transmitida pelo vírus da herpes simples (HSV), que acomete pele e mucosas. A 
herpes genital se apresenta de duas formas: 
Herpes simples tipo 1 (HSV-1): é o tipo mais comum, o primeiro contato com 
o vírus geralmente é na infância. Está associada a lesões dos lábios e interior da boca, 
na forma de pequenas lesões e aftas, e na face, mais comumente nos olhos, na 
conjuntiva e na córnea; em determinados casos pode ocorrer infecção nas 
meníngeas, 
causando meningoencefalite. É transmitida através da saliva infectada; a maioria 
contrai a herpes quando ainda crianças, através de beijos. 
 Herpes simples tipo 2 (HSV-2): É considerada também um tipo comum, é 
transmitida pelo ato sexual. Ocorre o aparecimento de lesões vesiculares nas regiões 
genital, perineal e perianal, acompanhadas de edema e eritema. Pode também 
permanecer no período de latência, sem apresentar qualquer sintoma. A infecção 
cruzada por intermédio de dois tipos de herpes pode acontecer se houver contato 
orogenital. 
Causas: contato sexual sem uso de preservativo; contato direto com pele infectada 
com lesões visíveis ou não; contato com saliva ou fluidos vaginais de pessoa já 
infectada. (SANTOS, 2018). 
Infecção por Papiloma vírus humano (HPV) 
O HPV é um vírus que possui mais de 150 genótipos diferentes, sendo 12 deles 
considerados oncogênicos, conforme a Agência Internacional para Pesquisa sobre 
 
33 
 
Câncer (IARC), e associados a neoplasias malignas do trato genital, enquanto os 
demais subtipos virais estão relacionados a verrugas genitais e cutâneas (ROSSO, 
2017). Os tipos virais oncogênicos mais comuns são: 
HPV 16 e HPV 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo 
do útero; 
HPV 6 e HPV 11, associados a 90% das lesões verrucosas ano 
genitais.(ROSSO, 2017). 
Transmissão: a via sexual, é a forma mais comum de transmissão, não 
descartando a forma vertical (mãe para filho). O vírus pode permanecer em estado 
latente por muitos anos. 
Sintomas: a maioria das infecções é assintomática ou inaparente. 
Apresentam-se sob a forma de lesões tipo condiloma acuminado, verrugas genitais 
ou crista de galo (ROSSO, 2017). 
 Tratamento: eletrocauterização ou criocauterização das lesões, associado ao 
uso de cremes e pomadas locais. O tratamento consiste em aliviar os sintomas de 
forma mais rápida. 
Vacina:o Ministério da Saúde adotou a vacina quadrivalente contra HPV, que 
confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 11) e de alto risco (HPV 16 e 
18). Tem maior evidência de proteção e indicação para pessoas que nunca tiveram 
contato com o vírus (ROSSO, 2017). 
População-alvo: a vacina quadrivalente é recomendada para meninos e 
meninas entre 9 e 26 anos de idade, enquanto a bivalente é indicada para meninas e 
mulheres a partir de 10 anos de idade. A resposta imunológica é melhor quando 
aplicada até os 15 anos de idade. 
Modo de administração: exclusivamente por via intramuscular, na região do 
deltoide esquerdo, na parte superior do braço ou na região anterolateral superior da 
coxa. 
 Contra-indicação: adolescentes com hipersensibilidade ao princípio ativo ou 
qualquer componente da fórmula e gestantes. Caso a menina engravide após o início 
do esquema vacinal, as doses subsequentes deverão ser adiadas para o período pós-
parto. 
Reações adversas: podem ocorrer dor no local da aplicação, edema, eritema, 
cefaleia e febre. 
 
34 
 
Gardnerella vaginalis 
 Gardnerella vaginalis é uma bactéria comum que reside na flora vaginal de 
mulheres em fase reprodutiva. Normalmente se encontra em baixas concentrações, 
estabelecendo o equilíbrio com o organismo. Situações como estresse, infecções, 
lavagem vaginal frequente que pode alterar a flora , gravidez ou uso de DIU podem 
sofrer alteração nessa concentração, causando vaginose bacteriana ou vaginite 
Gardnerella (SANTOS, 2018). 
Transmissão: não existe uma causa específica para o surgimento da infecção. 
No entanto, o maior índice ocorre principalmente pelo ato sexual e pela troca de 
parceiros sem proteção. Pode ocorrer em mulheres que ainda não tiveram relações 
sexuais; quando isso ocorre, ela não é considerada uma IST e, sim, uma infecção do 
trato vaginal. 
Sintomas: corrimento amarelado, fétido, prurido, sensação de queimação e 
mucosa vaginal hiperemiada. Os sintomas tendem a piorar após relações sexuais e 
períodos menstruais. Estando a mulher infectada e ainda mantendo relações sexuais, 
pode surgir no homem inchaço e vermelhidão na glande, dor ao urinar ou prurido no 
pênis. 
Diagnóstico: é realizado através da história da cliente, exame físico e exames 
laboratoriais. 
 Tratamento: deve ser local, com óvulos ou cremes vaginais à base de 
imidazólicos, com duração de até 10 dias. Geralmente, o parceiro também deve ser 
tratado. Antibióticos também devem ser inseridos no tratamento (SANTOS, 2018). 
Candidíase 
É uma infecção fúngica comum, causada pelo fungo Cândida albicans, que 
pode acometer outros órgãos além dos genitais femininos, como: órgãos genitais 
masculinos, pele, unha, garganta, boca e corrente sanguínea.ans, que pode acometer 
outros órgãos além dos genitais femininos, como: órgãos genitais masculinos, pele, 
unha, garganta, boca e corrente sanguínea (SANTOS, 2018). 
Transmissão: a forma de transmissão mais comum ocorre pelo ato sexual ou 
por autoinoculação do reto. 
 
