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INTRODUÇÃO 
 O processo cicatricial, na maioria das vezes, ocorre 
de forma rápida e satisfatória. obs: todas aquelas 
fases explicadas na aula anterior; se não houver nada 
atrapalhando, como uma infecção, hipóxia, trauma 
mais extenso, necrose a cicatriz desenvolve muito 
rápido 
 A cicatrização patológica pode estar relacionada a 
inúmeros fatores, como infecção, hipoalbuminemia, 
má perfusão tecidual, doenças preexistentes (como 
diabetes e obesidade), irradiação, tabagismo, uso de 
corticoide, entre outros. 
*Cada uma dessas alterações, no organismo, age em uma 
determinada fase e altera a cicatrização; lembrar que —> a 
infecção pode agir nas 3 fases; o DM pode causar alterações 
microvasculares bem como pode alterar a parte de 
opsonização das células no combate à infecção, a qual pode 
estar diminuída e isso atrasa a cicatrização; pode ter um 
componente vascular associado (insuficiência venosa, 
insuficiência arterial crônica, etc.) — tudo isso leva a uma 
cicatrização patológica (≠ do processo normal) 
 Também interferem na velocidade e qualidade da 
cicatrização o tamanho, a localização da lesão, o 
mecanismo de trauma, raça, idade e fatores 
genéticos do paciente. 
1. Feridas grandes demoram mais para cicatrizar; 
2. A localização influencia no tempo de cicatrização, ex.: na 
face cicatriza mais rápido; e até por conta disso o tempo que 
deixa o ponto depende da pele de cada região, ex.: na face tira 
os pontos entre 6, 7 ou no máximo 8 dias, nos MMII tira com 2 
ou até 3 semanas ou mais, então cada pele de cada região vai 
ser importante no processo de cicatrização (isso devido a 
vascularização) 
3. Se foi só uma lesão abrasiva/superficial ou lesão mais 
profunda que acometeu fáscia, músculo → tem-se queimadura 
associada, área de isquemia; 
4. Negro e oriental → tem alterações significativas em relação 
a queloide e cicatriz hipertrófica, eles têm piora da resposta 
cicatricial; (tendem a ter uma cicatriz mais pigmentada) 
5. Crianças têm cicatrização melhor e, apesar da cicatrização 
nos idosos ser mais lenta ela costuma ser boa (não costuma ter 
queloide em idosos), diferente das pessoas mais jovens, 
principalmente na puberdade e adultos jovens que sofrem 
influência hormonal; 
6. Pais com alteração cicatricial muito provavelmente também 
se observa nos filhos 
 
 Tão importante quanto a formação do tecido 
cicatricial provisório é a sua degradação, que, se 
ocorrer de maneira inadequada, pode levar à fibrose 
excessiva. 
*então tudo tem que ser compensado - a medida que tem a 
cicatrização tem que ter a degradação do tecido que já não for 
mais importante para a cicatriz; excesso de colágeno e não 
tiver uma degradação suficiente para deixar uma 
concentração ideal na ferida acaba atrapalhando a 
cicatrização e isso é chamado de tecido de fibrina (quando tem 
aquele tecido mais amarelado) 
 A cicatriz patológica pode levar a situações graves e 
incapacitantes, como nas sequelas de queimadura 
(que podem provocar estenoses orificiais e bridas 
palpebrais, cervicais ou interdigitais) e na estenose 
cáustica do esôfago, por exemplo. 
*estenose orificial → cicatriz ao redor da boca que fica tão 
fibrótica que a cicatriz não tem distensibilidade, deixando-a 
limitada e impedindo a mobilidade da boca (não consegue 
fazer uma abertura total da boca p.ex.); 
*Em região de articulação, p.ex. quando tem queimadura, 
pode ter uma brida ou sinéquia naquela região e não conseguir 
fazer a extensão completa do membro, ficando sempre 
travado; bridas palpebrais não consegue ter a mobilização das 
pálpebras; estenose no esôfago por conta de queimadura com 
produtos básicos – soda cáustica (p.ex.: tentativa de suicídio) 
DISTÚRBIOS FIBROPROLIFERATIVOS 
1. CICATRIZES HIPERTRÓfiCAS 
 São cicatrizes elevadas, tensas, lisas, sem sulcos, 
poros ou pelos, de coloração avermelhada, que não 
ultrapassam os limites da lesão original e tendem a 
regredir, total ou parcialmente, ao longo do tempo. 
