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Fisiologia do sono O sono é um estado fisiológico especial que ocorre de maneira cíclica em uma grande variedade de seres vivos do reino animal, tendo sido observados comportamentos de repouso e atividade, compondo um ciclo vigília-sono rudimentar. Podemos dizer que, em sono, os indivíduos apresentam-se imóveis, ou com um repertório limitado de movimentos, os quais são de natureza involuntária, automática, sem propósitos definidos. A reatividade a estímulos auditivos, visuais, tácteis e dolorosos é reduzida ou abolida em relação à vigília, particularmente em fases de sono profundo, sendo necessário o aumento da intensidade do estímulo para trazer o indivíduo de volta à vigília, o que nem sempre é observado, mesmo sob estimulação intensa, particularmente nas crianças. Historia: Hans Berger, em 1929 (apud Niedermeyer E, 2005)1 , marcando o início da eletrencefalografia, que foi incorporada à prática clínica à partir de 1930. Berger já havia ressaltado as diferenças entre as ondas cerebrais registradas na vigília e durante o sono, no qual dominavam ondas lentas e de amplitude crescente, conforme se dava seu aprofundamento. *Assim, do ponto de vista do EEG, o sono era vinculado a uma atividade elétrica cerebral mais lenta e de padrão sincronizado, em comparação com a atividade mais dessincronizada e de baixa voltagem da vigília Eletroencefalograma: O córtex cerebral tem uma atividade elétrica espontânea, que determina os vários níveis de consciência Esta atividade pode ser detectada colocando-se eletrodos na superficie do crânio (eletroencefalograma, EEG). Os traçados elétricos que se obtêm de um indivíduo ou de um animal dormindo (traçados de sono) são muito diferentes dos obtidos de um indivíduo ou animal acordado (traçados de vigília). Em vigília, o traçado elétrico é dessincronizado, isto é, apresenta ondas de baixa amplitude e alta frequência, e durante o sono, denominado sono de ondas lentas, o traçado é sincronizado, com ondas lentas e de grande amplitude. Assim, o eletroencefalograma, além de seu uso clínico para estudo da atividade cortical no homem, permite pesquisas sobre sono e vigília em animais. Sistema ativador reticular ascendente – SARA Em uma experiência clássica utilizando o gato, Bremer (1936) fez secções na transição entre o bulbo e a medula, ou no mesencéfalo, entre os dois colículos, resultando nas ' preparações' conhecidas, respectivamente, como encéfalo isolado e cérebro isolado. Um cérebro isolado tem somente um traçado de sono (o animal dorme sempre), enquanto um encéfalo isolado mantém o ritmo diário normal de sono e vigília, ou seja, o animal dorme e acorda. *Dessa experiência concluiu-se que o sono e a vigília dependem de mecanismos localizados no tronco encefálico. Uma série de pesquisas feitas principalmente por Magoun e Moruzzi (1949) mostrou que esses mecanismos envolvem a formação reticular. Assim, verificou-se que um animal sob anestesia ligeira (EEG de sono) acorda quando se estimula a formação reticular. Concluiu-se que existe, na formação reticular, um sistema de fibras ascendentes que têm uma ação ativadora sobre o córtex cerebral. *Sabe-se hoje que o SARA é constituído de fibras noradrenérgicas do locus ceruleus, serotoninérgicas dos núcleos do rafe e colinérgicas da formação reticular da ponte. Na transição entre o mesencéfalo e o diencéfalo, o SARA se divide em um ramo dorsal e outro ventral. O ramo dorsal termina no tálamo (núcleos intralaminares) que, por sua vez, projeta impulsos ativadores para todo o córtex. O ramo ventral dirige- se ao hipotálamo lateral e recebe fibras histaminérgicas do núcleo tuberomamilar do hipotálamo posterior, e sem passar pelo tálamo, este ramo dirige se diretamente ao córtex, sobre o qual tem ação ativadora. A lesão de cada um desses ramos causa inconsciência. A ativação cortical envolve neurônios noradrenérgicos, serotoninérgicos, histaminérgicos e colinérgicos. *O conjunto das fibras ativadoras noradrenérgicas, serotoninérgicas e colinérgicas que constituem o SARA e das fibras ativadoras histaminérgicas do hipotálamo