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Esquema do Capítulo 7 (Maximiano): Planejamento Estratégico Definição de Planejamento Estratégico • A necessidade de planejar estrategicamente é resultado de duas forças principais: oportunidades e desafios criados pelos segmentos do ambiente; problemas e oportunidades que surgem nos sistemas internos da organização. • Processo de planejamento estratégico: consiste em definir objetivos para a relação com o ambiente, considerando os desafios e as oportunidades internos e externos. • Planejamento estratégico: é responsabilidade dos executivos de nível mais alto, porém esses podem ser auxiliados por assessores. Etapas do planejamento estratégico: análise da situação estratégica, análise externa (análise do ambiente), análise interna e definição do plano estratégico. Análise da situação estratégica A análise ou diagnóstico da situação estratégica é a primeira etapa e deve focar em cinco elementos: 1. Objetivos e metas: os objetivos focalizados, inicialmente, na análise da situação atual, são definidos de forma genérica, especialmente a missão e o negócio. 2. Clientes e mercadorias: quais e quantos são os clientes, que tipos e volumes de negócios eles têm com a organização, quais negócios eles mantêm com a organização (pode mostrar oportunidades e ameaças). 3. Produtos e serviços: a organização deve produzir e manter informações numéricas sobre os produtos que vende e serviços que presta para seus clientes. 4. Vantagens competitivas: são fatores que contribuem para que um produto, serviço ou empresa tenha sucesso em relação aos concorrentes. 5. Participação no mercado: como parte do diagnóstico organizacional, a organização compara-se com as outras, identificando sua parcela de negócios em relação aos concorrentes. Análise do ambiente Uma vez que a estratégia procura adaptar a organização com sucesso ao seu ambiente, a base para a formulação da estratégia é a análise das ameaças e oportunidades do ambiente. Quanto mais instável e complexo o ambiente, maior a necessidade do enfoque sistêmico e do planejamento estratégico. Deve – se fazer a: 1. Análise da concorrência É o principal fator que cria ameaças e, algumas vezes, oportunidades para as empresas. • As oportunidades que a concorrência cria: novas ideias; novos mercados; novas necessidades; novos conceitos de administração. • O primeiro passo é estudar o ramo de negócios: estrutura; linhas de produtos e vendas; compradores e comportamento dos compradores; crescimento das empresas e do mercado. • Cinco forças que atuam no mercado competitivo: – Entrada de concorrentes potenciais: pode restringir o retorno sobre o investimento dos concorrentes atuais. – Rivalidade: afeta diretamente os retornos, quando os concorrentes de um ramo de negócios se envolvem numa guerra de preços. – Poder dos compradores: os compradores, diretamente ou por meio da legislação, podem forçar as empresas de um ramo de negócios a segurar seus preços, fornecer-lhes informações dispendiosas ou manter peças em estoque. – Produtos substitutos: podem estabelecer limites para o aumento dos preços e influenciar decisões sobre investimentos em desenvolvimento de novos produtos. – Poder dos fornecedores: pode ser muito grande ou muito pequeno e, desse modo, influenciar bastante ou pouco nos preços dos componentes para os concorrentes de um ramo de negócios. 2. Análise de mercado O mercado pode ser estudado segundo quatro enfoques: 2.1. Geográfico: estudo e classificação dos clientes de acordo com as regiões em que vivem. Tamanho das cidades, densidade, demográfica, clima. 2.2. Demográfico: estudo e classificação dos clientes de acordo com a distribuição etária, sexo, tamanho da família, tempo de casamento, renda, profissão, escolaridade, religião. 2.3. Psicossocial: estudo e classificação dos clientes de acordo com a classe social, estilo de vida, personalidade. 2.4. Comportamental: estudo e classificação dos clientes de acordo com tendências de comportamento e hábitos, como ocasião de compra, benefícios preferidos do produto ou serviço, taxa de uso, lealdade em relação à marca ou produto, grau de informações sobre o produto ou serviço, atitude favorável ou desfavorável em relação à empresa ou algum aspecto do produto ou serviço. • Outros segmentos do ambiente: – Mudanças tecnológicas. – Ação e controle do governo. – Mudanças nas condições da economia. – Mudanças nas normas sociais. Análise interna A identificação de pontos fortes e fracos dentro da organização é parte importante de qualquer processo de formulação de estratégias. As principais formas de identificar os pontos fortes e fracos são três: estudo das áreas funcionais, estudo do desempenho e benchmarking. 1. Estudo das áreas funcionais: os recursos e competências de cada área são avaliados, bem como suas deficiências e vulnerabilidade. 2. Estudo de desempenho: concentra-se nos resultados obtidos até o presente e as principais áreas focalizadas são finanças e vendas. 