 Podem apresentar dor e/ou prurido e são 
decorrentes de distúrbios fibroproliferativos da 
derme, por trauma ou inflamação local. 
*o fato de não ultrapassem os limites é um sinal clínico muito 
importante na diferenciação entre cicatriz hipertrófica e 
queloide; qualquer cicatriz, seja por uma incisão cirurgia ou 
trauma, pode causar cicatriz dessa maneira; geralmente são 
autolimitadas, ou seja, conseguem se resolver sozinhas depois 
de um certo tempo (diferentes do queloide → muita 
dificuldade para conseguir lidar com a cicatriz queloide, por ela 
ser muito mais agressiva e se comportar como um tumor 
mesmo de pele - apesar de não ser classificada como um tumor 
 Podem ocorrer em qualquer idade e local do corpo e 
tendem a regredir espontaneamente, são mais 
comuns que o queloide e geralmente mais 
responsivas ao tratamento. 
*80 a 90% são cicatrizes hipertróficas; 10% são queloides 
 As cicatrizes hipertróficas geralmente se 
desenvolvem antes de completar 4 semanas da 
lesão. 
obs: se desenvolvem geralmente um pouco antes da formação 
de um queloide; são ocasionadas SEMPRE por uma lesão; o 
queloide, em alguns casos, pode se desenvolver 
espontaneamente, ou seja, sem lesão prévia/externa 
obs: a cicatriz hipertrófica fica elevada, é inestética, formada 
por um cordão fibroso regular, que respeita os limites da 
ferida, geralmente é edificado 
 
 
2. QUELOIDES 
obs: geralmente tem exacerbação dos sintomas - paciente 
reclama de dor e coça desesperadamente essa coceira 
acontece porque tem muitas células de mastócitos e eles 
degranulam e liberam histamina na região; pouco responsivo 
ao tratamento, apenas de ter uma certa resposta não atenua 
(40 a 50% regridem com tratamentos combinados) 
 São cicatrizes com forma tumoral (nodulares, 
multinodulares, pediculadas ou não), de consistência 
endurecida, de superfície lisa, com tonalidade 
avermelhada, violácea ou acastanhada, dolorosas e 
pruriginosas e que ultrapassam os limites da lesão 
inicial, apresentando recidivas frequentes após a 
excisão. 
 Também decorrem de desordens fibroproliferativas 
da derme após traumatismos ou inflamações locais, 
porém, algumas vezes, não há referências a trauma 
prévio. 
obs: não respeitam nenhuma incisão; ultrapassa as margens, 
começa a alargar, fica totalmente irregular; como não 
necessariamente estabiliza pode continuar crescendo (se for 
muito agressivo) 
 São mais comuns nas raças negra e oriental e 
acometem mais pacientes jovens (podem ter a 
tendência atenuada na velhice). 
 Os hormônios sexuais também influenciam no 
aparecimento de queloides, justificando sua maior 
frequência entre 10 e 30 anos, sendo mais intensos 
na puberdade e durante as gestações (picos 
hormonais) e mais escassos na menopausa. 
obs: predileção por pessoas da raça negra e oriental (4,5 a 
16,5% mais que pessoas caucasianas); ainda não é bem 
explicado o porquê dos hormônios influenciares tanto 
 São mais frequentes em indivíduos com história 
familiar positiva, porém não há padrão genético 
estabelecido ligado ao sexo. O fato de haver 
pacientes com cicatrizes queloidianas e história 
familiar negativa, favorece a hipótese de 
penetrância genética variável, porém ainda sem 
comprovações. 