denomina-se Sistema Ativador Ascendente, cujos componentes são mostrados na chave que segue. *Este sistema tem papel central na regulação do sono e da vigília. Ciclo vigília- sono O ciclo vigília-sono é regulado por neurônios hipotalâmicos pelo Sistema Ativador Ascendente. A atividade de seus neurônios pode ser medida pela taxa de ·disparos dos potenciais de ação. Vigília: Durante o dia (vigília) esta taxa é muito alta, indicando que ele está ativando o córtex. Este recebe normalmente as aferências dos núcleos talâmicos sensitivos. No final da vigília, em antecipação ao momento de dormir, um grupo de neurônios do hipotálamo anterior (núcleo pré-óptico ventrolateral) inibe a atividade dos neurônios monoaminérgicos do Sistema Ativador Ascendente, desativando o córtex Sono: Simultaneamente, o núcleo reticular do tálamo inibe a atividade dos núcleos talâmicos sensitivos, barrando a passagem para o córtex dos impulsos originados nas vias sensoriais. Inicia-se, assim, o estado de sono de ondas lentas, no qual a atividade elétrica do córtex é devida a circuitos intrínsecos sem influência de informações sensoriais externas e o eletroencefalograma é sincronizado *Pouco antes do despertar, os neurônios do Sistema Ativador Ascendente voltam a disparar, cessa a inibição dos núcleos talâmicos sensitivos pelo núcleo reticular e inicia-se novo período de vigília. - O período do sono não é uniforme e 4-5 vezes por noite o eletroencefalograma mostra um traçado de vigília, apesar de a pessoa estar dormindo e com intenso relaxamento muscular. Por isso, esta fase do sono é denominada *sono paradoxal. Durante esta fase os olhos se movem rapidamente, caracterizada pela sigla REM (rapid eye movement). - Assim, existem dois tipos de sono que se alternam: o sono REM e o não REM ou sono de ondas lentas, este último dividido em fases I a IV. Durante o sono REM - o consumo de oxigênio pelo cérebro é igual ou maior do que em vigília, refletindo a atividade cortical. O indivíduo sonha e seus olhos movem-se rapidamente. No sono não REM - o cérebro repousa. Sua taxa de consumo de oxigênio está em nível baixo e predomina o tônus parassimpático, com redução de frequência cardíaca e respiratória. * William Dement, pesquisador do sono, descreve o sono não REM como um cérebro ocioso em um corpo móvel e o sono REM, um cérebro ativo em um corpo imóvel. * O conteúdo bizarro que ocorre em alguns sonhos poderia ser devido à ativação aleatória de áreas do córtex. O sono REM é gerado por neurônios colinérgicos da formação reticular da junção ponte-mesencéfalo (núcleo pedúnculo-pontino), cuja destruição o abole. Durante o sono REM, muitas áreas corticais estão tão ativas como na vigília, incluindo o córtex motor. Este só não gera movimentos em todo o corpo porque os neurônios motores estão inibidos, resultando atonia. Esta atonia é produzida por vias colinérgicas descendentes dos neurônios do núcleo pedúnculo-pontino. O sono REM é encerrado pelos neurônios do locus ceruleus, que aumentam sua atividade na transição entre o sono paradoxal e a vigília, podendo ser considerados os neurônios do despertar. *Algumas pessoas, particularmente os idosos, perdem o mecanismo inibitório que promove a atonia muscular do sono REM. Esses casos são conhecidos como Transtorno Comportamental do sono REM. Os portadores são vítimas de constantes ferimentos por vivenciar seus sonhos com movimentos. Estágios do NREM: Durante a vigília, predomina o ritmo alfa, uma atividade elétrica cerebral em freqüência de 8 a 13 ciclos por segundo (Figura 2), que passa a se fragmentar, surgindo em menos de 50% dos trechos analisados, conforme se inicia a sonolência superficial, a qual já se caracteriza comoestágio I do sono NREM. Em seguida, o ritmo alfa desaparece, dando lugar a uma atividade mista nas faixas de freqüência teta (4 a 7 ciclos por segundo) e beta (acima de 13 ciclos por segundo), com poucos componentes delta de média amplitude, surgindo as Ondas Agudas do Vértex, que marcam a sonolência profunda, ainda designada de estágio I do sono NREM (Figura 3). Com o aprofundamento para o estágio II, além de um certo