35 
 
Sintomas: irritação e prurido nos lábios e vulva; hiperemia e corrimento; pode 
ocorrer odor vaginal. 
Seus tipos estão relacionados com a área em que surge a lesão, podendo ser: 
candidíase vaginal: forma mais comum do fungo, que acomete as mulheres com 
sistema imunológico baixo ou flora vaginal desequilibrada; 
candidíase peniana – balanopostite: não é muito comum, mas pode ocorrer quando 
há vulnerabilidade no organismo masculino, diabetes e higiene precária; 
candidíase oral: geralmente acomete crianças e idosos, e pacientes que fazem 
tratamentos que comprometam o sistema imunológico. 
Tratamento: consiste geralmente na utilização de cremes e pomadas 
antifúngicas, medicamentos orais e antimicótico local (SANTOS, 2018). 
 
Tricomoníase 
É uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que acontece 
mais especificamente no trato vaginal inferior feminino. Geralmente é assintomático, 
podendo causar uretrite, vaginite e cistite. A transmissão é realizada por ato sexual 
com a pessoa já infectada, ou de forma acidental, com período de incubação variável 
de 5 a 28 dias (SANTOS, 2018). 
Os sintomas são: corrimento vaginal abundante, com alteração de coloração; 
odor fétido; hiperemia vaginal; prurido; dor e ardor ao urinar; dor durante a relação 
sexual; em alguns casos, apresenta erosões vulvares, no período menstrual podem 
se tornar mais intensos. O tratamento é feito à base de metronidazol em doses 
elevadas, tanto oral como local, lembrando que o parceiro sexual também deve ser 
tratado (SANTOS, 2018). 
5.5 Queixas urinárias 
Quando a mulher se queixar de perda urinária, deve-se verificar o início dos 
sintomas, frequência dessas perdas, a gravidade, o hábito intestinal e os sintomas 
associados, como urgência miccional, frequência urinária, nictúria, esvaziamento 
incompleto, disúria, hematúria, infecção do trato urinário e prolapso uterino. Essas 
queixas urinárias podem estar relacionadas a processos inflamatórios/infecciosos, 
 
36 
 
efeitos colaterais de medicamentos, constipação intestinal, fraqueza de alguns 
músculos pélvicos ou complicações operatórias (BRASIL, 2016). 
Quando a mulher apresenta queixas de alterações urinárias, devem ser 
investigados sintomas de infecção do trato urinário, como disúria, dor suprapúbica, 
urgência miccional, aumento da frequência urinária, nictúria ou hematúria, além de 
avaliar a presença de leucorreia ou irritação vaginal (BRASIL, 2016). 
5.6 Distúrbios cancerosos (malignos) 
Considera-se que o câncer de mama possui maior incidência no mundo, com 
aproximadamente 2,3 milhões de novos casos estimados em 2020, representando 
24,5% dos novos casos por câncer de mama em mulheres (INTERNATIONAL 
AGENCY FOR RESEARCH ON CANCER, 2020). 
Estima-se que no Brasil, ocorrerão mais de 66 mil novos casos da doença em 
2022 (INCA, 2022), sendo o câncer de mama a primeira causa de morte por câncer 
dentre as mulheres brasileiras, com tendência de crescimento nas taxas de 
mortalidade após os 40 anos (INCA, 2019). O câncer de mama pode ser definido como 
uma multiplicação desordenada das células, alguns com desenvolvimento rápido, 
outros com crescimento lento. A maioria dos casos, quando diagnosticados com 
brevidade e com tratamento adequado, apresenta bom prognóstico. Há várias causas, 
dentre elas: idade acima dos 40 anos, história familiar, fatores genéticos, e fatores 
ambientais e comportamentais (obesidade, consumo de álcool e fumo). 
Pode ser percebido por alguns sinais e sintomas: nódulo (caroço), identificado 
na palpação das mamas; pele avermelhada, retraída ou parecida com casca de 
laranja; alterações no mamilo; pequenos nódulos nas axilas e no pescoço; saída 
espontânea de líquido pelos mamilos. Exames como o autoexame das mamas 
(palpação) e exames de imagem como ecografia mamária e mamografia são 
realizados para detecção de nódulos, mas a confirmação do diagnóstico só é realizada 
através de biópsia. Diante da confirmação do câncer de mama, realiza-se seu 
estadiamento para planejamento do tratamento, previsão de resultados e comparação 
dos efeitos dos tratamentos (MIGOWSKI et al., 2018). 
A escolha do tratamento depende de fatores como: 
➢ perfil da paciente, 
 