 Regiões do Corpo Mais Acometidas nos Distúrbios 
Fibroproliferativo: 
o Deltoide 
o Esterno 
o Dorso 
o Região cervical 
o Ângulo da mandíbula 
o Lóbulos de orelha 
*geralmente cicatriz na região esternal, na articulação do 
ombro são terríveis para ter qualquer alteração, seja ela 
queloide ou cicatriz hipertrófica, alargamento de cicatriz, 
discromia — são locais ruins para se posicionar uma cicatriz 
 Na mesma região, e até na mesma cicatriz, podem 
coexistir áreas de queloides e áreas normais. 
*não se respeitam, acontecem de modo aleatório 
*queloide na orelha → tentou identificar o porquê pode 
acontecer na orelha já quenão tem tensão nessa área e sabe-
se que alguma alteração genética, alteração do padrão de 
cicatrização (p.ex.: apoptose das células, fibroblastos que 
continuam a produzir o colágeno, deficiência de algum cofator 
de enzima; fator de necrose tumoral) 
 
SINTOMAS CLÍNICOS (PROVA) 
 
*quanto mais prolongado for o tempo de cicatrização maior a chance de aparecer qualquer uma dessas situações 
*paciente sofre porque é algo muito feito, chega a se submeter a qualquer tipo de tratamento e, o tratamento com corticoide causa 
muita dor porque injeta corticoide sob pressão em uma região que não tem espaço, não tem distensibilidade 
*tratamento cirúrgico em último caso porque a cicatriz queloide geralmente é ocasionado por causa de trauma e a cirurgia traumatiza 
de novo a região, e com isso não há garantia de que não haverá recidiva - pode desenvolver queloide no pós-operatório que pode ser 
até mais agressivo que antes; por isso faz associações de tratamento, para diminuir a recidiva 
 
PATOGÊNESE 
 Feridas normais têm sinais de "pare" que 
interrompem o processo de reparo quando o defeito 
dérmico é fechado e a epitelização é concluída. 
 Quando esses sinais estão ausentes ou são 
ineficazes, o processo de reparo pode continuar sem 
esmorecer e causar a formação excessiva de cicatriz 
*quando a borda, contendo os queratinócitos, tocam-se geram 
um sinal e param de replicar e continua a cicatrização; mas, 
alguma coisa nesses casos está alterada, não tem esse sinal 
*TNF-beta → associado ao surgimento do quelóide 
 O desequilíbrio entre a síntese exagerada de 
colágeno e outros elementos e a degradação e o 
remodelamento inadequados da MEC causam 
hipertrofia cicatricial. 
 O prurido e o eritema estão relacionados com o 
maior número de mastócitos no local e, 
consequentemente, maior liberação de histamina. 
PREVENÇÃO 
 A presença ou não de infecção, a orientação da 
ferida em relação às linhas de força da pele, a síntese 
adequada por planos com desbridamento de 
necrose e de tecido de granulação excessivo, a 
tensão dos pontos, a idade, a raça, a história familiar, 
a região acometida, todos esses fatores nos ajudam 
a adotar medidas profiláticas. 