aumento no componente de ondas delta no traçado, surgem os Fusos de Sono (surtos de atividade rítmica de 12 a 14 ciclos por segundos, com duração média entre 1 e 5 segundos) e os Complexos K (ondas lentas bifásicas de alta amplitude, acompanhadas, ou não, de fusos do sono, ambos registrados na região do vértex e frontal sagital) (Figura 4). Outros grafoelementos de destaque são os chamados POSTS (do inglês, Positive Occipital Sharp Transients of Sleep: elementos transientes positivos agudos occipitais do sono), que podem se manter em todos os estágios. As fases III e IV compõem o chamado sono delta ou de ondas lentas, devido ao elevado teor de ondas na faixa de freqüência delta (0,5 a 3,5 ciclos por segundo) de alto potencial (> 70 microvolts). No estágio III, o EEG é ocupado por 20 a 50% destas ondas (Figura 5), que passam a se registrar em mais de 50% do traçado no estágio IV (Figura 6), sendo esta a fase mais profunda do sono NREM. As características gerais do sono NREM são resumidas no Quadro I. Mais detalhes sobre estes componentes podem ser vistos no capítulo deste simpósio referente à Polissonografia. Ciclo circadiano A capacidade do indivíduo de adequar seu ciclo de sono e vigília ao ciclo noite-dia da terra é guiada por diversos elementos externos e internos que interagem para a manutenção de um ciclo circadiano (do latim: circa = em torno de; dies = do dia). - Este é o chamado ciclo livre ou free running cycle, como é citado na literatura em Inglês. Algumas pessoas têm dificuldades de sincronizar seu ciclo circadiano de repouso-atividade, ou vigília-sono com o ciclo geológico e social, mesmo diante de todos os parâmetros de condicionamento encontrados no ambiente. Assim, têm um período de sono irregular, com tendência a sempre atrasar uma hora a cada dia em relação ao momento do início do sono noturno. Tal dificuldade, quando endógena e não provocada por má-higiene do sono, tem sido classificada como um distúrbio do ciclo circadiano, designado “ciclo diferente de 24 horas”. *Do ponto de vista endógeno, o organismo humano apresenta ciclos complexos de secreção hormonal e de neurotransmissores, bem como, padrões de atividade de determinados centros encefálicos, que se acoplam aos sincronizadores externos para permitir uma variação do bio-ritmo de repouso e atividade, em sintonia com o ciclo circadiano da terra. Um dos centros encefálicos mais importantes nesta sincronização é o núcleo supra-óptico, no hipotálamo anterior, que recebe impulsos luminosos carreados pelo nervo óptico, tendo a luz como um dos elementos que controlam o funcionamento deste centro. Os estímulos luminosos também atuam sobre a glândula pineal, que secreta a melatonina, um neuro-hormônio implicado na cronobiologia do ciclo vigília-sono. A secreção de melatonina segue um padrão programado, influenciado pela luminosidade ambiental, com seu pico máximo nas primeiras horas da noite, participando da tendência do indivíduo a conciliar o sono. Este pico é considerado um dos “portões” de entrada no sono. Assim, se um indivíduo força o estado de vigília, lutando contra o sono neste momento propício, perde a entrada através deste portão determinado pelo pico de secreção de melatonina, tendo dificuldades de conciliação do sono após. *nas primeiras horas da manhã, há aumento da secreção do hormônio tireoideano, de cortisol e de insulina, que são facilitadores da vigília, seja por aumento da taxa metabólica para a iniciação das atividades do dia, ou indiretamente pelo aumento da glicemia e da utilização de glicose pelas células *O hormônio do crescimento tem seu pico de secreção durante o sono NREM de ondas lentas, assim como a testosterona *O hormônio antidiurético também tem seu pico de secreção noturna, o que, numa visão teleológica, pode se relacionar com a necessidade de se reduzir a produção de urina durante a noite, evitando-se o despertar causado pela plenitude vesical. Centros encefálicos geradores do sono - O estado de vigília é promovido pela ativação constante do sistema reticular ascendente do tronco encefálico, em decorrência de estímulos diversos que adentram