3. Benchmarking: técnica por meio da qual a organização compara seu desempenho com o de outra. Faz comparações e procura imitar as organizações, concorrentes ou não. Trata-se da busca pelas melhores práticas da administração. Com isso, ganha-se vantagem competitiva. Uma organização copia outra por causa do sucesso ou pelo caminho contrário, quando tem um problema e busca a solução em terceiros. 4. Elaboração do plano estratégico Um plano estratégico define três elementos do comportamento da empresa no futuro: missão, objetivos e estratégias. 1. Definição de missão: as mudanças no ambiente frequentemente forçam a redefinição da missão. 2. Definição de objetivos: ao definir seus objetivos ou metas estratégicas, a organização deve esclarecer quais resultados deseja alcançar e quanto deseja que eles sejam alcançados. 3. Seleção de estratégias: as estratégias são planos que dirigem e delineiam as maneiras de alcançar os objetivos estratégicos, sejam eles recuperar uma empresa em má situação, manter um bom desempenho, alcançar um novo patamar de resultados, crescer ou manter-se no mercado. 3.1. Estratégias segundo Porter Segundo ele, as estratégias empresariais podem ser classificadas em três categorias genéricas: diferenciação, liderança de custo e foco. – Diferenciação: consiste em procurar projetar uma forte identidade própria para o serviço ou produto, que o torne nitidamente distinto dos produtos e serviços concorrentes. – Liderança de custo: o objetivo não é diferenciar-se dos concorrentes, mas oferecer um produto ou serviço mais barato. – Foco: consiste em selecionar um nicho no mercado e dominar os recursos para explorá-lo da melhor forma possível, em vez de procurar enfrentar todos os concorrentes no grande mercado. A estratégia, portanto, é ser melhor e tirar o máximo de proveito de mercado ou produtos/ serviços selecionados de forma estreita. 3.2. Estratégias segundo Miles e Snow A classificação de estratégias pode basear-se nos tipos de desafios que a organização pode resolver para adaptar-se ao ambiente. – Comportamento defensivo (defenders): é característico das empresas que têm foco muito estreito, são altamente especializadas e relutam em procurar oportunidades novas ou atuar em situações diferentes daquelas a que estão acostumadas. Por causa desse foco estreito, elas raramente modificam sua tecnologia, estruturas ou sistemas operacionais. – Comportamento prospectivo (prospectors): a prospecção é a marca das empresas que continuamente procuram novas oportunidades no mercado e fazem tentativas para lidar com ameaças emergentes. São criadoras de exemplo, incertezas e desafios para as demais, especialmente para os seus competidores. Contudo, devido a seu foco na inovação, essas organizações tendem a ser ineficientes. – Comportamento analítico (analysers): é característico das organizações que atuam emdois mercados – um relativamente estável e o outro em processo de mudança. No mercado estável elas atuam de maneira rotineira e consolidada; nos mercados em mudança, elas procuram acompanhar e adotar as inovações mais promissoras, introduzidas pela concorrência. – Comportamento de reação (reactors): caracteriza as empresas que atuam em ambientes turbulentos e em constante mudança, mas a alta administração é incapaz de dar respostas eficazes. Comentário Pessoal: O capítulo permitiu um maior entendimento sobre o planejamento estratégico. O planejamento estratégico consiste na criação de um plano estratégico que visa fazer com que a organização alcance os seus objetivos. Ele é baseado na análise do ambiente interno e externo da organização e está presente desde a definição de metas até a tomada de decisões. Porém, a organização não deve ter um plano estratégico estático, ela deve estar constantemente atenta a desafios e oportunidades presentes tanto no seu ambiente interno como no ambiente externo e estar preparada para realizar mudanças no seu planejamento estratégico, caso necessário. Um tópico do capítulo que me chamou atenção foi o que aborda as etapas do planejamento estratégico. A primeira etapa consiste em analisar a situação estratégica, momento no qual a organização deve analisar sua situação atual no que diz respeito aos seus objetivos e metas, seus clientes e mercadorias, seus produtos e serviços, suas vantagens competitivas e sua participação no mercado. A segunda etapa consiste em analisar a situação do ambiente. Nesta etapa a organização deve analisar a concorrência e o mercado, além de estar atenta a outros fatores externos como mudanças tecnológicas, ação e controle do governo, mudanças nas condições da economia e mudanças nas normas sociais. A terceira etapa consiste na análise interna, a organização deve identificar quais são seus pontos fortes e fracos. A última etapa consiste na elaboração do plano estratégico. Conclui-se que uma organização que tem um bom planejamento estratégico está mais preparada para lidar com mudanças internas e externas, ela identifica problemas que podem surgir e transforma em oportunidades de melhoria. Dessa forma, a organização se torna menos vulnerável à mudanças e ganha vantagem competitiva sobre os concorrentes.
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