*1. Ao fazer uma incisão - no caso das cirurgias eletivas - tenta 
colocar esses cortes nas linhas de tensão e quando consegue 
posicionar a cicatriz em uma dessas linhas vê que ela tem uma 
tensão menor provocando uma melhor cicatrização, ou seja, 
não tem tensão na região, não tem alteração de colágeno, não 
tem distensão da cicatriz; 
*2. Quando as bordas não são totalmente regulares, pode 
haver certa abrasão nelas - ferimento corto contuso, e então 
tem que desbridar esses tecidos, regularizar essas bordas e 
suturas mas, se o ferimento for muito profundo, além de dar 
ponto na pele, tem que aproximar o tecido que está em baixo 
para não deixar espaço morto, ou seja, tem que reduzir a 
tensão nessa ferida (aproximar subcutâneo, dar ponto 
subdérmico e fechar a pele de modo a confrontar a borda 
exatamente na mesma posição e direção da borda contra-
lateral para obter uma melhor cicatrização); 
*3. Ferida mais extensa com perda de substância no ferimento 
tenta aproximar essas bordas, mas, às vezes não conseguir e 
então tem que tensionar o ponto para tentar puxar as bordas 
e juntá-las no meio (quanto maior a tensão maior a chance de 
desenvolver uma cicatriz alterada); 
4. Pacientes mais jovens e muito idosos geralmente não têm 
essa desregulação tão grande e não tem alteração de 
fibroplasia (então, nessas pessoas as cicatrizes costumam ser 
melhores e sem queloide, costumam apresentar outras 
alterações como cicatrizes tipo ou hipercrômicas); 
5. Negros e orientais têm maior propensão a desenvolver 
alterações desse tipo 
*tudo isso pode tentar regular em uma cirurgia eletiva, mas 
nos casos de emergência não tem muito o que fazer, tem que 
melhorar as condições locais que tiver condição 
 Incisões eletivas são menos perceptíveis quando 
colocadas em paralelo às linhas naturais de tensão 
da pele (linhas de Langer). Esse posicionamento tem 
duas vantagens: a cicatriz fica paralela ou dentro de 
uma prega natural da pele, que camufla a cicatriz, e 
esse local exerce a menor quantidade de tensão 
sobre a ferida, consequentemente a cicatrização é 
melhor. 
obs: na face tem o sulco labiogeniano, conhecido como 
“bigode chinês” e se tiver a possibilidade de colocar a cicatriz 
posicionada nessa região, sabe-se que vai ter uma melhor 
cicatrização em relação à cicatriz paralela na região; esconde 
a cicatriz na prega e tem menos tensão exercida por conta da 
pele 
 Bordas da ferida nitidamente definidas e bem 
alinhadas que são aproximadas sem tensão 
cicatrizam com a menor quantidade de cicatriz. 
LINHAS DE LANGER 
 Essas linhas são perpendiculares à motricidade do 
músculo, sendo, portanto, a região que vai sofrer 
menor tensão - porque na hora que contrair não vai 
puxar, vai encurtar a distância. 
 Nessas linhas observa-se que a pele sofre menor 
tensão possível na hora de fazer a incisão. 
 
TRATAMENTO 
SUBSTÂNCIA DE USO TÓPICO (TRATAMENTO 
MAIS SIMPLES USADO NA POPULAÇÃO GERAL) 
 Óleo de silicone a 20% podem ser utilizados, em 
associação com a pressoterapia → pressoterapia 
(tudo que comprime a cicatriz, pode ser feita com 
malhas compressivas, placas de silicone, etc...) 
 Ácido retinóico a 0,003 - 0,05% de uso diário podem 
tornar as cicatrizes mais amolecidas e levemente 
menos volumosas. 
2. COMPRESSÃO OU PRESSOTERAPIA 
 Malhas elásticas para compressão de cicatrizes tem 
mecanismo de ação ainda não muito bem 
esclarecido. Acredita-se que haja hipóxia por oclusão 
vascular e diminuição na síntese de colágeno e do 
número de mastócitos, com melhora na organização 
das fibras e diminuição do prurido local → muito 
usado em queimaduras, para os grandes queimados, 
faz malhas sob medida e com determinado nível de 
pressão → consegue amenizar alguns sintomas do 
paciente (reduz um pouco o edema dessa cicatriz, 
não a deixa tão inchada, aparente) 
 Placas ou tiras de gel de silicone, também com 
mecanismo de ação ainda não muito bem 
compreendido, atuariam por compressão, como as 
malhas, e também aumentariam a temperatura da 