37 
 
➢ estadiamento do tumor, 
➢ fatores de risco e 
➢ fatores prognósticos do tumor. 
 As probabilidades de tratamento englobam os cirúrgicos e não cirúrgicos. As 
mastectomias são abordagens cirúrgicas e podem ser: simples ou radical ou 
poupadora de pele. Já os tratamentos não cirúrgicos englobam hormonioterapia, 
radioterapia e quimioterapia. 
5.7 A importância das ações realizadas na saúde da mulher 
As ações efetivadas para atender as demandas da saúde da mulher 
necessitam abranger o acolhimento e a escuta às necessidades femininas, que vão 
além das especificidades reprodutivas, partindo do pressuposto de integralidade, 
especificidades e as diversas implicaçõesde “ser mulher” na atualidade (BRASIL, 
2004). Estimular a mulher a cuidar e valorizar sua saúde, buscando atendimento e 
auxílio, dentro das diversas ações existentes na área da saúde da mulher, em todas 
as fases da vida, é fundamental. Os profissionais de saúde devem conhecer essas 
estratégias para orientar as mulheres de maneira integral e eficaz (SANTOS et al., 
2019). 
Os distúrbios da mama fazem parte das patologias que envolvem a saúde da 
mulher em diferentes momentos da vida. Para os distúrbios benignos, as ações 
realizadas correspondem à escuta e à percepção dos sinais e sintomas que a mulher 
apresenta, e o tratamento e conduta vão depender da queixa e do distúrbio. Dentre 
os distúrbios, ressalta-se as mastites e os abscessos mamários, ocorridos comumente 
no puerpério e que merecem atenção especial (BOURGET; CARDOSO, 2019). 
Estratégias podem ser realizadas através de acompanhamento da mulher 
durante o pré-natal e o puerpério, a fim de orientar questões relacionadas ao 
aleitamento materno, pois, quando não realizado corretamente, torna-se uma das 
principais causas de mastite e abscessos mamários. É necessário que os profissionais 
de saúde tenham conhecimento sobre estes distúrbios e os cuidados que devem ser 
realizados. As orientações devem compreender a pega correta do bebê, ordenha 
adequada, esvaziamento correto da mama, cuidados com os mamilos, entre outros. 
 
38 
 
Ressalta-se, também, a importância de estimular a participação da mulher nas 
consultas pré-natal mensais para que o acompanhamento seja realizado de maneira 
integral (SANTOS et al., 2019). 
Outras ações na saúde da mulher, relacionado aos distúrbios da mama, 
englobam aspectos relacionados à prevenção do câncer de mama. Incentivar o 
comportamento vigilante da mulher à sua própria saúde é fundamental, e algumas 
estratégias de prevenção têm sido estimuladas como forma de atuar precocemente 
nos fatores de risco, orientando quanto aos sinais que devem servir de alerta para 
buscar atendimento. As políticas públicas relacionadas à prevenção do câncer de 
mama têm auxiliado o diagnóstico precoce, e campanhas anuais, como a “Outubro 
rosa”, geram conscientização e entendimento da população acerca do câncer de 
mama. Além disso, o Ministério da Saúde oferece exames de diagnóstico, como a 
mamografia, para mulheres de 35 a 50 anos, a cada ano, e de 50 a 69 anos, a cada 
dois anos (MIGOWSKI et al., 2018; SANTOS et al., 2019). 
Ainda em relação ao câncer de mama, destaca-se estratégias relacionadas aos 
efeitos psicológicos do enfrentamento da doença. A fase de aceitação da mulher em 
relação à doença não é fácil, e ela necessita diariamente do resgate da sua 
autoestima. Sentimentos como tristeza, ansiedade, angústia, medo, raiva, inquietação 
e luto são observados na mulher que está passando por essa situação. Portanto, faz-
se necessário um atendimento humanizado pelos profissionais de saúde que atendem 
essas mulheres, por intermédio de uma assistência integral, que estabelece a 
confiança e o cuidado com a mulher e sua família (SOUZA; SILVEIRA, 2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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