a formação reticular. Todos os estímulos somato-sensoriais, como o próprio fato do indivíduo estar em posição ereta, com a estimulação proprioceptiva característica, bem como, os estímulos visuais, auditivos, olfativos, gustativos e vestibulares, são carreados ao tálamo e ao córtex cerebral, promovendo a vigília. Outros centros que conduzem estimulação ao córtex promotora da vigília são: - o hipotálamo posterior, que contém neurônios histaminérgicos, cuja inibição pelos anti- histamínicos induz ao sono; -o núcleo basal de Meynert e o núcleo septal, nas porções basais e anteriores do diencéfalo. A atividade tônica de neurônios catecolaminérgicos e colinérgicos da substância reticular ativadora ascendente modula a ativação de neurônios destes centros subcorticais e do córtex cerebral, promovendo a vigília. - O sono NREM, é iniciado pela ativação de neurônios serotoninérgicos da rafe no tronco encefálico, que inibem a transmissão de impulsos sensoriais para o córtex cerebral, diretamente, ou através do tálamo, assim como inibem a atividade motora. A transmissão sináptica através do tálamo é obliterada durante a sonolência e bloqueada no sono de ondas lentas. Neurotransmissores como a adenosina e o GABA (ácido gama-amino-butírico), os opióides endógenos, a somatostatina e o hormônio alfa-melanocítico-estimulante facilitam o sono NREM. O sono REM é caracterizado por uma cascata de fenômenos, desencadeados principalmente na porção lateral do núcleo reticular pontino oral, situado ventralmente ao locus ceruleus (área peri- locusceruleus). No sono REM, a inibição talâmica sobre o córtex é revertida, como na vigília, gerando o padrão dessincronizado no EEG. Neurônios da área perilocus-ceruleus estimulam células inibitórias do núcleo reticular magnocelular da ponte que, através do trato tegmento-reticular, inibem os motoneurônios medulares, causando a atonia muscular. A rede de neurônios do tronco encefálico que promovem a inibição do tono muscular no sono REM usa acetilcolina e glutamato como seus principais neurotransmissores. Jetlag – o que é? É um termo informal para os sintomas que ocorrem quando os viajantes cruzam rapidamente vários fusos horários e tentam seguir a programação do novo destino. - O ajuste a um novo fuso horário é mediado pelo núcleo supraquiasmático , que atua como nosso cronômetro interno primário e regula as variações diurnas na temperatura corporal e a liberação de melatonina e cortisol hormônio do crescimento. Esses hormônios são importantes na manutenção do ritmo circadiano. *O tempo necessário para ressincronizar a liberação desses hormônios e, assim, zerar o relógio interno é https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/suprachiasmatic-nucleus https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/melatonin https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/melatonin https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/hydrocortisone https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/hydrocortisone geralmente aceito em cerca de 1 dia por fuso horário cruzado. Estados de consciência - Consciência é definida como a capacidade do indivíduo de reconhecer a si mesmo e aos estímulos do ambiente. As alterações da consciência podem sedar no estado de alerta ou nível de consciência ou no conteúdo da consciência, que englobariam as funções mentais e cognitivas do indivíduo. - As alterações do nível de consciência podem variar entre dois extremos, desde uma desorientação têmporo-espacial até um estado de coma profundo. - Coma seria definido como o estado de inconsciência de si mesmo e do ambiente, mesmo após estímulos de diversas modalidades e intensidades, em que o paciente permanece de olhos fechados. - A sonolência ou letargia é considerada um estado de diminuição do nível de consciência em que o paciente consegue ser acordado com estímulos brandos. - O estupor é considerado um estado de sonolência mais profunda em que o indivíduo precisa receber estímulos vigorosos e repetidos para despertar. - Entre os estados que levam a alteração do conteúdo da consciência encontra-se o delirium. Caracteriza-se