cicatriz, levando ao aumento da ação de enzimas, 
como a colagenase. A diminuição da perda de água 
pela cicatriz, levando a uma hiperidratação local → 
acredita-se que por conta da oclusão ao colocar a 
placa sobre a ferida consegue-se manter a ferida um 
pouco mais hidratada e também eleva um pouco a 
temperatura da região, o que faz a enzima 
colagenase ter melhor função, consequentemente 
degrada um pouco mais da fibra de colágeno, 
ajudando a não proliferar a cicatriz queloide nem a 
hipertrófica (mas geralmente responde melhor à 
cicatriz hipertrófica) 
 
*diversos tamanhos e formas, varia conforme a área 
3. INFILTRAÇÕES INTRALESIONAIS DE 
CORTICOIDE 
 A TRIANCINOLONA tem efeito supressivo direto na 
síntese de colágeno e na redução de elementos 
inibidores da colagenase. Quando utilizada em altas 
doses, pode levar à atrofia do tecido subcutâneo, 
telangiectasias, necrose, ulcerações e discromias → 
os corticoides atrapalham a cicatrização, mas neste 
caso eles ajudam porque o objetivo é que justamente 
tenha uma inibição da cicatrização e então injeta o 
corticoide direto na ferida; ao mesmo tempo que é 
benéfico pode ser bem maléfico 
 O corticoide atua na supressão da fase inflamatória, 
diminui a produção de colágeno pelos fibroblastos e 
controla a proliferação de fibroblastos → age 
contrário ao processo de cicatrização, por isso só é 
usado em casas que realmente tenham necessidade 
*ex: cicatriz que ficou alargada porque reduziu completamente 
o queloide mas percebe-se que tem alguns vasos e que a pele 
está muito fina em relação à pele normal ao redor; então isso 
pode ser mais visível e opaciente acaba queixando desse tipo 
de visibilidade da cicatriz também (não queixa só do queloide, 
queixa também da atrofia) 
*corticoide paralisa a cicatrização e automaticamente não 
tem a liberação de histamina, não tem mais inflamação nessa 
região e então consegue melhorar os sintomas; caso não 
melhorasse o paciente não iria suportar porque dói demais; 
não consegue fazer em criança porque ela não suporta a dor 
4. RADIOTERAPIA 
 A radioterapia pode ser utilizada como terapia 
complementar no tratamento de queloides, sendo a 
betaterapia (radiação corpuscular) a principal delas. 
 Deve ser iniciada logo no 1º dia do pós-operatório e 
seguida diariamente sem interrupções por um 
período médio de 10 dias 
*utilizada em última instância, e associada à infiltração 
de corticoide e ao tratamento cirúrgico (na cirurgia não 
remove o queloide inteiro para evitar lesionar a pele 
sadia ao redor do queloide e pode, novamente, estimular 
a produção de queloide; então, sempre deixa a borda 
dele na feria e então faz uma infiltração intra-operatória 
com corticoide para diminuir um pouco a cicatrização e 
faz o fechamento); casos de queloide mais agressivo 
pode associar também à betaterapia; essa betaterapia é 
o tratamento com maior resposta, mas tem efeitos 
colaterais e por isso é usada apenas em último caso, em 
casos selecionados 
 A radiação ionizante inibe a síntese de colágeno e 
auxilia no equilíbrio entre sua síntese e sua 
degradação. 
*mesmo usando tudo isso, a recidiva é muito grande 
5. CIRURGIA 
 A excisão cirúrgica isolada pode levar à recidiva do 
queloide em até 80% nos primeiros 2 anos e de até 
100% nos primeiros 4 anos, sendo ideal a associação 
com outros métodos de tratamento, como a 
radioterapia ou a infiltração de corticoide 
intralesional → por isso tem que tomar cuidado, 
principalmente nos pacientes que têm predisposição 
para ter esse tipo de alteração 
DISTÚRBIO DA CONTRAÇÃO CICATRICIAL 
CONTRATURA 
 É um processo fisiológico no reparo das lesões com 
perda de substância, visando à coaptação de suas 
bordas. A persistência da contração além do período 
de reepitelização gera a contratura dos tecidos, que 
deforma e causa resultados estéticos insatisfatórios, 
limitações na movimentação de membros e 
articulações e perda de funções, principalmente nas 
contraturas orificiais (oral, anal). 
*a cicatrização normal tem os miofibroblastos que agir 
justamente na contração da ferida e vai ser benéfico, mas se 
acontecer exageradamente leva à esse tipo de alteração 
*cicatriz repuxa e os movimentos ficam limitados; tem que 
fazer alguns tratamentos para tentar melhorar para dar mais 
movimentação, movimentar com mais liberdade; não 
necessariamente só em queimaduras, qualquer outro tipo de 
trauma pode provocar esse tipo de situação 
TRATAMENTOS DE ALTERAÇÕES CICATRICIAIS 
NÃO CIRÚRGICOS: 
 Dilatações, massagens e fisioterapia → fisioterapia 
consegue fazer uma massagem para tentar alongar a 
cicatriz e deixá-la mais amolecida; massagens, o uso 
de malhas as vezes consegue deixar a cicatriz mais 
mole; o ácido retinoico também amolece um pouco 
a cicatriz; em regiões orificiais - boca, ânus, vagina, 
etc. 
*pode fazer dilatações (introdução de objeto para tentar 
alargar, feito de forma gradativa; não pode querer colocar no 
orifício um objeto muito largo porque arrebenta a região e 
então vai ter uma nova contração cicatricial que pode ser pior; 
ex: estenose esofágica por conta de queimadura por 
substância básica) 
CIRÚRGICOS: 
 zetapastias e/ou resseções cicatriciais – com 
fechamento primário, enxertos ou retalhos 
 
*Zetaplastia faz o aumento da cicatriz, uma das melhores 
técnicas 
OUTROS DISTÚRBIOS 
1. Cicatriz hiper ou hipocrômica (alteração de 
pigmentação da pele) → não como tem uma previsão de 
como o paciente vai evoluir, a não ser que consiga 
observar outras cicatrizes no corpo do paciente; se ele 
tiver uma tendência a ter hipercromia em, p.ex. 
articulações, áreas de dobras (dedos, cotovelo, região 
poplítea), dependendo da coloração da pele [com base 
na escala de Fitzpatrick - coloração varia de 1 (mais claro) 
a 6 (mais escuro)] e vê que é mais escuro nessas região, 
então a pessoa mesmo sendo branquinha (que 
normalmente tem cicatriz mais clara) tem tendência a 
desenvolver hipermelanose/ hipercromia; ácido 
retinoico, hidroquinona, ácido azelaico ajuda a tirar um 
pouco a pigmentação; mas repigmentar é mais difícil 
2. Alargamento de cicatriz → depende muito da área 
que vai posicionar a cicatriz; esterno, articulações, 
ombro, joelho, costas geralmente são cicatrizes que 
tende a sofrer um processo de alargamento por conta de 
maior movimentação (tem maior tensão nesse tipo de 
cicatriz) e então a cicatriz alarga; se tirar os pontos de 
maneira incorreta ou no tempo incorreto também leva 
ao alargamento precoce da cicatriz (ex.: cirurgia plástica 
*os médicos têm o hábito de tirar alguns pontos e manter o 
microporo no local para tentar manter a tensão da cicatriz e 
tentar impedir esse alargamento precoce) 
MALIGNIZACÃO DE CICATRIZES 
 Feridas crônicas e cicatrizes instáveis têm risco 
aumentado de desenvolver câncer, transformando-
se em úlceras de Marjolin (prova). 