por desorientação, déficit de atenção, sensação de medo, irritabilidade e alterações da percepção de estímulos sensoriais, como as alucinações visuais. - O estado vegetativo persistente ou síndrome acognitiva é descrito como um estado que pode emergir em pacientes que sofreram lesões graves ao sistema nervoso central, muitas vezes ficando em coma por algum período, em que há um retorno do estado de alerta, mas o paciente permanece com uma incapacidade de reagir ou interagir com estímulos ambientais. Há retorno do padrão de sono- vigília e manutenção das funções vegetativas, mas com quase completa ausência de funções cognitivas. - A abulia é um comportamento em que há uma grave apatia com diminuição ou ausência de comportamento emocional ou mental, em que o paciente nem fala ou se movimenta espontaneamente, embora esteja alerta e reconheça estímulos do ambiente. Geralmente ocorre em pacientes com lesões frontais bilaterais. - A catatonia é um estado em que o indivíduo pode ficar mudo, e com diminuição acentuada da atividade motora, geralmente associado a quadros psiquiátricos. Escala de Glosgow - usada como medida clínica objetiva da gravidade da lesão cerebral em pacientes Como aplicar: Na prática, incialmente deve-se identificar se o paciente está em condições para a aplicação da ECG. Por exemplo, pacientes visivelmente alcoolizados, que fizeram uso de drogas ou medicações que possam levar a alteração do nível de consciência, prejudicam sua aplicação. Se a soma dos resultados ficar entre 13 e 15, a lesão é considerada leve. Entre 9 e 12, é moderada, mas se o resultado pertencer ao intervalo entre 3 e 8, a lesão é grave e necessita de intubação orotraqueal para proteção de via aérea. – Pontuação < 3: Coma. Significa que a pessoa não abre os olhos, não fala nem se mexe ou reage a estímulos. – Pontuação = ou > 8: Considerado um caso crítico nas alterações dos níveis de consciência. Indicada a intubação orotraqueal para proteção da via aérea. – Pontuação = ou > 9: Não há necessidade de proteção da via aérea, porém é necessária avaliação seriada para acompanhamento da evolução do paciente. – Pontuação = 15: É o máximo da escala. Significa que a pessoa abre os olhos espontaneamente, fala coerentemente e obedece a comandos para se movimentar. Polissonografia: O PSG consiste no registro simultâneo de algumas variáveis fisiológicas durante o sono, como por exemplo: eletroencefalograma (EEG), eletrooculograma (EOG), eletromiograma (EMG) mentoniano e/ou submentoniano, eletrocardiograma (ECG), fluxo aéreo (nasal e oral), esforço respiratório (torácico e abdominal), outros movimentos corporais (ex:EMG tibial), gases sanguíneos (saturação de oxigênio, concentração de dióxido de carbono), entre outras. Quando está indicado? - Quadros de insônias - Quadros de sonolência excessiva - Distúrbios respiratórios sono-dependentes - Comportamentos anormais durante o sono Como é feito o exame? O exame é realizado durante a noite com o objetivo de reproduzir algumas das características habituais do paciente. O paciente geralmente é instruído para chegar ao hospital cerca de 90 a 120 minutos antes do seu horário habitual de dormir e o exame termina na manhã seguinte, procurando obedecer, na medida do possível, o horário do paciente acordar. São colocados diversos eletrodos e sensores no corpo do paciente para o registro de atividade elétrica cerebral, movimentos dos olhos, do nível de oxigênio no sangue, freqüência cardíaca, fluxo respiratório e movimentos respiratórios. Estes dispositivos são colocados externamente e o paciente não recebe nenhuma medicação no laboratório (ele deve continuar com a sua medicação habitual). Os padrões característicos obtidos pelos sensores são registrados durante toda a noite e são interpretados posteriormente. Vários parâmetros podem ser analisados, tais como: o tempo que o paciente demora para adormecer, a quantidade de sono e das diferentes fases de sono, o número de eventos anormais (exemplo: apnéias do sono e de movimentos dos membros) e teor de oxigênio no sangue.
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