 
 A transformação é mais comum em cicatrizes de 
queimaduras, mas pode ocorrer em úlceras 
flebopáticas, úlceras de pressão, lesões de lúpus e 
áreas de enxerto de pele → qualquer ferida mais 
extensa e que demore muito para fechar → 
geralmente acontece em cicatrizes por 2ª intensão; 
pacientes diabéticos, que têm insuficiência venosa e 
insuficiência arterial, tem que tomar muito cuidado 
com esse tipo de ferida porque pode desenvolver 
esse tipo de tumor, que é muito mais agressivo 
 O tempo médio para o surgimento de neoplasias é 
de 35 anos, mas pode ocorrer até com menos de 1 
ano, sendo o carcinoma espinocelular (CEC) o tipo 
histológico mais comum, com agressividade 
exacerbada e mau prognóstico. Sua incidência 
estimada é de 1:300 úlceras crônicas ou de 0,77% a 
2% das cicatrizes de queimaduras. O índice de 
metástases é de aproximadamente 30% a 61%, 
contra 0,5% a 3% dos CEC de outras origens 
MANEJO DE FERIDAS CRÔNICAS 
 A preparação do leito da ferida é o manejo de uma 
ferida para acelerar a cicatrização endógena ou para 
facilitar a eficácia de outras medidas terapêuticas, 
sendo algumas delas: 
o Desbridamento de tecido necrosado → 
(mecânico ou químico – pomadas (papaína, 
fibrinase, colagenase); enquanto tiver 
necrose não tem cicatrização) 
o Diminuição da carga bacteriana → 
(antibióticoterapia, higiene adequada da 
ferida quando for fazer o curativo) 
o Corrigir desequilíbrios na umidade das 
feridas → (porque tem feridas muito 
exsudativas, ex.: úlceras de pressão/escaras; 
usa curativo que consiga absorver o 
exsudato porque apesar de que precisa de 
umidade para ter cicatrização adequada, 
umidade excessiva é prejudicial) 
o Compensação de comorbidades clínicas → 
(ex.: paciente com insuficiência arterial 
grave talvez tenha necessidade de fazer uma 
revascularização do membro antes de 
conseguir corrigir uma ferida mais crônica) 
 As características da ferida (tamanho, profundidade, 
infecção, componente do tecido necrótico, edema, 
drenagem) são documentadas e os cuidados locais 
da ferida, iniciados (por uma equipe ou por quem 
estiver acompanhando no atendimento primário). 
CURATIVOS 
 O curativo para ferida aberta ideal mantém um 
ambiente úmido, limpo que evita que a pressão e 
traumatismo mecânico e reduzam o edema, 
estimula o reparo e é barato. Trocas de curativos 
menos frequentes e prevenção de irritação da pele 
também são benéficos → não existe curativo ideal 
ainda desenvolvido (porque se o curativo é muito 
bom às vezes é muito caro, às vezes um curativo mais 
simples talvez não seja melhor para aquele tipo de 
situação); geralmenteesses curativos são bem mais 
onerosos e a maioria dos paciente não tem condição 
de comprar e nem tem em áreas de atendimento 
mais básicos, então tem que se adaptando à 
realidade de cada lugar 
 Diferentes classificações de curativos de feridas são 
usadas dependendo da sua função na ferida 
(desbridamento, antibacteriana, oclusivo, 
absorvente, antiaderentes), tipo de material 
utilizado para produzir o curativo (p. ex., 
hidrocoloide, alginato, colágeno) e a forma física do 
curativo (pomada, filme, espuma, gel). 
 Os filmes são permeáveis a gás, mantêm um 
ambiente úmido e são úteis para feridas dérmicas de 
espessura parcial, tais como áreas doadoras de 
enxerto de pele → como se fossem lâminas de 
adesivo que coloca em cima do curativo para tentar 
manter uma certa umidade; são permeáveis ao ar 
mas não a líquidos (ficando retido na ferida) 
*enxerto - faz uma lâmina bem rente à pele e retira uma 
camada muito fina de pele, pode ser só a derme superficial, 
pode incluir a derme profunda; mas quanto superficial mais 
fácil a regeneração - porque se preservar os anexos 
epidérmicos a cicatrização é melhor; como a ferida é bem 
superficial pode, eventualmente, colocar esse tipo de curativo; 
queimadura mais superficial também (se tiver um 
comprometimento mais espesso, um 2º grau profundo ou 3º 
grau já não consegue usar esse tipo de curativo porque impede 
justamente a exsudação e vai exsudar muito mais) 
 Para feridas altamente exsudativas, os curativos de 
absorção são úteis para criar um ambiente úmido 
sem excesso de líquidos e acúmulo de material 
proteico → usa mais em queimaduras mais 
profundas, que acabam exsudando demais; feridas 
mais profundas, como as úlceras de pressão em 
regiões isquiáticas, trocantéricas, sacral; ou seja, em 
regiões que acabam produzindo muito líquido e 
precisa tirar um pouco dessa umidade 
 Os curativos hidrocoloides são úteis para locais em 
que a aderência é necessária, como as extremidades 
e sobre proeminências ósseas. Eles são de certa 
forma espessos e podem permanecer no local por 2-
3 dias (depois o próprio curativo se desprende). À 
medida que sua capacidade de absorção é 
alcançada, eles perdem a aderência e a remoção 
atraumática suave é facilitada → em pacientes 
idosos internados a muito tempo para proteger um 
pouco as proeminências porque permanecem no 
mesmo decúbito por muito tempo; proteger essa 
pele com uma membrana para não ter o atrito com 
a cama e nem contato com a umidade gerada pelo 
suor; protege essas regiões para não desenvolver 
uma úlcera mais profunda 
 Os curativos hidrogéis são semelhantes ao 
hidrocoloides, exceto que têm pouca aderência e são 
mais úteis para cobrir feridas em tendões, 
ligamentos ou na face. → geralmente são em formas 
de pomadas 
 Os alginatos podem absorver 15 - 20 vezes o seu 
peso de líquido, o que os torna adequados para 
feridas altamente exsudativas (não devem ser 
utilizados em feridas com pouco ou nenhum 
exsudado, pois irão aderir à superfície de 
cicatrização da ferida, causando dor e prejudicando 
o tecido saudável na remoção). 
CURATIVOS COM PRESSÃO NEGATIVA 
obs: dentro de uma ferida mais profunda é colocado uma 
espuma estéril e então veda a ferida para não deixar entrar ar; 
através de uma mangueira conecta a espuma a um aparelho 
que vai fornecer uma pressão negativa, vai ter vácuo na região 
e vai puxar 
APLICAÇÃO TÓPICA DE PRESSÃO NEGATIVA: 
 permite eliminar o líquido extracelular e o exsudato 
 aumenta o fluxo sanguineo, favorece uma 
cicatrização mais rápida 
O APARELHO DE ASPIRAÇÃO: 
 aplica uma pressão negativa no local da ferida 
 descomprime um curativo de espuma em modo 
contínuo ou intermitente em função do tipo de 
ferida e dos objetivos clínicos 
INDICAÇÕES: 
 Feridas crônicas: escara, úlcera, pé diabético 
 Ferida aguda e sub-aguda: ferida traumática 
 Deiscência operatória 
 Preparação para cirugia: enxerto de pele → 
funciona muito rápido para preparar o leito da feria 
para uma reconstrução tardia, 
p.ex.; usado nos casos que deixou 
cicatrizar por 2ª intensão para 
acelerar a recuperação do tecido de 
granulação e depois programa uma 
reconstrução, excerto mais precoce 
obs: espuma deve ficar dentro da ferida 
porque se ficar para fora pode lesionar 
a pele sadia 
 
CÂMARA HIPERBÁRICA 
 Criação de ambiente com hiperoxia (rico em 
oxigênio) estímulando à neovascularização na ferida 
com hipóxia. Além disso, auxilia na destruição de 
microrganismos através da oxidação (pela liberação 
de radicais livres de oxigênio) e também no reparo 
da matriz extracelular. obs: é um ambiente é rico em 
oxigênio, pois fornece maior pressão atmosférica de 
oxigênio; regulado de acordo com o que o médico 
acha que deve ser proporcionado para cada tipo de 
ferida 
ex.: paciente com certa alteração, não está chegando sangue, 
tem uma certa insuficiência vascular e é bom para tenha uma 
cicatrização mais rápida, porque vai ter um ambiente mais rico 
em oxigênio, então vai conseguir ter um aporte nutricional de 
oxigênio melhor região; usado também para fornecer mais 
taxa de oxigênio para a pessoa ir se recuperando como no caso 
de paciente inalou monóxido de carbono; ferida crônica na 
perna que não cicatriza, manda o paciente para a câmara 
hiperbárica para melhorar a condição local para programar 
um enxerto

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